"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sexta-feira, 23 de maio de 2014

A TÁTICA ELEITORAL DO PT

  

O Partido dos Trabalhadores lançou um documento com a definição da tática eleitoral para 2014. Um resumo sobre os temas que devem ser discutidos e como a abordagem deve ser feita; o que deve ser defendido e o que deve ser atacado. O documento está no site do partido. Destacarei alguns trechos importantes, que demonstram as intenções reais disfarçadas de democracia. Todos os grifos são feitos por mim.
- Dilma Rousseff, a nossa presidenta da República
A reeleição da companheira Dilma será conquistada com amplo apoio nos movimentos sociais, na juventude, junto às mulheres, aos idosos, aos trabalhadores da cidade e do campo, aos intelectuais, aos empresários comprometidos com o desenvolvimento nacional, aos partidos políticos que dão sustentação política ao nosso governo.
Além de citar os “trabalhadores do campo”, MST e movimentos criminosos anti-propriedade privada, também falam dos empresários. Mas, no caso, apenas os comprometidos com o desenvolvimento nacional, ou melhor, com o projeto político do PT. O uso do BNDES para a criação de Campeões Nacionais, mega-corporações formadas com a ajuda do governo, deixa isso bem claro. É o uso do tão odiado sistema capitalista para o fortalecimento do projeto hegemônico.
- O segundo mandato da presidenta Dilma Rousseff
(…) O que significa “continuar mudando” o Brasil? Responder a estas perguntas exige lembrar que, tanto no Brasil quanto no conjunto da América Latina, continua posta a tarefa de superar a herança maldita cujas fontes são a ditadura militar, o desenvolvimentismo conservador e a devastação neoliberal.
Esta herança maldita se materializa, hoje, em três dimensões principais: domínio imperial norte-americano; a ditadura do capital financeiro e monopolista sobre a economia; e a lógica do Estado mínimo. 
Mesmo após 12 anos de governo do PT, eles ainda culpam o governo passado e, até mesmo, o governo militar. Chamam o desenvolvimentismo dos militares de “conservador” para diferenciar do desenvolvimentismo petista (desenvolvimentismo bom, de esquerda)?
Além disso, volta a culpabilização dos americanos pelos problemas da América Latina. Discurso semelhante foi usado pelo Chávez para implementar o justo sistema político que está em voga na Venezuela. O de Cuba também.
Agora o PT demonstra um dos seus reais objetivos:
Superar estas três dimensões da herança maldita é uma tarefa simultaneamente nacional e regional, motivo pelo qual defendemos o aprofundamento da soberania nacional, a aceleração e radicalização da integração latino-americana e caribenha, uma política externa que confronte os interesses dos Estados Unidos e seus aliados.
Nada mais do que a estratégia do Foro de São Paulo. Agora, visto que outros países estão passos a frente do Brasil nessa questão, o PT propõe a “radicalização da integração”, a maior união entre os governos socialistas para implementarem suas ideias de igualdade e prosperidade para todos.
Venezuela está bem a frente do Brasil nessa questão. Argentina está “avançando”. O PT terá que acelerar o processo no Brasil.
(…) Mas para continuar democratizando o país, ampliando o bem-estar social e trilhando um caminho democrático-popular de desenvolvimento, será necessário combinar a ampliação da democratização política, as políticas públicas universalizantes do bem estar-social, e um desenvolvimento ancorado em reformas estruturais.
A nova moda dos partidos de esquerda é utilizar a palavra democracia em tudo o que podem. Mas as origens e as bases ideológicas não mudam. O modelo de democracia para o PT, e outros partidos de esquerda, é Cuba. Venezuela é o exemplo de que eles podem dominar o sistema e “democratizá-lo”. Para eles, apenas uma palavra bonita que pode ser usada na eleição e que na verdade significa implementação de controles estatais na economia, nas instituições que eram democráticas e na vida dos cidadãos.
- Uma dura disputa
Agora o documento analisa a conjuntura de 2014:
Faz parte deste contexto difícil o processo de crescente judicialização da política, no qual se destaca o Supremo Tribunal Federal, (…).
O principal exemplo desta conduta é o julgamento de exceção em que se transformou a Ação Penal 470. Além de tudo que já foi dito em resoluções anteriores do Partido a respeito, agora vemos a perseguição e a negação de direitos a condenados, com o objetivo de acuar o próprio PT. Enfrentar esta situação exige, para além de medidas imediatas, um persistente trabalho de desconstrução da opinião pública acerca deste julgamento, que foi “80% político” e injusto. A campanha eleitoral dos adversários deverá abordar este assunto, o que o tornará ainda mais incontornável.
O Partido dos Trabalhadores jamais condenará os corruptos que utilizaram o poder político, e do governo, para comprar apoio dos parlamentares e, assim, conseguir aprovação de seus projetos. Outros partidos expulsam políticos corruptos assim que as denuncias são comprovadas, já o PT transforma os seus em mártires. O punho cerrado é o símbolo da luta contra as elites.
Interessante que deixam claro que tentarão desconstruir a imagem do mensalão perante a população. Será que vão conseguir?
- A Tática
O avanço do nosso projeto está vinculado à capacidade que tivermos de apresentar um programa de mudanças a partir das conquistas realizadas desde o governo Lula, mantidas e aprofundadas por Dilma, vinculando-os aos valores da liberdade, da igualdade, da soberania nacional, da sustentabilidade ambiental e de um mundo de paz e desenvolvimento para todos os povos.
Vieram para salvar o mundo.
- Aprofundar as mudanças
O fato é que, após mais de uma década de melhorias sociais relevantes, a população reivindica reformas, todas contidas em nosso programa, como é o caso exemplar da reforma política, a democratização da comunicação, a reforma agrária, a reforma urbana e a reforma tributária.
Não tem como não pensar nos absurdos que o PT tem pensado para implementar suas ideias sobre os temas destacados acima.
Tentarão começar um processo de reforma política que deixará a população de fora de todas as discussões essenciais, dando espaço para as ONGs, os movimentos sociais de esquerda e os interesses das fundações internacionais. Mas, claro, utilizarão o bordão “o tema foi discutido pela sociedade”, nada mais do que uma mentira, já que o tema só será discutido em reuniões da militância.
Farão de tudo para controlar a mídia e acabar com a liberdade de imprensa no Brasil. Mais uma vez utilizam o termo “democratização”, novamente com um significado socialista: o controle pelo Estado (no caso, o Partido). Para eles, existe democracia midiática em Cuba.
Continuarão fortalecendo o MST, validando seus crimes, atacando a propriedade privada e lutando contra o setor produtivo.
O mesmo ocorrerá nas cidades, com o apoio aos grupos sem-teto. Relativização da propriedade privada nos grandes centros.
