"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

ESTREPOLIAS: DE LÁ E DE CÁ

 

Todos ficaram sabendo que François Hollande pagou suas estrepolias extraconjugais com moeda forte: sua companheira deixou-o falando sozinho.
 
Depois que todos se inteiraram de que o presidente costumava abandonar o Palácio do Eliseu numa garupa de moto para encontrar-se com uma jovem atriz 15 anos mais nova que ele, a companheira fixa foi-se embora. A França perdeu sua primeira-dama e ficou órfã de mãe.
Florent Pagny, cantor e figurinha carimbada da cena artística do país, é conhecido por não ter papas na língua. Provocado, botou fora, em linguagem chã, o que achava do acontecido.
 
«Para quem está num nível de responsabilidade tão elevado, das duas uma: ou tem a capacidade de se organizar para que ninguém fique sabendo ou tem de ter o poder de bloquear toda informação, como Mitterrand.»(*)
 
E disse mais: «Peraí, meu caro, presidente é presidente 24 horas por dia durante cinco anos. A vida privada, pode esquecer!»
 
AvestruzEstive pensando que, guardadas as devidas proporções, as mesmas reflexões se aplicam a nossa presidente. Haja vista a excursão gastronômica dela e de sua corte por terras lusitanas.
Quem não tem o poder de bloquear a informação tem de andar na linha ou se aplicar para que ninguém fique sabendo.
Quem é presidente tem de deixar de molho sua vida privada. Pelo menos, durante o mandato.
Taí um consolo para dona Dilma: ela não é a única a ter tido de aprender a lição na base da bordoada. Esperemos que tenham aprendido, tanto ela quanto ele.
 
Interligne 18g
 
(*) Durante os 14 anos em que exerceu a função de presidente da França, François Mitterrand manteve duas famílias. A oficial (e conhecida por todos os cidadãos) residia no palácio presidencial. A oficiosa (conhecida pelos medalhões do regime e por praticamente todos os jornalistas) residia num apartamento parisiense. O presidente tinha dois filhos com a matriz e uma filha com a filial.
A verdade só veio à tona depois do falecimento do líder. Enquanto ele viveu, nenhum jornalista jamais ousou revelar a realidade, tamanho era o temor que o personagem infundia a todos.
 
31 de janeiro de 2014
José Horta Manzano

SERÁ QUE ESTE PAÍS AINDA TEM JEITO?

 

A prefeitura do Rio disse que custaria R$ 25 mil reais e demoraria 20 dias para restaurar a estátua do poeta Drummond de Andrade, pichada por vândalos/marginais.

Ai um cara foi lá e restaurou de graça, em menos de uma hora, apenas com um pouco de solvente que levou em uma garrafa plástica de água mineral.

Acontece que o cidadão que fez o trabalho de restauração gratuitamente demonstra amor por sua terra, coisa que falta na imensa maioria de nossos governantes, um bando de oportunistas.

31 de janeiro de 2014
Celso Serra

O HUMOR DO DUKE

Charge O Tempo 31/01
31 de janeiro de 2014

POR QUE OS GASTOS COM CARTÕES CORPORATIVOS SÃO SIGILOSOS?

 
Os gastos com cartões corporativos pela Presidência da Republica  continuam sigilosos em nome da Segurança Nacional. Na CPI dos Cartões Corporativos, a palavra ‘sigilo’ patrocinou o maior debate, sem solução. A caixa preta instalada no Palácio do Planalto não foi quebrada.

Durante aquele enfrentamento o governo lançou mão de dossiê falsificado na Casa Civil para amedrontar oposicionistas. Inquérito policial inconclusivo premiou os criminosos com o benefício da impunidade.

Agora, o piquenique de luxo da presidente em Lisboa reacende a polêmica. A Constituição Federal impõe transparência e publicidade à gestão pública, mas há atos praticados no submundo da clandestinidade, com governantes se autoproclamando acima de todas as leis.
Até quando?


31 de janeiro de 2014
César Cavalcanti

 


 



AMNÉSIA CONVENIENTE

Ataque de amnésia no caso do cartel em SP: Ex-diretor diz não lembrar quem lhe pagou US$ 550 mil   



 
A conta Zaniboni não fecha. Em depoimento à Corregedoria-Geral da Administração (CGA), em 25 de outubro, o engenheiro João Roberto Zaniboni, ex-diretor de operações e manutenção da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), disse não se recordar das empresas para as quais prestou consultorias. Por esse trabalho ele recebeu cerca de US$ 550 mil em uma conta bancária de sua titularidade na Suíça, entre 2000 e 2002.
 
Zaniboni é acusado de ser recebedor e intermediário no pagamento de propinas a políticos e agentes públicos do Estado de São Paulo. Ele foi indiciado pela Polícia Federal por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e crime financeiro no inquérito que investiga o cartel metroferroviário que teria operado entre 1998 e 2008, período dos governos Mário Covas, José Serra e Geraldo Alckmin, todos do PSDB.
 
Ele depôs na CGA, braço da Casa Civil, no dia 25 de outubro, perante os corregedores Alexandra Comar de Agostini, Cristiane Marques do Nascimento Missiato, Maria Helena Barbieri Maganini e Ricardo Nogueira Damasceno.
 
Zaniboni lembrou-se com riqueza de detalhes de diversos e antigos projetos da CPTM, da década de 1990, contemporâneos aos pagamentos que recebeu na Suíça. Mas sobre esses pagamentos alegou não se lembrar das fontes.
 
CONTA NA SUÍÇA
 
Uma investigação da promotoria da Suíça descobriu a conta Milmar, de Zaniboni, no Credit Suisse de Zurique, na qual o ex-diretor da CPTM recebeu US$ 826 mil.
 
Desse total, US$ 250 mil foram repassados pelos consultores Sérgio Teixeira – já falecido – e Arthur Teixeira, este sob suspeita da PF de pagar propinas, o que ele nega taxativamente. Sobre os US$ 250 mil, Zaniboni disse ter recebido por consultoria que prestou a Arthur Teixeira, ainda quando ocupava cargo na Dersa (Desenvolvimento Rodoviário S/A), antes mesmo de assumir a diretoria de operações da CPTM, o que ocorreu em 1999. O pagamento, contudo, ocorreu no ano 2000, quando Zaniboni já estava na diretoria da CPTM – posto que ocupou entre 1999 e 2003.
 
Nem Zaniboni, nem Teixeira apresentaram qualquer documento relativo à consultoria. Ambos dizem que o acordo entre eles para o negócio foi verbal.
 
Questionado pela Corregedoria sobre a diferença (cerca de US$ 550 mil), Zaniboni afirmou não se recordar da origem. “Inquirido se essa conta bancária chegou a ser movimentada com o depósito de mais valores, respondeu afirmativamente, aduzindo que foi o próprio declarante quem fez vários depósitos, perfazendo um total de 550 mil dólares, valores esses advindos também de trabalhos de consultoria realizados pelo ora declarante”, anotou a CGA.
 
“Não sabe informar o nome das empresas para as quais prestou consultoria, pois, como ocorreu com Arthur Teixeira, não tem documentação comprobatória”, acrescentou a Corregedoria.
 
MAIS UM “CONSULTOR”
 
Zaniboni disse que, embora entre 2000 e 2002, época dos depósitos, fosse diretor da CPTM, “procurava desenvolver trabalhos de consultoria em outras áreas de sua atuação, como por exemplo, transporte de carga”.
 
