"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

IBGE DESCOBRE O "AGLOMERADO SUBNORMAL" E ACABA COM AS FAVELAS DO BRASIL MARAVILHA


paraisopolis
Onde se vê uma favela, o IBGE enxerga um ‘aglomerado subnormal’

Primeiro, Lula criou o Fome Zero e acabou com os famintos que herdou de FHC, e todos os brasileiros passaram a saborear pelo menos três refeições por dia. 

Depois, Lula criou a nova classe média e acabou com a pobreza que herdou de FHC, e todos os pobres foram autorizados a subir para a divisão superior sem que tenha subido o salário. 

Mais tarde, Dilma Rousseff criou o programa Brasil sem Miséria e acabou com os indigentes que Lula esquecera de incluir na classe média, e todos os miseráveis aprenderam que podem viver muito bem com 3 reais por dia.

Sem fome, sem pobreza, sem miséria, o que estaria faltando para que o Brasil Maravilha virasse uma Noruega com praia, carnaval, futebol e jabuticaba?

Acabar com os milhões de nativos que se espremem em barracos pendurados nos morros, hasteados nos pântanos ou fincados na periferia das cidades, decidiu o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Depois da divulgação de um estudo que abrange a população que sobrevive nesses tumores urbanos, já não falta mais nada.

Pelo que se lê no papelório, os alquimistas do IBGE resolveram decretar neste novembro que  o que parece uma favela é um “aglomerado subnormal”. Isso mesmo: “aglomerado subnormal”, eis a última novidade da novilíngua companheira.

A imensidão de favelados está onde sempre esteve. Mas as favelas não existem mais. 
Haja cinismo.

07 de novembro de 2013
in Augusto Nunes, Veja

MARCHA DE PROTESTO CONTRA O GOVERNO DE NICOLÁS MADURO DEVERÁ LEVAR MILHARES ÀS RUAS DE 55 CIDADES DA VENEZUELA NESTE SÁBADO


 
Milhares de venezuelanos prometem sair às ruas neste sábado, dia 9, para expressar dua indignação ante o regime de Nicolás Maduro e a grave crise econômica, política e social do país, numa jornada de protesto organizada diretamente pelos manifestantes, sem que haja uma participação direta dos líderes da oposição, segundo reportagem do jornal El Nuevo Herald, assinada pelo jornalista Antonio Maria Delgado.
 
Os manifestantes, que devem sair às ruas em mais de 55 cidades do país, revelaram que a marcha busca não só expressar a frustração do povo venezuelano sobre problemas como a crescente escassez de produtos, a inflação galopante e a insegurança pessoal, mas também protestar contra os planos de Maduro de concluir a implantação de um modelo político e econômico similar ao vigente em Cuba.
 
Mas a “Marcha Auto-Convocada” também sinalizará uma forte mensagem contra os líderes da oposição, que muitos consideram que se tem mostrado demasiado tolerantes em relação a um regime anti-democrático, afirmou o consultor político Esteban Gerbasi.
A convocação da marcha é difusa e espontânea sem a participação direta dos políticos da oposição.
 
“São as pessoas que se auto-organizam, para demonstrar a Maduro que não temos medo de sair à rua e expressar o descontentamento que temos frente à grave crise moral, política e social que vive o país”, disse o ciberativista @LucioQuincioC, em entrevista telefônica ao jornal El Nuevo Herald.
Esse ativista ficou muito conhecido através do Twitter, quando há mais de um ano iniciou uma rede de ajuda às pessoas para localizar medicamentos que começaram a escassear desde os tempos do finado caudilho Hugo Chávez.
Transcrevo no original em espanhol a reportagem.
Leiam:
 
EN ESPAÑOL - Miles de venezolanos tienen previsto salir a las calles el próximo sábado para expresar su “indignación” ante el régimen de Nicolás Maduro y la grave crisis económica, política y social del país, en una jornada de protesta organizada directamente por los manifestantes, sin que haya una participación directa de los líderes de la oposición.
 
Los manifestantes, quienes tienen previsto salir a las calles en más de 55 ciudades del país, expresaron que el encuentro no sólo busca expresar la frustración del pueblo venezolano sobre problemas como el creciente desabastecimiento de productos, la galopante inflación y la inseguridad personal, sino también los planes de Maduro de terminar de implantar un modelo político económico similar al vigente en Cuba.
 
Pero la “Marcha Autoconvocada” también acarrea un fuerte mensaje contra la máxima dirigencia de la oposición, que muchos consideran se ha mostrado demasiado blanda hacía un régimen antidemocrático, comentó el asesor político Esteban Gerbasi.
 
“La Marcha Autoconvocada es precisamente para demostrarle a Maduro y a la dirigencia de la oposición que ya su tiempo pasó, y que la salida aquí es a través de la toma de las calles”, explicó Gerbasi, quien ha estado promoviendo el movimiento a través de las redes sociales.
 
“La marcha es una demostración de que hay una carencia de liderazgo ante líderes de la oposición que no están dándole respuesta a un pueblo venezolano que está sometido a la humillación permanente de tener que caerse a golpes en los supermercado para comprar un paquete de [harina precocida de maíz], o un kilo de azúcar”, agregó.
 
La convocatoria está siendo promovido a través de las redes sociales, y especialmente a través de Twitter, donde miles de personas están promoviendo el evento a través de hashtags como #9N y #9Nprimeramarchaautoconvocada.
La primera de éstas, #9N, registra mucho movimiento través de Twitter, con picos de hasta 4,000retwits por hora.
 
Algunos dirigentes de la oposición han expresado su apoyo a la iniciativa, incluyendo los ex precandidatos de la oposición Leopoldo López y María Corina Machado.
 
Pero el gobierno también ha tomado nota de la convocatoria.
“Están convocando para el 9 de noviembre, los sectores golpistas y fascistas de la derecha y la oposición, lo que llaman la marcha de los autoconvocados. ‘Hasta ese día llega Maduro, hasta ese día llega la revolución’, dicen ellos”, expresó Maduro esta semana.
 
“La oposición venezolana quiere ocasionar un conjunto de eventos de gran magnitud e impacto negativo contra la vida económica, social y la paz del país para que las elecciones del 8-D sean suspendidas”, acusó.
Los promotores del evento, no obstante, insistieron que la marcha está siendo organizada por la propia población, sin que cuente con una participación directa de los políticos de la oposición.
 
“Es la gente que se está autoconvocando, para demostrarle a Maduro que no tenemos miedo de salir a la calle para expresar el descontento que tenemos frente a la grave crisis moral, política y social que está viviendo el país”, dijo el ciberactivista @LucioQuincioC, en una entrevista telefónica.
“Esto no busca favorecer a ningún sector político. Lo que queremos es dejar registro de que en Venezuela la gente está molesta y que desea un país diferente, un país en el que haya medicinas y alimentos, un país que no esté sometido al robo descarado de funcionarios abocados a la corrupción. En Venezuela, l ciudadano está asqueado”, dijo.
 
