"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

terça-feira, 5 de novembro de 2013

ROUBANDO DOS POBRES

Dirigentes de uma cooperativa ligada ao Movimento dos Trabalhadores sem Terra (MST) são presos. A acusação: eles desviaram dinheiro público que deveria ser usado para comprar alimentos para creches, escolas e hospitais.
 
Os velhos coronéis sempre usaram a pobreza e a miséria como trampolim para fazer política. manter o poder e amealhar fortuna. Essa tradição brasileira está em pleno processo de transformação — mas não na direção que o país gostaria. Entidades que historicamente empunharam bandeiras em defesa da distribuição de renda e da redução da desigualdade passaram a agir exatamente como os caciques que combatiam. surrupiando recursos que deveriam ser destinados à melhoria da qualidade de vida dos mais carentes.
 
É o caso do Movimento dos Trabalhadores sem Terra. Hoje vivendo à custa de verbas governamentais, o MST já foi flagrado vendendo lotes de terrenos, destruindo mata nativa protegida pelas leis ambientais e cometendo uma série de outros delitos. Agora, membros do MST ligados à Cooperativa de Comercialização e Reforma Agrária Avante (Coana) foram mais fundo no Código Penal. A Coana deveria comprar arroz e leite de pequenos agricultores e destinar os alimentos a crianças de creches, escolas e hospitais.
 
O problema é que a Coana recebia do governo, mas não entregava toda a contrapartida. Ou seja: não comprava os alimentos dos pequenos produtores, muito menos levava a mercadoria à mesa de quem aguardava por ela. O dinheiro simplesmente desaparecia. O centro das fraudes era o município de Querência do Norte, no Paraná.
 
Lá, a cooperativa do MST mostrou que aprendeu rapidamente com as raposas com as quais duelava no passado. Uma investigação da Polícia Federal mostrou que a Coana forjou um cadastro de fornecedores e deixou de distribuir os alimentos às crianças da região na medida acordada. Há casos de produtores de leite cadastrados pela cooperativa que nem sequer tinham vacas.
 
A falcatrua levou Marli Brambilla. a principal coordenadora da Coana à prisão. Seu marido Jaime Dutra Coelho, um dos líderes do MST no oeste do Paraná, também foi detido para prestar esclarecimento. Coelho já havia frequentado as páginas policiais dos jornais em 1999 quando foi flagrado em escutas telefônicas ameaçando uma juíza de morte.
 
A PF começou a investigar esse esquema criminoso em 2011 quando foram descobertos negócios fictícios entre a cooperativa e a estatal Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). No inquérito, há fartas evidências das irregularidades e pistas sobre cúmplices eventuais. Em meio ao material apreendido na casa dos coordenadores da Coana, a Polícia Federal encontrou cópia de uma carta endereçada a Gilberto Carvalho, secretário-geral da Presidência. No texto. Marli e Jaime avisam a Carvalho que já conseguiram "colocar" na Conab 1 600 toneladas de arroz.
 
O significado do verbo "colocar" usado na carta é incerto. Os criminosos, porém, informam o ministro Carvalho sobre o apoio do petista Silvio Porto, diretor de política agrícola da estatal. Em setembro, Porto foi indiciado pela PF pela autoria de quatro crimes no esquema Coana-Conab.
 
Na carta, os coordenadores da Coana lembram que negociavam também com a então senadora Gleisi Hoffmann — a atual ministra da Casa Civil e pré-candidata ao governo do Paraná — e com o deputado federal Zeca Dirceu. ex-prefeito de Cruzeiro do Oeste (PR) e filho do mensaleiro José Dirceu. A PF descobriu ainda o registro de uma reunião — "dentro de um contexto eleitoral"" — entre os coordenadores da Coana e o gerente de Programação Operacional da Agricultura Familiar, Paulo Coutinho.
 
Segundo a PF, Porto e Coutinho foram alertados das fraudes praticadas, mas. mesmo assim, avalizaram as operações. Procurados por VEJA, o MST e a Coana disseram que Marli e Jaime estavam viajando e não comentariam o caso.
 
Os dois muito provavelmente vão receber o mesmo tratamento dispensado ao companheiro Silvio Porto. Quando as fraudes entre assentados e Conab foram reveladas, o ministro da Agricultura, Antônio Andrade, anunciou a demissão de Porto, cujo maior sonho é assumir a presidência da Conab. A exoneração foi barrada pela Secreraria-Geral da Presidência e pela Casa Civil.
 
O recado foi claro: o companheiro Porto está ajudando as Marlis e os Jaimes a "colocar" com respaldo de cima. Os aproveitadores da miséria continuam usando os mesmos métodos de outrora. Só que agora são todos companheiros.

05 de novembro de 2013
Hugo Marques - Veja

EX-PREFEITA DE FORTALEZA, PETISTA LUIZIANNE LINS É NOMEADA EM CONSELHO DO BNDES

 
Luizianne-Lins-original

A ex-prefeita de Fortaleza (CE) Luizianne Lins foi nomeada nesta terça-feira para o Conselho Fiscal do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Luizianne é presidente do Diretório Estadual do PT no Ceará. A nomeação foi publicada no Diário Oficial da União desta terça.
 
Luizianne é rival do atual governador do Ceará, Cid Gomes, que, ao lado de seu irmão Ciro, deixou o PSB e se filou ao Pros para enfrentar o grupo de Eduardo Campos (PSB), possível candidato à Presidência no ano que vem.

O5 de novembro de 2013
Veja
(Com Estadão Conteúdo)

NOTA AO PÉ DO TEXTO

Nada a comentar... Apenas assistir boquiaberto o Brasil petista descendo a ladeira.
m.americo

"CORRUPÇÃO DESCARADA"

Grupo de fiscais envolvido em escândalo esbanjava riqueza e imaginava-se intocável; investigação do caso não pode escolher alvos
 

"Quem não gosta de jantar num restaurante caro e bom? Eu gosto." A pergunta retórica e a resposta são de Vanessa Caroline Alcântara, ex-companheira do fiscal Luis Alexandre Cardoso de Magalhães.
 
Segundo Alcântara, o fiscal municipal costumava levá-la a restaurantes nobres de São Paulo, nos quais gostava de pedir o vinho mais caro da carta. O destino seguinte era um hotel dispendioso, cuja diária custava R$ 5.000. Era comum que a noite consumisse R$ 10 mil.
 
Não é preciso esforço para notar a discrepância entre os hábitos faustosos e o salário de Magalhães. Como funcionário público, recebia cerca de R$ 14 mil por mês.
 
Apelidado de "louco" por alguns colegas, o fiscal não fazia questão de disfarçar os sinais de uma riqueza incompatível com os seus vencimentos. Em seu nome ou no das empresas que controla estão 27 imóveis; seu patrimônio estimado é de R$ 18 milhões.
 
Vem do Ministério Público a explicação para o descompasso: Magalhães e pelo menos outros três servidores são acusados de envolvimento num esquema de corrupção que impôs prejuízo de R$ 500 milhões aos cofres municipais.
 
