"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

SOCORRO!!! PAPAI VIROU PESTISTA!

O MILAGRE DA EDUCAÇÃO

O pai chega em casa vestido numa novíssima camisa do PT. Entra no quarto do filho e beija o retrato de Che Guevara na parede.
O rapaz espantado pergunta?
- Que é isso paí? Ficou maluco? Logo você que é o maior "coxinha", "reaça" de primeira vestindo a camisa do PT?
- Que nada filho! Agora sou petista! Conversamos tanto sobre o Partido que você me convenceu! PT! PT! VIVA O PT! - grita o velho.
O rapaz, membro do DCE da universidade onde já faz um curso de quatro anos há oito anos e fiel colaborador da JPT não se aguenta de tanta alegria!
- Senta aí companheiro! Vamos conversar! O que foi que te levou a essa decisão?
O pai senta-se ao lado do filho e explica:
- Pois é... cansei de discutir contigo e passei a achar que você tem razão. Por falar nisso, lembra do Luís, aquele que te pediu dois mil reais da tua poupança emprestado para dar entrada numa moto?
- O que tem ele? Pergunta o filho...
- Pois é.. Liguei pra casa dele e perdoei a dívida. E fiz mais! Falei que ele não precisa se preocupar com as prestações, pois vou usar oitenta por cento da sua mesada para pagar o financiamento!
- Pai!!!!! Você ficou louco? Pirou?
- Filho, lembre-se que agora nós somos petistas" Perdoar dívidas e financiar o que não é nosso com o que não é nosso é a nossa especialidade! Temos que dar o exemplo! E tem mais! Agora 49% do seu carro eu passei para sua irmã. Vendi pra ela quase a metade do seu carro! Dessa forma você continua majoritário mas só podendo usá-lo em 51% do tempo!
- Mas o carro é meu, papai! Não podia fazer isso! Não pode vender o que é seu!
- Podia sim! Nossa Presidenta fez isso com a Petrobrás e você foi o primeiro a apoiar! Só estamos seguindo o caminho dela!
O garoto, incrédulo e desolado entra em desespero, mas o pai continua:
- Outra coisa! Doei seu computador, seu notebook e seu tablet para os carentes lá do morro. Agora eles vão poder se conectar!
- Pai! Que sacanagem é essa?
- Não é sacanagem não, filho! Nós petistas defendemos a doação do que não é nosso, lembra? Doamos aviões, helicópteros, tanques... O que é um computador, um tablet e um note diante disso?
Prestes a entrar em colapso, o garoto recebe a última notícia:
- Filho, lembra daquele assaltante que te ameaçou de morte, te espancou e roubou teu celular? Vou agora mesmo retirar a queixa e depois para a porta da penitenciária exigir a soltura dele, dizendo que ele é inocente!
- Pai... pelo amor de Deus... Você não pode fazer isso... O cara é perigoso!
- Perigoso nada! É direitos Humanos que nós pregamos, filho! Somos petistas com muito orgulho!
- Mas o cara me espancou! Me roubou, pai!
- Alto lá! Não há provas disso! Isso é estado de exceção! O rapaz é inocente! Nós fizemos a mesma coisa com os companheiros acusados no mensalão!
- Mas ele estava armado quando a polícia chegou!
- E daí????? Ele estava armado mas quem prova que a arma era dele? A revista Veja? Isso é coisa de reaça, filho!
- Papai, você ficou doido!
E o pai finaliza:
- Fiquei doido, ô seu filho da puta? Na hora de defender bandido que roubou uma nação você é petista, mas se roubarem você, deixa de ser. Na hora de doar, perdoar dívidas e fazer financiamentos com o que é dos outros, você é petista. Mas se fizer o mesmo com você, deixa de ser. Na hora de dilapidar o patrimônio nacional, vendendo o que é mais precioso e não pertence ao PT e sim ao povo, você é petista, mas se vender metade do que é seu, você deixa de ser!
Dito isso, tirou o cinto de couro grosso e mandou a cinturada no moleque!
- TO-MA IS-SO SEU FI-LHO DA PU-TA CRE-TI-NO PRA APRENDER A SER HOMEM E ASSUMIR SUAS IDÉIAS! VAGABUNDO ORDINÁRIO! SALAFRÁRIO! PEGA AS SUAS COISAS E SUMA DAQUI!
- Vou pra onde, papai? Perguntou chorando...
- FODA-SE! Agora você é um dos sem-teto que você defende, seu moleque cagão! E vai se consultar com médico cubano, porque eu cancelei teu plano de saúde!
Dois dias depois o moleque bateu na porta curado. Não era mais petista e não havia mais DCE ou JPT. E nem chamava o pai de "reaça".
O milagre da educação aconteceu. O mal do petista é falta de cinturada no lombo!

(por Marcelo Rates Quaranta)
 
15 de janeiro de 2015
colaboração de Marcelo Carange, por email

À TRIPA-FORRA

 




É inegável que os inúmeros arquivos de imagens, sobretudo o gigantesco acervo das televisões, tornaram a memória humana totalmente obsoleta. A garotada não se interessa mais por recordações – só quer replays (Millôr Fernandes)
 
Lá vinha a carrocinha amarela. No gelo seco, como é que fumaça podia ser gelada?, ja-jás, ka-lus, ton-bons, chicabons. Em cima, ao alcance do olho e, principalmente, do bolso, caixas de pirulitos “com vitamina C” e kibambas. Às vezes, as moedinhas acumuladas a duras penas davam para matar o desejo.
A glória de rasgar a embalagem daqueles chocolatinhos era bissexta. Vida dura. A regra era a escassez, olho arregalado e aflito, sonho de, adulto, empurrar a fábrica ambulante que aguçava sentidos e se empanturrar com os frutos proibidos, cor de cacau. Um dia, quem sabe ?
 
E o dia chegou. Não mais com as carrocinhas, mas nas prateleiras dos supermercados. Ah, barras inteiras ao alcance da gula reprimida. Foi aí que experimentou um velho dilema existencial: acesso fácil e irrestrito pode conviver com a fantasia, o desejo, o mistério, a criação, a volúpia do desconhecido ? Pensava nisso quando li um artigo de David Shariatmadari, no jornal inglês The Guardian. David observa que jamais a humanidade esteve tão equipada para se registrar em imagens. Estima-se que serão tiradas, em 2014, cerca de 1 trilhão de fotos em todo o mundo. Mais ou menos 33 mil imagens por segundo.
 
Quando é que Louis Daguerre poderia imaginar esta avalanche há 175 anos, época em que apareceram as primeiras fotos (daguerreótipos, em homenagem a seu inventor) ? Houve a impressão, naqueles tempos pioneiros, de que a máquina recém desenvolvida seria um olho humano com superpoderes, capaz de armazenar memórias. Como diria o Cony, ledo e ivo engano. Hoje, há fortes evidências de que tirar fotografias ao invés de mergulhar fundo numa experiência pode prejudicar a formação de memórias.
 
