"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

segunda-feira, 24 de março de 2014

REDUÇÃO DA MAIORIDADE PENAL PARA CRIMES HEDIONDOS SERÁ VOTADA NO SENADO

                      Hora de pressionar!   

O Presidente do Senado acaba de anunciar que levará ao plenário da Casa a votação da PEC 33/2012, de autoria de Aloysio Nunes Ferreira (PSDB/SP). É hora de enviar e-mails, fazer ligações, comentar na internet e com amigos: o Congresso não pode continuar confrontando a opinião pública e também dando guarida legal a uma estratégia que já é notória entre os criminosos: aproveitar os menores para os crimes mais graves.
A decisão se deu após Renan Calheiros, em companhia de Aloysio Nunes Ferreira, receber a visita da família de Yoarrally Ferreira, de 14 anos, cujo assassinato foi premeditado para ocorrer pouco antes dele completar 18 anos e assim se livrar de punição mais severa.
 
Relembre o caso aqui.
 
 
Família da vítima foi recebida por Renan Calheiros e Aloysio Nunes
Família destruída: bandido conhecia seus “benefícios”
 
 
Abaixo, eis a lista dos Senadores que, sob orientação do Governo Federal e do PT, votaram contra o Projeto de Lei:
 
Angela Portela PT-ES angela2.portela@senadora.leg.br

 Anibal Diniz PT-AC anibal.diniz@senador.leg.br

 Antonio Carlos Valadares PSB-SE antoniocarlosvaladares@senador.leg.br

 Eduardo Braga PMDB-AM eduardo.braga@senador.leg.br

 Eduardo Suplicy PT-SP eduardo.suplicy@senador.leg.br

 Gleisi Hoffman PT-PR gleisi@senadora.leg.br

 Inácio Arruda PCdoB-CE inacioarruda@senador.leg.br

 José Pimentel PT-CE gab.josepimentel@senador.leg.br

 Lúcia Vânia PSDB-GO lucia.vania@senadora.leg.br

 Randolfe Rodrigues PSOL-AP randolfe.rodrigues@senador.leg.br

 Roberto Requião PMDB-PR roberto.requiao@senador.leg.br
 
Não há razão para recusar a aprovação deste projeto. Ele não permitirá jogar qualquer criminoso menor de idade junto a presos de alta periculosidade, apenas trará a possibilidade de a Justiça aplicar, a adolescentes envolvidos em crimes como homicídio qualificado; extorsão mediante sequestro; e estupro, penas impostas hoje a criminosos adultos, ou seja com 18 anos ou mais. Além disso o Projeto deixa bem claro que os menores devem cumprir a pena em unidades diferentes daquelas em que ficam os outros bandidos, maiores de idade.
 
Leiam o Projeto na íntegra
 
 
24 DE MARÇO DE 2014

ANTECEDENTES HISTÓRICOS E FILOSÓFICOS DA QUESTÃO DE GÊNERO

Palestra da professora Fernanda Takitani sobre as origens da ideologia de gênero. Quem foram os intelectuais que criaram esse novo conceito? Quem foram, e são, os apoiadores? Quais organizações no Brasil, e no Mundo, militam a favor ideologia de gênero? Quem financia? Quais documentos e reuniões da ONU que demonstram essas ações? Como foi o desenvolvimento dessa ideia durante os anos?


Não deixe de conferir essa magnífica aula:

http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=ZoHUVekwrMQ

24 de março de 2014
reaçablog

DILMA BOTA O BRASIL NO PAREDÃO. DÍVIDA DO PAÍS É REBAIXADA PARA "BBB-"



 
A agência de avaliação de risco Standard & Poor's cortou a nota da dívida brasileira de "BBB" para "BBB-". A agência tinha informado, em janeiro, que poderia rebaixar a nota da dívida pública do Brasil ainda neste ano, mesmo antes das eleições de outubro. Quando um governo é mal-avaliado, considera-se que há risco de dar um calote, não pagar seus investidores. Um governo consegue dinheiro vendendo títulos no mercado. Se ele for instável ou estiver gastando muito, fica sob suspeita. (UOL Notícias)

24 de março de 2014
in coroneLeaks

PT TENTA SABOTAR PROJETO DE AÉCIO QUE TRANSFORMA BOLSA FAMÍLIA EM LEI. QUER CONTINUAR FAZENDO TERRORISMO ELEITORAL


http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=9A74WGt7mYE
 
O senador Aécio Neves (PSDB-MG) vai enfrentar, mais uma vez, na próxima quarta-feira, ao turma do PT que é contra transformar a Bolsa Família em lei. O projeto de autoria de Aécio incorpora o Programa Bolsa Família à Lei Orgânica da Assistência Social (Loas). Segundo ele, ao tornar o benefício uma ação permanente de Estado, a proposta garante que o Bolsa Família seja mantido, independente de mudanças de governo. 

É isso que o PT não quer. O PT quer fazer terrorismo às vésperas das eleições, mentindo para os pobres que, se outro candidato vencer, o benefício será cancelado. Além disso, o projeto de Aécio garante que o trabalhador que conseguir emprego, mesmo tendo superado o teto para receber a Bolsa Família, continue tendo direito ao benefício por mais seis meses, para ter segurança na sua volta ao mercado de trabalho. A matéria seria votada na quarta-feira (19) na Comissão de Assuntos Sociais (CAS), mas foi retirada de pauta. Voltará a ser votada na próxima quarta, na Comissão de Assuntos Sociais, às 9 h. 