O ex-diretor da CPTM afirmou, ainda, que entre 2006 e 2007 fechou a conta na Suíça e transferiu os valores para uma conta no banco Safra em Nova York em nome das filhas Milena e Mariana. Segundo ele, em setembro de 2013, o dinheiro foi transferido para o Brasil, os impostos recolhidos e as declarações de imposto de renda retificadas.
 
Até agosto, Zaniboni era sócio da Focco Tecnologia, empresa que firmou dezenas de contratos com o governo de São Paulo desde 2009 e recebeu, nos últimos quatro anos, R$ 33 milhões. Hoje, a Focco está em nome de Ademir Venâncio de Araújo, também ex-diretor da CPTM e, assim como Zaniboni, indiciado pela Polícia Federal no caso do cartel.

MINISTÉRIO PÚBLICO AJUIZA 14 AÇÕES CONTRA EX-SENADOR EFRAIM MORAIS E 50 FUNCIONÁRIOS 'FANTASMAS'

 

 

 
Brasília – O Ministério Público Federal (MPF) no Distrito Federal ajuizou sexta-feira, 31, 14 ações contra o ex-senador Efraim Morais (DEM-PB) e outros 50 funcionários “fantasmas” nomeados por ele na época que comandou a Primeira Secretaria do Senado, entre 2006 e 2009. A 6ª Vara Federal do DF vai analisar a acusação dos procuradores que pedem, também, a devolução de mais de R$ 6 milhões pagos aos apadrinhados, parentes e cabos eleitorais.

As investigações do MPF apontam que dos 86 servidores nomeados para alguma função no órgão do Senado, apenas 22 tinham endereço no Distrito Federal e Entorno na época. “Os demais, mesmo lotados em área administrativa do Senado, residiam fora de Brasília, a maioria na Paraíba, Estado que elegeu o então senador”.

Segundo a Procuradoria, parte dos funcionários nomeados por Efraim Morais admitiu exercer atividades típicas de cabo eleitoral e ter sido contratada por força de contatos políticos e amizade. Alguns dos depoentes confessaram, ainda, conforme o MPF, não exercer nenhum tipo de serviço de caráter público, atuando apenas em favor do ex-senador. Houve quem nem sequer soubesse que estava lotado como servidor do Senado.

DUPLO EMPREGO

O Ministério Público diz ter apurado, também, que alguns nomeados eram empregados em empresas privadas ou funcionários públicos de outros órgãos públicos. Os 50 funcionários que o MPF chama de “fantasmas” foram separados em 14 ações, de acordo com a relação que tinham com o ex-senador ou com as atividades que desempenhavam.

A reportagem tentou contato nos telefones do ex-senador, que atualmente comanda a Secretaria de Infraestrutura da Paraíba, mas Efraim Morais recusou as chamadas. Em outubro, a Justiça determinou o bloqueio de R$ 750 mil em bens de Morais, acusado de ter causado danos ao patrimônio ao deslocar, para seu gabinete, funcionários de um programa de inclusão digital do Legislativo, o Interlegis. A decisão também proibiu o ex-parlamentar de transferir recursos para terceiros.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOGSegundo o site do governo da Paraíba, Efraim Moraes realmente continua na ativa, como secretário estadual de Infra-Estrutura na administração de Ricardo Coutinho, do PSB. Será que no cargo atual Efraim também contratou fantasmas ou já desistiu dos filmes de terror??? (C.N.)

31 de janeiro de 2014
Débora Álvares
Agência Estado

RADIOGRAFIA DA REALIDADE

Pesquisa do CNJ mostrará como são tratados os negros no sistema judicial brasileiro

negros_01O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) deve realizar pesquisa para verificar se os jovens negros, na condição de réus, recebem o mesmo tratamento dispensado aos brancos no sistema judicial.

“Os jovens negros muitas vezes enfrentam a impossibilidade de acesso à Justiça”, disse o conselheiro Guilherme Calmon.
Além da dificuldade de acesso, o estudo, a ser feito pelo Departamento de Pesquisas Judiciárias (DPJ) do CNJ, vai investigar se os jovens também são discriminados quando acusados de algum delito.

A proposta foi discutida na terça-feira (28/01) pelos representantes das instituições signatárias do Protocolo de Atuação para a Redução de Barreiras de Acesso à Justiça para a Juventude Negra em Situação de Violência, em reunião coordenada pelo conselheiro Guilherme Calmon.

O Protocolo foi assinado em 29 de outubro de 2013 por representantes do CNJ, o Ministério da Justiça, a Procuradoria-Geral da República (PGR), o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), a Secretaria-Geral da Presidência da República (SG/PR), a Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (SEPPIR), a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e o Conselho Nacional de Defensores Públicos Gerais (Condege).

Na reunião desta semana foram definidas as ações a serem executadas por cada um dos órgãos. “Ficou definido o papel de cada instituição, com a atribuição de responsabilidades e definição de prazos”, explicou Douglas Martins, juiz auxiliar da Presidência do CNJ e coordenador do Departamento de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário Nacional do CNJ (DMF-CNJ).

Para Douglas Martins, um passo importante foi a inclusão da questão racial na pauta do Poder Judiciário, com a previsão de realização de seminários e de proposta à Escola Nacional da Magistratura de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados (Enfam) para incluir no currículo de todas as escolas da magistratura matéria sobre discriminação racial.

O CNJ propôs a realização, neste ano, de reuniões com todas as coordenadorias de Infância e Juventude para garantir os direitos dos adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa. O conselho defende a prioridade na aplicação de medidas não restritivas de liberdade aos adolescentes que tenham praticado algum ato ilegal.

Já o Conselho Nacional de Defensores Públicos Gerais (Condenge) defendeu a criação de núcleos especializados no combate ao racismo nas defensorias públicas, o fortalecimento da ação da defensoria no caso de prisão de jovens negros e a ampliação da presença da defensoria nas localidades mais vulneráveis.

(Com informações da Agência CNJ)
31 de janeiro de 2014
 

FORA DO TRILHO

PSDB recorrerá à Procuradoria-Geral da República contra pronunciamento de Padilha na TV

carlos_sampaio_04Líder do PSDB na Câmara dos Deputados, Carlos Sampaio (SP) informou que protocolará representação na Procuradoria Geral da República (PGR) contra o petista Alexandre Padilha, ministro da Saúde, para que seja investigada provável improbidade administrativa pelo uso da cadeia nacional de rádio e televisão para promoção pessoal.

“Observa-se que, sob o pretexto de prestar informações sobre a campanha de vacinação contra o HPV, que só será iniciada no dia 10 de março de 2014, o pronunciamento do Ministro Alexandre Padilha, dias antes de deixar o cargo, possuiu nítido cunho eleitoral, caracterizando-se como promoção pessoal de autoridade pública”, argumenta o Líder, na representação.

De acordo cm o parlamentar tucano, no pronunciamento de aproximadamente quatro minutos mais da metade do tempo foi consumida na extemporânea divulgação da campanha contra o HPV. No período restante, Padilha fez um balanço dos atos de sua gestão à frente da pasta. Isso, de acordo com Sampaio, configura improbidade administrativa e atenta contra os princípios da administração pública.

