"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

domingo, 4 de janeiro de 2015

NO PULEIRO DO CIRCO

 


“Filho é como peido. Você só aguenta o seu.”
(Adágio Popular)
O circo foi palco desta história que tem uma coincidência que a tornou tragicômica. 
Aquele pequeno seridoense era rebelde, traquinas, levado, teimoso, indisciplinado, impossível (como dizia a finada minha mãe), aliás, sintetizando: ele era uma peste. 
E todos esses adjetivos eram usados pela população da cidade, quando se referia àquele moleque.
Eis que chegou um circo na cidade de Currais Novos onde ele morava, revolucionando tudo e todos, principalmente a garotada, inclusive o nosso endiabrado personagem. 
Ele, entretanto, além de ficar excitado com a possibilidade de assistir aos espetáculos circenses, também resolveu ganhar um dinheirinho extra, usando o circo. 
Aquele garoto só usava a imaginação para “aprontar”. 
E o moleque fazia o quê? 
Simplesmente, burlando os seguranças, ele passava por baixo do arame que cercava o circo, entrava por baixo da lona, saía na porta principal, recebia o ingresso, vendia lá fora e repetia tudo outra vez. 
A operação foi um sucesso até a noite em que os seguranças o pegaram em flagrante. 
Deram-lhe uns safanões e, o que mais o revoltou, tomaram o seu dinheiro. 
Ele ficou possesso com o que lhe fizeram. 
Estava liso, com as orelhas ardendo, com a sua operação desbaratada e o seu amor-próprio ferido. 
E resolveu, mesmo na desvantagem, ir à desforra. 
Com o espetáculo em plena atuação, ele catou uma banda de tijolo, escolheu aleatoriamente o perfil de uma coluna vertebral que estava encostada na lona, na parte dos poleiros, e a atirou com toda a força que a sua raiva podia impulsionar.
Em seguida, se mandou para casa.
No dia seguinte, ele acordou e viu uma cena que o assustou: o seu pai, andando atravessado e puxando uma perna. 
O velho estava mais torto do que o gato da Zinebra. 
Lembra-se do desenho de um gato preto e torto que havia no rótulo da garrafa de Zinebra? Não? 
Lembra-se daquele personagem de Victor Hugo, Quasímodo, da famosa história “O Corcunda de Notre Dame”? 
O velho amanheceu mais torto do que Quasímodo.
O que aconteceu, papai? – perguntou admirado o filho.
Um filho da puta me acertou uma pedra, ontem à noite, no circo – respondeu o tortuoso pai.
 
04 de janeiro de 2015




Ciduca Barros

CHAPEUZINHO VERMELHO


Era uma vez (admitindo-se aqui o tempo como uma realidade palpável, estranho, portanto, à fantasia da história) uma menina, linda e um pouco tola, que se chamava Chapeuzinho Vermelho. (Esses nomes que se usam em substituição do nome próprio chamam-se alcunha ou vulgo). Chapeuzinho Vermelho costumava passear no bosque, colhendo Sinantias, monstruosidade botânica que consiste na soldadura anômala de duas flores vizinhas pelos invólucros ou pelos pecíolos, Mucambés ou Muçambas, planta medicinal da família das Caparidáceas, e brincando aqui e ali com uma Jurueba, da família dos Psitacídeos, que vivem em regiões justafluviais, ou seja, à margem dos rios. Chapeuzinho Vermelho andava, pois, na Floresta, quando lhe aparece um lobo, animal selvagem carnívoro do gênero cão e... (Um parêntesis para os nossos pequenos leitores — o lobo era, presumivelmente, uma figura inexistente criada pelo cérebro superexcitado de Chapeuzinho Vermelho. Tendo que andar na floresta sozinha, - natural seria que, volta e meia, sentindo-se indefesa, tivesse alucinações semelhantes.).

Chapeuzinho Vermelho foi detida pelo lobo que lhe disse: (Outro parêntesis; os animais jamais falaram. Fica explicado aqui que isso é um recurso de fantasia do autor e que o Lobo encarna os sentimentos cruéis do Homem. Esse princípio animista é ascentralíssimo e está em todo o folclore universal.) Disse o Lobo: "Onde vais, linda menina?" Respondeu Chapeuzinho Vermelho: "Vou levar estes doces à minha avozinha que está doente. Atravessarei dunas, montes, cabos, istmos e outros acidentes geográficos e deverei chegar lá às treze e trinta e cinco, ou seja, a uma hora e trinta e cinco minutos da tarde".

