"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

segunda-feira, 3 de novembro de 2014

OS PROTESTOS E A IMPRENSA AMESTRADA


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Este final de semana foi marcado pelos protestos por parte do povo que pensa e está cansado em ver a bandalheira tomando conta do Brasil.

Ainda é muito cedo para dizer que o "gigante" acordou, mas já é o pleno exercício da democracia em ação.
Sabemos que os PTralhas mais agarrados aos cargos e as gordas tetas do estado do que jabuticabas ao pau não irão entregar o osso sem lutar.

Só que tem um detalhe, todos eles estão com o cú na mão, sabem que se o país virar não vai ter lei de anistia no futuro, não cometeremos o mesmo erro que nos jogou nessa situação quando deram liberdade para os lixos presos durante a ditadura.

Desta vez é cova, tem que esmagar a cabeça da cobra.
A população que está indo ás ruas para protestar tem que ter em mente que devem estar preparados para o que der e vier, é certo que os vermelhos em breve soltarão seus black bostas para se infiltrarem nas manifestações e da mesma maneira que fizeram em 2013 esvaziar o movimento em benefício do regime.
A população nas ruas vai ter que reagir a altura para coibir que os teleguiados baderneiros embacem o brilho da democracia. Partir para o pau no sentido absoluto da palavra, senão...

O que me causa estranheza é a ausência das lideranças políticas de oposição que não aderiram aos protestos e nem foram representar o movimento pró democracia, Aécio Neves tinha a obrigação de estar lá, mas pelo visto não me parece que ele está tão interessado assim em uma mudança.
Outra coisa recorrente é a chiadeira do povo contra a imprensa amestrada que não deu cobertura para os protestos.

Bem, o que a população deve fazer é começar um movimento de boicote contra os meios de comunicação que não fazem coberturas contra o governo, na hora em que a grana parar de entrar e o prestígio começar a esvaziar, até o governo começa a suspender os anúncios nesses veículos.
O povo insiste em não entender a força que tem.

Vi um dos bostas do CQC ser expulso da manifestação, foi lindo, só que uma coisa me preocupa, manifestantes querendo tirar fotografias ao lado do "repórter" para pagar de importante.

O cara está em uma manifestação contra o governo, chega uma sub celebridade que é alinhada com o mesmo governo e o idiota vira tiéte? Aí é de phoder a rabiola!!!  Povinho de merda!!!!
O povo tem que pressionar a direção da emissora para que tire o programa do ar, e quando a pressão aumenta e a audiência cai o programa roda, sempre rodou. Mas...O povinho é burro demais e ainda nesta segunda feira serão capazes de assistir ao CQC só para ver o que eles tem para dizer. Eles não tem nada a dizer, apenas servirão de lacaios do PT, simples assim.

Para ter uma idéia é só prestar atenção nos seus amigos de Fakebook e ir até a página de um desses pústulas do CQC, não se espantem em encontrar alguns "ferrenhos" opositores do regime tietando esses manés. No Twitter então chega a ser imoral o tamanho da falta de noção.

Tem gente pedindo a intervenção dos militares no Brasil, sou favorável a intervenção para a manutenção da democracia, sou contra o golpe de estado ou que os milicos tomem de volta a direção do Brasil.

Eles precisam dar apoio constitucional a população e ajudar na recondução da normalidade social. Fora isso não aceito ajuda dos militares para não cairmos em outra ditadura.

Um dia emblemático se aproxima,15 de Novembro, o dia em que o Brasil declarou a república, e no próximo dia 15 quem sabe não proclamemos outra vez.

A  mobilização popular tem que acontecer com ou sem a ajuda da imprensa, as redes sociais estão ai para fazer o serviço que os vendidos jornalistas não fazem por falta de caráter.

E não podemos nos deixar levar pelas provocações dos vermelhinhos nas redes sociais, a melhor mostra foi o número de Brasileiros indignados pelas ruas e a meia dúzia de babacas fazendo protestos por causa da água em SP.

Os PTralhas não estão acostumados a ficar do outro lado, não aceitam a democracia e muito menos ver o jogo virar, eles não tem mãos a medir para não perderem a boquinha, e a hora é essa, temos que por essa cambada para correr pelo bem das futuras gerações.

E não importa se eram 100 ou 100.000, o que importa de verdade é a mobilização, o povo vai aderindo aos poucos e em breve serão milhões!!!
03 de novembro de 2014
omascate
 VIVA O BRASIL!!!!
 
 
 
 
 
 

EDUARDO CUNHA PROPÕE PARCERIA AOS OPOSICIONISTAS NA CÂMARA: "FORA PT"

 
Longe dos refletores, Eduardo Cunha, líder do PMDB na Câmara, procurou os congêneres da bancada da oposição para pedir apoio à sua pretensão de tornar-se o próximo presidente da Câmara. De acordo com o relato de seus interlocutores, o deputado irá à sorte dos votos no plenário enrolado nas seguintes bandeiras:
1Fora PT: Eduardo Cunha apresenta-se como candidato favorito a impedir que um petista se apodere da cadeira de presidente da Câmara na legislatura que se inicia em fevereiro de 2015.
2Independência: desafeto de Dilma Rousseff, o líder do partido do vice-presidente Michel Temer sinaliza que comandará a Câmara como um magistrado parcial. Nas bolas divididas entre Planalto e Câmara, decidirá sempre em favor do Legislativo.
3Respeito às minorias: afirma, de resto: nas ocasiões em que a maioria governista ameaçar com o trator, proverá à minoria oposicionista a proteção dos escudos do regimento interno e da Constituição.
Antes composta por PSDB, DEM e PPS, a infantaria oposicionista ganhou o reforço do PSB e do Solidariedade. Numa primeira rodada de conversas, decidiram costurar uma estratégia conjunta. Analisam a viabilidade de uma candidatura própria. Como Plano B, a maioria prefere Eduardo Cunha a qualquer nome do PT.
Afora o flerte com os antagonistas de Dilma, Eduardo Cunha articula a formação de um bloco de legendas governistas para isolar o PT. Faz isso com o respaldo da unanimidade da bancada do PMDB, que o reconduziu à liderança na última quarta-feira.
Ao farejar a movimentação do pseudoaliado, o Planalto decidiu tratá-lo como adversário. Porém, numa conversa com Temer, Dilma disse que, antes de decidir o que fazer, seria conveniente verificar: A) como se comportarão os partidos. B) quem sobreviverá às delações do petrolão? O problema é que, se demorar muito para levar o seu fubá, Dilma arrisca-se a encontrar Eduardo Cunha voltando com o bolo -ou com o bololô.
03 de novembro de 2014
Josias de Souza, notícias uol

MARCO CIVIL: O SOCIALISMO CIBERNÉTICO, RODRIGO MEZZOMO... IGUAL A CORÉIA DO NORTE

https://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=RJAqZSS6-9o

03 de novembro de 2014
movcc

RELENDO COM ATENÇÃO, EM ÁGUAS SERENAS...