MEGA MARCHA DA OPOSIÇÃO NA VENEZUELA CONTRA DITADURA COMUNISTA!

POVO AVISA QUE NÃO IRÁ PARAR PROTESTOS. DESFECHO PODE SER O FIM TAMBÉM DA TIRANIA CUBANA E DO FORO DE SÃO PAULO COM REFLEXOS SOBRE O BRASIL.
 
 http://www.dailymotion.com/video/x1iwikl_marcha-por-la-dignidad-22m_news

Os cidadãos venezuelanos deram neste sábado mais uma demonstração ao mundo de que não sairão das ruas até que o regime comunista seja derrubado. 
Uma marcha gigantesca pacífica, porém aguerrida, cobriu as avenidas de Chacao, tradicional e progressista reduto da oposição ao chavismo que integra a grande área metropolitana de Caracas.
 
O vídeo acima produzido pelo tradicional diário El Nacional oferece uma visão da magnitude dessa fantástica manifestação anti-comunista que coloriu este sábado ensolarado da capital venezuelana.
 
Pelo Twitter e demais redes sociais os venezuelanos trocam informações online 24 horas noticiando os protestos que ocorrem em todos os cantos do país e denunciando a truculência como que a polícia do regime, com assessoria dos bate-paus cubanos assassinos enviados por Fidel e Raúl Castro para tentar impedir a derrocada de Nicolás Maduro e seus sequazes. Além disso noticiam diariamente o inferno em que se transformaram as noites dos venezuelanos, já que suas casas e apartamentos são atacados com bombas e tiros de fuzil pelos “coletivos”, os bandos paramilitares que atuam em todo o país para amedrontar o povo por meio do terror.
 
Há pelos menos até agora mais de 30 mortos e cerca de 400 feridos, além de centenas de estudantes nas masmorras do regime onde são barbaramente torturados pelos algozes comunistas. Além disso, estão presos incomunicáveis o dirigente oposicionista do partido Vontade Popular, Leopoldo López e os prefeitos Daniel Ceballos e Scarano, além de outros presos políticos que correm sério risco de vida.
 
Apesar de sofrer essa tremenda repressão, os cidadãos venezuelanos já avisaram que não sairão das ruas até que o regime comunista seja alijado completamente do poder.
 
QUEDA DO CHAVISMO REPRESENTA TAMBÉM O FIM DA DITADURA CUBANA

Detentora das maiores reservas de petróleo do planeta, a Venezuela é que mantém de pé da ditadura cubana. A Venezuela se transformou na cabeça da serpente comunista. A vitória da democracia contra o comunismo chavista significará também o fim da ditadura cubana que já dura mais de meio século, já que Cuba sobrevive por meio do petróleo que recebe semanalmente da Venezuela de graça desde os tempos do defundo caudilho Hugo Chávez. 
 
Por isso mesmo, a derrubada do comunismo na Venezuela, abrirá também as portas da liberdade para o povo cubano; significará um revés fulminante para o movimento comunista internacional coordenado na América Latina pelo Foro de São Paulo, a organização transnacional esquerdista fundada por Lula e Fidel Castro em 1990.
 
O Foro de São Paulo tem por objetivo transformar todos os países latino-americanos em ditaduras comunistas. Quem dirige o Foro de São Paulo é Lula, por meio de seus sequazes do PT. Portanto, a crise da Venezuela é uma espécie de epicentro de um movimento anti-comunista de amplitude continental.
 
A crise venezuelana não está desligada da crise política brasileira. É por isso que essa análise que formulo aqui e agora não aparece na maioria dos grandes veículos de comunicação do Brasil, principalmente as grandes redes de televisão. 
 
A grande mídia, como venho denunciando de forma recorrente aqui neste blog, está completamente dominada por jornalistas comunistas que cumprem missão do Foro de São Paulo e PT, dentro das redações. Desta forma, retiram o conteúdo ideológico das matérias políticas em nível nacional e internacional.
 
Assim, a palavra ‘comunismo’ é retirada das notícias, como se o comunismo não existisse mais, embora Cuba, Coréia do Norte, Angola, Bolívia, El Salvador e Venezuela, por exemplo, sejam ditaduras comunistas. E a prova disso é que o levante popular na Venezuela fez o regime chavista mostrar a que veio! Matam civis desarmados com a maior naturalidade e total impunidade como ocorre em todos os regimes comunistas. 
 
VITÓRIA DA DEMOCRACIA NA VENZUELA FULMINARÁ O FORO DE SÃO PAULO E PT

Os venezuelanos, mais do que ninguém, sabem que muitos cidadãos inocentes ainda tombarão nas ruas, alvos dos tiros disparados por atiradores profissionais a soldo do regime. Sabem que muitos ainda tombarão durante as torturas a que são submetidos nos calabouços do regime comunista do ditador sanguinário Nicolás Maduro.
 
Entretanto, os venezuelanos também sabem que esta é uma luta que vale a pena, porque a liberdade é um bem inegociável! 
 
Portanto, a derrubada da tirania comunista na Venezuela será o começo o fim do movimento comunista internacional e, por conseguinte, o desmantelamento do Foro de São Paulo. Este é um detalhe importante. Interessa de perto aos brasileiros o que ocorre na Venezuela.
 
A repercussão disso se espraiará por toda a América Latina, incluindo, evidentemente, o Brasil!, e até mesmo o gigante norte-americano hoje também sob o assédio dos comunistas desde que Obama e seus sequazes chegaram ao poder.
 
