"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

domingo, 15 de setembro de 2013

O HUMOR DO DUKE

NÃO BASTA ALFABETIZAR...

             ELOQUÊNCIA DEMAIS FOI QUE MATOU O GAGO...


 
“Os meninos têm tanta importância quanto as meninas, e eu sempre disse que é. É, sabe por quê? Uma vez uma moça me disse o seguinte: tá certo, nós mulheres somos mães, porque não tem homem na Terra, nessa Terra, que não tenha uma mãe. Então, na verdade, está tudo em casa e em família. Então, a importância das mulheres é uma coisa que beneficia todos os homens também”. -- Dilma Rousseff
15 de setembro de 2013
 
 
NOTA AO PÉ DO TEXTO
 
VOCÊ ENTENDEU? NÃO?! POIS ENTÃO FAÇA UM ESTÁGIO EM ALGUM SANATÓRIO DA SUA PREFERÊNCIA, E VERÁ COMO É FÁCIL COMPREENDER ESTE TEXTO. NÃO DESISTA...
m.americo

CARTA ABERTA A CELSO DE MELLO

 

  
Prezado ministro Celso de Mello,

Permita-me chamá-lo como se o senhor não fosse o que é, nem exerça a mais nobre função que um operador do direito pode exercer.

Sei que o senhor jamais falará sobre o aparelhamento em curso no Supremo Tribunal Federal. A dignidade e honradez que o caracterizam não permitiria. Mas também sei que um jurista com sua inteligência e seus conhecimentos enxerga o que está acontecendo.

Os bombeiros costumam dizer que nenhum incêndio começa grande. É uma das tais verdades óbvias, mas é nelas que reside a sabedoria inquestionável.

Alinho-me às teses dos ministros Luiz Fux, Cármem Lúcia e Marco Aurélio. Mas quem sou eu para sugerir uma nova leitura ao decano do STF? De qualquer forma, sou um cidadão brasileiro. Com uma história minúscula na luta pela moralização deste país, desde o combate à ditadura (quando o Poder Judiciário era a única esperança) até os tristes tempos atuais.

Está em suas mãos – sem exageros dramáticos ou concessões à pieguice – o futuro do Brasil. A nossa esperança. Esperamos que o Supremo, que julgou com coragem, execute a pena com a mesma coragem. Que consolide a percepção de JUSTIÇA que perdemos na caminhada sempre conturbada. Por pedras e por atalhos. Desta vez, até agora não foi assim.

Sou um ex-operador do Direito. Abandonei a carreira jurídica, tenho me orgulho ao constatar que ela nunca me abandonou. E aprendi que a noção de cidadania, o estado de direito, a prestação jurisdicional e devido processo legal, entre tantos outros, são conceitos essenciais.

O estudo do Direito, ao menos das noções básicas, deveria ser obrigatório  em todas as escolas do Brasil. E o julgamento da Ação Penal 470 nos trouxe esse alento, essa sensação de que enfim éramos protegidos por um tribunal de notáveis. Há pouco tempo, discutia-se nas ruas os votos dos ministros. Tentava-se entender a Teoria do Domínio dos Fatos. Buscava-se compreender os graus recursais. A convenção de San José. A importância da Constituição.

É nisso que o povo acredita. E no que os senhores fizeram (com as conhecidas oposições em plenário) nesse processo. O incêndio começou com uma fagulha. Hoje, é incontrolável. Como qualquer incêndio, decorrente de causas naturais ou de  ações criminosas, o fogo é o mesmo.
Sei que o senhor é legalista. Eu sou também. Sou quando acordo, trabalho, respeito as leis, obedeço igualmente àquelas com as quais não concordo e me submeto aos poderes republicanos.

E tenho esperança. A esperança de que nos falava Paulo Freire. A esperança de esperançar, não de esperar. Cansamos de esperar. Esperar o futuro que nunca chega. Esperar a ética retornando ao leito das decisões políticas. Esperar que a democracia seja entendida como diferença e que estas não sejam demonizadas. Esperamos com a certeza de esperançar.

Ministro Celso de Mello, que o senhor fique ainda maior do que já é. Jamais escreveria algo semelhante a outros ministro(a)s do STF.

Escrevo ao senhor sem saber se serei lido. Não se trata de um desabafo. É um pedido de auxílio para continuar acreditando que há um novo caminho.
Depende do senhor.

Respeitosamente,
Um brasileiro.

15 de setembro de 2013
REYNALDO ROCHA

COMENTANDO, EM NEGRITO, A ORDEM DO DIA 25 DE AGOSTO



 
Ordem do Dia 25 de agosto, Dia do Soldado – do General-de-Exército ENZO MARTINS PERI - Comandante do Exército:
 
Soldados do Exército Brasileiro!
 
Hoje, 25 de agosto, o Exército Brasileiro celebra o Dia do Soldado e homenageia seu Patrono, LUÍS ALVES DE LIMA E SILVA, o Duque de Caxias. CAXIAS é uma referência permanente de legalidade, perseverança, generosidade, amor à Pátria, solidariedade e disciplina; uma imagem de intransigência com o erro; uma síntese de virtudes e valores que dão alma e fortaleza ao Exército.
 
