"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sábado, 12 de abril de 2014

O HUMOR DO DUKE

Charge O Tempo 12/04
12 DE ABRIL DE 2014

QUEM MENTE: BOLSONARO OU O EX-MARIDO DA DILMA?

NOVAS MASSAS?



 
Classe média, consumismo e bases sociais da crítica à ordem capitalista
por GÖRAN THERBORN
 

Se quiserem fazer sentido político, as críticas ao capitalismo devem ter – ou arranjar – uma base social. Nos séculos XIX e XX, a crítica mais relevante ficou conhecida como “questão operária” – sua base mais representativa se ​​encontrava justamente na classe operária industrial em ascensão.
Era um tema que interessava não só às organizações operárias emergentes e seus eventuais simpatizantes, de convicções liberais, mas também à opinião conservadora; até os fascistas, os inimigos mais violentos do movimento operário, se organizaram a partir desse exemplo. Os operários industriais mantiveram sua posição proeminente até a década de 1970, quando surgiu uma base social para a luta anticapitalista nos movimentos anticolonialistas, mobilizados pela libertação nacional das colônias e contra o “desenvolvimento dependente” imposto pelo imperialismo.

Contudo, nos últimos trinta anos assistimos a uma desindustrialização no Norte, que deteve e inverteu a marcha do operariado. Já a industrialização bem-sucedida de países líderes do Sul, durante esse mesmo período, resultou sobretudo na visão atual de que o desenvolvimento capitalista também é possível na Ásia, na África e na América Latina, ao contrário do que diziam as teorias da dependência, outrora influentes. Assim, será que existe hoje alguma força social que poderia assumir o papel da classe trabalhadora organizada ou dos movimentos anticolonialistas do século XX? No momento, não se veem as camadas de massas anticapitalistas – uma situação nova para o capitalismo, no contexto dos últimos 150 anos.
Contudo, se não procurarmos movimentos anticapitalistas, mas sim formações que encerrem, potencialmente, uma posição crítica ao desenvolvimento capitalista contemporâneo, veremos que há forças sociais importantes se manifestando. Podemos distinguir quatro tipos diferentes.
 
A primeira força social potencialmente crítica consiste em populações pré-capitalistas que resistem às intrusões das grandes empresas. Os principais atores são os povos indígenas, que em tempos recentes alcançaram certo poder. Eles são politicamente significativos na América Andina e na Índia, mas também se encontram em grande parte do Sul e criaram redes de contatos internacionais. Eles não são numerosos o bastante, tampouco dispõem de recursos suficientes para exercer grande influência, a não ser em termos locais; suas lutas, porém, podem se articular com movimentos críticos de resistência mais amplos.

Hoje representam considerável força na Bolívia, onde compõem com uma coalizão governamental turbulenta, e na Índia, onde centralizam uma insurgência em grande escala; em ambos os casos, os organizadores provêm da tradição do movimento operário – na Bolívia, mineiros socialistas demitidos, transformados em plantadores de coca; na Índia central, revolucionários profissionais maoistas. Estes últimos andaram sofrendo reveses, mas não foram derrotados nem destruídos. No México, os zapatistas ainda conservam a região de Lacandona, no estado de Chiapas. Essas mobilizações podem ser contraditórias: em Bengala Ocidental, de governo comunista, os camponeses que defendem suas terras contra projetos de desenvolvimento industrial impediram uma virada para o estilo chinês e empossaram um regime de extrema direita.

A segunda força crítica, em grande parte extracapitalista, é composta das centenas de milhões de camponeses sem-terra, trabalhadores informais e vendedores ambulantes que constituem as vastas populações das favelas em muitas partes da África, Ásia e América Latina. (Seu equivalente no Norte talvez seja o crescente número de jovens marginalizados, tanto nativos como imigrantes, excluídos da esfera do emprego.) Eles constituem, em potencial, um alentado fator de desestabilização para o capitalismo. A ira e a violência reprimidas dessas camadas já se mostraram muitas vezes explosivas, resultando em pogrons étnicos ou apenas em vandalismo descontrolado. No entanto, esses “miseráveis da terra” também já se envolveram em lutas contra despejos e pelo acesso a água e energia elétrica; tiveram papel significativo nas revoltas árabes de 2011 e nos protestos contra a austeridade econômica no litoral norte do Mediterrâneo e do Mar Negro – Grécia, Espanha, Bulgária, Romênia.

Em que condições essas forças poderiam se articular com alguma alternativa socioeconômica viável? Qualquer alternativa crítica precisaria falar diretamente a suas preocupações fundamentais – sua identidade existencial coletiva e seus meios de subsistência. Para atingir em profundidade esses estratos populares, seriam necessários meios de comunicação específicos e líderes carismáticos, com trânsito por todas as redes. Como a população urbana geralmente não é organizada, essa força com potencial crítico só entrará em ação se gerada por um acontecimento de natureza imprevisível.
 
A dialética cotidiana do trabalho assalariado capitalista segue atual, embora tenha se reconfigurado geograficamente. A classe operária industrial que subsiste no Norte continua fraca demais para representar algum desafio anticapitalista; a austeridade econômica e as ofensivas capitalistas, contudo, estão engendrando protestos de horizonte curto – inclusive na França, onde, em 2010, operários organizados ameaçaram interromper o fornecimento de gasolina, e, em 2012, metalúrgicos ocuparam fábricas. Os novos trabalhadores industriais na China, Bangladesh, Indonésia e outras partes do Sul podem ter mais cacife para fazer demandas anticapitalistas, mas sua posição fica debilitada pela vasta oferta de mão de obra. Além disso, esses trabalhadores já estão sendo ultrapassados por padrões de emprego mais fragmentados do setor de serviços. Repetidas tentativas de fundar partidos operários, da Nigéria à Indonésia, fracassaram; o único sucesso nos últimos trinta anos foi o PT no Brasil. Tanto na Coreia do Sul como na África do Sul há movimentos operários importantes, baseados nos sindicatos, mas lhes faltam articulações políticas fortes: os sindicatos sul-africanos são ofuscados pela natureza do governo do ANC (Congresso Nacional Africano), e na Coreia os sindicatos se veem prejudicados por um partidarismo mesquinho, que no final de 2012 conseguiu torpedear um projeto, já bem desenvolvido, de formação de um partido de esquerda unido.

Embora no Sul as lutas de classe tenham obtido aumentos salariais e, em certa medida, condições de trabalho menos horríveis, parece improvável que se transformem num desafio mais sistêmico. No leste da Ásia, em particular, o capitalismo industrial está conseguindo elevar os níveis de consumo de modo muito mais rápido que as economias europeias, de desenvolvimento mais lento. É verdade que os atuais governos do Partido Comunista na China e no Vietnã não descartam uma virada anticapitalista – que seria viável, caso fosse tentada.
Para tanto, seria preciso que o crescimento apresentasse uma queda e também ocorresse uma mobilização eficaz dos trabalhadores contra a enorme desigualdade, que ameaça a “harmonia” ou coesão social do capitalismo comunista. Tal conjectura é imaginável, mas altamente improvável, pelo menos em médio prazo. Cenário mais promissor pode ser a articulação das lutas operárias com as lutas comunitárias por habitação, saúde, educação ou direitos civis.
 