                Sobre a ‎fraude‬ eleitoral feita pelo PT
Foram utilizadas 428.894 urnas eletrônicas para contabilizar os votos de 112 milhões de eleitores que compareceram. Cada urna recebeu, em média, 261 votos.

O relatório fraudulento apresentado pela autoridade máxima do processo eleitoral, Dias Toffoli (advogado do PT), diz que a Dilma recebeu 3.5 milhões de votos a mais do que o Aécio Neves. Ou seja, bastaria transferir metade dessa diferença "mais um" de um candidato apra o outro para mudar o resultado (1 milhão e 700 mil votos +1).
Isso pulverizado em 428.894 urnas significa a fraude de apenas 4 votos por urna (1.5% dos votos considerando-se a média de 261 votos por urna). Para fazer a fraude basta que 4 pessoas que não compareceram tenham seus votos computados pelo sistema (pessoas mortas, por exemplo), ou que 4 votos nulo/branco sejam computados para a Dilma. Ou uma combinação disso.

Outro ponto: 1 milhão e 700 mil votos equivale ao total de 6513 urnas, apenas 1.5% de todas as urnas em operação. Bastaria que 1.5% das urnas fossem totalmente fraudadas. 98.5% das urnas restantes ficariam absolutamente intactas.

Veja, não estou dizendo que "foi assim que aconteceu" (eu não acredito que a votação tenha sido apertada, acredito que o Aécio Neves venceu por larga vantagem, pois todos os BUs que vi diziam isso), o que estou dizendo é que fazer uma auditoria popular é procurar uma agulha no palheiro e o fraudador Dias Toffoli possui ampla vantagem tática para distribuir, esconder e alterar os votos onde bem entender. Ele pode até mesmo escolher "a dedo" quais urnas terão seus dados modificados. Só em SP-RJ-MG-RS existem 193.600 urnas disponíveis. Existem centenas de cidadezinhas perdidas pelo Brasil inteiro. Existem 30 milhões de eleitores que não compareceram, muitos dos quais por estarem mortos.

O principal a ser dito, porém, é o seguinte: o Dias Toffoli NÃO TEM como provar a idoneidade desse processo eleitoral. É impossível para ele dar prova cabal que definitivamente não houve NENHUM tipo de fraude.

*

O primeiro dia após a reeleição (fraudulenta) da Dilma inicia com a Petrobras perdendo, num único dia, 13% do seu valor de mercado e com o Dólar a R$ 2,54 (estava R$ 2,23 no início de setembro e R$ 1,67 no início de 2011).

O que isso significa? Significa que os ricos estão abandonando o país.

Entre outras coisas isso indica que a Dilma Rousseff terá dificuldades em implantar suas parcerias público-privadas nos projetos de infraestrutura e que a geração de empregos e atração de investimentos será dificultada. (Sabe aquele prefeito de cidade pequena que tenta atrair uma fábrica para a cidade? Pois é.) Se isso acontecer como é que ficam as pessoas que fizeram um Pronatec?

*
Os petistas infalivelmente terão um banho de água fria ao longo dos próximos meses/anos. É aquilo que a Dilma dizia nos debates: "A receita é a mesma, a cozinheira é a mesma, a cozinha é a mesma". O governo Dilma (que é ilegítimo) continuará acumulando maus resultados em consequência das políticas do primeiro e segundo governo Lula e, agora, do primeiro governo Dilma. Quem será prejudicado? É óbvio que a população mais pobre. A administração de um país baseada no comunismo ("socialismo") é SEMPRE aviltante aos mais pobres. As pessoas ricas e as pessoas mais ou menos remediadas podem simplesmente sair do país.
O governo americano DÁ greencard para estrangeiros que tenham US$1.000.000. Inúmeros países muito melhores, mais bonitos e mais pacíficos do que o Brasil fazem isso.

*
A ampla maioria dos brasileiros votou corretamente, contra o PT, ou seja, no Aécio Neves. Até mesmo nas regiões consideradas mais propensas às manipulações populistas. A questão não é como as pessoas votaram, mas COMO um advogado do PT posto pelo PT como autoridade máxima do processo eleitoral contabilizou os votos.

Quando se está diante uma ‪#‎fraude‬ eleitoral nمo hل sentido em fazer anلlises do comportamento do eleitor baseado numa informaçمo que é FALSA.

*
A nova democracia petista-forista começa assim: impedir que um grupo de trabalhadores (os empresários) financiem políticos que representem os seus interesses e os interesses de seus funcionários e clientes. Enquanto abstração é o tipo de idéia que parece boa, mas na prática significa a exclusão do processo político daqueles que geram empregos e produzem bens para a sociedade.

Não acredito que isso excluirá um oligopólio como a Friboi ou a Petrobras do processo político, mas certamente excluirá ou criará obstáculos aos "Silva & Silva" uma agro-empresa média composta por dois irmãos que plantam arroz, ou o "Souza e Filho" que possui uma mecânica de chapeamento e pintura, ou ainda o "Luz & Cia. Ltda" que possuem um mercadinho de bairro e que vivem de um modesto pró-labore.

Ou seja, a nova democracia petista-forista que diz querer aumentar a democracia faz, na verdade, o contrário.

Ao mesmo tempo há a defesa do financiamento público da campanha que nada mais é do que dar aos políticos no governo, segundo critérios desenvolvidos pelo próprio governo, o dinheiro tomado dos empresários através dos impostos extorsivos.

Os sujeitos são excluídos do processo democrático e, ato contínuo, são obrigados a arcar com o financiamento dos políticos que os excluíram do processo democrático.

É uma beleza!

Por essas e outras: ‪#‎ImpeachmentJÁ


03 de novembro de 2014
Francis Lauer é tradutor.