Cada estudante, cada cidadão e cidadã venezuelanos que tombam pelos tiros disparados pelos comunistas de Lula, Maduro, Fidel, Raúl, Ortega, Kirchner, Mujica, Morales, Funes et caterva, constituem os mártires dessa funesta luta, mas que infelizmente haveria de acontecer mais cedo ou mais tarde, para quem sabe, mais adiante, conduzir o povo latino-americano para a liberdade que só a democracia verdadeira pode garantir.
 
A democracia e a liberdade nunca serão e nunca foram dádivas! São frutos de uma luta tenaz e permanente!

VEJAM AS FOTOS ÁREAS DA MEGA MARCHA NA VENEZUELA
 
 
Estas fotos são do site venezuelano La Patilla

24 de março de 2014
in aluizio amorim

FHC: "AS PESSOAS PRECISAM SABER O QUE FOI FEITO COM O DINHEIRO DO CONTRIBUINTE"




O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso afirmou nesta segunda-feira (24) que a imagem de gestora da presidente Dilma Rousseff já estava arranhada antes da revelação de que ela deu aval à compra da refinaria de Pasadena pela Petrobras. "Eu acho que não precisa de mais isso para arranhar a imagem dela como gestora. O PAC basta", ironizou, após dar palestra para alunos da PUC-Rio.


FHC disse que o surgimento de novas suspeitas envolvendo a estatal o levou a mudar de ideia no fim de semana e passar a defender a criação de uma CPI da Petrobras. "Eu pensei que fosse uma coisa mais simples, e não é. É mais complicado. Acho que tem que ser apurado. E a própria presidente deu o pontapé inicial, ela não defendeu o que foi feito", disse o tucano. "As pessoas precisam saber o que foi feito com o dinheiro do contribuinte. Eu não posso dizer até que ponto isso terá influência [na eleição]. Não sei qual será o resultado, quem são os responsáveis", acrescentou.


RACIONAMENTO

O ex-presidente defendeu que as autoridades façam um apelo para que a população poupe água e energia. Ele relembrou o apagão de 2001, no fim de seu governo, e disse que o racionamento pode ser necessário de novo. "Eu levei muito pau por causa do apagão de 2001. Quando teve o racionamento, levei um susto, porque a primeira proposta era cortar a energia. Eu falei: 'Não. Vamos apelar para o povo'", disse. "Acho que isso deve ser feito já. Tanto com a água quanto com a eletricidade. Seguro morreu de velho. O que custa pedir que todo mundo economize 10% de energia?", questionou.


Segundo FHC, a situação atual "não é tão dramática" quanto a de seu governo, mas já está na hora de pedir que a população faça um esforço de economia. Ele sugeriu a concessão de estímulos para quem reduzir o consumo de água e energia.

FHC não quis opinar sobre o conflito entre Rio de Janeiro e São Paulo pelas águas do rio Paraíba do Sul. "Tem que ser uma decisão racional. Como resolver uma questão que atenda aos dois lados? Eu não sei. A Agência Nacional de águas tem que dizer", afirmou.

24 de março de 2014
in coroneLeaks

1964-2014: DA ORDEM À DESORDEM - BREVE INVENTÁRIO DE UM DESASTRE


 
O texto que segue é do médico e escritor gaúcho Milton Pires, postado no seu blog Ataque Aberto, que recomendo. Em poucas palavras o texto de Pires vai diretamente ao ponto sem rodeios, de forma simples, direta, objetiva e verdadeira resumindo o que de fato aconteceu no Brasil há 50 anos.
 
Lendo esse texto, os estimados leitores podem, com tranquilidade, jogar no lixo tudo o que a grande imprensa brasileira vem falando a respeito da Revolução de 31 de março de 1964. 
 
O lamentável é que nos estertores deste meio século os brasileiros resolveram voltar ao passado, ou seja à esculhambação pré-1964, e muitos acham isso o máximo. Ao que eu retruco: o máximo da idiotice e da vigarice! 
O título original é “Cronologia”. Leiam que vale a pena:
 
1964 – Fica claro às Forças Armadas (FFAA) que membros do Movimento Revolucionário que atuavam no Brasil desde 1961 pretendem implantar no país um regime comunista. As FFAA deixam os pracinhas e a Guerra do Paraguai pra trás e tomam o poder.
 
1966 – Ocorre o primeiro grande ato violento dos revolucionários: o atentado no Aeroporto de Guararapes. A inteligência do Exército Brasileiro, depois de ser informada pela CIA, descobre que bombas matam e machucam muito as pessoas.
 
1967-68 – Membros da luta armada, por ordem do General Golbery do Couto e Silva, são presos na Ilha Grande (RJ) com os primeiros traficantes de maconha do país. A luta armada sofre repressão efetiva e seus militantes optam pela luta cultural e pela “tomada do poder por dentro”. Fica mais fácil fazer revolução tomando chope e escutando bossa nova do que levando tiro de fuzil.
 
1980 – Treze anos depois dessas prisões em 67, o submundo do sindicalismo associado ao tráfico de drogas no país e à Universidade funda a maior organização criminosa da história política do Brasil – o Partido dos Trabalhadores. O pensamento brasileiro sofre traumatismo craniano e o país entra em coma intelectual.
 