Memórias são matéria plástica. Uma equipe de pesquisadores da Universidade da Califórnia mostrou que é possível implantar memórias falsas mesmo em gente com capacidade excepcional de lembrar. Quantas vezes não somos flagrados afirmando categoricamente que “vimos” alguma coisa que jamais aconteceu ? Dia desses, revi o filme Roma, cidade aberta, um clássico do neorrealismo italiano. No meio da história, garanti para mim mesmo, ancorado numa lembrança peremptória:
“O padre vai amaldiçoar os nazistas quando enfrentar o pelotão de fuzilamento”. Surpresa: não foi bem assim. Na prisão, o padre vê seu amigo comunista, com quem lutava na resistência contra o nazifascismo, torturado e morto. É nesse momento, e não quando vai ser fuzilado, que amaldiçoa os algozes. Até tu, Brutus, digo, memória?
 
ROTINAS E BANALIDADES
 
O dilúvio de imagens não para de gerar filhotes. A facilidade e o baixo custo para tirar fotos cria uma espécie de imperativo neurótico: registrar tudo e, se possível e com enorme frequência, compartilhar rotinas e banalidades. Que valor podem ter os selfies?
De que servem sorrisos Kolynos congelados e obrigatórios, quando a vida é maleável, cheia de irebires como diriam os lusitanos, nada a ver com essas pândegas ilusórias com dentinas imaculadas? Shariatmadari observa, com propriedade, que as gerações antigas tinham percebido com mais inteligência a falsa sensação de segurança trazida por imagens. Retratos pintados a óleo vinham, não raro, adornados por um crânio, a lembrar que a morte é inevitável. E a Magrinha não é sorridente.
 
O excesso cobra seu preço. Guardam-se pen drives, hard drives e nuvens abarrotados de fotos rigorosamente iguais, sem qualquer significado ou expressão. Clones de si mesmas. Como no moon walk, andamos para trás. Leio que, depois dos books de adolescentes, grávidas e bebês, chegou a vez de álbuns profissionais para recém-nascidos com até 25 dias (!).
Como todo modismo de classe média, que precisa ocupar o tempo para mascarar sua mediocridade, esse também tem a sua “lógica”. Muito bem desenhada por uma das clientes do serviço: “É um trabalho artístico, mostra a pureza da criança”.
Os pais das antigas, sem parafernália tecnológica, eram bem mais seletivos nestes registros. Viviam a experiência, sem se preocupar com “purezas” (de resto, como Freud já o demonstrou, inexistentes). Acreditar que fotos podem captar estados de espírito num recém-nascido é o mesmo que acreditar que comer o coração de um guerreiro transfere a bravura para o comilão.
 
Tenho uma prima que confessou: não consegue abrir a caixa de fotografias que sua mãe deixou. Teme despertar emoções que ela prefere manter sepultadas. São, seguramente, imagens em preto e branco, com qualidade muito inferior à que se consegue com câmeras modernas. No entanto, desconfio que não são descartáveis. Contam histórias. Coçam a imaginação.
Quantos instagrams podem dizer o mesmo ? Fotos não datadas de um avô, tiradas em Buenos Aires, escondem segredos que convidam à fantasia. Claro que há material excelente que não foi tirado em Rolleiflex, que vale para a história dos povos e para o afeto. Não sou ludita. O que incomoda é a enxurrada, gordura que não produz energia, apenas obesidade.
 
Com minha psicologia de boteco, intuo que muita gente clica sem parar na tentativa inconsciente e vã de congelar o tempo. Uma ilusão compreensível. Está aí o retrato de Dorian Gray para provar que esta é uma corrida que se perde no exato momento da largada.
 
(artigo enviado por Mário Assis)
 
15 de janeiro de 2014
Jacques Gruman

O GOVERNO É UM FINGIDOR

 

carlos_brickmann_13Dilma já pensa na reforma do Ministério. Os novos ministros serão escolhidos para aumentar eficiência do Governo, reduzir custos, trazer novas ideias? Imagine! Dilma quer aumentar seu tempo de TV, tirar o tempo dos adversários, trazer mais partidos para apoiá-la. Competência? Imagine! Quem tem Gleisi, Mantega e Gastão Vieira no Ministério não está preocupada com este pequeno detalhe.

Alckmin já pensa na reforma do Secretariado. Os novos secretários serão escolhidos para aumentar a eficiência do Governo, reduzir custos, trazer novas ideias? Imagine! Quer aumentar seu tempo de TV, tirar o tempo dos adversários, trazer mais partidos para apoiá-lo. Competência? Imagine! José Aníbal, que queria que as empresas jamais desligassem os geradores, continua no cargo.

Nomes novos? Dilma pensa em Josué Gomes da Silva, empresário de prestígio (Coteminas, vice-presidência da Fiesp). Para levar ao Governo sua experiência administrativa? Imagine! Para mostrar aos empresários que não é hostil a eles (portanto, podem apoiá-la, podem contribuir para a campanha, podem conversar). Alckmin acena com a vice para o PSB.

Para mostrar uma oscilação à esquerda, sinalizar uma possível aliança no segundo turno com Eduardo Campos? Imagine! Para ganhar o tempo de TV dos socialistas e, evitando que lancem candidato, facilitar sua reeleição no primeiro turno. Até Walter Feldman, a quem detesta, aceitaria como vice.

E o eleitor? Não esqueça de Justo Veríssimo, o imortal personagem político criado por Chico Anysio: quem é esse tal de eleitor?
Finge tão completamente
Gleisi Hoffmann – que gestora! Seu principal assessor, Eduardo Gaievsky, apontado como coordenador de sua campanha ao Governo do Paraná, está preso, respondendo a 38 acusações de estupro, coação de menores, favorecimento à prostituição e uso de cargos públicos para obter benefícios pessoais. Gleisi, claro, não sabia de nada; e só sai porque é candidata.

Ideli Salvatti foi ministra da Pesca, não aconteceu nada; virou ministra das Relações Institucionais, e chegaram a pedir que fosse substituída pelo gentil e habilidoso Aloízio Mercadante. Foi derrotada dentro do PT, e sua candidatura ao Senado foi arquivada. Como não tem para onde ir, fica no Governo – talvez em outro cargo, se conseguirem encontrar algum ainda menos importante.