MOMENTO MÁGICO: NELSON MOTTA DESTRÓI UM IMBECIL CHAMADO JUCA KFOURI

https://www.youtube.com/watch?v=dkHGUmH_sBg&feature=player_embedded

Este é um democrata falando sobre capitalismo e liberdade, destruindo e arrebentando com o discurso da esquerda. Com toda a naturalidade, sem histeria, com classe. Momento mágico! Espetacular!

PT DIVIDE O PAÍS E VAI ARCAR COM AS CONSEQUÊNCIAS. DIÁLOGO, UMA OVA!!!


O artigo abaixo, de Luiz Felipe Pondé, intitulado "Diálogo ou secessão" , foi publicado na Folha de São Paulo de hoje.

"A presidente bolivariana reeleita abriu seu novo reinado falando em diálogo. Gato escaldado tem medo de água fria: seria este o mesmo tipo de diálogo oferecido à "Veja"? Ou às depredações que a militância petista fez à Editora Abril? Ou às mentiras usadas contra Marina Silva e Aécio Neves durante a propaganda política? Ou às perseguições escondidas a profissionais de diversas áreas que recusam aceitar a cartilha petista, fazendo com que eles percam o emprego ou fiquem alijados de concursos e editais? 

Sei, muitos ainda negam a ideia de que exista um processo de destruição da liberdade de pensamento no Brasil. Mas, uma das razões que fazem este processo ser invisível é porque a maior parte dos intelectuais, professores, jornalistas, artistas e agentes culturais diversos concorda com a destruição da liberdade de pensamento no Brasil, uma vez que são membros da mesma seita bolivariana. O "marco regulatório da mídia", item do quarto mandato bolivariano, é justamente o nome fantasia para a destruição da liberdade de imprensa no país. 

Diálogo? Sim, contanto que se aceite a truculência petista e seus abusos de poder. Deve-se responder a este diálogo com uma política de secessão. Não institucional (como nos EUA no século 19 entre o norte e o sul), não se trata de uma chamada à guerra, mas sim uma chamada à continuidade da polarização política.
 
A presidente ganhou a eleição dentro das regras e, portanto, deve ser reconduzida a presidência com soberania plena. Mas nem por isso ela deve se iludir e pensar que representa o Brasil como um todo: não, ela representa apenas metade do Brasil. A outra foi obrigada a aceitá-la. Precisamos de uma militância de secessão: que os bolivarianos durmam inseguros com o dia seguinte, porque metade do país já sabe que eles não são de confiança. Que fique claro que a batalha foi ganha pelos bolivarianos, mas, a guerra acabou de começar, e começou bem. 

O Brasil está dividido. Esta frase pode ter vários sentidos. O partido bolivariano venceu de novo, completando em 2018 16 anos no poder --o que já dá medo a qualquer pessoa minimamente inteligente ou sem má-fé política. A divisão do Brasil hoje é fruto inclusive da própria militância bolivariana que insiste em falar em "nós e eles". 

O fato da eleição para presidente ter sido decidida por alguns poucos votos a favor dos bolivarianos não implica que o lado derrotado veja a vencedora como sua representante legítima, ainda que legal. O PT ensinou bem ao Brasil o que significa ódio político e agora corre o risco de provar do próprio veneno. Falo de uma secessão simbólica, e que, creio, deve ser levada mais a sério pela intelligentsia (normalmente a favor do projeto bolivariano, mesmo que, às vezes, com sotaque e afetação francesa ou alemã). 
 
Os intelectuais não estão nem aí pra corrupção. Seu novo slogan é "rouba, mas faz o social". Não, não estou dizendo que aqueles que votaram contra o projeto bolivariano de domínio totalitário do país devam recusar institucionalmente o resultado das eleições. Estou dizendo que devem levar a fundo uma política de recusa sistemática da lógica de dominação petista. 
 
Os bolivarianos virão com sua "democratização das mídias", outro nome fantasia pra destruir a autonomia institucional, demitir gente "inadequada", tornar a mídia confiável aos projetos do "povo deles" --o único que aceitam. Na verdade, fazer da mídia refém do movimento MTSM (os "trabalhadores sem mídia"). Esta recusa deve ser levada a cabo nas salas de aula das escolas de ensino médio (onde professores descaradamente pregavam voto na candidata petista), nas universidades, nos bares, nos empregos, nas redes sociais. 

Dito de outra forma: a polarização do debate deve continuar, e se aprofundar. Sem trégua. Do contrário, o PT ficará no poder mil anos. Pacto institucional, governabilidade, vida normal dentro das instituições democráticas, sim. Mas secessão política cotidiana em todo lugar onde algum bolivariano quiser acuar quem recusar a cartilha totalitária petista"

03 de novembro de 2014
in coroneLeaks

PETROBRAS VIROU ANTRO DE CRIMINOSOS

Presidente da República não demite. Presidente do Conselho não demite. Presidente da empresa não demite. Quem demite é a multinacional de auditoria.

Sérgio Machado, presidente da Transpetro, está sendo demitido pela empresa de auditoria, que se recusa a avaliar o balanço da estatal se mais este "migucho" da Dilma na Petrobras continuar no cargo.  Como todo mundo tem o rabo preso na roubalheira, ninguém demite ninguém com medo das delações premiadas.

A saída imediata de Sérgio Machado da presidência da Transpetro foi uma das condições impostas pela PriceWaterhouseCoopers para auditar o balanço da Petrobras.

O assunto foi discutido em uma turbulenta reunião do conselho de administração da companhia, que ocorreu na última sexta-feira. Conforme apurou o Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado, os dez conselheiros ficaram divididos sobre a decisão, que terá de ser costurada nesta segunda-feira, 3, para que o martelo seja batido na reunião extraordinária marcada para terça-feira, 4.

A Price é a auditora independente que avaliza os balanços operacionais e financeiros da Petrobras. O envolvimento da petroleira em denúncias de corrupção e as revelações feitas pelo ex-diretor de Abastecimento da estatal, Paulo Roberto Costa no processo de delação premiada da Operação Lava Jato levaram a Price a impor algumas exigência para referendar o balanço. Entre elas, a contratação de duas empresas independentes para atuar na investigação interna das denúncias - o que já foi providenciado pela Petrobras - e o afastamento do presidente da Transpetro.