Uma quarta força social potencialmente crítica pode estar surgindo no seio da dialética do capitalismo financeirizado. Camadas da classe média – incluindo, como fator decisivo, os estudantes – desempenharam papel fundamental nos movimentos de 2011 na Espanha, Grécia, Oriente Médio árabe, Chile, bem como nos protestos mais fracos do movimento Occupy nos Estados Unidos e na Europa – e na onda de manifestações na Turquia e no Brasil, em 2013. Essas irrupções levaram às ruas tanto jovens da classe média como das camadas populares contra sistemas capitalistas corruptos, exclusivistas, causadores de polarização social. Eles não conseguiram desestabilizar o poderio do capital, ainda que em 2011 dois governos tenham sido derrubados, Egito e Tunísia. No entanto, talvez venham a se revelar como ensaios gerais para dramas que estão por vir.

Os discursos sobre a nova classe média se multiplicaram nos últimos dez anos. Quando se originam na África, Ásia e América Latina, ou discorrem sobre essas regiões, predomina o tom triunfalista – embora mais cauteloso acerca da Europa Oriental –, que proclama a iminência de grandes mercados de consumidores solventes. Corretos ou não, discursos de classe são sempre significativos socialmente, de modo que o recrudescimento, a nível global, do discurso da classe média é um notável sintoma da década de 2010. Normalmente não aponta para nenhuma dialética social crítica; pelo contrário, em geral aplaude o triunfo do consumismo. A classe trabalhadora está desaparecendo dos documentos do Partido Comunista chinês e vietnamita, enquanto na Europa – Alemanha à frente – o ideal de uma “sociedade empresarial” substituiu a autoimagem de “sociedade assalariada” de meados do século XX. Comentaristas políticos costumam ver na classe média um alicerce promissor para economias “sólidas” e para a democracia liberal, embora economistas ponderados, particularmente no Brasil, já enfatizassem a fragilidade da noção de classe média e o risco sempre presente da pobreza a que muita gente está exposta. Já nos Estados Unidos predomina a preocupação com o declínio da classe média, em status econômico e peso social. A Europa Ocidental não seguiu exatamente o mesmo caminho: ali a noção de classe média sempre foi mais circunscrita do que nas Américas ou na Ásia – incluindo a China pós-maoista – devido à presença discursiva já bem estabelecida de uma classe trabalhadora. Fora da Europa, o novo conceito de classe média hoje engloba a vasta massa da população que fica entre os muito pobres e os ricos – com frequência a linha de pobreza é definida como uma receita ou despesa diária de 2, 4 ou 10 dólares, enquanto o limite superior exclui apenas os 5 ou 10% mais ricos.

Diferentemente da classe operária industrial, o composto heterogêneo conhecido como “classe média” não tem nenhuma relação específica com a produção, tampouco abriga tendências próprias de desenvolvimento, salvo o consumo ilimitado. No entanto, não importa como seja definida, a classe média – ou partes substanciais dela – já demonstrou ser capaz de atuar politicamente de modo significativo, e sua importância aumenta com o declínio ou a desorganização do proletariado industrial. A crescente classe média do Sul global merece particular atenção, pois pode ser crucial na definição das opções políticas.
Justamente por sua indeterminação social, a pressão da classe média pode ser aplicada em direções diferentes, e até opostas. No Chile, a classe média mobilizada atuou fortemente por trás do golpe de Pinochet, enquanto na Venezuela, em 2002, ela apoiou uma tentativa fracassada de desbancar Hugo Chávez; seis anos depois, os abastados “Camisas Amarelas” de Bangcoc derrubaram o governo da Tailândia. Como mostra a história da Europa do século XX, a classe média não é uma força intrinsecamente a favor da democracia. Mas também tem exercido pressão por mudanças democráticas, tendo atuado em Taiwan e na Coreia do Sul na década de 1980 – ao lado dos operários industriais – e na Europa Oriental em 1989. Foi uma força fundamental no Cairo e em Túnis em 2011, e defendeu os protestos populares de rua na Grécia, Espanha, Chile e Brasil em 2011–13. Sua volatilidade política é vividamente ilustrada pelas guinadas no Egito, desde a aclamação da democracia até a adulação aos militares e sua crescente repressão, aceitando, efetivamente, a restauração do ancien régime sem Mubarak.

Mas as intervenções críticas de forças da classe média também podem se manifestar nas urnas. Em 2012 a Cidade do México, com uma população igual à de um país europeu de tamanho médio, elegeu um prefeito de esquerda pelo quarto mandato consecutivo; o candidato, Miguel Ángel Mancera, abocanhou quase 64% dos votos, números que sugerem um bloco popular incontornável. Na Índia, a trajetória do AAP, o Aam Aadmi Party (Partido do Homem Comum), continua indefinida. O avanço espetacular do partido e de seu líder, Arvind Kejriwal, deveu-se a uma nova aliança que uniu manifestantes anticorrupção de classe média a um conjunto de propostas concretas sobre o acesso a água e outros serviços públicos, que podiam beneficiar camadas mais amplas. O novo partido venceu em Nova Delhi, bem como em nove dos doze distritos eleitorais das castas mais desfavorecidas, assumindo o governo da capital em fins de 2013 – e deixando o cargo depois de apenas 49 dias, quando seus esforços legislativos para coibir a corrupção se paralisaram por falta de aprovação do governo central. Na Indonésia, um candidato reformista, Jokovi, ganhou o governo de Jacarta em 2012, vencendo (com uma plataforma de ampliação dos serviços de educação e saúde e promoção do “urbanismo empresarial”) as forças locais do establishment, além de uma odiosa campanha sectário-religiosa (seu companheiro de chapa era um chinês cristão). Também aqui a força e a eficácia das alianças de classe – sua capacidade de oferecer melhorias tangíveis às massas populares – ainda estão por surgir.
 
O capitalismo – e sobretudo o capitalismo industrial – tem sido alvo de críticas culturais desde que o poeta William Blake denunciou seus “tenebrosos moinhos satânicos”. Durante muito tempo o sistema simplesmente passava direto por essas lamentações, mas o ano de 1968 pôs fim ao sossego. Os movimentos então simbolizados não fizeram muito progresso contra o capitalismo em si, mas exerceram impacto sobre as relações sociais: conseguiram erodir o patriarcado e a misoginia, deslegitimar o racismo institucional, reduzir a deferência e a hierarquia – em suma, promoveram a igualdade existencial, sobretudo na Europa e nos Estados Unidos. Contudo, boa parte dessas transformações culturais vem sendo absorvida pelo capitalismo avançado, com a informalidade das indústrias de alta tecnologia, a onda de mulheres em altos cargos executivos, a generalização dos direitos dos gays e do casamento homossexual, a figura social do bubo, o burguês boêmio com dinheiro e valores de esquerda, e assim por diante.

Os movimentos baseados numa crítica cultural da sociedade capitalista sempre clamaram pela limitação e a regulamentação do desenvolvimento capitalista; ou então apresentaram formas alternativas de vida. As próximas décadas podem vir a conhecer pelo menos quatro tipos de movimentos crítico-culturais significativos, tanto pela abordagem da “limitação” como pela proposta de“alternativas”. Historicamente, o argumento mais importante a favor da limitação apontou a ameaça que o capitalismo desenfreado representa para a coesão social. A questão ambiental é mais recente, com sua discussão sobre o risco que o ecossistema corre pelas consequências não intencionais da industrialização, cada vez mais fora de controle.