Guido Mantega, às vésperas do Fórum Econômico Mundial, onde deve conversar sobre economia brasileira com líderes internacionais, tirou férias, que ninguém é de ferro. Mantega, é evidente, fica.
Que se diz trabalhador
Alckmin tem três secretários, Édson Aparecido, Rodrigo Garcia e José Aníbal, contra os quais houve denúncias de tolerância com o cartel do metrô e dos trens metropolitanos. Na época de Itamar Franco, seu maior amigo, Henrique Hargreaves, sofreu acusações muito menos graves. Hargreaves deixou o Governo para que não houvesse dúvida sobre as investigações.
Comprovada sua inocência, voltou ao cargo. Por isso, muita gente fala mal de Itamar, mas ninguém jamais questionou sua honradez. Já os secretários acusados, se deixarem os cargos, será para disputar eleições. É claro que não poderiam esperar o resultado das investigações estaduais.
Ninguém é eterno. E a base de apoio de Alckmin não permite sequer a instalação de uma CPI para examinar o uso do dinheiro público.
Mas só quer ferrar a gente
Eta, aproveitamento mais mambembe dos clássicos versos de Fernando Pessoa! Mas que é que não seja mambembe se pode dizer dos governantes brasileiros? Mais uma vez os pagamentos do INSS foram reajustados abaixo da inflação – 5,56%, contra inflação oficial de 5,91%.
A perda dos aposentados é de 0,35%. Pouca coisa? Então, por que o reajuste não foi pouca coisa maior, de 6,26%?
As desculpas oficiais só valem quando é para arder no lombo do cidadão?
Pedrinhas no caminho
Um grupo de senadores visitou o presídio de Pedrinhas, em São Luís, notável pelos massacres e decapitações e pela ausência absoluta de ação do Governo maranhense. Está certo: era essencial mostrar que o Congresso está preocupado com a conquista e anexação, por bandidos, de parte do território nacional. Esteve lá também o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo – aquele que disse que o sistema presidiário brasileiro é medieval, como se seu partido não tivesse nada com isso, depois de doze anos no poder.
Pena que nenhuma das Excelências tenha conseguido tempo para visitar a família da menina de seis anos que morreu depois que bandidos lhe atearam fogo. Esquecimento, certamente.
Sejamos justos
É muita maldade culpar o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, pela tragédia dos presídios do Maranhão.
Ele não fez nada!
A desculpa se repete
A explicação da Sabesp, estatal paulista de águas e esgotos, sobre a multa que lhe foi imposta pela falta dágua no Guarujá, não passa pelo teste de desculpa requentada. Há dez anos, a Sabesp já punha a culpa pelas falhas da estação de tratamento de esgotos de São Sebastião nas “oscilações da rede elétrica”. A Bandeirantes Energia negava, a Sabesp reafirmava.
Continua reafirmando até hoje.
15 de janeiro de 2014
Carlos Brickmann é jornalista e consultor de comunicação.

ÓLEO DE PEROBA

Roseana deveria poupar o Maranhão de um processo de impeachment e renunciar ao cargo de governadora

roseana_sarney_28Dona de incompetência comprovada inúmeras vezes, Roseana Sarney deveria antecipar-se ao pedido de impeachment protocolado por advogados e renunciar ao mandato de governadora, poupando de mais um desgaste o estado que sua “famiglia” transformou na mais miserável unidade da federação. Vilipendiados em todos os seus direitos, os maranhenses não merecem continuar na condição de reféns de um grupo político que governa a partir dos próprios interesses.

A onda de violência que tomou conta dos presídios do Maranhão, em especial o Complexo Penitenciário de Pedrinhas, é algo sem precedentes, situação que traz a lume a forma estabanada como o estado é governado pelo clã liderado por José Sarney, o caudilho que instalou na terra do arroz de cuxá a versão verde-amarela do regime excludente do Apartheid.

Quem conhece minimamente o Maranhão sabe que o prazo de sessenta dias concedido pela Justiça para que Roseana Sarney e seus incompetentes assessores reformem e construam presídios no estado, como forma de atender à demanda crescente no sistema prisional, é mera formalidade, pois a governadora não fará em escassos dois meses aquilo que não conseguiu realizar em três anos.

A sociedade brasileira adotou o péssimo hábito de se acostumar com os desmandos dos governantes, sem que os mesmos sejam cobrados de maneira firme e intransigente. A carga tributária imposta aos contribuintes é criminosa, mas o Estado, como um todo, nem de longe dá a devida contrapartida.

No Brasil estabeleceu-se que os transgressores da lei devem ser não apenas punidos pela Justiça, mas sofrer agruras ao longo do cumprimento das penas. Situação que nem de longe consegue recuperar um condenado à privação da liberdade. Roseana Sarney sempre soube das péssimas condições dos presídios maranhenses, mas agora posa de indignada, como se a população desconhecesse o descaramento dos políticos dessa louca Terra de Macunaíma.

Em um país minimamente sério, com autoridades responsáveis e cumpridoras da lei, Roseana já estaria fora do governo e presa por violação dos direitos humanos. Isso só não acontece porque o Maranhão foi transformado em um feudo liderado pela “famiglia” da Praia do Calhau, o que faz com que toda a máquina estatal, não importando o Poder, esteja dominada por capatazes do senador José Sarney e seu grupo.

O mais bisonho nesse trágico enredo é que a ministra da Secretaria dos Direitos Humanos, Maria do Rosário Nunes, quem sempre está a postos para criticar qualquer violação cometida por seus adversários políticos, até agora se limitou a dizer que a governadora do Maranhão precisa resolver o problema. Um comportamento duvidoso para quem é adepta da gazeta. Enfim, assim caminha o Brasil, um país onde o “faz de conta”.

METENDO A MÃO NO VESPEIRO

Papa faz faxina em comissão do Banco do Vaticano e pode ser alvo de reações

papa_francisco_24O argentino Jorge Mario Bergoglio, o papa Francisco, decidiu fazer uma faxina completa no Istituto per le Opere di Religione (IOR), também conhecido no mundo da lavagem do dinheiro como Banco do Vaticano. Nesta quarta-feira (15), o papa substituiu toda a comissão de cardeais encarregada de supervisionar a controvertida instituição financeira, que durante décadas a fio abrigou operações nada ortodoxas de criminosos do colarinho branco de várias partes do planeta, começando por alguns mafiosos conhecidos dentro e fora da Itália.

A decisão foi anunciada pela Santa Sé poucos dias antes de ser divulgado um relatório com as reformas que serão aplicadas na entidade, envolvida por anos em escândalos dos mais variados, sendo que a maior incidência é o branqueamento de capitais de origem suspeita.
Na assepsia que o papa Francisco realizou no IOR, apenas o cardeal Jean-Louis Tauran continuará integrando a comissão, da qual foram ejetados o italiano Tarcisio Bertone, ex-secretário de Estado do Vaticano e braço direito de Bento XVI, duramente criticado por sua gestão à frente da Cúria Romana. Também foram alvo da degola o italiano Domenico Calcagno, o brasileiro Odilo Scherer e o indiano Telesphore Toppo.

Francisco decidiu destituir a comissão antes da conclusão de seu mandato. Ela havia sido nomeada por Bento XVI pouco antes de o agora Papa Emérito apresentar sua renúncia, em fevereiro de 2013. Foram nomeados para integrar a comissão do IORm, com mandato de cinco anos: o atual Secretário de Estado, o italiano Pietro Parolin; o cardeal austríaco Christoph Schönborn, um dos mais respeitados religiosos da Europa; o canadense Thomas Christopher Collins; e o espanhol Santos Abril y Castelló.