Ouvindo isso o Lobo saiu correndo, estimulado por desejos reprimidos (Freud: "Psychopathology Of Everiday Life", The Modern Library Inc. N.Y.). Chegando na casa da avozinha ele engoliu-a de uma vez — o que, segundo o conceito materialista de Marx indica uma intenção crítica do autor, estando oculta aí a idéia do capitalismo devorando o proletariado — e ficou esperando, deitado na cama, fantasiado com a roupa da avó.

Passaram-se quinze minutos (diagrama explicando o funcionamento do relógio e seu processo evolutivo através da História). Chapeuzinho Vermelho chegou e não percebeu que o lobo não era sua avó, porque sofria de astigmatismo convergente, que é uma perturbação visual oriunda da curvatura da córnea. Nem percebeu que a voz não era a da avó, porque sofria de Otite, inflamação do ouvido, nem reconheceu nas suas palavras, palavras cheias de má-fé masculina, porque afinal, eis o que ela era mesmo: esquizofrênica, débil mental e paranóica pequenas doenças que dão no cérebro, parte-súpero-anterior do encéfalo. (A tentativa muito comum da mulher ignorar a transformação do Homem é profusamente estudada por Kinsey em "Sexual Behavior in the Human Female". W. B. Saunders Company, Publishers.) Mas, para salvação de Chapeuzinho Vermelho, apareceram os lenhadores, mataram cuidadosamente o Lobo, depois de verificar a localização da avó através da Roentgenfotografia. E Chapeuzinho Vermelho viveu tranqüila 57 anos, que é a média da vida humana segundo Maltus, Thomas Robert, economista inglês nascido em 1766, em Rookew, pequena propriedade de seu pai, que foi grande amigo de Rousseau.

04 de janeiro de 2014
Millôr Fernandes

DILMA 2: BRASIL DE MAL A PIOR E 2015 SERÁ UM ANO TERRÍVEL


 
Não sou economista nem alarmista, mas alguns números são assustadores e qualquer pessoa que tenha um mínimo de raciocínio lógico entra em pânico ao relacioná-los entre si. O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil em 2014 deve fechar sem crescimento, em R$ 4,80 trilhões. Se crescer 0,7% em 2015, chegará R$ 4,83 bilhões. A meta do governo Dilma 2 é fazer 1,2% de superavit fiscal neste ano. Sendo assim, terá que economizar cerca de R$ 60 bilhões ou dar outro golpe na Constituição Federal como o fez com a aprovação do PLN 36. 
Para 2016 e 2017, a equipe econômica prevê um superavit de 2%, o que elevaria a poupança para R$ 100 bilhões. Há, então, um corte de mais outros R$ 40 bilhões a ser feito neste ano e mantido para os próximos dois anos. Não é tarefa fácil, tendo em vista que o governo continua gastando mais do que o país produz. E que 2014 já deixou um rombo de outros R$ 40 bilhões. 
O primeiro corte foi feito na carne do trabalhador mais pobre, nos benefícios trabalhistas, atacando seguro-desemprego, pensões e abonos. Isso deve gerar uma economia de R$ 18 bilhões. Ainda falta cortar R$ 22 bilhões. Onde? Ninguém sabe. Então a saída é aumentar impostos, num país cuja a carga tributária alcançou 37,65% do PIB. Aumentar impostos sobre uma economia combalida, sem competitividade e com vendas em queda é tiro no pé. Sem esquecer que o parco crescimento dos últimos anos foi inflado por bilhões e bilhões de subsídios, agora cortados. 
 
O desemprego irá aumentar pela simples migração do seguro desemprego para as filas em busca de vagas. A redução do seguro-desemprego vai afetar cerca de dois milhões de vagas durante 2015.  É um conjunto de notícias terríveis para o país, fruto da conta que pagamos desde 2008 para eleger Dilma 1 e que continuamos a pagar por ter eleito Dilma 2. O Brasil miserável, idiota e desinformado, garantiu estas duas eleições. São os primeiros a pagar o preço. O que não deixa de ser justo.
Hoje o ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, deu entrevista para a Folha de São Paulo. Ontem ele teve que publicar nota negando que vá mexer no salário mínimo, por ordem de Dilma Rousseff. O PT não quer fazer o tema de casa, qual seja cortar despesas e arcar com as consequências políticas. O país pode estar caindo num poço sem fundo e num beco sem saída. Abaixo, a entrevista.