“O PT é useiro e vezeiro na utilização de recursos públicos em benefício dos seus companheiros e do seu projeto de poder. O ministro Padilha, em uma desesperada tentativa de viabilizar sua candidatura ao governo de São Paulo, aproveitou-se de uma campanha de vacinação para fazer propaganda eleitoral fora de hora. Trata-se de uma ilegalidade que não pode ficar impune”, afirmou.

Alexandre Padilha, que como bom petista é especialista em se fazer de inocente, tentou minimizar a polêmica. “Não sei o que eles têm contra a divulgação de uma vacina. Nós fizemos o pronunciamento porque começaram as aulas esse mês”, disse o ainda ministro durante o lançamento da campanha de prevenção à hepatite C no Sindicato dos Comerciários, ligado à União Geral dos Trabalhadores (UGT).

“Nós vamos usar todos os meios legais possíveis para divulgar uma vacina importante como a do HPV”, completou Padilha, que a partir da próxima segunda-feira (3) começa a cuidar da campanha rumo ao Palácio dos Bandeirantes, sempre cumprindo as ordens do lobista e dedo-duro Luiz Inácio da Silva.
Convênio no apagar das luzes
Sampaio ressaltou ainda o absurdo convênio firmado pelo ministro Padilha com uma empresa da qual seu pai é sócio. Segundo o Líder tucano, o fato do ministro cancelar o convênio assim que o caso foi divulgado pela imprensa apenas evidencia que ele próprio tinha conhecimento da ilegalidade e imoralidade do contrato.

“É triste descobrir pela imprensa que o Ministro Padilha firmou convênio, no apagar das luzes da sua gestão, para beneficiar a ONG do próprio pai. Privilegiar parentes enquanto os brasileiros são obrigados a conviver com o caos na saúde pública é conduta deplorável”, concluiu.

31 de janeiro de 2014
ucho.info

CASO DE POLÍCIA

Denúncia sem provas contra ex-ministro expõe a briga bilionária pelo controle do dinheiro do FGTS

anacristina_aquino_02O “denuncismo”, criminoso e irresponsável, está tomando conta da imprensa brasileira.

Há dias, a semanal revista IstoÉ publicou matéria em que uma empresária do setor de transportes e logística afirma ter entregado uma bolsa com R$ 200 mil a Carlos Lupi, então ministro do Trabalho.

A mineira Ana Cristina Aquino Caillaux foi além e disse ter pago, por meio de uma lobista, determinada quantia em dinheiro ao secretário de Infraestrutura e Logística do Paraná, Pepe Richa – irmão do governador Beto Richa –, para facilitar a abertura, em nome do filho, de uma filial da empresa em Curitiba e forçar a montadora Renault a lhe dar um contrato de transporte de veículos.

Até o momento, as denúncias feitas por Ana Cristina continuam órfãs de provas. O máximo que a empresária dispõe, de acordo com a publicação, é uma declaração registrada em cartório, o que não significa que o caso seja verdadeiro. Até porque papel aceita qualquer coisa, inclusive os devaneios de alguém que pela proximidade com o poder acredita que tudo é possível.

O suposto caso de corrupção é mal contado e continua exalando o odor fétido de missa encomendada, mas mesmo assim o jornal “Folha de S. Paulo”, um dos maiores do País, embarcou no discurso sem comprovação de Ana Cristina Aquino. Trata-se de uma tremenda irresponsabilidade publicar uma reportagem em que pessoas são acusadas de corrupção, sem que o denunciante apresente qualquer prova documental.

O ucho.info não está a criticar um e defender outro, mas não é assim que se faz jornalismo. Se de fato a empresária pagou propina a Carlos Lupi e a Pepe Richa, por certo deve ter os extratos bancários que comprovam o saque das quantias em dinheiro. Como nenhum documento bancário foi exibido até então, as denúncias são tão vazias quanto suspeitas, não sem antes colocar Ana Cristina Aquino na mira da Receita Federal e da Polícia Federal.

A ousadia da empresária fica clara no momento em que ela diz que o atual ministro do Trabalho, Manoel Dias (PDT), “é nosso”. Não se trata de afirmar que a Esplanada dos Ministérios é uma reunião de benevolentes e altruístas monges tibetanos, mas quem circula pelos subterrâneos do poder não faz comentários desse naipe. O que mostra que Ana Cristina Aquino Caillaux é uma estreante nas coxias da política. E por conta desse amadorismo suas denúncias não merecem crédito.

A grande questão nesse imbróglio está em uma disputa covarde e sem limites pela administração dos recursos do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS). A disputa, que pode ser rotulada como briga de foices, acontece no Comitê do Fundo de Investimento do FGTS. O advogado João Graça deveria ser o próximo presidente do comitê, com poder para decidir sobre os investimentos do fundo, mas por causa dos interesses nada ortodoxos dos seus adversários está sendo bombardeado por parte do colegiado.

O problema maior está no fato de que João Graça é contra um investimento de R$ 9 bilhões, com recursos do FGTS, no projeto petroquímico de Itaboraí (RJ), o Comperj, sob a batuta da Petrobras. Essa manobra financeira defendida por alguns do Comitê, emoldurado por uma disputa insana e acirrada, é estranha, pois a estatal petrolífera insiste em afirmar que sua situação financeira está equilibrada, inclusive com condições de novos investimentos.

Por outro lado, a bordo de silêncio obsequioso, alguns políticos estão pegando carona nesse “denuncismo” barato que estampou as páginas de dois conhecidos órgãos de imprensa, cujos tentáculos também estão fincados na disputa pelo Palácio Iguaçu, sede do Executivo paranaense. Não foi por acaso que a primeira publicação foi ladeada por anúncios publicitários de órgãos do governo petista de Dilma Rousseff, como Caixa Econômica Federal e Correios.

Fato é que, como destacado anteriormente, a Polícia Federal e a Receita Federal precisam investigar o caso, pois há um sem fim de irregularidades balbuciadas ao vento para dar ares de veracidade a um cipoal de denúncias sem provas. O Brasil, que vive um momento difícil e de muitas incertezas, já teve veículos de imprensa melhores e jornalistas mais responsáveis.

31 de janeiro de 2014
ucho.info

LUZ VERMELHA

Descontrole em presídios e má gestão dos hospitais mostra a situação alarmante do Maranhão

waldir_maranhao_13Nos últimos dias o noticiário nacional voltou-se para a polêmica parada da comitiva de Dilma Rousseff na capital portuguesa, mas o País não pode abandonar ainda mais o Maranhão, miserável estado brasileiro que foi transformado em feudo da família Sarney e seus apaniguados.
 
A onda de violência que ultrapassou os muros dos presídios e matou a pequena Ana Clara, queimada dentro de um ônibus nas ruas da capital São Luís, tem explicação: o Maranhão perdeu nos últimos dez anos R$ 23,9 milhões que o governo federal destinou para investimentos na área de segurança.

O montante precisou ser devolvido aos cofres da União por causa da falta de aprovação dos projetos, resultado da incompetência que marca o desgoverno de Roseana Sarney.
 
De acordo com o deputado federal Waldir Maranhão, presidente estadual do Partido Progressista, a má gestão do governo maranhense faz com que a população sofra com a falta de segurança, saúde, educação e demais direitos básicos, todos claramente garantidos pela Constituição de 1988. “A falta de vontade política ou apenas a incompetência do atual governo deixa as pessoas alarmadas e com motivos, pois ninguém fica seguro com os hospitais em greve e a insegurança constante nas ruas, tudo isso é reflexo de falta de política voltada para a população” explica o deputado.
 