Tudo que se proclame de bom, referente ao duque, não é demais pelo que o maior herói do País fez pela nacionalidade. Caxias, por certo, deve ter ficado grato por este reconhecimento pelo Exército que ele, muito mais que comandou, liderou nas questões internas e externas que pontilharam durante o tempo de glória vivido pelo Brasil à época do II Império. Que se diga, sua imagem de referência de legalidade, disciplina e de intransigência com o erro sempre foi ancorada na franqueza e na coragem moral, reconhecendo a responsabilidade que, como comandante do Exército Imperial, deveria ter na formação do processo político.
 
CAXIAS, o Pacificador, legou-nos o jeito conciliador nas negociações, o convencimento para desarmar espíritos conturbados, a capacidade de conviver com diferenças, a perseverança perante as dificuldades, o espírito de cumprimento de missão e uma fé inabalável na vitória. 
 
Estas habilidades/qualidades são tão ou mais apreciáveis, posto que, em sua justa medida, no duque, jamais preponderariam em questões que envolvessem profundos princípios como -dever, honra e pátria-, impeditivos da subserviência a outros compromissos. O General George C. Marshall, que sabia da dificuldade em se obter profissionais deste padrão, capazes de expor a carreira e talvez uma comissão completamente, desde que em prol destes dogmas basilares, chegava a dizer que “qualquer oficial verdadeiramente capaz de dar sua vida por seu país necessita também estar pronto a renunciar a sua carreira”.
 
De CAXIAS herdamos, também, o exemplo de dedicação integral ao serviço da Pátria e de defesa de sua unidade e integridade territorial. Legou-nos, ainda, a coragem de manter esse compromisso até mesmo com o sacrifício supremo da vida, tendo a Bandeira do Brasil como mortalha e a honra como chama inapagável a crepitar sobre nosso túmulo.
 
Ninguém duvida da indignação do duque frente ao descaso com que a governança e a politicalha estão encarando seu legado de manutenção das nossas unidade e integridade territoriais, agora tiranicamente ameaçadas pelo separatismo indígena, viabilizado pelo ministro das relações exteriores da “era Lula”. Porém, autoconfiante, o ínclito condestável, embora tenha nos deixado a coragem, seu legado não a dramatiza com supremo sacrifício de vidas, com a bandeira como mortalha e com honras fúnebres, mas, sim com a chama da vitória a iluminar as condecorações em nossos filhos e netos fardados. Apostaria mesmo em nosso Patrono dizendo:  - “Não vislumbro o heroísmo sem volta para nossos soldados. Quero muito mais do que isto, que sejam temidos, respeitados pelo inimigo e, se necessário, vencedores, restando muito mais vivos do que mortos.” Perigo! 1935! Nossa Força está alojando cubanos!
 
Por tudo isso, a sociedade confia no seu Exército, pelos seus valores éticos e morais, pela prontidão dos seus integrantes, mais do que pela sua capacidade dissuasória como força armada. O BRASIL, que cresce a olhos vistos, impõe que essa confiança seja ainda mais balanceada.
 
Teria real valia tão somente a confiança da sociedade, pelos valores étnicos e morais e pela prontidão de seus guerreiros, tudo isto sem capacidade dissuasória? A missão constitucional principal da Força Terrestre é zelar pela defesa da Pátria. Só depois se considera a garantia dos poderes constitucionais e, por iniciativa destes, da lei e da ordem. Alerta! Hoje, o EB não está em condições de cumprir a sua missão mais importante frente aos grandes predadores militares, que não estão nem aí para a confiança da nossa sociedade nos valores étnicos e morais dos militares, quiçá para a nossa prontidão do nada em cima do coisa nenhuma.     
 
Acompanhamos a conjuntura. Vemos que o mundo atravessa séria crise econômica de dimensão ainda indefinida. Isso afeta a todos. Soldado é homem da adversidade, superamos dificuldades de toda natureza para nos manter preparados, para cumprir as missões que nos são confiadas, que chegam a uma média diária de mais de oitenta operações, do Haiti ao Complexo do Alemão.
 
O Pacificador do Império também endossaria o desempenho sem par do seu Exército nestas operações de paz. Entretanto, por certo, se mostraria céptico quanto à ínfima prioridade que se dá aos exercícios de nível brigada e divisão, particularmente na Amazônia. Valorizar a “estratégia da resistência”! Por que não fazê-lo de forma a justificar o sacrifício diuturno dos guerreiros de selva, condenados a lutar não o “bom” mas, que se denuncie, o “mau combate” a que os obrigaram os últimos presidentes e chanceleres, por força de crimes de lesa pátria perpetrados contra a defesa nacional? Alerta! Cubanos mais Índios são mistura incendiária!
 
Por tudo isso, também nesta data, rendo homenagem a toda nossa gente verde-oliva pelo entusiasmo, pela capacidade de superação, pela coesão e pela gestão austera. Prossigam no cumprimento da missão – quer na solidão das fronteiras, superando o cansaço, o desconforto e as endemias; quer nas outras centenas de guarnições articuladas por todo o território nacional e no exterior – içando com orgulho nossa Bandeira, adestrando-se e servindo!
 
Nada mais justo e apropriado. Não é por menos que os brasileiros reconhecem a abnegação sem fim do soldado da Pátria, sua onipresença e prontidão inigualáveis em todos os quadrantes da terra brasileira.  Até agora o apartheid odiento das cotas ainda não os atingiu.
 