Sérgio Machado, ex-deputado e ex-senador, é aliado do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB) e desde o início do governo Lula, em 2003, preside a Transpetro, subsidiária de transporte e logística da Petrobras. Teve seu nome citado por Paulo Roberto Costa em depoimento à Polícia Federal.
Costa afirmou que recebeu R$ 500 mil em dinheiro das mãos de Machado dentro do esquema de pagamento de propina que, segundo denunciou, alimentou movimentações políticas com recursos vindo de empresas contratadas pela Petrobras. Costa disse que recebeu o dinheiro no apartamento de Machado, mas não se recordava da data exata, situando em 2009 ou 2010.

Procurada, a Price não se manifestou sobre o assunto até o fechamento desta edição. Na sexta-feira, a empresa já havia informado que não comenta situação de clientes, ao ser procurada pelo Estado para falar sobre o ultimato feito à Petrobras para apuração das denúncias de corrupção. As exigências feita pela auditora internacional estão atrasando a divulgação do balanço da Petrobras, que tem até dia 14 de novembro para formalizar suas contas junto à Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

Executivos da Price teriam lembrado, além da acusação de Paulo Roberto Costa, o requerimento do Ministério Público Federal à Justiça para o imediato afastamento de Sérgio Machado e bloqueio de seus bens.
Em ação de improbidade administrativa, o MPF acusa Machado de participar de um suposto esquema para fraudar o processo de licitação para compra de 80 barcaças e 20 empurradores pelo Estaleiro Rio Tietê. 

O contrato, no valor de US$ 239,16 milhões, previa que as embarcações seriam entregues a partir de 2012. A frota entraria em operação em 2013, com operação plena em 2015 transportando etanol pela hidrovia Tietê/Paraná, no interior de São Paulo. 

Após a reunião do conselho, a presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster, teria chamado Sérgio Machado para tentar um acordo, mas a situação continuou indefinida. A Petrobras não comentou o assunto.
Por meio de sua assessoria de imprensa, Machado disse não ter nenhuma informação sobre a reunião do conselho. "O presidente não foi informado a respeito de eventual questionamento da Price relacionado com a denúncia do ex-diretor Paulo Roberto Costa, cujo teor não foi objeto sequer de apuração pelos órgãos públicos competentes. Sergio Machado reitera o que já afirmou: nega com veemência as acusações, que são levianas e absurdas", informou a Transpetro, em nota.

(Estadão)

03 de novembro de 2014
in coroneLeaks

DILMA AGE PARA APARELHAR O TCU

Governo quer nomear aliado para abafar a investigação sobre o envolvimento da Presidente no escândalo de Pasadena.

 
Um dos nomes que o governo deseja no TCU, para engavetar Pasadena, é o da ex-senadora e ex-ministra Ideli Salvatti. Senado deve reagir para preservar sua independência.

O Palácio do Planalto trabalha para emplacar um aliado na vaga do ministro do Tribunal de Contas da União José Jorge, que se aposenta no próximo dia 18, ao completar 70 anos. A indicação de um substituto de perfil amigável é considerada estratégica pelo governo, pois o novo ocupante da cadeira herdará a relatoria dos processos de investigação da Petrobrás, entre eles o que avalia prejuízos na compra da refinaria de Pasadena (EUA). 

A apuração sobre Pasadena tem potencial para causar mais danos políticos à presidente Dilma Rousseff - que presidia o Conselho de Administração da Petrobrás na época da aquisição, iniciada em 2006.

Egresso da oposição no Senado, José Jorge tomou posse no TCU em 2009 e é considerado pelos aliados de Dilma um ministro rigoroso ao julgar casos delicados para o governo. Como relator, foi dele o voto - seguido pela maioria do plenário - pelo bloqueio dos bens de 11 executivos da Petrobrás por dano ao erário de US$ 792 milhões na compra de Pasadena. A tomada de contas especial sobre o caso, ainda em curso, poderá implicar no futuro conselheiros de administração da estatal que deram aval ao negócio, entre eles a presidente. Inicialmente, a corte os excluiu da lista de responsáveis.

O TCU é composto por nove ministros: 3 indicados pela Câmara, 3 pelo Senado e 3 pelo presidente da República. O substituto de José Jorge tem de ser indicado pelo Senado, pelo critério constitucional. Não há exigência de que o aprovado seja político, mas, tradicionalmente, os escolhidos são senadores, ex-senadores ou servidores apadrinhados pelas maiores bancadas da Casa.Os partidos aliados ainda não discutiram a questão oficialmente, mas já lançam alguns nomes nos bastidores.

Ministras. Segundo fontes do governo, o Planalto é simpático à indicação da ex-senadora e atual ministra da Secretaria dos Direitos Humanos, Ideli Salvatti (PT-SC). Ela já era cotada para ocupar a vaga de Valmir Campelo, que deixou a corte em abril, mas o escolhido foi o ex-consultor legislativo do Senado e ex-integrante do Conselho Nacional de Justiça Bruno Dantas, que teve aval do PMDB.Ideli enfrenta resistência nas principais legendas, principalmente por causa do desgaste no papel de negociadora do governo quando ministra das Relações Institucionais.

Outra opção é a senadora e ex-ministra da Casa Civil Gleisi Hoffmann (PT-PR), que perdeu a eleição para o governo do Paraná e voltou ao Congresso. Na Casa Civil ela tratou de alguns dos principais interesses do governo no TCU, como a aprovação de concessões. Gleisi, porém, foi vinculada recentemente ao escândalo na Petrobrás, o que dificulta sua indicação.

Como revelou o Estado, em depoimento ao Ministério Público Federal, o ex-diretor de Abastecimento da estatal Paulo Roberto Costa afirmou que o esquema de corrupção na companhia repassou R$ 1 milhão para a campanha da petista ao Senado, em 2010. Ela nega participação nas irregularidades e diz que a acusação é mentirosa. 

Maior aliado do PT, o PMDB diz que só discutirá o assunto após a aposentadoria de José Jorge. Líderes do partido prometem não ceder facilmente ao PT e cogitam negociar a vaga de forma casada, com a cadeira a ser ocupada no Supremo Tribunal Federal após a aposentadoria de Joaquim Barbosa. Um dos nomes sugeridos para o TCU é o do senador Vital do Rêgo (PB), que preside as duas CPIs da Petrobrás e é um dos peemedebistas mais alinhados com o Planalto no Congresso. Ele é cotado ainda para ser o próximo líder do governo. 

Os três cotados, procurados pelo Estado, disseram não ter discutido o assunto com governo e partidos. Na base do governo, também é citado, embora com menos chances, o senador Inácio Arruda (PC do B-CE). 

