"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sábado, 7 de junho de 2014

MAPA ELEITORAL DO BRASIL TEM ALTERAÇÃO RADICAL E CONTRIBU DE FORMA OBJETIVA PARA A VITÓRIA DE AÉCIO NEVES


 
O colunista da revista Veja, Ricardo Setti, é velho de guerra do jornalismo brasileiro e portanto possui uma bagagem de experiência profissional de bom tamanho, além das fontes de primeiríssima linha que conquistou e continua conquistando ao longo de sua carreira.

Destaco esses aspectos porque Setti faz por merecê-los. Todavia, isto conta muito no que diz respeito à sua credibilidade como profissional de comunicação. O jornalismo, ao contrário da quase totalidade das demais profissões, se expõe, enquanto outras profissões muitas vezes exercitam seus afazeres num gabinete, num laboratório. O jornalista é obrigado a escancarar o que apura e se submete ao crivo diário dos leitores, telespectadores e internautas. Seja por meio de reportagens ou artigos opinativos.

Por tudo isso é que enfoco aqui no blog uma matéria especial de Ricardo Setti, que está em sua coluna no site de Veja, demonstrando que a realidade desta eleição presidencial difere muito de todas as outras realizadas depois que o Brasil retomou à senda democrática.

Aliás, as pesquisas que medem a tendência do eleitorado brasileiro confirmam isso. O mapa eleitoral, conforme a análise formulada por Ricardo Setti, é muito diferente da eleição passada, quando Dilma em diversos colégios eleitorais trucidou José Serra.

A análise de Setti está focada diretamente na potencialidade de Aécio Neves, cujo perfil difere fundamentalmente de José Serra. O ex-governador paulista, embora reconhecidamente um grande parlamentar e administrador, tem um viés centralizador e é despojado de carisma. Tem perfil eminentemente técnico.

Em contrapartida, Aécio Neves, além de contar ainda com a força da juventude e a saúde, é um político caracterizado pela capacidade de articular alianças. Tanto é que já se pode verificar o que acaba de ocorrer no Rio de Janeiro e há alguns dias na Bahia, territórios que vinham sendo dominados pelo PT.
Além disso, desta feita o candidato do PSDB tem palanques fortes na Bahia, no Rio de Janeiro, no Rio Grande do Sul, e nos Estados onde a economia está fundada no agronegócio.
Sem falar em São Paulo e Minas Gerais, bem como em toda a região Sul. No caso de Pernambuco, que tem candidato presidencial, a seara do PT também murchou.

Em linhas gerais, a análise formulada por Ricardo Setti enfoca essa nova realidade eleitoral que pende favoravelmente para candidato Aécio Neves. Aplicando-se a matemática do voto verifica-se pela primeira vez na última década, a existência de condições objetivas que apontam para uma vitória da oposição agora liderada por Aécio Neves. 

Vale a pena ler a análise de Ricardo Setti. Para tanto, basta clicar aqui. 

QUANDO O HUMOR DESENHA A REALIDADE


                                               Cai, cai, Dilmão!

 
07 de junho de 2014

NOTAS POLÍTICAS DO JORNALISTA JORGE SERRÃO

Quebrar a Globo é o principal foco petista na reforma constitucional para regular a mídia no Brasil

Os sovietes petralhas, que desejam consagrar o aparelhamento estatal com o inconstitucional Decreto 8243, insistem na tese de “regulação da mídia” como grande meta para um eventual segundo mandato de Dilma Rousseff.
A próxima novidade da vanguarda do atraso é Lei Geral da Comunicação Eletrônica – cuja base para implantação está assentada no Marco Civil da Internet, o guarda-chuva jurídico já em vigor, com a conivência até da suposta “oposição” ao PT, para abrigar os planos de controle dos meios de informação e entretenimento no Brasil Capimunista. No fundo, o grande alvo é a Globo – embora a Família Marinho só vá acreditar nisto quando já tiver ido para o buraco.
 
Um dos principais líderes ideológicos do PT, embora não apareça midiaticamente como tal, Paulo Bernardo, ministro das Comunicações, deu o tom claro de como a banda vai tocar, se Dilma vencer. Em entrevista ao Valor Econômico, Bernardo indicou que tudo passará pela reforma constitucional pretendida pelo PT.
O grande alvo é mexer na regulamentação dos artigos 220 e 221 da Constituição de 1988.
Os petistas miram em dois pontos: mexer na titularidade da propriedade dos meios de comunicação (sob a suposta desculpa de impedir monopólios) e forçar a regionalização da programação da TV aberta (a exemplo do que já se conseguiu com os canais fechados).
 
O assunto da regulação da mídia é tema recorrente nos discursos do Presidentro Luiz Inácio Lula da Silva. Nos melhores moldes da simplificadora e radicalóide retórica comuno-nazista, Lula aponta a “imprensa” como o inimigo a ser batido com a máxima urgência. Sempre fiéis ao seu mítico líder, não é à toa que blogueiros, representantes de movimentos sociais e acadêmicos ligados à seita petista defendem, fanaticamente, a aprovação de uma lei para regular os meios de comunicação.
 
O pacotinho de maldades para a mídia é preparado pelos velhos representantes da luta armada, que quiseram implantar o comunismo no Brasil nas décadas de 60 e 70: Franklin Martins, Paulo Bernardo, Ricardo Berzoíni, José Dirceu e a própria Dilma – uma eterna brizolista exilada no PT por falta de alternativa mais conveniente.
 
PT Insuperável

 
Voto à crédito?