Entre as “alternativas”, a relevância dosocialismo anda suspensa, porém há outras visões claramente discerníveis, mais parecidas com o comunismo no sentido marxista original do que com o socialismo industrial do século XX. Hoje é possível identificar dois desses movimentos, pelo menos em embrião, ambos oferecendo a promessa de uma qualidade de vida superior à do capitalismo. A primeira, mais bem articulada na Alemanha, parte da experiência dos países desenvolvidos e tem uma ênfase “pós-crescimento”. A segunda apresenta uma alternativa geossocial, derivando sua força do Sul não capitalista.
 
Em primeiro lugar, a coesão social é muito menos vital para as elites de hoje do que era para as elites de séculos anteriores. Os exércitos com alistamento obrigatório foram em grande parte substituídos por forças mercenárias; os meios de comunicação têm ajudado a tornar as eleições internas “administráveis”; o consenso econômico predominante sustenta que a confiança dos investidores internacionais tem mais influência sobre o crescimento econômico do que a coesão do desenvolvimento. Para as elites do Norte, a coesão implica uma pressão sobre os imigrantes para se assimilarem melhor, em nome da “integração”. É verdade que existe uma preocupação oficial da União Europeia com a coesão social, mas na prática isso se manifesta sobretudo em termos geográficos, com o financiamento de programas de desenvolvimento nas regiões mais pobres. Durante a crise atual, que impôs uma dura austeridade econômica sobre as populações do sul da Europa, vê-se pouco interesse oficial pelo aumento da exclusão social.
A coesão nacional já não é mais considerada a chave para o poder imperial – como foi nos séculos XIX e XX, quando a “revolução vinda de cima” da dinastia Meiji no Japão, e as tentativas menos bem-sucedidas de outros regimes, desde a China da dinastia Qing até o Império Otomano, a via como a base da moderna força geopolítica. Após a Segunda Guerra Mundial, o desenvolvimento capitalista nacional coeso era o objetivo dos governantes eleitos do Japão e também dos militares de Taiwan e da Coreia do Sul, o que reverteu em sociedades industriais cujos baixos níveis de desigualdade econômica só ficavam a dever, no mundo capitalista, aos Estados europeus do bem-estar social. Para os governantes da República Popular da China, a coesão social continua a ser um critério decisivo do desempenho político. A extraordinária desigualdade produzida pela China nos últimos 35 anos – tão diferente da trajetória igualitária, de crescimento rápido do Japão, Coreia do Sul e Taiwan – torna insustentável a autoimagem da China como uma “sociedade harmoniosa”. Isso também pode ocorrer em outras partes do Sul.

No entanto, a exclusão social, a desigualdade e o deslocamento continuam a ser uma possível base para as críticas vindas de baixo, como já mostraram os recorrentes movimentos de protesto dos últimos anos. A lógica de O Capital não dá conta das atuais sociedades capitalistas, que também incluem áreas não capitalistas, com seus espaços e serviços públicos. No momento, o capitalismo está decidido a invadir todas as esferas da vida social – restringindo, ainda que não abolindo necessariamente (por enquanto), tudo que é público. Essa disseminação cria correntes de resistência, de defesa do que é público ou não comoditizado. Recentemente tem havido uma proliferação global desse tipo de movimento de protesto: contra a privatização do ensino superior no Chile e em outras partes da América Latina; contra a comercialização dos espaços públicos em Istambul; e, na Suécia, um ressentimento, mais abafado porém amplo, contra a desestatização de escolas e serviços sociais.
 
A mercantilização das relações sociais e o enfraquecimento, promovido pelo neoliberalismo, de qualquer noção de interesse público ou senso de responsabilidade social têm proporcionado grandes oportunidades para a corrupção. Mesmo em países como a Suécia, antes regidos por uma ética de serviço público muito forte, embora agora vilipendiada, os negócios obscuros entre a esfera pública e a privada se tornaram endêmicos. No Sul, onde a corrupção maciça é sistêmica na maioria dos países – e também na China e no Vietnã –, as campanhas em prol das “mãos limpas” são comuns, porém têm pouco impacto. Vez por outra são efetivas, como aconteceu nas manifestações de Nova Delhi. Iniciados em 2011 por Anna Hazare após a roubalheira descarada propiciada pelos Jogos da Commonwealth de 2010, os protestos acabaram se transformando no Aam Aadmi Party. Os movimentos contra a corrupção e a exploração comercial de espaços e serviços públicos tendem a crescer, já que as provocações vão se multiplicar, e também porque hoje os cidadãos são menos deferentes à autoridade, mais bem informados e mais fáceis de mobilizar por meio das mídias sociais. Um caso exemplar foi o da Turquia em 2013. Contudo, se esses protestos não integrarem configurações sociopolíticas mais amplas, eles vão permanecer – juntamente com as manifestações contra o endividamento e os despejos – dentro dos limites do sistema capitalista.

Na década de 1980, ambientalistas críticos ao capitalismo se organizaram num movimento social que ainda tem considerável expressão. Pode-se dizer que os desafios ecológicos apresentados por alterações climáticas, poluição urbana, pilhagem de oceanos e esgotamento de reservas hídricas reiniciaram a dialética entre o caráter social das forças de produção e a natureza das relações de propriedade existentes – uma dialética que a desindustrialização e o triunfo do capitalismo financeiro no Norte haviam suspendido. O impacto dessa crítica provavelmente vai depender de sua capacidade de desenvolver uma responsabilidade regulatória coletiva e ao mesmo tempo não exigir sacrifícios como o não crescimento. Uma questão crucial é a desastrosa poluição das cidades chinesas – inclusive, espetacularmente, Pequim – e de outros centros urbanos da Ásia. Na China, a poluição também está destruindo grandes áreas de solo arável. Ao exigir a regulamentação pública, o ambientalismo poderia se articular com as críticas ao capitalismo financeiro desenfreado. As escassas alianças desse tipo ressaltam a fraqueza da esquerda no Atlântico Norte – para não mencionar a obsessão chinesa, ainda praticamente incontestada, de recuperar o atraso econômico.

Uma crítica ao consumismo poderia assumir uma nova forma geracional. “1968” foi um movimento jovem – “Não confie em ninguém com mais de 30 anos” –, ao passo que nos protestos de 2011 no Mediterrâneo e no Chile, ou no Brasil em junho de 2013, muitos manifestantes estavam acompanhados dos pais. A crise devastadora do neoliberalismo na Argentina no alvorecer do século xxi acarretou vigorosos protestos de rua de aposentados, em defesa de suas pensões. Um movimento crítico poderia emergir das populações idosas da Europa e do Japão, em especial entre os mais velhos da geração de 1968. Poderiam ser protestos por qualidade de vida – serenidade, segurança, estética – em detrimento da expansão econômica e acumulação de capital. É pouco provável que ganhem muito impulso fora da Europa ou Japão, exceto, talvez, na região do rio da Prata e entre as minorias das “primeiras nações” indígenas. O consumismo parece persistir como a principal dinâmica cultural.
 
