"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

terça-feira, 10 de dezembro de 2013

NELSON MANDELA: ISRAEL ERA TERRORISTA E ARAFAT, COMPANHEIRO


          Artigos - Cultura        
Se você acreditar na imprensa cristã esquerdista, Nelson Mandela era… cristão! Pura doutrinação da grande mídia secular? Sem dúvida. A imprensa secular tem representado Mandela como um herói.
Nelson Mandela e Yasser Arafat
Um grande site protestante de notícias no Brasil publicou uma lista de citações bacanas de Mandela. Ao ler exclusivamente essas citações bacanas, daria para dizer que ele foi um herói e até mesmo cristão.
Contudo, e quanto às outras citações?
Já que os grandes meios de comunicação e até a imprensa cristã não lhe mostrarão as citações dele que não são bacanas, eu farei isso. Eis uma lista de algumas dessas citações de Mandela:
1) “Mas sabemos muito bem que nossa liberdade é incompleta sem a liberdade dos palestinos.” (Discurso do presidente Nelson Mandela no Dia Internacional de Solidariedade ao Povo Palestino, 4 de dezembro de 1997, Pretória.)
Comentário de Julio Severo: A Conferência Mundial contra o Racismo realizada pela ONU na África do Sul em 2009 foi usada como uma plataforma para condenar Israel, cujo governo a boicotou.
2) “Creio que há muitas semelhanças entre nossa luta e a da OLP.” (1990)
Comentário de Julio Severo: A OLP, ou Organização para a Libertação da Palestina, era uma organização terrorista responsável por muitos ataques contra cidadãos israelenses, inclusive crianças.
3) “Nós nos identificamos com a OLP porque, exatamente como nós, eles estão lutando pelo direito de autodeterminação.” … “Arafat é nosso companheiro de batalha.”
4) “Se tivermos de nos referir a algum dos lados como Estado terrorista, podemos nos referir assim ao governo israelense porque são eles que estão massacrando árabes inocentes e indefesos nos territórios ocupados.” (1990)
5) “Se há um país que tem cometido atrocidades indescritíveis no mundo, são os Estados Unidos da América. Eles não se importam com os seres humanos.”
Comentário de Julio Severo: Mandela tinha maus sentimentos sobre os EUA na era do governo de Ronald Reagan. Sob o governo de Obama, os louvores eram mútuos. Mandela louvava Obama, e Obama o louvava também.
Fidel Castro e Nelson Mandela
6) “Longa vida à revolução cubana. Longa vida ao camarada Fidel Castro… Os internacionalistas cubanos têm feito muito pela independência, liberdade e justiça africana. Admiramos os sacrifícios do povo cubano para manter sua independência e soberania em face de uma maldosa campanha imperialista designada para destruir os avanços da revolução cubana. Nós também queremos controlar nosso destino… Não pode haver entrega. É um caso de liberdade ou morte. A revolução cubana tem sido uma fonte de inspiração para todas as pessoas que amam a liberdade.”
7) “O povo da Ásia e África não se deixou iludir pela campanha difamadora conduzida pelos EUA contra os países socialistas. Eles sabem que sua independência está sob a ameaça não de algum país socialista, mas pelos EUA, que cercaram seu continente de bases militares. O espectro comunista é um golpe de propaganda dos EUA para distrair a atenção do povo da África da real questão que os confronta, isto é, o imperialismo americano.”
Comentário de Julio Severo: Compreenda que as queixas de Mandela são aplicáveis apenas aos EUA sob Reagan. O governo dos EUA sem Reagan veem Mandela como um herói e adotam sua agenda socialista.
8) “Sob um governo do Partido Comunista, a África do Sul se tornará uma terra que mana leite e mel.”
Comentário de Julio Severo: Essa “terra que mana leite e mel” é uma inversão do simbolismo da Bíblia. Desde Mandela, o índice de violência sexual na África do Sul tem estado entre os mais elevados do mundo. Um número estimado de 500 mil casos de estupros ocorre no país anualmente e crianças, inclusive bebês, compõem 41 por cento de todas as vítimas de estupros. Acredita-se que a África do Sul tenha mais pessoas com HIV/AIDS do que qualquer outro país no mundo. Até mesmo um filho de Mandela morreu de AIDS. Um fator importante que contribui para o grande aumento na violência sexual contra crianças, até bebês, é o mito generalizado entre os negros sul-africanos de que ter sexo com uma virgem curará um homem da AIDS. A África do Sul é agora considerada capital mundial do estupro, tendo também um índice muito elevado de assassinatos e agressões. Em toda a sua história, a África do Sul nunca viu tal violência desenfreada. Isso é só um dos legados de Mandela. Outros legados são: sob o governo dele, a África do Sul legalizou o aborto e a homossexualidade.
9) “Yasser Arafat era um dos excelentes lutadores da liberdade desta geração, alguém que dedicou sua vida inteira à causa do povo palestino.”
10) “A causa do comunismo é a maior causa na história da humanidade!”
Nelson Mandela e Fidel Castro
11) “Há um ponto em que a Cuba (de Fidel Castro) se destaca acima do resto: em seu amor pelos direitos humanos e pela liberdade!”
12) “A vitória do socialismo na URSS, na República Popular da China, na Bulgária, Checoslováquia, Hungria, Polônia e Romênia, em que as condições de vida do povo eram em muitos aspectos semelhante ou até piores do que as nossas, prova que nós também podemos alcançar essa meta importante.”
13) “Os comunistas em todos os lugares lutam para destruir a sociedade capitalista e substitui-la pelo socialismo, onde as massas do povo comum, independente de raça ou cor, viverão em completa igualdade, liberdade e felicidade. Eles buscam revolucionar a sociedade e assim são chamados de revolucionários. Aqueles que apoiam o capitalismo com suas divisões de classes e outros males e que se opõem às nossas lutas justas para acabar com a opressão são chamados de contrarrevolucionários.”
14) “Em nosso país, as lutas dos oprimidos são guiadas pelo Partido Comunista da África do Sul e inspiradas por suas políticas.”
Essas políticas levaram a África do Sul diretamente nos braços da cultura da morte.
Em 1996, Mandela aprovou uma das leis mais liberais de aborto no mundo.
Naquele mesmo ano, a nova constituição de Mandela tornou, conforme LifeSiteNews, a África do Sul o primeiro país do mundo a colocar a “orientação sexual” junto com raça e religião como bases restritas de discriminação — algo que foi fundamental para a legalização do “casamento” homossexual uma década depois.
Essas políticas também levaram a África do Sul diretamente nos braços da cultura da violência.
Não havia uma epidemia estratosférica de estupros de brancos contra negros na África do Sul antes de Mandela. Mas é de admirar que desde Mandela, a África do Sul tenha uma epidemia estratosférica de violência, inclusive estupros, de negros contra brancos? Dave Jolly diz:
“Nas cidades, os brancos se tornaram os alvos preferidos de agressões, roubos e estupros. A filha adolescente de amigos meus temia por sua segurança e recato diariamente quando ia e vinha da escola. Ela tinha colegas que eram estupradas e roubadas por negros e a polícia, composta quase que somente de negros, nada fazia. Esses são apenas alguns dos muitos casos horrorosos que estão acontecendo com muitos brancos na África do Sul. As condições se tornaram tão perigosas que muitos brancos estão deixando o país.”
O marxismo torna qualquer nação violenta.
Sobre as citações “bacanas” de Mandela, preciso dizer algo mais? O homem disse tudo, e não é bacana nem cristão.
10 de dezembro de 2013
Julio Severo