FOLHA- Ministro, a presidente Dilma prometeu não cortar direitos trabalhistas na campanha. Agora, reeleita, assumiu o discurso da necessidade de ajustes na política econômica e cortou benefícios trabalhistas e previdenciários. Não foi uma quebra de compromisso?
NELSON BARBOSA - Em primeiro lugar, é bom lembrar, as primeiras medidas anunciadas foram relacionadas ao crédito, com elevação da TJLP [taxa de juros de longo prazo] e a revisão das condições de financiamento por parte do BNDES. Na sequência disso, houve a recomposição do IPI para automóveis e aprovação de um novo modelo de tributação de bebidas frias.
Em terceiro lugar, foram anunciados alguns ajustes em alguns programas sociais, que não representam revogação de direitos trabalhistas, mas a adequação deles à nova realidade social e fiscal do Brasil.
Todos estes programas continuam, abono salarial, seguro-desemprego, pensão pós-morte, o que houve foi uma correção de alguns excessos e distorções identificados há bastante tempo e cuja correção contribui para a viabilidade destes direitos trabalhistas no futuro. 
Por que não foram feitos antes?
Não sou a pessoa mais qualificada para dizer por que não foram adotadas antes, mas posso dizer que são necessárias, vão contribuir para a recuperação do equilíbrio fiscal no próximos anos. 
Qual foi a principal distorção encontrada?
Em primeiro lugar, do foco das pensões pós-morte. O Brasil tinha uma legislação de pensão pós-morte das mais generosas do mundo, era um dos poucos países do mundo em que a pessoa poderia ter uma pensão vitalícia contribuindo por apenas um mês. Corrigimos isto. Tem de ser feita pelo menos 24 contribuições. O que é altamente justo e garante a viabilidade do programa da pensão pós-morte para todos.
Até a adoção das medidas, o tempo de casamento não tinha um critério estabelecido. Agora, estamos definindo 24 meses de casamento ou união estável, seguindo uma prática internacional.
E a terceira medida de correção é a proporcionalidade do benefício. Em 132 países que avaliamos, na maioria a recomposição não é integral, é entre 60% e 80% do valor do benefício. 
 
Sindicalistas criticaram as mudanças no seguro-desemprego num momento de aperto na economia, em que o desemprego pode subir. O que acha desta crítica?
Nós não estamos cortando nenhum benefício, tem de ficar claro. Estamos ajustando as regras de benefícios existentes à nova realidade fiscal e social do país. Nosso levantamento da concessão de seguro-desemprego demonstrou que cerca de 72% a 74% dos benefícios solicitados era o primeiro benefício de pessoas mais jovens, de até 24 anos, devido à formalização.
Dada a situação fiscal, nós achamos que a pessoa tem de contribuir por 18 meses, num período de 24 meses. Hoje é de seis meses. Hoje havia uma distorção, para requerer o benefício pela primeira vez precisava ter trabalhado apenas seis meses.
E depois do segundo tinha de esperar 16 meses e neles trabalhar seis meses. O primeiro pedido tinha regras mais flexíveis do que o segundo e o terceiro. 
 
O pagamento integral do abono salarial não era um estímulo de rotatividade?
É um programa dos anos 70 e que, na regra anterior, concedia um salário mínimo adicional a todos trabalhadores que ganham até dois salários mínimos, independentemente do tempo trabalhado.
Para o abono não valia a regra do 13º, que é proporcional. O abono era integral. Isto é injusto, qualquer pessoa com bom senso sabe que é injusto.
Estamos apenas adotando a mesma lógica do 13° para o abono salarial e colocando uma carência de seis meses, o que, diante da restrição fiscal, é uma medida necessária e ajuda a preservar todos os programas sociais do governo. 
 