Articulada pelo movimento do Fórum Social Mundial, a crítica feita pelo Sul global ao capitalismo do Atlântico Norte foi levada mais adiante pelo estudioso português Boaventura de Sousa Santos em sua obra Epistemologias do Sul. Sua análise provavelmente exercerá uma influência cada vez maior devido às mudanças geopolíticas do poder planetário; mas também é provável que encontre resistência arraigada, e não apenas das elites do Norte. O consumismo está seduzindo novas e vastas camadas do Sul, que acorrem, em adoração, aos shopping centers que brotam como cogumelos. Boaventura e outros estudiosos abrem um espaçocrítico que deveria abalar a arrogância cultural do Norte. O problema deles é que se dirigem sobretudo àqueles que têm mais a perder com a sua mensagem: os modernos do Norte. No entanto, o espelho do Sul que o movimento do Fórum Social Mundial mostrou ao capitalismo do Atlântico provavelmente será incorporado ao pensamento crítico do Norte – tal como deveria ser.

Em resumo: as populações pré-capitalistas, lutando para conservar seu território e seus meios de subsistência; as massas “excedentes”, excluídas do emprego formal nos circuitos da produção capitalista; os trabalhadores fabris explorados em todas as zonas ex-industriais decadentes e outras zonas empobrecidas; novas e antigas classes médias, cada vez mais oneradas com o pagamento de dívidas às corporações financeiras – estas constituem as possíveis bases sociais para as críticas contemporâneas à ordem capitalista dominante. O avanço exigirá, quase com certeza, alianças entre essas bases e, portanto, a articulação de seus interesses. Para qual caminho, ou quais caminhos, vai pender a nova classe média na África, Ásia e América Latina? Esse será um fator determinante e vital.

Se a classe média em ascensão representou a vanguarda do desenvolvimento capitalista na Euro-América do século XIX, hoje sua função não é mais essa. O capital financeiro e as empresas multinacionais há muito tempo usurparam esse papel. Em vez disso, a classe média precisa tomar partido em sociedades fortemente polarizadas, seja ao lado dos oligarcas contra os pobres, seja com o povo contra os oligarcas. Qualquer crítica viável ao capitalismo do século xxi terá que recrutar grande parte da classe média, abordando algumas de suas preocupações e procurando articulá-las numa direção crítica, igualitária. Isso implicaria respeitar os valores clássicos da classe média de trabalho duro, autossuficiência, racionalidade e justiça. Será preciso articular a compatibilidade desses interesses com as demandas populares de inclusão e igualdade, e a sua incompatibilidade com as práticas insensatas das elites financeiras, os capitalistas de compadrio e os regimes corruptos ou autoritários. A classe média, em especial os assalariados e profissionais liberais, também está potencialmente aberta a críticas culturais feitas ao capitalismo, em especial quanto a questões ambientais e de qualidade de vida. Contudo, dada a inconstância política da classe média, qualquer virada progressista vai exigir a mobilização de considerável força popular entre as duas primeiras correntes sociais já mencionadas: as populações pré-capitalistas invadidas ou marginalizadas, e os trabalhadores que procuram se defender na esfera da produção.

12 de abril de 2014
Piauí, mar 14

O CAPITÃO DO TIME


Até aqui o PT e seus aliados se valiam de ardis e manobras regimentais para tentar impedir a apuração de malfeitos que pipocam no governo e, mais especificamente, na Petrobras. Agora a estratégia ficou mais explícita e ganhou cara: o capitão do time do vale-tudo veio a público dizer que ao petismo não interessa apurar nada. O que interessa é só preservar o poder e manter a máquina de alimentar a corrupção funcionando.

Luiz Inácio Lula da Silva deu ontem extensa entrevista a jornalistas amigos do PT para passar instruções ao time do vale-tudo. Para ele, “é preciso ir para cima” e “defender com unhas e dentes” as ações do governo, os atos de sua gestão e os da presidente Dilma Rousseff. Caberia muito bem ter acrescentado: e sem nenhum escrúpulo ou preocupação com o interesse nacional. Ele não disse, mas o sentido das instruções do capitão é este.
Lula vocaliza com suas próprias palavras as mesmas diretrizes – ou melhor seria dizer “ordens”? – dadas a sua tutelada, a presidente Dilma Rousseff, em reunião no último sábado. Disciplinada discípula, a petista saiu anteontem mesmo cumprindo as orientações do tutor e acusando a oposição, durante ato que deveria ser meramente administrativo, mas foi novamente transformado em palanque, em Contagem (MG).


O ex-presidente comparou os riscos de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar os escândalos envolvendo a Petrobras, em especial a ruinosa compra da refinaria de Pasadena, com as consequências da investigação que resultou na descoberta do mensalão. Se são parecidos, mais necessária ainda se faz a apuração. Se são parecidos, é porque há coisa grande a descobrir.
 O que o capitão e seu time querem esconder?

O medo da luz do sol é gigantesco, a julgar pelos mundos que o PT e seus aliados estão movendo para impedir que a CPI aconteça. Manobras regimentais, nomeação de relatores amigos, ardis imorais, tudo tem sido feito para barrar a apuração pedida pela sociedade e apoiada pelo número mínimo de apoios regimentalmente exigido pelos estatutos do Congresso para funcionar.

Contra as evidências de corrupção que dia após dia vêm à tona, o governo petista trabalha para melar o jogo, insistindo numa CPI cujo pretexto é investigar tudo para não investigar nada. A oposição resiste a este rolo compressor, insiste no esclarecimento dos malfeitos e ontem foi ao Supremo Tribunal Federal com mandato de segurança e pedido de liminar para tentar garantir o direito constitucional da minoria de fiscalizar as ações de governo.

É clara a diferença de orientação entre as duas estratégias. 
Enquanto a oposição recorre às instituições, a princípios legais e a direitos constitucionais, o governo e sua base lançam mão de estratagemas de submundo, de palavras de ordem e da artilharia pesada que alimenta a máquina de destruir reputações que o PT movimenta na internet. Foram instruções como estas que Lula reforçou ontem a seu time.

Os meios empregados pelo capitão são conhecidos e Lula não se furtou a, mais uma vez, explicitá-los na entrevista que concedeu aos blogueiros amigos : 
“Temos que retomar com muita força essa questão da regulação dos meios de comunicação do país”, instruiu o tutor de Dilma, conforme destacou a Folha de S.Paulo.  


Em palavras mais simples: 
o sonho do capitão, apoiado por seu time, é que só o que convém ao petismo venha a público. Censura, pois.O capitão do time do vale-tudo voltou com força total. 

 
A dúvida que fica no ar – e à qual Lula possivelmente não gostaria de responder, nem seus jornalistas amigos perguntaram – é:
 o que ele, a presidente Dilma Rousseff e o PT tanto temem? 
Por que tanta resistência a permitir que a sociedade, por meio de uma CPI no Congresso, passe seus governos a limpo? 
O que eles querem tanto que permaneça escondido? 
Fala mais, Lula!

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12 de abril de 2014
 Instituto Teotônio Vilela


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MERCADO ANTECIPA SEU JULGAMENTO SOBRE DILMA. E A SENTENÇA É DURA.

 

O valor da Petrobras caiu quase à metade do que era quando Dilma colocou a faixa presidencial, e ela se tornou símbolo da má gestão da presidente


 Pescoço a prêmio - Dilma quer entregar a cabeça de diretores da Petrobras para estancar a crise
(Dida Sampaio/Estadão Conteúdo)


Acrise da Petrobras só não se encaixa na definição de tempestade perfeita sobre o Planalto porque a campanha presidencial de 2014 ainda não começou e há uma Copa do Mundo a separar o Brasil de hoje daquele que vai às urnas em outubro. Seis meses em política é uma eternidade, e o que parece hoje uma cápsula de cianureto para os planos de reeleição de Dilma Rousseff pode ir se diluindo até sobrar apenas um sal amargo, desagradável, mas digerível pela opinião pública.