 
07 de novembro de 2013
in aluizio amorim

O QUE OS NAZISTAS COPIARAM DE MARX

           
          Artigos - Movimento Revolucionário 
       
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Nem o polilogismo marxista e nem o nazista conseguiram ir além de declarar que a estrutura lógica da mente é diferente entre as várias classes ou raças.  Eles nunca se atreveram a demonstrar precisamente no quê a lógica do proletariado difere da lógica da burguesia, ou no quê a lógica ariana difere da lógica dos judeus ou dos ingleses.
 
O marxismo afirma que a forma de pensar de uma pessoa é determinada pela classe a que pertence.  Toda classe social tem sua lógica própria.  Logo, o produto do pensamento de um determinado indivíduo não pode ser nada além de um "disfarce ideológico" dos interesses egoístas da classe à qual ele pertence.  A tarefa de uma "sociologia do conhecimento", segundo os marxistas, é desmascarar filosofias e teorias científicas e expor o seu vazio "ideológico".  A economia seria um expediente "burguês" e os economistas são sicofantas do capital.  Somente a sociedade sem classes da utopia socialista substituirá as mentiras "ideológicas" pela verdade.
 
Este polilogismo, posteriormente, assumiu várias outras formas.  O historicismo afirma que a estrutura lógica da ação e do pensamento humano está sujeita a mudanças no curso da evolução histórica. O polilogismo racial atribui a cada raça uma lógica própria.

O polilogismo, portanto, é a crença de que há uma multiplicidade de irreconciliáveis formas de lógica dentro da população humana, e estas formas estão subdivididas em algumas características grupais.
Os nazistas fizeram amplo uso do polilogismo.  Mas os nazistas não inventaram o polilogismo.  Eles apenas criaram seu próprio estilo de polilogismo.

Até a metade do século XIX, ninguém se atrevia a questionar o fato de que a estrutura lógica da mente era imutável e comum a todos os seres humanos.  Todas as interrelações humanas são baseadas nesta premissa de que há uma estrutura lógica uniforme.  Podemos dialogar uns com os outros apenas porque podemos recorrer a algo em comum a todos nós: a estrutura lógica da razão.

Alguns homens têm a capacidade de pensar de forma mais profunda e refinada do que outros.  Há homens que infelizmente não conseguem compreender um processo de inferência em cadeias lógicas de pensamento dedutivo.  Mas, considerando-se que um homem seja capaz de pensar e trilhar um processo de pensamento discursivo, ele sempre aderirá aos mesmos princípios fundamentais de raciocínio que são utilizados por todos os outros homens.  
Há pessoas que não conseguem contar além de três; mas sua contagem, até onde ele consegue ir, não difere da contagem de Gauss ou de Laplace. Nenhum historiador ou viajante jamais nos trouxe nenhuma informação sobre povos para quem A e não-A fossem idênticos, ou sobre povos que não conseguissem perceber a diferença entre afirmação e negação.  Diariamente, é verdade, as pessoas violam os princípios lógicos da razão. Mas qualquer um que se puser a examinar suas deduções de forma competente será capaz de descobrir seus erros.

Uma vez que todos consideram tais fatos inquestionáveis, os homens são capazes de entrar em discussões e argumentações.  Eles conversam entre si, escrevem cartas e livros, tentam provar ou refutar.  A cooperação social e intelectual entre os homens seria impossível se a realidade não fosse essa. Nossas mentes simplesmente não são capazes de imaginar um mundo povoado por homens com estruturas lógicas distintas ente si ou com estruturas lógicas diferentes da nossa.

Mesmo assim, durante o século XIX, este fato inquestionável foi contestado.  Marx e os marxistas, entre eles o "filósofo proletário" Dietzgen, ensinaram que o pensamento é determinado pela classe social do pensador.  O que o pensamento produz não é a verdade, mas apenas "ideologias".  Esta palavra significa, no contexto da filosofia marxista, um disfarce dos interesses egoístas da classe social à qual pertence o pensador.  Por conseguinte, seria inútil discutir qualquer coisa com pessoas de outra classe social.  Não seria necessário refutar ideologias por meio do raciocínio discursivo; ideologias devem apenas ser desmascaradas, denunciando a classe e a origem social de seus autores. Assim, os marxistas não discutem os méritos das teorias científicas; eles simplesmente revelam a origem "burguesa" dos cientistas.

Os marxistas se refugiam no polilogismo porque não conseguem refutar com métodos lógicos as teorias desenvolvidas pela ciência econômica "burguesa"; tampouco conseguem responder às inferências derivadas destas teorias, como as que demonstram a impraticabilidade do socialismo.  Dado que não conseguiram demonstrar racionalmente a validade de suas idéias e nem a invalidade das idéias de seus adversários, eles simplesmente passaram a condenar os métodos lógicos.  O sucesso deste estratagema marxista foi sem precedentes.  Ele tornou-se uma blindagem contra qualquer crítica racional à pseudo-economia e à pseudo-sociologia marxistas. Ele fez com que todas as críticas racionais ao marxismo fossem inócuas.

Foi justamente por causa dos truques do polilogismo que o estatismo conseguiu ganhar força no pensamento moderno.
O polilogismo é tão inerentemente ridículo, que é impossível levá-lo consistentemente às suas últimas consequências lógicas. Nenhum marxista foi corajoso o suficiente para derivar todas as conclusões que seu ponto de vista epistemológico exige.  O princípio do polilogismo levaria à inferência de que os ensinamentos marxistas também não são objetivamente verdadeiros, mas sim apenas afirmações "ideológicas".  Mas isso os marxistas negam.  Eles reivindicam para suas próprias doutrinas o caráter de verdade absoluta.  

Dietzgen ensina que "as idéias da lógica proletária não são idéias partidárias, mas sim o resultado da mais pura e simples lógica".  A lógica proletária não é "ideologia", mas sim lógica absoluta.  Os atuais marxistas, que rotulam seus ensinamentos de sociologia do conhecimento, dão provas de sofrerem desta mesma inconsistência.  
Um de seus defensores, o professor Mannheim, procura demonstrar que há certos homens, os "intelectuais não-engajados", que possuem o dom de apreender a verdade sem serem vítimas de erros ideológicos.  Claro, o professor Mannheim está convencido de que ele mesmo é o maior dos "intelectuais não-engajados".  Você simplesmente não pode refutá-lo. Se você discorda dele, você estará apenas provando que não pertence à elite dos "intelectuais não-engajados", e que seus pensamentos são meras tolices ideológicas.

Os nacional-socialistas alemães tiveram de enfrentar o mesmo problema dos marxistas.  Eles também não foram capazes nem de demonstrar a veracidade de suas próprias declarações e nem de refutar as teorias da economia e da praxeologia.  Consequentemente, eles foram buscar abrigo no polilogismo, já preparado para eles pelos marxistas.  Sim, eles criaram sua própria marca de polilogismo.  

