"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sexta-feira, 12 de setembro de 2014

JUSTIÇA ELEITORAL INDEFERE RECURSOS DE ARRUDA E GILMAR MENDES ATACA DURAMENTE A "VAGABUNDAGEM" DO PT

 



Por seis votos a um, o Tribunal Superior Eleitoral  rejeitou, nesta quinta-feira, recurso  do candidato do PR ao governo do Distrito Federal, José Roberto Arruda. Foi confirmada a decisão que o considerou incurso na chamada “Lei da Ficha Limpa”. O ex-governador permanece com o registro de sua candidatura indeferido pela Justiça Eleitoral.

O TSE ainda não julgou se Arruda pode continuar fazendo campanha. Isso só acontecerá depois que Ministério Público ingressar com um pedido nesse sentido. A sessão  foi marcada pelos exaltados ataques do ministro Gilmar Mendes contra pessoas com cargos no governo que, segundo ele, estariam colocando sob suspeição sua atuação no julgamento do ex-governador.

Em 9 de julho, Arruda foi condenado pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal  e Territórios, por improbidade administrativa, dano ao patrimônio público e enriquecimento ilícito. A decisão levou o Tribunal Regional Eleitoral do DF a barrar sua candidatura  com base na Lei da Ficha Limpa. O TSE manteve a decisão do TRE. Os advogados do candidato ingressaram com recurso, que começou a ser julgado na última terça-feira. Na sessão, os ministros Henrique Neves, relator do processo, e Admar Gonzaga votaram pela  inelegibilidade. O ministro Gilmar Mendes pediu vista, adiando o julgamento. Na sessão de hoje, retomou seu voto, mantendo a candidatura.

GILMAR EXALTADO

Gilmar Mendes fez um discurso exaltado contra os militantes políticos que ocupam cargos no Governo que o acusam de estar devolvendo um favor a Arruda. Gilmar contou que mais cedo foi procurado por uma jornalista dizendo ter informações seguras de que ele pedira vista para atender um pleito do candidato. O  motivo: Arruda teria evitado a demissão de uma enteada sua no governo do DF. Então, sem citar o PT, Gilmar fez ataques a filiados e simpatizantes do partido, de onde surgiu a informação.

“Essa gente que tem a militância de sindicatos ou da rua e que trazem essas práticas para secretarias, ministérios, governos, que utiliza Twitter, que utiliza blogs, que falseia  perfis  na Wikipedia, por que está atuando de maneira tão desassombrada?” declarou , acrescentando:

“Que gente desclassificada, que tipo de prática política introduziu nesse país? É preciso denunciar isso. E com dinheiro público financiam-se esses bandidos para fazer esse tipo de ataque baixo, vil. Como se assumir uma posição, alguém que já denunciou ação ex-presidente da República, enfrentou a Polícia Federal num momento em que o governo  não tinha nenhum controle porque estava envolvido com corrupção, e alguém vem a ser atacado por um pedido de vista no TSE! Quanta vagabundagem!”

“Se essa gente é capaz de fazer isso com um ministro do Supremo, inventar uma história, que nós vivemos no submundo que eles vivem, porque eles são capazes disso, realmente criaram um modelo de cleptocracia, de roubalheira! Isso precisa ser denunciado. E claro  eles têm muito a perder. Para nós outros que temos uma vida normal, ganhar ou perder eleição é uma vicissitude da vida. Mas para quem hoje vive nas tetas do estado, não pode perder. Por isso eles são soldados perigosos. Por isso vivem atirando dessa forma, porque até no mínimo existencial eles dependem dessas benesses do Estado. Essa gente não passaria em concursos, não ocuparia cargo DAS não fossem as vinculações políticas.”

“Eles imaginam que um juiz pede vista dos autos para recompensar um falso benefício que ele teria recebido. Porque eles operam com essa medida. E se perdem a eleição voltam ao nada, de onde não deveriam ter saído!”, concluiu Gilmar Mendes.

Pelos mesmos motivos, o TSE rejeitou um recurso da deputada federal Jaqueline Roriz do PMN do Distrito Federal, candidata à reeleição. Jacqueline foi condenada pelo TJDFT por improbidade administrativa no mesmo processo de Arruda. Somente o ministro Gilmar Mendes votou a favor da candidata, respeitando a jurisprudência eleitoral.

12 de setembro de 2014
José Carlos Werneck

DILMA NAS NUVENS

A presidente Dilma Rousseff considera "estarrecedor" que um servidor de carreira da Petrobrás - o seu diretor de abastecimento e refino entre 2004 e 2012, Paulo Roberto Costa - tenha sido o mentor do megaescândalo de corrupção na estatal que começou a emergir em março último, com a prisão dele e de seu sócio Alberto Youssef, o doleiro suspeito de branquear R$ 10 bilhões. Costa, como se sabe, conseguiu ser solto, mas voltou para a cadeia em junho, quando se descobriu que mantinha US$ 23 milhões em contas na Suíça, o que poderia induzi-lo a fugir do País. Em fins de agosto, para não ser condenado às penas a que de outro modo estaria exposto e, ainda, obter perdão judicial, ele começou a contar ao Ministério Público e à Polícia Federal o que seria a versão integral da roubalheira.

No último sábado, a imprensa divulgou quantos - e, em um caso, quais - seriam os políticos e autoridades que ele teria acusado de receber propinas equivalentes a 3% do valor de contratos firmados com empresas participantes da tramoia. Na segunda-feira, na sua vez de ser ouvida por este jornal na série de entrevistas com os candidatos ao Planalto, a presidente fez a respeito do esquema afirmações, estas sim, de estarrecer. Pelo cinismo, em primeiro lugar. "Eu não tinha a menor ideia de que isso ocorria dentro da empresa", sustentou, de cara lavada. A ex-ministra de Minas e Energia e ex-titular da Casa Civil do governo Lula - e, nessa condição, presidente do Conselho de Administração da Petrobrás, a sua mais alta instância decisória - não pode se passar por nefelibata, vivendo nas nuvens.

Não bastasse a massa de informações sobre a empresa a que tinha acesso por força dos cargos que ocupava no aparato estatal mesmo antes de vir a comandá-lo, as questões relacionadas a energia, em geral, e ao petróleo, em especial, sempre interessaram de perto a ex-mestranda em economia pela Unicamp. Depois, presidente da República, colocou no comando da Petrobrás uma servidora de carreira, cuja lealdade à amiga próxima decerto faria com que compartilhasse com ela histórias do cotidiano da companhia que talvez não comentasse nem sequer com os membros da diretoria executiva por ela nomeados. Por último, o serviço de inteligência do Executivo federal sempre poderia ser acionado para seguir de olhos bem abertos o que se passava na maior empresa brasileira.