Com informações do WND e Al-Jazeerah.
Versão em inglês deste artigo: Nelson Mandela: Israel Is Terrorist and Islamic Arabs Are Innocent

O VERDADEIRO NELSON MANDELA

            
          Artigos - Cultura
mandelaseloÉ falso como dizem os meios de comunicação e como se impôs que Mandela foi encarcerado por se opor ao apartheid. Outros ativistas como o bispo Desmond Tutu se opuseram a este sistema publicamente sem ser censurados ou encarcerados.
Mandela como político foi um fracassado que colapsou uma potência econômica, que fomentou o ódio e cujo legado é uma onda de mortes, violações e crimes que ainda perduram no país.

(Artigo foi escrito em junho de 2013.)


A notícia desta semana  foi a saúde do líder político Nelson Mandela. Em seus 94 anos, Mandela está gravemente enfermo e conectado a um respirador artificial, logo morrerá e o mundo terá a imagem de um homem com sorriso que conquista corações que foi mitificado pelo sistema.
 

O mundo nunca conhecerá o verdadeiro Nelson Mandela e a justiça nunca cairá sobre este homem que encontra-se em uma cama de hospital com milhões de pessoas que choram por ele. Mandela é um ídolo com pés de barro.
Por trás desse sorriso e dessa imagem de pacifista encontra-se um dos assassinos mais sem piedade da história. Falar do verdadeiro Nelson Mandela é um assunto incômodo. O sistema o santificou de tal forma que não se admite nenhuma crítica, nenhuma alusão a seu passado nem nada que pudesse manchar essa imagem limpa que ele tem.

Mandela faz parte desses ídolos com pés de barro que o sistema forma, tais como Martin Luther King, Mahatma Gandhi, John Lennon, Benito Juárez, só para mencionar uns quantos. Figuras inquestionáveis, ídolos no mais alto pedestal e cuja vida é uma obrigação admirar sem questionar.

Aos seus 94 anos, Mandela foi elevado à categoria de herói dos pacifistas, anti-racistas e uma figura quase divina para as massas, fazem-lhe homenagens, músicos e políticos lhe rendem sua admiração.
A mídia é uma criadora de mitos e uma tergiversadora da realidade. Eles pode fazer de um terrorista um herói e vice-versa.

O verdadeiro Nelson Mandela está muito distante dessa figura cálida que os meios de comunicação pintam. Seus crimes do passado foram apagados. Se você investigar a vida dele poderá encontrar uma vida de quase milagres, mas nada sobre seu lado obscuro. Porém, logo a verdade sai à luz e o mito Mandela se derruba.

Em 1961 Mandela foi o líder do braço armado do Congresso Nacional Africano (CNA), chamado Unkhonto We Sizwe, grupo responsável por assassinatos, bombas e roubos em lugares públicos. Mandela foi declarado culpado de 156 atos de violência pública e por essa razão foi encarcerado em 1963 e sentenciado a 27 anos de prisão.

É falso como dizem os meios de comunicação e como se impôs que Mandela foi encarcerado por se opor ao apartheid. Outros ativistas como o bispo Desmond Tutu se opuseram a este sistema publicamente sem ser censurados ou encarcerados.
Se Mandela foi encarcerado foi por seus crimes, inclusive a organização Anistia Internacional não lhe deu apoio, já que havia considerado a sentença justa.

Mesmo quando saiu da prisão e até nossos dias, Mandela sempre apoiou o terrorismo e guardou um silêncio vergonhoso ante a matança dos boêres no continente africano. Apesar de ser considerado um “herói da liberdade”, Mandela apoiou descaradamente a ditadura comunista em Cuba, a qual chama “um baluarte da liberdade e da justiça”, mas claro que não menciona a pobreza na qual está afundada a população, nem a opressão do “santo” governo comunista. Também apoiou o sangrento regime de Robert Mugabe e o regime chinês.

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Robert Mugabe e Nelson Mandela.
Sua esposa Winnie Mandela tampouco fica atrás em seu apoio à violência. Nos anos oitenta realizou infames atividades contra seus opositores. Todos aqueles que a ela se opunham eram atados de pés e mãos para depois serem queimados vivos com pneus, inclusive gente de sua própria raça - uma tática de guerrilha própria do CNA.

O Congresso Nacional Africano, partido cujo líder mais notável foi Mandela, foi uma organização terrorista culpada de atos terroristas e assassinatos contra a população civil, não só contra a gente branca mas também contra os negros que se negaram a apoiá-los.

Enquanto Mandela fazia sua campanha, o CNA assassinou e torturou camponeses brancos sem que os meios de comunicação falassem a respeito. Após o triunfo de Mandela o CNA passou de organização terrorista a um partido legal, e sua política racista continuou.

Muito dirão que Mandela abandonou a violência mas se equivocam. Durante seu tempo na prisão o presidente Botha ofereceu a Mandela sua liberdade em troca de que renunciasse à violência, mas seu oferecimento foi rechaçado e Mandela nunca renunciou à violência publicamente.

Deixando de lado seu apoio ao terrorismo, o governo do “beato” Mandela foi catastrófico para a África do Sul. Sendo um dos países mais estáveis e prósperos do continente africano passou a ser um país afundado na violência e na ruína econômica.

Atualmente a África do Sul é um dos países mais inseguros e violentos do mundo, tem a maior quantidade de infectados pelo vírus da AIDS e a violência é o pão de cada dia. Entre 20.000 e 25.000 pessoas morrem por ano vítimas da violência em um país multi-cultural e “pacífico”. Durante o governo de Mandela e o CNA, a economia próspera da nação foi para baixo trazendo pobreza, desemprego, violência e falta de oportunidades.

Mandela e o CNA trouxeram também a decadência moral do país. Foram eles que legalizaram o aborto, o jogo e a pornografia. Coisas típicas e legais nos regimes democráticos. As políticas racistas do CNA não são só contra as pessoas brancas senão contra os negros como as pessoas da etnia Zulu. No verão de 2008 o CNA cometeu uma multidão de assassinatos contra imigrantes procedentes de Moçambique, Malawi e Zimbabue.