A estrutura lógica da mente, diziam eles, é diferente para cada nação e para cada raça.  Cada raça ou nação possui sua própria lógica e, portanto, sua própria economia, matemática, física etc.  Porém, não menos inconsistente do que o Professor Mannheim, o professor Tirala, seu congênere defensor da epistemologia ariana, declara que a única lógica e ciência verdadeiras, corretas e perenes são as arianas.  Aos olhos dos marxistas, Ricardo, Freud, Bergson e Einstein estão errados porque são burgueses; aos olhos dos nazistas, estão errados porque são judeus.  Um dos maiores objetivos dos nazistas é libertar a alma ariana da poluição das filosofias ocidentais de Descartes, Hume e John Stuart Mill.  Eles estão em busca da ciência alemã arteigen, ou seja, da ciência adequada às características raciais dos alemães.

Como hipótese, podemos supor que as capacidades mentais do homem sejam resultado de suas características corporais.  Sim, não podemos demonstrar a veracidade desta hipótese, mas também não é possível demonstrar a veracidade da hipótese oposta, conforme expressada pela hipótese teológica.  Somos forçados a admitir que não sabemos como os pensamentos surgem dos processos fisiológicos. Temos vagas noções dos danos causados por traumatismos ou por outras lesões infligidas em certos órgãos do copo; sabemos que tais danos podem restringir ou destruir por completo as capacidades e funções mentais dos homens.  Mas isso é tudo.  Seria uma enorme insolência afirmar que as ciências naturais nos fornecem informações a respeito da suposta diversidade da estrutura lógica da mente.  O polilogismo não pode ser derivado da fisiologia ou da anatomia, e nem de nenhuma outra ciência natural.

Nem o polilogismo marxista e nem o nazista conseguiram ir além de declarar que a estrutura lógica da mente é diferente entre as várias classes ou raças.  Eles nunca se atreveram a demonstrar precisamente no quê a lógica do proletariado difere da lógica da burguesia, ou no quê a lógica ariana difere da lógica dos judeus ou dos ingleses.  Rejeitar a teoria das vantagens comparativas de Ricardo ou a teoria da relatividade de Einstein por causa das origens raciais de seus autores é inócuo.

 Primeiro, seria necessário desenvolver um sistema de lógica ariana que fosse diferente da lógica não-ariana.  Depois, seria necessário examinar, ponto por ponto, estas duas teorias concorrentes, e mostrar onde, em cada raciocínio, são feitas inferências que são inválidas do ponto de vista da lógica ariana mas corretas do ponto de vista não-ariano.  E, finalmente, seria necessário explicar a que tipo de conclusão a substituição das erradas inferências não-arianas pelas corretas inferências arianas deve chegar.  Mas isso jamais foi e jamais será tentado por ninguém.  

Aquele gárrulo defensor do racismo e do polilogismo ariano, o professor Tirala, não diz uma palavra sobre a diferença entre a lógica ariana e a lógica não-ariana. O polilogismo, seja ele marxista ou nazista, jamais entrou em detalhes.
O polilogismo possui um método peculiar de lidar com opiniões divergentes.  
Se seus defensores não forem capazes de descobrir as origens e o histórico de um oponente, eles simplesmente taxam-no de traidor.  Tanto marxistas quanto nazistas conhecem apenas duas categorias de adversários.  
Os alienados — sejam eles membros de uma classe não-proletária ou de uma raça não-ariana — estão errados porque são alienados.  E os opositores que são de origem proletária ou ariana estão errados porque são traidores.  Assim, eles levianamente descartam o incômodo fato de que há divergências entre os membros daquela que dizem ser sua classe ou sua raça.

Os nazistas gostam de contrastar a economia alemã com as economias judaicas e anglo-saxônicas.  Mas o que chamam de economia alemã não difere em nada de algumas tendências observadas em outras economias.  A economia nacional-socialista foi moldada tendo por base os ensinamentos do genovês Sismondi e dos socialistas franceses e ingleses. Alguns dos mais velhos representantes desta suposta economia alemã apenas importaram idéias estrangeiras para a Alemanha.  Frederick List trouxe as idéias de Alexander Hamilton à Alemanha; Hildebrand e Brentano trouxeram as idéias dos primeiros socialistas ingleses.  A economia alemã arteigen é praticamente igual às tendências contemporâneas observadas em outros países, como, por exemplo, o institucionalismo americano.

Por outro lado, o que os nazistas chamam de economia ocidental — e, portanto, artfremd [estranho à raça] — é em grande medida uma conquista de homens a quem que nem mesmo os nazistas podem negar o termo 'alemão'. Os economistas nazistas gastaram muito tempo pesquisando a árvore genealógica de Carl Menger à procura de antepassados judeus; não conseguiram.  É um despautério querer explicar o conflito que há entre a genuína teoria econômica e o institucionalismo e o empiricismo histórico como se fosse um conflito racial ou nacional.

O polilogismo não é uma filosofia ou uma teoria epistemológica.  É apenas uma postura de fanáticos de mentalidade estreita que não conseguem conceber que haja pessoas mais sensatas ou mais inteligentes que eles próprios.  Tampouco é o polilogismo algo científico.  Trata-se da substituição da razão e da ciência pela superstição.  É a mentalidade característica de uma era caótica.
 
07 de novembro de 2013
Ludwig von Mises foi o reconhecido líder da Escola Austríaca de pensamento econômico, um prodigioso originador na teoria econômica e um autor prolífico. Os escritos e palestras de Mises abarcavam teoria econômica, história, epistemologia, governo e filosofia política. Suas contribuições à teoria econômica incluem elucidações importantes sobre a teoria quantitativa de moeda, a teoria dos ciclos econômicos, a integração da teoria monetária à teoria econômica geral, e uma demonstração de que o socialismo necessariamente é insustentável, pois é incapaz de resolver o problema do cálculo econômico.
Mises foi o primeiro estudioso a reconhecer que a economia faz parte de uma ciência maior dentro da ação humana, uma ciência que Mises chamou de "praxeologia".                                    

Artigo extraído do livro Omnipotent Government: The Rise of Total State and Total War, originalmente publicado em 1944.

Publicado no site do Instituto Ludwig von Mises Brasil.

A ECONOMIA DO DESACORDO

   
          Artigos - Cultura 
Ao buscar acordos – e suprimir observações impopulares – as pessoas podem fazer coisas incrivelmente estúpidas.

A discordância é parte fundamental da vida e é essencial à economia. Assim como uma porção de concordância é necessária à vida, também é necessária uma porção de discordância. É quando os nossos interesses coincidem que concordamos. E é quando nossos interesses e crenças não coincidem que discordamos. Quando uma companhia é formada há um acordo; quando se paga por algo há ali um preço acordado. Seria a discordância então um fator econômico negativo?
 