Faltava então controle dentro do governo nestes benefícios?
No caso do abono, ele foi criado num período em que o salário mínimo era muito baixo, não tinha Bolsa Família, inflação era hiperinflação, não havia muitos programas sociais no Brasil. Ele foi permanecendo. Não estou aqui para dizer de quem é a culpa.
Hoje, a formatação anterior está superada, temos outros programas, como Bolsa Família. Política social é sempre mantida e aprimorada e sendo adequada à evolução da própria sociedade.
O próprio programa Bolsa Família é sempre ajustado. A política social passa por evolução, sem perda de direitos, você vai adequando os benefícios à realidade da economia e da sociedade. 
 
Há espaço de negociação destas regras no Congresso ou têm de ser aprovadas como apresentadas?
Nós consideramos estas medidas necessárias dentro do contexto macroeconômico deste ano. Segundo nossos cálculos, estas medidas proporcionam uma economia de R$ 18 bilhões, uma redução permanente do gasto obrigatório do governo de cerca de 0,3% do PIB (Produto Interno Bruto) estimado para 2015.
Uma redução de gasto obrigatório e permanente, o que abre espaço para aumentar o resultado primário e para continuar outras políticas sociais, educacionais e de salário mínimo. Vamos defendê-las no Congresso Nacional e ouvir a opinião dos parlamentares, que darão a palavra final. 
 
Esta previsão de economia não é muito otimista. Como chegaram a este cálculo?
É uma previsão realista, metade dela é no seguro-desemprego, cerca de R$ 9 bilhões, tomando como base as concessões deste benefício nos últimos anos. Cerca de R$ 2 bilhões nas mudanças de auxílio-doença e pensão pós-morte. No abono salarial, é o restante, R$ 7 bilhões. 
 
A realidade fiscal forçou esta revisão dos benefícios?
A realidade fiscal forçou, mas independentemente dela as pessoas sabem quando alguma coisa está em excesso. Uma pessoa de vinte anos receber uma pensão vitalícia devido ao falecimento de seu cônjuge não é um benefício adequado.
Óbvio que a pessoa precisa de uma assistência, terá o benefício por três anos e terá tempo para se inserir no mercado de trabalho pelas novas regras. 
 
Como vocês vão conseguir atingir a meta de economia de gastos de 1,2% do PIB neste ano?
Temos os R$ 18 bilhões de redução de gastos com os benefícios, vamos ver quanto será preciso contingenciar [bloquear] verbas do Orçamento. Posso dizer que esse reequilíbrio fiscal será feito de uma forma justa, com uma divisão entre receitas e despesas, a maior parte concentrada em despesas, mas também envolve algum aumento de receita. 
 
A palavra que mais se ouve nos últimos dias é ajuste, a presidente tocou nela, o sr. também. É um ano de muito sacrifício de 2015?
É um ano de normalização e reequilíbrio. De corrigir alguns excessos e adaptar a política econômica à nova realidade brasileira e internacional. Esta adaptação exige algumas medidas restritivas no curto prazo, mas expansionistas no médio prazo.
Porque estas medidas, ao permitir a recuperação do resultado primário do governo e a redução da inflação, criam as condições para aceleração do crescimento, com maior estabilidade, com maior confiança. 
 
Não houve um exagero de gastos nos últimos anos?
Eu quero falar para a frente, não cabe a mim fazer julgamentos do passado. Eu estou aqui para resolver os problemas para o futuro, a medida cumpriu o seu papel e atingiu o seu limite, é hora de adaptar a política fiscal às novas circunstâncias do Brasil, o que vai viabilizar crescimento no médio prazo. 
 
O governo pode adotar uma regra de limitar o crescimento dos gastos públicos em relação à evolução do PIB?
As metas fiscais deste e dos próximos anos já foram anunciadas, 1,2% do PIB neste ano ano e 2% nos dois próximos anos. Há uma discussão na sociedade se além da meta de superávit primário faz sentido se colocar uma meta de crescimento do gasto global em linha com o PIB.
Posso dizer que vamos trabalhar para que o gasto do governo cresça em linha com o PIB ou ligeiramente abaixo do PIB nos próximos anos. Transformar numa regra formal envolve várias discussões, que vamos querer ter, mas não há uma definição formal, porque cada gasto tem sua dinâmica. 
 