É praticamente impossível escapar à conclusão de que Dilma, a detalhista, não quis saber do enraizado sistema de fraudes que, ao beneficiar políticos da base aliada do Planalto, contribuía objetivamente para consolidar a agigantada coligação eleitoral de nove partidos com a qual espera se reeleger. No limite, a presidente não teria querido que se soubesse. A sua outra afirmação estarrecedora foi a de "garantir (o termo é dela) que todas as sangrias que pudessem existir estão estancadas". Podem estar, mas, aí sim, pode-se dizer com absoluta certeza que ela não tem nada com isso. Suspeitas sobre "malfeitos" na Petrobrás se sucediam havia pelo menos três anos. Paulo Roberto Costa deixou a empresa em março de 2012, mas já em agosto tinha montado uma consultoria que funcionava como uma cópia da chave com a qual, anos a fio, abrira as portas dos gabinetes mais procurados da estatal.

Assim como o então diretor, o novo consultor continuou a manter desenvoltos negócios, por exemplo, com a Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, tida pelos conhecedores como um poço sem fundo de maracutaias. Era para custar R$ 5,6 bilhões. Deverá custar R$ 41,5 bilhões. A estimativa inicial, desdenhou Costa numa entrevista, era uma "conta de padeiro". O fato é que Dilma, podendo fazê-lo, não moveu um dedo para suturar as veias abertas da Petrobrás. Elas continuavam a verter, com toda probabilidade, até a Polícia Federal desencadear a Operação Lava Jato que levou à prisão, entre outros, a empreendedora dupla Costa & Youssef e à decisão do primeiro de delatar o esquema que chefiava em benefício de empreiteiras e políticos governistas. Já a presidente da República, quando podia coibir o assalto aos cofres da Petrobrás, não o fez. Agora, pelo menos demonstre algum respeito pela inteligência do público.


12 de setembro de 2014
Editorial O Estadão

DESFAÇATEZ ILIMITADA

Reza a história política dos últimos 12 anos que Luiz Inácio da Silva é o mais competente dos personagens que habitaram e transitaram pelo cenário do poder nesse período. Trata-se de uma avaliação que leva em conta resultados como parâmetro. Se nessa régua forem colocados quesitos relativos a limites éticos Lula ocuparia o pódio na categoria dos políticos ardilosos. São qualidades diferentes e, portanto, implicam condições competitivas distintas.

O habilidoso dotado de princípios sempre estará em desvantagem diante do esperto cujos objetivos não conhecem regras nem observam valores. São aqueles que se pautam pelo dístico segundo o qual os fins justificam os meios. Atuam à margem, atropelam e em geral chegam na frente. Transposto para o ambiente eleitoral, o conceito de “fim” é a vitória não importa quais sejam os métodos. Vale tudo. A mentira, a manipulação, a traição, a destruição de reputações à qual agora se chama pelo sofisma de “desconstrução de imagem”.

Nesse quesito o PT não tem limite. Já mostrou isso em diversas ocasiões. Na maioria, senão da totalidade delas, foi bem-sucedido do ponto de vista que interessa ao partido: o resultado imediato. Mostra-se surpreso agora com o tamanho do desgaste acumulado. Mas chega uma hora que as pessoas cansam de tanta insolência, menosprezo a regras e valores.

Decorre também daí – da economia e dos fracassos do governo – o cenário de dificuldade eleitoral para os petistas. Na economia e na administração promete “mudar mais”. Já no terreno da derrubada dos obstáculos ao alcance do objetivo principal aplica os métodos de sempre.

Desta vez com um grau de desfaçatez e falta de compromisso com a verossimilhança que dá a medida do medo que assola a tropa de vir a ser desalojada do aparelho de Estado.

A alternância de poder não lhes parece algo palatável. Só isso explica o nível da ofensiva contra a candidata do PSB, Marina Silva, desde que seu nome se firmou nas pesquisas como ameaça mais que real à reeleição de Dilma Rousseff.

O ataque começou em campo legítimo, na exploração das contradições do discurso e das posições defendidas por Marina Silva. Enveredou por comparações esdrúxulas, aludindo a dificuldades que ela poderia enfrentar por falta de apoio no Congresso e daí ter o mandato interrompido como Jânio Quadros e Fernando Collor. Uma distorção, mas só um pouco ridículo.

Em seguida entrou no campo das invencionices dizendo que a adversária venderia a Petrobras, acabaria com o Banco do Brasil, suspenderia benefícios sociais e por aí afora. Nesta semana a coisa se agravou e chegou ao ponto da afronta pessoal. A uma bobagem de Marina sobre “bolsa banqueiro”, a presidente Dilma respondeu com uma ofensa: “Eu não tenho banqueiro me sustentando”. Em que sentido, quis dizer a presidente?

Deixou o entendimento de maneira desrespeitosa ao juízo do freguês. O ex-presidente Lula, o capitão do contra-ataque, divulgara que respeita Marina e por isso não bateria nela. Ardiloso, assiste em silêncio à pancadaria para a remoção do obstáculo.

Jogo de cena. A CPI marcou o depoimento de Paulo Roberto Costa para semana que vem, mas depende de autorização do juiz Sérgio Moro, que até agora não mostrou a menor disposição de deixar o ex-diretor da Petrobras pôr os pés fora da cadeia antes de entregar nomes e provas sobre o esquema de superfaturamento de contratos e distribuição de propinas dentro da empresa.

Também são solicitados os depoimentos da delação premiada que a Polícia Federal já negou e o procurador-geral da República reiterou que continuam por enquanto sob sigilo. Quando teve oportunidade o Congresso não fez a sua parte. Agora dá a impressão de que simula providências.


12 de setembro de 2014
Dora Kramer, O Estadão

ARISTOCRACIA À BRASILEIRA?

         

 
Governar com os melhores quadros. Na floresta política dominada pelas árvores dos ismos – patrimonialismo, mandonismo, caciquismo, nepotismo, grupismo, fisiologismo – e devastada pelo fogo da corrupção que consome parcela das nossas riquezas, a ideia de convocar uma casta de notáveis para o desafiante empreendimento de governar o país até parece medida simpática.
Poucos haverão de levantar a voz contra tão eloquente demonstração de civismo.

Pressupõe-se que os “melhores” a serem chamados para as tarefas governativas integrarão uma plêiade de sábios, cultores da moral e da ética, experientes, espelhos de uma vida regrada de bons exemplos. Onde estariam esses luminares? Em partidos políticos, nas organizações sociais, no universo produtivo, enfim, nos mais diferentes ambientes da vida nacional. Esse é um compromisso de Marina Silva, caso seja vitoriosa no pleito de outubro.

Seria viável reunir um núcleo de dirigentes com essa diferenciada qualificação sem afetar as instituições nacionais e manter o equilíbrio do triângulo do poder, que, convenhamos, tem sido submetido nos últimos tempos a tantas tensões? Uma reflexão se faz necessária.

SINCERIDADE

Primeiro, vale reconhecer que não se pode acusá-la de fazer promessa eleitoreira, com interesse em tirar proveito da tese que a insere numa posição apartidária independente, sob a aplaudida intenção de procurar os melhores e tomar distância dos piores. Ao recorrer à ideia com frequência, reforça a impressão de sinceridade. A ex-seringueira acreana chega a denominar perfis, jogando uns no fogo do inferno (os identificados com a velha política) e glorificando outros com hosanas celestiais (os aparentados com a nova política).