1990 – Dez anos depois do PT “nascer”. Lula e Fidel Castro criam um órgão que vai transformar aquilo que era um plano de poder para o Brasil em plano para toda América do Sul – o Foro de São Paulo. Nasce um câncer chamado SUS e avança o “Direito Alternativo”
 
2003 – Dez anos depois do Foro de SP, a organização criminosa conhecida como PT chega ao Poder Federal no Brasil. Fora da veadagem, do Aquecimento Global e da “não internação” dos viciados em crack não há salvação.
 
2005 – Fica claro, para todo Brasil, através do Mensalão, que a organização criminosa é uma organização criminosa. A situação é tão grave que a “verdade está na boca dos bandidos” (Roberto Jefferson)
 
2013 – O PT inunda o Brasil com médicos cubanos. Apesar dos vinhos, ternos caros e loiras lindas, as pessoas se dão conta de que o PT “não mudou”. Ele foi, é, e sempre será um Partido Revolucionário. Se o comunismo não morreu, “foi sacanagem ter enterrado ele com vida”...
 
Março de 2014 - As pessoas, até porque são brasileiras, “decidem” que entre março e outubro de 2104 vão mudar com passeatas, caminhadas, marchas e cartazes ou seja lá o que for, tudo isso que eu descrevi e que levou 50 anos para acontecer !
Dedicado às crianças da primeira do ensino fundamental
 
24 de março de 2014
in aluizio amorim

REPORTAGEM-BOMBA DA REVISTA "VEJA" REVELA

ESCÂNDALO DO VIAGRA TEM EFEITO BROCHANTE EM CANDIDATURA DO PT EM SÃO PAULO.


 
Pré-candidato petista ao governo de São Paulo nas eleições deste ano, o ex-ministro da Saúde Alexandre Padilha é citado nominalmente no inquérito da Polícia Federal que investiga a rede de lavagem de dinheiro comandada pelo doleiro Alberto Youssef. Em um dos relatórios da Operação Lava-Jato, há ainda uma foto de Padilha ao lado de um homem que os investigadores apontam como laranja de Alberto Youssef, no ato de assinatura de um contrato que levou a investigação para dentro do Ministério da Saúde.
 
A imagem foi interceptada pelos agentes na caixa de e-mails de um dos investigados. O contrato foi assinado por Padilha com a Labogen Química Fina e Biotecnologia, uma empresa que, segundo a Polícia Federal, é tudo menos um laboratório farmacêutico, e ainda assim foi contemplada com uma parceria em que planejava receber 150 milhões de reais em vendas de remédios para o ministério. Um grande — e suspeitíssimo — negócio.
 
Pelo modelo de contratação adotado, o Ministério da Saúde escolhe empresas privadas dispostas a fazer parceria com laboratórios públicos para a produção de remédios. A Labogen, com sede em São Paulo, foi uma das escolhidas no ano passado para fornecer citrato de sildenafila, medicamento com o mesmo princípio ativo do famoso comprimido azul para disfunção erétil. O ministério informou que as empresas interessadas em firmar parcerias passam por um rigoroso processo de seleção e análise de capacidade técnica que envolve vários órgãos públicos. No papel, segundo o ministério, a situação da Labogen estava o.k.
No mundo real, a polícia concluiu que a Labogen não tem uma planta industrial e passa longe de ser uma companhia de porte, compatível com os valores milionários a ser recebidos do governo. Documentos juntados no inquérito mostram que, na verdade, os remédios seriam fabricados por um outro laboratório, de Goiás, ao qual a Labogen repassaria 40% do valor do contrato.
 
Sem produzir um único comprimido, a empresa do doleiro pretendia faturar 90 milhões de reais. Os sócios da Labogen figuram como titulares de remessas milionárias para contas no exterior, operações que os investigadores dizem ser simuladas. A empresa tinha planos de ampliar a lista de remédios a ser fornecidos ao governo. Diz a PF: “Pode-se estar diante, portanto, de mais uma ferramenta para sangria dos cofres públicos”.
 
 Do Blog do Reinaldo Azevedo
 
24 de março de 2014
in aluizio amorim

QUANTA INTIMIDADE, HEIN DILMA?



24 de março de 2014 

AÉCIO NEVES ACUSA GOVERNO DE FALTA DE COMPROMISSO COM O PAÍS E CHAMA ESTATAL DE PT-ROBRAS


Coluna na Folha de São Paulo de hoje, que transcrevemos abaixo, é a mais dura crítica feita pelo presidente do PSDB e candidato à presidência da República, Aécio Neves, ao governo Dilma e ao PT.
Já deu!
"Protagonista de um governo refém dos interesses do regime de aparelhamento que se abateu sobre o Estado nacional, a presidente Dilma Rousseff já não sabe mais o que dizer ao Brasil, além de terceirizar responsabilidades.

Atônitos, os brasileiros são informados que, em poucos anos, a 12ª maior empresa do mundo foi transformada na 120ª e começam a perceber que, infelizmente, a PTrobras, longe de ser uma exceção, é o retrato do governo sob o comando do PT.

Incapacidade de gestão e planejamento. Desvios e suspeições. Excesso de compromisso com os companheiros, falta de compromisso com o país.

De um lado, a gravidade das revelações objetivas que vêm à tona e fazem a realidade superar as versões, que, antes sussurradas no meio político, já pareciam inverossímeis. De outro, a vaidade e a onipotência daqueles que parecem acreditar que somos, os brasileiros, um conjunto de tolos.

O que se tornou conhecido por todos recentemente já era, há muito, de domínio do governo. Por que, então, por exemplo, só agora o diretor que passou a ser o bode expiatório do escândalo foi demitido? Por que personagens das páginas policiais estiveram, até ontem, protegidos em posições de extrema confiança?