A moeda sul-africana, que em outros tempos foi de alto valor, em que pese o bloqueio da extinta União Soviética, hoje vale quase nada na África do Sul, o fracasso econômico é evidente em que pese que os meios de comunicação pintarem o país como um paraíso tolerante e multi-cultural.

Concluindo, pode-se dizer que a revolução de Mandela deixou o país na ruína e no caos, porém isso trouxe a democracia, o governo tão santificado e perfeito que nos pintam, e que na realidade é uma falácia que custou milhões de vidas e a decadência da espécie humana.

Mandela como político foi um fracassado que colapsou uma potência econômica, que fomentou o ódio e cujo legado é uma onda de mortes, violações e crimes que ainda perduram no país. 
No ano de 2009 a ONU declarou o dia 18 de julho como o “Dia Internacional de Nelson Mandela”, uma mostra de até que ponto o sistema pode fabricar um ídolo para as massas em cumplicidade com os meios de comunicação e uma espécie decadente cheia de “heróis”.

Atualmente e enquanto o país está afundado na pobreza, enquanto milhares de africanos enfrentam diariamente a insegurança e o desemprego, Mandela viveu em sua mansão rodeado de segurança e a comodidade que o povo não tem.

Sabemos que morrerá dentro de pouco e que nunca pagará por seus crimes, que o mundo continuará admirando-o, mas o verdadeiro Nelson Mandela não desaparecerá, o político inepto, o racista, o terrorista, a mentira fabricada pelo Sistema. Por mais mentiras que os meios de comunicação continuem mantendo sobre este falso herói algum dia a verdade sairá à luz. Mandela morrerá em sua cama, as massas lhe vão chorar e fazer homenagens sem que o mundo saiba de seu lado obscuro. Um verdade que sairá à luz e então o ídolo com pés de barro se derrubará.

10 de dezembro de 2013
Fernando Trujillo

Notas da tradutora:

[1] Para corroborar o se diz nesse artigo, veja-se também esta carta do capo do bando terrorista do ELN, Nicolás Rodríguez Bautista, por ocasião da internação de Mandela em junho de 2013: https://www.eln-voces.com/index.php/es/nuestra-voz/comando-central/450-carta-abierta-del-eln-a-madiba

[2] E finalmente, no vídeo “De terrorista a Prêmio Nobel”, Olavo de Carvalho reafirma o que foi dito no artigo:


Tradução: Graça Salgueiro

QUANDO O HUMOR DESENHA A REALIDADE

 
 
10 de dezembro de 2013


PETRALHAS COLECIONADORES DE QUINQUILHARIAS TENTAM REMASTERIZAR CRETINICES STALINISTAS


Profeta Maniqueu, o preferido do PT
O texto classificado como “contribuição ao debate” no 5º Congresso do PT, escrevinhado pelo grande luminar Marco Aurélio Garcia, famoso pelo seu sorriso e pela comemoração da queda de um avião de passageiros, além das mentiras habituais, tem um parágrafo que me deu arrepios:

59. A socialização dos bens culturais, a valorização das distintas expressões da cultura e a preservação do patrimônio histórico e natural são componentes fundamentais da democratização da sociedade. Para que esses princípios se afirmem será necessário garantir a mais ampla e irrestrita liberdade de expressão, combater os monopólios da “indústria cultural” e regular os meios de comunicação, sem que isso implique em qualquer forma de censura ou controle de conteúdos.

“Socialização dos bens culturais” e “regular os meios de comunicação”. Quem conhece os petralhas sabe muito bem o significado dessas duas expressões. A primeira é uma tentativa maniqueísta de “purificar” a cultura, atribuindo valores “maus” e “bons” às suas diversas manifestações. Simplificando, você pode ouvir Chico Buarque, mas nunca Lobão. Ou seja, trata-se da politização total do pensamento e da ética, da sujeição de ambos a um dualismo ideológico imbecil.
A segunda nada mais é que uma ramificação da primeira e, embora venha seguida de uma jura de amor à liberdade de imprensa, negando a censura, todos sabem que o que eles querem é exatamente o contrário: censurar as más notícias e liberar as boas. Só que quem decide o que é bom ou mau são eles mesmos. Simplificando, Paulo Henrique Amorim, pode, Reinaldo Azevedo, jamais!
Eu já ouvi esse disco em 78 rotações em algum museu. Fez tão pouco sucesso que foi distribuído gratuitamente, mas mesmo assim todas as cópias viraram sucata, à exceção de alguns exemplares de colecionadores brasileiros que tentam hoje remasterizá-los.
 
10 de dezembro de 2013

EDUARDO PAES NÃO SE EXPLICA E SE COMPLICA SOBRE OS MILHÕES DE SUA FAMÍLIA

 

Questionado por repórteres sobre a origem dos US$ 8 milhões depositados no Panamá, em duas empresas que estão em nome de seu pai, mãe e irmã, o prefeito do Rio partiu para o ataque: “Papai sempre foi um homem rico, um advogado de sucesso”.
 
Primeiro problema para Paes, as firmas só foram abertas respectivamente nos dias 12 e 19 de julho de 2008, depois que ele foi secretário de Esportes de Sérgio Cabral e em plena campanha para a Prefeitura do Rio. Toda essa riqueza até então devia estar escondida embaixo do colchão.
 
Segundo problema: Eduardo Panamá reconheceu a existência de uma empresa no exterior, mas não sabia dizer nem quanto o pai tinha, nem em que país e negou de forma veemente a participação da mãe e da irmã. Os documentos obtidos em cartório não deixam dúvida: é no Panamá, paraíso fiscal, local usado para lavagem de dinheiro. Aliás, se o dinheiro fosse limpo, que mal teria o pai de Eduardo Paes depositá-lo em bancos brasileiros.

Terceiro problema para o prefeito: são duas empresas, não há a menor dúvida, os documentos são incontestáveis e a complicação maior é que o administrador nomeado pelo pai de Eduardo Paes é o mesmo usado pelo hotel St. Peter, que pretende empregar José Dirceu.

Quarto problema: se está tudo legal, não há problema que eu como deputado federal, solicite à Polícia Federal e à Receita Federal que investiguem a origem do dinheiro. Eduardo acusou minha filha, a deputada estadual Clarissa Garotinho de ter vazado os documentos para a imprensa. É mentira! Mas que diferença faz se foi ela ou outra pessoa? O que importa é a origem dos R$ 20 milhões depositados pela família Paes no Panamá.

Por último Eduardo Paes diz que sempre foi rico e que diferente da família Garotinho não enriqueceu na política. Prefeito, minha declaração de bens está à sua disposição. Sua, da polícia e da Receita Federal. Minha vida já foi vasculhada várias vezes por perseguição política e nunca encontraram nada, porque minha visão não é de fazer patrimônio na política.