Um “governo dos melhores”, como se sabe, constitui uma das três formas clássicas de governar, sendo a primeira a aristocracia, a que confere o poder às mãos dos “áristoi”, os melhores; as outras formas são a monarquia (“monos”, único, e “arché”, comando) e a democracia (“kratos” e “demos”, poder do povo).

Esses tipos puros conduzem, na visão do filósofo Políbio, que se inspirou na República, de Platão, e na Política, de Aristóteles, a três tipos corrompidos – tirania, oligarquia e demagogia –, sistemas que têm povoado a história ao longo dos tempos. No caso brasileiro, não é novidade a pletora de oligarcas que fincam pé nos vãos da República desde sua origem.

VIRTUDES

Ao se comprometer a governar com os melhores, Marina mostra a intenção de resgatar as virtudes da sabedoria, da integridade e do conhecimento, inerentes ao original termo “aristocracia” na república ideal desenhada por Platão. Ora, pinçar quadros perfeitos, sábios, possuidores da verdade, íntegros, dentro de uma cultura política permeada por mazelas históricas, parece missão impossível. Afinal, as (poucas) figuras denominadas, caso aceitem a missão oferecida por uma mandatária-mor com intenção de recriar uma “aristocracia brasileira” (não se entenda isso de maneira pejorativa), seriam aprovadas pelos partidos que as abrigam?

(transcrito de O Tempo)

12 de setembro de 2014
Gaudêncio Torquato

AS DEZ COISAS QUE ME ASSUSTAM EM UM SEGUNDO MANDATO DO GOVERNO ATUAL




Há dez coisas que me assustam muito em um segundo governo Dilma. Isso não necessariamente acontecerá, mas os dez pontos que destaco abaixo estão presentes em declarações de simpatizantes do governo e, às vezes, até mesmo em declarações da própria presidenta Dilma. Nesta lista não há nada pessoal. É um debate de ideias.
 
(1) Controle do Banco Central
 
O governo parece confundir independência do Banco Central – formal ou operacional – com o controle dos banqueiros da economia brasileira. Essa é a visão divulgada em uma propaganda política da coligação da presidenta, o que nos leva a crer que, em um novo governo, a presidenta e o seu partido tentarão controlar ainda mais o Banco Central. Vale lembrar que, neste governo,  a inflação só passou a ser levada a sério quando Ana Maria Braga vestiu um colar de tomates.
 
(2) Aumento da Divida Bruta e Liquida
 
Por mais que se tente explicar, simpatizantes do governo acreditam que, quanto maior a divida para financiar a juros subsidiados um conjunto de empresas, melhor. E o custo? para eles, há uma espécie de “milagre da multiplicação dos pães”.  O aumento da divida aumenta o investimento e, logo, ocasiona mais crescimento  e mais impostos que, necessariamente, serão suficientes para pagar o crescimento da dívida. Mas não fizemos exatamente isso na década de 70?  Logo, a solução para o crescimento não é aumento da produtividade, mas o crescimento cada vez maior da dívida. Como diz um amigo meu no governo quando questiono o crescimento da dívida: “como vamos financiar o crescimento da produtividade?”. Ou seja, tudo passa pelo aumento da dívida até mesmo o crescimento da produtividade.
 
(3) Inflação alta
 
O governo atual e seus simpatizantes não acreditam que uma taxa de inflação um pouco acima de 6% ao ano seja um problema. Na verdade, acreditam que é um índice bom porque é menor que 10% ao mês. Acreditam também que trazer a inflação para o centro da meta tem um custo muito grande e, assim, é melhor aceitar uma inflação moderadamente elevada de 6% ao ano (mesmo com controle de preços) e criticar quem promete trazer a inflação para o centro da meta. Por que isso mudaria em um segundo governo Dilma? Não tenho ideia.
 
(4) Superávit primário baixo
 
O governo atual parece acreditar que o esforço de gerar um superávit primário sem o uso de truques fiscais é excessivamente alto. Por quatro anos, o governo tentou enganar o mercado na divulgação do superávit primário, mas o tiro saiu pela culatra. Estamos na iminência de perder o grau de investimento e, mesmo que o governo mude a equipe econômica, a desconfiança do mercado é tão grande que o custo de ajuste em um segundo governo Dilma será maior do que em um governo da oposição – seja o presidente Aécio Neves ou Marina Silva.
 
(5)  Taxas de juros elevada.
 
Um país com poupança baixa, no qual a tendência da divida bruta e liquida é de crescimento, a taxa de juros tende a ser elevada. Isso será agravado por sucessivas tentativas de tentar controlar a taxa de juros de qualquer maneira, como o governo já tentou no mandato atual e fracassou. Claro que se os EUA elevarem a taxa de juros deles, teremos problemas.
 
(6) Estagnação ou queda da produtividade.
 
Em recente entrevista ao Estado de São Paulo, a presidenta Dilma afirmou que foi no governo Lula (2003-2010) que a produtividade cresceu e não no governo do ex-presidente FHC (1995-2002). Ou seja, na interpretação da nossa presidenta, o crescimento da produtividade responde sem defasagem à políticas do presente. Ou seja, todas as reformas anteriores ao governo Lula foram um fracasso. O problema é que ninguém acredita nessa ideia absurda. Nem mesmo os seus ministros. O governo tem a noção infantil que consegue aumentar a produtividade se reunindo com 50 empresários em uma sala fechada  e distribuindo incentivos setoriais. Não deu certo e não funcionará novamente.
 
(7) Controle da taxa interna de retorno dos projetos.
 
Alguns amigos me falam que o governo aprendeu com a tentativa fracassada de tentar controlar a taxa interna de retorno dos projetos. Mas acho que esse aprendizado foi parcial. O governo continua insistindo no aumento do crédito subsidiado, financiamento de fundos de pensão de estatais e aportes do FI-FGTS em troca de preços (tarifas) menores. Por que em um segundo governo será diferente? não será.
 
(8) Pré Sal e valorização da taxa de câmbio.
 
O governo atual fala para quem quiser ouvir e para quem não quiser ouvir que os recursos do pré sal serão utilizados para financiar maiores gastos com educação e outros gastos meritórios. Não explica, no entanto, que o uso de uma receita em dólar para financiar um  gasto corrente na moeda local significa valorização do Real e, logo, o risco maior de desindustrialização. Como isso será solucionado? não será porque eles não conseguem enxergar o problema. Samuel Pessoa já falou que topa dá uma aula de graça.
 
(9) Aumento da carga tributária
 
O governo tem dito nesta campanha eleitoral que  continuará a expandir os subsídios para financiar o setor “real” da economia. Como ainda não pagou o que já deu e ainda promete novos subsídios, isso significa uma coisa: aumento da carga tributária hoje ou no futuro (para pagar a dívida). Tenho certeza que um segundo governo Dilma vai tentar ressuscitar a CPMF. Mas isso não preocupa simpatizantes do governo porque eles acreditam, como falei acima, no “milagre da multiplicação dos pães”.
 