O Presidentro Luiz Inácio Lula da Silva aproveitou um seminário promovido pelo jornal espanhol El País, em Porto Alegre, para dar uma sacaneada pública no secretário do Tesouro, Arno Augustin:

“Arno, um dia você vai ter que me explicar por que, se a gente não tem inflação de demanda, por que a gente está barrando crédito. Porque com o crédito todo mundo vai à luta, o comércio vai à fábrica, a fábrica vai produzir, melhora a vida de todo mundo. Sem crédito ninguém vai a lugar nenhum”.

Para não deixar Arno tão PT da vida, Lula deu aquela aliviada típica de discurso do eterno sindicalista de resultados:

“Se depender só do pensamento do Arno, você não faz nada. Não é por maldade dele não, é que um tesoureiro de um sindicato é assim. A nossa tesoureira dentro de casa, que é a nossa mulher, também é assim. Elas não querem gastar, só querem guardar. Mas tem que gastar um pouco também”.


Gol contra


O esculacho de Lula no Secretário do Tesouro só confirma que o maior adversário do PT nesta eleição é o próprio desgoverno realizado pelo partido e seus comparsas.

Lula voltou a mostrar que a carestia (com ou não inflação) e a falta efetiva de grana para o povão fazer a gastança de anos anteriores são os calcanhares de Aquiles capazes de derrotar Dilma.
O curioso é quando Lula tenta tirar o dele da reta, dando uma de crítico mais ácido do governo do qual é Presidentro, onde manda e interfere na maioria esmagadora das decisões.

Lavando o Jato
 
A 13.ª Vara Federal de Curitiba, que cuida da Operação Lava Jato que apavora 13 em cada 10 petralhas, condenou ontem 47 doleiros a penas que variam de três anos e onze meses a onze anos e oito meses de reclusão.
 
Mas todos vão recorrer da condenação por evasão fraudulenta de divisas e lavagem de dinheiro com o uso de contas mantidas no First Curaçao International Bank, nas Antilhas Holandesas.
 
Tudo resulta da Operação Curaçao, realizada em 2009 pela Polícia Federal, denunciada em 2010 pelo Ministério Público Federal, e finalmente julgada agora.
 
O esquemão
 
As contas eram controladas a partir do Brasil pelos doleiros, que operavam no mercado negro de câmbio, de turismo e de comércio exterior.
 
As remessas encaminhadas irregularmente ao exterior somaram US$ 700 milhões entre 2004 e 2006.
 
Doleiros se valiam de pessoas interpostas e offshores para movimentar os recursos no First Curaçao – mexendo até com grana do tráfico de drogas na Colômbia e no México.
 
Longa lista

Foram condenados pelo crime de efetuar operação de câmbio não autorizada, com o fim de promover evasão de divisas do país (artigo 22, da Lei nº 7.492/1986) em continuidade delitiva, os acusados Marcelo Farias de Oliveira, Maurício Menegat Feijó, Omar Said Mourad, Carlos Eduardo Caminha Garibe, Roberto Mario Clausi Júnior, Marcelo Luiz Mariano, Esther Chueke, Ivette Bernat, André Luiz Meirelles Melo da Silva, Silvio Luiz Abate, André Santos Pereira, Nelson Luciano de Carvalho Teixeira, Alfredo Giangrande, Hélio Cesar Fialho e Jean José Mattana Besozzi.

Os demais réus foram condenados, além de evasão de divisas, pelo crime de lavagem de dinheiro (Lei 9.613/1986): Alberto Cezar Lisnovetzky, Simone Abramoff, José Francisco Branco Sette, Hussain Said Mourad, Marcelo Weingarten, David Amandio de Faria Pimenta, Antônio Batalhote e Enio Verçosa, Solon Sales Alves Couto, Mauro Kanegae, Antônio Colloca, Gustavo Ricardo Colloca e Elisabete de Oliveira Nery, Carlos Haten Naim, Luiz Carlos Granella, Kleber Eduardo Granella, Durval Chiovetto, Ricardo Behar, Amir Warzawski, Rene de Carvalho Lauro, Luciano de Carvalho Lauro, Rafael Angulo Lopes, Airton Telles Mendonça, Maurice Verdier, Wilson Roberto de Carvalho, Iria de Oliveira Cassu, Gisele Thalenberg Werdo e Harry Chaim Thalemberg.
 
Nove conseguiram ser absolvidos por falta de provas.
 
Mais quatro pra quê?


Tudo a Temer, Dilma?
 
O vice-presidente Michel Temer (PMDB) admitiu ontem que a queda das intenções de voto na Presidenta Dilma Rousseff registrada pelo Datafolha é sinal de "certa insatisfação" da sociedade.
Mas Temer, um maçom inglês sempre esperto, pondera que a bronca será coberta para apresentação que a Dilma fez ao longo do tempo:
"Ela ainda está com um índice muito elevado. É um índice que permite ainda quase ganhar no primeiro turno".
Rolando
A Caixa Econômica Federal vai converter em “dívida subordinada” os R$ 10 bilhões de seus débitos com o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço.
A Caixa tem um estoque de dívida de cerca de R$ 200 bilhões com o fundo, sendo que cerca de R$ 11 bilhões já é classificada como subordinada.
A medida aprovada pelo conselho curador do FGTS ajuda a tirar o impacto negativo da dívida sobre o patrimônio da Caixa, facilitando, quem sabe, aquela fusão com o Banco do Brasil que vem sendo estudada na surdina pelo governo Dilma.
BB recomprando
 
O Conselho de Administração do Banco do Brasil aprovou um novo programa de recompra de suas próprias ações.
Durante um ano, a partir de ontem, poderão ser adquiridos até 50 milhões de papéis, de um total de 1.411.929.905 ações em circulação no mercado.
O objetivo do banco é adquirir as ações para manutenção em tesouraria, podendo vender ou cancelar os papéis posteriormente – inclusive se a tão especulada fusão com a Caixa acontecer...
The Voice da freira

https://www.youtube.com/watch?v=SdVepadhCb0&feature=player_embedded

Uma freira venceu a versão italiana do The Voice.
 