O que mudou? O que transformou um bem feito num malfeito foi apenas a percepção da sociedade? Que governo é este que só age ou ensaia providências quando é confrontado pela opinião pública? De onde vem tanta arrogância, que faz com que os representantes do PT tripudiem sobre a percepção dos brasileiros?

Primeiro, inventaram os "recursos não contabilizados". Na semana passada, o presidente do Banco Central chamou de mera "realocação contábil" a iniciativa da Caixa de lançar os recursos confiscados dos correntistas como lucro. Agora, na ausência de um mordomo, a culpa parece ser do "relatório".

Os brasileiros vêm sendo desrespeitados todos os dias por ações concretas, sempre envoltas em coincidências demais e transparência de menos, mas também pela forma com que o governo responde a elas.

Estamos cansados de ver o interesse público e coletivo, razão de ser da própria República e da democracia, confundido com os interesses privados e os projetos individuais de poder de pessoas e de partidos.

Uma coisa são os desafios da nação. Outra, são os problemas criados pelo governo. O governo que o eleitor escolheu para ser solução se transformou no principal problema do país. A verdade é que o governo colocou o Brasil no caminho errado --é simples assim. E o Brasil precisa voltar para o caminho certo.

Precisamos de um governo que volte a ser solução. Entre a indignação, a revolta e o cansaço diante de repetidos absurdos, o sentimento geral dos brasileiros é um só: já deu!"
 
24 de março de 2014
in coroneLeaks 

NEGOCIATA DA REFINARIA PASADENA

Mesmo sob suspeita, diretores da Petrobras foram mantidos ou promovidos por Dilma.


 
Paulo Roberto Costa, diretor responsável pelo parecer técnico que embasou a compra da refinaria de Pasadena por U$ 1,18 bilhão de dólares, dá um autógrafo nas costas da amiga Dilma. Na semana que passou, ele foi preso por lavagem de dinheiro pela Polícia Federal. O outro diretor, Nestor Cerveró, que fez o sumário executivo da compra da Pasadena, foi promovido a diretor financeiro da BR Distribuidora. Foi demitido na última sexta-feira, enquanto estava em férias na Europa. Só agora, em 2014. Dilma sabia de tudo, no mínimo, desde 2008.

O Palácio do Planalto e a própria Petrobras suspeitam que a cláusula que garantia rentabilidade mínima à sócia da estatal na compra da refinaria de Pasadena (EUA) foi feita de forma a beneficiar diretamente a Astra Oil. Dentro do governo, assessores e técnicos afirmam que a taxa de retorno, de 6,9%, era muito elevada para o negócio e representava risco para a petroleira brasileira.

A disputa judicial entre a Petrobras e a Astra Oil começou depois que a presidente Dilma Rousseff ordenou à estatal que não cumprisse essa cláusula, por causa do percentual elevado. A chamada "Cláusula Marlim", obrigação contratual assumida pela Petrobras para garantir à sua sócia belga um retorno mínimo, mesmo que o negócio não registrasse resultado positivo, é classificada tanto no governo quanto na área técnica da Petrobras de "incomum" e "estranha".

Depois de ter aprovado, em 2006, o contrato com a Astra Oil para a compra de 50% da refinaria de Pasadena, no Texas, o conselho de administração da Petrobras voltou a se reunir em 20 de junho de 2008, desta vez para desautorizar os termos do negócio. A Folha obteve o extrato das atas das duas reuniões. No encontro de 2008, os conselheiros registram a "omissão" da "Cláusula Marlim" no parecer da diretoria internacional apresentado dois anos antes para embasar a transação.

"A Diretoria Executiva da Petrobras (...) informou também que em 2006, quando da submissão ao conselho de administração da compra da participação na Refinaria de Pasadena, não constou do resumo executivo apresentado informação sobre a chamada Cláusula Marlim, de garantia de rentabilidade da refinaria em favor da Astra", diz a ata.

O documento diz ainda que "o teor da Cláusula Marlim' não foi objeto de aprovação pelo conselho de administração quando da sua análise com vistas à aprovação da compra da participação na Refinaria de Pasadena".

Segundo assessores presidenciais e técnicos da estatal, essa cláusula gera suspeitas sobre a intenção de beneficiar diretamente a empresa belga na operação da refinaria. Os interlocutores do governo, contudo, afirmam que não têm indícios concretos de irregularidades.

A presidente teria tomado conhecimento da cláusula durante a reunião do Conselho de Administração. No encontro, a Petrobras ia apresentar o plano de investimentos na refinaria de Pasadena para transformá-la em unidade de refino de óleo pesado (a planta era destinada ao refino de óleo leve). O petróleo pesado seria levado até o Texas do campo de Marlim, na bacia de Campos (RJ).
 
(Folha de São Paulo)
 
24 de março de 2014
in coroneLeaks

PETROBRAS CAI DE 12a. PARA 120a. EM RANKING DE MAIORES EMPRESAS



 
A página do jornal Financial Times na internet publicou reportagem na manhã desta sexta-feira, 21, sobre a perda de valor de mercado das empresas de países emergentes. O texto destaca o tombo da Petrobrás. Segundo a publicação, o valor de mercado da estatal brasileira despencou e a empresa que já foi a 12ª maior do planeta há cinco anos caiu para o 120º lugar atualmente.
 