(10) Sindrome de He Man: “Eu tenho a força. Sou invencível. Juntos, amigos, venceremos a semente do mal”
 
O governo parece acreditar que consegue controlar o espírito animal dos empresários e escolher os setores que puxarão o crescimento. Qualquer empecilho é solucionado em uma reunião rápida no Palácio do Planalto. Se faltar recursos para obras de investimento, o Tesouro aumenta a divida e empresta para o BNDES. Se a indústria estiver com problemas, governo aumenta imposto de importação. O governo tem feito isso de forma sistemática nos últimos anos. Por que em um segundo mandato seria diferente? O governo acha que consegue microgerenciar a economia e não adianta tentar convence-lo do contrário porque, neste caso, você será a “semente do mal” da música do He Man (junto com os banqueiros e a grande imprensa).
Pelos dez motivos acima não voto no atual governo e acho que um segundo mandato tem tudo para ser desastroso. Mas posso estar errado por dois motivos. Primeiro, o governo pode ser forçado a mudar o curso da política econômica na iminência de uma crise. Segundo, o governo pode mudar porque se convenceu que o que fez ao longo dos últimos quatro anos não entregou o resultado esperado. Mas não é isso que representantes do governo falam e continuam culpando o resto do mundo pelas nossas mazelas.
 
PS: Por favor, respeitem o meu medo como eu respeito aqueles que acham que, com a independência do Banco Central, a comida das pessoas sairá voando da mesa de jantar.

12 de setembro de 2014
Mansueto Almeida

PIOR A EMENDA DO QUE O SONETO

 

 
Falta alguém na presidência da República para conter Dilma Rousseff em suas entrevistas à imprensa, que começou a produzir em cascata, todos os dias, depois de três anos e meio de silêncio. Algum ministro menos tímido deveria orientá-la, tanto faz se Gilberto Carvalho, Thomas Traumann, Aloízio Mercadante ou, em especial, o marqueteiro João Santana.
Porque quanto mais a presidente fala, mais se enrola, na tentativa hoje desesperada de evitar a derrota para Marina Silva, em outubro. No governo, ninguém surge com coragem para alertá-la sobre suas contradições. O Lula parece ter perdido a esperança de enquadrá-la, tanto que vem cada vez menos a Brasília, e quando sai em sua companhia, em campanha pelo país, é apenas para pedir votos.
 
Nas mais recentes conversas com os jornalistas, geralmente nos corredores de algum palácio ou mesmo alguma esquina, Dilma saiu-se com duas afirmações desastrosas. Falava sobre os escândalos na Petrobras, que admite mas não reconhece, já a primeira contradição. Disse que estancou a sangria na empresa quando mudou quase toda a sua direção, um ano depois de chegar ao poder, mas acrescentou que “se houve alguma coisa, e tudo indica que houve, não há mais”.
E em seguida: “Tirando essa questão que tem aparecido na campanha, a Petrobras é uma empresa primorosa”.
Ora, essa “coisa” que houve terá sido abafada com a simples substituição de alguns diretores? Sem falar da impossibilidade de a empresa continuar primorosa depois do que aconteceu. Dilma jogou barro no ventilador admitindo terem vindo de antes os malfeitos, quer dizer, do governo Lula.
No entanto, nenhum dos diretores afastados foi responsabilizado ou punido, mesmo diante da evidência da distribuição de 3% dos contratos superfaturados da Petrobras com fornecedoras terem sido dados a partidos da base oficial e a líderes políticos mais do que conhecidos.
 
AGRESSÕES
As agressões da presidente a seus adversários, fruto também das entrevistas, só fazem prejudicá-la, como quando comparou Marina a Jânio Quadros e a Fernando Collor. O que fica dessa temporada de declarações dadas a esmo é que, de um lado, Dilma admite ter havido corrupção em atividades da Petrobras, mas, de outro, nega-se a agir alegando a inexistência de provas. Fica pior a emenda do que o soneto.
 
MAIS NOMES NO SÁBADO?
 
A semana vem sendo cercada por rumores de que a revista Veja, no sábado, completará a lista de políticos envolvidos no escândalo da Petrobras, divulgada dias atrás. A Polícia Federal abriu inquérito para apurar como vazaram dos depoimentos de Paulo Roberto Costa os nomes já conhecidos, mas se nova leva de supostos implicados vier a público, a tarefa ficará mais difícil. No caso, lembra-se a história daquele imperador na Antiga Pérsia que quando recebia más notícia, mandava matar o mensageiro. Não é a publicação paulista que precisa ser investigada, senão suas denúncias.

12 de setembro de 2014
Carlos Chagas

BAIXARIA ENTRE NEOPETISTA E A EX-PETISTA CONTINUA: PT QUER BOTAR MARINA NA CADEIA


 
O diretório nacional do PT vai apresentar ao Ministério Público Eleitoral uma representação criminal contra Marina Silva. O partido acusará a candidata do PSB de "difamação eleitoral" contra a legenda.
 
Nesta quinta-feira (11), em sabatina no jornal "O Globo", a presidenciável afirmou que o partido não é confiável já que "coloca por 12 anos um diretor para assaltar os cofres da Petrobras". Ela fazia referência ao ex-diretor da estatal Paulo Roberto Costa, preso na Operação Lava Jato e hoje colaborando com a Justiça, por meio de delação premiada, em investigação de supostos desvios que teriam ocorrido na empresa. 

Os advogados do PT vão invocar o artigo 325 do Código Eleitoral, que diz ser crime "difamar alguém" visando "fins de propaganda, imputando-lhe fato ofensivo à sua reputação". Na representação, eles afirmam que Marina Silva "extrapolou, e em muito, o mero direito de crítica, ferindo abertamente a honra da agremiação".
 
O Ministério Público Eleitoral tem prazo de dez dias para analisar e decidir se oferece denúncia contra a presidenciável. A pena é de três meses a um ano de prisão, e mais pagamento de 5 a 30 dias de multa.
 
(Folha Poder)
 
12 de setembro de 2014
in coroneLeaks

UM PAíS SENSíVEL

 


ALPINO E A POLÍTICA DE COTAS RACIAIS NA EDUCAÇÃO E NO TRABALHO
 
O melhor e maior amigo que tive, falecido há pouco, atendia pelo apelido de Zé Cachorro. É sabido que o cachorro é o melhor amigo do homem. Eu, e todo mundo que o conhecia, amava o Zé. Mais que melhor amigo, era um irmão. Sou padrinho de seus filhos, e, na juventude, quando estudantes, moramos no Grande Hotel, na rua da Bahia, no lugar onde hoje está o Maletta. Outro amigo, este de infância, era chamado de Jegão. Gente com nome ou apelido de bicho conheço às pencas…

De repente, nosso país, tido e havido sempre como um lugar acolhedor e alegre, se transforma numa chatura insuportável. Qualquer ruidozinho vira um auê. O Brasil, antes um país varonil, de povo patriota e fagueiro, de repente parece que mudou de clima e se transformou em terra de gente nervosa, rancorosa, apátrida, fuxiqueira, preguiçosa e, pior, desonesta… Qualquer problemazinho vira caso de polícia, uma frescura só…

Não tenho medo de falar em racismo, transformado em crime hediondo por essa onda de frescura e modismos que assola o país, e que dizem ser consequência da política do politicamente correto, fruto do entendimento dos tais direitos humanos. Não tenho medo de falar de racismo, nem mesmo cuidados ao falar do assunto, porque deve ser o único preconceito que eu tenho certeza que não tenho.
Mas a pele do país está tão sensível que por qualquer bobagem a opinião pública se levanta em estado de guerra, enquanto a libertinagem campeia ao comando de alguns órgãos de comunicação. Esse nervosismo é fruto desse tempo de ação exacerbada de pseudossocialistas, padres e pastores de seitas que pululam por todos os lados e até comerciantes que vendem a cura e salvação de almas em suaves prestações mensais livres de impostos.