Canta muito a Suor Cristina Scuccia, de 25 anos, freira desde 2009, sucesso em paróquias, escolas e agora no YouTube e adjacências.
Para comemorar a vitória, com 62% dos votos, ela arrepiou o público rezando o “Pai Nosso”.

 https://www.youtube.com/watch?v=AQHiPNIESv4&feature=player_embedded
 
Solução Lula
 

Vida que segue... Ave atque Vale! Fiquem com Deus.
 
07 de junho de 2014
Jorge Serrão é Jornalista, Radialista, Publicitário e Professor.

MALANDRO MODERNO

Anhangüera comenta:  É de 2012 mas, compreensivelmente pelo tema, entende-se porque não foi divulgado. “Qui culum habet, timorem tenet” (quem tem fiofó tem medo).

bezerra_da_silva1


Mas tem tudo para emplacar nestes tempos de horror, e Edir, eu e Magu resolvemos ajudar na divulgação, mesmo porque Bezerra é um DG e não tem medo.


https://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=QGFSQp1XWP0

07 de junho de 2014
in blog Giulio Sanmartini

GRAMSCI E AS PRÓXIMAS ELEIÇÕES

Artigos - Governo do PT

Estamos a ver as últimas etapas do “orgasmo político” gramsciano.

O que esperam das eleições os revolucionários conscientes da causa e todos aqueles que consideram o Parlamento eleito pelo sufrágio universal uma máscara da ditadura burguesa? Essa foi a pergunta que o ideólogo socialista italiano Antonio Gramsci fez em seu artigo “Os revolucionário e as eleições” escrito em 1919. Essa é a pergunta que o eleitor brasileiro, ou pelo menos aquele que é formador de opinião, tem de se fazer.


Alguns se perguntariam qual a necessidade de tal questionamento. Contudo, nunca é tarde para lembrar: os integrantes do partido que hoje nos governa vêm fazendo a mesma pergunta há pelo menos 40 anos. Tentar entender as possíveis respostas dessa pergunta é essencial, pois os ditos de Antonio Gramsci compõem a fundação teórica desse mesmo partido.

É verdade que os partidos e intelectuais de cunho revolucionário jamais pararam de confabular, conjecturar e exercitar dialeticamente seus termos. Não obstante, ao ler Antonio Gramsci logo se vê que embora adequações tenham sido feitas ao que ele disse, a base e o modus operandi do Partido dos Trabalhadores ainda segue majoritariamente os ditames do ideólogo italiano.

Para citar um exemplo dentre vários dessa adequação: mesmo que o pensador alemão Herbert Marcuse tenha trazido o novo insight sobre a necessidade da classe revolucionária ser representada pelos párias da sociedade [1] e não pelos proletários – que hoje se engalfinharam na corrida capitalista –, ainda assim vemos o Príncipe partidário gramsciano como o regente de todo o aparato revolucionário.

E o Príncipe sempre é partidário e eleitoral na realidade gramsciana, pois segundo o pensador italiano, “os resultados da luta eleitoral [...], modificam, sem dúvida, as relações de força entre as instituições em que se encarna a luta, de classe, em que se encarna hoje o processo de desenvolvimento da revolução” [2].
Para o ideólogo, tal necessidade eleitoral se faz também por conta de que uma revolução brusca e violenta poderia suscitar o apoio à uma contrarrevolução muito mais forte e muito mais brusca vinda da tal burguesia reacionária. Sendo assim, é necessário para Gramsci

que o esforço eleitoral do proletariado [hoje adequado também a outra classe, conforme vimos acima] consiga fazer entrar no Parlamento um bom nervo de militantes do Partido Socialista e que esse seja bastante numeroso e aguerrido para tornar impossível, a cada líder da burguesia, a constituição de um governo estável e forte, para obrigar, portanto, a burguesia a sair do equívoco democrático, a sair da legalidade, e determinar uma sublevação dos estratos mais profundos e vastos da classe trabalhadora contra a oligarquia dos exploradores” [3].


Não foi exatamente isso que aconteceu desde que o Partido dos Trabalhadores tomou o poder? Em 2004, já dez anos após o primeiro aviso dado sobre os perigos do PT e do gramscismo na obra A Nova Era e a Revolução Cultural, o filósofo Olavo de Carvalho dava outro aviso no artigo “Assunto encerrado” ao dizer:

“O PT, como digo há anos, não veio para alternar-se no poder com outros partidos -- muito menos com os da ‘direita’ -- segundo o rodízio normal do sistema constitucional-democrático. Ele veio para destruir esse sistema, para soterrá-lo para sempre nas brumas do passado, trocando-o por algo que os próprios petistas não sabem muito bem o que há de ser, mas a respeito do qual têm uma certeza: seja o que for, será definitivo e irrevogável”.

Olavo tornou ainda mais inteligível o que Gramsci disse há quase um século atrás.

Um olhar sobre os protestos de junho de 2013Muito se falou após junho de 2013 sobre os perigos que o PT enfrentaria nas próximas eleições. Seriam eles verdadeiros? Uma Presidente Dilma pálida de pânico proferindo um discurso desconexo em rede nacional à época dos protestos fazia parecer que sim. Ledo engano. Dilma estava sendo avaliada pelo próprio partido acerca da sua aptidão para governante em um cenário de ruptura revolucionária. Se ela foi aprovada ou não pelos seus pares é algo que descobriremos no futuro.

Os protestos em si, mesmo que tenham imprevistamente englobado as classes de fato insatisfeitas, no final só serviram para deixar o PT mais forte do que nunca. As massas fizeram exatamente aquilo que o Partido Príncipe espera: pediram ajuda a ele. O partido vendeu a solução dos problemas que ele mesmo criou.