Não deveríamos ser tão simplórios ao ponto de pressupor que a concordância é boa e a discordância é má. Embora digamos que todas as guerras tratam-se de desacordos e a paz é o acordo, e embora digamos que a destruição da riqueza ocorre num contexto de discórdia, enquanto a criação da riqueza fica na conta da concórdia, há muito mais em jogo. É possível imaginar um acordo destrutivo e um desacordo construtivo.

Um país que concorda com a política mercadológica errada, por exemplo, pode dar sérias vantagens estratégicas ao seu competidor; a indústria doméstica pode decair, a capacidade de manufatura pode entrar em declínio deixando sequelas na segurança militar e na empregabilidade doméstica (e.g., como na relação comercial entre China e Estados Unidos). Um desacordo construtivo pode resultar em um debate parlamentar acerca de uma nova lei que pode fazer emergir um novo discernimento sobre novas práticas.
Peter Barron Stark oferece ‘Oito passos para o desacordo construtivo’.

De acordo com Stark, “O desacordo é a parte positiva, normal e necessária para construir grandes relacionamentos ou times”. As pessoas tendem a discordar em vários pontos e isso é visto como problemático; mas não se deve imaginar que os desacordos são algo para se colocar de lado a fim de buscar a concordância perpétua. Tal conduta tem se provado perigosa. Todo líder empresarial e/ou investidor colherá bons frutos lendo a obra “Victims of Groupthink: A Psychological Study of Foreign Policy Decisions and Fiascos” (NT.: Vítimas do pensamento de grupo: Um estudo psicológico das decisões e fiascos da política externa) de Irving L. Janis. Como observa Janis, o desejo de concordância e consenso pode fazer com que as pessoas suprimam importantes objeções e observações contrárias que poderiam impedir desastres que atingiriam aqueles que são levados a agir em acordo com os demais. Ao buscar acordos – e suprimir observações impopulares – as pessoas podem fazer coisas incrivelmente estúpidas.

Um CEO ou líder governamental está limitado por pontos cegos. Se não houver como discordar ou desafiar os pontos de vista deles, então o desastre está fadado a ocorrer. Isso ficou especialmente claro na história de líderes poderosos ou carismáticos.
Stark nos diz que
“Chega-se às boas decisões nos negócios respeitando a opinião alheia e tendo a habilidade de exercer um diálogo construtivo onde cada membro do time tem a oportunidade de aprender um com o outro, em vez de apenas gostarem um dos outros”.

Não há nada de errado em gostarem de você, mas o desejo de que gostem de você pode ser um elemento corruptor. Até mesmo a ideia de que o acordo significa unidade – que por sua vez é considerada necessária ao sucesso de uma empresa – pode também corromper a mesma empresa.  Onde a unidade se torna uma uniformidade de opiniões, um tipo de estagnação intelectual toma lugar. Porquanto, todos caindo em um mesmo padrão uniforme de pensamento – frequentemente o padrão da personalidade que lidera – não é algo saudável. As vantagens da livre expressão e do livre pensamento se perdem quando nós simplesmente adotamos o pensar daqueles que nos cercam.


Enquanto Stark tenta dizer que a discordância não é sinônimo de conflito, devemos, não obstante, admitir que os conflitos produzem resultados notáveis na natureza e na história. É por meio dos conflitos que aprendemos importantes lições. Toda derrota em uma guerra ocorre porque há fraquezas a serem superadas. O processo da destruição criativa dentro do próprio capitalismo e a dita competição de mercado em que uma cobra come a outra alavanca o progresso. Sem essa competição – e sem a possibilidade de derrota – a economia e toda a vida humana estagnaria. Foi o economista Joseph Schumpeter quem cunhou o termo “destruição criativa” ao adaptá-lo da obra de Karl Marx. Em sua obra Capitalismo, Socialismo e Democracia, Schumpeter escreveu: “A abertura de novos mercados [...] revoluciona incessantemente a estrutura econômica desde dentro, destruindo incessantemente a antiga e incessantemente criando uma nova. O processo de Destruição Criativa é o fato essencial do capitalismo”.

Competição não significa simplesmente competição de preços. Significa competição qualitativa. Já foi uma vez em que houve competição entre cavalos e automóveis. Ambos são meios de transporte e cada um é dissonante ao outro. Você não pode andar de cavalo e carroça numa autoestrada. Dois meios de transporte e, não obstante, incrivelmente diferentes – envolvendo um desacordo acerca do método. Nesse desacordo, um lado é o vencedor e o outro o perdedor. A indústria de veículos movidos a cavalo declina e a indústria automobilística se levanta. É um caso de Destruição Criativa.

A necessidade da totalidade subserviente concordar com um Adolf Hitler ou com um Josef Stálin ou com um governante popular é sempre danosa para todos. O clamor pela pureza racial, pela revolução proletária ou pela igualdade material universal significa um clamor para erradicar todos os freios e contrapesos e todos os desacordos significativos. Quaisquer benefícios imagináveis de uma determinada uniformidade de raça ou resultado econômico são muito menores que o dano que eles podem vir a causar à sociedade e à economia. É a divisão de poder dentro da sociedade e dentro da economia que produz as discordâncias mais positivas e os melhores resultados possíveis. Pode ser chamado de “impasse” aquilo que permite a verdadeira liberdade avançar em face de medidas potencialmente totalitárias. Imagine se um partido ou pessoa da sociedade pudesse ditar os mais benignos “desenlaces” imagináveis.

Mesmo com essa suposição, um processo sem qualquer freio ou desacordo é profundamente corrupto e está sujeito a degradação ilimitada rumo à megalomania. No final, concluiu Hitler, “Aniquilarei todos que se opõem a mim”. E sob o sistema socialista da Rússia, Stálin disse uma vez: “A verdadeira conformidade é possível apenas no cemitério”. Ambos os ditadores buscaram uniformidade de opinião e conformidade de ação. Ambos destruíram grande parte das suas respectivas sociedades.

Hoje em dia vemos por toda parte pressões para que se siga o caminho da uniformidade de opinião e conformidade social. Pelo bem da nossa economia e pelo bem da nossa vida intelectual, devemos superar o anseio de aceitar acriticamente as opiniões prevalecentes e as perspectivas autoritárias. Devemos questionar aos outros e a nós mesmos. Façamos as seguintes perguntas: Eles estão errados? Eu estou errado? A resposta é importante, e talvez ela só possa ser encontrada (para o benefício de todos) através da discordância.

Publicado no Financial Sense.
Tradução: Leonildo Trombela Junior

Jeffrey Nyquist

07 de novembro de 2013

LENIN, STALIN, CEAUSESCU, OBAMA: COMO OS LÍDERES MARXISTAS ESCONDEM O SEU PASSADO

                        
          Notícias Faltantes - Comunismo         
stalinobamaEstive ausente destas páginas por um tempo. O meu novo livro Disinformation, escrito em co-autoria com o professor Ronald Rychlak, e o documentário nele baseado monopolizaram o meu tempo. Mas, uma nauseante operação estilo glasnost em andamento nos Estados Unidos me faz sentir como se estivesse assistindo a uma reencenação da imensa glasnost que eu costumava conduzir durante a minha época como conselheiro do presidente da Romênia comunista, Nicolae Ceausescu.