O nosso relacionamento profissional com os estamentos desta imensa Nação e com os exércitos das Nações amigas tem sido franco e construtivo. Assim seguimos avançando juntos, passo a passo. O Brasil, porém, avança ainda mais rápido. E seu Exército precisa acompanhá-lo para proteger sua vanguarda, seus flancos e sua retaguarda; e para servir de escudo ao seu desenvolvimento.
Avançamos para onde? Para a revolução “gramcista”? Para um regime “comunopetista”? Para uma diáspora territorial indigenista? Para um código de valores imorais inspirado em Sodoma e Gomorra? As multidões estariam nas ruas por nada? Nosso duque já teria assimilado o recado. O Exército não se omitiria ante toda esta cizânia maligna que está a nos destruir, porém, que ninguém duvide, o último esteio da nação está sendo ultrapassado, se já não foi!
 
A edição da Estratégia Nacional de Defesa colocou os assuntos de defesa na agenda nacional e tem mostrado a clara determinação da Comandante Suprema das Forças Armadas e do Ministério da Defesa de dotar as nossas Forças com material situado na vanguarda tecnológica, preferencialmente produzido pela indústria nacional. Isso permitirá ao Exército transformar-se na Força que o País necessita, com estrutura modular baseada em capacidades, com elevada mobilidade, flexibilidade e versatilidade; apto a deslocar-se prontamente para atuar em diferentes cenários. Essas esperanças marcham à nossa frente.
 
Determinação revanchista! O corte esse ano nos recursos para a defesa nacional foi de R$ 4 bilhões 580 milhões no já contido orçamento do Ministério da Defesa, deixando o Exército e as forças irmãs à míngua, repetindo o menosprezo do governo FHC para com o soldado brasileiro. Isto sem falar no titular da pasta que aceita o volume de recursos dedicados à Defesa, é de pasmar, passe do ridículo 1,5% para 2% do Produto Interno Bruto (PIB), ainda num prazo de dez anos. Que acinte! Valha-me Deus, quanto descaso senhor ministro.  
 
Soldados brasileiros! Parabéns pelo seu trabalho constante, silente, efetivo! Permaneçam atentos, preparados, vibrantes e coesos. A sentinela nunca dorme; o Exército, sentinela da Pátria, muito menos.
 
Sentinela desarmada! Seria o inimigo tão imbecil para atacar somente quando os tais dez anos admitidos pelo senhor Celso Amorim tivessem passado? Enfim, que Deus tenha piedade!

15 de setembro de 2013
Paulo Ricardo da Rocha Paiva é Coronel de Infantaria e Estado-Maior na Reserva

A DECISÃO DO STF



 
Nos dias de hoje, regimes totalitários dispensam canhões para assumir o poder. Basta o candidato a déspota cooptar o Congresso, com cargos e benesses e  fechar os olhos para malfeitos, que logo terá apoio para que leis sejam promulgadas para satisfazer os seus intentos totalitários.
 
Logo depois, outras leis ajudarão a domar o Judiciário, aposentando ministros não confiáveis e nomeando correligionários ou simpáticos à causa. Foi assim na Venezuela, e não parou por aí, pois há aprendizes em outros países latino-americanos.
 
No Brasil, no que tange ao Legislativo, o partido no governo exagerou na dose, criando um mensalão, que dispensava os políticos de arquitetarem roubos, pois o dinheiro lhes era distribuído na boca do caixa.
 
Apesar do escândalo e reação que se conhece, o  Congresso permaneceu dominado, pela coalizão de partidos que apoiam o governo, que distribui cargos a quem não tem competência, ou idoneidade, desde que ofereça vantagens e vote de acordo com os desígnios do comando do partido no poder.
 
O exemplo recente foi o do Ministério do Trabalho, cujo ministro, que não viu a lama a seus pés, foi poupado, pois seu partido é do time, e oferece uma moeda de troca, o tempo na TV, para as próximas eleições.
 
No Judiciário, o ex-presidente da República, que nunca teve escrúpulos, indicou um amigo da família, de sua cidade, para o STF. E mais: indicou, ainda, um advogado, desprovido de notório saber jurídico – como reza o art 101 da Constituição, essa mesma que os ministros do STF tanto se apegam -, tendo sido duas vezes reprovado no concurso para juiz,  e que - pasmem - tinha sido advogado do partido, para o cargo de ministro do STF, um escárnio, só aceito porque o Senado, dominado, estava ali para chancelar, e os outros ministros do Tribunal, omissos e cagarolas,  não tiveram a coragem de se rebelar e rejeitar o estranho no ninho, ainda mais com as penas avermelhadas!


 Agora, nova encruzilhada se apresenta, com os embargos infringentes de alguns mensaleiros e do chefe deles. É hora de os ministros reconhecerem, apesar da arrogante peroração do “novato”-  que, se levada ao infinito, significa que o país pode arder em chamas e o telhado do tribunal cair em sua cabeça que ele vota com a Constituição -, que o STF tem, também,  responsabilidades com a nação, além de com a Constituição, leis, códigos e meros regimentos.
 
Se não for assim, se for só chancelar leis criadas pelo déspota, o país perde a democracia e segue o caminho das trevas, que não desejamos mais repetir. Em outras palavras: o STF tem responsabilidades políticas, sim,  fundamentais  para garantir a sobrevivência da democracia quando ameaçada seja por um partido, um candidato a ditador ou uma convulsão social!
 
Por isso, especialmente no caso em questão, quando há argumentos fortes para as duas correntes, mais fácil, e sem traumas, será seguir a que a nação e os homens de bem demandam, o que não causará comoção, essa, sim, que aflorará, junto com a submersão do tribunal, se a decisão for a de acolher os embargos.
Basta de tantos apelos, agravos, embargos e recursos. Os homens de bem deste país não aguentam mais essa dificuldade para punir criminosos no Brasil!
 