A resposta para tal manobra novamente está em Gramsci. Ao dizer que o condottiero maquiavélico é a encarnação da vontade pública, ele logo em seguida dá o pulo do gato e diz que é necessário que o próprio Partido – e não uma única pessoa – se torne esse condottiero, mas não seguindo as vontades de fato públicas, mas criando novas necessidades que só sejam realizáveis pelo próprio Partido, de modo que ele próprio – o Partido – se torne a única possibilidade no horizonte e a encarnação mesma da vontade popular.

Diz Gramsci:

O moderno Príncipe, desenvolvendo-se, subverte todo o sistema de relações intelectuais e morais; na medida em que o seu desenvolvimento significa de fato que cada ato é concebido como útil ou prejudicial, como virtuoso ou criminoso; mas só na medida em que tem como ponto de referência o próprio moderno Príncipe e serve para acentuar o seu poder, ou contrastá-lo. O Príncipe toma o lugar, nas consciências, da divindade ou do imperativo categórico, torna-se a base de um laicismo moderno e de uma laicização completa de toda a vida e de todas as relações de costume” [4].


É o que aconteceu em 2013: o movimento revolucionário vem há décadas criando os entraves socioculturais e há uma década os políticos. Chegamos ao ponto em que a única vontade disponível no horizonte de consciência do povo é a vontade que os atuais governantes querem que tenhamos, de modo que, como disse Olavo de Carvalho em A Nova Era e a Revolução Cultural, a instauração da última etapa de um regime totalitário vem a ser apenas um “orgasmo político”.
Não é de se estranhar, portanto, que mesmo entre os bem intencionados e não-militantes, os pedidos eram por mais estado (mais educação, mais saúde, mais segurança, etc.). Tudo conforme o plano de poder do Partidão.
E ainda diz mais o ideólogo italiano sobre os protestos:

Uma das condições de triunfo da revolução é a organicidade unitária e centralizada da psicologia popular, é portanto a existência da sociedade humana com uma sua configuração real e precisa. Era necessário um acontecimento pré-revolucionário que fizesse convergir simultaneamente a atenção das massas para os seus problemas e para as soluções que, em relação a estes problemas, propõem as várias correntes políticas.” [5].

Em outras palavras, a revolução gramsciana só prospera quando todos estiverem pensando da mesma maneira e as alternativas à revolução forem impensáveis por esse mesmo bloco, isto é, mesmo que haja uma genuína vontade de alternativas à revolução, os meios linguísticos e culturais já foram destruídos de tal modo, que não há sequer um repertório imaginativo para tal mudança.


A conclusão é temerosa: dada a estreiteza da cosmovisão do povo, em parte provocada pela revolução cultural gramsciana, dificilmente a presidência mudará de mãos neste ano de 2014. Esperemos então o avanço nas agendas abortistas, desarmamentistas e a ideologização cada vez maior do sistema educacional. Enfim, estamos a ver as últimas etapas do “orgasmo político” gramsciano. As últimas semanas não deixam dúvidas acerca disso.

Notas:


[1] termo usado pelo próprio Herbert Marcuse na obra O homem unidimensional para se referir às classes ditas oprimidas, que logo se organizaram em movimentos que hoje conhecemos por “movimentos de minoria”: feministas, abortistas, gayzistas, africanistas, etc.
[2] Antonio Gramsci, Escritos políticos, vol. II. “As eleições”, p. 73.
[3] op. cit. “Os revolucionários e as eleições”, p. 65. Grifo meu.
[4] Antonio Gramsci, Cadernos do Cárcere. Caderno 8. “O moderno príncipe”.
[5] Antonio Gramsci, Escritos políticos, vol. II. “Os resultados que esperamos”, p. 70.
 
07 de junho de 2014
Leonildo Trombela Junior é jornalista e tradutor.

A DIREITA MATOU TONY RAMOS

Artigos - Cultura

Getúlio

De todos os crimes e licenças do roteiro, o mais grave é relativizar algo que é fato (o atentado a Carlos Lacerda, que vitimou o major Rubens Vaz) e dar como certa a inocência de Vargas, o que está longe de ser um ponto pacífico da história brasileira.

 
 
Se você sente náuseas com blogueiros bancados por estatais, espere até assistir um filme “baseado em fatos reais” patrocinado por elas. Bem vindo à era da história reescrita pelo cinema nacional chapa-branca.

Como filme, “Getúlio” não inova em nada. A fotografia é óbvia, a trilha é burocrática, a narrativa é claramente inspirada em “A Queda – As Últimas Horas de Hitler (2004)”, as atuações esquemáticas, com momentos constrangedores como quando os atores tentam falar com sotaque gaúcho. Como registro histórico, “Getúlio” é um acinte a serviço de uma agenda política.
Para não deixar dúvidas, João Jardim, diretor e co-roteirista do filme, disse: “é bom lançar o filme em ano de eleição, para fazer com que as pessoas reflitam antes de votar”. Em diversas entrevistas, Jardim deixa claro que vê similaridades entre o momento político atual brasileiro e aqueles 19 dias que separaram o atentado a Carlos Lacerda na Rua Tonelero e o suicídio de Vargas.

O Getúlio Vargas de João Jardim é o defensor dos trabalhadores que criou a Petrobras, uma das patrocinadoras do filme, o que teria colocado o ex-presidente em oposição aos militares. Em que país João Jardim foi encontrar militares opositores de estatais? No Brasil é que não foi. O regime militar iniciado em 1964 encontrou um país com 50 estatais e devolveu com mais de 500. Se esses são os militares que não gostam de estatais, imagino o que fariam se gostassem.