Hoje, Paes estava impossível. Falam algumas pessoas próximas que ele estava tomando um Rivotril por hora. E soltando desaforos com todo mundo, parecia o Félix, nervoso e descontrolado dizendo que “salgou a Santa Ceia”.

(artigo enviado por Mário Assis)

10 de dezembro de 2013

O NÚMERO DE LOBISTAS QUE ATUAM NO CONGRESSO NÃO PÁRA DE AUMENTAR

 

O número de lobistas que circulam no Congresso Nacional subiu de 47 para 179 nos últimos 30 anos.
Os números, de uma pesquisa coordenada pelo cientista político da UFMG Manoel Leonardo Santos, são baseados em um balanço da Primeira Secretaria da Câmara dos Deputados.
 
O órgão é o responsável por cadastrar esses profissionais na Casa.
O crescimento do lobby no Brasil é evidente para quem trabalha e pesquisa o serviço, que avança à medida que a democracia se consolida.

O professor da UFMG descreve que o fato tem relação com a retomada da importância política do Congresso depois da Constituição de 1988, o que não acontecia na ditadura. “Naquela época, a maior parte das decisões cabia ao Executivo, e eram os ministros os alvos de maior interesse. No processo democrático, o Parlamento volta a ser um espaço importante”, explica Santos.

Um lobista faz a defesa dos interesses de empresas, associações e sindicatos na relação com os Poderes e pode até representar o próprio setor público no monitoramento das atividades legislativas. Nesse novo contexto do país, até o termo lobby foi substituído. Os lobistas, agora, se intitulam como relações governamentais, institucionais ou intergovernamentais.

TRÁFICO DE INFLUÊNCIA
A nova nomenclatura é uma das tentativas para fugir da associação da atividade com os crimes de corrupção e tráfico de influência. Normalmente, o corruptor que tem acesso ao parlamentar acaba recebendo a pecha de lobista.

Além do contato direto com autoridades do Legislativo e do Executivo, os lobistas também monitoram os projetos que tramitam no Congresso e o acompanhamento de temas-chave, tanto para manter quanto para alterar algum cenário institucional.

“No Legislativo, fazemos acompanhamento das comissões e temas, como mineração, trabalho, terceirização e previdência social. Mas, aí, não são demandas isoladas da empresa, mas de todo o setor”, afirma o gerente de relações institucionais da Votorantim, Lucélio de Morais.

CREDENCIADOS
Apesar de os profissionais de relações governamentais terem quadruplicado nas últimas três décadas, a quantidade de pessoas que exerce a atividade no Brasil é bem maior. Os 179 profissionais cadastrados na Câmara Federal são representantes de entidades, sindicatos e associações que têm atuação nacional, além de assessores ligados a ministérios e agências reguladoras.

No entanto, a Casa não exige, por exemplo, que os lobistas que trabalham para empresas ou grandes ONGs sejam credenciados, o que pode dar impressão de que a negociação entre setores não-governamentais e parlamentares é pouco transparente.

Os credenciados têm algumas vantagens. Com a credencial especial, os lobistas não precisam enfrentar filas para passar pelo detector de metais, podem usar o estacionamento do Congresso e têm garantido o acesso aos corredores das duas Casas. As exceções são os plenários da Câmara e do Senado.

10 de dezembro de 2013
Lucas Pavanelli
O Tempo

FÁBRICA DE GÊNIOS

“Achismo” prevalece na Câmara paulistana e Comissão da Verdade conclui que JK foi assassinado

juscelino_kubitschek_01É impressionante a capacidade do brasileiro de ser especialista em todos os assuntos.
A mais nova sandice nessa tresloucada Terra de Macunaíma ficou por conta do vereador Gilberto Natalini (PV), presidente da Comissão da Verdade criada pela Câmara Municipal de São Paulo.

De acordo com Natalini, o colegiado concluiu que a morte do ex-presidente Juscelino Kubitschek, em 22 de agosto de 1976, foi fruto de conspiração política, não diretamente do acidente automobilístico ocorrido na Via Dutra, na altura da cidade de Resende.

Segundo o vereador paulistano, a conjuntura política da época é suficiente para comprovar o assassinato de JK. “O Brasil procurou jogar os crimes da ditadura militar para debaixo do tapete, não só esse, mas muitos”, disse Natalini.

Com base em quase uma centena de indícios, provas e testemunhos, a Comissão da Verdade criada pelo Legislativo paulistano afirma que o laudo do exame necroscópico realizado no motorista de Juscelino é fator determinante para comprovar o atentado.

“O orifício do crânio do motorista do Juscelino foi uma coisa que foi vista. O perito veio aqui e disse ‘eu vi o orifício’. O fragmento de metal dentro do crânio do cadáver na exumação ser descrito como fragmento de prego no caixão, quer dizer, aonde um prego de caixão vai entrar dentro do crânio de um cadáver? Isso é o conto da carochinha, não sei como o país pode ter acreditado nisso”, declarou Gilberto Natalini.

“E toda a conjuntura política que rolava no país naquela época, que o Juscelino partia de uma candidatura e que o Regime [Militar] não queria a candidatura dele. Isso somado às questões do Cone-Sul , vocês viram a carta do Contrera, vocês viram a articulação que houve, eles eliminaram os adversários políticos e ele foi um dos eliminados”, emendou.
Por viver em um país ainda democrático, Natalini tem o direito de pensar e falar o que bem quiser, mas, de chofre, ressaltamos que indícios não servem como base de condenação, portanto devem ser descartadas pela Comissão da Verdade, cujo objetivo é contar à população brasileira a verdade do jeito que alguns desejam. Em outro ponto lembramos que um legislador que usa o pleonasmo “entrar dentro” está precisando se licenciar do cargo para aulas de gramática e língua portuguesa.

As Comissões da Verdade que se esparramam pelo País nada mais são do que grupos de “paraquedistas” a serviço da obsessão revanchista dos atuais donos do poder, que não se cansam de imputar aos militares crimes ocorridos durante a ditadura militar, tendo ou não conexão com o regime de então.

Se a régua usada pela Comissão da Verdade da Câmara Municipal de São Paulo é a que deve ser utilizada para elucidar crimes ocorridos durante o período do militarismo, então é preciso rever milhares de mortes acontecidas à época. Trata-se de uma mais um comportamento obtuso de boa parte dos políticos brasileiros, que querem mudar a História apenas porque não sabem como exercer os respectivos mandatos.

Considerando que a conclusão a que chegou a Comissão da Verdade presidida por Natalini é o padrão a ser adotado de agora em diante, que a Câmara de São Paulo abra um procedimento para elucidar a morte do pai do editor, que três dias antes de ser vítima de um misterioso acidente aéreo recebeu em seu escritório dois agentes do extinto Serviço Nacional de Informações, o outrora bisbilhoteiro SNI.