Ministro Celso de Mello: o  astronauta disse que a Terra é azul; não mude a sua cor, especialmente na latitude e longitude desta Pátria Amada, Brasil!

15 de setembro de 2013
Luiz Sérgio Silveira Costa é Almirante, na reserva.

MARMOTAS SUPREMAS, DANAI-VOS!

Marmotas Supremas, danai-vos!
 
Good News? Liliana Ayalde baixa segunda-feira no Brasil. She is a nova embaixadora dos EUA em Bruzundanga. Os petralhinhas não gostaram da indicação do Obama Bond. A moça ocupava o mesmo cargo, no Paraguai, quando deram o impeachment no bispo Lugo. Mera coincidência?
Cruz-credo? Será que teremos de comemorar o Dia da Marmota fora da data original? A história sempre se repete como farsa por aqui? “Camões, Baby... Take it leve” – como diria mestre Joel Santana, embaixador emérito da língua de Shakespeare em Saramandaia.
Aliás, Liliana fala muito bem a nossa língua. Logo na chegada à Ilha da Fantasia, ela dará uma entrevista coletiva. Deseja dar uma melhorada no clima político entre os dois países. O desgoverno Dilma até agora não engole a denúncia de que foi vítima de espionagem. Dilma ameaça não viajar aos EUA, em 23 de outubro... Certamente, porque já anda viajando muito nessa historinha de arapongagem da NSA...
Liliana é agente. Só que da velha Nova Ordem Mundial. Durante 24 de seus 57 anos de vida, trabalhou na famosa USAID (Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional). Na prática, a USAID é uma ONG que pertence ao governo norte-americano... Sempre está ligada ao fomento de atividades de desenvolvimento econômico sustentável, responsabilidade social corporativa e uso de energias limpas...
Muito good... Liliana chega na semana em que nossa ordem jurídica deve sofrer uma grande derrota, com altíssimo risco institucional. Quarta que vem, nossa corte suprema deve cortejar com os interesses mensaleiros, em nome do suposto direito, para aceitar os embargos infringentes como recurso que deve aliviar a barra de condenados na Ação Penal 470.
Que Shit!!! Bruzundanga terá de decretar, quarta-feira que vem, seu Dia da Marmota. Mas nosso Groundhoc Day é comemorado nos EUA e no Canadá todo dia 2 de fevereiro. Aqui, poderá ser celebrado sempre. Por aqui, todo dia é dia de Marmota.
Remember daquele aquele famoso filme norte-americano de 1993? O título original era “O Dia da Marmota”. Em Bruzundanga, o translator que falava javanês preferiu batizar de “Feitiço do Tempo”. È a estorinha de um moço do tempo de um canal de televisão vivendo o eterno dilema do Dia da Marmota: o esquilinho sai ou não da toca para prenunciar o final do inverno?
A maldição vivida pelo jornalista no filme é a seguinte. Por uma falha temporal, todo dia se transforma no Dia da Marmota. Nada muda. Tudo acaba e recomeça igual no Day After. O esperto repórter, no entanto, tira proveito do problema. Como já sabe o que vai acontecer, tenta não repetir os mesmos erros. Pura ilusão... O que começa ruim pode recomeçar de modo ainda pior...
Bruzundanga, assim batizada pelo genial negão Lima Barreto, parece viver, permanentemente, no Dia da Marmota. Nada muda... Tudo se repete em reciclagem escatológica... O mensalão é um exemplo clássico desta bosta conjuntural.
Já vazou que uns 100 parlamentares já estão negociando sua troca de partido até 5 de outubro. Tem excelência cobrando um cachê de R$ 28 mil por cada 100 mil votos (segundo a regrinha indecorosa do Fundo Partidário – espúrio financiamento público da políticagem profissional no Brasil).
Santa excrescência! Por tudo isso, a petralhada implora para que a welcome Liliana não fique ruborizada com tanta marmota no cenário da politicagem. Já imaginou que shit vai ser se a Tia Sam ficar desapontada... My God!
A petralhada tem um plano infalível. Vai instituir uma bolsa família bem polpuda para o companheiro James Bond. Assim, ele se aposenta e nada revela o que descobriu nos rombos feitos por nossas marmotas petralhas...
As bichas estão mais coesas que nunca... E só vão deixar a toca do poder na hora em que os samurais cansarem de se comportar como gueixas...
Como isso deve acontecer no próximo dia 31 de fevereiro, melhor a gente curtir o Bill Murray sentando o dedo no piano, já que os mensaleiros não querem fazer o mesmo na datiloscopia da Polícia Federal...
Então, a gente dança com Bill, no Dia da Marmota, enquanto o decano do supremo avalia se vale a pena voltar aos velhos tempos da república estudantil com o José Dirceu...
Até lá, marmotas supremas de Bruzundanga, danai-vos!
In bruxas we trust...
 Foto da moto com que a Presidenta Dilma foi flagrada, pelos arapongas do Tio Sam, passeando pelas ruas de Saramandaia, a milhão, em altas horas…
Faz Parte...
 

Vida que segue... Ave atque Vale! Fiquem com Deus.

15 de setembro de 2013
Jorge Serrão é Jornalista, Radialista, Publicitário e Professor.

MARMOTAS SUPREMAS, DANAI-VOS!

Marmotas Supremas, danai-vos!
 