Tratava-se de cobrar propina para reduzir o valor do ISS (Imposto sobre Serviços) a ser pago por determinada empresa. Os fiscais embolsavam até metade do montante devido; a prefeitura, quase nada.
 
 
Calcula-se que o grupo tenha entesourado R$ 80 milhões. São 59 imóveis, nove quotas de participação em empresas, automóveis de luxo e uma lancha avaliada em R$ 1 milhão. Podem ser todos ingênuos ou inexperientes na arte de ocultar bens ilícitos, mas é ainda assim espantosa a desfaçatez. Imaginavam-se intocáveis.
 
De acordo com a ex-companheira de Luis Magalhães, por exemplo, foi somente após saber-se investigado pela Controladoria Geral do Município que o fiscal tentou usá-la como laranja.
 
O episódio suscita questões embaraçosas para o ex-prefeito Gilberto Kassab (PSD). Por que agiam com tamanha certeza de impunidade? Sobrava proteção a essas práticas ou faltava investigação por parte dos órgãos públicos?
 
Tampouco está livre de questionamento o prefeito Fernando Haddad (PT). É que Ronilson Bezerra Rodrigues, apontado como chefe do esquema, foi nomeado diretor de finanças da SPTrans (empresa que gerencia o transporte municipal) na atual administração. Além disso, o nome de Antonio Donato, secretário de Governo do petista, já apareceu ligado a Magalhães em escuta autorizada pela Justiça.
 
Espera-se que a promissora Controladoria Geral do Município não faça distinções políticas no exercício de seu dever.

05 de novembro de 2013
Editorial da Folha

"O GIGANTE CONTINUA ADORMECIDO"

 

Seis meses depois, estamos no mesmo lugar. A política continuou tão medíocre como era em junho

O gigante voltou a adormecer. Seis meses depois das manifestações de junho, o Brasil continua o mesmo. Nada mudou. É o Brasil brasileiro de sempre. Mais uma vez, os fatores de permanência foram muito mais sólidos do que os frágeis fatores de mudança.

As instituições democráticas estavam — e continuaram — desmoralizadas. Basta observar as instâncias superiores dos Três Poderes. O Supremo Tribunal Federal chegou ao cúmulo de abrir caminho para a revisão das sentenças dos mensaleiros. Mais uma vez — e raramente na sua história esteve na linha de frente da defesa do Estado Democrático de Direito — cedeu às pressões dos interesses políticos.
 
O ministro Luís Roberto Barroso — o “novato” — descobriu, depois de três meses no STF, que o volume de trabalho é irracional. Defendeu na entrevista ao GLOBO que o Supremo legisle onde o Congresso foi omisso. E que o candidato registre em cartório o seu programa, o que serviria, presumo, para cobranças por parte de seus eleitores. Convenhamos, são três conclusões fantásticas.
 
Mas o pior estava por vir: disse que o país não aguentava mais o processo do mensalão. E o que ele fez? Ao invés de negar a procrastinação da ação penal 470, defendeu enfaticamente a revisão da condenação dos quadrilheiros; e elogiou um dos sentenciados publicamente, em plena sessão, caso único na história daquela Corte.
 
O Congresso Nacional continua o mesmo. São os “white blocs.” Destroem as esperanças populares, mostram os rostos — sempre alegres — e o sorriso de escárnio. Odeiam a participação popular. Consideram o espaço da política como propriedade privada, deles. E permanecem fazendo seus negócios....
 
Os parlamentares, fingindo atentar à pressão das ruas, aprovaram alguns projetos moralizadores, sob a liderança de Renan Calheiros, o glutão do Planalto Central — o que dizer de alguém que adquire, com dinheiro público, duas toneladas de carne? Não deu em nada. Alguém lembra de algum?
 
E os partidos políticos? Nos insuportáveis programas obrigatórios apresentaram as reivindicações de junho como se fossem deles. Mas — como atores canastrões que são — fracassaram. Era pura encenação. A poeria baixou e voltaram ao tradicional ramerrão. Basta citar o troca-troca partidário no fim de setembro e a aprovação pelo TSE de mais dois novos partidos — agora, no total, são 32. Rapidamente esqueceram o clamor das ruas e voltaram, no maior descaramento, ao “é dando que se recebe.”
 
E o Executivo federal? A presidente representa muito bem o tempo em que vivemos. Seu triênio governamental foi marcado pelo menor crescimento médio do PIB — só perdendo para as presidências Floriano Peixoto (em meio a uma longa guerra civil) e Fernando Collor. A incompetência administrativa é uma marca indelével da sua gestão e de seus ministros. Sem esquecer, claro, as gravíssimas acusações de corrupção que pesaram sobre vários ministros, sem que nenhuma delas tenha sido apurada.
 
Tentando ser simpática às ruas, fez dois pronunciamentos em rede nacional. Alguém lembra das propostas? Vestiu vários figurinos, ora de faxineira, ora de executiva, ora de chefe exigente. Enganou quem queria ser enganado. Não existe sequer uma grande realização do governo. Nada, absolutamente nada.

As manifestações acabaram empurrando novamente Luiz Inácio Lula da Silva para o primeiro plano da cena política. Esperto como é, viu a possibilidade de desgaste político da presidente, que colocaria em risco o projeto do PT de se perpetuar no poder. Assumiu o protagonismo sem nenhum pudor. Deitou falação sobre tudo. Deu ordens à presidente de como gerir o governo e as alianças eleitorais. Foi obedecido. E como um pai severo ameaçou: “Se me encherem o saco, em 2018 estou de volta.”
 
Seis meses depois, estamos no mesmo lugar. A política continuou tão medíocre como era em junho. A pobreza ideológica é a mesma. Os partidos nada representam. Não passam de uma amontoado de siglas — algumas absolutamente incompreensíveis.
 
Política persiste como sinônimo de espetáculo. É só no “florão da América” que um tosco marqueteiro é considerado gênio político — e, pior, levado a sério.
 
A elite dirigente mantém-se como o malandro do outro Barroso, o Ary: “Leva a vida numa flauta/Faz questão do seu sossego/O dinheiro não lhe falta/E não quer saber de emprego/Vive contente sem passar necessidade/Tem a nota em quantidade/Dando golpe inteligente.”
 
Estão sempre à procura de um “golpe inteligente.” Mas a farsa deu o que tinha de dar. O que existe de novo? Qual prefeito, por exemplo, se destacou por uma gestão inovadora? Por que não temos gestores eficientes? Por que não conseguimos pensar o futuro? Por que os homens públicos foram substituídos pelos políticos profissionais? Por que, no Congresso, a legislatura atual é sempre pior que a anterior? Por que o Judiciário continua de costas para o país?
 
Não entendemos até hoje que a permanência desta estrutura antirrepublicana amarra o crescimento econômico e dificulta o enfrentamento dos inúmeros desafios, daqueles que só são lembrados — oportunisticamente — nas campanhas eleitorais.
 