Não, glasnost não é um erro de impressão ou digitação. Durante os meus anos no topo da comunidade KGB, glasnost era o codinome de uma ferramenta de inteligência ultra-secreta da ultra-secreta “ciência” negra de desinformação da KGB. A sua missão era transformar o país em um monumento ao seu líder, e retratá-lo como o próprio Deus. Isto me trouxe de volta ao JP Media e aos seus leitores, pois a glasnost só funciona para quem não sabe o que ela realmente significa.
Se você pensa que Gorbachev inventou a palavra glasnost para descrever os seus esforços na condução da União Soviética “para longe do estado totalitário e na direção da democracia, liberdade e abertura”, você não está sozinho. Toda a mídia ocidental e a maioria dos especialistas ocidentais, até mesmo os de órgãos de inteligência e defesa, acreditam nisto também – como o comitê que deu a Gorbachev o Prêmio Nobel da Paz. A venerável Enciclopédia Britânica define glasnost como “Política soviética de discussão aberta sobre questões políticas e sociais. Foi instituída por Mikhail Gorbachev no fim da década de 1980 e deu início à democratização da União Soviética” (1). E o American Heritage Dictionary define glasnost como
uma política oficial do antigo governo soviético enfatizando a sinceridade na discussão de problemas e fraquezas sociais. (2)
Mas glasnost é, na verdade, um velho termo russo cujo significado é dar brilho à imagem do ditador. Em meados da década de 1930 – meio século antes da glasnost de Gorbachev – a enciclopédia oficial soviética definiu a palavra glasnost como uma interpretação particular nas notícias liberadas para o público: “Dostupnost obshchestvennomy obsuzhdeniyu, kontrolyu; publichnost,”, significando a qualidade da informação disponibilizada para o controle ou para a discussão pública (3). Em outras palavras, glasnost significa, literalmente, fazer propaganda, ou seja, auto-promoção. Desde o século XVI, desde Ivan, o Terrível, o primeiro ditador a se tornar o czar de todos os russos, todos os líderes daquela nação têm usado a glasnost para se promover dentro e fora do país. Os czares comunistas adaptaram aos nossos dias a longa tradição da glasnost. A cidade de Tsaritsyn foi renomeada para Stalingrado – como São Petersburgo, assim chamada para homenagear Pedro, o Grande, foi renomeada para Leningrado para glorificar Lenin. O corpo embalsamado do mais novo santo da Rússia, Lenin, foi colocado em exibição em Moscou como uma relíquia sagrada para a adoração pública.
Como era de se esperar nos Balcãs, a glasnost romena tomou uma coloração gloriosamente bizantina. Praticamente todas as cidades tinham o seu Boulevard Gheorghiu-Dej, a sua Praça Gheorghiu-Dej, o seu Largo Gheorghiu-Dej. O retrato do seu sucessor, Nicolae Ceausescu, estava pendurado nas paredes de todos os escritórios romenos – como o busto de Putin hoje ornamenta todos os prédios da imensa burocracia russa.
Durante as eleições de 2008, quando o Partido Democrata proclamou o senador Barack Obama como um messias americano, eu desconfiei que a glasnost havia começado a infectar os Estados Unidos. O senador concordou. Em 8 de junho de 2008, durante um discurso em New Hampshire, ele disse que o início do seu mandato presidencial seria “o momento em que a elevação dos oceanos começaria a diminuir e o nosso planeta começaria a ser curado” (4). Uma sequência indiscreta no YouTube exibida na Fox TV revelou a imagem do ídolo comunista Che Guevara pendurada na parede do escritório de campanha do senador Obama em Houston (5). Logo em seguida, as assembléias eleitorais do Partido Democrata começaram a se parecer com as reuniões de despertar religioso de Ceausescu – mais de oitenta mil pessoas reunidas em frente do agora famoso templo grego semelhante à Casa Branca erguido em Denver para a aclamação do novo messias americano.
Muitos poucos americanos consideraram esta retórica como uma nova expressão de democracia. Para mim, foi uma repetição da glasnost de Ceausescu, concebida para transformar a Romênia em um monumento a ele. “Um homem como eu só nasce a cada quinhentos anos” ele dizia sem cessar.
Estaria o senador Obama usando uma glasnost ao estilo Ceausescu? Bem, eu duvido que ele tivesse uma idéia do real significado da glasnost. Ele estava usando calças curtas – na Indonésia comunista – quando a glasnost estava na moda. Mas, quando comparo algumas das coisas que o senador, e mais tarde presidente, Obama fez, ao lado dos seus pronunciamentos públicos, com o modus operandi e a história da glasnost, eu me vejo terrivelmente perto de uma glasnost real.
Vamos fazer o exercício juntos para você julgar por si mesmo.
Em 2008, o agora falecido veterano jornalista David S. Broder comparou as táticas do senador Obama para esconder o seu passado socialista às táticas de proteção usadas pelos pilotos militares ao sobrevoar um alvo fortemente defendido por armas antiaéreas: “Eles liberam uma nuvem de fragmentos metálicos leves na esperança de confundir a mira dos projéteis ou mísseis lançados na sua direção” (6). Eis uma boa definição de glasnost.
Toda glasnost que eu conheci tinha como tarefa prioritária apagar o passado do ditador dando-lhe uma nova identidade política. A glasnost de Stalin apagou o seu horrível passado de assassino de cerca de 24 milhões de pessoas retratando-o como um deus na terra, com o seu ícone exibido proeminentemente por todo o país. A glasnost de Khruschev visava construir uma fachada internacional de paz para o homem responsável por trazer para o Ocidente os assassinatos políticos da KGB. Isto foi provado pela Suprema Corte da Alemanha Ocidental em outubro de 1962, durante o julgamento público de Bogdan Stashinsky, oficial da KGB condecorado pelo próprio Khrushchev por ter assassinado inimigos da Rússia residentes no Ocidente (7). Gorbachev, informante da KGB quando estudante da Moscow State University (8) incumbiu a sua glasnost de tirar a atenção do seu passado na KGB retratando-o como um prestidigitador que exibia uma galanteadora “Miss KGB” para os correspondentes ocidentais e era o responsável pela transformação do União Soviética em uma “sociedade marxista de pessoas livres” (9).
Em 2008, quando o senador Obama concorria para presidente, as suas políticas de tributos e o seu histórico de votos mostravam-no como “o candidato mais à esquerda jamais nomeado para presidente dos Estados Unidos” (10). Você se lembra? Concorrer como socialista, entretanto, significava navegar por águas desconhecidas, e o senador decidiu dissimular a sua imagem socialista apresentando-se como um Reagan contemporâneo (11). Após ser eleito, o presidente Obama foi mais longe, exibindo-se como um Lincoln dos dias de hoje (12) ou como um novo Teddy Roosevelt (13).
Os discursos de auto-promoção foram outra arma da glasnost. Os discursos da glasnost de Lenin mudaram tanto o marxismo que os seus seguidores acabaram por chamá-lo de “leninismo”. Stalin colocou o marxismo, o leninismo,  a dialética de Hegel e o materialismo de Feuerbach num mesmo balaio de glasnost e criou o seu próprio “marxismo-leninismo-stalinismo”.
Os discursos da glasnost de Ceausescu eram uma ridícula mistura de marxismo, nacionalismo e adulação bizantina chamada ceausismo. Todos os seus discursos eram focados em Ceausescu, e todos eram tão escorregadios, indefinidos e inconstantes que ele encheu 24 volumes dos seus trabalhos reunidos sem ser capaz de descrever o real significado do Ceausismo. Em 9 de novembro de 1989, o Muro de Berlin caiu, sinalizando o fim do Império Soviético. No dia 14 de novembro, Ceausescu convocou o XIV Congresso do Partido Comunista no qual fez um discurso de glasnost de quatro horas que convenceu os participantes a reelegerem a ele e à sua iletrada esposa como líderes da Romênia.
Os discursos de glasnost funcionam para quem não sabe o que ela realmente significa. Eles também funcionaram para o presidente Obama. Nos seus primeiros 231 dias na Casa Branca, ele fez 263 discursos (14). Todos eram, basicamente, sobre ele mesmo (15). O seu discurso State of Union de 2010 exibiu a palavra “eu” 76 vezes. Em 2011, quando anunciou a morte de Osama bin Laden pelas forças americanas, o presidente Obama usou as palavras “eu”, “mim” e “meu” 13 vezes combinadas num discurso de apenas 1300 palavras (16).