Good News? Liliana Ayalde baixa segunda-feira no Brasil. She is a nova embaixadora dos EUA em Bruzundanga. Os petralhinhas não gostaram da indicação do Obama Bond. A moça ocupava o mesmo cargo, no Paraguai, quando deram o impeachment no bispo Lugo. Mera coincidência?
Cruz-credo? Será que teremos de comemorar o Dia da Marmota fora da data original? A história sempre se repete como farsa por aqui? “Camões, Baby... Take it leve” – como diria mestre Joel Santana, embaixador emérito da língua de Shakespeare em Saramandaia.
Aliás, Liliana fala muito bem a nossa língua. Logo na chegada à Ilha da Fantasia, ela dará uma entrevista coletiva. Deseja dar uma melhorada no clima político entre os dois países. O desgoverno Dilma até agora não engole a denúncia de que foi vítima de espionagem. Dilma ameaça não viajar aos EUA, em 23 de outubro... Certamente, porque já anda viajando muito nessa historinha de arapongagem da NSA...
Liliana é agente. Só que da velha Nova Ordem Mundial. Durante 24 de seus 57 anos de vida, trabalhou na famosa USAID (Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional). Na prática, a USAID é uma ONG que pertence ao governo norte-americano... Sempre está ligada ao fomento de atividades de desenvolvimento econômico sustentável, responsabilidade social corporativa e uso de energias limpas...
Muito good... Liliana chega na semana em que nossa ordem jurídica deve sofrer uma grande derrota, com altíssimo risco institucional. Quarta que vem, nossa corte suprema deve cortejar com os interesses mensaleiros, em nome do suposto direito, para aceitar os embargos infringentes como recurso que deve aliviar a barra de condenados na Ação Penal 470.
Que Shit!!! Bruzundanga terá de decretar, quarta-feira que vem, seu Dia da Marmota. Mas nosso Groundhoc Day é comemorado nos EUA e no Canadá todo dia 2 de fevereiro. Aqui, poderá ser celebrado sempre. Por aqui, todo dia é dia de Marmota.
Remember daquele aquele famoso filme norte-americano de 1993? O título original era “O Dia da Marmota”. Em Bruzundanga, o translator que falava javanês preferiu batizar de “Feitiço do Tempo”. È a estorinha de um moço do tempo de um canal de televisão vivendo o eterno dilema do Dia da Marmota: o esquilinho sai ou não da toca para prenunciar o final do inverno?
A maldição vivida pelo jornalista no filme é a seguinte. Por uma falha temporal, todo dia se transforma no Dia da Marmota. Nada muda. Tudo acaba e recomeça igual no Day After. O esperto repórter, no entanto, tira proveito do problema. Como já sabe o que vai acontecer, tenta não repetir os mesmos erros. Pura ilusão... O que começa ruim pode recomeçar de modo ainda pior...
Bruzundanga, assim batizada pelo genial negão Lima Barreto, parece viver, permanentemente, no Dia da Marmota. Nada muda... Tudo se repete em reciclagem escatológica... O mensalão é um exemplo clássico desta bosta conjuntural.
Já vazou que uns 100 parlamentares já estão negociando sua troca de partido até 5 de outubro. Tem excelência cobrando um cachê de R$ 28 mil por cada 100 mil votos (segundo a regrinha indecorosa do Fundo Partidário – espúrio financiamento público da políticagem profissional no Brasil).
Santa excrescência! Por tudo isso, a petralhada implora para que a welcome Liliana não fique ruborizada com tanta marmota no cenário da politicagem. Já imaginou que shit vai ser se a Tia Sam ficar desapontada... My God!
A petralhada tem um plano infalível. Vai instituir uma bolsa família bem polpuda para o companheiro James Bond. Assim, ele se aposenta e nada revela o que descobriu nos rombos feitos por nossas marmotas petralhas...
As bichas estão mais coesas que nunca... E só vão deixar a toca do poder na hora em que os samurais cansarem de se comportar como gueixas...
Como isso deve acontecer no próximo dia 31 de fevereiro, melhor a gente curtir o Bill Murray sentando o dedo no piano, já que os mensaleiros não querem fazer o mesmo na datiloscopia da Polícia Federal...
Então, a gente dança com Bill, no Dia da Marmota, enquanto o decano do supremo avalia se vale a pena voltar aos velhos tempos da república estudantil com o José Dirceu...
Até lá, marmotas supremas de Bruzundanga, danai-vos!
In bruxas we trust...
 Foto da moto com que a Presidenta Dilma foi flagrada, pelos arapongas do Tio Sam, passeando pelas ruas de Saramandaia, a milhão, em altas horas…
Faz Parte...
 

Vida que segue... Ave atque Vale! Fiquem com Deus.

15 de setembro de 2013
Jorge Serrão é Jornalista, Radialista, Publicitário e Professor.

CONJUNTURA DE 2013


 
 
A conjuntura de 2013, no Brasil e no mundo, não é a de 1964. E os tempos, mesmo com esse socialismo bolivariano de algumas republiquetas, que o governo petista deseja seguir, não são os da Guerra Fria, com o mundo então dividido em duas vertentes.
 
E não foi apenas uma circular do velho Marechal a responsável por tudo. Havia também a liderança forte de governadores de três importantes Estados do Brasil. E o apoio da população.
 