Desde o início do seu pontificado, em março de 2013, Jorge Bergoglio colocou como meta primeira a reforma do Banco do Vaticano, um conhecido antro de corrupção e outros crimes.

Uma investigação do Ministério Público da Itália, em Roma, apontou que por muitas das 19 mil contas do banco, cujos titulares são religiosos e laicos que trabalham no Vaticano, transitou dinheiro de origem duvidosa, muito provavelmente criminosa.

Especialistas em transações financeiras apresentarão relatório, em fevereiro, durante reunião do G8, grupo de oito cardeais que assessoram o papa na reforma do Vaticano e todos os seus penduricalhos espalhados ao redor da Praça São Pedro.
Sentindo na pele a peçonha dos criminosos
albino_luciani_06Quem tentou promover uma assepsia no Banco do Vaticano pagou um preço extremamente alto. O primeiro foi o italiano Albino Luciani, papa João Paulo I, que foi assassinado 33 dias após o início do seu pontificado. A Santa Sé informou que Luciani foi vítima de infarto, mas sua morte decorreu de envenenamento por cianureto, produto letal que foi colocado no chá servido ao pontífice. Clique aqui e entenda como o crime organizado atua por trás dos muros do Vaticano.
karol_wojtyla_02O segundo pontífice a tentar uma faxina no IOR foi o sucessor do papa João Paulo I, o polonês Karol Józef Wojtyła (João Paulo II), que sofreu um atentado na Praça São Pedro. Wojtyla foi atingido por um tiro disparado por Mehmet Ali Agca, membro da máfia turca, que à época operava em conjunto com o governo da então União Soviética e tinha ligações umbilicais com a loja maçônica P2. O popular papa João Paulo II foi aconselhado por assessores, alguns ligados aos criminosos, a desistir de promover uma limpeza no IOR.
bento XVI_19O terceiro a sentir o peso do crime organizado que reina no Banco do Vaticano foi o alemão Joseph Ratzinger, o papa emérito Bento XVI. Sem saber como escapar da pressão exercida pelos criminosos de batina, Ratzinger preferiu renunciar ao papado, decisão que pegou os católicos de todo o mundo de surpresa.
O papa alegou problemas de saúde, mas sabe-se que fora os muitos escândalos de corrupção e outros quetais que o levaram a jogar a toalha, antes que fosse alvejado pelo mar de lama que brota dos subterrâneos da Santa Sé. Muitos detalhes desses crimes vieram a público no caso que ficou conhecido como Vatileaks. Clique e confira a saia justa enfrentada pelo alemão Joseph Ratzinger.
Jorge Mario Bergoglio, o papa Francisco, sabe que alguma reação deve surgir dessa devassa que ele deflagrou no IOR, uma vez que o Vaticano firmou um compromisso com a Justiça italiana com o objetivo de cessar as muitas operações financeiras canhestras que há muito assustam a seara dos negócios internacionais.

Clique e confira matéria sobre os perigos que rondam o papa.

15 de janeiro de 2014
ucho.info

CRISE: COMO A INCOMPETÊNCIA PETISTA CONSEGUIU IMPLODIR A ECONOMIA EM POUCO MAIS DE DEZ ANOS

 

crise_22Pelos ares – No vácuo de um discurso messiânico, porém embusteiro, o Partido dos Trabalhadores, sob o comando de Luiz Inácio da Silva, conseguiu a proeza de arruinar a economia brasileira em pouco mais de dez anos. Uma operação sem precedentes e que contrariou até mesmo as mais fracas teorias econômicas que pululam no planeta.

Após décadas de sacrifício hercúleo e um período de calmaria econômica, o brasileiro volta a conviver com o fantasma da inflação, cada vez mais presente nas prateleiras dos supermercados e nos balcões das empresas prestadoras de serviços. Ressurgiu no cenário nacional a ciranda inflacionária, na qual o empresário aumenta os preços com base na percepção futura sobre a economia. Operação com efeito cascata que simplesmente contamina o mercado, inviabilizando a roda motriz da economia.

Há muito o ucho.info vem alertando para a alta da inflação real, mas as autoridades palacianas preferem nos acusar de torcer contra o Brasil, como se traduzir a realidade do cotidiano fosse um crime de lesa-pátria. Os atuais ocupantes do Palácio do Planalto não toleram críticas e usam armas covardes contra os que chamam a atenção para as mazelas do Estado e seus gestores. A situação é tão preocupante que os consumidores ressuscitaram o velho hábito da compra mensal de supermercado, como forma de fugir do aumento de preços dos alimentos, principalmente.

É fato que a face da inflação que está à mostra é a da alta de preços dos alimentos, mas há no âmago do mais temido fantasma da economia algo muito mais grave. Trata-se do fracasso das políticas econômicas adotadas pelo desgoverno do PT, que de maneira equivocada transformou a elevação do consumo interno em antídoto para a peçonha da crise. Essa é uma medida de curto prazo e que como tal só pode ser utilizada de maneira pontual, mas os petistas preferiram estender “sine die” o seu prazo de validade.

O grande tumor nesse paciente gravemente adoecido está na disparidade absurda entre a elevação dos salários dos trabalhadores e o baixo desempenho da indústria. Ou seja, os reajustes salariais foram muito maiores do que os índices de produtividade da indústria, o que significa que o ganho dos trabalhadores não agregou valor à economia, mas, sim, tornou-se um pesado custo ao setor. Tal situação gera um efeito dominó que acaba contaminando a economia de ponta a ponta, sem que se tenha um remédio para um mal que se alastra com velocidade. E a consequência imediata é o aumento dos preços de produtos e serviços.

A única saída para conter a força e a teimosia da inflação é o aumento das taxas de juro. É exatamente esse ponto que atrai a atenção do Banco Central, que ao final desta quarta-feira (15) deve anunciar nova elevação da taxa básica de juro, a Selic, atualmente fixada em 10% ao ano. A aposta dos especialistas do mercado financeiro é que a primeira reunião do ano do Comitê de Política Monetária (Copom) eleve a Selic para 10,25%, mas há uma corrente de economistas que entende que a alta será de meio ponto percentual.

Como todo medicamento tem um efeito colateral, a alta da Selic impactará negativamente no crescimento da economia, que já há muito caminha cambaleante à beira do precipício. Autoridades do desgoverno da petista Dilma Rousseff sempre encaram nossas críticas com, desdém e repúdio, mas agora é o Banco Mundial quem aponta o indicador na direção do Palácio do Planalto. Divulgado na terça-feira (14), relatório do Banco Mundial eleva, pela primeira vez em três anos, a previsão de crescimento econômico global, ao mesmo tempo em que projeta para o Brasil uma das menores expansões de Produto Interno Bruto (PIB) entre os chamados países em desenvolvimento. De acordo com o documento, o PIB planetário crescerá 3,2% em 2014, enquanto a previsão de crescimento da economia verde-loura ao final deste ano é de 2,4%, aquém da do México (3,4%) e da combalida Argentina (2,8%).