A reforma tributária abre precedente para qualquer coisa, até mesmo um grande aumento no IR e nos impostos no setor produtivo, dificultando o surgimento de novas empresas e blindando o grupo escolhido pelo governo. Ou novos impostos sobre a cerveja.
E continuam:
Como já foi dito, ao apoio à continuidade do nosso projeto pela maioria da população soma-se um manifesto desejo de mudança. É continuidade com mudança ou mudança com continuidade – com o PT, não sem o PT ou contra o PT. Mudança nas condições de vida, especialmente um salto de qualidade nos serviços públicos. E mudança na organização e no funcionamento das instituições políticas, de modo a ampliar a participação popular, o controle social e os mecanismos de democracia direta, ao mesmo tempo que restringimos a influência do poder econômico.
Reforçam a necessidade da mudança da estrutura democrática. Citam a “participação popular”, o que entende-se como “participação da militância”. O “controle social” nada mais é do que a censura com a desculpa de estar defendendo o povo. Os “mecanismos de democracia direta” significam plebiscitos e referendos, que foi a estratégia usada pelo Chávez; aqui no Brasil não tentaram isso após a derrota no referendo sobre o desarmamento.
- O desafio eleitoral
As eleições de 2014 são, também, um momento decisivo para travar o
debate de idéias e conquistar hegemonia em torno do nosso projeto de
sociedade. Nesse sentido, a proposta feita pela presidenta Dilma ao
Congresso Nacional, de um plebiscito para convocar uma Constituinte
Exclusiva pela Reforma Política, proposta encampada pelo PT, movimentos
sociais, centrais sindicais, partidos políticos, organizações da sociedade,
deve fazer parte destacada da ação eleitoral da militância e de nossas
candidaturas. A luta pela reforma política deve estar no centro de nossa
tática eleitoral e dos programas de governo nacional e estaduais.
Não é necessário comentar sobre isso.
(…) Cabe ao partido estimular novas candidaturas, projetando assim novos quadros públicos, especialmente mulheres, jovens e representantes de segmentos etno-raciais.
A estratégia de dividir para conquistar está dando certo, com certeza teremos mais.
Agora a cereja no bolo:
Por fim, reafirmamos que para nós do Partido dos Trabalhadores as eleições não são um fim em si mesmo. Nosso grande objetivo é, através das vitórias que obtemos nos espaços institucionais, democratizar o Estado, inverter prioridades e estabelecer uma contra-hegemonia ao capitalismo, capaz de construir um projeto de socialismo radicalmente democrático para o Brasil.
Primeiro eles querem democratizar o Estado. Depois querem implementar um “SOCIALISMO RADICALMENTE DEMOCRÁTICO”. É impressionante como tratam as palavras, como são mestres em usar esse linguajar dúbio, mentiroso. São defensores de ditaduras socialistas, tem políticos corruptos como heróis, agem como se isso fosse moral e atacam quem demonstra seus reais valores.
Utilizam a democracia como um meio de aumentar o poder político do partido para ter um controle absoluto das instituições. Posam como defensores da democracia, mas agem para subverter as bases do Estado de Direito. Engana-se quem ataca o PT como um partido comum, como um partido que quer implementar ideias dentro do campo democrático.
- Moções e resoluções especiais
Nessa parte o PT começa atacando a imprensa. Fazem o discurso mentiroso de que defendem a liberdade de opinião para, logo depois, mostrar que querem o controle estatal da mídia. Não escondem, apenas disfarçam.
Depois tem a seção “Ampliar o número de parlamentares mulheres”:
O Partido dos Trabalhadores defende os direitos das mulheres. A primeira presidenta da República é do PT. Somos o primeiro partido brasileiro a aprovar a paridade de gênero em seus organismos dirigentes. Defendemos uma reforma política, que introduza o voto em lista partidária, para garantir a paridade também no processo eleitoral.
Com estes objetivos, o Partido dos Trabalhadores tem participado ativamente da campanha do plebiscito popular por uma Constituinte Exclusiva e Soberana do Sistema Político, em defesa do financiamento público de campanha, do fortalecimento dos partidos, da ampliação dos instrumentos de democracia direta, participação popular e a representação dos trabalhadores, das mulheres, dos negros e das negras, da juventude.
Fortalecimento dos partidos: definição muito ampla, mas pode estar relacionada com mais cláusulas de barreira.
Ampliação dos instrumentos de democracia direta: estratégia chavista.
Participação popular: ONGs e movimentos de esquerda.
Representação dos trabalhadores: sindicatos.
Mulheres, dos negros e das negras, da juventude: cotas, já que se a lista for fechada o Estado pode obrigar os partidos a colocarem X% de cada “grupo”.
Próximo tópico:
Em defesa da Petrobras
Cabe desencadear uma campanha popular em defesa da Petrobras, numa agenda de mobilização com a participação da FUP e de outras entidades, visando desmascarar o interesse de grandes petrolíferas, aliadas à oposição, de voltar ao superado sistema de concessão.
Jamais admitirão os absurdos que ocorrem na gestão da Petrobras.
Em outra seção eles voltam ao tema da Reforma Política e deixam claro o que querem:
Apoio ao Plebiscito Popular
Se quisermos que o Brasil continue mudando, o fortalecimento e o aprofundamento da democracia devem ocorrer em um ritmo mais acelerado. Por isso, o PT defende a convocação de uma Constituinte exclusiva para realizar a reforma política. Com este propósito, o PT apoia e participa da iniciativa de movimentos sociais, centrais sindicais e demais organizações de realizar, entre os dias 1 e 7 de setembro de 2014, um Plebiscito Popular pela Constituinte Exclusiva e Soberana do Sistema Político.
Algo que deve ser acompanhado de perto. O “socialismo radicalmente democrático” estará nessa reforma.
Ao mesmo tempo, o PT intensificará a coleta de assinaturas para o nosso projeto de iniciativa popular, que pretende instituir o financiamento público exclusivo de campanhas eleitorais, o voto em lista preordenada para os parlamentos, o aumento compulsório da participação feminina nas candidaturas e a convocação da Assembleia Constituinte exclusiva sobre Reforma Política.
Como eu disse anteriormente: lista fechada e o estabelecimento de cotas. É para sepultar a representatividade do congresso brasileiro.
É através do debate público e da mobilização social que tornaremos realidade a reforma política e a Constituinte.
As palavras destacadas significam: reunião das ONGs e ativismo militante de esquerda.
Aí está a estratégia eleitoral do Partido dos Trabalhadores para 2014. Leiam o documento inteiro, é pequeno. Nada mais do que palavras bonitas para disfarças as reais intenções socialistas. Nada mais do que o partido que usará todos os meios possíveis para subverter a democracia brasileira.
 