LIVRE PENSAR

Não existe no mundo nada mais pessoal, subjetivo, que o pensamento humano. O pensar é livre, não existe meios para quem acha que pode proibir o pensamento. Pensar é o que nos faz ser diferentes dos irracionais e do macaco, nosso primo mais próximo na escala evolutiva. São tantas as semelhanças genéticas e comportamentais entre homens e macacos que até assustam.
Se querem acabar com a comparação entre homens e macacos, não será com leis demagógicas que conseguirão. Que tal começar acabando com esses preconceitos por meio da educação? Com a educação, penso que ninguém mais se sentirá ofendido por ser chamado de “macaco”, “cachorro”, “burro”, “cavalo” ou “égua”. Mas educação será a última coisa que os poderosos deixarão acontecer neste país, isso enquanto existir gente maliciosa e canalha mandando.

Enquanto fica entretido pela sorte de uma menina que chamou Aranha de “macaco”, o povo curioso nada sabe sobre o infame Decreto 8.243, que cria o Plano Nacional de Participação Social (PNPS) e acaba com nossa incipiente democracia. E para terminar, lembro que no colégio eu era chamado de “branquelo”. Ninguém foi punido, muito menos o colégio.
E a chuva, gente? O “mundo” está seco como língua de papagaio…

(transcrito de O Tempo)

12 de setembro de 2014
Sylo Costa

ATÉ TU, BRUTUS?

 
12 de setembro de 2014


COISA JÁ DITA, SABIDA E CONSABIDA...

ONU enfim descobre que Justiça brasileira é ineficiente e autoritária




GENEBRA – A Organização das Nações Unidas (ONU) apontou que o Brasil ainda vive “uma cultura autoritária” e denunciou o excesso de pessoas mantidas em prisões, sem que sequer tenham sido julgadas.
 
As conclusões são do Grupo de Trabalho sobre Detenção Arbitrária, que nesta quarta-feira, 10, em Genebra apresentou seu informe sobre a situação no País. “O Grupo de Trabalho (da ONU) reconhece que as autoridades brasileiras estão confrontando uma cultura autoritária, o legado do colonialismo e dos 21 anos de ditadura militar.”
 
No informe, a ONU apontou que quase metade da população carcerária no País não foi julgada e que as prisões contam com quase 200 mil detentos a mais do que sua capacidade. A ONU ainda acusou o sistema judiciário de “ineficiente” e alertou para a “superlotação endêmica” das prisões brasileiras.
 
“O Brasil tem uma das maiores populações carcerárias do mundo e mais de 217 mil pessoas ainda aguardam julgamento”, alertou na plenária da ONU o perito Mads Andenas, chefe do grupo da ONU.
ITAMARATY SE DEFENDE
 
O governo brasileiro contra-atacou imediatamente, argumentou que a entidade fez “generalizações inapropriadas” e que as fontes das informações não foram reveladas pelos peritos da ONU em seu informe.
 
Brasília rejeitou a avaliação dos peritos de que existe uma “cultura autoritária” no País. “O Brasil é uma democracia plural e participativa”, declarou a embaixadora do Brasil, Regina Dunlop.
Regina apontou que os desafios identificados no informe “já são reconhecidos” pelo governo. Segundo ela, é “lamentável” o fato de os peritos não levarem em conta os comentários enviados por Brasília quando o informe ainda estava sendo feito.
 
Ela atacou as “generalizações” em relação ao Judiciário e apontou que o orçamento seria de US$ 57 bilhões em 2012. O governo também saiu em defesa da Polícia Federal e afirmou ser “incorreta” a informação de que a detenção de indígenas aumentou em 33% ao ano – o porcentual seria de 13%.
 
O Itamaraty também criticou comentários da ONU de que a hospitalização de usuários de drogas seria algo comum. “Os números mencionados no informe não têm fundamentos”, declarou Regina.
O governo ainda criticou o fato de a ONU ter tratado da prisão de pessoas mentalmente descapacitadas, alegando que os peritos não visitaram as unidades.
 
SEM JULGAMENTO…
 
Mas a ONU tem uma posição diferente. Com um sistema judicial lento, a entidade alertou que o Brasil se depara com uma situação pouco confortável. O país tem a quarta maior população carcerária do mundo. Mas 44% dos detentos ainda aguardam julgamento, cerca de 217 mil pessoas.
Os peritos da ONU acusaram diretamente o sistema Judicial no Brasil pela situação. Segundo o informe, uma parte desses prisioneiros podem esperar “meses e até anos” para serem julgados. “Durante esse período, os detentos frequentemente nem sabem o status de seu caso”, alertou.
“A presunção de inocência que consta da Constituição parece que na prática foi abandonada por juízes”, declarou o informe da ONU. Para a entidade, o “número elevado de detentos em prisões sem um julgamento pode ser a consequência da falta da habilidade do sistema judiciário em processar os casos de forma eficiente”.
A ONU também denunciou a superlotação das prisões. Segundo a entidade, existem hoje no Brasil quatro prisões federais e 1,1 mil estaduais. Mas, se a capacidade é para 355 mil detentos, o que se vê é a presença oficial de 549 mil.

12 de setembro de 2014
Jamil Chade
Estadão

UM ESTRANHO BANDIDO PERMANECE POR 30 ANOS NO CARGO DE GERENTE!!! UM FATO NOTÁVEL...

Ex-diretor da Petrobras diz que Paulo Roberto Costa é um bandido que exerceu cargo de gerência por 30 anos


Guilherme Estrella fala a uma plateia de petroleiros
 
Diante de uma plateia de petroleiros no Rio de Janeiro, o ex-diretor da área de Exploração e Produção da Petrobrás Guilherme Estrella se posicionou nesta quarta-feira, 10, pela primeira vez sobre as denúncias de corrupção na estatal, que já levaram à prisão do ex-diretor de Abastecimento Paulo Roberto Costa. “É um bandido que exerceu por 30 anos cargo de gerência”, disse. “Nas famílias ou mesmo nas instituições religiosas, tem gente boa e gente ruim. O Paulo Roberto é um bandido, que foi denunciado por este governo.”