A situação piora sobremaneira quando a análise se dá entre os Brics. No grupo das nações rotuladas como emergentes, o Brasil é o país com menor previsão de expansão do PIB. A China lidera o grupo com 7,7%, seguida por Índia (6,2%), África do Sul e Rússia, ambas com 2,7%. Em 2013, o Banco Mundial acredita que o Brasil tenha registrado crescimento de 2,2%. Índice vergonhoso de um país cujos governantes se especializaram em falácias, sem jamais terem feito as lições de casa.

Para finalizar vale destacar a célebre frase de um conhecido comunista de botequim, “nunca antes na história deste país”. Aliás, o autor da frase saiu de cena desde que sua amante, Rosemary Noronha, a Marquesa de Garanhuns, foi flagrada pela Polícia Federal em atividades nada ortodoxas, porque não dizer que estava em um dos vértices do polígono de corrupção desbaratado na esteira da Operação Porto Seguro, assunto que agora chacoalha a Casa Civil. Enfim…

15 de janeiro de 2014
ucho.info

A VOZ SENSATA VINDA DO POVO

O SILÊNCIO DOS INDECENTES

É na condição de cidadão que redijo esta carta. Parece-me conveniente fazê-lo assim, aberta, para tornar pública a inquietação da maioria dos leitores que já percorreram as exaustivas páginas desse livro. Dirijo-a às autoridades porque são várias as que podem agir neste caso. Não alinharei, aqui, as acusações e denúncias descritas em “Assassinato de reputações“. De um lado porque muito pouco sei sobre o autor e, como simples cidadão, não tenho como averiguar a autenticidade do que dele se diz e do que ele relata. De outro, porque a honra alheia não encontra em mim alguém disposto a assassiná-la. A prudência exige que sobre ela só se emita juízo público negativo após sentença transitada em julgado.
No entanto… milhares estão lendo esse livro. Como eu, se fazem perguntas civicamente inquietantes. Por que persiste, decorrido um mês inteiro de seu lançamento, o perturbador e coletivo silêncio de quantos deveriam agilizar-se para contestá-lo? Por que, mais grave ainda, as próprias instituições tão fortemente atacadas e apontadas como objeto de aparelhamento político-partidário não bradam em sua própria defesa? As denúncias são graves e, se verdadeiras, descortinam a gênesis de um Estado policial e totalitário. Há crimes noticiados no livro. E o de prevaricação não me parece o maior deles.

 
15 de janeiro de 2014

ENQUANTO O PAU COMIA, A CHEFE DO MINISTÉRIO PÚBLICO DO MARANHÃO FLANAVA NA EUROPA

Em plena crise da segurança no Maranhão, a ausência da chefe do Ministério Público do Estado despertou a insatisfação de membros da instituição. De férias na Europa, Regina Almeida Rocha postava fotos em seu perfil no Facebook em Portugal e Espanha, ao lado da família. Reclamando de negligência e prejuízo à imagem do órgão, um grupo de procuradores interveio para cobrar providências.

“Depois de visitar todo o norte de Portugal, estou indo amanhã para Sevilha”, escreveu Regina na rede social, no dia 1º de janeiro. Em uma foto, ela segura sacolas de compras. “Ficamos insatisfeitos com a inércia. O Ministério Público deveria ter agido na linha de frente”, diz a procuradora Themis de Carvalho. Junto com sete colegas, ela pediu a convocação de reunião extraordinária do conselho superior da instituição.

A chefe do Ministério Público, que voltou ao trabalho nesta semana, nega omissão. “Minha substituta tomou as medidas necessárias.” Segundo Regina, estão em curso ações para obrigar o Estado a reformar o complexo de Pedrinhas, abrir vagas no sistema e promover ressocialização dos presos. “Nós trabalhamos muito. Chego às 7h30 e não tenho horário para sair.”

Como é que pode um país progredir se esse tipo de comportamento é padrão em todas as esferas do poder?
 
15 de janeiro de 2014
Da coluna da Mônica Bergamo

OS US$ 150 MILHÕES DE ROSEANA SARNEY NAS ILHAS CAYMANN

COMUNISMO E NAZISMO: DOIS MONSTROS IDÊNTICOS

           
          Artigos - Desinformação 
devil
“The Devil In History” é um estudo enciclopédico sobre como a máquina de desinformação soviética e pós-soviética usou aqueles Negris para converter o antigo ódio europeu pelos nazistas em ódio aos EUA, o novo poder de ocupação.

No ano 2000, alguns dos meus antigos colegas da KGB tomaram o Kremlin e transformaram a Rússia na primeira ditadura de inteligência da história.

O livro “The Devil in History: Communism, Fascism and Some Lessons of the Twentieth Century”, do professor Vladimir Tismaneanu, é o livro definitivo sobre estas duas pestes bubônicas.

Extremamente documentado e elegantemente escrito, traz à luz não apenas as semelhanças ideológicas entre fascismo e comunismo mas também os métodos de manipulação semelhantes usados por ambos para criar movimentos de massa destinados a fins apocalípticos.

Eu vivi tanto sob o Terceiro Reich quanto sob o Império Soviético e sei que um mero mortal qualquer que ousasse traçar um mínimo paralelo entre comunismo e nazismo acabaria atrás das grades – se tivesse sorte.
Os nazistas, indignados, descartavam qualquer relação com o comunismo, do mesmo modo como os comunistas, nervosamente, rejeitavam qualquer comparação com o nazismo/fascismo. Mas não os seus líderes.

No dia 23 de agosto de 1939, quando o ministro das Relações Exteriores soviético, Vyacheslav Molotov, e o seu colega alemão equivalente, Joachim von Ribbentrop, se reuniram no Kremlin para assinar o infame Pacto de Não-agressão Hitler-Stalin, Stalin estava eufórico. Ele disse a Ribbentrop: “O governo soviético leva muito a sério este novo pacto. Eu posso garantir, sob a minha palavra de honra, que a União Soviética não trairá o seu parceiro”. (John Toland, “Adolf Hitler” (New York: Doubleday, 1976, página 548)

Havia muitas razões para Stalin estar alegre. Tanto ele quanto Hitler acreditavam na necessidade histórica de expandir o território dos seus impérios. Stalin chamava isso de “revolução do proletariado mundial”. Hitler chamava de “Lebensraum” (espaço vital). Ambos basearam as suas tiranias no roubo. Hitler roubou a riqueza dos judeus. Stalin roubou a riqueza da igreja e da burguesia. Ambos odiavam religião, e ambos substituíram Deus pelo culto às suas próprias pessoas. Ambos eram também profundamente anti-semitas. Hitler matou cerca de 6 milhões de judeus. Durante a década de 1930, apenas Stalin – oriundo da Georgia, onde os judeus haviam sido escravos até 1871 – prendeu cerca de 7 milhões de russos (a maior parte judeus) sob a acusação de espionagem a serviço do sionismo americano e os matou.