Dados do Departamento Penitenciário Nacional (Depen), divulgados nesta quinta-feira (30), mostram que o governo de Roseana Sarney havia assinado três contratos, em 2004 e 2011, para a construção de duas cadeias públicas e um presídio no interior, mas erros grosseiros e primários nos projetos obrigaram o cancelamento dos os acordos. Não bastasse o caos na segurança pública, dois hospitais de São Luís estão paralisados por conta da greve dos médicos, que clamam por melhores condições de trabalho.
 
Para o deputado Waldir Maranhão, a devolução de recursos destinados a presídios mostra a total incapacidade de gestão. “Para governar um estado é preciso haver coordenação na aplicação dos recursos e não é o que acontece no Maranhão,” afirma o deputado.
 
Enquanto a população do mais pobre estado brasileiro continua atônita e refém da insegurança, Roseana Sarney e seus assessores têm olhos apenas para questões menores e absurdas, como o abastecimento da despensa do Palácio dos Leões com produtos alimentícios luxuosos e caros, que nem mesmo em sonho frequentam o cardápio da população.
 
Pela bravura dos maranhenses e as muitas oportunidades que abriga, o Maranhão precisa de políticos comprometidos com as necessidades da população.

31 de janeiro de 2014
 ucho.info

NOTAS PERTINENTES DE RICARDO FROES

Teocracia à vista no Bananistão
Marco Feliciano recebeu o apoio de mais líderes evangélicos caso se candidate ao Senado. Esta semana, o pastor Silas Malafaia garantiu que pedirá votos para Feliciano caso tope a ideia. O Apóstolo René Terra Nova e o pastor Samuel Ferreira, da poderosa Assembleia de Deus, também declararam para o deputado que se engajarão caso venha candidato ao Senado pelo PSC.
Como se não bastassem os petistas, a cada dia que passa aumenta mais a militância dos evangélicos na política do Brasil. Sinceramente eu não sei o que é pior, já que ambas as “vertentes” se embasam no fanatismo e na picaretagem, o que só pode resultar em uma mistura podre e fedorenta.
Sem querer passar por inquisidor, no sentido de julgar esta ou aquela religião, eu considero a legislação brasileira muito vaga e mal aplicada ao permitir total liberdade de cultos, sem sequer averiguar sobre a seriedade dos mesmos, já que qualquer cidadão pode fundar a sua própria “igreja” gastando pouco e sem ter que obedecer a nenhuma exigência, e já que não há nada específico no Código Penal.

Charlatanismo, curandeirismo e estelionato nunca são aplicados nesses casos, embora todos sejam práticas diárias adotadas por quase todos os “pastores” evangélicos. Ou será que vão querer me dizer que eles não inculcam ou anunciam “cura por meio secreto ou infalível” (charlatanismo), que eles não exercem o curandeirismo “usando gestos, palavras ou qualquer outro meio”, que eles não obtêm, “para si ou para outrem, vantagem ilícita, em prejuízo alheio, induzindo ou mantendo alguém em erro, mediante artifício, ardil, ou qualquer outro meio fraudulento” (estelionato) ou ainda que eles não abusam, “em proveito próprio ou alheio, da inexperiência ou da simplicidade ou inferioridade mental de outrem”?
Será, ainda, que a riqueza e ostentação desses donos de “igrejas” não despertam a curiosidade da Receita Federal, já que ela é tão minuciosa com os cidadãos comuns, ao ponto de ter chamado uma tia minha para esclarecer um erro de soma de dois reais na sua declaração?
 
Muito embora a maioria dos evangélicos seja oposição ao PT, nós, cidadãos comuns não fanáticos, não podemos contar com eles de maneira nenhuma, já que pregação não é política, seus hábitos e costumes são restritivos ao extremo e, principalmente, porque seus mandatários são, em sua grande maioria, grandes picaretas. Isso tudo sem falar nos seus pobres seguidores, rebanhos e mais rebanhos de lorpas, pascácios e bovinos.
Se correr o bicho pega, se ficar o bicho come.
 

O “Inferno” do Dan Brown é bem pior...

Há uns seis meses eu prometi aqui que daria minha opinião sobre o novo livro do Dan Brown, Inferno. Vou dar a gora e ser breve: até hoje não consegui chegar nem à metade. Ô livro chato!
De um início promissor, alucinantemente rápido, o troço se transformou em uma lengalenga arrastadíssima, cheia de detalhes insignificantes e descrições descomunais, que me obrigavam a retornar algumas páginas toda vez que eu retomava a leitura, até o ponto que eu me dei conta que nada daquilo tinha importância na trama. E parei de ler definitivamente. Nem curiosidade para ler o final eu tive.
Foi dinheiro jogado fora.
 

Na terra descoberta por Sarney - o Amapá -, o velho senador continua dando bons exemplos...

Do Radar OnLine
 
A coisa anda braba para o eleitor do Amapá. Dos vinte e quatros deputados da Assembleia Legislativa, vinte e um foram denunciados na quarta-feira pelo Ministério Público estadual, ou seja, quase 90% dos parlamentares locais.
O numeroso bando é acusado de um esquema de inclusão de funcionários fantasmas e cabos eleitorais num suposto programa social - Legislativo Cidadão - que previa pagamento de bolsas-auxílio variando de 350 reais e 950 reais.
 

Já que o novo ministro da Educação é mais um ficha-suja a assumir, não seria mais conveniente transferir todos os Ministérios para a Papuda?

José Henrique Paim Fernandes (PT), secretário executivo do MEC desde 2006, tendo anteriormente passado dois anos como presidente do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), cargo que assumiu em 2004 com a indicação de Tarso Genro, é o novo ministro da Educação, no lugar de Mercadante.
Pois bem, foi exatamente nos dois anos como presidente do FNDE que pipocaram denúncias envolvendo irregularidades em convênios firmados entre o órgão e ONGs para programas de alfabetização. Um dos processos, que se estende até hoje, teve início em 2006, quando o Ministério Público Federal (MPF) entrou com uma ação civil pública para denunciar irregularidades em um convênio de 491.040 reais assinado em 2005 com a ONG Central Nacional Democrática Sindical (CNDS) para educar jovens e adultos.
Esse fato, somado a denúncias por falta de pagamento feitas por professores vinculados a ONG, levou o MPF a emitir uma recomendação destinada à presidência do FNDE para que a pasta não fechasse novos contratos com a ONG. A recomendação não foi acatada e, mesmo com as irregularidades, a autarquia fechou um novo convênio com a CNDS em dezembro de 2005.  A situação ficou mais complicada para Paim quando a Justiça Federal em São Paulo acatou a ação do MPF e abriu um processo para a investigação do caso.
Após quase sete anos, ainda não ficou explicado, nem pelo processo judicial, nem pelo acórdão do TCU, onde foram parar os 491.040 reais repassados à ONG, já que a entidade parou de responder pelo serviço de alfabetização a que havia se proposto e nunca devolveu a quantia aos cofres públicos.
Faz uma vaquinha, tem otário de sobra...
 

Vaquinha para pagar roubo de Delúbio rende R$ 1,013 milhão. Meus parabéns, povo idiota!