Azarões. Como a votação é secreta, há a possibilidade de vitória de azarões, apadrinhados pela minoria. Foi o caso do próprio José Jorge em 2009, que conseguiu aprovação sendo um dos mais ativos opositores do governo Lula. No PSDB, o governador de Alagoas, Teotônio Vilela Filho, é citado para concorrer a uma vaga no TCU.

Fora Pasadena, o gabinete de José Jorge concentra auditorias das maiores obras da Petrobrás, como a refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, e o Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj). O substituto de Jorge relatará os casos que já estão curso. A partir de 2015, novos processos sobre a Petrobrás serão conduzidos por José Múcio, ex-ministro de Lula.

(Estadão)

03 de novembro de 2014
in coroneLeaks

GILMAR MENDES ALERTA: STF PODE SE TORNAR UMA CORTE BOLIVARIANA

 

O STF (Supremo Tribunal Federal) corre o risco de tornar-se uma "corte bolivariana" com a possibilidade de governos do PT terem nomeado 10 de seus
11 membros a partir de 2016. A afirmação é do único personagem dessa conta hipotética a não ter sido indicado pelos presidentes petistas Lula e Dilma Rousseff: o ministro Gilmar Mendes, 58. 

Indicado por Fernando Henrique Cardoso (PSDB) em 2002, ele teme que, a exemplo do que ocorre na Venezuela, o STF perca o papel de contrapeso institucional e passe a "cumprir e chancelar" vontades do Executivo. 
 
A expressão bolivarianismo serve para designar as políticas intervencionistas em todas as esferas públicas preconizadas por Hugo Chávez (1954-2013) na Venezuela e por aliados seus, como Cristina Kirchner, na Argentina. "Não tenho bola de cristal, é importante que [o STF] não se converta numa corte bolivariana", disse. "Isto tem de ser avisado e denunciado." 
 
Sobre a eleição, Mendes fez críticas a Lula ao comentar representação do PSDB contra o uso, na propaganda do PT, de um discurso do petista em Belo Horizonte com ataques ao tucano Aécio Neves.Lula questionou o que o Aécio fazia quando Dilma lutava pela democracia e o associou ao consumo de álcool. Ao lembrar do caso, Mendes disse: "Diante de tal absurdo, será que o autor da frase também passaria no teste do bafômetro? Porque nós sabemos, toda Brasília sabe, eu convivi com o presidente Lula, de que não se trata de um abstêmio", afirmou.
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Folha -- Durante a campanha, o PT acusou o senhor de ser muito partidário.
Gilmar Mendes -- Não, de jeito nenhum. Eu chamei atenção do tribunal para abusos que estavam sendo cometidos de maneira sistemática e que era necessário o tribunal balizar. Caso, por exemplo, do discurso da presidente no Dia do Trabalho e propagandas de estatais com mensagem eleitoral. O resto, como sabem, sou bastante assertivo, às vezes até contundente, mas é minha forma de atuar. Acredito que animei um pouco as sessões. 
 
Animou como?
Chamei atenção para que a gente não tivesse ali uma paz de cemitério.
 
O que quer dizer com isso?
Saí do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) em 2006. Não tenho tempo de acompanhar, mas achei uma composição muito diferente daquilo com que estava acostumado. Um ambiente de certa acomodação. Talvez um conformismo. Está tudo já determinado, devemos fazer isso mesmo que o establishment quer. 
 
Diria que o TSE estava tendendo a apoiar coisas do governo?
Fundamentalmente chegava a isso. Cheguei a apontar problemas nesse sentido.
 
O PT criticou sua decisão de suspender direito de resposta contra a revista "Veja".
A jurisprudência era não dar direito de resposta, especialmente contra a imprensa escrita. Quando nos assustamos, isso já estava se tornando quase normal. Uma coisa é televisão e rádio, concessões. Outra coisa é jornal ou revista. O TSE acabou ultrapassando essa jurisprudência e banalizou. 
 
Quando diz que banalizou a interferência na imprensa, acredita que avançou sobre a liberdade de expressão?
Quanto ao direito de resposta em relação a órgãos da imprensa escrita, certamente. Mas temos de compreender o fato de se ter que decidir num ambiente de certa pressa. E todo esse jogo de pressão. A campanha se tornou muito tensa. Talvez devamos pensar numa estrutura de Justiça Eleitoral mais forte, uma composição menos juvenil. 
 
Qual sua avaliação da eleição?
Tenho a impressão que se traça um projeto de campanha. Se alguns protagonistas não atuarem, inclusive como poder moderador, o projeto se completa. Eu estava na presidência do tribunal quando da campanha da presidente Dilma [de 2010]. O que ocorreu? Havia necessidade de torná-la conhecida. O presidente Lula, então, inaugurava tudo. Até buracos. Quando a Justiça começou a aplicar multas, ele até fez uma brincadeira: "Quem vai pagar minhas multas?" O crime compensava. Foi sendo feita propaganda antecipada, violando sistematicamente as regras. Agora havia também um projeto. Chamar redes para pronunciamentos oficiais, nos quais vamos fazer propaganda eleitoral. A mensagem do Dia do Trabalho tem na verdade uma menção ao 1º de maio. O resto é propaganda de geladeira, de projetos do governo. 
 
O sr. não exagerou nas críticas ao ex-presidente Lula no julgamento de uma representação do PSDB, quando chegou a perguntar se ele teria feito o teste do bafômetro?
O presidente Lula, no episódio de Belo Horizonte, faz uma série de considerações. Houve uma representação [do PSDB]. Ele chegou a perguntar onde estava o Aécio enquanto a presidente Dilma estava lutando pela democracia nos movimentos da luta armada.
A representação lembrava que Aécio tinha 8 ou 10 anos. Ela trouxe elementos adicionais da matéria, de que teve um texto de uma psicóloga que dizia que ele [Aécio] usava drogas, que era megalomaníaco. E Lula falou também do teste do bafômetro. Diante de tal absurdo, [eu disse] "será que o autor da frase também passaria no teste do bafômetro?" Porque sabemos, toda Brasília sabe, eu convivi com o presidente Lula, de que não se trata de um abstêmio. 
 
O PT criticou muito suas falas sobre o ex-presidente.
Estávamos analisando só o caso. Em que ele reclamou de alguém que saiu do jardim de infância não ter atuado na defesa da presidente Dilma. Quem faz este tipo de pergunta ou quer causar um impacto enorme e contrafactual ou está com algum problema nas faculdades mentais.
 