Pelo menos essa é a esperança do governo. A da oposição é a de que os poços de escândalos da Petrobras sejam muito mais profundos e ricos em notícias cada vez mais intoxicantes para Dilma e sua candidatura.

A situação na semana passada era desastrosa para as duas Dilmas, a presidente e a candidata, que se confundem na percepção do eleitor. Essa confusão é boa quando as coisas fluem com serenidade e péssima quando a maré contrária é muito forte.

É o caso de Dilma Rousseff neste momento.

Tudo parece conspirar coordenadamente contra a presidente, até, espantosamente, ela própria ao chamar atenção para o episódio da compra da refinaria de Pasadena, que se tornou, perante a opinição pública, sinônimo de um prejuízo de 1 bilhão de dólares para o Brasil.

O caso Pasadena parecia perdido entre camadas de outros desgovernos que, embora mais destrutivos, eram mais fáceis de explicar e, portanto, mais difíceis de ser explorados eleitoralmente pela oposição. Fala-se aqui do rombo de centenas de bilhões de reais cavados no setor energético pela tentação populista de Dilma de obrigar as empresas a fornecer eletricidade a um preço abaixo do custo de produção e a Petrobras a importar gasolina cara e vendê-la mais barato aos distribuidores.

Perto do prejuízo produzido pela política desastrosa de segurar artificialmente o preço da luz e da gasolina, empalidece a perda com a compra da refinaria do Texas.

Na Petrobras viraram pó mais de oitenta Pasadenas em valor de mercado e trinta Pasadenas em prejuízo financeiro pelo subsídio à gasolina e ao diesel.

Na Eletrobras queimaram-se quase sete Pasadenas em valor de mercado.


Circula a versão de que a estratégia de Dilma era reabrir o caso Pasadena agora e, assim, minimizar sua exploração pela oposição na fase de debates da campanha eleitoral. Se foi isso mesmo, ela deu um tiro no pé, outros no peito e, quem sabe, um de misericórdia na própria cabeça.

Os escândalos da Petrobras anteciparam o julgamento pelos investidores da capacidade de governar de Dilma.

A sentença foi dura.

Ela se traduz pela seguinte equação: basta Dilma cair nas pesquisas para que aumente a disposição do mercado de investir no Brasil.

Na semana passada, uma pesquisa CNI/Ibope mostrou uma queda de 7 pontos porcentuais na aprovação do governo. O resultado imediato foi um dia de forte alta na Bovespa (3,5%) com ganhos extraordinários para as ações da Petrobras (8%), da Eletrobras (10%) e do Banco do Brasil (6%).

O recado do mercado foi inequívoco e cristalino: o governo não é parte da solução, o governo é o problema.
Diz Ricardo Corrêa, diretor da Ativa Corretora: “Sem a intervenção política do governo, a Petrobras e a Eletrobras são investimentos de enorme potencial. A Petrobras, em alguns anos, vai se tornar uma das maiores empresas de petróleo no mundo”.
12 de abril de 2014 
Robson Bonin e Malu Gaspar
Veja.com

Com reportagem de Alana Rizzo e Marcelo Sakate

ROMEU TUMA JR DETONA EM ENTREVISTA EXCLUSIVA PARA TV EM JOINVILLE

 
https://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=ZDicAbHnqQQ

Como noticei aqui no blog o autor do livro-bomba, o ex-Secretário Nacional de Justiça, Romeu Tuma Jr., esteve promovendo três rodadas de autógrafos do best-seller de sua autoria "Assassinato de Reputações - Um Crime de Estado" que já vendeu mais de 100 mil cópias e há 13 semanas permanece entre os mais vendidos nas livrarias brasileiras. 

O périplo de Tuma Jr. em Santa Catariana começou na última segunda-feira em Joinville, onde autografou o livro-bomba para dezenas de leitores na Livraria Curitiba e o dia seguinte, terça-feira, repetiu a dose no Centreventos Cau Hansen. De Joinville Tuma Jr. foi a Florianópolis onde promoveu uma noite de autógrafos na Livraria Catarinense no Beiramar Shopping.

Entretanto, por alguns motivos fortuitos que atrasaram a sua viagem a Florianópolis, Tuma Jr. acabou não sendo entrevistado por nenhum veículo de comunicação de Florianópolis e a sessão de autógrafos não teve cobertura dos veículos locais.

Mas em Joinville, o evento teve ampla repercussão e Tuma Jr. foi entrevistado no programa Crônicas Marcianas, criado e apresentado por Roger Robleño, profissional de comunicação. Esse programa começou sendo veiculado somente pela internet. Mais recentemente integra a grade de programação do Canal 20, da Net para o Norte catarinense e Via Max canal 10. Ainda assim, o programa também pode ser visto pela internet em canal no Youtube e também no Facebook.

O programa é bem feito, tem bom ritmo e é muito bem apresentado pelo Roger Robleño. Tanto é que tem todas as condições de ser levado ao ar também na TV aberta com sucesso garantido. Esta é a minha impressão, embora televisão não seja a minha especialidade.

Seja como for, o fato é que o programa está muito bom, com grande interação via internet, com perguntas formuladas ao entrevistado, além de uma bancada de entrevistadores no estúdio.

Por tudo isso, vale a pena ver o programa e as revelações e comentários de Romeu Tuma Jr., que fala sobre a tentativa do governo Lula e seus sequazes, de destruir a sua reputação.

É digno de nota que, ao contrário de outras vítimas do deletério esquema de execração pública em curso no Brasil desde que Lula assomou o poder, Romeu Tuma Jr., foi para o ataque e não deixou pedra sobre pedra. 

O livro de Tuma Jr. é um poderoso libelo contra a odiosa destruição de reputações que já faz parte do cotidiano dos brasileiros com o lamentável concurso de boa parte da grande imprensa nacional. Tudo em proveito político de  Lula, aliás, 'Barba', ex-informante do Dops.

Por tudo isso, vale a pena ver a gravação completa do programa neste vídeo. O Roger Robleño está fazendo um ótimo trabalho como vocês poderão conferir. É isso aí.
 
12 de abril de 2014
Veja

REPORTAGEM-BOMBA DE VEJA

REPORTAGEM-BOMBA DE 'VEJA' AFASTA O 'CABOCLO TRANCA-RUA' E ADIANTA QUE UM HOMEM-BOMBA DA PETROBRAS TIRA O SONO DOS CORRUPTOS!
 
A revista Veja que chega às bancas neste sábado está arrasadora! A reportagem-bomba desta vez indica que o que já vazou de explosivo sobre a roubalheira promovida pelo PT sob chefia de Lula, Dilma e seus sequazes, poderia ser apenas a ponta de um iceberg gigantesco. 
 
Paulo Roberto Costa, ex-diretor da Petrobras preso pela Polícia Federal, seria o homem-bomba pronto para explodir arrastando para o olho do furacão da corrupção gente graúda. Os corruptos se apavoram só em pensar o que esse homem ainda pode revelar.
 
Mas além desta matéria que é a principal chamada de capa da revista, há ainda mais duas reportagens bomba. Uma delas é sobre um dos últimos escândalos gerados pelo PT envolvendo o grão-petista André Vargas, que ocupava a vide-presidência da Câmara Federal, até que foi flagrado pela Operação Lava Jato, da Polícia Federal por suas ligações com o doleiro Alberto Youssef.
 