O gigante continua adormecido. Em junho, teve somente um espasmo. Nada mais que isso. Quando acordou, como ao longo dos últimos cem anos, preferiu rapidamente voltar ao leito. É mais confortável. No fundo, não gostamos de política. Achamos chato. Voltamos à pasmaceira trágica. É sempre mais fácil encontrar um salvador. Que pense, fale, decida e governe (mal) em nosso nome.

05 de novembro de 2013
Marco Antonio Villa, O Globo

TERRORISTA CESARE BATTISTI "CANCELA" PALESTRA EM SANTA CATARINA

Alvo de críticas por ser patrocinada com verbas federais, uma palestra na UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina) com Cesare Battisti, condenado na Itália por terrorismo e asilado no Brasil, foi cancelada no início da tarde desta terça-feira (5).
 
O comitê organizador do evento informou que Battisti comunicou que não participaria do evento em e-mail e em mensagem de texto enviada na madrugada desta terça.
Os organizadores informaram que uma "decisão do governo federal tomada na noite de 4 de novembro impossibilitou a vinda do escritor Cesare Battisti à UFSC".
Ainda segundo a organização, Battisti receberia R$ 900 por hospedagem e transporte, e bancaria a própria alimentação.
 
O italiano Battisti seria o principal palestrante do evento "Quem Tem Direito ao Dizer", em Florianópolis, uma promoção do PET Letras, programa nacional gerenciado pelo Ministério da Educação. A palestra estava agendada para esta quarta-feira (5). Segundo o professor Fábio Lopes da Silva, tutor local do programa, o objetivo do encontro é "dar voz aos malditos, aos proscritos e aos excluídos".
 
No comunicado, ao qual a Folha teve acesso, o italiano pede desculpas pela "comunicação tardia" e declara que foi orientado a declinar do convite pelo senador Eduardo Suplicy (PT-SP) e pelo assessor de assuntos internacionais da Presidência, Marco Aurélio Garcia, para não violar "obrigações com as leis deste país".
 
Suplicy informou que telefonou para Battisti na noite desta segunda-feira (4), depois de conversar com Marco Aurélio Garcia e ouvir dele que o evento "estava ganhando conotação política e poderia prejudicar Battisti".
 
"Ele [Battisti] não tinha intenção de fazer observações políticas ou comentar a relação entre Brasil e Itália. Queria falar dos seus livros. Mas eu ponderei a ele para não ir", disse o senador.
A assessoria de Marco Aurélio Garcia informou inicialmente que iria comentar o episódio, mas recuou e disse que ele não se manifestará. A Presidência da República também informou, via secretaria de imprensa, que não comentará.
 
"Repliquei com todos os detalhes que a palestra seria feita na faculdade de letras, que o objetivo era exclusivamente o meu percurso enquanto escritor. Apesar disso me foi fortemente recomendado de não ir a Florianópolis porque as consequências para mim poderiam ser graves", escreveu Battisti.

 Caio Guatelli-31.ago.11/Folhapress 
Cesare Battisti ministra palestra em universidade de SC
Cesare Battisti cancela palestra em universidade de Santa Catarina

 
A nota diz ainda que "reações organizadas à presença do palestrante, que incluíram promessas de censura e mesmo de violência física, poderiam colocar em risco a integridade do convidado e o patrimônio da universidade".
 
O evento foi mantido e o biógrafo de Battisti, Carlos Lungarzo, foi convidado a assumir a palestra do italiano.
 
PROTESTOS
 
Condenado à prisão perpétua na Itália por quatro assassinatos cometidos na década de 1970, Battisti nega o suposto envolvimento nos assassinatos e diz ser vítima de perseguição política.
 
O professor Fábio Lopes da Silva, que organizou o evento, classificou Battisti como "maldito por excelência", o que combinaria com a temática do evento. "Ele é uma figura tatuada com o emblema da exclusão", disse ele à reportagem na manhã desta terça (5), quando ainda desconhecia o e-mail de Battisti.
 
A participação do italiano em um evento pago com verba federal motivou protesto de um pequeno grupo de professores da UFSC. Sérgio Colle, docente de engenharia mecânica e consultor do Ministério da Ciência e Tecnologia, fez críticas públicas à universidade por considerar a palestra do italiano "uma afronta à Justiça".
 
"O evento é um despropósito, sobretudo uma afronta à instituição universitária brasileira", declarou.
 
HISTÓRICO
 
Battisti entrou ilegalmente no Brasil em 2004, e foi preso pela Polícia Federal no Rio de Janeiro três anos depois ---atualmente mora em São Paulo.
 
Em 2009 recebeu do governo brasileiro o status de refugiado político, o que abriu uma crise diplomática com a Itália. O italiano foi mantido preso até 2011, quando o STF (Supremo Tribunal Federal) validou a decisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva de mantê-lo no país.
 
No Brasil, Battisti foi condenado a dois anos de prisão por uso de passaporte falso. Mas a pena foi revertida em prestação de serviços à comunidade e pagamento de dez salários mínimos a entidades de assistência social.

05 de novembro de 2013
JEFERSON BERTOLINI
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, EM FLORIANÓPOLIS

NYT DIZ QUE CONSUMO DESENFREADO PODE TER MASCARADO PROBLEMAS DO BRASIL

 
As recentes manifestações de rua pareciam de repente ter acordado os brasileiros para o fato de que a sua corrida ao longo da última década - às compras de carros a crédito, à aquisição de imóveis e ao consumo desenfreado – tenha mascarado os problemas fundamentais relacionados ao desenvolvimento desigual, a violência e a corrupção que surgem mais uma vez no horizonte. Em nenhum outro país a vida vale tão pouco, logo abaixo da superfície suave e sedutora.

Brasil é intolerante a críticas e devoto ao dinheiro, diz colunista do NYT.  Jornal americano fala da crescente inquietação sobre a gestão econômica no Brasil.  
Do The New York Times
 
Eu viajei ao Brasil de Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, em um voo sem escala de 15 horas abarrotado de empresários chineses que estão em busca de investimentos na América do Sul. Há dois voos por dia, sempre lotados, um para o Rio de Janeiro e outro para São Paulo. Eles conectam importantes polos do mundo emergente nos quais os Estados Unidos são periféricos.

Às seis da manhã, o aeroporto de Dubai é uma visão aterrorizante, um vasto shopping repleto de marcas e com milhares de consumidores da China, Índia, Rússia, África e diversas outras partes do mundo que estão desfrutando de intenso crescimento na última década, enquanto o Ocidente cochila.
 
Em relação a esta reluzente e gigante galeria de tentações, onde os novos ricos fazem suas compras até cair, o aeroporto John Kennedy, em Nova York, parece de extremo mau gosto. Até mesmo Schiphol, em Amsterdã, fica parecendo coisa de principiante.
 