Em tom de desabafo, Estrella afirmou que o esquema de corrupção investigado na Petrobrás não teve origem no governo comando pelo PT e defendeu a reeleição da presidente Dilma Rousseff para o crescimento do investimento no setor de petróleo. “Vocês estão pensando que roubalheira na Petrobrás só aconteceu nesse governo?”, questionou à plateia do seminário Modelo Energético Brasileiro.
Sobre o caso da refinaria Pasadena, cuja compra por cerca de US$ 1,2 bilhão é investigada pelo Tribunal de Contas da União (TCU) e motivou a criação de Comissões Parlamentares de Inquérito (CPI) no Congresso, Estrella repetiu o argumento da presidente Dilma Rousseff, de que o resumo técnico apresentado para balizar a compra da refinaria era falho.
 
CLÁUSULAS
 
Segundo ele, não foi dada “ênfase” nas cláusulas de put option (que obrigou a compra dos 50% de participação da Astra Oil pela Petrobras, em caso de desavença entre as sócias) e Marlim (que previa rentabilidade mínima de 6,9% à Astra) e que, de acordo o TCU, causaram prejuízos à estatal.
 
Assim como Dilma, que presidia o conselho de administração da estatal, Estrella não negou a existência das duas cláusulas no parecer jurídico sobre as condições do contrato entre as duas empresas. Sem citar o nome do então diretor da área Internacional, Nestor Cerveró, responsável pelo projeto, ressaltou, contudo, que faltou “ênfase” na apresentação das condições do negócio.
 
Para Estrella, da forma como foi apresentado o projeto, ele se enquadrava adequadamente ao plano estratégico da companhia de ampliar a produção de óleo diesel, em um momento em que o consumo do combustível crescia na mesma proporção em que a economia se desenvolvia.

A escolha por adquirir a refinaria nos Estados Unidos teve ainda, segundo ele, o propósito de tornar mais rentável os negócios no exterior, já que, em vez de exportar a matéria-prima, o petróleo bruto e pesado, de pior qualidade que o brent do Golfo do México, a companhia escolheu utilizar o óleo para produzir combustível, com mais possibilidade de retorno financeiro, sobretudo no país que é o maior consumidor mundial.
 
FUTURO
 
Por cerca de quatro horas de evento, Estrella foi o centro dos questionamentos sobre o futuro da Petrobrás e do pré-sal com uma possível mudança na política brasileira, caso a candidata pelo PSB à presidência da República, Marina Silva, seja eleita.
Filiado ao PT e funcionário de carreira da estatal por quase 50 anos, Estrella enfatizou por todo o tempo a necessidade de manter a atual presidente Dilma Rousseff no cargo para o desenvolvimento do setor petróleo no País.
 
A opinião do ex-diretor é que, apesar da crise econômica mundial de 2008 ter “atropelado” o crescimento do Brasil, o PT, desde o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva trouxe soberania à Petrobrás, em contraposição ao que ele enxerga como tendo sido o plano do PSDB, na época de Fernando Henrique Cardoso, de restringir em 40% a participação da Petrobrás nas operações de exploração e produção de petróleo e gás.

12 de setembro de 2014
Fernanda Nunes
Estadão

TODO BOM PEROBA INSISTE E NÃO DESISTE!

Após perder no STJ, aliados começam a pressionar Arruda para que renuncie


Os aliados de José Roberto Arruda correm contra o tempo para decidir se escolhem outro candidato ou se aguardam uma decisão do Supremo Tribunal Federal. Seus advogados acreditam que os julgamentos nos Tribunais Superiores poderão ser favoráveis à candidatura.

O candidato e seus correligionários têm cinco dias para decidir se ele continua na  campanha ou se vai ser escolhido outro nome para disputar o governo. Ontem, Arruda teve negado um recurso contra sua candidatura. Por três votos a um, o Superior Tribunal de Justiça negou recurso de seus advogados para suspender uma condenação por improbidade administrativa.
A defesa entendia que o juiz Álvaro Ciarlini, responsável pela condenação de Arruda em primeira instância, seria suspeito para julgar processos da chamada “Operação Caixa de Pandora”. Havia o risco de empate no STJ, já que só quatro magistrados estavam presentes para decidir caso, mas o placar foi 3 x 1 contra Arruda.

Ontem, também após pedido de vista pelo ministro Gilmar Mendes, o Tribunal Superior Eleitoral adiou a análise de recurso contra a impugnação do candidato do PR, aumentando o clima de incerteza de seus aliados.

Eles  não acreditam que  Arruda possa sair vitorioso em todos os processos até o próximo dia 15, prazo final para substituição do candidato. Ele diz que “vai até o fim”garantindo que recorrerá ao Supremo Tribunal Federal para continuar na disputa.  Mas  seus aliados  temem um desgaste para a coligação que o apoia.

Entre os  possíveis substitutos de Arruda estão seu candidato a vice, Jofran Frejat, também do PR, o candidato à reeleição, senador Gim Argello do PTB, o ex-deputado federal Alberto Fraga, do DEM, e até mesmo a mulher de Arruda, Flávia Peres. E no último fim de semana, o ex-governador Joaquim Roriz do PRTB colaborou com a polêmica afirmando, em seu primeiro pronunciamento público desde 2010, que sua filha Liliane Roriz, filiada ao PRTB, está “pronta para ser governadora”.

12 de setembro de 2014
José Carlos Werneck

VACCAREZZA, DEPUTADO DO PT, LANÇA MAIS UMA "NOTA OFICIAL" CONTRA AS ACUSAÇÕES DA VEJA



Deputado Cãndido Vaccarezza: “O vazamento é ilegal e seletivo”
 
Em coletiva de imprensa no começo da tarde desta quarta feira (10/9), o deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP) negou ter recebido dinheiro do ex-diretor de abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa. Vaccarezza teria sido um dos citados por Paulo Roberto Costa em depoimento à Polícia Federal, no processo de delação premiada tentado pelo ex-diretor.

“A notícia não cita a(s) fonte(s) de um vazamento que, além de ilegal, é feito, declaradamente, de forma seletiva, já que, entre dezenas de deputados que teriam sido envolvidos, o meu nome foi destacado”, diz ainda um trecho da nota emitida pelo deputado. Vaccarezza é candidato a um terceiro mandato consecutivo como deputado federal.

“Nunca recebi dinheiro do senhor Paulo Roberto. Então, se alguém está assombrado, esse alguém não sou eu. E não acho correto as pessoas divulgarem isso a três semanas das eleições, fazendo ilações sem ter provas”, disse ele.

Além de Vacarezza, também apareceriam também os nomes dos senadores Renan Calheiros (PMDB-AL) e Fernando Collor (PTB-AL), além do presidente do Câmara, deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN). Ao todo, 25 parlamentares fariam parte do esquema de pagamento de propinas, segundo depoimento de Paulo Roberto Costa.
12 de setembro de 2014
Andre Shalders
Correio Braziliense

PÂNICO NO PT: PRESIDENTE DA CPI DESOBEDECE AO PLANALTO E EX-DIRETOR DA PETROBRAS VAI DEPOR SEMANA QUE VEM



Vital do Rêgo (PMDB-PB), presidente da CPI: “Novo depoimento será no dia 17″
 
Pressionado pela oposição, o presidente da CPI mista da Petrobras, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), marcou para a próxima quarta-feira (17) depoimento do ex-diretor da estatal Paulo Roberto da Costa à comissão de inquérito, que revelou à Justiça um esquema de corrupção na empresa.