A Petrobras foi criada a partir de uma campanha ultranacionalista encabeçada pelo general Felicíssimo Cardoso, que entrou para a história como o “general do petróleo”. Felicíssimo esteve à frente da campanha “O Petróleo é Nosso”, criou um think tank (Centro de Estudos e Defesa do Petróleo e da Economia Nacional) e uma revista com o objetivo explícito de pressionar o governo a criar a estatal. Se alguém pode ser considerado o “pai” da Petrobras é o general Felicíssimo Cardoso, mas como ele é também tio do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso fica fácil entender porque seu nome está sendo apagado da história e não é lembrado nos filmes que a Petrobras hoje patrocina.


De todos os crimes e licenças do roteiro, o mais grave é relativizar algo que é fato (o atentado a Carlos Lacerda, que vitimou o major Rubens Vaz) e dar como certa a inocência de Vargas, o que está longe de ser um ponto pacífico da história brasileira. O diretor de “Getúlio” tem todo direito de não acreditar que o ex-ditador, líder de um dos regimes mais autoritários e sangrentos da história do país, o famigerado Estado Novo, não estava diretamente envolvido com o atentado, mas colocar a questão como resolvida e Vargas como inocente é reescrever a história.


O cinema praticamente nasceu produzindo libelos políticos. O clássico “O Nascimento de uma Nação” (D. W. Griffith, 1915) já defendia a agenda política racista do Partido Democrata americano e do presidente da época, Woodrow Wilson, colocando negros como uma sub-raça e enaltecendo a Ku Klux Klan. Griffith inspirou Serguei Eisenstein, seu fã confesso e cineasta-militante do bolchevismo soviético. Desde então, o cinema nunca parou de defender, explicitamente ou não, causas políticas, especialmente os produzidos com patrocínio direto ou indireto de governos.
Em “Getúlio”, o roteiro pretende resolver uma das maiores polêmicas da história do Brasil: Vargas estava envolvido ou não na tentativa de assassinato de Carlos Lacerda? Para o filme, não estava e pronto. Não satisfeito, o roteiro dá piscadelas para teorias conspiratórias lisérgicas como sugerir que Lacerda pudesse ter simulado o próprio atentado, algo que nem o getulista mais empedernido ousaria pensar.

O filme quer passar a idéia de que Vargas, defensor do povo e das estatais, foi vítima de uma armação política suja com o apoio da imprensa golpista. O protagonista do filme tem pouca noção do que seus auxiliares mais próximos faziam dentro do palácio e sua boa fé acabou por custar seu governo. O Getúlio de João Jardim é, evidentemente, o Lula do ideário petista, um pai dos pobres vilipendiado por uma trama que unia a imprensa e a direita inescrupulosa, antidemocrática e sedenta de poder.
Ao colocar Tony Ramos no papel principal, logo o ator mais querido e popular do Brasil, João Jardim buscou criar uma identificação imediata do público com o ex-presidente, uma opção para que o espectador não tivesse qualquer dúvida de quem apoiar desde o início. Já nos créditos finais, o filme subestima mais uma vez a capacidade do público de tirar suas próprias conclusões e coloca uma frase de Tancredo Neves, num didatismo gritante, afirmando que o suicídio de Vargas em 1954 atrasou o golpe militar em dez anos.
“Getúlio” é uma peça de propaganda ideológica dissimulada, com uma leitura muito particular e ideológica da história do Brasil, que faz escolhas que tentam recontar a época torcendo episódios para que se encaixem na narrativa que interessa ao diretor e aos patrocinadores do filme.


Se “Getúlio” for o marco inicial de uma safra de filmes militantes, é mais um motivo para arrumar as malas e buscar o Galeão que tanto assombrava Vargas, um mártir da própria consciência que levou para o túmulo a verdade sobre a tentativa de assassinato de um opositor, o único crime comprovadamente ocorrido naqueles 19 dias de agosto de 1954.

Publicado na Reaçonaria
07 de junho de 2014
Alexandre Borges é diretor do Instituto Liberal.

BILDERBERG 2014

Artigos - Globalismo
"Você já viu as pessoas que estão em tais encontros? Vão os ministros, os reis, a OTAN, o FMI...
Tais pessoas não se deslocam para conversar sobre o tempo."
 
bilderberg2014

No domingo passado (01/06) veio a término a 62ª edição da reunião anual do Clube Bilderberg, a seleta organização que congrega as autoridades máximas da política, economia, aristocracia e do poder militar da Europa e dos Estados Unidos.

Todas as propostas e deliberações, celebradas num hotel de Copenhague, foram feitas no mais absoluto segredo: às portas fechadas, sem acesso dos meios de informação e sem publicação das suas conclusões. Embora o clube diga que suas reuniões não tem um caráter oficial e é apenas um fórum de discussão privado, há quem considere o Bilderberg como o encontro internacional mais importante no mundo, onde são tomadas decisões concretas que afetam a todas as pessoas.