 

No Brasil, que festejará a Copa do Mundo e os Jogos Olímpicos de 2016 ao longo dos próximos três anos, a atmosfera é um pouco menos inebriante. Um boom imobiliário ( uma bolha alguns dizem) atingiu níveis sem precedentes, o desemprego é baixo; vastas novas reservas de petróleo prometem baldes de dinheiro e uma classe média com maior acesso ao crédito do que nunca continua a crescer. Mas há uma nova tendência de inquietação. Por um lado, a inquietação é sobre a gestão econômica. O crescimento abrandou drasticamente. A dívida pública aumentou. A inflação mexe.
 
Mas em um nível mais profundo a questão é cultural, como se as recentes manifestações de rua de repente tivessem acordado os brasileiros para o fato de que a sua corrida ao longo da última década - às compras de carros a crédito, à aquisição de imóveis e ao consumo desenfreado – tenha mascarado os problemas fundamentais relacionados ao desenvolvimento desigual, a violência e a corrupção que surgem mais uma vez no horizonte. Em nenhum outro país a vida vale tão pouco, logo abaixo da superfície suave e sedutora.
 
Fernando Henrique Cardoso, ex-presidente que domou a inflação e com a estabilidade persuadiu o Brasil a dar os primeiros passos em direção de seu sempre fugaz futuro dourado, afirma, em artigo publicado no jornal O GLOBO.

"Há um desconforto generalizado, principalmente nas grandes cidades, que surgiu como o produto de uma ocupação insensível do espaço urbano, com pouca ou nenhuma infra-estrutura e uma baixa qualidade de vida para uma população em rápido crescimento. Acesso caótica aos meios de transportes, abastecimento de água deficiente e serviços de má qualidade (educação, saúde e segurança) estão muito aquém das crescentes demandas das pessoas."
 
Nas últimas semanas, as manchetes dos jornais imprimem a violência que ressurge no estado do Rio de Janeiro. A resposta da polícia é muitas vezes cruel . Em 2012, a polícia matou 415 pessoas no Rio de Janeiro e 563 em São Paulo, informou o Globo, e no país como um todo, ela matou uma média de cinco brasileiros por dia. A taxa de mortes nas mãos da polícia é várias vezes maior que nos Estados Unidos ou Grã-Bretanha.
 
Um executivo que trabalha para uma multinacional me deu uma noção da extorsão que ele enfrenta em uma fábrica de fornecimento de matérias-primas para o projeto de renovação do porto do Rio de Janeiro. Líderes da favela vizinha ameaçaram o gerente da fábrica com armas depois que ele revelou fraudes que causavam disperdício de dinheiro em várias fases do processo de produção. A situação só se acalmou depois que o gerente foi tirado de seu posto e a empresa concordado em entregar caminhões de tijolos para os chefes da favela.
 
Estas trocas de favores acontecem em todos os lugares mas aqui tornam-se um feio cenário para um exuberante Rio de Janeiro e seus planos de se tornar ainda mais “maravilhoso”. Eles oneram e distorcem o desenvolvimento do Brasil. Não ajuda que a resposta do governo da presidente Dilma Rousseff a seus críticos é muitas vezes classificá-los como fantoches de direita ou mesmo fascistas.
 
Tanto em Dubai quanto no Brasil, duas características do mundo emergente me impressionaram: a intolerância crescente aos críticos e uma devoção feroz com o dinheiro, de preferência ganho rapidamente e de forma que possa conceder acesso aos clubes exclusivos dos privilegiados. Esta é a nova cultura do dinheiro, se a palavra cultura não for aqui equivocada. Por mais vulgares eos dois lugares possam ser, além de desiguais, as democracias do Ocidente, com seu Estado de Direito e cultura de debate, podem parecer atraentes, de longe.

05 de novembro de 2013
(Texto original de Roger Cohen; Tradução Sérgio Vieira)

LUZ SOBE 6,2% NO RIO. E A REDUÇÃO ANUNCIADA PELA GERENTE DE ARAQUE

 
Conta de luz da Light terá aumento de 6,2% para residências a partir de quinta-feira.  Média do reajuste é de 3,65%; para indústria queda é de 1,01
 
A partir desta quinta-feira, dia 7, a conta de energia no Rio dos consumidores da Light vai ficar em média 3,65% mais cara. Para as residências (baixa tensão), que representam mais de 90% do clientes da empresa, o aumento deverá ser de 6,2%. Mas para a indústria ela deverá cair 1,01%. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou nesta terça-feira a Terceira Revisão Tarifária da distribuidora.
 
 
Em agosto deste ano, quando publicou a proposta de revisão tarifária, a Aneel previa uma redução média das tarifas da Light de 3,3%. Para as residências também haveria uma queda da conta de luz de 3,28%; e das indústrias seria ainda maior, de 6,70%.
 
Uma nova metodologia para cálculo das perdas não técnicas (roubo de energia) , principalmente por causa das áreas pacificadas onde ela mais acontece, específica para a Light, foi uma das principais razões para a mudança do cálculo levando ao aumento das tarifas. A Aneel reconheceu que a empresa tem perdas entre 40% e 41% por causa de roubo de energia. A proposta do relator da matéria, diretor Edvaldo Santana, é de que a empresa apresente uma proposta em 180 dias de reajuste somente para os consumidores destas áreas.

- Em algumas áreas, a perda não-técnica é um problema que não pode ser resolvido somente pela concessionária, precisa haver uma conscientização da sociedade e um esforço do estado. Vai muito além da questão tarifária. A perda não-técnica ou roubo de energia elétrica passa a ser um problema de política pública - disse o diretor-geral da Aneel, Romeu Rufino.
 
O diretor-geral destacou também o peso dos tributos na tarifa, principalmente do ICMS, e disse que eles representam um terço no preço final da tarifa, o que ele considera “longe do razoável”.
 
O relator disse ainda que também levou ao aumento das contas a compra da energia da distribuidora, que aumentou 8,89%. O custo médio da compra de energia da Light está em R$ 122,82 o MW/h (megawatt/hora).
 
Em novembro de 2012, a tarifa de energia da Light aumentou em média 12,27%. O reajuste para as residências foi de 11,85% e o da indústria de 13,20%.
 
O Fator X definido pela Aneel foi de 1,22%. Na revisão de cada distribuidora é definido o Fator X, redutor usado para repassar para os usuários os ganhos das empresas. O Fator X é subtraído do IGP-M, um dos índices que reajustam a tarifa de energia anualmente.

A primeira revisão tarifária da Light foi realizada em 2003, quando houve uma redução de tarifas das contas das residências de 2,14% e da indústria entre 10,01% a 5,85%, dependendo da tensão da rede. Na segunda revisão, em 2008, as tarifas dos clientes residenciais caíram 3,29%, e das indústrias entre 7,40% e 4,44%
 
Em janeiro deste ano, quando o governo reduziu as tarifas de todas as distribuidoras do país, a queda da conta de luz dos consumidores da distribuidora foi de 18,10%, enquanto a dos clientes da Ampla ficou em 18%.
 