Segundo a revista “Veja”, Costa listou o ministro Edison Lobão (Minas e Energia), líderes do Congresso como os presidentes da Câmara e do Senado, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) e Renan Calheiros (PMDB-AL), além do ex-governador Eduardo Campos, morto no dia 13 de agosto em um acidente aéreo em Santos (SP), entre os políticos envolvidos.

Paulo Roberto Costa será obrigado a comparecer à comissão porque a CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) mista já havia aprovado requerimento de convocação do ex-diretor. Como está preso, Costa irá ao Congresso com escolta policial, para prestar depoimento à comissão.

O depoimento será aberto, segundo o presidente da CPI, Vital do Rêgo (PMDB-PB). Mas pode se transformar em fechado (com a presença apenas dos membros da CPI) se o ex-diretor da Petrobras pedir para fazer declarações de forma reservada. Vale lembrar que ele pode ser reservar ao direito de não falar nada, para não produzir provas contra si próprio.

REUNIÃO

O comando da CPI se reuniu nesta quarta-feira (10) com líderes partidários para definir as ações da comissão após vazamento de parte da delação premiada de Costa. A CPI também vai pedir o envio imediato do depoimento de Costa ao ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Teori Zavascki, e ao juiz Sérgio Moro, que cuida do caso no Paraná.

O presidente da CPI já havia encaminhado ofícios com a solicitação do depoimento, mas agora decidiu apresentar a petição –instrumento jurídico que determina o envio dos documentos. Segundo integrantes da CPI, a Justiça tem obrigação de encaminhar as informações à comissão, por estar na Constituição a prerrogativa dela ter acesso mesmo a dados judiciais sigilosos.

“Determinamos petição ao ministro e ao juiz para que esses dados coletados na delação premiada possam vir para a comissão. Esse é nosso direito e vamos mantê-lo, com o resguardo da Constituição”, afirmou Vital.

CPI TEM PODERES…

Na manhã desta quarta, os senadores Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) e Cristovam Buarque (PDT-DF) pediram ao procurador-geral da República, Rodrigo Janot, para ter acesso ao teor da delação premiada de Paulo Roberto. O procurador negou o pedido com o argumento de que ninguém terá acesso ao depoimento do ex-diretor.

Para Vital, a negativa do procurador não se aplica à comissão. “A CPI não é qualquer pessoa. A CPI tem os poderes constitucionais”, afirmou o presidente da comissão.

Numa terceira frente, a CPI ainda vai marcar audiência com Zavascki para discutir as investigações do caso Petrobras. Os membros da comissão querem saber detalhes das investigações com o ministro, que é responsável pelo processo no STF.

Além do caso tramitar na 13ª Vara Federal de Curitiba, parte do processo está no STF, devido à presença de deputados e senadores entre os citados nas denúncias envolvendo a estatal.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOGFoi uma grande derrota para o Planalto, que tentava de todas as formas blindar o caso Petrobras e evitar que o ex-diretor Paulo Roberto Costa prestasse novo depoimento à CPI. Mas a importância do escândalo falou mais alto, a base aliada da CPI se omitiu e o presidente, senador Vital do Rêgo, teve de marcar o explosivo depoimento. Pode ser que Paulo Roberto Costa até se abstenha de falar, mas a movimentação e a especulação do fato vão beneficiar a oposição, não há dúvida. (C.N.)
Editoria de Arte/Folhapress
 
12 de setembro de 2014

PETROBRAS ALERTOU DILMA EM 2013 SOBRE AÇÃO IRREGULAR DO DIRETOR PAULO ROBERTO COSTA



Um diretor que tinha autonomia demais…
 
Uma diretoria com liberdade de ação acima do desejável, em que a presidência da estatal não tinha controle total sobre algumas de suas decisões, o que gerava terreno fértil para irregularidades.

Este relato, feito em 2012 pela direção da Petrobras à presidente Dilma no período de troca de diretorias da estatal, segundo assessores, foi relembrado nos últimos dias no Planalto depois do vazamento das primeiras informações do teor da delação premiada de Paulo Roberto Costa.

Ex-diretor de Abastecimento da estatal, Costa, preso na Operação Lava Jato da Polícia Federal, foi substituído em meados de 2012 dentro de um processo de reformulação da empresa encomendado por Dilma à nova presidente da empresa, Graça Foster.

Segundo a Folha apurou, a diretoria de Abastecimento tinha um “grau de autonomia elevado” e, seu titular ganhara respaldo de partidos aliados – PMDB e PP – para agir assim.

PP, PMDB e PT

Costa foi nomeado diretor em 2004, no governo Lula, e manteve-se no cargo até 2012. Chegou à direção com o apoio do PP, mas depois passou a contar com o suporte do PMDB. Mantinha, também, contato com políticos do PT.

A oposição diz ser impossível que a presidente não soubesse de irregularidades na estatal e a acusa de teria sido conivente, ao não mandar investigá-las. Também diz que a saída do diretor em 2012 é um indício de que Dilma, no mínimo, suspeitava de negócios feitos por ele, o que os assessores do Planalto refutam.

As revelações apresentadas por Costa na delação premiada relacionadas a parlamentares e a um ministro serão enviadas diretamente à Procuradoria-Geral da República, sem passar pelas mãos do juiz federal que cuida do caso.

Caberá ao procurador-geral da República, Rodrigo Janot, analisar as novas denúncias da Operação Lava Jato e encaminhá-las ao STF (Supremo Tribunal Federal

12 de setembro de 2014
Valdo Cruz e Samantha Lima
Folha

DELÚBIO AGORA VAI PARA REGIME ABERTO, EM PRISÃO DOMICILIAR

 

 
Os advogados do ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares deverão pedir à Justiça que autorize a transferência dele do regime semiaberto para o aberto. Condenado por envolvimento com o esquema do mensalão, Delúbio já cumpriu o tempo necessário da pena para pedir o benefício. Esse requisito foi atingido no último dia 30.

Responsável pela defesa, Arnaldo Malheiros disse que vai pedir a transferência de seu cliente. Atualmente, Delúbio está no regime semiaberto. Nesse sistema, ele tem autorização para sair da prisão durante o dia, para dar expediente na Central Única dos Trabalhadores (CUT), mas deve voltar para a penitenciária para dormir.
 
A ida para o regime aberto garantirá ao ex-tesoureiro do PT o direito à prisão domiciliar. Como em Brasília não existe casa do albergado, os condenados nesse sistema podem cumprir a pena em casa.
 