"Uma das maiores quedas foi da Petrobrás, a empresa petrolífera estatal brasileira. Cinco anos atrás, era a 12ª maior empresa do mundo pelo valor de mercado. Um ano atrás, era a 48ª e hoje é a 120ª maior, com um valor de mercado de US$ 76,6 bilhões", diz o texto. O levantamento feito pelo jornal diz que entre as 100 maiores empresas do mundo há apenas 11 emergentes e nenhuma é brasileira.
 
"Hoje, não há nenhuma empresa emergente no Top 10 (de valor de mercado do mundo) e apenas a Petrochina permanece no Top 20", diz a reportagem. A estatal chinesa do petróleo é a 16ª maior companhia com valor de mercado do mundo. Entre as demais emergentes, praticamente todas são da China: ICBC (22º), China Mobile (31º); China Construction Bank (36º); Tencent (43º); Agricultural Bank of China (51º); Bank of China (62º); China Petroleum (80º) e Sabic (87º).
 
Além da Petrobrás que deixou de figurar entre as 100 maiores, o banco Itaú Unibanco, a colombiana Ecopetrol e a mexicana América Móvil também caíram e não estão mais entre os 100 primeiros do ranking citado pelo FT.

24 de março de 2014
 

BARBOSA DIZ QUE LULA TENTOU USÁ-LO EM "ESTRATÉGIA DE MARKETING" PARA ÁFRICA



 
Empossado no STF em junho de 2003 como primeiro dos oito ministros que Lula indicaria para compor o tribunal, Joaquim Barbosa contou, em entrevista exibida na madrugada deste domingo (23), que foi convidado “algumas vezes” para integrar a comitiva presidencial em viagens à África. “Recusei terminantemente”.
 
 
Por quê? “Primeiro porque não era da tradição aqui da Casa ministro do Supremo viajar em comitiva de presidente da República. Segundo porque percebi que aquilo era uma estratégia de marketing para os países africanos”. Barbosa insinuou que Lula quis exibi-lo em nações africanas como uma espécie de negro de mostruário, numa falsa demonstração de que não haveria racismo no Brasil.
 
 
O presidente do STF falou ao repórter Roberto D’Ávila. A conversa foi exibida no canal Globo News. A certa altura, Barbosa disse esperar que, doravante, os presidentes da República indiquem para o Supremo “um certo número de homens e mulheres negras de maneira natural. E não façam estardalhaço disso, não tentem levar a pessoa escolhida para a África para esconder uma realidade.” Uma “realidade muito triste”, ele enfatizou.
 
 
“Nós não temos representantes negros na nossa diplomacia, nos negócios, muito poucos no Estado. [...] Os países africanos se ressentem muito disso. Como é que pode um país que tem 50% da população negra e mulata e não consegue escolher um número de embaixadores negros para mandar para a África?”
 
 
Barbosa esteve recentemente na África. Viajou em missão oficial, como presidente do STF. Emocionou-se “bastante” em Gana e Angola. “Era como estar em casa. Especialmente em Angola. Tudo “tão próximo, tão parecido.” Lamentou que a historiografia brasileira não dê “o devido relevo à intensidade de relações” do Brasil com países como Angola. Uma “interação” que, segundo sua avaliação, foi muito além do “tráfico de escravos” nos últimos 300 anos.
 
 
Depois de criticar os convites marqueteiros de Lula, revelou uma ponta de mágoa por não ter sido convidado por Dilma Rousseff para integrar a comitiva presidencial que foi aos funerais de Nelson Mandela, na África do Sul. “Não fui porque não fui convidado. Hoje, eu iria. Era diferente, outra situação. Iria render as minhas homenagens ao Mandela, que eu conheci pessoalmente.”
 
 
No início do seu primeiro mandato, em janeiro de 2003, Lula soube que teria de nomear um ministro para o Supremo. Incumbiu o então ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, de encontrar um nome. Fez uma exigência: queria nomear o primeiro ministro negro do STF. O destino se revelaria caprichoso. Conforme já comentado aqui, Barbosa, um eleitor de Lula, acabou se tornando algoz do PT no julgamento e na execução das penas do mensalão.
 
 
 
O senhor acha que entrou numa cota, apesar de todo o seu praparo?, indagou o entrevistador. E Barbosa: “Dizer que eu entrei numa cota é uma manifestação racista, porque simplesmente as pessoas que fazem isso não olham o meu currículo. Aliás, pouca gente olha o meu currículo. Pouca gente olha. Não interessa. O cara só vê a cor da pele.”
 
 
De fato, tomado pela biografia, Barbosa não é um Joaquim qualquer. Primogênito de oito filhos de um pedreiro com uma dona de casa da cidade mineira de Paracatu, graduou-se em Direito na Universidade de Brasília. Passou pela francesa Sorbonne, uma das mais prestigiosas usinas de canudos do mundo. Foi professor visitante de Columbia, em Nova York. Lecionava na Universidade da Califórnia quando Thomaz Bastos o selecionou.
 
 
Já chorou de raiva por causa do racismo? “Ah, quando era jovem, sim”, admitiu Barbosa. Mesmo como ministro do Supremo, ele ainda se considera vítima de racismo. “Alias, vocês tomarão conhecimento nos próximos dias. Estou propondo uma ação por racismo contra um jornalista brasileiro”, disse, sem mencionar o nome de Ricardo Noblat, o alvo do seu processo judicial.
 