O presidente da Light, Paulo Roberto Pinto, que participou da reunião de diretoria da Aneel, falou das preocupações da distribuidora com as perdas não-técnicas por causa dos “gatos” e das áreas com problemas de segurança no Rio. Também disse que nos próximos dois anos a concessionária terá que fazer investimentos por causa da Copa do Mundo e das Olimpíadas.
 
- A Light vai reduzir as perdas técnicas. Já há um compromisso dos acionistas de investir R$ 1,250 bilhão nos próximos cinco anos. Pode confiar, vamos reduzir as perdas no próximo ciclo (cinco anos) - garantiu ele.
 
A Light presta serviço para 4 milhões de unidades consumidoras em 31 municípios da região metropolitana do Rio, incluindo a capital. Ela atende quase 7% do mercado de consumo total de energia do Brasil.

05 de novembro de 2013
Mônica Tavares - O Globo

TODOS PRESOS POR UM?


O PSDB está fazendo de tudo para não melindrar José Serra, enquanto este faz tudo para constranger Aécio Neves. Os políticos estão no papel deles. Como o senador Aloysio Nunes Ferreira, que escreveu esta carta, hoje, para o Estadão:
 
Cruzada espartana
A reportagem publicada no Estado de domingo (A8) sob o título Por 2014, Serra faz cruzada espartana, segue o enredo dessas intrigas partidárias que só prejudicam o PSDB. Elas me provocam a mais viva irritação, especialmente, como foi o caso, quando sou citado e não sou ouvido. Quando hostilizam José Serra, tentam desqualificar sua ação política e subestimar sua liderança, os deputados Carlos Sampaio e Marcos Pestana miram no adversário errado, brincam com fogo e, lamento dizê-lo, fazem o jogo do PT. Sou, sim, amigo de Serra. Ele sabe que sempre poderá contar comigo, inclusive nos projetos políticos que vier a acalentar. Isso não me impede de colaborar com Aécio Neves no excelente trabalho de mobilização do partido que ele vem realizando.
 
O próprio Aécio Neves veio à imprensa para botar água na fervura. E declarou à Folha de São Paulo:
 
"Deixem o Serra trabalhar em paz, são absolutamente legítimas as viagens que o Serra faz, é positivo para todos nós que ele possa ser mais uma voz permanente de oposição ao governo, não há nenhuma tensão entre nós", disse Aécio, completando: "Esse problema interno é um problema que não existe."
 
"Tudo que fizermos vai ser com base no entendimento. Não acho necessária essa antecipação, ela vai acontecer no tempo certo, não tem uma data pré-fixada. Pode ser em março? Pode. Se nós todos acharmos que deve ser antes, será antes, mas a partir de um grande entendimento entre nós", disse Aécio, para quem o "combustível" principal do PSDB é a unidade. "Pode ter certeza de que no momento da campanha eleitoral quando você olhar para um vai enxergar o outro", afirmou o tucano.
 
Após participar de uma audiência na Câmara dos Deputados, o governador Geraldo Alckmin (PSDB-SP), disse que a melhor data para a escolha do nome tucano ao Planalto é o início de 2014. "Acho que o ideal é fazer [a escolha] no início do ano que vem. É uma boa data. O ano já está acabando", afirmou ele, brincando: "Só há dois ansiosos na vida, os políticos e os jornalistas." Candidato à reeleição, Alckmin negou que haja articulação para que seja o vice na chapa de Aécio: "Minha tarefa é trabalhar lá em São Paulo", se limitou a dizer.
 
O problema não é mais interno do PSDB. A militância quer o nome de Aécio oficializado. Quer a candidatura nas ruas. É querer demais, depois de três eleições em que tudo ficou para a última hora? Será que não chegou a hora de colocar o militante em primeiro lugar? Que Aécio deve se resguardar é pura balela. Deve mais é se expor. É assim que se ganha eleição presidencial no Brasil.
 
05 de novembro de 2013
in coroneLeaks

NEM UM POUQUINHO

           
          Artigos - Movimento Revolucionário      
  
Na nomenclatura política reinante, os liberais moderadíssimos Azevedo e Constantino já foram transferidos para a "extrema direita", que está a um passo do "crime de ódio" e do "terrorismo".
 
A reação geral da mídia impressa e bloguística à presença de Reinaldo Azevedo e Rodrigo Constantino na equipe de articulistas da Folha de S. Paulo traz a prova definitiva de que o "establishment" comunopetista não está disposto a aceitar nem mesmo oposição jornalística, individual e apartidária. 
 
Nem mesmo um pouquinho dela. Aqueles que ainda se recusam a crer que estamos sob um regime de controle totalitário da opinião pública são os melhores aliados desse sistema de dominação cínico e intolerante, que cresce e se alastra sob a proteção da invisibilidade postiça com que o encobrem, como ontem fizeram com o Foro de São Paulo.

Incluo nisso aqueles que, com ares de guardiães da pátria, continuam pontificando sobre uma iminente "ameaça de tomada do poder pelos comunistas". Esses só ajudam a camuflar a realidade: os comunistas já estão no poder, já controlam   os canais de ação política e propaganda, e não existe nem mesmo quem possa tomar o lugar deles.

A passagem da "fase de transição" para a da "implantação do socialismo" não está lenta porque alguém, entre os líderes políticos, militares ou empresariais, lhe ofereça resistência. Está lenta porque, após a primeira tentativa forçada com o Movimento Passe Livre, a liderança comunista está em dúvida quanto ao próximo passo, natural num país com a extensão, a diversidade regional e a complexidade deste Brasil.

A única oposição que essa gente enfrenta é a natureza das coisas, cuja resistência passiva às mudanças forçadas é o pesadelo mais antigo e permanente dos guias iluminados da espécie humana. Oposição deliberada, organizada, não há. E as poucas vozes isoladas, se depender da classe jornalística a que pertencem e que as odeia, serão caladas em nome da democracia e da liberdade de opinião.

Na nomenclatura política reinante, os liberais moderadíssimos Azevedo e Constantino já foram transferidos para a "extrema direita", que está a um passo do "crime de ódio" e do "terrorismo". Dizem que os dois só foram admitidos na Folha por exigência pessoal do sr. Otávio Frias Filho, contra o consenso da reda ção. Se isso é fato, fala alto em favor do sr. Frias, mas mais alto ainda, grita de cima dos telhados a realidade de uma situação em que os empregados da empresa, regiamente pagos e sem ter investido nela um tostão, agem como se fossem os donos e ditam regras que o dono, juntando todas as reservas de coragem que lhe restam após décadas de complacência gentil, ousa contrariar pela primeira vez na vida.

Alguém duvida que, desde esse gesto, o sr. Frias é diariamente amaldiçoado no prédio inteiro da Alameda Barão de Limeira como "ditador" e "tirano"  por ter ousado mandar no que é seu, ainda que um tiquinho só?
Não posso deixar de cumprimentá-lo pela iniciativa de inserir, na massa de duzentos esquerdistas que dominam as páginas da Folha dois articulistas liberais. Pelos critérios correntes, é um abuso, uma invasão, um golpe de extrema direita.