24 de maio de 2014
ReaçaBlog

DILMA GASTA R$ 1,9 BILHÃO EM SEGURANÇA PARA A COPA. ESTE É O CUSTO PARA CONSTRUIR 50 PRESÍDIOS DE SEGURANÇA MÁXIMA


 
Hoje, o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, acompanhado do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, esforçava-se para acalmar os jornalistas internacionais quanto à segurança na Copa do Mundo, em entrevista no Palácio do Planalto. Informaram, os ministros, que o Brasil está gastando R$ 1,9 bilhão em equipamentos, transporte e custeio de uma contingente de 157 mil homens para fazer a segurança da Copa.
Tudo isso para um evento que dura 30 dias.

O governo do PT tem mentido ao país, relativizando os reais custos da Copa do Mundo. Com R$ 1,9 bilhão poderiam ser construídos 50 presídios de segurança máxima - o Brasil só tem quatro! - com capacidade para manter presos mais de 10 mil bandidos da mais alta periculosidade. Traficantes. Membros de facções criminosas. Pedófilos. Leiam aqui para confirmarem o valor de uma destas penitenciárias.
 
Hoje também saiu uma matéria interessantíssima na Exame, onde Simon Kuper, um inglês especializado em analisar os impactos da Copa do Mundo nos países, afirma:
 
Todos os economistas acadêmicos concordam que sediar uma Copa não ajuda sua economia. Você gasta muito dinheiro – no caso do Brasil, quase R$ 30 bilhões – e constrói coisas que você não precisa: os estádios e as estradas para chegar a eles.
Relativo ao total do governo, o gasto com a Copa não é enorme. Não é uma catástrofe, mas também não é um impulso econômico – o que o governo brasileiro disse sobre isso nos últimos anos não é verdade.

O povo brasileiro entende de economia como nenhum outro. Por isso, está nas ruas protestando não contra a Seleção Brasileira e o futebol, que a grande maioria ama. Contra um governo que deixa de fazer obras para criar palcos marqueteiros para um projeto de poder. 
 
23 de maio de 2014
in coroneLeaks

CPI NO SENADO

depoimentos

QUANDO O HUMOR DESENHA A REALIDADE

                                    Il Capo…

00 Roque lula borrado

O FRIOZINHO DA COPA ESTÁ CHAGANDO. UMA REFLEXÃO SOBRE A METEOROLOGIA E A POLÍTICA.

 https://www.youtube.com/watch?v=KH8GQSFzL24&feature=player_embedded

Nos últimos anos as quatro estações do ano tem sido muito regulares, ou seja, é a realidade que se contrapõe aos alarmistas do ecochatismo que teimam em afirmar que está havendo "mudança climática". Quem já viveu, pelo menos uns 40 ou 50 anos, e é dotado de boa memória sabe perfeitamente que já sentiu um certo friozinho em pleno verão e pôde, em alguns invernos, vestir traje de praia. Essas oscilações sempre ocorreram e sempre ocorrerão.

O comportamento do universo continua e continuará a ser um desafio para os seres humanos. Infelizmente, é impossível interferir nas forças cósmicas. Elas funcionam independentemente da vontade dos terráqueos. Aliás, numa escala planetária a Terra é um grão de areia, se tanto, e os ditos seres humanos, apesar da extrema arrogância de boa parte desse espécime, significam nada. As indagações filosóficas sobre o nada reduzem-se ao nada. E o nada não pode interferir no curso de coisa nenhuma.

Dito isto, concluo: o ecochatismo é uma vigarice, uma mentira que só poderia mesmo habitar o cérebro dos idiotas, que lamentavelmente constituem a maioria dos habitantes da Terra.

Sempre que se aproxima o inverno acabo escrevendo algo alusivo à estação. Sempre fui um observador acurado do tempo, mas sem a pretensão, jamais, de alçar-me à condição de oráculo. Observo as estações, os ventos, as chuvas, os raios, os trovões e arquivo tudo isso no disco rígido do meu cérebro. Claro que muitas coisas acabarão sendo deletadas, permanecendo aquelas mais significativas. E me admiro sobre essa fantástica possibilidade de reter muitos eventos significativos.

Por exemplo, lembro como se fosse hoje o Lula debatendo com Collor. Esse senhor das Alagoas era tido como "caçador de marajás". Foi aí que Lula resolveu assestar um golpe contra Collor. Lula se mexeu e olhou para o seu contendor com um olhar cheio de ódio, o que lhe é peculiar, e disparou: "Você não passa de um caçador de maracujá". Collor elegeu-se. Depois Lula e seus sequazes pintaram os rostos e foram para as ruas gritar Fora Collor! E até hoje querem fazer crer que aquela algazarra realmente derminara o impeachment de Collor. Mais um truque o PT. Collor cavou a sua sepultura política quando, com o seu mirabolante Plano Econômico, congelou contas bancárias metendo a mão no bolso das pessoas, a mostrar que é sim, a economia, estúpido!, que orienta tudo. O Fiat Elba é apenas um emblema tosco daquele embate econômico-político. Ninguém perdoou Fernando Collor. 

Feito esse interregno de reflexão política, retomo o assunto que originou este post: o clima. A previsão é que o veranico de maio, tudo rigidamente de acordo com o outono, está se despedindo e avisando que os próximos dias serão gelados. No vídeo acima a meteorologista do site Clima Tempo, explica muito bem o que está acontecendo. A região Sul do Brasil está na rota do centro da possante massa de ar polar que aos poucos vai empurrando a massa de ar quente Brasil acima. E isso também é uma ótima notícia que mistura a meteorologia com a política. São Paulo - Ave, São Pedro! - deverá receber algum volume providencial de chuva mitigando a seca que conspira contra a democracia.

Aliás, a seca do Nordeste ao longo da história tem sido uma desgraça usada com rara habilidade pelos descendentes de Lampião. Que o digam Lula e Dilma, que andaram cavando uma valeta para desviar água do São Francisco para zonas de caatinga. Até hoje nada concluído. É o que denominam no Nordeste de "indústria da seca", atividade que tem irrigado apenas o bolso dos espertalhões. Que o digam Lula, Dilma e seus sequazes.

Evidentemente, São Paulo não é o Nordeste. Aliás, São Paulo é que acolhe, desde que virou a máquina econômica que sustenta o Brasil, os paus de arara apinhados de nordestinos que fogem do miserê em busca de uma vida melhor. Dizem que uma dessas naves mambembes trouxe para São Paulo aquele que viria a ser o Presidente do Brasil. Arre! 