“Eu mandei o diretor da CIA… Eu me reuni repetidamente com a minha equipe de segurança nacional… Eu determinei que tínhamos inteligência suficiente para agir… Sob a minha direção, os Estados Unidos lançaram uma operação contra o Complexo de Abbottabad, no Paquistão” (17).
O discurso State of Union de 2012 do presidente Obama continha a palavra “eu” 45 vezes, e a palavra “mim” 13 vezes. Na ocasião, ele estava na Casa Branca fazia 1080 dias, e havia feito 726 discursos (18).
Em 2011, quando a agência S&P rebaixou a taxa de crédito dos Estados Unidos pela primeira vez na história do nosso país, o presidente Obama fez outro discurso. Foi um bom discurso, tão bom quanto um discurso pode ser – ele é um excelente orador. Mas aquele discurso foi tudo o que o presidente Obama fez. Por isso, o débito nacional aumentou, e o custo de garantia contra a inadimplência aumentou de uma base de 25 para 55 pontos.
Logo após o bárbaro assassinato do embaixador J. Christopher Stevens e três dos seus subordinados dentro do nosso posto diplomático em Benghazi, cometido na emblemática data de 11 de setembro por terroristas islâmicos assumidos, o presidente Obama fez outro discurso. Foi outro bom discurso, mas discursos não detêm o terrorismo. O subsequente ataque terrorista de 2013 na Maratona de Boston foi seguido por mais um discurso presidencial. “Extremistas domésticos. Este é o futuro do terrorismo” proclamou o presidente. Tudo o que tínhamos a fazer era fechar Guantânamo e realizar uma ligeira alteração no modo como os drones eram usados.
Poucos meses atrás, quando o governo terrorista da Síria matou cerca de 1300 pessoas com armas químicas, o presidente Obama fez diversos discursos. Mas discursar foi a sua única atitude, e isto permitiu à KGB de Putin, agora instalada no Krenlim, assumir o controle da nossa política em relação à Síria. Poucos dias atrás, quando o website do Obamacare fechou, o presidente reagiu com mais um discurso, garantindo ao país que o Obamacare “está funcionando excelentemente. Em alguns casos, na verdade, supera as expectativas”. Na opinião do jornalista do Washington Post, Ezra Klein, o discurso era quase idêntico ao que ele poderia ter feito se o lançamento de um produto tivesse ocorrido sem problemas. Ele estava certo. Foi apenas outro discurso à glasnost.
Por fim, há a tendência atual de transformar os EUA em um monumento estilo glasnost ao seu líder. Mostro abaixo uma lista de instituições e locais já nomeados em homenagem ao presidente Obama:
California: President Barack Obama Parkway, Orlando; Obama Way, Seaside; Barack Obama Charter School, Compton; Barack Obama Global Preparation Academy, Los Angeles; Barack Obama Academy, Oakland.
Florida: Barack Obama Avenue, Opa-loka; Barack Obama Boulevard, West Park.
Maryland: Barack Obama Elementary School, Upper Marlboro.
Missouri: Barack Obama Elementary School, Pine Lawn.
Minnesota: Barack and Michelle Obama Service Learning Elementary, Saint Paul.
New Jersey: Barack Obama Academy, Plainfield; Barack Obama Green Charter High School, Plainfield.
New York: Barack Obama Elementary School, Hempstead.
Pennsylvania: Obama High School, Pittsburgh.
Texas: Barack Obama Male Leadership Academy, Dallas.
Não quero dizer que o presidente Obama seja um Putin ou Ceausescu. O presidente é certamente ele mesmo – bem educado, bem falante, carismático e agradável. Pertence a uma minoria, como eu também pertenço a outra minoria. Mas ele aparentemente caiu no canto da sereia socialista e da glasnost, como eu mesmo e milhões de outros como eu em todo o mundo também caímos naquela idade da vida.
Os Estados Unidos venceram a Guerra Fria porque Ronald Reagan foi eleito presidente bem depois de ter se purgado de uma passageira paixão socialista. Foi então capaz de identificar a glasnost de Gorbachev como a fraude política que realmente era, e assim conseguiu vencê-la. Vamos torcer para que o presidente Obama faça o mesmo.
Em novembro de 2014 enfrentaremos, na minha opinião, as mais importantes eleições da história americana. Aparentemente, os eleitores decidirão quais dos dois principais partidos políticos controlará o Congresso dos EUA. Na realidade, o eleitor decidirá entre manter o nosso país como o líder do mundo livre ou transformá-lo numa irrelevância glasnost.
O PJ Media está unindo forças com o WND (o editor de Disinformation) para ajudar os seus leitores a adquirir o conhecimento para falar franca e abertamente – os inimigos a serem derrotados são o socialismo e a glasnost.
 
Fontes:
1 - Glasnost, Britannica Concise - http://concise.britanica.com/ebc/article-9365668/glasnost.
3 - Tolkovyy SlovarRusskogo Yazyka (Explanatory Dictionary of the Russian Language), ed. D.N. Ushakov (Moscow: “Soviet Encyclopedia” State Institute, 1935), Vol. I, p. 570.