Em dois anos o sr. será o único ministro do STF não indicado por um presidente petista. Muda alguma coisa na corte?
Não tenho bola de cristal, é importante que não se converta numa corte bolivariana. 
 
Como assim?
Que perca o papel contramajoritário, que venha para cumprir e chancelar o que o governo quer. 
 
Há mesmo este risco?
Estou dizendo que isto tem de ser avisado e denunciado. 
 
Há algum sinal disso?
Já tivemos situações constrangedoras. Acabamos de vivenciar esta realidade triste deste caso do [Henrique] Pizzolato [a Justiça italiana negou sua extradição para cumprir pena no Brasil pela condenação no mensalão]. Muito provavelmente tem a ver com aquele outro caso vexaminoso que decidimos aqui, do [Cesare] Battisti [que o Brasil negou extraditar para Itália], em que houve clara interferência do governo. 
 
No mensalão, um tribunal formado em sua maioria por indicados por petistas condenou a antiga cúpula do PT.
Sim, mas depois tivemos uma mudança de julgamento, com aqueles embargos, e com a adaptação, aquele caso em que você diz que há uma organização criminosa que não pode ser chamada de quadrilha.
 
Ao falar de risco bolivariano, não teme ser acusado de adotar posições a favor do PSDB?
Não, não tenho nem vinculação partidária. A mim me preocupa a instituição, não estou preocupado com a opinião que este ou aquele partido tenha sobre mim. 
 
A aprovação da proposta que passa a aposentadoria compulsória de ministros do STF de 70 para 75 anos não reduz esse risco, já que menos ministros se aposentariam logo?
Não tenho segurança sobre isto, é uma questão afeita ao Congresso. O importante é que haja critérios orientados por princípios republicanos. 
 
O STF deve analisar outro caso de corrupção, na Petrobras. Como avalia essa questão?
A única coisa que me preocupa, se de fato os elementos que estão aí são consistentes, é que enquanto estávamos julgando o mensalão já estava em pleno desenvolvimento algo semelhante, talvez até mais intenso e denso, isso que vocês estão chamando de Petrolão. É interessante, se de fato isso ocorreu, o tamanho da coragem, da ousadia.
 
(Entrevista concedida a Folha de São Paulo)
 
03 de novembro de 2014

NÃO, ELES NÃO PODEM. OU PODEM?

Foi uma eleição particularmente suja e desigual, onde quem detinha o poder tudo fez para não abrir mão dele.

 
Deu a louca no PSDB quando pediu à Justiça uma auditoria nos resultados da recente eleição presidencial. A razão do pedido? Rumores nas redes sociais sobre eventuais fraudes aqui e acolá. Nada mais do que rumores.

Convenhamos: é pouco, quase nada para que se lance suspeição sobre o processo eleitoral.
Ou há fatos concretos que justifiquem uma auditoria ou tudo não passa de choro de mau perdedor.
Isso não significa que a eleição deste ano esteja destinada a passar à História como uma rara demonstração de exuberante maturidade da democracia brasileira. Longe disso.

Foi uma eleição particularmente suja e desigual, onde quem detinha o poder tudo fez para não abrir mão dele. E acabou se dando bem. Dilma, Lula, o PT e a Justiça Eleitoral são responsáveis por uma inesquecível lambança. Confira.

* Intimidação ou um “liberou geral”? “Podemos fazer o diabo quando é hora de eleição.” Dilma, em um ato falho (04/03/2013).
Isso pode? Não, não pode... Mas pode.

* Ameaça? “Eles não sabem o que nós seremos capazes de fazer, democraticamente, pra fazer com que você seja a nossa presidenta por mais quatro anos neste país”. Lula, para Dilma (13/06/2014). Isso pode? Não, não pode... Mas pode.

* Uso da máquina pública? “Os Correios trabalharam com as 66 mesorregiões. Fizemos reuniões em todas e nas macrorregiões. Lá em Viçosa, nós tínhamos 70 cidades e por aí, aonde eu estive perto, eu fui acompanhando. A Dilma tinha em Minas Gerais, em alguns momentos, menos de 30%. Se hoje nós estamos em 40% em Minas, tem o dedo forte dos petistas dos Correios.” Durval Ângelo, deputado estadual do PT de Minas.
Isso pode? Não, não pode... Mas pode.

* E o Tribunal Superior Eleitoral (TSE)? Por que não testou as urnas? “Apesar de reconhecer que os testes de segurança das urnas eletrônicas fazem parte do conjunto de atividades que garantem a melhoria contínua deste projeto, o TSE não fez nenhum antes das eleições de outubro. Desde 2012, aliás, o tribunal não expõe seus sistemas e aparelhos à prova de técnicos independentes.” (O Globo, 04/06/2014)
Isso pode? Não, não pode... Mas pode.

* Por que mudou a postura do TSE? No primeiro turno em que a campanha de Dilma estraçalhou Marina sem que ela revidasse na mesma moeda, o TSE deixou correr solta a pancadaria. No segundo, Dilma repetiu a dose contra Aécio. Assim que ele começou a revidar, o TSE interveio. E decidiu: dali por diante, só valeriam mensagens “propositivas”.
Isso pode? Não, não pode... Mas pode.

* E daí? O TSE proibiu telemarketing em campanhas eleitorais. Certo? Depende. Milhões de SMS foram enviados contra Aécio, com mensagens que beiraram a injúria, a calúnia e a difamação, além de chantagem e intimidação explícitas envolvendo os programas Bolsa-família, Minha Casa, Minha Vida, e outros. A ação revoltou internautas, que postaram sem parar imagens das mensagens recebidas em seus celulares.
Isso pode? Não, não pode... Mas pode.

* Foi mal? Um ministro do TSE proibiu uma consultoria financeira – privada! – de fazer propaganda de seus relatórios de análise em espaços – privados! – na internet. Isso pode? Não, não pode... Tanto que o pleno do TSE, com a participação dos demais ministros, revogou a proibição.
Poucos dias depois, o mesmo TSE proibiu a revista VEJA de anunciar sua edição semanal, como costuma fazer, em rádios, televisões e outdoors.
Isso pode? Não, não pode. Mas pode.

Posso escrever sem receio o que escrevi até aqui? Acho que posso... Mas talvez não possa. Sei lá. A ver.