Mas isto é outra história. Para arrematar essas mal traçadas, devo assinalar, sem elidir um ponta de satisfação, que a massa fria que já começa a chegar por aqui a bordo do famoso vento sul que também pode trazer belas mantas de tainhas, poderá ter força suficiente para soprar sobre São Paulo, inundando de muita chuva a capital paulista. Isso significará, em larga medida, que a mão da natureza de forma diligente evitará que a indústria da seca seja utilizada por Lula na tentativa de emplacar um forasteiro no governo de São Paulo.

Concluo advertindo que os sulistas não devem jamais acreditar nos ecochatos. Coincidentemente, todo ecochato é eleitor do PT e seus satélites! É bom começar a sacudir os agasalhos. O núcleo da massa de ar polar vai nos envolver. Sim, porque o Polo Sul continua tão gelado como sempre foi e continuará sendo. A despeito dos soturnos vaticínios dos alarmistas do aquecimento global, das mudanças climáticas e bobagens correlatas, as coisas seguirão acontecendo como sempre aconteceram. Está aí o prenúncio do inverno que se inicia no dia 21 de junho. É o friozinho da Copa...
 
23 de maio de 2014
in aluizio amorim

MIAMI DECLARA "NO GRATA" A CÚPULA DA GLOBOVISIÓN, A TELEVISÃO CONTROLADA POR TRÊS EMPRESÁRIOS CAPACHOS DA DITADURA CHAVISTA



Os empresários chavistas Gorrín, Cordero e Perdomo: agora personas no gratas em Miami, foram execrados publicamente pelo Conselho Municipal da cidade. (Foto do jornal El Nuevo Herald)
 
A cidade de Miami (EUA) acaba de declarar personas no gratas os proprietários da Globovisión, canal de notícias da Venezuela. A declaração foi aprovada por unanimidade pela Comissão de Miami, segundo informa o jornal El Nuevo Herald.
 
“Como governo municipal temos a obrigação de tomar posição contra organização ou pessoas que não respeitam os direitos humanos em países cujos habitantes também residem aquí em Miami e a quem representamos como a capital da América Latina nos Estados Unidos”, disse Francis Suárez, integrante desse conselho municipal.
 
É que a Globovisión era o último canal de televisão que resistia à censura da ditadura comunista de Nicolás Maduro. Seu proprietário original, o empresário Ernesto Zuloaga, foi perseguido impiedosamente pelo finado tiranete Hugo Chávez. Zuloaga foi obrigado a refugiar-se no exterior.
 
Alguns de seus familiares e executivos continuaram tocando a televisão, mas as pressões do chavismo inviabilizaram a empresa, punida com multas milionárias pelos capachos de Fidel Castro. Sem alternativa, a família de Zuloaga foi obrigada a vender a Globovisión para três empresários ligados ao chavismo: Raúl Gorrín, Gustavo Perdomo, Juan Domingo Cordero.
 
Na última segunda-feira, o jornalista Antonio Maria Delgado, do El Nuevo Herald, revelou em reportagem especial que transcrevi aqui no blog, que Gorrín, Perdomo e Cordero, vivem uma vida de nababos em Miami depois que enriqueceram com a negociata facultada pelo regime de Maduro, que lhes proporcionou a compra de Globovisión.
 
Os três, segundo a denúncia da reportagem de Delgado, possuem mansões, frequentam os locais mais caros de Miami, e desfilam pilotando carros de luxo, extravasando seu gozo típico de novos ricos.
 
Num momento em que o Senado americano examina a edição de sanções contra a ditadura venezuelana que mantém presos políticos, inclusive o líder oposicionista Leopoldo López e mais três prefeitos, além de estudantes que denunciam torturas nos calabouços da política do regime chavista, a reportagem de El Nuevo Herald suscitou uma revolta por parte dos cidadãos de Miami, particularmente, centenas de refugiados venezuelanos que vivem no Sul da Florida, sendo que muitos já se tornaram cidadãos americanos.
 
O ex-prefeito de Miami, Joe Carollo - quem originalmente apresentou a resolução - destacou que "o documento representa um claro protesto contra os três empresários boliburgueses”, que se beneficiam do governo de Maduro levando suas fortunas para fora da Venezuela”. Segundo a resolução a presença do três, como de outros “boliburgueses” é “hipócrita, inoportuna e repugnante”.
 
Faz sentido a assertiva da Comissão de Miami, já que a Globovisión, desde que passou às mãos de Gorrin, Cordero e Perdomo, passa as 24 horas do dia a defender a tal “revolução bolivariana”, repetindo o mantra ditado pelo finado caudilho Hugo Chávez: “ser rico es malo”, enquanto fecha os olhos para as atrocidades cometidas diariamente contra o povo venezuelano que há três meses protesta nas ruas da Venezuela.
 
Transcrevo no original em espanhol a primeira parte da reportagem do jornal El Nuevo Herald com link para leitura completa. Leiam:


EN ESPAÑOL - Una resolución que declara personas no gratas a los propietarios de la televisora venezolana Globovisión, fue aprobada el jueves de forma unánime por la Comisión de Miami.
El comisionado Francis Suárez, quien planteó la moción para aprobar la medida, dijo que esta es una clara expresión de solidaridad con el pueblo de Venezuela y su lucha contra un régimen totalitario.
“Como gobierno municipal tenemos la obligación de tomar posición en contra de organizaciones o personas que no respetan los derechos humanos en países cuyos habitantes también residen aquí en Miami y a quienes representamos como la capital de Latinoamérica en Estados Unidos“, dijo Suárez a el Nuevo Herald.
El ex alcalde de Miami, Joe Carollo, –quien originalmente presentó la resolución–, destacó que ésta representa una clara protesta contra los empresarios Raúl Gorrín, Gustavo Perdomo, Juan Domingo Cordero, quienes son dueños de Globovisión y “se benefician del gobierno de Nicolás Maduro lavando sus fortunas fuera de Venezuela”.
No fue posible contactar a un representante de Globovisión para que comentara sobre la decisión de la Comisión de Miami.
Según la resolución, la presencia en Miami de Gorrín, Perdomo y Cordero, “así como la de otros enchufados” del régimen de Venezuela es “hipócrita, inoportuna y repugnante”.
“El mensaje que le estamos enviando al mundo entero es claro: no queremos enchufados en Miami”, dijo Carollo. “El grito de S.O.S. de los estudiantes de Venezuela ha recibido hoy una respuesta firme, un primer paso en los Estados Unidos contra algunos de los individuos que más han estado apoyando a un régimen que oprime al pueblo en las calles, como es el caso de los dueños de Globovisión”.

Hacer CLIC AQUÍ para leer la história completo

QUANDO O HUMOR DESENHA A REALIDADE

                                          A Petrobras e o Chefão!

 
23 de maio de 2014

O NOME DA BADERNA É DILMA!