“The Devil In History” não é o primeiro livro a estudar a relação entre fascismo e comunismo, mas é o primeiro escrito por um eminente estudioso em cujo sangue correm os genes dos dois movimentos. Os pais de Vladimir Tismaneanu lutaram pelo fascismo nas Brigadas Internacionais durante a Guerra Civil Espanhola, viveram em Moscou durante a Segunda Guerra Mundial como ativistas comunistas, compreenderam as tragédias provocadas pelo comunismo e terminaram a vida profundamente desencantados.

O próprio Vladimir foi seduzido pelo marxismo (especialmente pelo neo-marxismo da Escola de Frankfurt) até deixar a Romênia, aos 30 anos de idade, em 1981.
Ele se tornou professor anti-comunista especialista em estudos soviéticos e do leste europeu quando o marxismo-leninismo estava com força total e chefiou a Comissão Presidencial da Romênia para o Estudo da Ditadura Comunista em seu país, que condenou fortemente as atrocidades do comunismo. O primeiro livro de Vladimir em inglês foi publicado em 1988. O título é revelador – “The Crisis of Marxist Ideology in Eastern Europe: The Poverty of Utopia”. Quando muitos kremlinologistas focavam os seus estudos nas elites comunistas e nos conflitos mortais, Tismaneanu percebeu que o comportamento das elites era explicado pelo sistema de crenças leninista. Os líderes comunistas eram assassinos, sem dúvida, mas eram assassinos com uma ideologia. Nicolae Ceausescu, a quem conheci muito bem, era um comunista fanático que acreditava realmente que o comunismo estava do lado certo da história.

“The Devil In History” é tanto um livro sobre o passado quanto um livro sobre o futuro. Em novembro de 1989, quando o Muro de Berlim foi derrubado, milhões de pessoas gritaram “O comunismo morreu”. O comunismo soviético, como forma de governo, realmente morrera. Mas uma nova geração de pessoas, cujo conhecimento da vida sob o comunismo é pouco ou nulo, está tentando dar a esta heresia, agora vestida em trajes socialistas, uma nova vida na França, Grécia, Espanha, Portugal, Venezuela, Argentina, Brasil e Equador, e poucas pessoas estão prestando atenção a este fato.
Em 15 de fevereiro de 2003, milhões de europeus tomaram as ruas, não para celebrar a liberdade desfrutada graças à luta dos americanos para impedir que eles se tornassem escravos soviéticos, mas para condenar o imperialismo americano, conforme descrito em “Empire” (de Michael Hardt e Antonio Negri, Harvard University Press, 2000), livro cujo co-autor, Antonio Negri, um terrorista disfarçado de professor marxista, esteve preso pelo envolvimento no sequestro e assassinato do primeiro ministro italiano Aldo Moro. O jornal The New York Times chamou o atual Manifesto Comunista de Negri de “o livro quente e inteligente do momento”. (David Pryce-Jones, “Evil Empire, The Communist ‘hot, smart book of the moment’”, National Review Online, 17 de setembro de 2001).

Durante 27 anos da minha outra vida, na Romênia, eu estive envolvido em operações destinadas a criar inúmeros Antonios Negris para desempenhar o papel de guerreiros da Guerra Fria em toda a Europa Oriental e usá-los para jogar a região contra os Estados Unidos. “The Devil In History” é um estudo enciclopédico sobre como a máquina de desinformação soviética e pós-soviética usou aqueles Negris para converter o antigo ódio europeu pelos nazistas em ódio aos EUA, o novo poder de ocupação.

Em 1851, quando Luís Bonaparte, o vil sobrinho de Napoleão, tomou o poder na França, Karl Marx disse a sua agora famosa máxima: “A história sempre se repete, a primeira vez como tragédia, a segunda como farsa”. “The Devil In History” documenta os atuais esforços dos esquerdistas para reviver as mentiras soviéticas, e isto mostra a sua ridícula natureza.

“The Devil In History” tem não apenas importância ideológica mas também histórica, pois torna o seu autor, Vladimir Tismaneanu, uma versão americana conservadora de Eric Hobsbawm, o mais respeitado historiador britânico.

Hobsbawm, morto há pouco com a venerável idade de 95 anos, era um polímata erudito, um esplêndido pesquisador e um excelente escritor. Infelizmente, também resolveu ser um marxista profissional e os marxistas são, por definição, mentirosos. Eles são obrigados a mentir porque a realidade de todas as sociedades marxistas tem sido devastadora, a um nível espantoso. Mais de 115 milhões de pessoas foram mortas em todo mundo na tentativa de manter vivas as mentiras do marxismo.

O quarteto de livros mais respeitado de Hobsbawm, “The Age of Revolution” e “The Age of Extremes”, aos quais dedicou a maior parte da sua vida, também são uma mentira: apresentam a história da revolução marxista soviética, evolução e ‘descentralização’ (evolution and devolution) que ignoram totalmente os gulags. São como uma história do nazismo ignorando o Holocausto, ou uma história do Egito desconsiderando os faraós e as pirâmides. Hobsbawm filiou-se ao Partido Comunista Britânico em 1936, e nele permaneceu mesmo após o seu eterno ídolo, a União Soviética, ter sucumbido. Hobsbawm jamais retirou a sua filiação ao Partido Comunista. Ele explicou: “O Partido… teve o primeiro, ou mais precisamente, o único direito real das nossas vidas… As exigências do Partido têm prioridade absoluta… Se ele mandar você abandonar a namorada ou a esposa, você deve fazê-lo”.

Vladimir Tismaneanu também se filiou ao Partido Comunista quando jovem – como eu fiz – mas rompeu com o partido quando o comunismo ainda estava com força total – como eu fiz – e expôs os seus males ao resto do mundo – como eu também fiz. A bem da verdade, devo registrar a minha imensa admiração por Tismaneanu e dizer que o considero um bom amigo, embora jamais tenhamos nos encontrado. Sob o meu ponto de vista, ele é o maior especialista em comunismo romeno e um dos maiores estudiosos do mundo sobre o Leste Europeu.
O seu “Stalinism for All Seasons” é o mais amplo estudo sobre o comunismo romeno e o seu “Fantasies of Salvation: Democracy, Nationalism, and Myth in Post-Communist Europe” recebeu o prêmio romeno-americano da Academy of Arts and Sciences. Por sua incansável atividade de pesquisa, Vladimir Tismaneanu tornou-se um membro do prestigioso Institut fur die Wissenschaften von Menschen em Viena, Áustria, e recebeu o título de Public Policy Scholar do Woodrow Wilson International Center for Scholars.

A despeito da cobertura da imprensa sobre a corrida nuclear durante a Guerra Fria, nós, no topo do serviço de inteligência do bloco soviético naqueles anos, lutamos, naquela guerra, pela conquista das mentes – na Europa, na esquerda americana, no Terceiro Mundo – pois sabíamos ser impossível ganhar as batalhas militares. A Guerra Fria acabou realmente, mas, diferentemente das outras guerras, não terminou com um inimigo derrotado depondo as armas. No ano 2000, alguns dos meus antigos colegas da KGB tomaram o Kremlin e transformaram a Rússia na primeira ditadura de inteligência da história. Mais de seis mil antigos agentes da KGB estão nos governos russos federal e local. Seria como tentar democratizar a Alemanha com os oficiais da Gestapo no comando.