Tribunal Superior Eleitoral, plenário (Foto: Divulgação)
Tribunal Superior Eleitoral, plenário (Imagem: Divulgação)
 
03 de novembro de 2014
in blog do noblat
 

QUATRO NOTAS DE CARLOS BRICKMANN

Filosofando

Quem não conhece o passado está condenado a repeti-lo, dizia o pensador George Santayana.
O Brasil conhece o passado: Collor acusou Lula de querer confiscar a poupança, ganhou a eleição e quem a confiscou foi ele.
A história acontece como tragédia e se repete como farsa, dizia o pensador Karl Marx.
O Brasil vive o pior dos mundos: conhece o passado e o repete; e a farsa é trágica.

Fim de feira
 
A governadora do Maranhão, Roseana Sarney, PMDB, que promete morar em Miami tão logo entregue o cargo, daqui a dois meses, enviou à Assembléia mensagem solicitando que seja aprovada uma Lei de Transparência.
Detalhe: valeria apenas para o próximo Governo.
Transparência boa, só no Governo dos outros.

(RSRSRSRSRS)

Sem medo de ser feliz
 
A Medida Provisória 651, enviada pela presidente Dilma Rousseff ao Congresso, tem como objetivo dar fôlego ao mercado de capitais. Mas embute alguns contrabandos, ali postos para passar despercebidos: um, por exemplo, isenta as empresas aéreas de Imposto de Renda, CSLL, PIS, Pasep e Cofins sobre passagens compradas com cartões corporativos.
E quem vai pagar a conta? Adivinhou, caro leitor! O IOF de quem compra dólares para viajar passa de 0,38% para 6,38%. E os altos funcionários federais ficam livres para comprar passagens com cartões corporativos (aqueles em que os gastos são mantidos em segredo).
 
Olho por olho
 
A Itália impôs ao Brasil uma dura derrota diplomática: recusou-se a extraditar o mensaleiro Henrique Pizzolato, que tem dupla nacionalidade e fugiu do Brasil usando os documentos de um irmão falecido. A decisão é humilhante: informa que Pizzolato não pode ser extraditado porque, no Brasil, as prisões são de péssima qualidade e não têm condições de abrigar convenientemente os condenados.
Há quem diga que a Justiça italiana se vingou da decisão brasileira de não lhe entregar Césare Battisti, condenado por homicídio e salvo por decisão pessoal do presidente Lula.
Se foi isso, erraram: Pizzolato voltar ao Brasil, sabendo o que sabe, com tanta gente querendo ouvi-lo, seria um fardo terrível para o Governo.

03 de novembro de 2014

CARVALHO POR UM FIO...

...se ele não cai, quem fica na corda bamba é Dilma

Miguel Rossetto, que já foi duas vezes ministro do Desenvolvimento Agrário, é cotado para o lugar de Gilberto Carvalho na Secretaria-Geral da Presidência da República. Parece que Dilma vai acatar a minha sugestão e pôr na rua o seu ministro da Confusão Institucional. Na semana passada, enquanto a presidente falava em um entendimento nacional, Carvalho pregava, na prática, a guerra com o que ele chama “mídia”. Sempre foi um procurador dos interesses de Lula no Planalto; nunca esteve a serviço de Dilma, que não gosta dele.
 
E olhem que Rossetto não é exatamente uma flor “no que se refere” a olores ideológicos. É ligado à Democracia Socialista, uma corrente de esquerda, de sotaque trotskista, que só aderiu ao PT em 1986. No mapa ideológico ao menos, está à esquerda do próprio Carvalho.
 
A questão, no fim das contas, nem é de ideologia, mas de disciplina. Carvalho se move sem pedir licença, fala o que lhe dá na telha e se comporta como se fosse chefe de Dilma. Afinal, ele é da turma que considera a autoridade do partido acima da autoridade do Estado e do governo. Se, no PT, ele é mais do que ela — e é —, então manda mais no país. Sem contar que é a voz, os braços, os olhos, os ouvidos e a língua de Lula no Palácio.
 
Se Dilma não puser Carvalho na rua, será muito difícil governar. E saiba, presidente: estamos falando do maior hortelão da República. Ninguém planta “notícias”, inclusive aquelas que Vossa Excelência não gosta de ler, com a habilidade deste misto de sacristão e tiranete. Se ele não cai, quem fica na corda bamba é Dilma. Se fica, passará os próximos quatro anos conspirando em favor da volta de Lula.

03 de novembro de 2014
Por Reinaldo Azevedo

A DERROTA

O Brasil está dividido. O resultado das eleições nos demonstra isso com todos os números. E nada mais que isso esse resultado nos demonstra.
 
Mas o Brasil não foi dividido pelo PT. Muito menos o PT seria capaz de nos dividir para nos vencer. Nem essa capacidade, que exigiria alguma sofisticação de seus dirigentes, o PT possui.
O PT é nada – é o ódio irracional de Chauí à classe média, é o dialeto chulo de Lula, os números confusos de Rousseff, as lágrimas fáceis e o gorjeio desafinado de Suplicy, a “estratégia” às avessas de Garcia – é o refúgio dos medíocres, e só venceu as eleições presidenciais pela terceira vez consecutiva porque o Brasil já estava dividido.
E porque os que se colocaram contra o PT, contra quem compõe ou contra quem apóia o PT, nada representam – são apenas um monte de gente que, pelas mais absolutamente diferentes razões, inclusive as mais antagônicas, apostou no candidato de outro Partido.
 
O Brasil continuará dividido, com PT ou sem PT. Porque um discurso de posse, fosse de quem fosse, por mais conciliatório que nos parecesse ser, não seria suficiente para juntar seus cacos e colá-los uns aos outros.
Porque o que dividiu a nossa gente, permitindo fosse possível dar continuidade ao nada que o PT representa, foi a política eleitoreira, pouco séria, que em nosso País se cultiva. Que nós cultivamos.
Há décadas. Foi o culto à performance das “celebridades”, a exaltação de falsos mitos libertários, a reverência aos covardes como fossem heróis, a escola troncha que adotamos, a autocomiseração vadia, a indiferença e o desprezo a nós mesmos que nos permite acreditar em histórias muito mal contadas porque nos soam mais “universais” que a verdadeira. Foi a irresponsabilidade com que tratamos de nossos assuntos, que só nossos são.
 