 
Evocando Joaquim Nabuco, o ministro afirmou que “demorará ainda, talvez, séculos para que o Brasil se livre, se desvencilhe das marcas da escravidão. E é falta de honestidade intelectual dizer que o Brasil já se livrou dessas marcas. Elas estão presentes nas coisas mais comezinhas da nossa vida social. Basta você dar uma volta aqui, nos corredores do Supremo ou de qualquer outra repartição pública. Você vai perceber a repartição de papeis. Ao negro, tal posição. Com o salário correspondente, mais baixo, claro. À medida que as funções vão aumentando em importância o negro vai sumindo.”
 
 
Barbosa refugou a tese do entrevistador segundo a qual o racismo no Brasil seria orientado mais por critérios sociais do que propriamente pela cor da pele. “Não, não. O racismo está em todas as esferas. Nao é só social, não. Ele é econômico. Ele interfere nas relações profissionais, nas relações sociais.”
 
 
Na opinião do ministro, “há no Brasil certas pessoas que têm essa tendência de tentar minimizar o racismo. Ah, eu me dou bem com todos. Pergunta para essa pessoa: quantas vezes você recebeu um negro na sua casa como convidado? Poucos vão ter essa resposta.”
 
 
Presente à posse de Barbosa na presidência do STF, em 22 de novembro de 2012, o compositor Martinho da Vila dissera que a presença do ministro na Suprema Corte representava, além do reconhecimento à sua “capacidade'', um “grande passo para a diminuição dos preconceitos” no país. O entrevistador recordou o comentário do sambista. E Barbosa levou o pé atrás: “Não acho que eu tenha vindo para cá com essa missão de combater o racismo. Não, não…”
 
 
Porém, à sua maneira, o ministro acabou dando razão a Martinho: “Eu sempre achei que a minha presença aqui contribuiria para desracializar o Brasil, desracializar as reações. Para que as pessoas tivessem a sensação de que não há papel predeterminado para A, B ou C.''  Barbosa repisou: “Eu espero que, no dia que eu sair daqui, os presidente da República saibam escolher bem pessoas para cá e escolham negros com naturalidade.”
 
 
Indagado sobre 2014, Barbosa voltou a negar que pretenda ser candidato. Mas deixou entreaberta uma fresta para rever sua posição no futuro. No pedaço da entrevista dedicado ao mensalão, o repórter perguntou: Às vezes, o senhor não é muito rude, muito duro com seus colegas? E o ministro: “Às vezes tem que ser. O Brasil é o país dos conchavos, do tapinha nas costas, é o país em que tudo se resolve na amizade. E eu não suporto nada disso.”
 
 
Acrescentou: “Às vezes, eu sou duro para mostrar que isso não faz o menor sentido numa grande democracia, como é a nossa. Nós temos que assumir isso. Nós estamos entre as dez grandes democracias do mundo hoje, das mais sólidas. Isso aqui não é lugar para brincadeira. Há muita brincadeira no Brasil, no âmbito do Estado, dos três Poderes.”
 
 
O repórter citou a “elegância” com que a ex-ministra Ellen Gracie, já aposentada, presidia as sessões do STF. E perguntou a Barbosa se ele prefere a “rédea curta”. “Não é rédea curta”, o ministro respondeu. Na sequência, sem mencionar nomes, insinuou que, sob a maciez do discurso, alguns de seus colegas de tribunal flertam com a ilegalidade.
 
 
“Eu sou um companheiro inseparável da verdade. Eu não suporto essa história de o sujeito ficar escolhendo palavrinhas, muito gentis, para fazer algo inaceitável. E isso é da nossa cultura. O sujeito está fazendo algo ilegal, algo inadmissível, mas com belas palavras, com gentilezas mil. Longe de mim esse tipo de comportamento. Isso é fonte de boa parte dos momentos de irritação que eu tenho aqui.” Os ministros não vão gostar, emendou o entrevistador. E Barbosa, dando de ombros: “Liberdade de expressão. Eu também tenho.”
 
 
Não acha que algumas penas do mensalão foram muito pesadas? “Ao contrário, ao contrário”, disse Barbosa, antes de estabelecer uma comparação entre os mensaleiros e outros réus anônimos julgados no Supremo sem que as manchetes lhes dêem a mesma atenção:
 
 
“Eu examino as penas que foram aplicadas no mensalão com as penas que são aplicadas e são chanceladas pelo Supremo Tribunal Federal nas turmas aqui, só que penas relativas a pessoas comuns. Eu convido aqueles que criticam o Supremo por ter aplicado essas penas supostamente pesadas para fazer esse tipo de comparação. Vão verificar que o Supremo chancela, em habeas corpus, coisas muito, mais muito mais pesadas, comparando situações comparáveis.”
 
 
Barbosa lembrou que, dos seus 11 anos de STF, sete foram decicados ao processo do mensalão, do qual foi relator. “É um processo que trouxe um desgaste muito grande, com uma carga política exagerada. Eu acho que um pouco turbinada pela mídia também.” Disse ter dispensado ao caso um tratamento distinto dos demais.
 
 
“Não encarei como um processo como outro porque não podia ser assim. Era um processo que requeria planejamento, estratégia. Os que tiveram a oportunidade de observar ao longo da instrução do processo devem ter percebido que eu raramente tomei decisões unilaterais. Sempre levei as questões mais delicadas ao plenário. Tudo isso era fruto de estratégia, de planejamento.” Algo que lhe custou “muito desgaste físico, emocional e mental”.
 
 
O que fica do mensalão? “Vai depender muito dos homens e mulheres que terão a responsabilidade pelo país, nos três Poderes. A eles caberá a tarefa de tirar as lições desse julgamento”, disse Barbosa, em timbre lacônico.
 