Vladimir Tismaneanu é o analista político perfeito para os dias de hoje, pois é um especialista nos dois legados, nazista e comunista. A despeito de diagnósticos otimistas e do excessivo wishful thinking, estas duas patologias não estão mortas. O esclarecedor livro de Vladimir Tismaneanu é um antítodo contra os novos experimentos do radicalismo utópico e da engenharia social.

15 de janeiro de 2014
O general Ion Mihai Pacepa, é o oficial de mais alta patente que desertou do bloco comunista. Obteve asilo político nos Estados Unidos. O seu novo livro,
Disinformation, em co-autoria com o professor Ronald Rychlak, foi publicado pelo WND Books em junho de 2013.

Publicado no World Net Daily em 8 de julho de 2013.

Tradução: Ricardo Hashimoto

O PAPO CABEÇA DA REVISTA VEJA

            
          Media Watch - Outros 
Contar a história recente do Brasil só pela metade, enaltecendo terroristas e demonizando os militares, é criar uma mentira por inteiro.

A Veja é a mais importante revista do Brasil, não só pelo número de exemplares vendidos semanalmente, seja em papel ou em mídia eletrônica (tablets e similares), como por seu conteúdo, marcadamente liberal - no sentido clássico do termo. Ou seja, Veja defende, desde sua primeira edição, em 1968, o livre mercado, o empreendedorismo, a livre circulação de ideias (exceto os radicalismos), a liberdade de imprensa, a liberdade religiosa, enfim, todos os valores inerentes a uma democracia de verdade.
 
Na edição de 8/1/2014, há um texto de Daniel Pereira, “É um papo muito cabeça”, com o subtítulo “Dilma fala em ‘guerra psicológica’, um conceito da ditadura”. O autor discorre sobre falas recentes da presidente Dilma Rousseff, que, em briga aberta contra os números, classifica os maus indicadores econômicos de seu governo como sendo uma “guerra psicológica” propalada pela imprensa e por organismos econométricos.
 
Não consegui entender por que “guerra psicológica”, para o autor, é um conceito do governo dos militares, pois se trata de um tema tão antigo como a formação das primeiras comunidades de hominídeos. Josué, o sucessor do profeta Moisés, p. ex., já sabia o que significava “guerra psicológica” quando marchou com seus soldados em volta de Jericó, até que as muralhas caíssem.
 
Como a revista Veja sofreu censura no tempo dos governos dos militares, entende-se que tenha um ranço contra o movimento militar de 1964, que a quase totalidade dos jornalistas continua a chamar de “golpe”. Na verdade, tratou-se de um contragolpe, que colocou para correr os comunistas que já “estão no governo embora ainda não no poder”, como relatou o quinta-coluna Luís Carlos Prestes a seu chefe em Moscou, Nikita Krushev, em janeiro de 1964.
 
Lá pelas tantas, o articulista de Veja (que os esquerdistas apelidam de Óia) disserta sobre a junta militar que assumiu o poder após a morte de Costa e Silva, dizendo que eram “apelidados pelo povo de Os Três Patetas”. Bobagem. O povo nem sabia que existia uma junta militar, um governo tampão antes de Médici. Quem falava em “Três Patetas” eram políticos como Ulisses Guimarães e os jornalistas apenas propagavam a molecagem, em caixas de ressonância nas empresas em que trabalhavam.
 
O ideal seria que o Brasil nunca tivesse tido uma ditadura militar. Mas, quais eram as opções, na época, para as Forças Armadas, especialmente o Exército? Assistir passivamente a corrosão da autoridade de Jango, que se unia a cabos e soldados amotinados na Presidente Vargas, no Rio, incitados pelo carbonário Leonel Brizola, tentando implodir os pilares que sustentam as instituições militares, ou seja, a hierarquia e a disciplina? Não atender aos anseios da população, que foi às ruas em passeatas gigantescas, exigindo que o Exército acabasse com a baderna, a carestia e as greves sem fim provocadas por agitadores comunistas a serviço de Cuba e de Moscou?

Se as Forças Armadas não tivessem entrado em ação, o Brasil poderia ter-se transformado em uma gigantesca Cuba. Nesse caso, a revista dos Civita não teria sofrido apenas censura, mas seria tirada de circulação. Outra hipótese seria o Brasil entrar em guerra civil, com a criação de movimentos guerrilheiros que até hoje poderiam estar infernizando o País, como ocorre na Colômbia das FARC. Em ambos os casos, o Brasil se tornaria um imenso Vietnã, porque é certo que os EUA não ficariam inertes e tomariam partido contra os comunistas.
 
O Grupo Abril, do qual Veja faz parte, também esteve infiltrado por esquerdistas durante o governo dos militares. Não sei se é devido a isso que existe esse eterno ranço contra os militares, se ainda hoje há infiltrados canhotos na revista Veja, que apenas veem censura e tortura, nada mais, fazendo coro à vil campanha do governo petista contra as Forças Armadas, que é a vergonhosa Comissão Nacional da Verdade.
Contar a história recente do Brasil só pela metade, enaltecendo terroristas e demonizando os militares, é criar uma mentira por inteiro. Será que nem Veja consegue enxergar algo de positivo em 1964, que colocou o Brasil na modernidade (Embratel, Banco Central, sistema Telebrás), investiu pesado na infraestrutura (rodovias, sistema Eletrobrás e as hidrelétricas de Itaipu, Sobradinho, Tucuruí, Ilha Solteira etc., metrôs, Ponte Rio-Niterói), criou a Embrapa e a Embraer, só para citar alguns feitos extraordinários, transformando uma nação insignificante, que saiu da 46ª posição no PIB para ser a 8ª potência econômica do planeta em apenas uma década?
 
Frei Betto, o “Vítor” ou “Ronaldo”, ligado ao Agrupamento Comunista de São Paulo (AC/SP), que depois se transformaria na Ação Libertadora Nacional (ALN), de Carlos Marighella, ficou encarregado do sistema de imprensa e também dos contatos com Joaquim Câmara Ferreira, que coordenava as atividades do AC/SP, e se infiltrou na Editora Abril e no jornal Folha da Tarde, do Grupo Folha. Na Folha da Tarde, Frei Beto recrutou os jornalistas Jorge Miranda Jordão (diretor), Luiz Roberto Clauset, Rose Nogueira e Carlos Guilherme de Mendonça Penafiel. Clauset e Penafiel cuidavam da preparação de “documentos”, e Rose, do encaminhamento de pessoas para o exterior. Na Editora Abril, a base de apoio era de aproximadamente 20 pessoas, comandadas pelo jornalista Roger Karman, e composta por Karman, Raymond Cohen, Yara Forte, Paulo Viana, George Duque Estrada, Milton Severiano, Sérgio Capozzi e outros, que elaboraram um arquivo secreto sobre as organizações armadas (servia também como fonte de informações para organizações subversivas). O AC/SP tinha assistência jurídica, composta de 3 advogados: Nina Carvalho, Modesto Souza Barros Carvalhosa e Raimundo Paschoal Barbosa.
 