É preciso que compreendamos que, estando dessa forma dividido o Brasil, não foi Aécio o vencido, não foi vencido o PSDB – o Brasil foi o derrotado. Mais uma vez. E que quem venceu não foi o PT, nem foi a Rousseff – venceram a politicagem, a ignomínia, a malandragem.
Como já era de se prever que venceriam. Esses “personagens” que vivem entre nós venceram uma eleição que foi disputada com discursos semelhantes, com posturas semelhantes, que nada de novo trouxeram ao nosso povo dividido.
 
O Brasil está dividido, sim, mas não está morto. Se o velarmos, de estúpidos, como se morto ele estivesse, desperdiçaremos os quatro anos que temos pela frente fazendo nada, em vez de reanimá-lo.
Temos quatro gordos anos para pensar a Política com seriedade, sem bairrismos, sem prepotência oca, sem ufanismos tísicos, sem pruridos teóricos, sem fricotes retóricos. Com os pés no nosso chão firme. Com o olhar voltado ao nosso horizonte. Pensando em nós como um todo, sem o que nada seremos.
 
E assim poderemos impedir que seja definitivo o estrago que o PT, mais uma vez no Executivo, mais ainda nos fará. Que talvez tão grande não fizesse o PSDB, mas isso não tínhamos e nem teremos a menor chance de saber.
 
Caso não tivermos consciência dos erros que cometemos diariamente contra nós mesmos, veremos, em 2018, a repetição do mesmo resultado que ontem nos foi oferecido.
E mais outra e outra vez esse resultado será o mesmo, até que o Brasil, mesmo que seu coração ainda esteja pulsando, possa ser retirado do velório em que hoje se encontra e seja enterrado definitivamente.
Quem foi exaltado nas ruas, ontem, na festa da vitória daquela que despiu o vermelho e vestia o “branco da paz” senão um Lula também fantasiado de babalorixá?
 
Fazer Política não é se fazer bonito para sair bem na foto tentando agradar a gregos e troianos. Fazer Política não é recitar versos às vésperas de eleições pedindo ou prometendo “mudanças” – que “mudanças”?
Fazer Política não é bater panelas nas ruas, nem é quebrar vidraças ou incendiar ônibus e gritar histericamente o nome da tal Ética. Fazer Política não é procurar os malfeitos dos adversários para denunciá-los e escandalizar as almas sensíveis.
Fazer Política não é acenar com fantasias salvacionistas, com promessas messiânicas, com a “essência democrática” que haveria em reformas referendadas por uma maioria que de nada tem noção.
 
Fazer Política é pensar na Política com muita seriedade. Permanentemente. É querer pensar em fazer a boa Política. É situar-se no Brasil como um bom brasileiro e situar o Brasil no mundo como o nosso Estado, o dos brasileiros. É saber que ter poder é necessário, é querer ter poder.
Fazer Política é esclarecer, não confundir. É impedir que inimigos ocupem o vácuo que permitimos seja criado por não sabermos quem somos ou não respeitarmos o que temos. Ou por não acreditarmos no que vemos. É acreditar que existem inimigos, sim. É definir os inimigos como inimigos.
 
É não ser tolerante, em nenhuma hipótese, com os que reconhecemos como nossos inimigos. É levá-los a sério. É levar a sério a necessidade de que armemos nossas defesas. É não só querer curar o mal que nos possa ter sido feito como também prevenir e evitar que o mal se faça.
É reagir com dignidade ao discurso conciliatório do nada com o coisa nenhuma, é demonstrar asco inequívoco ao tapinha nas costas que selaria o compromisso de aceitarmos que se faça qualquer coisa de nós em proveito de curtos e estreitos interesses.
Fazer Política é fazer que o Brasil de fato nos represente, não uma região, não uma província, não um Partido, não um indivíduo que adote, da boca para fora, um discurso ensaiado de teor muito semelhante ao que caracterizou o discurso dos adversários, tentando nos deixar ainda mais perplexos e mais mansos.
 
O PT não nos representa. Isso é uma verdade escandalosamente verdadeira. Nem nos representa o PT, nem nos representa a coligação de Partidos que foi vitoriosa nas eleições graças às “baixarias” que vimos durante a campanha eleitoral e tanto sensibilizaram os menos informados. Mas bem pior que o PT ter ganho as eleições é alguns voltarem a afirmar que têm vergonha de ser brasileiros.
 
Nada mais adequado às pretensões de nossos inimigos que esse tipo de declaração, que até poderia ser interpretada como um rompante superficial, resultante de uma esporádica decepção, uma reação infantil a uma derrota, mas é do mais profundo das entranhas que ela é extraída. E foi exatamente com esse sentimento que esses alguns, muitos, foram às urnas a depositar suas apostas.
Fazer Política é reagir com altivez a uma adversidade, é encontrar na derrota o estímulo para mais se preparar para a próxima batalha, é sanar erros, é traçar planos.
 
Organizem-se, pois, as bancadas de fato representativas do interesse nacional no Congresso, organizem-se os Juristas que conheçam a boa doutrina e tenham algum discernimento do que seja um sistema Judiciário, organizem-se os que têm por função combater nas fronteiras os nossos inimigos, organizem-se os cidadãos que têm alguma consciência de como o mundo se comporta e de que nós não poderemos ser a exceção sem que sejamos esmagados.
Organizem-se suas idéias, seus atos, suas expectativas.
Para que, além de se mostrar tão dividido, o País não se rompa definitivamente, não se fragmente em múltiplos pedaços dele mesmo que serão, todos eles, representativos do nada que tanto o PT quanto os que estão contra o PT hoje representam.
 
Se não representássemos o nada, quem se atreveria a nos dizer que Política poderá ser concebida como nenhum embate permanente de idéias e ideais? Quem nos sugeriria que um resultado como o que tivemos ontem pudesse ser o primeiro passo para uma conciliação de todos com tudo e qualquer coisa? Que pacificação nos ofereceria que venceu as eleições da forma como venceu, governando da forma como governou?
 
Política é coisa séria. Não é festa, não é futebol, não é brinquedo. Política é Política, e nada mais. O que não for Política, será qualquer coisa, mas Política não será. No dia em que compreendermos isso, estaremos no bom caminho. E estaremos unidos. Seremos um poder de fato contra os nossos inimigos, entre os quais o pior é a inércia intelectual. Venceremos seja quem ou o que for que estiver contra nós. E teremos por que nos orgulhar de nós mesmos.
Até lá, não. Até lá, nada.
 
03 de novembro de 2014
Vania L Cintra
(recebido por email)