10 de dezembro de 2013
ucho.info

EMBARALHANDO O JOGO

Pesquisa mostra que presença de Joaquim Barbosa na eleição presidencial garantiria 2º turno

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Uma nova pesquisa nacional de intenção de voto produzida pelo Instituto Paraná Pesquisa para o jornal Gazeta do Povo, divulgada nesta terça-feira (10), mostra o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Joaquim Barbosa, em terceiro lugar em um cenário com Dilma Rousseff (PT), Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB). A presença de Barbosa na disputa garantiria a realização de segundo turno, situação que no cenário mais provável (Dilma, Aécio e Eduardo Campos) não é garantida, pelo menos por enquanto. Barbosa teria 15,6% e estaria a apenas dois pontos do tucano Aécio Neves.
 
De acordo com a Paraná Pesquisa, que ouviu neste mês eleitores de 158 municípios brasileiros, no cenário mais provável para 2014, com Dilma concorrendo com o senador Aécio Neves (PSDB-MG) e o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), a presidente teria 47,2% das intenções de voto. Somados, Aécio e Campos, teriam 31,8%.
 
Joaquim Barbosa tem evitado falar sobre o assunto, mas é sabido que sua aposentadoria acontecerá antes de completar a idade limite estabelecida pelo Supremo Tribunal Federal, que é de 70 anos. Por pertencer ao Poder Judiciário, Barbosa tem a prerrogativa de se filiar apenas seis antes meses da eleição. A legislação eleitoral prevê como data limite para filiação e mudança de partidos doze meses antes da realização do primeiro turno da eleição.
Dono de temperamento reconhecidamente difícil e intransigente na aplicação da lei, Joaquim Barbosa tem sido alvo de seguidos ataques por parte do Partido dos Trabalhadores, que ainda luta para minimizar os efeitos das prisões dos mensaleiros da legenda, José Dirceu, José Genoino e Delúbio Soares, todos petistas históricos e que durante a última década abusaram da galhofa quando o assunto era o Mensalão do PT.
 
Barbosa tem resistido bravamente às críticas, mas alguns descontentes com sua atuação à frente do STF têm se valido do crime da discriminação racial para atacar o magistrado, apenas porque marginais da política nacional agora são obrigados a contemplar o nascer do astro-rei de forma geometricamente distinto. No Supremo, Joaquim Barbosa tem rivalizado de maneira quase sequencial com o também ministro Ricardo Lewandowski, que tem ligações umbilicais com o PT.
 
A eventual participação de Barbosa na eleição presidencial do próximo ano pode se transformar em um enorme problema para a presidente Dilma Rousseff. Por conta disso, os ataques ao presidente do STF devem aumentar em número e intensidade daqui para frente.

10 de dezembro de 2013
ucho.info

SEM MEDO

Sem temer acusados, Romeu Tuma Júnior afirma que livro-bomba traz “apenas o que vi, não o que ouvi”

romeu_tumajr_13Como era de se esperar, a reação dos petistas diante da enxurrada de denúncias que é o livro do delegado Romeu Tuma Júnior e do jornalista Claudio Julio Tognolli – “Assassinato de Reputações – Um Crime de Estado” – não poderia ser outra que não a de desqualificar a obra.
Começando por Tuma Júnior, o fato de ter ser delegado lhe dá conhecimento suficiente sobre o que representa uma denúncia sem prova.

No caso de Tognolli, trata-se de um jornalista competente e com larga experiência em jornalismo investigativo. Sendo assim, a dupla não cometeria o equívoco de denunciar a esmo.

Profissionais de comunicação que costumam rezar pela cartilha do Palácio do Planalto, assim como vez por outra são agraciados com milhares de mimos, começam a questionar temas relacionados ao livro.
Um dos questionamentos refere-se à demora do delegado em denunciar fatos que são considerados crimes graves. Cada um sabe o momento certo de fazer determinada denúncia, principalmente conhecendo um inimigo feroz e covarde como o PT.
Se a denúncia demorou a surgir, é porque o conjunto de fatos alongou a coletânea de provas. Enquanto os crimes constantes das denúncias não prescreverem, a denúncia pode ser feita a qualquer tempo, pelo menos sob a ótica da legislação brasileira.

Sem saber o que fazer diante da repercussão das denúncias, o PT acionou a sua tropa de choque cibernética para rebater qualquer notícia favorável ao livro de Tuma e Tognolli, que tem 557 páginas e está recheado de documentos e provas, segundo os autores. Esse comportamento é típico dos integrantes da legenda, que se especializou ao longo dos anos em desqualificar os adversários para camuflar os próprios crimes que comete.
Para que o leitor avalie a confiança de Romeu Tuma Júnior em relação ao conjunto de denúncias que é a alma do livro, o ex-Secretário Nacional de Justiça disse nesta terça-feira (10) a um amigo próximo: “relatei apenas o vi, não o que ouvi”. “O que meu pai me contou não está no livro”, completou. Isso significa que Tuma Júnior só denunciou aquilo que viveu, o que lhe dá condição de enfrentar o acusado em eventual acareação, assunto que ele voltou a afirmar que enfrentará no caso da denúncia que fez contra Luiz Inácio da Silva, o lobista messiânico que é acusado de ter sido informante do regime militar.

De nada adianta a tropa de choque do partido atacar jornalistas e adversários na tentativa de anular o efeito das denúncias, pois com tal atitude o assunto ecoará ainda mais. Da mesma forma, negar o inegável é fazer esforço à toa, pois o PT mostrou na última década, a quem quisesse ver, a sua incontestável vocação para o banditismo político.
O partido deveria se dar por satisfeito pelo fato de o lançamento do livro não ter sido agendado para agosto do próximo ano, o que garantiria a reverberação das acusações ates as eleições.

10 de dezembro de 2013
ucho.info

VIOLÊNCIA SEXUAL CONTRA MULHERES ELEVA DRAMA NA SÍRIA

 

(AFP - Getty Images)
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Atitude covarde – O Conselho de Segurança da ONU apela a todas as partes em conflitos armados que tomem medidas especiais para proteger as mulheres e meninas contra a violência, especialmente em casos de estupro. Mas, quando o assunto é a guerra na Síria, o apelo torna-se quase uma utopia.

Ativistas de direitos humanos dizem que cerca de 6 mil mulheres já foram vítimas de violência sexual desde o começo do conflito, em 2011. Ao mesmo tempo, outras milhares foram assassinadas, torturadas, sequestradas ou usadas como escudo humano. E há pouca esperança de que os culpados sejam condenados.

“Não acredito que seja realista prevenir plenamente que mulheres sejam alvo em situações de conflito armado, por conta de sua natureza mais vulnerável”, diz Hayet Zeghiche, diretora de comunicação da Rede de Direitos Humanos Euro-Mediterrânica (EMHRN). “Mas se houvesse uma maneira de garantir que cada vítima fosse compensada, e que seu caso fosse julgado justamente, poderíamos, pelo menos, deixar claro para os culpados que eles serão responsabilizados por seus atos.”