Entrei na imprensa em 1965. Estou nessa coisa há quase meio século, e nunca um dono de jornal veio me pressionar para que escrevesse o que não queria ou deixasse de escrever o que pensava.
Otávio Frias pai, os Marinhos, Samuel Wainer, os Civitas, os Mesquitas e agora a Associação Comercial de São Paulo sempre respeitaram minha liberdade, mesmo quando eu pensava o contrário deles.
Pressões, tentativas de intimidação,  difamação e toda sorte de cachorradas vieram sempre da redação, daqueles que eu considerava companheiros de trabalho, mas que se imaginavam meus patrões.

Lembro-me de um colega, militante comunista, que, tendo falhado à confiança do Partido nos anos 1960  foi excluído não só do emprego mas da profissão jornalística com a maior facilidade, mediante um simples zunzum passado de boca em boca nas redações pela liderança comunista, como se fosse um decreto: "Esse aí? Esse não. É mau caráter." Mau caráter sou eu, que vi isso com meus próprios olhos e fiquei quieto, esperei vinte anos para denunciar a prepotência de jornalistas que assim agiam ao mesmo tempo que posavam de coitadinhos, de perseguidos e até de classe operária espoliada!     

***
 
Um palhaço que se diz historiador assegurou, em debate pela internet, que a CIA havia fornecido aos golpistas de 1964 ajuda de US$ 12 bilhões, seis vezes o custo da fabricação da bomba atômica, numa época em que a totalidade dos investimentos estrangeiros no Brasil não passava de 86 milhões. Em valores de hoje, 12 bilhões equivalem a 90 bilhões: 45 vezes os gastos totais da eleição americana mais cara de todos os tempos.  
          
Desafiado a provar a enormidade, apelou à autoridade de outro igual a ele, sem nenhum documento comprobatório.

Como eu citasse o livro do espião checo Ladislav Bittman, que confessava ter inventado a história da participação americana no golpe, o homenzinho respondeu: "Se foi assim, por que ele não escreveu um livro?" Tsk, tsk.

Feito isso, passou a me dar lições sobre o rigor científico que deve prevalecer no uso historiográfico de testemunhos, logo após ter repassado a seus leitores, como testemunho probante e fidedigno, a historinha do sr. Paulo Ghiraldelli, segundo a qual eu teria sido reprovado num vestibular da USP, o qual, aliás, jamais prestei. É esse tipo de gente que ensina História nas universidades do Brasil.

05 de novembro de 2013
Olavo de Carfvalho

Publicado no Diário do Comércio.

AS FARC "NEGOCIAM" A PAZ NA COLÔMBIA EM IATE DE LUXO NO BELO MAR DO CARIBE


Da esquerda para a direita: "Iván Márquez", Tanja Nijmeijer e "Jesús Santrich"
Ontem o ex-presidente Uribe publicou em sua conta do Twitter, a foto que ilustra essa edição de hoje, e fez o seguinte comentário: 

“Sibaritas de terroristas FARC, La Habana, mientras en Colombia realizan secuestros masivos, pescas milagrosas”.

Bem, é necessário traduzir o que ele quis dizer, não só as palavras mas o sentido da revolta embutida nessa frase. Como todos sabem (assim eu espero de meus leitores), as FARC estão desde setembro do ano passado em Havana, Cuba, fingindo estar tratando com o governo de Juan Manuel Santos uma “negociação de paz”. Evidentemente que isso é a fachada para o que de fato esses terroristas foram fazer na ilha dominada pelos ditadores Castro, pois durante todo esse período de mais de um ano, as FARC realizaram seus Plenos com o Secretariado, trocaram “idéias” com representantes do Foro de São Paulo, inclusive brasileiros, receberam presidentes de países “amigos” e planejaram mais ataques bárbaros contra as Forças de Segurança e a população civil que dizem defender. A violência terrorista se incrementou como há mais de uma década não se via, os ataques a militares, policiais, e populações negras e indígenas se mostraram brutais, além dos seqüestros e destruição de torres de energia e um aqueduto. 

Somente os tolos acreditam que dessas “conversações” sairão propostas efetivas que possam finalmente devolver a tão sonhada paz na Colômbia, uma vez que as FARC sentaram-se na mesa com as mesmíssimas propostas constantes de seu Plano Estratégico, entre as quais consta que JAMAIS entregarão suas armas, enquanto os representantes do Governo são chamados de “convidados de pedra”, pois não abrem a boca para contestar nada e vão dizendo amém a todas as arbitrariedades determinadas pelas FARC. 

Já em outras ocasiões nos chegaram fotos da “dolce vita” que levam esses comuno-terroristas que, tal como Chávez e todos os comunistas do mundo, dizem odiar o capitalismo, que a riqueza material é uma lepra e outras sandices do gênero. Entretanto, o que as fotos têm mostrado é um refinamento no vestir, no cardápio que agora desfrutam (falta todo tipo de gêneros alimentícios para os cubanos “a pé”, mas as visitas são servidas com lagosta, camarão, vinhos importados, e como não podia faltar, os melhores “puros” Cohiba produzidos na ilha), além da casa que os hospeda, com campo de futebol, de golfe e piscina.

Então, ontem alguém mandou para o ex-presidente Uribe essa foto onde aparecem desfrutando a boa vida burguesa em um iate (da esquerda para a direita), os terroristas “Iván Márquez”, Tanja Nijmeijer (“Alexandra”) e “Jesus Santrich”, que sempre aparece de óculos escuros fingindo ser cego.

A notícia do trino de Uribe chegou aos ouvidos dos “negociadores” farianos e hoje veio a confirmação cínica e descarada de “Rodrigo Granda” (que já esteve no Brasil negociando com os terroristas do EPP paraguaio o seqüestro e assassinato de Cecilia Cubas). Segundo Granda, “o que nós temos feito é estar trabalhando por coisas sérias, o doutor Álvaro Uribe não tem nenhuma autoridade moral”. Quer dizer, como pode-se ver na foto cujos personagens citados foram confirmados, o trabalho tem sido árduo e Uribe, por vir denunciando a farsa desde que começou, é quem não tem moral diante desses psicopatas.

Os tais “diálogos” recomeçaram nesta segunda-feira (04) e o tema abordado foi o segundo ponto da agenda - estabelecido pelas FARC, não pelo Governo - sobre a participação destes terroristas que cometeram e continuam cometendo crimes de lesa-humanidade, na política colombiana, com total apoio do traidor Juan Manuel Santos.