Em oito dias, a campanha para arrecadar recursos para pagar a multa aplicada a Delúbio Soares no julgamento do mensalão conseguiu arrecadar mais que o dobro do que tem de ser pago. Nesta quinta-feira, o site da campanha divulgou que foram doados R$ 1,013 milhão, para pagar a multa de R$ 466.888,90 que o STF determinou que o ex-tesoureiro do PT pague até amanhã. De acordo com o site, o valor restante – cerca de R$ 546 mil – será repassado para arcar com a multa do deputado João Paulo Cunha e do ex-ministro José Dirceu.
Mais da metade do total de doações entrou na conta entre ontem e hoje. Na noite de quarta-feira, o site apontava que havia arrecadado R$ 415.390,86. Em texto publicado hoje na página, os autores da campanha agradecem as doações.
 
Por PHAmorim, orgulhoso do feito dos militontos.

Até prova em contrário, essa dinheirama arrecadada por Genoíno e Delúbio para pagar suas dívidas foi o fruto das doações de petistas comovidos e sensibilizados com a injustiça feita aos quadrilheiros semi-trancafiados e com as suas situações de extrema penúria, já que eles são tão bonzinhos que roubaram, mas não ficaram com um tostão para si. Lembrei Bill Clinton com seu “fumei, mas não traguei”, ao se referir à maconha.
É preciso ser muito idiota para, primeiro, acreditar na inocência dessa gentalha, depois de quase dez anos de denúncias, provas e julgamentos isentos (só para lembrar, entre os onze ministros do STF, apenas Celso, Marco Aurélio e Gilmar não foram nomeados por Lula ou Dilma, portanto, os oito restantes são de plena confiança e responsabilidade do PT), depois por acreditar que esses caras estão realmente na pindaíba que alegam e, por último, investir em bandidos julgando que a cadeia vai regenerá-los, já que todos admitem que eles praticaram o famigerado “caixa dois” – que, embora, no caso, seja um eufemismo para roubo, também é crime.
Por isso, só me resta dizer, meus parabéns, povo idiota, vocês realmente fazem jus ao governo que elegeram!
 
31 de janeiro de 2014

OLHA O IMPOSTÔMETRO AÍ, MINHA GENTE!!!

Brasileiros já pagaram R$ 200 bilhões em impostos só em janeiro
E ainda não acabou o dia...
 
31 de janeiro de 2014, 18:38 horas

PÉROLAS DE UM PAPAGAIO DE PIRATA: JOSÉ DE ABRE E O "ORGULHO DE SER PETISTA"

A CARA DE PAU DA CARTA CAPITAL TENTANDO VALIDAR O "INVESTIMENTO" DO PT EM CUBA

                      
          Media Watch - Outros 
É claro que o governo brasileiro afronta sua população com esse envio de verba para Cuba, que serve tanto como uma ofensa à inteligência como à dignidade do nosso povo.
Pergunta: até quando vamos tolerar isso?

A vida de colunista de revistas e sites chapa branca não deve ser simples em países como Cuba, China e Coréia do Norte. Por exemplo, diante de um genocídio, eles devem escrever uma matéria demonizando as vítimas e apoiando o governo. Tudo, é claro, sustentado por verba estatal. Elementar…


Diante disso, alguém poderia imaginar trabalho mais podre do que ser jornalista chapa branca que atuam para ditaduras sanguinárias? Difícil. O texto de José Antonio Lima, publicado na Carta Capital, vai por essa linha vergonhosa.

A ideia é aquela de sempre do jornalismo governista: tudo que o governo fizer, independentemente do grau de amoralidade residente no ato, está não apenas justificado, como será considerado também elogiável.

Diante do governo petista ter financiado, através do BNDES, um porto em Mariel, Cuba, inaugurado no dia 27 último, restou à Carta Capital ter tratado esse acordo como “um bom negócio”.

A obra, erguida pela Odebrecht em parceria com a cubana Quality, custou 957 milhões de dólares, sendo 682 milhões de dólares financiados pelo BNDES. Em contrapartida, 802 milhões de dólares investidos na obra foram gastos no Brasil, na compra de bens e serviços comprovadamente brasileiros. Pelos cálculos da Odebrecht, este valor gerou 156 mil empregos diretos, indiretos e induzidos no País.

Vamos imaginar que os 802 milhões de dólares investidos na obra tenham ido por completo para o pagamento de salários, o que, como qualquer um sabe, jamais ocorreu. Na verdade, sempre uma parte do valor reverte-se em salários.

Mas, nessa conta caridosa, se dividirmos 802 milhões de dólares por 156 mil (o número de empregos alegados), teremos U$ 5141,00 por cabeça, o que, convenhamos, se contarmos com os impostos embutidos no salário (por causa da CLT), não dá um salário mensal por profissional. Claro que tem caroço nesse angu.

O fato é que não está claro quantos dos 156 mil empregos são diretos ou indiretos. Mas nem de longe se comprova que sem essa obra financiada pelo BNDES os empregos não seriam gerados (até por que a Odebrecht poderia contratar os profissionais para outras obras). Em suma, a desculpa de investimento governamental para algo injustificado não pode ser usada apenas por “geração de empregos diretos e indiretos”, até por que os mesmos empregos poderiam ter sido gerados por uma obra do mesmo porte, construindo hospitais, postos policiais e coisas do tipo.

Desta feita, o parágrafo da Carta Capital serve apenas como uma distração com números, mas que nem de longe valida moralmente o investimento no porto de Cuba, em detrimento de outros investimentos mais importantes que poderiam ser feitos no Brasil.
A obra “se pagou” [...]

Que raio de justificativa de negócio é essa? Como se não bastasse o governo não ter uma justificativa que preste para ceder o dinheiro para um Porto em Cuba, agora aparecem com o “case” de negócio dizendo “a obra ‘se pagou’”. Mas não se justifica investimento dizendo “se pagou”, mas sim demonstrando que a oportunidade de negócio foi melhor do que outras, o que não foi feito.

Mais um motivo para não confiarmos no estado. Ou você confiaria em um investidor dizendo que “o investimento se pagou” somente? Se for assim, para que investir? É exatamente por isso que o dinheiro público deve ser reservado a atividades essenciais, ao invés de “investimentos no mercado”.

A argumentação deles pode ser qualificada como um OANI (Objeto Argumentativo Não Identificado), mas a coisa fica ainda mais divertida nos quatro motivos dados pelos governistas para o “investimento” no Porto de Mariel:

O primeiro foi exposto por Dilma no discurso feito em Cuba. O Brasil quer, afirmou ela, se tornar “parceiro econômico de primeira ordem” de Cuba. As exportações brasileiras para a ilha quadruplicaram na última década, chegando a 450 milhões de dólares, alçando o Brasil ao terceiro lugar na lista de parceiros da ilha (atrás de Venezuela e China). A tendência é de alta se a população de Cuba (de 11 milhões de pessoas), hoje alijada da economia internacional, for considerada um mercado em potencial para empresas brasileiras.

Quando você ouviu falar em “grandes parceiros” de Cuba pensou em países civilizados como Suécia, Dinamarca, Inglaterra e Itália? Nada disso. Temos Venezuela e China, isto é, a nata do socialismo. É claro que esse “comércio” com Cuba vira uma piada pronta, pois o que os cidadãos cubanos conseguirão comprar do Brasil? Ah, já sei… provavelmente os burocratas de Miramar possam comprar um tanto de bugigangas daqui. Mas daí a chamar isso de “parceiro comercial”? Faça-me rir…

Esse mercado só será efetivado, entretanto, se a economia cubana deixar de funcionar em seu modo rudimentar atual. Como afirmou o subsecretário-geral da América do Sul do Ministério das Relações Exteriores, embaixador Antonio José Ferreira Simões, o modelo econômico de Cuba precisa “de uma atualização”.