Sobre André Vargas, a reportagem de Veja afasta do caminho o "caboclo tranca-rua" e revela as chantagens de Vargas para salvar seu mandato de deputado, haja vista que Lula determinou que o “companheiro” fosse abandonado, como de fato foi. Afinal, André Vargas pensou que fosse da panelinha petista, mas descobriu agora que não é ninguém. Ou seja, não é um Zé Dirceu, nem um Zé Genoíno e não verá nenhuma manifestação de seus ex-supostos correligionários gritando palavras de ordem em seu apoio.
 
Outra matéria importante de Veja desta semana faz o que a maioria da grande imprensa tinha o dever de fazer ao longo desses últimos dois meses, ou seja, parar de passar a mão na cabeça de Nicolás Maduro, títere de Fidel Castro que mata cidadãos venezuelanos como quem esmaga uma mosca.
 
Veja foi a campo e relata o depoimento exclusivo de 10 vítimas da repressão chavista que relatam casos de prisão e tortura nos calabouços da polícia política do regime comunista que destrói a Venezuela com um banho de sangue.
Mais uma vez a revista Veja cumpre a missão jornalística que é informar o que acontece no Brasil, na América Latina e no mundo, sem concessões à patrulha esquerdista que infesta o jornalismo brasileiro.
 
Os veículos da grande mídia, em sua maioria, são capachos do Foro de São Paulo. Salva-se apenas a revista Veja. Isto quer dizer que dar mais quatro anos de governo para o PT é o mesmo que fazer um acordo com satanás, porque o plano totalitário do PT irá começar com o fim da liberdade de imprensa. E o fim da liberdade de imprensa é o fim da liberdade no seu sentido mais amplo.
Basta um simples olhar sobre a Venezuela, sem os filtros impostos pelos psicopatas do PT infiltrados nas redações dos veículos de mídia, nas escolas e nas universidades.
É hora de dar um basta a isso tudo. Aliás, já passou da hora! 
 
12 de abril de 2014
in aluizio amorim

ANALISTAS POLÍTICOS AFIRMAM QUE PARTICIPAÇÃO DE CAPRILES EM REUNIÃO DE PAZ É BOM PARA REGIME COMUNISTA VENEZUELANO


O opositor Henrique Capriles durante a reunião de diálogo da oposição com o governo. No momento em que faço esta postagem a reunião ainda está acontecendo, segundo me informam desde a Venezuela, pelo Twitter. A reunião está sendo transmitida em cadeia de rádio e televisão, já que o governo controla todas as emissoras obrigando-as a transmitir as tais "cadenas". 
O líder opositor venezuelano Henrique Capriles assume um grande risco ao participar nos ‘diálogos de paz’ convocados pelo regime de Nicolás Maduro, ao envolver-se numa situação que poderia erodir ainda mais seu capital político por participar num processo que não irá a nenhum lugar, segundo advertem diversos analistas políticos ouvidos pelo jornal El Nuevo Herald. A reportagem é assinada pelo jornalista Antonio Maria Delgado, expert em América Latina, cujos primeiros parágrafos reproduzo em tradu,ção livre do espanhol e, abaixo, no original com link para leitura completa.
 
Diz a reportagem que os especialistas consultados asseguram que o diálogo é apenas um evento para fotografia, que não poderá deter o crescente descontentamento que se está acumulando contra o regime de Maduro, nem a feroz repressão empreendida por seu regime, que já deixou um saldo de 39 mortos, mais de 600 feridos e mais de 2.200 detidos.
 
“O que está se passando na Venezuela adquiriu vida própria. O protesto, a resistência que já chega a dois meses na Venezuela, não têm a liderança de Capriles e nem é conduzido por ele e nem pela Mesa de Unidade Democrática (MUD)” [que reúne os partidos de oposição contra o chavismo], disse em Miami ( EUA) o analista político Rafael Revilla.
 
O assesor político Orlando Viera-Blanco coincidiu na sua análise com Revilla: “Maduro não poderá superar a crise com esse diálogo - sustentou Viera-Blanco desde Miami. “No momento, o que poderia ganhar é uma espécie de trégua espontânea, para respirar, que não passa de 48 horas.”
 
Capriles e a MUD, em troca, poderiam ver-se prejudicados politicamente entre os setores da oposição, ao ver-se demasiados dispostos a dar a mão a Maduro, disse Viera-Blanco
 
“A MUD converteu-se no operador político de menos prestígio segundo as últimas pesquisas”, observa o analisar Viera-Blanco.
O governo da Venezuela e a oposição acordaram terça-feira sentar-se à mesa para conversa numa reunião pública que ocorreu nesta quinta-feira.
 
Mas segundo os analistas, Capriles podereia estar fazendo o papel de bobo útil ao envolverse num processo que por um lado está condenado ao frcasso, e que por outro, somente beneficia o governo.
 
“O diálogo é uma legitimação para Maduro, que havia perdido a legitimidade internacional e este proecesso lhe permite recuperá-la. Lhe permite voltar a exibir um critério de que é democrático e que tem legitimidade para governar, o que havia perdido com a violação dos direitos humanos”, disse Antonio De La Cruz, diretor executivo da empresa de assessoria Inter American Trends, em Washington.
 
Transcrevo a primeira parte da reportagem de El Nuevo Herald no original em espanhol com link para leitura completa. Leiam:
 
EN ESPAÑOL - El líder opositor venezolano Henrique Capriles asume un gran riesgo al participar en los diálogos de paz convocados por el régimen de Nicolás Maduro, al involucrarse en una situación que podría erosionar aún más su capital político a cambio de participar en un proceso que no va a ninguna parte, advirtieron analistas.
 
Los especialistas consultados aseguraron que el diálogo que se inicia el jueves en Caracas es solo un evento de fotografía, que no podrá detener el creciente descontento que se está acumulando en contra del régimen de Maduro, ni la feroz represión emprendida por su régimen, que ha dejado un saldo de 39 muertos, más de 600 heridos y más de 2,200 detenidos.
 
“Lo que está pasando en Venezuela ya adquirió vida propia. La protesta, la resistencia que lleva 60 días en Venezuela, no la están conduciendo Capriles, ni la Mesa de la Unidad Democrática [MUD]”, dijo en Miami el analista político Rafael Revilla.
 
El asesor político Orlando Viera-Blanco coincidió.
“Maduro no va a poder superar la crisis con ese diálogo”, sostuvo Viera-Blanco también en Miami. “Por lo pronto, lo que podría ganar es una especie de tregua espontánea, de respiro que no pasa de 48 horas”.
 
Capriles y la MUD, en cambio, podrían verse perjudicados políticamente entre los sectores de la oposición, al verse demasiado dispuestos a darle una mano a Maduro, dijo Viera-Blanco.
“La MUD se ha convertido en el operador político de menos prestigio según las últimas encuestas”, señaló.
 
El otrora candidato presidencial de la oposición aseguró que acudirá el jueves al diálogo, en un mensaje en el que también les pidió a los venezolanos a ver la transmisión en cadena de radio y televisión, porque pretende tomar la oportunidad para hablar con la verdad en la mano.
 