A denúncia e a revolta de Uribe é a mesma de quase 90% dos colombianos (e minha também) que querem a paz, mas sem impunidade para esses monstros. E o que Uribe quis dizer, em seu trino, é que as FARC se dão luxos e vida refinada, enquanto “falam” de paz mas continuam seqüestrando, assassinado, extorquindo e espalhando o terror no país. E com as movimentações para as eleições do ano que vem, entre elas para a presidência da República, as FARC já declararam como “objetivo militar número 1”, o assassinato de Uribe que está voltando à vida pública, encabeçando a chapa de seu novo partido, o “Uribe Centro Democrático”, como candidato ao Senado. 

Ouçam o áudio da gravação feita pela Blu Radio onde se confirma os nomes dos refinados terroristas que desfrutam as delícias do capitalismo num iate cedido pelos ditadores Castro, em Cuba. E sobre essas questões das eleições colombianas, falarei no meu próximo programa da Radio Vox, o Observatorio Latino. Fiquem com Deus e até a próxima!
 
05 de novembro de 2013
Comentários e traduções: G. Salgueiro

FALA DIRETO COM MARCOLA

https://www.youtube.com/watch?v=fCEJ3ydG0H8&feature=player_embedded


Dizem que a solução contra o banditismo é fazer manifestações pedindo segurança. Mas vamos pedir segurança a quem? Ao ministro da Justiça do governo Dilma, o petista José Eduardo Cardoso? Não digam. 
         Este 'democrata' fez um minuto de silêncio pela memória de Marulanda, o líder dos narcotraficantes das Farc's, responsáveis por milhares de assassinatos, seqüestros e atos de terrorismo contra o Estado e a democracia colombiana. 
         Cardoso também saudou socialismo e Revolução Cubana, do ditador Fidel Castro. Em Cuba, há presos por delito de opinião, não há imprensa livre, não há eleições livres, nem partidos, nem livre iniciativa, nem liberdade de expressão. 
         É a este homem que vamos pedir que nos proteja? Bandido por bandido, a gente fala direto com Marcola.

05 de novembro de 2013
in blog da mirian macedo






 

 
 

 


AGILIDADE É ISSO

“O problema não são os juízes. O problema é a legislação processual brasileira, que não tem paralelo no mundo em matéria das possibilidades infinitas de recursos. Eu sempre disse que um processo no Brasil contra um criminoso de colarinho branco endinheirado só termina em menos de 20 anos se ele quiser. Se não quiser, não termina”.

Jorge Hage, chefe da Controladoria-Geral da União, sobre a condenação de Paulo Maluf por improbidade administrativa e superfaturamento de obras públicas quando era prefeito de São Pauloem 1995, avisando que o processo do mensalão, em tramitação no STF há mais de seis anos, pode arrastar-se até 2027.

05 de novembro de 2013
in Augusto Nunes

MARCO CIVIL DA INTERNET OU CAVALO DE TRÓIA VERMELHO?


O site da revista Veja, em matéria que aborda o tal Marco Civil da Internet, em votação no Congresso, afirma que a Câmara pode fazer a rede avançar nesta semana se tomar as posições certas sobre temas como neutralidade de rede, guarda de registros de navegação e obrigatoriedade de instalação de data centers no Brasil.
Entretanto, cabe uma questão relevante: o projeto é de um deputado do PT do Rio de Janeiro, Alessandro Molon. Daí sobrevem outra indagação: qual a confiabilidade que tem o PT para propor tal projeto, já que o partido defende o famigerado “controle social da mídia”, eufemismo para a mais descarada censura à imprensa e à internet? Além disso, até agora não se ouviu um pio dos parlamentares da oposição sobre o assunto de forma a esclarecer, sem deixar nenhuma dúvida, a sociedade brasileira.
Tanto é que esse projeto está há tempo tramitando na Câmara e só adquiriu o status de urgência urgentíssima sob o pretexto da Dilma de coibir a “espionagem” dos Estados Unidos, um delírio caro ao PT, useiro e vezeiro em manter à tona o anti-americanismo, já que é um partido de viés comunista que pleiteia transformar o Brasil numa República Socialista do tipo cubano.
Além do mais, a Câmara Federal é dominada pelo PT por meio da tal “base aliada”, que conta com os préstimos dos sabujos do PMDB que serão capazes de aprovar qualquer projeto de lei, inclusive aquele que possa amordaçar  a internet, desde que consigam faturar alguma coisa.
Falar em audiências públicas, consultas pela internet supostamente abertas à participação de todos os cidadãos é pura mentira. É esquema do PT, que não dá ponto sem nó, mormente em véspera de eleição. O que se sabe é que o projeto é controverso além de abordar assuntos complexos e completamente fora da compreensão da esmagadora maioria dos cidadãos brasileiros.
Tanto é que o projeto jazia num nos escaninhos da Câmara. Só está sendo votado às pressas sob o argumento idiota, vazio e oportunista do PT, que invoca segurança de dados, ao que eu indagado: que dados importantes tem o Brasil capazes de acender a cobiça dos Estados Unidos? - isto não passa de uma piada barata e ridícula, típico do cinismo dos comunistas.
O que se sabe de fato é que todos os países espionam uns aos outros. Sempre foi assim. No caso dos Estados Unidos, o monitoramento sobre a América Latina procede, haja vista que o continente, sob o domínio de governos bolivarianos - outro eufemismo para o comunismo do século XXI - transformou-se num viveiro de terroristas internacionais, além de ser a principal plataforma de exportação de entorpecentes.
Desta forma o tal Marco Civil é um projeto sem qualquer tipo de confiabilidade. Com essa composição da Câmara Federal e o poder imperial do governo do PT, esse projeto pode muito bem ser um Cavalo de Tróia vermelho, capaz de desovar o monstrengo da censura à internet e, a partir daí, eliminar os últimos entraves que impedem o Brasil de se tornar mais uma republiqueta bolivariana. Leia-se: comunista.
Transcrevo a matéria do site da revista Veja como segue:
O Marco Civil da internet, projeto de lei que estabelece regras para a web brasileira, deve ser votado nesta quarta-feira no Plenário da Câmara dos Deputados. Em seguida, o texto segue para avaliação do Senado e, se aprovado, para sanção da presidente Dilma Rousseff. A matéria tramita na Casa desde o ano passado e ainda não há consenso ao menos sobre três pontos importantes: neutralidade de rede, guarda de registros de navegação de usuários e obrigatoriedade da instalação de data centers no Brasil por empresas como Google e Facebook. Os assuntos opõem grupos de parlamentares, empresas do setor de telecomunicações e de internet. No início da noite desta segunda-feira, o deputado Alessandro Molon (PT-RJ), relator do projeto de lei, afirmou ao site de VEJA que devido à falta de consenso é possível que a questão dos data centers fique de fora do Marco Civil. Assim, a matéria seria incorporada ao projeto de lei de proteção de dados pessoais, que ainda está em estudos no Ministério da Justiça.
O projeto foi redigido com base numa consulta pública proposta em 2009 pelo Ministério da Justiça em parceria com o Centro de Tecnologia e Sociedade da Escola de Direito da Fundação Getulio Vargas. No Congresso, recebeu várias alterações e foi motivo de debate intenso entre deputados, ministros, empresas e instituições do setor. Por isso, sua votação tem sido adiada desde novembro de 2012.
A matéria só passou a tramitar em regime de urgência depois da suspeita de que a Agência de Segurança Nacional (NSA) dos Estados Unidos espionou autoridades e empresas locais — incluindo a presidente Dilma Rousseff e a Petrobras. Desde então, o governo tenta enxertar no projeto uma "resposta" aos Estados Unidos, obrigando empresas de internet como Google Facebook a armazenar dados de usuários brasileiros em data centers locais.
À parte o equívoco, o Marco Civil introduz regras vitais ao uso do ambiente virtual brasileiro. Entre as propostas mais importante está aquela que trata da proteção dos dados de usuários de serviços eletrônicos, questão que até agora carece de legislação específica. Empresas que oferecem aplicações na internet serão obrigadas a apagar de seu banco de dados informações de usuários que deixarem esses serviços. As companhias ficarão ainda  proibidas de fornecer dados de usuários a terceiros, salvo quando houver autorização explícita. Por fim, os serviços serão obrigados a detalhar a coleta, o uso e o tratamento das informações dos usuários, garantindo que os dados só serão utilizados para os fins que fundamentaram seu cadastro.
Igualmente importante é o trecho do projeto de lei que trata da responsabilidade dos provedores de aplicações (YouTube, Facebook etc.) por conteúdos publicados nessas plataformas. Hoje, esses serviços podem ser corresponsáveis por conteúdos que seus usuários compartilham. O Marco Civil prevê, porém, que essas empresas só responderão pelo material de terceiros caso se recusem a atender a uma ordem judicial determinando a remoção do conteúdo. É um avanço, um estímulo à liberdade de expressão. Afinal, o risco de responsabilização intimida sites e plataformas de internet e as estimula a retirar conteúdos do ar a partir do simples pedido de um cidadão.
Na quarta-feira, pela manhã, será realizada na Câmara dos Deputados uma Comissão Geral para discutir os pontos controversos do projeto de lei. A expectativa é de que a matéria seja votada a partir das 16h. 
 