“O efeito mais imediato dessa reunião do clube que acabamos de tomar conhecimento é a abdicação do rei Juan Carlos”, afirma ao El Confidencial a jornalista Cristina Martín Jiménez, que há 10 anos investiga os meandros da instituição. “Note que todas as monarquias estão fazendo o traslado geracional. Eles trabalham em consenso e foi decidido que chegou o momento onde é necessário efetuar esse traslado. Não tenho a menor dúvida que a abdicação do rei é uma decisão consensual do Bilderberg”.
Na opinião da autora de 'Perdidos. Los planes secretos del Club Bilderberg (Martínez Roca)', não é um acaso que a reunião desse ano tenha tido a participação da rainha Sofia, da rainha Beatriz da Holanda (filha do fundador do clube, Bernardo de Holanda) e do príncipe Felipe da Bélgica, que também recebeu a chefia da monarquia no ano passado. “Estão renovando todas as cúpulas dos poderes que trabalham conjuntamente no Bilderberg”, assegura ela.
Uma grande reestruturação militar, econômica e comercial
Porém, embora a abdicação do rei da Espanha afete especialmente nosso país, Martín Jiménez tem por certo que este não foi o tema mais discutido em Copenhague. Neste ano, grande parte das conversações orbitou sobre possíveis conflitos armados na Rússia, China e no Oriente Médio. E é por isso que a presença militar foi especialmente significativa.
Na lista de convidados desse ano estavam o secretário geral da OTAN, Anders Fogh Rasmussen; o general em chefe das Forças Norte-Americanas na Europa, Philip Breedlove – que, segundo informa Charlie Skelton do The Guardian, foi acompanhado de representantes de altos cargos do Ministério da Defesa Norte-Americano; o ex-diretor da CIA, David Petraeus; o chefe do MI6 (o serviço de espionagem britânico), Sir John Sawers; bem como diversos ministros do exterior europeus, entre outros da Espanha, José Manuel García-Margallo (que compareceu acompanhado de Mercedes Millán Rajoy, diplomata espanhola e sobrinha do presidente).
Na opinião de Martín Jiménez, o Clube Bilderberg está preparando o cenário para a possibilidade de um grande conflito bélico: “O consenso é que daqui a alguns meses ou um ano haverá uma grande reestruturação militar, econômica e comercial com origem em alguma modificação importante na história mundial: um conflito bélico de grandes dimensões”.
O Clube Bilderberg celebrou sua primeira reunião em 29 e 30 de maio de 1954, no hotel Bilderberg, na Holanda, encontro promovido pelo imigrante polonês e conselheiro político Jozef Retinger, preocupado pelo crescente antiamericanismo provocado pelo Plano Marshall na Europa. Desde então, afirma Martín Jiménez, sua principal preocupação tem sido preservar a hegemonia do Ocidente, que agora está sendo questionada.
“No ano passado, Tony Blair, outro dos líderes que trabalham com os Bilderberg, escreveu um artigo para o Daily Mirror (1) em que dizia claramente que a questão não é a paz, mas sim de falar sobre questões de poder”, explica Martín Jiménez. “Isso foi dito alguns meses antes de reunir-se com o clube na Inglaterra (entre 8 e 9 de junho do ano passado), pois existia uma grande rejeição popular à União Europeia, e recém havia sido criado o UkiP (2), que agora teve grande sucesso nas eleições. Blair interviu afirmando que os trabalhistas e os conservadores teriam de se unir para dar apoio à União Europeia. Estão sendo formados blocos de poder. O Ocidente é um bloco, e ele está sendo reforçado para não permitir a sua invasão por outros blocos.”
Convidados que não vão apenas para papear
A jornalista tem consciência que suas afirmações levantam suspeitas, porém ela está convencida que aquilo que é dito no Bilderberg é de extrema importância. “Eles possuem um mecanismo para desprestigiar aquelas pessoas que os investigam, tachando suas atividades de 'conspiranóia', para que acreditemos que não estão fazendo nada. Dizem que são apenas reuniões informais nas quais as pessoas participam em caráter privado, e que por esse motivo não tem de dar informações. Você já viu as pessoas que estão em tais encontros? Vão os ministros, os reis, a OTAN, o FMI... Tais pessoas não se deslocam para conversar sobre o tempo.”
Além dos grandes líderes militares e da aristocracia, este ano participaram do Bilderberg diretores de corporações como Shell, BP, Fiat, Novartis, Dow Chemicals, Unilever, Airbus e Nestlé; diretores de bancos e instituições financeiras como HSBC, Citigroup, Lazard, Goldman Sachs, Santander, Barclays, American Express, JP Morgan, TD Bank e do Deutsch Bank; e os CEOs e presidentes do Google, LinkedIn e Microsoft; proprietários, editores e representantes de meios de informação como The Financial Times, The Wall Street Journal, Die Zeit, Le Monde, El País e The Washington Post; líderes e políticos de instituições como o Banco Mundial, a Comissão Europeia, o Banco Central Europeu, Banco de Compensações Internacionais, o FMI, a Reserva Federal e o Departamento do Tesouro dos Estados Unidos; e políticos europeus, norte-americanos e canadenses como Mark Rutte, o primeiro ministro holandês, ou David Cameron, primeiro ministro britânico.
A representação espanhola incluiu além da rainha Sofia, o ministro de Relações Exteriores, o diretor geral da La Caixa, Juan Maria Nin, e o presidente do grupo Prisa, Juan Luis Cebrián.
O grande grupo de pressão ocidental
As decisões do Bilderberg, afirma Martín Jiménez, são consensuais e tem efeitos diretos sobre as políticas nacionais. Apenas 15 dias após a reunião do clube em 2012, realizada nos Estados Unidos, a Espanha pediu um empréstimo à Europa para fazer o resgate bancário. Uma decisão que, segundo a jornalista, foi tomada na conferência do Clube, que naquele ano havia tido a participação da vice-presidente Soraya Sáenz de Santamaría. O Bilderberg também foi responsável, ainda segundo Martín Jiménez, de colocar Mario Monti, membro do Comitê Diretor do Clube, como primeiro ministro italiano. “E assim os italianos tiveram de engolir um primeiro ministro que não foi eleito nas urnas”, assegura a jornalista.
O Bilderberg também está por trás dos cortes orçamentários realizados no nosso país. “A Fundação Rockfeller (outro dos grandes promotores históricos do clube) tem falado do tema da superpopulação desde os anos 30”, explica ela. “Não é coisa nova. Os mais velhos e os doentes não são úteis, pois são um ônus econômico. Bruxelas pressiona nossos governos eleitos democraticamente para que reduzam as ajudas aos dependentes e o orçamento para a saúde”.
O clube põe suas mãos em tudo aquilo que possa afetar o desempenho de seus sócios (a elite econômica e política). Incluindo o futuro sucessor do PSOE (3). “Segundo minhas investigações, Madina é o candidato que apoiam os membros espanhóis do Bilderberg”, afirma a jornalista. Somente o tempo dirá se ela está certa, ainda que ela mesma reconheça, “há muitas coisas que eles preveem, porém mais tarde seus planos não se desenvolvem como havia sido desejado”.