“Yo voy mañana (jueves) a defender la verdad […] Mañana (jueves) todos vean la cadena porque les aseguro que si esa reunión es en Miraflores cuando nos toque hablar temblará Miraflores, porque le diremos al gobierno la verdad”, dijo Capriles en un acto público.
 
El gobierno de Venezuela y la oposición acordaron el martes sentarse a conversar en una reunión que será pública y contará con la presencia de tres cancilleres de la Unión de Naciones Suramericanas (Unasur) y a la que también se extendió una invitación al Vaticano para ser “testigo de buena fe”.
Pero, según los analistas, Capriles podría estar jugando el papel del tonto útil al involucrase en un proceso que por un lado está condenado al fracaso, y que por el otro, solo beneficia al gobierno.
 
“El diálogo es una legitimación para Maduro, que había perdido legitimidad internacional y este proceso le permite recuperarla. Le permite volver a montarse sobre un criterio de que es democrático y de que tiene legitimidad para gobernar, lo que había perdido con la violación de los derechos humanos”, dijo Antonio De La Cruz, director ejecutivo de la firma de asesores Inter American Trends, en Washington.
 
 
12 de abril de 2014
in aluizio amorim

PORTO FINANCIADO POR DILMA É PONTO DE CONTRABANDO INTERNACIONAL DE ARMAS. INCLUINDO AVIÕES MIG-21 DESMONTADOS




Os regimes que ainda insistem em adotar uma posição autoritária, como Cuba. Coreia do Norte e Venezuela, atuam como se fossem uma grande quadrilha internacional, usando os recursos do estado para práticas ilegais. É uma lástima que a cúpula do governo brasileiro esteja intimamente ligada aos ditadores cubanos. Não é de se adimirar que a tão sonhada cadeira na ONU nunca seja concedida, o mundo inteiro já percebeu os laços estreitos que o Brasil têm com os piores regimes do planeta.
Recentemente a ONU divulgou um relatório informando que o porto de Mariel, financiado pelo governo brasileiro, tem facilitado o tráfico de toneladas de armas para a Coreia do Norte.
  Um relatório de peritos do Conselho de Segurança da ONU sobre violações dos embargos de armamento publicado essa semana diz que medidas preventivas, como a inspeção detalhada realizada pelo Panamá em navios que se dirigiam para a Coréia, se mostraram importantes na detecção de violações dos tratados internacionais. O documento revela detalhes de como o porto de Mariel, recentemente reformado pelo conglomerado brasileiro Odebrecht com aporte de recursos do BNDES da ordem de US$ 900 milhões, foi usado para o contrabando de mais de 200 toneladas de armas, incluindo mísseis, para a Coréia do Norte.
RELATÓRIO DA ONU diz que os parceiros mais antigos da Coréia do Norte parecem não ter compreendido os detalhes e implicações do não cumprimento das resoluções sobre o embargo de armamento, e o país tem se aproveitado disso. Continue a leitura aqui...Mensagem secreta recebida pelo capitão do Navio que transportava o material apreendido no Panamá. (Traduzida)
12 de abril de 2014
movcc

ESCÂNDALO DE PASADENA CHEGA EM DILMA.

TCU quer punir Conselho "por dano aos cofres públicos, ato antieconômico e gestão temerária".
 
Relatório do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União (TCU) recomenda que os responsáveis pela negociação de compra da refinaria de Pasadena sejam responsabilizados por eventuais perdas da estatal. O negócio, que contou com o aval da hoje presidente da República, Dilma Rousseff, foi iniciado em 2006 e concluído em 2012, após um longo litígio e gasto superior a US$ 1 bilhão. 
 
O documento da procuradoria de contas, ao qual o Estado teve acesso, e que subsidiará a decisão dos ministros do tribunal, afirma que a alta cúpula da Petrobrás, "incluindo os membros do Conselho de Administração", respondam "por dano aos cofres públicos, por ato antieconômico e por gestão temerária", caso sejam comprovadas irregularidades. Para o MP, as falhas dos gestores da Petrobrás na condução do negócio foram "acima do razoável". 
Em 2006, Dilma, que era chefe da Casa Civil do governo Luiz Inácio Lula da Silva, presidia o Conselho de Administração da Petrobrás. No mês passado, ao saber que o Estado publicaria uma reportagem que revelaria seu voto favorável à compra de 50% da refinaria naquele ano, a presidente divulgou nota na qual afirmou só ter apoiado o negócio porque foi mal informada sobre as cláusulas do contrato.
 
Em 2008, ainda como presidente do Conselho de Administração, Dilma passou a ser contra o negócio e atuou para tentar barrar a compra de 100% da refinaria, algo que, em razão de custos judiciais, encareceu ainda mais a transação, que precisou ser concretizada.
 
Palavra final. O relatório final do TCU, que usará o trabalho da procuradoria de contas como base, deve sair em julho, mês em que a campanha eleitoral será iniciada. Em entrevista no mês passado, o relator da caso de Pasadena no tribunal, ministro José Jorge, afirmou: "Como a compra passou pelo Conselho Administração e pela Diretoria, como regra geral do TCU, eles podem ser chamados a se explicar".
 
A procuradoria afirma que a Petrobrás foi "vítima" da "inabilidade de seus gestores em firmar acordos contratuais". Para o MP junto ao tribunal, da forma como o negócio foi fechado, o grupo belga Astra Oil adquiriu o direito "líquido e certo" de vender sua participação à Petrobrás, recebendo o valor fixado nos contratos. "Para ela (Astra Oil), tudo era possível, e, para a Petrobrás, ao que parece, restava acatar a decisão da sócia", afirma o relatório do Ministério Público de Contas.
 
Os auditores designados pelo ministro relator trabalham, ainda, com outra linha de responsabilização. A intenção dos técnicos é se basear no artigo 158 da Lei das S.A., que prevê punição aos gestores quando houver violação "ao dever de cuidado e diligência" ou "imprudência, negligência e imperícia". A legislação impõe que "o administrador da companhia deve empregar, no exercício de suas funções, o cuidado e diligência que todo homem ativo e probo costuma empregar na administração dos seus próprios negócios".
Belgas. A Astra impôs várias condições à estatal para firmar a parceria, exatamente o contrário do que deveria ter ocorrido, afirmam os procuradores. "Ela estava fora do negócio e tinha o direito, se não a obrigação, de exigir garantias mínimas da futura sócia, sobretudo ante o preço que se dispôs a pagar", diz o documento. "O poder de decisão não minimizou os riscos do negócio para a estatal brasileira. Ao contrário, só os aumentou", completa o relatório.
 
Um dos pontos criticados no texto é o fato de a Petrobrás pagar duas vezes pelo combustível estocado na refinaria, já que arcou pela unidade com estoques inclusos e, posteriormente, pagou mais uma vez pelos estoques. Há "evidências consistentes", diz o texto, de que o valor dos produtos estocados não estava incluso nos US$ 360 milhões pela aquisição porque a Petrobrás nem sequer tinha conhecimento do volume e do valor dos estoques.
 