Creio que este artigo de Reinaldo Azevedo que está na Folha de S. Paulo desta sexta-feira, oferece um quadro muito preciso do que ocorre no Brasil sob o desgoverno do PT. Embora muitos dos leitores provavelmente já leram na Folha ou no blog do Reinaldo, decidi mesmo assim fazer a postagem porque este artigo faz um resumo perfeito desses dias de anarquia e insegurança que toma conta do Brasil. Ao final do texto o autor faz uma pergunta que seguramente a maioria dos brasileiros fazem: "Por quando tempo mais?"
Leiam:

O PT é um partido da ordem. Ocupa postos-chave na administração que lhe conferem a responsabilidade de manter em funcionamento a sociedade do contrato. Ocorre que esse partido tem a ambição de ser também o monopolista da desordem e, por isso, conserva no Planalto um ministro como Gilberto Carvalho. O secretário-geral da Presidência é o encarregado de fazer a tal "interlocução" com os ditos "movimentos sociais".
 
Segundo, por exemplo, a ótica perturbada dos coxinhas vermelhos do PSOL e assemelhados –os revolucionários do Toddynho com Sucrilhos–, os petistas fariam, na verdade, um trabalho de cooptação das massas, apropriando-se de sua energia revolucionária e sacrificando-a no altar do capital. É só tolice barulhenta, mas alguns empresários de cabeça oca e bolso cheio de grana do BNDES concordam, a seu modo, com a tese e saúdam o petismo por supostamente conter o povo. Até parece que trabalhador, deixado à sua própria sorte, escolhe Karl Marx em vez de TV LED.
 
Quem está certo? Os Robespierres de si mesmos ou os oportunistas do subsídio? Ninguém! Os petistas nem sugam a energia revolucionária do povo (isso não existe!) nem a ordenam. Hoje e desde sempre, instrumentalizam insatisfações em favor do fortalecimento do aparelho partidário, que cobra da sociedade uma espécie de taxa de proteção. A prática é mafiosa: "Votem em nós, ou não tem mais Bolsa Família". "Votem em nós, ou não tem mais Bolsa BNDES." Adiante.
 
Não vou aqui apelar ao nascimento das musas para identificar a gênese das jornadas de junho de 2013, mas a história isenta ainda contará que elas nasceram no momento em que o PT, convocado a dizer "não" à desordem e a se comportar como um partido da ordem, fez exatamente o contrário, articulando-se para que a bomba explodisse no colo de um adversário político –no caso, o governador Geraldo Alckmin.
Os esforços do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, para desestabilizar e desmoralizar a polícia de São Paulo só não mereceram uma medalha da Honra ao Mérito Petista porque ele foi incompetente e desastrado. O tiro saiu pela culatra.
 
Não há grupo baderneiro com viés de esquerda que não tenha sido levado ao Palácio do Planalto para conversar. O método consagrado para ser ouvido na República obedece à gradação dos celerados: quebrar, incendiar, invadir, bater e –como esquecer o cinegrafista Santiago Andrade?– matar.
A raiz do caos que viveu São Paulo na terça e na quarta desta semana não está numa disputa por poder num sindicato de motoristas. Isso sempre existiu, com uma penca de cadáveres, diga-se. A gênese dos métodos terroristas empregados está no Palácio do Planalto.
 
"Ah, a direita sempre quer resolver tudo na porrada!" Não! Esse é Fidel Castro. É Kim Jong-un. É Xi Jinping. Eu acho que as demandas têm de ser resolvidas de acordo com leis democraticamente pactuadas. E penso que só é tolerável que existam um Estado e uma burocracia cara se estes entes puderem manter as regras da civilidade para arbitrar as diferenças. É que não tenho projeto de poder e, portanto, não preciso ser um cafetão do caos.
 
Na quarta-feira, Carvalho, o interlocutor oficial da desordem, concedeu uma entrevista a "blogueiros". Disse que a imprensa é a responsável pelo "mau humor" dos brasileiros.
Acusou ainda o jornalismo de sonegar informações e de investir num "envenenamento mais ou menos generalizado". Para ele, há uma excessiva "editorialização da opinião". Carvalho, o stalinista disfarçado de santarrão de sacristia, acha que uma opinião não pode ser editorializada! Entendo.
 
Depois ele voltou ao prédio em que despacha a presidente da República para dar continuidade à sua "interlocução" com extremistas minoritários os mais variados, que transformam a vida cotidiana dos brasileiros num inferno.
Não há escapatória: o atual nome da baderna é Dilma Rousseff. É quem, podendo mandar muito, não manda nada. Por quanto tempo mais?

Da Folha de S. Paulo

NÃO É A CARA DE PAU, MAS A POLÍTICA



Não existe acaso em política. Ou pelo menos o espaço para sua emergência é bastante reduzido pelo jogo permanente de interesses e estratégias. Não foi naturalmente por acaso que o ex-presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, voltou atrás, durante depoimento na última terça-feira à CPI da Petrobras, no Senado, e isentou a presidente Dilma Rousseff de responsabilidade no caso da ruinosa compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos, pela estatal brasileira. Por causa da declaração, para todas as câmeras que estavam ali para registrá-la, Gabrielli chegou a ser chamado de cara de pau pelo blogueiro Ricardo Noblat.
 
Não deve ter sido por acaso também que o ex-presidente da Petrobras deu o dito pelo não dito com relação a Dilma depois que se encontrou reservadamente na Bahia com o ex-presidente Lula, de passagem pelo Estado na semana passada a fim de prestigiar um evento administrativo num município do interior e um acontecimento político na capital baiana, destinado a fortalecer a candidatura ao governo do Estado do petista Rui Costa. Dilma fora presidente do Conselho de Administração da Petrobras quando da polêmica aquisição da refinaria norte-americana.
 
Mas apressara-se em justificar o fato de ter apoiado o negócio, na época, alegando ter se baseado em documentos incompletos. Foi rebatida, na primeira oportunidade, por Gabrielli, que declarou, em entrevista ao Estadão, que ela não tinha como fugir à responsabilidade no caso. Eram outros tempos aqueles, embora não tão distantes. A insatisfação com Dilma na base aliada e no próprio petismo, conjuminada com a queda constante nos índices de popularidade da presidente, ensejavam a disseminação de um movimento fortíssimo pelo retorno de Lula à política intitulado “Volta, Lula”.
 
Naquele contexto, o ex-presidente da Petrobras representava Lula, então observando silente o movimento pelo seu retorno, ao passo que Dilma era representada por Graça Foster, sucessora de Gabrielli no comando da estatal. A dissidência no grupo ficaria evidente quando, dias após a entrevista de Gabrielli ao Estadão, Foster, num depoimento a uma comissão da Câmara dos Deputados,  reforçou que a compra de Pasadena fora um mau negócio, colocando novamente o baiano, de forma desfavorabilíssima, no centro do debate, juntamente com Lula, no governo de quem Pasadena fora adquirida.
 