Sempre que se estuda o movimento de 1964, deve-se observar com rigor o contexto da época, em que corações e mentes eram influenciados pela Guerra Fria: ou se era a favor do comunismo, ou se era a favor do capitalismo. Sem essa premissa elementar, discorrer sobre 1964 não passa de embuste.
Assim, como entender a revista Veja, que não reconhece nenhuma ação positiva dos militares, se o que ela defende é essencialmente o mesmo que os militares defenderam e, para isso, tiveram que interferir politicamente no País até derrotar os movimentos revolucionários que pretendiam transformar o Brasil numa ditadura comunista?
 
Em 2014, ocorrerá o 50º aniversário do movimento de 1964. Vamos aguardar o que a revista Veja escreverá sobre o acontecido, se será uma avaliação equilibrada do governo dos militares, com prós e contras, como ocorre com a quase totalidade dos governos, ou apenas um “papo cabeça” como o do escrevinhador acima citado.
 
E olha que o “papo cabeça” não foi elaborado em Montevidéu, onde existe a livre circulação da marijuana. Imagina se fosse...

15 de janeiro de 2014
Félix Maier

ALEXANDRE GARCIA, NEGÓCIO É COISA SÉRIA!


          Media Watch - Outros        

Hoje mesmo assisti a uma parte do programa Bom Dia Brasil, exibido pela Rede Globo, especialmente a um bloco no qual o jornalista Alexandre Garcia comentava sobre o caso do descredenciamento das universidades Gama Filho e UniverCidade nos seguintes termos: "Instituição de ensino não pode virar negócio".
Aí não!
 

Eu sou um admirador de Alexandre Garcia. Louvo o seu trabalho e reconheço a sua coragem em proferir comentários severos contra os desmandos, e como se diz agora para aparar a gravidade das palavras "corrupção" e "roubo", os tais "malfeitos". Tenho em conta que ele exerce seu mister jornalístico sob a vigilância colada da emissora para qual trabalha, finamente sintonizada com a nova ordem mundial e dedicada a não se meter no caminho do PT. 
 
Lembro inclusive de um comentário seu muito certeiro no qual ele criticou a Constituição, tão branda com o crime e tão carregada de excessivas garantias processuais, por ter sido redigida sob o estigma do "preso político", comentário este, segundo se ouviu dizer, quase lhe custou o emprego.
 
Alguém haverá de me criticar por deflagrar fogo amigo, e por isto de antemão previno que aí mesmo me sinto mais recompensado. Minhas críticas ao Leonardo Sakamoto ou à Carta Capital servem para evidenciar suas imposturas ao público, como um caçador orgulhoso que exibe sua presa pendurada de cabeça para baixo. Nada espero deles. Não conto com um exame de consciência por parte de suas mentes psicopatas, nem de seus leitores histéricos. 
 
Já com jornalistas honestos como Alexandre Garcia, exerço minha análise com vistas ao debate franco e construtivo, com esperanças de ser lido por ele ou pelo menos, por outros jornalistas e até leitores que passem a exigir uma abordagem jornalística mais criteriosa, através da elevação do nível de compreensão da conjuntura. 
 
Feita esta necessária introdução, vamos ao cerne da questão: por quê motivo ainda prevalece a mentalidade entre os brasileiros de que isto ou aquilo, como por exemplo, saúde, remédios, educação ou segurança, não podem "virar negócio"?
 
Quem fala assim por decerto crê na competência original do estado para a condução de todas as atividades que a sociedade requer, concedendo aqui ou ali apenas para que uns ou outros possam "ganhar dinheiro", porque, afinal de contas, empresários só pensam em lucro. 
 
Tal pensamento é extremamente falso, porque distorcidos são seus fundamentos. "Negócio" é coisa séria! O que não é "negócio" é "negociata", isto sim um ato profundamente deletério à sociedade! Possivelmente aí mesmo resida a confusão: desta confusão entre governo e empresas é  que emerge a percepção entre o público de que empresários somente visam ao lucro.
 
O estado brasileiro tem um incrível poder de compra e onde não impõe seu domínio diretamente, mesmo assim exerce uma esmagadora influência. Neste terreno floresce a indústria da licitação, formada por empresas cuja única preocupação é cumprir com os requisitos mínimos dos editais, ou a indústria mantida sob a redoma fiscal e burocrática, feito peixinho de aquário, incapaz de competir em um mercado plenamente livre. 
 
Por anos no serviço público exerci a chefia de um setor de recursos materiais e por outros tantos fui pregoeiro, e o que vi foi todo um mercado viciado em fornecer canetas que não escrevem, perfuradores que não perfuram, grampeadores que não grampeiam e por aí afora. Os meios formais de estipular especificações técnicas mínimas não substituem a experiência de bons empregados de setores de compras privados que têm liberdade para  sopesar preço e qualidade. Os meios formais de exigir atestados de competência técnica são falhos e não substituem a reconhecida reputação. Por fim, os meios formais de fiscalização de contratos não substituem o conhecimento dos destinatários das compras e serviços, nem dependem deles. 
 
Além da indústria da licitação, o que resta é um mercado pesadamente regulado, como são o da aviação civil, dos combustíveis,  da telefonia, dos planos de saúde e como é o caso, das instituições de ensino. 
 
Em um mercado livre, eu posso até mesmo cair da cadeira de tanto gargalhar pela atuação de um comediante, mas o contrato que temos e que é representado pelo bilhete de ingresso ao teatro é coisa muito séria, que envolve o respeito ao compromisso e até mesmo a minha segurança (lembrem-se da boite Kiss). Digo isto porque certa vez emocionei-me com o depoimento de um artista que realizou o seu show no dia em que seu pai havia morrido. Ele tinha de fazer as pessoas rirem enquanto chorava por dentro. Isto é negócio!
 
Em uma sociedade livre, o negócio envolve sim o lucro, e se as pessoas o virem com as lentes corretas, enxergarão no preço que pagam uma certidão (precária) de confiança pelos préstimos do seu vendedor ou prestador de serviços. Digo precária porque a cada dia o provedor de bens e serviços da sociedade livre precisa renovar seu empenho em esmerar-se para oferecer produtos ou serviços os mais baratos possíveis, os melhores e mais eficientes possíveis e no prazo mais rápido possível. A sociedade livre não se pauta por especificações técnicas mínimas, como se faz na indústria da licitação, mas pelo melhor de si.
 
Portanto, caro leitor, não se sinta constrangido sempre que ouvir alguém próximo a si falando tamanha besteira. A educação, tem sim, de virar negócio, ou senão...vira negociata!
 
15 de janeiro de 2014
 Klauber Cristofen Pires