Não há, ainda, espaço para um golpe militar no Brasil. Vivemos, apesar da grande corrupção e do aparelhamento em todos os poderes, inclusive na nossa maior Corte de Justiça, uma democracia. E na democracia, um dos seus fundamentos é a possibilidade de alternância no poder. E isso depende de todos nós brasileiros, particularmente os mais esclarecidos. Estamos fazendo a nossa parte?
 
Não podemos exigir uma iniciativa tresloucada, sem o apoio popular necessário, de um dos membros do Alto Comando das Forças Armadas. A grande arma da democracia é o voto das urnas. E a cada eleição, o povo vai aprendendo e cobrando mais dos seus governantes.
 
Agora, se o governo resolver, de fato, implantar a ditadura comunista, como já está sendo feito na Venezuela, aí sim, valerá tudo. Até a nossa ida para a clandestinidade, de armas nas mãos, mesmo que tremidas.
O mundo atual luta pela democracia. Ditadores de longa data estão sendo mortos, até com o empalamento, como foi o caso do Kadafi.
 
Por outro lado, acredito na força das boas ideias e dos bons ideais. E a internet de hoje é um excepcional vetor de divulgação. Acredito também que os militares da reserva e reformados, assim como milhares de brasileiros estão fazendo, podem e devem divulgar as críticas ao sistema corrupto do governo petista. E essa força nós temos. Por enquanto, é uma das nossas armas para que o povo faça a opção certa nas urnas.
 
Confio que a guerra final será ganha pelos homens de bem deste país.

15 de setembro de 2013
Luiz Osório Marinho Silva é Coronel na Reserva do EB.

NA DECISÃO FINAL DO MENSALÃO, O STF NA IMINÊNCIA DE SER ACHINCALHADO


 
 
Editorial do jornal O Estado de S. Paulo adverte sobre o fato do Supremo Tribunal Federal  (STF), estar na iminência de ser achincalhado perante a Nação, caso o ministro Celso Melllo, vote pelo acatamento dos embargos infringentes, embora esse dispositivo, por incrível que pareça, não se encontra mais em vigência, já que foi revogado pela Constituição e a lei ordinária, restando ao Supremo banir de seu regime interno, algo que inexplicavelmente não foi feito pela Corte Suprema.
O título original do texto do Estado é "Decisão Adiada".
 
Além do mais, embora o editorial do Estadão não diga, é de se indagar por que Lula está fora desse processo? Todavia, em boa hora o Sponholz lembrou em seu cartoon deste sábado que ilustra este post. Leiam:
 
O Supremo Tribunal Federal (STF) poderia ter resolvido na quinta-feira se aceita ou não os tais embargos infringentes e, assim, abreviado, pelo menos em cinco dias, o julgamento da infindável Ação Penal 470.
Mas o ministro-presidente, Joaquim Barbosa, preferiu adiar o desenlace dessa preliminar. Assim, caberá ao decano Celso de Mello, na próxima quarta-feira, decidir se a condenação dos réus do escândalo do mensalão poderá, finalmente, transitar em julgado, ou se, aceitos os recursos apresentados pela defesa de 12 réus, terá início a revisão das suas sentenças.
 
Uma reviravolta na apreciação do mérito desses veredictos condenatórios, embora improvável, poderá resultar, jamais na absolvição completa, mas pelo menos na redução das penas de José Dirceu e companheiros.
E, politicamente mais relevante, anularia o atestado judicial de que os antigos dirigentes do Partido dos Trabalhadores (PT) formaram uma quadrilha para comprar apoio parlamentar.
 
Nesse que é o mais longo e mais importante julgamento da história do STF, Joaquim Barbosa construiu, como relator do processo, a reputação de rigoroso e obstinado inimigo dos privilégios e da impunidade dos poderosos.
Mas foi estranho ter encerrado abruptamente a sessão, impedindo que Celso de Mello - que havia pedido para votar, prometendo fazê-lo rapidamente - proferisse seu voto.
Manifestações anteriores do decano podem levar a supor que ele se inclina pela admissibilidade dos embargos infringentes - o que afrontaria a opinião pública, que já está perdendo a paciência com esse processo infindável, mas cujo resultado aplaudiu e gostaria de ver respeitado.
 
Mas, durante o julgamento do mérito, Celso de Mello foi, sempre, um dos juízes mais severos. Proferiu votos que são categóricos libelos acusatórios, dos quais o ministro Gilmar Mendes fez questão de citar um trecho: "Formou-se na cúpula do poder um estranho e pernicioso poder constituído para cometer crimes, agindo nos subterrâneos do poder, à sombra do Estado".
 
Se o voto de Celso de Mello vier a admitir os novos recursos da defesa, o processo certamente se prolongará, o que ninguém parece desejar, a não ser os próprios réus. Mais do que isso, o voto favorável tornará possível que, com a nova composição da Corte, o julgamento do mérito venha a ser reformado.
 
Ou seja, eventual exame dos novos embargos certamente abrirá novas esperanças para condenados como José Dirceu, que almeja ser beneficiado com o cumprimento da pena em regime semiaberto. Nesse caso, a reputação de probidade e retidão consagrada pela Suprema Corte - uma instituição que deve pairar acima da paixão política - no julgamento do mensalão certamente será maculada aos olhos da Nação.
 
É mais do que hora de a Ação Penal 470, iniciada há sete anos e há mais de um ano em julgamento, chegar a termo. Mas essa responsabilidade não se pode cumprir ao preço do açodamento e do voluntarismo, incompatíveis com a ideia de justiça.
Manobras como a praticada na última quinta-feira, mesmo que para neutralizar expedientes protelatórios, são reprováveis porque nivelam por baixo uma disputa que deveria ser elevada. Produzem o mesmo efeito deletério da modificação do corpo julgador, após a proclamação das sentenças, sentindo-se os novos ministros à vontade para julgar recursos a decisões que não prolataram.
 