A análise da operação ainda critica a oposição da estatal de levar adiante uma batalha judicial para não cumprir as cláusulas contidas no contrato de compra da refinaria. Laudo da Justiça dos EUA confirmou o valor de US$ 466 milhões pelo restante da unidades e ainda obrigou a Petrobrás a desembolsar US$ 173 milhões por garantia bancária dos sócios, juros, honorários e despesas processuais, o que fez com que a conta aumentasse para US$ 639 milhões.
O documento afirma que há de se apurar por que a Petrobrás não cumpriu a decisão proferida em abril de 2009. "Ao que parece, essa postura levou a empresa a arcar com milhares de dólares referentes a juros e correção monetária. E mais uma vez pede a responsabilização do Conselho de Administração caso se constate que não havia razões suficientes para o descumprimento da decisão arbitral, deve-se apurar a responsabilidade dos gestores e membros do Conselho de Administração."
 
(Estadão)
 
12 de abril de 2014
in coroneLeaks

PT MONTA OPERAÇÃO PARA IMPEDIR QUE ANDRÉ VARGAS DÊ COM A LÍNGUA NOS DENTES.

                   Petista ameaça levar mais gente com ele.


André Vargas, em restaurante dos Jardins, com o bombeiro petista Florisvaldo Souza. O deputado petista ameaça botar a boca no trombone e afirma que não vai cair sozinho: " eu não sou o Zé Dirceu II".
 
Ameaçado por delação, o PT já garantiu a André Vargas o apoio total e irrestrito no seu julgamento pelo Conselho de Ética. Até o deputado sócio do doleiro Yousseff não ter ameaçado o partido, a postura era outra. Como primeira parte do planejamento, está a tentativa de desqualificar o relator do caso, afirmando que ele já fez um pré-julgamento. Júlio Delgado, deputado do PSB de Eduardo Campos e mineiro como Aécio Neves, condenou José Dirceu e não é homem para aceitar pressões.O futuro de Vargas é a perda do mandato.
 
Segundo o jornal O Globo, integrantes do PT estão incomodados com os pronunciamentos públicos feitos pelo deputado Júlio Delgado (PSB-MG), escolhido relator do caso André Vargas (PT-PR) no Conselho de Ética. Nos últimos dias, Delgado deixou claro que seu voto será pela abertura do processo no conselho devido às suspeitas de que ele tenha feito tráfico de influência e usado o mandato para ajudar o doleiro Alberto Youssef, preso há três semanas como suspeito de ter lavado R$ 10 bilhões. Aliados de Vargas dizem que as declarações de Delgado revelam que haverá um “linchamento” e, por isso, confirmam que Vargas deve antecipar o fim de sua licença e voltar à Câmara no dia 22. Inicialmente, ele ficaria dois meses longe da Casa para sair dos holofotes por 60 dias.
— O relator do processo anunciou o resultado de seu relatório sem nem ouvir o André. Por isso, ele tem que voltar para se defender. O Conselho não pode ter um processo de linchamento. O relator disse até que era bom para as eleições presidenciais — afirmou o deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP), amigo de Vargas.
Delgado, no entanto, nega estar violando o direito à defesa, mas reafirma sua disposição a ser rígido. — Não fui eu que fui ao plenário dizer inverdades. O que eu disse é que este caso tem mais questões públicas e notórias para encaminhar a admissibilidade do que tinha no caso do José Dirceu (do qual Delgado também foi relator). Mas os fatos alusivos ao nosso voto só ocorrerão depois do amplo direito de defesa e da oitiva de testemunhas. Talvez eles (do PT) estejam temerários em relação à minha postura, que eles conhecem. Aí, podem continuar temerosos — rebateu.
Após se licenciar temporariamente da Câmara, André Vargas passará este fim de semana em São Paulo preparando a defesa que apresentará ao Conselho de Ética e ao seu partido. Seu encontro com a comissão de três dirigentes do PT designados pela Executiva do partido para ouvi-lo sobre seu envolvimento com Youssef, que ocorreria ontem, foi adiado para segunda-feira.
 
— Queremos ouvir dele o que realmente ocorreu. Nós não temos nenhuma informação. O que nós sabemos até agora é apenas o que foi publicado pela imprensa, e há informações desencontradas. Vamos ouvi-lo, preparar um relatório e apresentar na próxima reunião da Executiva — explicou Alberto Cantalice, um dos integrantes da comissão.
Dos três integrantes do grupo, dois — Alberto Cantalice e Florisvaldo Souza — integram a tendência petista Construindo um Novo Brasil, a maior da legenda e a mesma de Vargas. O terceiro dirigente do grupo, Carlos Árabe, faz parte da Mensagem ao Partido, considerada mais crítica aos desvios de conduta de petistas.

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A propósito: a revista Isto É publica extensa reportagem afirmando que já há provas para encarcerar André Vargas. Acima, o diagrama da quadrilha montada pelo deputado.  Clique aqui para ler.

GRAÇA FOSTER PEITA A PF E Á ADVERTIDA

Entrega os documentos ou vamos vasculhar a empresa. Governo monta versão para esconder os fatos.

Presidente da Petrobras tenta impedir ação da PF na Operação Lava Jato II
 
O Estadão revela que, na Operação Lava Jato II, que ontem incluiu até mesmo busca e apreensão na sede da Petrobras, a primeira reação da presidente da Petrobrás, Maria das Graças Foster, ao receber os policiais, por volta de 9h, na sede da empresa, foi se recusar a repassar dados sobre um contrato milionário assinado na sua gestão com a empresa Ecoglobal Ambiental Comércio e Serviços. Avisada de que a resistência daria à PF o direito de vasculhar a empresa em busca dos documentos, uma vez que estava autorizada judicialmente por um mandado de busca e apreensão, a executiva recuou e liberou a papelada.
 
A negociação levou a permanência de um delegado e de três agentes na sede da Petrobrás por quase seis horas. De acordo com um segurança da sede da Petrobrás, os agentes policiais entraram a pé pela recepção da garagem do prédio, se identificaram e informaram sobre a Ordem Judicial, expedida pela Seção Judiciária do Paraná. Funcionários do setor jurídico da estatal desceram para receber os policiais ainda no estacionamento. Segundo o segurança, os agentes disseram que iriam cumprir "intimações" na estatal.
 
No final da noite, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, saiu em defesa da presidente da Petrobrás e repetiu o que as duas notas já haviam afirmado de que os documentos foram entregues pela empresa "espontaneamente". A nota divulgada pela Polícia Federal recebeu o aval de Cardozo antes de ser publicada.
 
Segundo fontes, o ministro compartilhou seu conteúdo com o colega da Casa Civil, Aloizio Mercadante, um dos mais próximos da presidente Dilma Rousseff. O texto apresenta duas explicações em referência aos mandados cumpridos nesta sexta. A Polícia Federal informa que "a Justiça Federal no Paraná expediu mandados de intimação prévia para que a Petrobrás apresentasse documentos. Como houve colaboração, não foi necessário o cumprimento de mandados de busca e apreensão para o êxito na obtenção desses papéis."
 
Menciona, também, que a "presidência da Petrobrás colaborou com os policiais federais apresentando os documentos, que foram apreendidos e contribuirão para a continuidade das investigações". A PF não explicou porque os agentes ficaram várias horas na sede da estatal, embora a justificativa seja que apenas foram coletados documentos, cuja entrega já havia sido acertada com a empresa.
A nota da Petrobrás informa que a estatal recebeu uma ordem judicial para entrega de documentação sobre um contrato investigado pela Polícia Federal. Segundo o comunicado, a presidente acionou "imediatamente" a gerência jurídica da empresa para dar encaminhamento às solicitações dos agentes. O comunicado informa ainda que a empresa cumpriu as determinações expedidas pela Seção Judicial do Estado do Paraná.