Ué, mas para que eles precisam “atualizar” seu modelo se já estão recebendo investimento sem fazer por merecer? Em outras palavras: enquanto o governo brasileiro, junto com o venezuelano e o chinês, enviarem dinheiro para Cuba apenas por trocas de favores (devido ao alinhamento ideológico) aí é que os cubanos não precisam “atualizar” seu modelo mesmo.

O porto de Mariel é essencial para isso, pois será acompanhado de uma Zona Especial de Desenvolvimento Econômico criada nos moldes das existentes na China. Ali, ao contrário do que ocorre no resto do país, as empresas poderão ter capital 100% estrangeiro. Dono de uma relação favorável com Cuba, o Itamaraty está buscando, assim, completar uma de suas funções primordiais: mercado para as empresas brasileiras. Não é à toa, portanto, que o Brasil abriu uma nova linha de crédito, de 290 milhões de dólares, para a implantação desta Zona Especial em Mariel.

Sim. Sim. SIM. É claro que as empresas “poderão ter capital 100% estrangeiro”. A pergunta é: por quê? Aliás, o negócio é tão “bom” que as tais linhas de créditos só surgem a partir… do estado brasileiro, mas jamais a partir de um banco privado brasileiro.

O esquerdista mais empolgado poderia dizer: “Aha, mas a Odebrecht resolveu investir por lá”. Mas com dinheiro vindo do BNDES é fácil, não é? Essas são as tais “oportunidades de negócio” resultantes no acordo com Cuba.
Tudo é tão promissor que só o iluminado governo brasileiro vê essas oportunidades, já o restante dos investidores privados não dá a mínima. Ah, devem ser “porcos capitalistas” que, portanto, não vislumbram as magníficas oportunidades “de negócio” em Cuba.

A argumentação da Carta Capital, praticamente surreal, resulta em observações constrangedoras para eles: há um negócio “magnífico” em Cuba. Ele é tão bom que só investidores que se aliam ao governo brasileiro (ou seja, que usam a grana estatal) conseguem visualizá-lo.
Provavelmente o dinheiro do governo tenha um efeito narcótico, que abre estados alterados de consciência, e portanto é possível o vislumbre de oportunidades “de negócio” que os outros não visualizam. Quem usa dinheiro privado não consegue visualizar as mesmas oportunidades. Fico imaginando como o colunista da Carta Capital deve ter morrido de rir escrevendo seu texto. E o que dizer dos esquerdistas que levaram o texto a sério?

Aqui entra o terceiro ponto, a localização de Mariel. O porto está a menos de 150 quilômetros do maior mercado do mundo, o dos Estados Unidos. Ainda está em vigor o embargo norte-americano a Cuba, mas ele é insustentável a longo prazo. “O embargo não vai durar para sempre e, quando cair, Cuba será estratégica para as companhias brasileiras por conta de sua posição geográfica”, disse à Reuters uma fonte anônima do governo brasileiro. Tendo em conta que a população cubana ainda consistirá em mão de obra barata para as empresas ali instaladas, fica completo o potencial comercial de Mariel.

Mão de obra barata? Será que o PT alinhou essa jogada com os sindicatos aparelhados pelo partido? Mas muito provavelmente os líderes sindicalistas (muito mais espertos que seus filiados) não têm com que se preocupar, pois as propostas dizendo que “estamos investindo em um lugar muito próspero de negócios, mas basta que o embargo acabe” não passam de miragem. Até por que a ideia de que o “embargo prejudica tudo” não passa de um mito, já que Cuba pode negociar com o mundo todo (menos os Estados Unidos).

Em síntese, se Cuba é “um mar de oportunidades”, não deveria depender do fim de um embargo para que seja efetivamente explorado. Motivo: enquanto o mercado com os EUA não está aberto, pode-se explorar… o resto do mundo. Então, gente da extrema-esquerda, vamos parar com essa desculpinha esfarrapada de “embargo” que isso não cola mais, ok?

Há ainda um quarto ponto. Ao transformar Cuba em parceira importante, o Brasil amplia sua área de influência nas Américas em um ponto no qual os Estados Unidos não têm entrada. A administração Barack Obama é favorável ao fim do embargo, como deixou claro o presidente dos EUA em novembro passado, quando pediu uma “atualização” no relacionamento com Cuba. Ocorre que a Casa Branca não tem como derrubar o embargo atualmente diante da intensa pressão exercida no Congresso pela bancada latina, em sua maioria linha-dura. No vácuo dos EUA, cresce a influência brasileira.

Uma coisa que os norte-americanos possuem é, ao menos, um conjunto de valores. O embargo sobre Cuba existe por que os castristas se apropriaram de empresas e propriedades de norte-americanos. Isto é, Cuba é um governo ladrão. Negociar com ladrão é o mesmo que negociar com terrorista. Por isso existe a pressão pública contra o fim do embargo a Cuba.

Claro que Barack Obama adoraria retirar o embargo, mas, como os Estados Unidos são um país que respeita um conjunto básico de valores, não vão deixá-lo fazer isso. Aliás, ele próprio sabe disso, tanto que só se expressou contra o embargo lá na metade de seu segundo mandato. E enquanto isso, os cubanistas seguem esperançosos… É de dar dó.

Como se nota, as tais “oportunidades de negócio” são todas ridículas e descabidas, apelando à incapacidade de raciocínio de militantes que ainda acreditam nessa conversa. Não existe apresentação de “oportunidade de negócio” com um discurso tão vago.

Grande parte das críticas ao relacionamento entre Brasília e Cuba ataca o governo brasileiro por se relacionar com uma ditadura que não respeita direitos humanos. Tal crítica tem menos análise de política externa do que ranço ideológico, como prova o silêncio quando em destaque estão as relações comerciais do Brasil com a China, por exemplo. Não há, infelizmente, notícia de um Estado que paute suas relações exteriores pela questão de direitos humanos. Se a regra fosse essa, possivelmente o mundo não seria a lástima que é.

Que lógica tocante essa acima, não? Vejamos essa “ética”: “a partir de um momento em que encontramos alguma falha em alguém, versões extrapoladas e ilimitadas de nossas falhas estão justificadas”. Não passa do jogo da ausência deliberada do senso de proporções, que é usado pela extrema-esquerda para justificar barbáries. O que eles querem dizer é que enquanto não houver perfeição ética no mundo, a psicopatia pode ser considerado um padrão comportamental aceitável.
Hoje em dia, Cuba simplesmente é a antítese do que significam os direitos humanos, mas, na ótica deles, enquanto não houver perfeição na prática dos direitos humanos, então qualquer barbarismo está justificado.
Vamos fechar a conta:
  • O governo brasileiro envia dinheiro para Cuba “a perder de vista” através de uma “oportunidade de negócio” muito suspeita.
  • A Odebrecht entra no negócio, mas somente por que recebeu grana do BNDES, pois a tal “oportunidade de negócio” jamais existiu.
  • Todas as promessas do blog governista (de que o “negócio vai trazer retorno”) não passam de contos do vigário, que, no mercado, não passam de piada.
  • Claro que o negócio é bom, mas somente para os líderes castristas, os líderes governistas do Brasil e o dono da Odebrecht.
  • Melhor seria que o governo brasileiro investisse essa grana em saúde e segurança.
  • Ao contrário, o dinheiro será usado para financiar uma ditadura que (por receber dinheiro fácil do Brasil) fica cada vez mais desobrigada a se abrir para o mundo real.
  • Para piorar, tudo isso financia uma verdadeira chaga contra os direitos humanos, e não há açúcar que adoce essa situação. 
É claro que o governo brasileiro afronta sua população com esse envio de verba para Cuba, que serve tanto como uma ofensa à inteligência como à dignidade do nosso povo. Pergunta: até quando vamos tolerar isso?