05 de novembro de 2013
in aluizio amorim

UFSC PROMOVE PALESTRA COM COMUNISTA ASSASSINO


 
Quando se vê jovens mascarados ou não nas ruas das cidades brasileiras quebrando tudo, lançando coquetéis molotov, espalhando o terror; quando se lê nos jornais e se vê nas televisões a insana defesa dessa marcha anarquista que costuma abrir o caminho para o estabelecimento de uma ditadura comunista, muitas pessoas indagam: mas por que está acontecendo isso? 

A reposta está aqui: a doutrinação comunista levada a efeito nas escolas e nas universidades. O cartaz que percorre as redes sociais e que ilustra este post parece piada, mas não é. 

Amanhã, dia 6, a Universidade Federal de Santa Catarina (USFC) promove um evento sui genereris, ao anunciar como palestrante nada mais nada menos do que o terrorista italiano Cesare Battisti, foragido da Justiça italiana e sobre o qual pesa a acusação de diversos crimes. Battisti, no entanto, vive livre, leve e solto no Brasil graças ao refúgio que lhe foi concedido pelo governo do PT.

Quando surgem as denúncias de que as universidades brasileiras se transformaram em centros de doutrinação comunista há sempre quem duvide ou esboce um sorriso amarelo, que tanto pode ser de desdém, de covardia ou simplesmente cinismo.

Recomendo que que leiam um artigo especial do professor Luiz Nazario, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Nazario está entre os poucos intelectuais que não integra a camorra liberticida responsável pela transformação das universidades em centro de treinamento de terroristas futuros coveiros da democracia.

Em artgigo postado no seu blog, o professor Luiz Nazario revela, em detalhes, quem é Cesare Battisti, o palestrante do evento que será aberto amanhã, dia 6, na UFSC. Aqui um excerto do texto de Nazario com link para a leitura completa. Não deixem de ler:
 
"Nascido em 1954, Cesare Battisti iniciou sua carreira criminosa em 1972 ao consumar um furto qualificado em Frascati. Em 1974, foi processado por lesões corporais dolosas; neste ano, em Sabaudia, realizou roubo qualificado e seqüestrou uma pessoa incapaz, obrigando-a, com violência, a servi-lo sexualmente.
Em 1977, foi preso em flagrante por furto. Na prisão, conheceu o terrorista Arrigo Cavallina, e decidiu ingressar no grupo Proletários Armados para o Comunismo (PAC), que este liderava com Sebastiano Masala, formado em fins de 1977 com dissidentes das Brigadas Vermelhas, contra a adoção do regime de segurança máxima nos cárceres italianos.
O PAC decidira eliminar os “fascistas ” que ousavam “fazer justiça com as próprias mãos ”, ou seja, que reagiam aos métodos revolucionários das suas “expropriações”, necessárias à sobrevivência dos membros do grupo, liberados da cruel exploração do trabalho na podre sociedade capitalista para se dedicarem ao crime em tempo integral.
 
Os comerciantes que ousassem ferir ou matar os revolucionários que iam honestamente assaltar seus caixas seriam, pois, executados por justa causa. Igual sentença de morte recebiam os policiais acusados de “torturas” por tratar mal os revolucionários na prisão. Em quatro desses assassinatos revolucionários assumidos pelos PAC, Cesare Battisti envolveu-se pessoalmente:"
 
 
05 de novembro de 2013
in aluizio amorim
Paulo T. de Carvalho disse...
Isto é SOMENTE PARA QUEM FOR NESTA PALESTRA: Voçê é um: trouxa, ser inferior, idiota, ameba, lixo humano, otário, idiota, estúpido, ¨comuna dos inferno¨, apoiador de bandido, alienado, sem noção, imbecil, fã de assassino, esquerdinha, etc, etc e tudo quanto é etc de palavrão nesse mundo.
Anônimo disse...
acabei de ler que o italiano cancelou a sua ilustre presença, no qual provavelmente iria palestrar sobre como fugir da policia de dois países, Itália e França, e viver acolhido no bananão dos petistas...

de resto, iria palestrar sobre o que?

e o sujeito que sai de casa pra assistir palestra de funkeiro, valha-me Deus, merece ajoelhar no milho por duas semanas seguida...

haja mediocridade...
Anônimo disse...
Aluízio, eis aí uma boa sugestão para a UFSC substituir o ilustre palestrante assassino Battisti: convidar o Marcola do PCC !!!

Esses otários da Universidade de Santa Catarina são bem "seletivos" e exigentes, mas certamente aplaudirão minha sugestão tanto quanto o funkeiro também convidado. Esse é o padrão de nossas universidades que já-já fará inveja nas universidades de Cuba e Coréia do Norte. E viva o Brasil !!!!
Anônimo disse...
Piores do que esse celerado e do que o governicho comunista que o acolheu são esses irresponsáveis que estão tentando transformá-lo em palestrante nas nossas universidades. Safados!
05 novembro 2013