Ocorre que, de lá para cá, Lula chegou à conclusão de que remover Dilma do plano de se recandidatar era impossível. Aqui mesmo na Bahia, a presidente afirmou que seria candidata com ou sem a base e, mais do que isto, que confiava na lealdade do seu antecessor e padrinho político. Sem o consentimento de Dilma, mesmo com a nobre missão de salvar o poder para o PT, o ex-presidente sabia que concorrer à presidência da República de novo seria uma aventura imprevisível, senão de risco altíssimo, capaz, inclusive, de comprometer sua imagem de monstro popular e eleitoral.
 
Imagine, por exemplo, se Dilma, alijada da disputa pela candidatura Lula, revolta-se e resolve liberar todos os preços administrados no país em plena campanha?  Lula não se elegeria nem na Venezuela, só para citar outro país em que os negócios executados pela Petrobras estão na mira do Tribunal de Contas da União e podem ser também declarados a qualquer momento como péssimos.  Daí que tudo concorre para demonstrar que não foi por obra do destino que Gabrielli, homem da extrema confiança de Lula, resolveu aliviar para a presidente Dilma agora na CPI da Petrobras. Para o bem do PT no poder, o ex-presidente e a atual voltaram a se entender.
 
23 de maio de 2014
Raul Monteiro

É OFICIAL: COPA NO BRASIL É A MAIS CARA DA HISTÓRIA!



 
A presidente Dilma Rousseff tinha razão. O Brasil sediará a "Copa das Copas". Dados oficiais da Fifa apontam que, pelo menos do lado financeiro e de marketing, o Mundial que começa em poucas semanas baterá todos os recordes da história do futebol. Ela será a Copa mais cara, a mais lucrativa, a que distribuirá maiores prêmios, a que será vista por um número inédito de pessoas, a que mais teve ingressos pedidos e a que terá em campo os craques mais caros da história do futebol. Das seleções aos clubes, dos atletas aos cartolas, todos sairão do Brasil com um volume de dinheiro inédito nos bolsos.
 
A renda da Fifa ultrapassará a marca de US$ 4 bilhões, mais de US$ 800 milhões acima do que a entidade obteve na África do Sul em 2010. Mas a entidade insiste que nunca gastou tanto com um evento quanto a Copa no Brasil. No total, o investimento da Fifa teria chegado perto de US$ 2 bilhões.
 
Para ter o direito de transmitir a Copa, redes de televisão pagaram um valor recorde para a Fifa: cerca de US$ 1,7 bilhão. A expectativa é de que a audiência seja recorde. Na final da Copa em 2010, 530 milhões de pessoas assistiram a Espanha levantar o troféu. Desta vez, os números devem bater essa marca. No Brasil, mais de 14 mil jornalistas foram credenciados para o evento, outro recorde.
 
Os estádios também bateram recordes, com gastos feitos no Brasil de mais de R$ 8,5 bilhões para as doze arenas, três vezes o que a CBF havia indicado para a Fifa em 2007. O valor é ainda o equivalente a tudo o que a Alemanha e a África do Sul gastaram em duas Copas do Mundo, juntas.
 
Outro recorde é o número de pedidos de ingressos. No total, mais de 11 milhões de pessoas enviaram seus pedidos para os 3 milhões de ingressos disponíveis. Só para a final no Maracanã, a Fifa poderia ter preenchido cinco estádios com os pedidos que recebeu.
 
23 de maio de 2014
Jamil Chade / Estadão
 

O LULOPETISMO SURTOU!

 

A cada pesquisa tornada pública aumenta o descontrole dos petistas que dão expediente no Palácio Planalto.
O último a perder as estribeiras foi o ministro da Justiça José Eduardo Cardoso, professor de direito penal da PUC São Paulo. Forçando a mão pode-se afirmar que o doutor seria um jurista, um homem das leis. 
 
Em resposta a uma crítica do senador Aécio Neves, sobre o descaso do governo federal na área de segurança pública, o doutor Cardoso afastou-se do exercício do cargo de ministro da Justiça para incorporar a figura do justiceiro do governo de plantão. O ministro, abusando das prerrogativas de autoridade pública, deixou claro que prefere o argumento da força em detrimento da força do argumento.
 
O senador Aécio Neves, como senador, pré-candidato à presidência da República e líder do principal partido da oposição, encontra-se no seu legítimo direito de fazer críticas ao adversário.
 
O ministro Eduardo Cardoso, como representante do governo federal, tem todo o direito de responder as críticas da oposição, desde, é claro, que se comporte com a devida compostura que a liturgia do seu cargo exige.
 
Assinale-se que ao dizer que o governo federal está sendo omisso com a segurança dos seus cidadãos e que pouco se fez presente na liberação de verbas destinadas no orçamento para serem aplicadas na segurança pública, falou com consistência e pautado em números.
 
Aécio fez suas críticas dentro de um espectro que envolve respeito político e elegância verbal. Em nenhum momento em que responsabilizou o governo federal pelo descaso com o direito de ir e vir da população em geral, o senador mineiro o fez de forma desrespeitosa ou deseducada.
 
Aliás, os adversários podem dizer o que quiser sobre Aécio Neves, mas jamais podem deixar de reconhecer a maneira sempre elegante com que o ex-governador trata seus adversários. 
 
Infelizmente para a democracia e para o bom trato que deve existir entre políticos de partidos diferentes – considerando aí o valor pedagógico do fazer política – o ministro José Eduardo Cardoso não só desrespeitou o líder da oposição com sua manifestação destemperada, como atingiu o povo mineiro.
Para quem convive e tem proximidade com o povo mineiro sabe bem da sua boa índole e da forma amigável com que recebe pessoas de fora do Estado. Desconheço outro povo tão receptivo como o mineiro, principalmente os mineiros que vivem no interior do Estado.
 
Pois o ministro petista José Eduardo Cardoso, de um cinismo só e metido a engraçadinho, insinuou que o senador Aécio Neves não exercia com apego a sua função de legislador no Senado Federal e - fazendo graça - desqualificou o senador como homem de Minas, ligando-o ao Rio de Janeiro.
 
Sem perder a compostura e de maneira educada, o senador Aécio Neves soltou uma nota oficial, muito bem escrita e convincente,  em resposta as ofensas do ministro Cardoso, salientando o óbvio: que não se pode brigar com os fatos.
A rigor, ministro, nem sempre quem fala grosso é o detentor da verdade.
 
Em tempo: Embora o jornalista Reinaldo Azevedo tenha se manifestado em seu blog, com a mais absoluta propriedade sobre esse assunto, nunca é demais sair em defesa da boa educação.
 