Relembremos a introdução do filme Scarface (escrito, acreditem se quiser, por Oliver Stone), no qual vemos um pouco do lugar para onde está indo verba pública brasileira:

http://www.youtube.com/watch?v=fiPZd0rNth4&feature=player_embedded

31 de janeiro de 2014 

Luciano Ayan
 

EVASÃO ESCOLAR

           
          Artigos - Cultura 
Ao analisar a sociedade brasileira, é fácil perceber que o brasileiro típico, hoje, busca vencer na vida a qualquer custo, ganhar dinheiro. O resto não interessa. Educação, conhecimento, verdade, tudo isso não passa de instrumento para se dar bem.

A Igreja Católica hoje comemora a festa de Dom Bosco, educador. O seu sistema de ensino, como todos os sistemas pedagógicos cristãos, baseia-se na frase de Cristo “conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará”. É duro dizer isto, mas, na educação brasileira, há muito pouca gente querendo conhecer a verdade.

Um estudo do BID aponta o desinteresse dos jovens como a causa da alta evasão escolar brasileira. Segundo o banco, isto sugere “uma possível deficiência na qualidade da educação e na grade curricular para os jovens”. O fenômeno não pode ser analisado isoladamente, já que faz de toda uma mentalidade do povo brasileiro.

O sistema escolar brasileiro está, há décadas, infestado pelo marxismo (ou comunismo, socialismo, fascismo, escolha o nome da sua preferência, é tudo essencialmente igual). O problema é que, para Marx, não existe este negócio de “verdade”. O fundamento do marxismo é a negação da existência do absoluto. Desta forma, o ensino marxista não busca a realidade, a verdade das coisas; busca o aparelhamento ideológico.

Por outro lado, Nosso Senhor Jesus Cristo disse “Seja o seu sim, sim; não, não”. Marxismo e cristianismo opõem-se; um nega a verdade, o outro a busca. Os jovens brasileiros percebem, então, que irão à escola não para ouvir verdades, mas mentiras. Irão a um tipo de aula-trote. Por isso, fogem da sala de aula como o diabo da cruz.

Ao analisar a sociedade brasileira, é fácil perceber que o brasileiro típico, hoje, busca vencer na vida a qualquer custo, ganhar dinheiro. O resto não interessa. Educação, conhecimento, verdade, tudo isso não passa de instrumento para se dar bem. Quem vê a possibilidade de pegar o canudo para subir na vida,
persiste; quem não vê, desiste. Mas todos seguem a “lei de Gérson”, o culto à esperteza.

Olavo de Carvalho define inteligência como a capacidade de apreender a verdade. A esperteza, digo eu, pode ser definida como a capacidade de deixar os outros para trás, passar-lhes a perna. Aquela é dom divino; esta, influência maligna. Uma busca o bem comum acima de tudo, acima até do interesse pessoal; a outra, busca o interesse pessoal acima de tudo – é a lei do cão, o vale-tudo, a lei da selva. A rasteira e a facada nas costas se tornaram o pão nosso de cada dia.

O ponto de inflexão no comportamento do brasileiro ocorreu na década de 1960, época repleta de barbaridades. O concílio Vaticano II foi pautado pelo maldito pacto de Metz. A terceira parte do segredo de Fátima devia ter sido revelada por volta de 1960, a pedido da Virgem. Não foi. Maria, em 13 de julho de 1917 havia comprado a briga com o comunismo (“A Rússia irá espalhar os seus erros pelo mundo”); ela previra o infame acordo entre bispos católicos e o Kremlin. Antevira também o nascimento da Teologia da Libertação, concebida por Khrushchev em 1959. No Brasil, o golpe militar tirou momentaneamente os comunistas de cena, para, no passo imediatamente posterior, entregar-lhes as universidades e a mídia de massa.

Em 1968, Marcuse insuflava a juventude em Paris. Mas, acima de todas estas porcarias, chegava às mãos das mulheres a pílula anticoncepcional. Com este novo fruto da árvore da ciência do bem e do mal, o demônio seduziu a Eva moderna. Se é para escolher um marco, um símbolo, um acontecimento do nosso tempo de dificuldades, eu elejo a pílula. Ela atingiu a mais forte das paixões humanas, a paixão sexual.

Face a ataques tão violentos, a civilização ocidental bambeou. O nosso país sofreu mais do que os outros, por diversos motivos. A frase evangélica “Conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará” define exatamente o oposto do que quer o brasileiro típico de hoje. Não quer saber nem da verdade nem da liberdade dela advinda; muito menos, quer saber do Autor da frase.

Se o BID está realmente interessado na educação brasileira, de nada adianta alocar recursos em melhorias salariais, prédios ou instrumentos pedagógicos. É uma estratégia contraproducente. O correto é prestigiar quem está realmente interessado em ensinar a juventude e tem capacidade para fazê-lo.
Olavo de Carvalho, por exemplo.
 
31 de janeiro de 2014
Ricardo Hashimoto é engenheiro e coach.

CARTA ABERTA A PATRICIA MORA CASTELLANOS, PRESIDENTE DA FRENTE AMPLA DA COSTA RICA

           
          Notícias Faltantes - Foro de São Paulo 
Os assassinatos aumentaram 444% na Venezuela durante os 15 anos de chavismo.
Hugo Chávez destruiu o aparato produtivo do país e pôs a Venezuela para importar mais de 70% dos produtos que consome. Ele e seus cúmplices acabaram com nossa empresa petroleira.
 
22 de janeiro de 2014
Dona Patricia Mora Castellanos
Presidente da Frente Ampla

Presente,

Permito-me dirigir-me à senhora no momento de haver lido um artigo que chegou em minhas mãos graças a estas mídias novas chamadas redes sociais. O artigo em questão se intitula Chávez morreu invicto
Antes de lhe dar minha opinião de seu escrito, sabendo que não me pediu, mas entendendo que sua campanha eleitoral se baseia na pluralidade democrática e realça os atributos intelectuais da mulher e sua participação na vida pública de suas Nações, queria me apresentar como sou.
Uma venezuelana com profundas raízes na Venezuela, centenas de anos de tradição familiar nesse solo que me viu nascer e ao qual amo profundamente. Além disso e para rematar minhas bênçãos, tive a sorte de viver cinco maravilhosos anos em seu país, Costa Rica. Levo a Venezuela e a Costa Rica muito cravados em minha alma, e talvez isso seja o que me motiva a lhe escrever hoje.