No entanto, em culturas patriarcais, o estigma de estupro faz com que muitas mulheres não denunciem os casos de violência, o que cria um grande obstáculo para combater o crime.
Vítimas de abuso na Síria também correm o risco de serem renegadas por seus maridos e abandonadas por suas comunidades. A EMHRN documentou casos de mulheres que não tiveram outra escolha, senão fugir para campos de refugiados – onde muitas vezes enfrentam ainda mais discriminação e violência.

“O estupro é algo tão forte exatamente por esse estigma que ele carrega”, explica Janie Leatherman, autora de um livro sobre violência sexual em conflitos armados. “É uma arma com efeitos duradouros. Um ferimento de guerra vai deixar cicatrizes, mas ele não tem as mesmas implicações psicológicas e culturais que um caso de estupro.”
Medo de represálias

Além do estigma, muitas vezes é o medo de represálias – e até de mais violência – que desencoraja as mulheres a denunciarem os casos de violência sexual e procurarem a Justiça. Há teorias de que as consequências de conflitos armados, como o atual na Síria, podem ser tão perigosas para as pessoas como a própria guerra em si.

“Quando certas normas sócio-culturais não são mais respeitadas por conta de uma guerra, há um risco de que os maridos e familiares que voltam para suas casas possam tentar assassinar ou estuprar alguém para restaurar a honra de suas famílias”, diz Leatherman.

As mulheres violentadas têm que lidar com inúmeras consequências do crime. De acordo com Leatherman, é ainda menos provável que uma vítima denuncie seu agressor quando não existe um sistema judicial confiável.

Não é claro quem deve ser responsável por garantir que a justiça seja feita. O Tribunal Penal Internacional (TPI) é uma alternativa óbvia, mas também é preciso que haja um parceiro local, diz Hayet Zeghiche. “Eu não acho que podemos esperar milagres apenas do TPI, se o seu trabalho não for complementado por um sistema judiciário sério e independente na própria Síria”, completa.

Em recente relatório sobre a questão, o EMHRN diz que há uma falta de confiança geral no sistema de justiça internacional. As vítimas de violência e estupro testemunham a falta de ajuda da comunidade internacional em ajudar a acabar com o conflito que está destruindo suas vidas e lares, e, portanto, passam a questionar se há sequer sentido em compartilhar detalhes íntimos sobre os crimes cometidos contra elas.

Zeghiche ressalta a importância de denunciar e documentar esses aspectos particulares da guerra. Só assim, as vítimas poderão ser compensadas no futuro, e suas comunidades terão mais força em lutar para acabar com a impunidade.

“Estamos tentando restaurar um pouco de confiança, e mostrar às mulheres que não é inútil fazer denúncias. Pelo contrário, é crucial que elas denunciem e ajudem a levar os criminosos à Justiça, caso elas queiram reconstruir seu país e suas vidas – e quem sabe até serem felizes de novo um dia”, diz. (Deutsche Welle)

10 de dezembro de 2013
ucho.info

DEPOIMENTO DE DOLEIRO MOSTRA QUE PT ADORA OFF-SHORES E DEVERIA MANEIRAR NOS ATAQUES A TUMA JR.

 

toninho_barcelona_12Hora da verdade – A tropa de choque do PT tenta, sem sucesso, desqualificar o livro do delegado Romeu Tuma Júnior e do jornalista Claudio Julio Tognolli, mas, como noticiou o ucho.info na edição de segunda-feira (9), o depoimento do doleiro Antônio de Oliveira Claramunt, o Toninho da Barcelona, à CPI dos Correios, em 2005, ajuda a compreender o imbróglio das contas bancárias de petistas em paraísos fiscais.

O dinheiro que passou por essas contas e também era trocado em casas de câmbio tinha como origem a cobrança de propinas em cidades administradas pelo PT: Santo André, Campinas, Ribeirão Preto, São Paulo, Recife e Porto Alegre.
O volume de recursos ilegais cresceu a partir de 2003 com operações nada ortodoxas nos fundos de pensão vinculados às estatais. A dinheirama sem procedência era esquentada com notas fiscais frias de empresas ligadas aos doleiros.

As notas serviam para as empresas que pagavam propina ao PT justificarem “legalmente” a saída do montante. Sempre arrecadado em espécie, o dinheiro era depositado por Delúbio Soares, então tesoureiro do PT, em contas bancárias abertas em nome de laranjas, sempre vinculados aos doleiros que participavam do esquema.
Na sequência os doleiros providenciavam ordens de pagamento no exterior. Para atender a volúpia bandoleira do grupo, os doleiros criaram um caminho só para a legenda. Duas empresas off-shore – Lisco Overseas e Miro Ltd. – eram usadas para enviar dinheiro para contas numeradas nos bancos JP Morgan e Citibank, em Nova York.

O passo seguinte era transferir o valor da transação para uma conta corrente em nome off-shore Naston Incorporation Ltd., com sede nas Ilhas Virgens Britânicas e que era controlada por dois doleiros: Claramunt (Toninho da Barcelona) e Alberto Youssef, o Beto, que durante anos operou para o xeique do Mensalão do PT, o finado deputado José Janene.

Da Naston, off-shore dos doleiros Claramunt e Youssef, os dólares ilegais do partido moralista seguiam para duas contas numeradas (60.356356086 e 60.356356199) do Trade Link Bank, instituição financeira internacional do agora liquidado Banco Rural no paraíso fiscal das Ilhas Cayman. De acordo com o doleiro Toninho da Barcelona, as duas contas eram gerenciadas por “duas distintas pessoas”: Felipe Belizario Wermusdit, de passaporte francês, e Felipe Belizario Wermus, de passaporte argentino. Ambas são Luis Favre, ex-marido de Marta Suplicy.

A conta operada pelo Belizario francês enviava dólares para o Trade Link Bank, enquanto a gerenciada pelo Belizario argentino enviava dinheiro para a conta Empire State Scorpus, no paraíso fiscal de Luxemburgo. A conta Empire State tinha uma subconta no Panamá, que passava pela offshore OBCH Ltda, cuja administração foi creditada a um cubano naturalizado panamenho de nome Aníbal Contreras, amigo do agora presidiário José Dirceu de Oliveira e Silva. Coincidência ou não, a empresa off-shore controladora do Hotel St. Peter, em Brasília, que ofereceu a José Dirceu um emprego de gerente administrativo com salário mensal de R$ 20 mil, tinha até a última semana um humilde panamenho como presidente.