23 de maio de 2014
Nilson Borges Filho é mestre, doutor e pós-doutor em direito.

ROMBO NAS CONTAS EXTERNAS DO BRASIL BATE RECORDE HISTÓRICO! É O MAIOR JÁ REGISTRADO EM 67 ANOS!!!


 
O Brasil registrou déficit em transações correntes de 8,29 bilhões de dólares em abril, informou o Banco Central nesta sexta-feira. O desempenho é o pior para o mês desde o início da série histórica, em 1947. Os analistas esperavam um saldo negativo de 6,7 bilhões de dólares para o quarto mês do ano. As transações correntes são formadas pela balança comercial, pelos serviços e pelas remessas ao exterior.
 
Segundo o BC, o resultado de abril foi afetado por elevadas remessas de lucros e dividendos, ao mesmo tempo em que os investimentos produtivos de fora não cobriram o rombo, algo que se repete desde novembro passado. As remessas de empresas para as matrizes no mês foram de 3,29 bilhões de dólares, ante 2,54 bilhão em igual mês de 2013.
 
No ano, as contas externas acumulam um rombo de 33,47 bilhões de dólares, alta de 1,63% sobre o primeiro quadrimestre do ano passado. O déficit também registrou o maior valor para o período de janeiro a abril de toda a história.
Em doze meses até abril, ainda de acordo com o BC, o déficit em transações correntes somou 81,6 bilhões de dólares, ou 3,65% do Produto Interno Bruto (PIB).
 
Investimentos - O resultado das transações correntes não conseguiu ser compensado pelos Investimentos Estrangeiros Diretos (IED) que somaram 5,23 bilhões de dólares em abril, abaixo dos 5,719 bilhões de dólares de igual período de 2012. No acumulado do quadrimestre, o IED somou 19,4 bilhões de dólares. No mesmo período do ano passado, o saldo do IED era de 18,98 bilhões de dólares.
 

QUANDO O HUMOR DESENHA A REALIDADE



23 de maio de 2014

PESQUISA IBOPE NAO CONSEGUE ALIVIAR O DESESPERO DO PT.

 
Esta é uma das centenas de montagens fotográficas que que circulam nas 24 horas do dia sem parar pelas redes sociais, fato que não deixa de revelar a enorme insatisfação dos brasileiros com o governo petista e que o rolo compressor da propaganda governista não consegue sufocar. 
A pesquisa do Ibope, a rigor, não muda fundamentalmente o quadro eleitoral presidencial e nem altera radicalmente os resultados das outras pesquisas eleitorais. Aparentemente, como nota o analista do Estadão, José Roberto de Toledo, os índices seriam favoráveis neste momento à Dilma. Parece confortável, diz ele, mas não é.
 
Deve-se salientar que tanto Aécio Neves como Eduardo Campos continuam em ritmo ascendente. Como Dilma conta com todo o aparato governamental em suas mãos, uma máquina gigantesca, com exposição pública diária nos grandes meios de comunicação, seu desempenho denota uma fraqueza evidente. Esta é a verdade dos fatos que se tem evidenciado em todas as sondagens do diferentes institutos de pesquisa.
 
Assim sendo, a eleição não pode ser considerada jamais como favas contadas pelo PT. O jogo está para ser jogado. Há uma legião de indecisos, mas como aponta com propriedade Toledo, as opiniões tendem à radicalização e o eleitor, aos poucos está descendo do muro e parece que não está propenso a sufragar Dilma.
 
Outro detalhe é que a pesquisa do Ibope, que tem contrato com o Palácio do Planalto, foi feita em cima daquela propaganda eleitoral terrorista do PT, algo quase fúnebre, tentando fazer crer a eleitor que não existe nada melhor do que o PT, num momento em que o povo brasileiro vê atônito um cipoal de corrupção e roubalheiras, fato que chegou ao seu ápice com o escândalo da Petrobras.
Sem falar na inflação que está de volta e corrói os salários dos trabalhadores. E o espaço até a eleição não é suficiente para a possibilidade de reversão do quadro extremamente negativo da economia brasileira, praticamente destruída pelos governos petistas.
 
Transcrevo do site do Estadão a análise formulada por José Roberto de Toledo. Vejam:
 
Após uma série de más notícias, a pesquisa Ibope é um alívio para Dilma Rousseff (PT). Mostra que a tática do medo ajudou a presidente a encontrar um piso eleitoral – patamar abaixo do qual é difícil cair – em torno de 40%. É o dobro da intenção de voto do adversário mais próximo. Parece confortável, mas não é.
 
O problema de Dilma é que seu teto eleitoral está baixo. Na simulação de segundo turno contra Aécio Neves (PSDB), a presidente aparece com 43%, apenas três pontos a mais do que sua intenção de voto no primeiro turno. Contra Eduardo Campos (PSB), a taxa de Dilma é ainda menor: 42%.
 
Se, por um lado, a presidente parou de cair, por outro, ela terá mais dificuldade para subir além do que já conseguiu recuperar desde abril. A raiz do problema é a avaliação do governo. A taxa de quem acha sua administração ruim ou péssima continuou crescendo em maio e chegou a inéditos 33%. Está cada vez mais perto dos 35% que acham seu governo ótimo ou bom.
 
Não por acaso, a taxa de rejeição de Dilma também está em um terço do eleitorado. É bem mais alta do que a de Aécio (20%) e a de Eduardo (13%).
A de Dilma ficou estável, enquanto a dos rivais caiu – ao mesmo tempo que eles se tornaram mais conhecidos do eleitor por força de suas propagandas na TV.
Há uma polarização crescente do eleitorado, entre simpatizantes do governo e quem não o suporta.
As opiniões estão se radicalizando – fazendo cair, por exemplo, a taxa de quem acha o governo regular. Aos poucos, o eleitor está descendo do muro.
 
Faz parte da estratégia petista provocar essa divisão do eleitorado. A propaganda do PT no rádio e na TV procurou enfatizar quem é governo e quem é oposição, quem quer continuidade e quem quer mudança. Deu certo, ao menos em parte.
 
O Ibope mostra que aumentou marginalmente a taxa de pessoas que desejam a continuidade dos programas governamentais e daqueles que aprovam o governo e declaram voto em Dilma. De quebra, a presidente mostrou aos aliados reticentes, principalmente do PMDB, que ela continua com chances no jogo eleitoral. Abandonar sua canoa agora é mais difícil o que era antes da pesquisa.
 
A contraparte da tática petista é que ela deixa mais claro para o eleitor de oposição quem são os adversários da presidente. Dobrou a taxa de intenção de voto de Eduardo Campos entre os eleitores que querem mudar tudo ou quase tudo (de 7% para 14%). Aécio também cresceu no eleitorado mudancista: de 18% para 25%, e empatou tecnicamente com Dilma (ela tem 27%) nesse segmento.
 