E é aí, nos limites legais, no ordenamento jurídico que disciplina o trabalho da Justiça, que parece se encontrar o grande nó que embarga o desenvolvimento relativamente tranquilo dos feitos judiciais no Brasil. Bom exemplo disso é essa absurda controvérsia a respeito da admissibilidade ou não dos chamados embargos infringentes nas ações penais em julgamento pelo Supremo Tribunal Federal.
Embora, talvez, sem o teor "expresso" reclamado pelos exegetas mais cartesianos, a Constituição e a lei ordinária já revogaram o instituto do embargo infringente constante do artigo 333 do Regimento Interno do STF.
 
Esta disposição perdura no regimento pelo simples fato de que até agora simplesmente ninguém se preocupou em eliminar a absurda contradição que ela representa. É de esperar que, daqui para a frente, os ministros da Suprema Corte se animem a encarar o problema.
 
15 de setembro de 2013
in aluizio amorim

BOLSA FAMÍLIA COMPLETA 10 ANOS SEM PORTAS DE SAÍDA. APOLOGIA AO PARASITISMO

Bolsa Família completa 10 anos sem portas de saída.  Programa comemora o décimo aniversário com um quarto dos brasileiros recebendo o auxílio. A ajuda é necessária, mas seria melhor uma solução para tirá-los do círculo vicioso da esmola

 
ADEUS AO TRABALHO - Lucinete Nobre mora em Junco do Maranhão, o município com a maior proporção de habitantes assistidos pelo Bolsa Família. Ela deixou de trabalhar na roça e sustenta a família com os 216 reais que recebe por mês: “Tomara que continue assim pelo resto da vida"
ADEUS AO TRABALHO - Lucinete Nobre mora em Junco do Maranhão, o município com a maior proporção de habitantes assistidos pelo Bolsa Família. Ela deixou de trabalhar na roça e sustenta a família com os 216 reais que recebe por mês: “Tomara que continue assim pelo resto da vida" (Caio Guatelli)

Na cidade maranhense de Junco do Maranhão, a maioria dos 3 790 habitantes passa o dia vendo televisão, cuidando dos afazeres domésticos ou batendo papo na porta de casa. São raros os que têm horário para cumprir no trabalho. Isso porque, em Junco, 90,5% da população vive com o dinheiro do Bolsa Família. É o município brasileiro com a maior proporção de cidadãos assistidos pelo programa federal. Lançado no primeiro mandato do presidente Lula, o Bolsa Família completa uma década no mês que vem.
 
O objetivo anunciado era reduzir a pobreza e a desigualdade social com a transferência direta de dinheiro às famílias miseráveis. Dez anos depois, a pobreza de fato regrediu. Em 2003, o Brasil tinha 12% da população vivendo com menos de 2,8 reais por dia. Em 2011, o índice caiu para 4,2%. O Bolsa Família contribuiu para essa melhora, mas, obviamente, não foi o único responsável pelo bom resultado.

Impulsionado pelo consumo mundial de commodities como aço e ferro, o PIB do país experimentou um crescimento anual médio de 4,3% entre 2004 e 2011. O estímulo econômico fez ascender para a chamada nova classe média 35 milhões de brasileiros. O poder de compra do salário mínimo e o total de crianças matriculadas nas escolas aumentaram. Embora a pobreza venha diminuindo, a quantidade de dependentes do Bolsa Família cresce a cada recadastramento.
 
Em uma década, o número saltou de 3,6 milhões de famílias para 13,8 milhões. Ao todo, são hoje subsidiados 50 milhões de brasileiros, um quarto da população do país. Nesse período, apenas 1,7 milhão de famílias deixaram de receber o auxílio. Os números superlativos fazem do Bolsa Família o maior programa de transferência de renda condicionada do mundo.
 
O Bolsa Família está presente em todos os 5 570 municípios brasileiros. Destes, 1 750 têm mais da metade da população vivendo parcial ou totalmente com o recurso federal. Ocorre que muitos beneficiários continuam sem perspectiva ou oportunidade de encontrar uma ocupação. É certo que, na vida em sociedade, a maioria produtiva deve auxiliar os incapazes, mas permitir que famílias inteiras sejam subsidiadas para sempre por um sistema que não estimula sua força de trabalho é favorecer a dependência.

15 de setembro de 2013
Fernanda Allegretti - Veja
Veja

"ESPIONAGEM E CONTRAESPIONAGEM"

E não esqueçamos a discussão sobre se a CPI acabará em pizza ou em hambúrguer castigado no ketchup, belo momento de aproximação de culturas
 
 
Claro, essa discussão toda sobre a espionagem dos americanos faz parte de um ritual incontornável. Exposto a público o problema, ficaria muito chato, se o Brasil não protestasse e não tomasse outras medidas vistosas, sem descambar para a bravata, como, louvavelmente, tem feito até agora.
 
Por seu turno, os americanos também seguem com aplicação a boa prática entre tradicionais e inseparáveis aliados. Emitem documentos e pronunciamentos respeitosos e fazem promessas e esclarecimentos que não esclarecem nada, assim como nossas reações tampouco resolvem nada. É isso mesmo, a gente vive dançando esse tipo de balé ao longo da história da civilização.
 