Quem já está nessa situação é o ex-deputado José Genoino, também condenado por envolvimento com o mensalão. Delúbio Soares está preso desde novembro do ano passado. Ele foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a uma pena de 6 anos e 8 meses. Como trabalhou durante esse período, conseguiu descontar parte da pena.

12 de setembro de 2014
Mariângela Gallucci
Estadão

QUAL A DIFERENÇA ENTRE SOCIALISMO E COMUNISMO?


 
Artigos - Movimento Revolucionário 

Socialismo é o processo de coletivização, estatização e centralização de um país, e, por conseguinte, de supressão da vida social independente nas esferas da economia, cultura, educação, imprensa, etc., enquanto todas as empresas e instituições se tornam estatais ou dependentes do Estado, sendo tudo isso justificado e legitimado com alguma variante da ideologia marxista.

“Comunismo” é quando o processo chega a um ponto alto, ou seja, é socialismo ao extremo. “Socialismo” é, portanto, a antessala do comunismo.
 

O avanço do socialismo pode levar vários anos; e uma a uma as esferas e instituições vão caindo.

Em seu livro “Liberdade de escolher”, de 1980, Rose e Milton Friedman examinam os 14 Pontos do Programa do Partido Socialista dos Estados Unidos, de 1928. E ao lado de cada um deles, anotam o ano em que foi aprovado, começando com a criação do Banco Central, em 1913.

Esse partido socialista nunca se tornou governo nos Estados Unidos, nem teve maioria no Congresso, porém teve enorme influência ideológica no partido Democrata, e até no Republicano.
Seus 14 Pontos estão todos em voga. E se isso aconteceu nos Estados Unidos, o que podemos esperar na América Latina?
 

A tática é simples:

  Primeiro decretam uma série de medidas socialistas, com as quais criam desordem, desajuste, e conflito. Então jogam a culpa no “capitalismo selvagem, explorador e desumano”. E como “remédio” ditam outras tantas medidas socialistas! Assim se produz mais desordem, desajuste e conflito. E assim vai. 

Três grandes “ondas” de políticas e medidas socialistas se sucederam, praticamente em todo o mundo, mais ou menos coincidentes com cada um dos três terços em que podemos dividir o século 20.

1 – Na primeira onda se abandona o padrão ouro e é fundado o Banco Central, com moeda de papel e banco de reserva fracionária. Isso gera o típico “ciclo” econômico de auge fictício com inflação, e queda da economia em bruscas crises recessivas. As pessoas começam a empobrecer. E os socialistas aproveitam para ditar suas leis trabalhistas e primeiras “medidas sociais”. Com isso a situação piora, e com um agravante: o Estado descuida de suas funções próprias, e passa a faltar segurança, justiça e obras de infraestrutura.


2 – Pretendendo auxiliar aos pobres, na segunda onda o Estado oferece “educação e saúde grátis”, para o que decreta altas nos impostos, que aumentam a deterioração da economia. Com um agravante: o ensino deteriora muito, e a “educação” não passa de doutrinação no coletivismo. Assim, as pessoas mais “educadas” pelo estatismo são as que têm menos possibilidade de entender a realidade.


3 – Na terceira onda, o socialismo já entra de cheio e com confiança em todas as frentes da economia produtiva: reformas agrárias, “nacionalizações”, leis trabalhistas que geram desemprego, criação de ineficientes empresas estatais — e altos impostos e muito crédito para financiá-las — com regulamentação asfixiante para as empresas privadas.


Resultado: criminalidade sem limites, corrupção judicial e falta de obras públicas, impostos excessivos, regulamentações absurdas, poupança inexistente ou negativa, desinvestimento privado com inatividade econômica generalizada e desemprego involuntário, cidades capitais superpovoadas, êxodo de empresas, de cérebros, de mão de obra, e um extenso et cetera aqui. Além do óbvio: crises políticas crônicas.
 


Com o século 21 houve uma mudança importante: o marxismo passou de econômico a cultural. De Lênin, Martov e Bernstein, a Gramsci, Lukacs e às Escolas de Frankfurt e de Birmingham.
Como isso se deu? Se você ler o Manifesto Comunista de 1848, vai ver que seus autores estão contra o matrimônio e a família, porque são instituições muito ligadas à propriedade privada e ao capitalismo.
Porém não há medidas concretas contra o matrimônio e a família, nem contra as igrejas ou a religião.

Há só um programa “mínimo” de dez pontos, todos relativos à economia exceto por um ponto: educação pública.
É que primeiro era necessário aplicar o marxismo econômico para empobrecer as pessoas; então vem a catequese “educativa” para idiotizá-las.  

Marx e Engels deixaram para o futuro a investida contra o matrimônio e a família; e contra a religião, em especial o cristianismo.

E esse futuro acabou de chegar! O marxismo econômico já não pode ir mais longe, porque aí o parasita mataria o hospedeiro por asfixia ou anemia.

Por isso agora é a hora das demandas do marxismo cultural: a ofensiva em favor da legalização do aborto e da eutanásia; da desnaturalização do matrimônio e até mesmo da sexualidade, através da promoção ativa do divórcio e do homossexualismo pelo Estado.
Da “guerra às drogas” se passa à estatização da oferta de narcóticos e imbecilizantes.
E o Estado entende agora o laicismo como antirreligião, declarando guerra à Religião, ditando suas próprias e novas normas a todas as igrejas e ministros religiosos, e a todas as famílias e escolas cristãs.

Tudo isso é o “marxismo cultural” que Mao Tsé Tung e Pol Pot começaram a aplicar na China e Camboja. E Herbert Marcuse em Berkeley, Califórnia.

Agora ele chegou completo nos Estados Unidos com Obama. E na América Latina também, com o Foro de São Paulo. Com um agravante: em estreita aliança com o ISLAMISMO.

 
12 de setembro de 2014
Alberto Mansueti | 08 Setembro 2014
in graça no país das maravilhas

HOMEM-BOMBA DA PETROBRAS MANTINHA A CONTABILIDADE ORGANIZADA

          
 Com o pedido do PT e PSB de quebra do sigilo judicial, o depoimento do delator pode vir a público mais rápido, antes mesmo da eleição.
A ação dos dois partidos está precipitando a revelação dos nomes envolvidos.

O delator do propinoduto da Petrobras, Paulo Roberto Costa, mantinha a contabilidade organizada. E tinha acesso a Lula.
Por isso já se espera nos círculos próximos ao Planalto que o ex-presidente seja atingido pelo novo escândalo, não saindo ileso desta vez como ocorreu no caso do mensalão.

Para o PT, a quebra do sigilo envolve imensos riscos. Porém, o vazamento de informações à imprensa deixou a cúpula petista e Dilma sem saída.
Se o segredo de Justiça perdurar durante a campanha, e o rol de suspeitos seguir no terreno do boato, todos podem ser atingidos no escândalo, inclusive Dilma.

Com os nomes revelados, podem cair muitos petistas e até o grande líder, mas a presidente-candidata só teria que responder por leniência e omissão.
Até onde se sabe, Dilma não foi citada pelo delator.

12 de setembro de 2014
Raquel Faria
O Tempo