Notas
:

 (1) O artigo em questão pode ser lido aqui: http://dailym.ai/1o5bEWP. No trecho referido o líder do Partido Trabalhista diz:

(...) Em 1946, Winston Churchill fez seu afamado discurso conclamando por um Estados Unidos da Europa. Ele via um continente assolado por séculos de conflito e recentemente por duas guerras mundiais. Ele via uma França e uma Alemanha – inimigos em ambas as guerras – tornando-se amigos numa nova união. O racional para a Europa [naquele momento] era simples – paz e não a guerra. Em 2013, existe uma nova lógica que é mais forte, clara e mais duradoura: não a paz, mas o poder. O cenário geopolítico para o Século XXI está passando por uma revolução. A questão para a Grã-Bretanha é: qual é o ponto que nos dá mais vantagens nesse novo cenário? Ao fim do século XIX, a Grã-Bretanha era a maior potência mundial. No final do século XX, eram os EUA. No final do século XXI, possivelmente será a China ou, no mínimo, a China e possivelmente a Índia serão tão poderosos quanto os EUA. Nós precisamos compreender quão profunda é essa mudança e como ela irá nos atingir (...)

(2) UKiP – Partido Independista do Reino Unido. Eurocéptico. Direita. O partido defende a independência da Inglaterra frente à União Europeia (abandonar a UE). O título do seu Manifesto 2014 diz: “Imigração portas-abertas está sucateando os serviços públicos locais no R.U.” Suas propostas envolvem: soberania e livre comércio sem união política. Proteção das fronteiras e imigração sob condições reguladas. Isenção fiscal sobre salário mínimo e sobre a transmissão de heranças. Fim de subsídios e ajudas ao exterior. Combate ao crime. Cassação do direito a voto de prisioneiros. Sair da jurisdição da Corte Europeia de Direitos Humanos. Permitir a fundação de novas 'grammar schools'. Rejeição ao politicamente correto como proteção ao livre discurso (“free speech”).

(3) PSOE – Partido SOCIALISTA Operário Espanhol, fundado em 1879 (o segundo mais antigo da Espanha). Principal partido de oposição. Parte integrante do Partido SOCIALISTA Europeu e da Internacional Socialista. Adepto da Terceira Via, do multiculturalismo, do humanismo laico, progressista.


Fonte: http://www.elconfidencial.com/alma-corazon-vida/2014-06-03/bilderberg-2014-estos-son-los-planes-de-los-poderosos-para-el-mundo-y-para-espana_140260/
07 de junho de 2014
Miguel Ayuso
Tradução: Francis Lauer

AULA DE HISTÓRIA

              AULA DE HISTÓRIA...
 
                                            LÚCIA HIPPÓLITO  
 
(comentarista politica da CBN) 
 
 

“Nascimento” do PT:

O PT nasceu de cesariana, há 29 anos. O pai foi o movimento sindical, e a mãe, a Igreja Católica, através das Comunidades Eclesiais de Base.
Outros orgulhosos padrinhos foram os intelectuais, basicamente paulistas e cariocas, felizes de poder participar do crescimento e um partido puro, nascido na mais nobre das classes sociais, segundo eles: o proletariado.
 
“Crescimento” do PT:

O PT cresceu como criança mimada, manhosa, voluntariosa e birrenta. Não gostava do capitalismo, preferia o socialismo. Era revolucionário. Dizia que não queria chegar ao poder, mas denunciar os erros das elites brasileiras.
O PT lançava e elegia candidatos, mas não "dançava conforme a música". Não fazia acordos, não participava de coalizões, não gostava de alianças. Era uma gente pura, ética, que não se misturava com picaretas.
O PT entrou na juventude como muitos outros jovens: mimado, chato e brigando com o mundo adulto.
Mas nos estados, o partido começava a ganhar prefeituras e governos, fruto de alianças, conversas e conchavos. E assim os petistas passaram a se relacionar com empresários, empreiteiros, banqueiros.
Tudo muito chique, conforme o figurino.
“Maioridade” do PT:

E em 2002 o PT ingressou finalmente na maioridade. Ganhou a presidência da República. Para isso, teve que se livrar de antigos companheiros, amizades problemáticas. Teve que abrir mão de convicções, amigos de fé, irmãos camaradas.
Pessoas honestas e de princípios se afastam do PT.
A primeira desilusão se deu entre intelectuais. Gente da mais alta estirpe, como Francisco de Oliveira, Leandro Konder e Carlos Nelson Coutinho se afastou do partido, seguida de um grupo liderado por Plínio de Arruda Sampaio Junior.
Em seguida, foi a vez da esquerda. A expulsão de Heloisa Helena em 2004 levou junto Luciana Genro e Chico Alencar, entre outros, que fundaram o PSOL.
Os militantes ligados a Igreja Católica também começaram a se afastar, primeiro aqueles ligados ao deputado Chico Alencar, em seguida, Frei Betto.
E agora, bem mais recentemente, o senador Flávio Arns, de fortíssimas ligações familiares com a Igreja Católica.
Os ambientalistas, por sua vez, começam a se retirar a partir do desligamento da senadora Marina Silva do partido.
Quem ficou no PT ???