4 -
http://www.youtube.com/watch?v=oQNkVmdicvA

5 -  James Joyner, “Obama Che Guevara Flag Scandal,” Outside the Beltway, February 12, 2008, as posted athttp://www.outsidethebeltway.com/archives/2008/02/obama_che_guevara_flag_scandal/.

6 - David S. Broder, “Obama’s Enigma,” The Washington Post, July 13, 2008, p. B7.

7 - John Barron, KGB: The Secret Work of Soviet Secret Agents (New York: Reader’s Digest Books, 1974, reprinted by Bantam Books), p. 429.

8 - Zhores Medvedev, Gorbachev. New York: Norton, 1987, p. 37.

9 - Mikhail Gorbachev, Perestroika: New Thinking for Our Country and the World (New York: Harper & Row, 1987), passim.

10 - Peter Kinder, “Missourians Reject Obama

11 -  Jonathon M. Seidl, Obama Compares Himself Tom Reagan: Republicans Aren’t Accusing Him Of ‘Being Socialist’”, The Blaze, October 5, 2011.

12 -  Alexandra`Petri, Obama is up there with Lincoln, Roosevelt, and Johnson,” The
Washington Post, December 12, 2011, PostOpinions.

13 - David Nakamura, “Obama invokes Teddy Roosevelt in speech attacking GOP policies, The Washington Post, December 6, 2011.

14 - “How Many Speeches Did Obama Give,” newswine.com, July 16, 2010, as posted on
http://joysteele.newswine.com/_news/2010/07/16/4691800-how-many-speeches-did-obama-give.

15 - Thomas Lifson, “Obama’s troop withdrawal speech: when politics triumphs victory,” American Thinker, June 23, 2011.

16 - “Right-Wing Media Fixated On Obama’s “Shamless” Bin Laden Speech,” MEDIAMATTERS, May 3, 2011(
http://mediamatters.org/research/201105030031).
17 - George Landrith, “The ‘it’s all about me’ president,” The Daily Caller, May 5, 2011, as posted onhttp://dailycaller.com/2011/05/03/the-its-all-about-me-president/

18 - http://wiki.answer.com/Q/How_many_speeches_did_Obama_give (as searched in January.)
 
07 de novembro de 2013
Ion Mihai Pacepa
Publicado no  PJ Media.
Tradução: Ricardo Hashimoto 

COINCIDÊNCIA DE MAIS É INSISTÊNCIA


          Artigos - Governo do PT        

A resposta que dermos evidenciará a que interesses serve o vandalismo em curso no país.
  

Quem é esse bravo? Como resiste às afrontas que sofre? Como tolera a impotência de sua cidadania? Como consegue conviver com o desrespeito das autoridades e o desprezo que manifestam por sua inteligência e capacidade de discernimento? Como pode custear - além das despesas da própria manutenção e de sua família - tantos impostos, taxas, multas, tarifas, contribuições sociais, juros? Por que paga tanto por bens e serviços que noutros países custam muito menos e têm qualidade superior? Onde arruma fôlego, ainda, para fornecer fundos a tantas apropriações de recursos públicos nos descaminhos da corrupção? Como consegue conviver resignadamente com a criminalidade que, agindo em regime aberto, dita regras ao convívio social e o mantém em permanente regime fechado? O brasileiro é um forte.
O brasileiro é um bravo ao qual vão, aos poucos, lentamente, quebrando a espinha dorsal cívica e destruindo o juízo moral. Até que se arraste, suplicante, mãos em concha, aos pés do todo poderoso Estado.

 
Veja só como são as coisas, leitor. Em junho deste ano, já lá vão mais de três meses, esse cidadão, em inesperada eclosão, saiu às ruas e fez passear nas grandes avenidas do país o imenso cordel de suas mais do que justificadas contrariedades. Consequência: logo surgiram os bandidos e começaram a quebrar e saquear o que viam pela frente. Em poucos dias, refluíram os cidadãos. Nas avenidas antes repletas de povo só permaneceram os arruaceiros, os vândalos, os criminosos.
 
Isso todo mundo viu acontecer. Disso todos fomos partícipes ou testemunhas atentas. O povo voltou para casa, retornou ao regime fechado de suas grades, alarmes, portões e cada vez mais caras apólices de seguro. O que muitos não perceberam foi o que passou a acontecer desde então, com a continuidade da ação dos novos senhores das avenidas, que deram início a raivosas e destrutivas "manifestações". Para onde orientaram sua fúria devastadora? Essa pergunta não é irrelevante. A resposta que dermos evidenciará a que interesses serve o vandalismo em curso no país.
 
Quais são seus alvos no Rio de Janeiro? Lá, os objetivos são o prefeito Eduardo Paes (PMDB) e o governador Sérgio Cabral (PMDB). E em São Paulo? Em São Paulo, o alvo do vandalismo é o governador Geraldo Alckmin (PSDB); o prefeito Fernando Haddad (PT) fica fora dos ataques. Mas no Rio Grande do Sul a situação se inverte.
O alvo é o prefeito José Fortunatti (PDT), enquanto o governador Tarso Genro (PT) não suscita o menor interesse à fúria destrutiva dos arruaceiros. E em Brasília, contra quem se voltam os atos de vandalismo. Analogamente, ali temos duas autoridades que poderiam atrair atenção: o governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT), e a presidente Dilma (PT). Ambos, no entanto, são desprezados pelos novos fascistas. Em Brasília eles atacam o Congresso Nacional. Meras coincidências?
 
É preciso ser muito bobo para não perceber a quem servem.
 
07 de novembro de 2013
Percival Puggina

CRIANDO A HISTÓRIA

           
          Internacional - Oriente Médio 
Vivemos em uma cultura que permite que vigaristas exerçam sua enganação impiedosa sobre pessoas desinformadas, confiantes e bem intencionadas.
O mundo se torna suscetível a mentiras quando fica mais enamorado com prazeres e distrações do que com o estudo sério dos fatos.

As artimanhas têm existido desde sempre, mas agora a mentira atingiu novos patamares. Mesmo os mais indecentes prevaricadores dos séculos passados não tomaram a iniciativa de alterar a história do povo judeu, sua ligação com a Terra Santa, ou sua fidelidade à cidade de Jerusalém.


Tudo isso mudou quando Yasser Arafat, o falecido líder palestino, instituiu uma estratégia de criar uma nova "verdade". Sua primeira asserção foi vista como digna de riso: Jesus, disse ele, foi, de fato, um palestino que lutava pela liberdade, batalhando contra os romanos da mesma forma que Arafat e sua laia estavam lutando contra os judeus "ilegais" que ocupam a chamada terra árabe de Israel.

Sua declaração bizarra de reivindicação anterior e do roubo praticado por Israel começaram uma nova tendência sobre como trazer uma solução final para a presença judaica no Oriente Médio. Assim como o propagandista nazista Joseph Goebbels, Arafat astuciosamente plantou mentiras que finalmente produziram uma farta colheita de "fatos" fictícios. Essas mentiras mascaradas como verdades não apenas têm subvertido a história verdadeira, mas têm vagarosamente criminalizado o Estado de Israel.