De acordo com Barcelona, o PT trocava em média US$ 50 mil cada vez. As transações eram realizadas no gabinete do petista Devanir Ribeiro, à época vereador e homem de confiança de Lula. (amigo de Lula dos tempos do ABC, hoje deputado federal e autor da tese do terceiro mandato) e integram outro braço do esquema petista.

O doleiro afirmou que o partido mantinha, em espécie, grande quantidade de dólares, normalmente guardados em malas e cofres, e que eram trocados por reais de acordo com a necessidade. No início de 2002, declarou Barcelona, as trocas de dólares por reais eram esporádicas e aconteciam a cada duas semanas. Na metade do mesmo ano, as torças de dólares alcançaram um ritmo acelerado. Tornaram-se diárias e chegavam a totalizar R$ 500 mil por semana.

Apesar de todo esse emaranhando de provas, que só não empurraram as investigações porque suspeita-se que Barcelona tenha feito um acordo com o PT, a tropa de choque do partido insiste em desqualificar o livro de Tuma e Tognolli, como se não existissem documentos capazes de mandar mais uma dúzia de “companheiros” para atrás das grades.

O PT costuma detonar aliados sem se preocupar com as consequências. Tuma resolveu abrir o baú e revelar o que sabe. A brincadeira está apenas começando e há detalhes não revelados que podem comprometer ainda mais a situação do partido que chegou ao Palácio do Planalto na esteira do discurso da moralidade, da ética e do combate à corrupção. Mas só discurso, como já sabem os brasileiros.

10 de dezembro de 2013
ucho.info

COMISSÃO DA VERDADE DE SÃO PAULO AFIRMA QUE JK FOI ASSASSINADO

Comissão da Verdade de SP quer retificação sobre morte de JK.  Grupo acredita que ex-presidente foi assassinado pelo regime militar
 

Ex-presidente Juscelino Kubitschek, que morreu em um acidente de carro em 1976
Foto: Divulgação
Ex-presidente Juscelino Kubitschek, que morreu em um acidente de carro em 1976Divulgação
SÃO PAULO — A Comissão da Verdade da Câmara de São Paulo vai pedir ao governo brasileiro a retificação da morte do ex-presidente Juscelino Kubitscheck. A história oficial afirma que JK morreu em um acidente de carro na rodovia Presidente Dutra, em 22 de agosto de 1976. Para a comissão, no entanto, o ex-presidente foi assassinado pelo regime militar e foi montada uma farsa para esconder o homicídio. O presidente da comissão, vereador Gilberto Natalini, divulgou nesta terça-feira um relatório com indícios que reforçam a suspeita de que teria havido uma conspiração para assassinar JK.
— Não foi acidente. A comissão declara o assassinato de Juscelino, vítima de uma conspiração — disse Natalini, afirmando que vai enviar o relatório para a presidente Dilma Rousseff, o presidente do Congresso, Renan Calheiros, e para o coordenador da Comissão Nacional da Verdade, Pedro Dalari.
Segundo Natalini, a conspiração teria sido urdida pelo então presidente João Figueiredo, com o Serviço Nacional de Informação (SNI) e a alta cúpula militar. O motorista de JK, Geraldo Ribeiro, teria levado um tiro na cabeça e perdido o controle do carro. Tanto JK como Ribeiro morreram no carro, um Opala.
Entre as evidências apresentadas por Natalini, estão laudos que apontam um fragmento de metal no crânio de Geraldo Ribeiro, depoimento de motoristas que assistiram ao acidente, e imagens que mostram avarias no Opala depois de o carro ter sido levado pela perícia. As avarias teriam sido feitas, segundo Natalini, para encobrir a verdadeira causa da tragédia.
Embora tenha concluído o relatório, a comissão vai continuar em busca de provas e pedirá a exumação do corpo de Geraldo Ribeiro. A Comissão Nacional da Verdade informou que está em curso uma investigação própria sobre a morte de JK. A CNV disse, ainda, que só vai se pronunciar sobre o relatório da Comissão da Verdade da Câmara de São Paulo quando receber e analisar os documentos que serão enviados pelo vereador Natalini.
Em depoimento em outubro à Comissão da Verdade de São Paulo, o motorista de ônibus Josias Nunes de Oliveira, acusado de ter fechado o Opala dourado do ex-presidente, contou que cinco dias depois da morte de JK, dois homens lhe ofereceram uma mala cheia de dinheiro para que assumisse a responsabilidade pelo acidente. Ele disse ter recusado o dinheiro e ter temido por sua vida.
Motorista da Viação Cometa, acostumado a fazer a rota São Paulo-Rio pela Dutra, Josias contou também que ultrapassou o carro do ex-presidente e que, minutos depois, o Opala de JK o ultrapassou, em alta velocidade, não fez a necessária curva à esquerda, atravessou o canteiro central e colidiu com um caminhão Scania, na pista contrária.
10 de dezembro de 2013
Tatiana Farah - O Globo

GOVERNO TENTA DESQUALIFICAR O DELEGADO QUE LULA SEMPRE ACHOU MUITO RESPEITADO

Assustada com o livro-bomba, a seita tenta desqualificar o delegado que Lula sempre achou ‘muito respeitado’


A esgotosfera transformou-se num tsunami de chiliques depois de confrontada com a reportagem de VEJA que antecipou a péssima notícia para quem tem culpa no cartório: o delegado Romeu Tuma Junior resolveu revelar, num livro de 557 páginas, boa parte do muito que sabe sobre bandalheiras produzidas, dirigidas e/ou protagonizadas por figurões do governo. Nomeado pelo então presidente Lula, Tuminha chefiou por três anos a Secretaria Nacional de Justiça. Demitido em 2010, esperou mais três para revidar com chumbo grosso. Ele conta coisas de que até Deus duvida.
 
Ainda atarantada com a prisão dos mensaleiros,a seita lulopetista decidiu recorrer à safadeza mais antiga que o Dia da Criação: se faltam aos acusados álibis sustentáveis ou mesmo desculpas esfarrapadas, resta a tentativa de desqualificar o acusador. Engajados na conversa fiada, alguns blogueiros estatizados vêm republicando trechos de artigos em que, apoiado no que afirmavam autoridades federais, defendi o afastamento de Tuma Junior. Nesta segunda-feira, ele reiterou que nenhuma das denúncias prosperou. “Não sofri uma única sanção judicial”, garantiu.
 
Não tenho compromisso com o erro. Se porventura foi assim, devo desculpas ao delegado. Devo também reconhecer que a razão estava com quem, à época, defendeu Tuminha. Luis Nassif, por exemplo, enxergou outra conspiração na reportagem do Estadão sobre o aparente envolvimento do secretário nacional de Justiça com a máfia chinesa que age em São Paulo. Encabeçada pelo próprio blogueiro, uma lista de vítimas que Nassif qualificou de “assassinato de reputações” incluiu o nome do secretário nacional de Justiça.
 