24 de março de 2014
Do Blog do Josias

MARCHA DA FAMÍLIA TEM CONFRONTO ENTRE GRUPOS PRÓ E CONTRA INTERVENÇÃO MILITAR



 
Após chamarem de "fascistas" e "terroristas", manifestantes contra e a favor de uma intervenção militar no Brasil entraram em confronto neste sábado (22), em frente ao Palácio Duque de Caxias, no centro do Rio, e policiais militares do Batalhão de Grandes Eventos usaram cassetetes e balas de borracha para acabar com a confusão.
 
 
Um grupo estimado em 150 pessoas pela Polícia Militar participava da tentativa de reeditar a Marcha da Família com Deus Pela Liberdade, 50 anos depois do movimento que antecedeu o golpe militar em 1964, quando cerca de 50 militantes de movimentos sociais se aproximaram aos gritos de "cadeia, já, para os fascistas do regime militar". Os defensores da intervenção militar responderam aos gritos de "fora, comunistas," e "terroristas", e o clima ficou tenso.
 
 
A polícia fez um cordão de isolamento para impedir que os dois grupos se confrontassem, mas um homem que participava da Marcha da Família conseguiu furar o bloqueio, passando por cima de uma das saídas de ar próximas ao Panteão e ao monumento de Duque de Caxias e avançou contra os representantes dos movimentos sociais. Depois de agredir um manifestante, ele foi atingido com o cabo de uma bandeira, e os policiais dispersaram o protesto contra a intervenção, usando balas de borracha e cassetetes. Os manifestantes correram para a Central do Brasil, onde parte do comércio fechou as portas.
 
 
Em pelo menos mais duas ocasiões, manifestantes de lados opostos trocaram socos e chutes em frente ao Quartel-General do Comando Militar do Leste, e a polícia tentou separar as brigas. Durante cerca de 20 minutos, o clima foi de provocação, com palavras de baixo calão, acusações e xingamentos. Depois, o grupo contrário à intervenção militar se manteve em frente à Central do Brasil, enquanto a Marcha da Família continuou ao lado do prédio do Exército, já com número bastante reduzido.
 
 
O movimento que pedia intervenção militar no país se concentrou na Candelária e seguiu pela Avenida Presidente Vargas, que teve uma de suas pistas interditadas. Com gritos de "fora, PT", "fora, comunismo" e "fora, Dilma", os manifestantes levantavam cartazes que pediam a troca das eleições por um governo militar que "limpasse o Congresso de corruptos". Com bandeiras do Brasil e faixas, o grupo parou diante do Palácio Duque de Caxias e cantou o Hino Nacional. Depois, continuaram os gritos de rejeição ao governo e ao sistema político.
 
 
Um ativista que transmitia o evento ao vivo pela internet foi hostilizado por membros da marcha aos gritos de "Vá para Cuba, você não é brasileiro". Um dos manifestantes, então, deu um tapa no celular que era usado para a filmagem e o derrubou no chão. Sem se exaltar, o ativista pegou o aparelho de volta e se afastou.
 
 
Um dos organizadores da Marcha da Família, o cabo da reserva do Exército Emílio Alarcon, ponderou que, apesar dos pedidos de intervenção, a intenção deles não é a instauração de uma ditadura militar. Para ele, as Forças Armadas devem fechar o Congresso e derrubar o Executivo, para convocar novas eleições apenas com candidatos ficha limpa. "A intervenção é constitucional. A gente não está pedindo nada de anormal", disse ele.
 
 
Para reivindicar a intervenção, os militantes desse grupo usaram o Artigo 142 da Constituição, que diz: "As Forças Armadas, constituídas pela Marinha, pelo Exército e pela Aeronáutica, são instituições nacionais permanentes e regulares, organizadas com base na hierarquia e na disciplina, sob a autoridade suprema do presidente da República, e destinam-se à defesa da pátria, à garantia dos poderes constitucionais e, por iniciativa de qualquer destes, da lei e da ordem". Na interpretação do grupo, tal obrigação de garantir os poderes justificaria a intervenção, já que há problemas institucionais graves que só podem ser resolvidos dessa forma: "seria um reset, formatar de novo o Brasil. Todos os partidos estão envolvidos em corrupção", argumentou Alarcon.
 
 
O deputado federal Jair Bolsonaro (PP-RJ) compareceu à marcha, mas não se posicionou a favor do pedido de intervenção militar, por entender que isso descaracteriza o movimento. "Estou aqui como um patriota", disse Bolsonaro.
 
 
Na manifestação contra a marcha, militantes usaram palavras como anencéfalos e assassinos para provocar os defensores da intervenção. Em um dos cartazes, havia o pedido: "Paredão aos torturadores do regime militar". "Este movimento quer a união da ditadura do capital à ditadura militar. Hoje, vivemos a ditadura do capital, porque um governo que remove famílias e leiloa o petróleo e o gás não está em busca dos nossos interesses, e sim dos norte-americanos. Esta marcha é uma demência. Só um tarado pode defender um regime que torturou e matou", disse André de Paula, membro da Frente Internacionalista dos Sem-Teto.
 
 
A militante dos direitos LGBT Indianara Siqueira também se manifestou contra a Marcha da Família: "São pessoas que acham que perderam muito com a nossa sociedade mais liberal, de certa maneira. Eles falam em família como se nós não tivéssemos uma família, como se não pertencêssemos a nenhuma família e brotássemos como cogumelos do chão", protestou Indianara.
 
24 de março de 2014