Afinal, quem do grupo fundador ficará no PT? Os sindicalistas.
Por isso é que se diz que o PT está cada vez mais parecido com o velho PTB de antes de 64.
Controlado pelos pelegos, todos aboletados nos ministérios, nas diretorias e nos conselhos das estatais, sempre nas proximidades do presidente da República.
Recebendo polpudos salários, mantendo relações delicadas com o empresariado. Cavando benefícios para os seus. Aliando-se ao coronelismo mais arcaico, o novo PT não vai desaparecer, porque está fortemente enraizado na administração pública dos estados e municípios. Além do governo federal, naturalmente.
É o triunfo da pelegada.
Lucia Hippolito
 

O PERIGO É O SILÊNCIO
Eu pediria a todos que receberem esse e-mail o favor de ler o texto por inteiro, com calma e atenção e, se puder e entender que seja pertinente, gastar um tempinho, para reenviá-lo a todos da sua lista.
 
Diamantina, Interior de Minas Gerais, 1914.
O jovem 'Juscelino Kubitschek', de 12 anos, ganha seu primeiro par de sapatos.
Passou fome. Jurou estudar e ser alguém. Com inúmeras dificuldades, concluiu o curso de Medicina e se especializou em Paris.
Como Presidente, modernizou o Brasil.
Legou um rol impressionante de obras e; humilde e obstinado, era (E AINDA É) querido por todos.
Brasília, 2003.
Lula assume a presidência. Arrogante, se vangloria de não haver estudado.
Acha bobagem falar inglês. 'Tenho diploma da vida', afirma. E para ele basta.
Meses depois, diz que 'ler é um hábito chato'.
Quando era 'sindicalista', percebeu que poderia ganhar sem estudar e sem trabalhar - sua meta até hoje.
 
Londres, 1940.
Os bombardeios são diários, e uma invasão aeronaval nazista é iminente.
O primeiro-ministro W. Churchill pede ao rei George VI que vá para o Canadá.
Tranquilo, o rei avisa que não vai.
Churchill insiste: então que, ao menos, vá a rainha com as filhas. Elas não aceitam e a filha entra no exército britânico; como 'Tenente-Enfermeira', e, sua função é recolher feridos nos bombardeios.
Hoje ela é a 'Rainha Elizabeth II'.
Brasília, 2005.
A primeira-dama (? que nada faz para justificar o título) Marisa Letícia, requer 'cidadania italiana' - e consegue.
> Explica, candidamente, que quer 'um futuro melhor para seus filhos'.
E O FUTURO DOS NOSSOS FILHOS, CIDADÃOS E TRABALHADORES BRASILEIROS?
 
Washington, 1974.
A imprensa americana descobre que o presidente Richard Nixon está envolvido até o pescoço no caso Watergate. Ele nega, mas jornais e o Congresso o encostam contra a parede, e ele acaba confessando.
> Renuncia nesse mesmo ano, pedindo desculpas ao povo.
Brasília, 2005.
Flagrado no maior escândalo de corrupção da história do País, e tentando disfarçar o desvio de dinheiro público em caixa 2, Lula é instado a se explicar.
Ante as muitas provas, Lula repete o 'eu não sabia de nada', e ainda acusa a imprensa de persegui-lo.
Disse que foi 'traído', mas não conta por quem.
 
Londres, 2001.
O filho mais velho do primeiro-ministro Tony Blair é detido, embriagado, pela polícia.
Sem saber quem ele é, avisam que vão ligar para seu pai buscá-lo.
Com medo de envolver o pai num escândalo, o adolescente dá um nome falso.
A polícia descobre e chama Blair,' que vai sozinho à delegacia buscar o filho'.
Pediu desculpas ao povo pelos erros do filho.
Brasília, 2005.
O filho mais velho de Lula é descoberto recebendo R$ 5 milhões de uma empresa, financiada com dinheiro público. Alega que recebeu a fortuna vendendo sua empresa, de fundo de quintal, que não valia nem um décimo disso.
O pai, raivoso, o defende e diz que não admite que envolvam seu 'filhinho nessa sujeira'? ?
 
Nova Délhi, 2003.
O primeiro-ministro indiano pretende comprar um avião novo para suas viagens.
Adquire um excelente, brasileiríssimo 'EMB-195', da 'Embraer', por US$ 10 milhões.
Brasília, 2003.
Lula quer um avião novo para a presidência. Fabricado no Brasil não serve.
Quer um dos caros, de um consórcio franco-alemão. Gasta US$ 57 milhões e,AINDA, manda decorar a aeronave de luxo nos EUA. 'DO BRASIL NÃO SERVE'.
 

E você, já decidiu o que vai fazer nos próximos minutos?
Vai repassar esse e-mail para os seus contatos ??
 
Vamos dar ao BRASIL uma nova chance
O país precisa voltar para o caminho da dignidade.
 

Nós não merecemos o desgoverno que se instalou em nosso país e temos a OBRIGAÇÃO de acordar e lutar antes que seja tarde.
 
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'O que mais preocupa não é o grito dos violentos, nem dos corruptos, nem dos desonestos, nem dos sem ética. O que mais preocupa é o silêncio dos bons.'
Martin Luther King
 
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"O Socialismo dura até acabar o dinheiro dos outros."
 
(Margaret Thatcher, Ex-Primeira Ministra da Grã-Bretanha)
 
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"O comunismo é a filosofia do fracasso, o credo da ignorância e o evangelho da inveja. Sua virtude inerente é a distribuição equitativa da miséria." -
 
Winston Churchill (Ex-Primeiro Ministro Britânico)
 
07 de junho de 2014