Confiram o que Nassif escreveu em 7 de maio de 2010:
 
“O delegado Romeu Tuma Junior consegue o bloqueio das contas do Opportunity nos Estados Unidos e sugere a utilização dos recursos no Pronasci (Programa Nacional de Segurança Pública). É alvo de um ataque, agora do Estadão, em cima de vazamento seletivo de grampos, apesar de nem o Ministério Público ter encontrado elementos para indiciá-lo. Ou seja, um grampo, que não se sabe de onde surgiu, atribuído à Polícia Federal, sem que esta confirme, é transformado em peça de acusação”.
 
“É preciso levar em conta a folha de serviços prestados ao país por um delegado muito respeitado”, concordou Lula na época. ”Ele é um delegado muito experimentado na polícia paulista, na polícia brasileira. É preciso esperar o fim das investigações”. Como as investigações deram em nada, o autor deveria enriquecer a contracapa do livro os testemunhos elogiosos de Lula e Nassif.
 
Os esclarecimentos e ressalvas acima registrados são necessários, mas irrelevantes. O que importa é o conteúdo estarrecedor do livro-bomba. O essencial é levar adiante as revelações de Tuma Junior, que continuariam exigindo aos berros confirmações ou desmentidos. Mesmo que Tuma Junior fosse um meliante de nascença, mesmo que fosse ele o mandante da morte de Jesus Cristo, o bando de alvejados pelos disparos do delegado continuariam obrigados a explicar-se.
 
Fatos não são revogados pela biografia de quem os testemunha. Denúncias não são anuladas pelo prontuário de quem as revela. A máfia italiana foi duramente atingida, e tanto o terrorismo de extrema-esquerda quanto o de extrema-direita acabaram desmontados, graças aos depoimentos dos pentitti, ou arrependidos. É compreensível que um ex-mafioso como Tommaso Buschetta tivesse muito mais a dizer sobre a organização criminosa do que o Papa João Paulo II. O depoimento de um ex-militante do do PCC seria muito mais revelador que as declarações de uma carmelita descalça.
 
Se Tuma Junior está mentindo, que seja processado pelas vítimas de falsidades. Se o que diz é verdade, Dilma Rousseff terá de cumprir às pressas a promessa feita por Lula em 2003: construir mais prisões federais. Um puxadinho na Papuda não bastará para abrigar a multidão.

10 de dezembro de 2013
Augusto Nunes - Veja

BIOGRAFIA RETRATA A MÍTICA AMÉRICA DE JOHNNY CASH

Obra de Robert Hilburn faz uma análise magistral da música do cantor
 
A vida de Johnny Cash foi uma música country repleta de amores e perdas, paixão e desamor – dor, solidão, culpa, fé, melodrama e luta pela redenção. A infância e juventude difíceis, as lutas turbulentas com o vício, a tumultuada vida familiar produziram nele a empatia por todos que tiveram experiências difíceis ou conheceram as asperezas da vida. As letras simples e corajosas, o canto brotado das profundezas da alma transcendiam os gêneros musicais e deram voz à vivência do americano comum em meio às adversidades.

Johnny Cash - Reprodução
Reprodução
Johnny Cash

A nova biografia escrita por Robert Hilburn, Johnny Cash: The Life (ed. Little, Brown and Co., US$ 32), nos oferece um retrato completo e cuidadoso do Homem de Preto e uma profunda apreciação de sua arte.
 
Como outros biógrafos antes dele, Hilburn faz remontar o sentimento de escuridão e de perda na música de Cash à morte do irmão mais velho, Jack (num acidente com uma serra na escola), e à perversa insistência do pai em culpá-lo. Hilburn diz que Cash mitificou a América – suas estradas de ferro, rodovias, fábricas, plantações, prisões – e suas canções testemunhavam a labuta diária dos “pobres e oprimidos”, “doentes e solitários”. Segundo o autor, Cash frequentemente admitiu “nunca ter deixado que os fatos interferissem num bom enredo”, e tenta separar o mito da verdade histórica.
 
Principal crítico musical e editor de música pop do Los Angeles Times por mais de 30 anos, Hilburn escreve com grande vigor sobre Cash – sua contribuição para a mudança do cenário do country, a evolução de cada composição e as influências ecléticas sobre sua obra, o que permitiu a fusão da intimidade com a narrativa de Jimmie Rodgers ao seu amor pelo gospel, pelo blues e pela música folk tradicional.
 
Embora o livro emperre um pouco no meio do caminho – quando o autor faz detalhados relatos dos episódios em que o canto abusava de drogas, da destruição de quartos de hotel e de suas experiências de quase morte – Hilburn faz uma análise magistral da música do cantor.
 
O livro consegue transmitir uma percepção visceral das extenuantes exigências da vida na estrada, com a frequente necessidade de dirigir centenas de quilômetros à noite de uma cidade a outra para dar shows, intensificando a dependência das anfetaminas. (Cash também as consumia para combater o stress e a depressão. A certa altura, chegou a tomar 20 comprimidos por dia.)
 
Assim como Graham Greene dividiu sua obra em ficção séria e o que chamou de "divertimentos”, Cash dividiu suas música, diz Hilburn, em canções escritas segundo a tradição pessoal de Jimmie Rodgers, como Hey, Porter, e Folsom Prison Blues, e outras que considerou incursões comerciais, como You’re Gonna Cry, Cry, Cry, e Wide Open Road. Nos anos 70, a obra de Cash foi se tornando cada vez mais genérica à medida que ele se transformava num intérprete mais tradicional, mais próximo da família; sua indagação íntima passou a ser: “Será que as pessoas gostariam de ouvir isto?” E “a mensagem de sua música” começou a se sobrepor à qualidade.
 
O renascimento de Cash como artista nos anos 90 ocorreu em grande parte graças à sua colaboração com um dos fundadores da gravadora Def Jam, de títulos hip-hop, o produtor Rick Rubin, o qual traria Cash de volta para a música dura, não sentimental, que o tornara famoso décadas antes.
 
“Em parte, o gênio de Rubin”, afirma Hilburn, “está em não retratar simplesmente Cash como um rebelde. Ele quis ir além da sua imagem de super-herói, captando seu lado humano – a luta, o sofrimento e a coragem. Cash perseverou, apesar da cirurgia no coração, dos problemas neurológicos, de um maxilar quebrado e da redução da visão, e continuou gravando após a morte de sua amada June, em maio de 2003. Morreu quatro meses mais tarde; dizem que, na época, ele tomava cerca de 30 medicamentos por dia.
 
Seu filho, John Carter, afirmou posteriormente: “Acredito que o que as pessoas costumam falar do meu pai é o fato de ele gostar de expor o que mais o atormentava, a escuridão mais devastadora. Todos os momentos de escuridão fizeram com que ele enxergasse melhor a luz".

10 de dezembro de 2013
Michiko Kakutani - The New York Times