O que não impede que se enxergue a futilidade, meio cômica e meio patética, desses atos e se pense uma bobagem dominical ou outra. A primeira observação que me ocorre, em relação ao nosso caso, é que, sim, os Estados Unidos nos espionam, mas nós, pode-se dizer, já os espionamos também, ainda que de forma indireta. Edward Snowden, ao revelar que os Estados Unidos espionam o Brasil, foi nosso espião junto às agências de segurança americanas.
 
Mostrou até que espionam a Petrobras e daqui a pouco, quem sabe, espionarão as preleções secretas de Felipão e o modelo de organização do jogo do bicho, não há limites para esse negócio.
 
O que não podemos é nos deixar envolver pelas técnicas e táticas do oponente. É mais fácil a gloriosa equipe da Real Agremiação de Bola ao Cesto de Itaparica, que não treina há uns quinze anos, encaçapar oitenta pontos no campeão da NBA do que a gente ganhar dos americanos em espionagem — e, ai de nós, em muitas outras áreas. Querer lutar usando as armas deles é esforço vão e fadado ao mais acabrunhante desastre. Em vez disso, anotemos em que ponto se revelaram vulneráveis a nossas armas.
 
Não foi na tecnologia, foi no chamado fator humano, foi um funcionário de confiança que teve acesso aos dados. Mas para nós não interessa, não estamos em competição tecnológica e acesso é acesso, qualquer que seja a forma de sua obtenção.
 
Chego a ficar nervoso com a astúcia diabólica de meu plano. Baseio-me na falada natureza humana. O Snowden, ao que parece, agiu por idealismo, mas a experiência ensina que esta não é a regra. Agir por dinheiro e vantagens é bastante mais comum. Então, vamos a um exemplo. Depois de uma pesquisa esperta, como somente nós sabemos fazer, chegamos ao nosso alvo, um certo Will Snitch, alto funcionário de secretíssimas transas eletrônicas, numa agência de segurança americana.
 
Aí oferecemos a ele o nosso pacote, que logo será conhecido nas rodas espionísticas (perdão) como o BBBB, o Brazilian Bountiful Bribe Bundle— mais ou menos a Generosa Trouxa Brasileira de Suborno. É só entregar a mercadoria, que ele recebe o BBBB, ou, para os íntimos, o B4.
 
Para nós é trivial, mas, para americano, ou para qualquer outro gringo, é um paraíso terrestre inimaginável. O B4, numa proposta inicial que ainda pode ser muito aperfeiçoada, incluiria a naturalização imediata do espião, para que ele não fosse extraditado de volta para os Estados Unidos.
 
Em seguida, alojado num amplo apartamento funcional em Brasília, seria nomeado para um cargo comissionado no Senado com a remuneração mais alta possível e todos os direitos, de catorze meses de salário a carro com motorista e seguro-saúde no Sírio-Libanês para toda a família, cartão corporativo sem comprovação de despesas, viagens gratuitas em jatinhos da FAB, boas colocações para a mulher, os filhos e o cunhado e mais o que eu possa ter esquecido, no rol tão vasto da nossa munificência.
 
Com dois anos de serviço, o estresse suportado por ele e a família, diante de todos os desafios enfrentados, cobraria seu preço e ele seria aposentado com todos os direitos integrais, para um justo repouso em algum lugar encantador, neste esplêndido país que o acolheu.
 
Deve, porém, ser lembrado que haveria o perigo de gente em demasia vir a saber da oportunidade, com o resultado de que o êxodo de pessoal qualificado, entre os órgãos de segurança americanos, poderia atingir níveis alarmantes.
 
De fato, o B4, embora aqui tão encontradiço quanto feijão na feira, é inexistente lá fora, de maneira que talvez não seja arriscado demais crer que o próprio Obama ficaria meio balançado com essa história, o que demonstra os limites que devemos impor à nossa ação internacional, pois não seria oferecendo a ele um cargo muito mais atraente que o de presidente dos Estados Unidos que obteríamos ganhos a longo prazo, não nos interessa desestabilizar politicamente os Estados Unidos.
 
Já basta nosso arsenal econômico, que um dia destes eles podem pleitear ser classificado na mesma categoria que as armas químicas, pois sabem que em caso de necessidade, o Brasil deflagra uma ação que muitos consideram desumana, pelos efeitos devastadores em todos os envolvidos.
 
Está sempre de prontidão o Embargão, nome do programa arrasador que bloqueia compras por brasileiros em Miami e Nova York, golpe de morte no comércio e na indústria do país amigo, precipitoso mergulho de seu PIB, choro e ranger de dentes na alma do consumidor nacional.
 
Não, nada dessa violência, vamos pensar em outros aspectos, não tão inquietantes. Instalou-se uma CPI no Senado, para investigar a espionagem. Oportunidade para muita coisa boa. Por exemplo, leio aqui que os membros da CPI estão planejando ir à Rússia, para ouvir pessoalmente o Snowden. Muito justo, pois encará-lo olhos nos olhos é essencial e sugiro mesmo umas estadas em Paris, Londres e Berlim, para sondar a situação na Europa como um todo.
 
E não esqueçamos a discussão sobre se a CPI acabará em pizza ou em hambúrguer castigado no ketchup, belo momento de aproximação de culturas. Melhor assim. Um conflito armado seria muito desgastante para ambos os lados.

15 de setembro de 2013
João Ubaldo Ribeiro, O Globo