Ao começar a lê-la, me deparei com uma frase dilacerante que diz: “Ante algumas mortes, a pessoa não pode deixar de maldizer a traição, a má jogada com que o corpo pode nos surpreender”. E estou totalmente de acordo com a senhora, a morte é dolorosa para os que ficam vivos, para os que ficam chorando o morto.
Em meu país, por exemplo, entre um sistema judicial corrupto com mais de 80 por cento dos juízes nomeados a dedo, um sistema policial podre que abusa de seu poder e um tráfico de influências atroz, a impunidade alcança um grotesco 97 por cento no dia de hoje.

Quando Hugo Chávez chegou ao poder, se manejavam no país cifras de 4.550 homicídios ao ano, cifra que já era preocupante nesse momento. Em 2013, fechou-se o ano com a assombrosa cifra de 24.763 pessoas mortas, mas não de enfermidades tratáveis, não por maus passos do corpo humano, não em clínicas dispostas para seus cuidados.
Essas são mortes violentas, nas mãos de uma bandidagem desenfreada que assalta com armas longas os desafortunados que cruzam o caminho dos delinqüentes (cifras não oficiais, óbvio). Os assassinatos aumentaram 444% na Venezuela durante os 15 anos de chavismo.
Dizer que no necrotério de Caracas entraram em um fim de semana 100 corpos, já não surpreende a ninguém.
Também estou muito de acordo com a senhora quando diz que a partir de agora devemos falar de uma Venezuela e um continente anterior e posterior a Chávez.

Hugo Chávez Frías semeou o ódio de classes em uma população que, mesmo com diferenças, se tolerava e se respeitava. Hugo Chávez destruiu o aparato produtivo do país e pôs a Venezuela para importar mais de 70% dos produtos que consome. Ele e seus cúmplices acabaram com nossa empresa petroleira. Puseram a PDVSA, a poderosa PDVSA, para fabricar lavadoras e secadoras, e para importar alimentos que antes produzíamos. Os neófitos que queimaram refinarias, causaram acidentes gravíssimos.

Inventaram-se negócios de importação de alimentos e deixaram deteriorar milhares e milhares de quilos de comida nos portos da Venezuela, pois o verdadeiro negócio “socialista” era tirar dólares do rigoroso controle cambiário que nos tem asfixiados desde há anos, não levar comida ao povo. Pode revisar a palavra PUDREVAL na internet para que entenda as dimensões de semelhante caso de corrupção. E sabe alguma coisa? Não foi ninguém, ninguém sabe nada...

A Venezuela mudou, Dona Patricia, é certo, porque agora há que se resguardar em sua casa de dia para que não o matem por um par de sapatos ou um celular. Se se vai ao cinema, entram na sala e roubam todo mundo. Se se vai a um restaurante entram, roubam, comem, limpam-se com um guardanapo e vão embora. Para fazer supermercado, deve-se percorrer a quatro ou cinco locais para poder se abastecer.
Limitam a venda dos alimentos pela galopante escassez. E assim vai tudo, como dizemos em meu país, “ladeira abaixo”. A senhora sabia que os presos têm discotecas dentro das penitenciárias, levantadas e financiadas pela flamejante ministra do Poder Popular para o Sistema Penitenciário?
Eles mandam dentro e fora das penitenciárias sob a cumplicidade covarde e silente do governo... melhor parar de contar, Dona Patricia. Essa é a Venezuela que Hugo Chávez deixou. A senhora sabe quanto se designa do orçamento nacional à segurança cidadã? Um por cento, repito, 1 por cento.

Agora o continente é outra história, esse ficou transbordante, pletórico, cheio de dólares que compram consciências, que financiam socialismos e comunismos que ninguém entende, anacrônicos e vergonhosos, vale dizer, o Socialismo do Século XXI.
Esse invento nefasto que surgiu em uma prisão venezuelana, quando nosso presidente Hugo Chávez foi convicto e confesso parar num calabouço, por ter atentado contra nossa Constituição Nacional naquele oprobrioso golpe de Estado. Ninguém do chavismo sabe ainda, depois de 15 anos, explicar seus fundamentos filosóficos e deve ser porque não tem senso comum.

Mujica, os Castro, a dona argentina, Correa, Evo, dona Dilma, os chineses, os bielo-russos e todos os que desfrutaram das benesses do chavismo traduzidos em dólares, petróleo, lingotes de ouro e contratos de lesa-pátria em detrimento nosso, pois esses senhores estão felizes, divinamente bem. Se é definitivo, há que falar de um antes e um depois de Chávez. Antes de Chávez os cubanos tentaram nos invadir por Machurucuto, agora, depois de Chávez, somos colônia cubana. Que triste!

Quem diz que isto não é certo se nosso comandante cuspiu na oligarquia? A oligarquia para Chávez, era tudo o que não lhe agradasse. Porém, resultou que os mais oligarcas foram eles. O capitalismo está mais presente do que nunca em meu país, são milionários os militares que fazem vista grossa ante a injustiça. Assim os juízes, os assembleístas e todo aquele que ocupe um posto de importância para a permanência do chavismo no poder. A derrama de dinheiro e de luxos é asquerosa, simplesmente asquerosa.

Ele não acabou com o capitalismo, a única coisa que ele fez foi trocar de mãos. A boliburguesia (N.doE.: neologisimo para “burguesia bolivariana”) venezuelana não pôde nem pode ocultar suas grandes fortunas.
O que lhe conto, Dona Patricia, é que as filhas de Chávez decidiram de forma autoritária ficar vivendo para sempre na casa Presidencial. É delas, pois, como a propriedade privada já não vale nada na Venezuela. É algo assim como se fosse uma herança, como se a Venezuela fosse uma monarquia e elas fossem, neste caso, as meia-irmãs da Cinderela, herdeiras forçadas do trono. Aviões privados, viagens, luxos, excessos socialistas, claro. Porque o socialismo sempre funciona, quando com dinheiro alheio.

A DEMOCRACIA, Dona Patricia, é o livre concurso de idéias. A democracia é o sistema que lhe permite comparar essas idéias, analisá-las e chegar a uma verdade. Em um país onde se fecham mais de 69 emissoras de rádio e um canal de televisão, em um país onde os jornalistas são ameaçados de morte, onde não os deixam entrar em eventos noticiosos do governo, um país onde seqüestram os filhos dos donos de jornais, não há democracia, no máximo uma palhaçada do que restou dela.

Um país onde o Estado utiliza os recursos de todos os cidadãos para fazer campanha política, controla o poder eleitoral, o judicial e os militares, não é democrático.

Chávez nacionalizou empresas, não; Chávez expropriou empresas que deixou morrer no abandono e afetou não só a produtividade dessas empresas e os trabalhos dos que trabalham lá, afetou a qualidade de vida de todos os venezuelanos. 

Maduro volta a desvalorizar minha triste moeda, seis desvalorizações chavistas, uma tampinha de refresco vale mais que um bolívar. Isso Dona, não é revolução. Isso é saque a uma Nação.

A senhora continue fazendo política, respeito que tenha ideais e que lute por eles. Veremos... Eu, de coração, espero que não chegue o dia em que a Costa Rica se veja atolada nesse esterco que é a Venezuela.
Hugo Chávez, Maduro e todos os seus sequazes passarão à história de nosso país como uns tristes palhaços que prometeram acabar com a pobreza e o que fizeram foi fazer-nos infinitamente mais pobres, não só do bolso, senão mais triste ainda, da alma.
Sorte em sua contenda.
 
31 de janeiro de 2014
Ucrania Brandt
Tradução: Graça Salgueiro