O plano de Arafat, na verdade, não tinha nada a ver com os fatos. Tudo dizia respeito a mudar as percepções. Considerando que pouquíssimas pessoas no Ocidente sabem a verdadeira história do Oriente Médio, a fantasia poderia muito bem passar por fato e, a seu devido tempo, mudar inteiramente o jogo.

Mudar as percepções sobre ele mesmo e sobre os palestinos foi algo que Arafat provou saber fazer extremamente bem. Sendo um dos maiores terroristas do mundo, ele orquestrou atividades terroristas contra Israel a partir de todas as partes do mundo, inclusive o seqüestro do navio de cruzeiro Achille Lauro, no dia 7 de outubro de 1985. Para o horror de todos, os palestinos subiram a bordo do navio e mataram o passageiro judeu Leon Klinghoffer, que estava sentado indefeso em sua cadeira de rodas. Depois, eles lançaram o seu corpo ao mar. Menos de dez anos mais tarde, Arafat ganhava o Prêmio Nobel da Paz.

Assombrosamente, o absurdo se tornou a norma em muitos círculos; e é a base lógica para se desalojar os israelenses e reconfigurar o Estado judeu em um feudo palestino. Quem teria acreditado que viria o dia em que a argumentação de que o povo judeu nunca existiu como presença no Oriente Médio seria tomada seriamente? Ou de que não havia nenhuma evidência física de que os templos judeus existiram no monte Moriá em Jerusalém?

Quem teria imaginado que alguém acreditaria que os judeus refugiados, que chegaram ao país depois da Segunda Guerra Mundial, eram invasores fugindo de um Holocausto que nunca existiu? E quem teria sonhado em defender a noção de que o povo judeu tramou a idéia do Holocausto para ludibriar o mundo e angariar simpatias para si mesmo?

Vivemos em uma cultura que permite que vigaristas exerçam sua enganação impiedosa sobre pessoas desinformadas, confiantes e bem intencionadas. Anualmente, fraudes e promessas mesquinhas de enormes recompensas enganam milhões e roubam deles suas economias ganhas a duro custo. Todavia, nenhum charlatão pode se igualar ao que tem sido praticado pelos inimigos de Israel. Eles odeiam o Estado judeu e farão qualquer coisa para causar sua destruição.

O sucesso deles é o resultado direto do fracasso da sociedade em propagar os fatos e em confrontar as mentiras com a inatacável verdade. O padrão que precisamos seguir está exposto em Deuteronômio 6.6-7:
 "Que todas estas palavras que hoje lhe ordeno estejam em seu coração. Ensine-as com persistência a seus filhos. Converse sobre elas quando estiver sentado em casa, quando estiver andando pelo caminho, quando se deitar e quando se levantar".

O antídoto para o erro é a verdade. E não existe campo de batalha na terra que esteja mais em risco. O mundo se torna suscetível a mentiras quando fica mais enamorado com prazeres e distrações do que com o estudo sério dos fatos.
Por esta razão, estamos tentando colocar as coisas em ordem -- bíblica e historicamente -- a fim de ajudar a esclarecer a verdade sobre Israel.

Um dos motivos pelos quais decidimos divulgar esses fatos é o volume de perguntas feitas a nós por pessoas que estão buscando a verdade. Existe uma fome por informação e validação bíblica do que tem sido ensinado através de milênios, porque tantos estão agora distorcendo a história com a esperança de destruir, não apenas um país, mas a fé sobre a qual repousa nossa esperança.

Jesus disse que a verdade nos libertará (João 8.32). A verdade também nos manterá livres.


07 de novembro de 2013
Elwood McQuaid é editor-consultor de The Friends of Israel - 
www.foi.org

Publicado na revista Notícias de Israel – www.Beth-Shalom.com.br
Tradução: Ingo Haake

O LOUCO EMPREENDEDOR

                     
          Artigos - Economia 
O problema é que aqui a norma é a bancarrota. A experiência ordinária é a falência.

Um país apenas pode ser próspero se der plenas condições para que aqueles que investem seu dinheiro em negócios próprios prosperem. Uma nação somente alcança desenvolvimento econômico quando seus empreendedores têm possibilidades reais de lucrarem.
 
Mas no Brasil não é assim. Aqui, apenas os desvairados abrem empresas. Isso porque as chances de seu negócios não darem certo são altíssimas. Estatísticas apontam que 60% delas fecham as portas antes do segundo ano de existência. Quem é louco de colocar em risco praticamente todo seu patrimônio e economias em algo que tem mais chance de dar errado do que certo? Analisando friamente, abrir empresa no Brasil é quase prova de insanidade.
 
Que pessoa em seu juízo perfeito firmaria uma sociedade com alguém que, além de não fazer nada, não oferecer nenhum serviço, nem sequer ajudar no mínimo que seja para a execução das atividades empresariais, no fim das contas abocanhasse 70% do lucro da empresa? Seria um absurdo! Mas, na verdade, é o que todos os empresários brasileiros fazem. E esse sócio parasita chama-se Estado.
 
Mesmo diante dessa realidade, conheço alguns corajosos que abrem empresas e investem no sonho de possuir o negócio próprio. Mas, sinceramente, me corta o coração ver a situação de alguns deles. Outro dia recebi em meu escritório um senhor distinto, mas que trazia em seu rosto as marcas da preocupação e da decepção. Dono de uma empresa de venda de móveis, viu suas finanças ruirem ao não conseguir arcar com os custos tributários e os juros bancários.
Hoje, às vésperas de encerrar seu negócio, se encontra diante de uma dívida impagável. Um outro cliente chegou a ir embora do país, por se encontrar na mesma situação. Deixou as dívidas para trás, abandonou a empresa que possuia aqui e hoje vive como motorista de caminhão na Europa. E o pior (para nós): afirma que nunca se sentiu tão feliz!
 
Como advogado, me deparo cotidianamente com empresários que vivem à beira da falência e boa parte deles apenas continua com suas empresas por não terem qualquer outra expectativa.
 
Eu sei que algumas pessoas podem até dizer que na verdade esses exemplos são amostras de maus administradores, de pessoas que não souberam investir e que, por isso, não prosperaram em seus empreendimentos. 
O problema é que os exemplos de prosperidade e negócios que realmente deram certo no país são exceções. Alguns gênios do mundo dos negócios realmente alcançaram o sucesso. No entanto, um país apenas verifica a prosperidade de seu povo não pelas exceções que alcançam resultados diferentes da média das pessoas, mas, sim, pelo sucesso comum de seus empresários.
 
O problema é que aqui a norma é a bancarrota. A experiência ordinária é a falência.
Por isso, não me acanho em perguntar para meus clientes que sonham em abrir uma empresa: "Por acaso você é maluco?"
 
07 de novembro de 2013
Fabio Blanco é advogado, teólogo e fundador do NEC