Por ter sido feita após a série de propagandas partidárias dos três principais candidatos, a pesquisa Ibope mostrou, mais do que as anteriores, como a propaganda de TV é importante para a definição dos rumos da campanha. Foi uma prévia do que deve acontecer a partir de agosto, quando o eleitor não terá mais como escapar do debate eleitoral.
 
Eduardo Campos, Aécio e depois Dilma, todos se beneficiaram das propagandas de seus partidos na TV. É um sinal de como o palanque eletrônico é cada vez mais decisivo na eleição.
 

AÉCIO NEVES: "GOVERNO DO PT É CRIMINOSAMENTE OMISSO NO QUE DIZ RESPEITO À SEGURANÇA PÚBLICA!"

                                E REVELA COMO GOVERNARÁ.

Aécio Neves vai aos poucos delineando seu projeto de governo que como todos podem ver tem tudo para mudar o Brasil  reencaminhando o país no rumo do desenvolvimento com paz e segurança. Sobretudo segurança pública!
Em entrevista à Folha e ao UOL, Aécio Neves disse que, se eleito, pretende reduzir o número de ministérios dos atuais 39 para 21 ou 22. Deseja também redefinir a função de algumas pastas. Fala em renomear o Ministério da Justiça com o complemento "e da Segurança Pública", enfatizando a necessidade de combater o crime em todo o país.
 
O senador quer que os repasses de recursos federais para uso em segurança sejam mensais e compulsórios para os Estados, "que poderão planejar os seus investimentos". O tucano diz que nos oito anos em que governou Minas Gerais (2003-2010) ficou esperando recursos para construir penitenciárias. "Sabe quando vieram? Nunca".
 
"Hoje, o governo federal é criminosamente omisso no que diz respeito à segurança pública", acusa.
 
Aécio, 54 anos, também é a favor da redução da maioridade penal para adolescentes de 16 a 18 anos que cometem crimes graves ou são reincidentes. "Não podemos fazer como o governo do PT: virar as costas". Dilma Rousseff (PT) e Eduardo Campos (PSB) são contra essa medida.
 
O tucano acha necessário trazer a inflação anual para o centro da meta, que é de 4,5%. Esse objetivo seria atingido gradualmente, até 2018.
Afirma ser contra uma lei para formalizar a independência do Banco Central. Promete submeter diretores de agências reguladoras ao escrutínio de um órgão externo.
Se eleito, repete, manterá o Bolsa Família e a política de conceder reajustes acima da inflação para o salário mínimo. Sobre José Serra ser seu candidato a vice-presidente, responde ser "uma possibilidade". A seguir, trechos da entrevista em vídeo e abaixo o texto:
Folha/UOL - Se eleito, qual será a meta de inflação?

Aécio Neves - O centro da meta continua sendo 4,5% ao longo de quatro anos. [Depois], diminuição da banda [de tolerância], que hoje é de dois pontos percentuais para cima ou para baixo. Acho possível reduzir para 1,5 ponto percentual até chegar, no final do mandato, em 1 ponto percentual.
 
E qual deve ser a trajetória da taxa de juros?
Sempre declinante.
 
Mas é possível reduzir a inflação e também baixar os juros?
No médio prazo, sim. Inflação é, sobretudo, sinalização. Acho possível sinalizar de forma clara. Uma guerra ao custo Brasil. Um processo imediato de simplificação do sistema tributário, um grande choque de infraestrutura, sem preconceitos com o setor privado.
 
O Banco Central deve ter a independência ampliada em lei?
No primeiro momento, não acho necessário. Nosso governo, que não é intervencionista como o atual, é suficiente para garantir essa autonomia. Não me fecho a uma discussão de uma eventual autonomia em lei. Não acho que isso seja necessário.
 
Se eleito, quais reformas seriam prioritárias?
A primeira delas é a reforma política. Com três pontos. A introdução da cláusula de desempenho. Um partido político para ter acesso ao Fundo Partidário e ao tempo de televisão terá de atingir um percentual mínimo de votos para deputado federal: 3% no país inteiro e 2% em pelo menos nove Estados. Depois, voto distrital misto com lista partidária. E cinco anos de mandato para todos os cargos, sem reeleição, com coincidência de mandatos.
 
Quantos ministérios deve ter o país?
Serão 21, 22. E vamos transformar o Ministério da Justiça em Ministério da Justiça e da Segurança Pública, com a proibição do contingenciamento dos fundos setoriais. Vamos fazer com que os recursos dos fundos penitenciários, do Fundo Nacional de Segurança, tenham o mesmo tratamento que os recursos da educação. Serão transferidos por duodécimos para os Estados, que assim poderão planejar. Nós vamos construir uma política nacional de segurança pública, que não existe hoje.
 
Como será essa política de segurança pública?
Nossa proposta é fazer uma profunda e ágil reforma do Código Penal para diminuir a sensação de impunidade, que hoje existe na sociedade brasileira, e do Código de Processo Penal. Hoje, para ser preso no Brasil tem que fazer um esforço enorme se não for pobre. A verdade é essa.
 
O sr. é a favor de reduzir a maioridade penal?
Apoio a proposta do senador Aloysio Nunes [Ferreira, do PSDB de SP] que permite, se solicitado pelo Ministério Público ligado à criança e ao adolescente, ao juiz decretar, em casos gravíssimos, ou em reincidências de casos graves de jovens de mais de 16 anos, que possam responder pelo atual Código Penal.
 
Como seria esse Ministério da Justiça e da Segurança Pública?
Teria uma função clara que é a de coordenar.
 
Segurança pública é responsabilidade dos Estados. Como o governo federal poderá atuar?
Você está dando voz para o que diz o PT. É o que o PT diz: "Isso não é problema nosso". E nós estamos aí com essa epidemia do crack matando gente todos os dias, esfacelando famílias, a criminalidade crescendo. Essa visão é equivocada. Hoje, o governo federal é criminosamente omisso no que diz respeito à segurança pública. Quero um ambiente novo onde haja capacidade de o governador saber a cada mês com quanto vai contar do governo federal.
 
O sr. terá definido o nome do seu vice até 14 de junho, na convenção do PSDB?
Pretendo definir até o dia 14.
 
Pode ser José Serra?
Quem não gostaria de ter Serra no seu palanque? Quem não gostaria de ter Serra na formulação de um programa de governo e na execução desse programa? Eu quero muito tê-lo. É uma possibilidade colocada. Ele acena com disputar uma cadeira na Câmara ou no Senado. Onde ele estiver, seja vice, seja na Câmara ou no Senado, estaremos juntos.
 
23 de maio de 2014
in aluizio amorim