Mas há um compromisso de se buscar limitar o gasto ao crescimento da economia?
Sim, em linha ou abaixo do crescimento da economia. 
 
Nos últimos anos vinha crescendo acima?
Sim, cresceu mais porque o crescimento da economia desacelerou e a despesa pública cumpriu seu papel anticíclico. Nos últimos anos a despesa pública cresceu bem acima do crescimento real do PIB, momentaneamente isto é necessário, mas a longo prazo isto é insustentável.
A longo prazo, o princípio básico é que despesa pública cresça em linha ou abaixo com o crescimento da economia. Agora, se isto vai ser traduzido numa regra formal, na LDO, é algo ainda a ser discutido, vamos checar se teremos de formalizar, mas estamos fazendo isto na prática. É nossa meta.
Primeiro, vamos estabilizar o crescimento, depois reduzir em proporção do PIB. A filosofia da nova equipe é criar condições para que o gasto do governo cresça em linha com o PIB. No curto prazo pode ainda crescer, devido a compromissos assumidos. 
 
E o limite para folha de pagamento?
Esta é uma ideia que já foi aprovada no Senado, mas na Câmara ainda não. Esta é uma proposta interessante e correta, de fixar um limite para o crescimento real da folha de pagamento, mas estamos começando um novo governo e ainda vamos analisar.
Mas nosso princípio é continuar reduzindo a folha de pagamento em relação ao PIB, num período de quatro anos. Isto ocorreu no primeiro mandato da presidente Dilma e pretendemos continuar. 
 
O sr. fez a proposta de simplificação do PIS/Cofins, há espaço fiscal para isto?
Nós estamos vivendo uma situação de restrição fiscal, que trabalhamos para que seja momentânea, mas neste momento não é adequado falar de grandes desonerações ou grande medidas tributárias que envolvam perda de receita. 
 
O represamento de preços prejudicou a economia por ter criado uma inflação artificialmente menor e prejudicou a receita do governo, porque reduziu o faturamento de estatais. A realidade tarifária vai ajudar o governo?
O ajuste dos preços administrados à nova realidade da economia, como gasolina, água, energia, transporte público, é parte necessária do funcionamento de qualquer economia.
Qualquer economia de mercado funciona à base do preço. Ele é o principal mecanismo de incentivo e de sinalização em qualquer economia de mercado.
 
Por maior que seja o efeito restritivo de algum ajuste de preços no curto prazo, ele é que viabiliza a reorganização da economia para produzir mais aquilo que está caro e menos o que está barato. Este realinhamento vai tornar rentáveis várias atividades, viabilizando vários investimentos e promovendo ampla recuperação da economia rapidamente. Deixa o sistema de preços funcionar que a economia responde.
 
Isto já está acontecendo, vários preços começaram a ser realinhados, já no último ano do primeiro mandato da presidente Dilma, quando você teve um realinhamento da taxa de câmbio promovido pelo mercado, reajuste do preço de energia, reajustes mais recentes de preços combustíveis, isto é o funcionamento natural de qualquer economia. 
A realidade tarifária vai ser positiva para economia?
A realidade tarifária vai ser positiva, com certeza, à medida que o tempo passa. O primeiro impacto é restritivo, os subsequentes são positivos. 
 
Foi um erro fazer este represamento?
Estou aqui para trabalhar daqui para a frente, não cabe a mim fazer julgamento do passado. 
 
Estamos num período de transição e ajuste?
Às vezes uma medida, que tem impacto restritivo no curto prazo, é expansionista se considerar todo seu período de efeito, porque viabiliza investimentos novos, mais crescimento, reduz incerteza sobre futuro e gera incentivo para que empresas e trabalhadores voltem a investir e consumir. Estamos com um plano de quatro anos, não é um ano.
Neste início ele exige medidas que podem ter eventualmente impacto restritivo, mas que têm impacto expansionista ao longo do tempo. 
Até quando será o período de ajuste?
Temos como política trabalhar com a previsão média do mercado, que prevê um crescimento ainda lento em 2015, recuperando-se no final de 2015 e entrando em 2016 com um crescimento mais alto. 
A deterioração fiscal dos últimos anos leva a um risco de perda do grau de investimento do país?
 
Ainda não conversei com as agências de classificação de risco, pretendo fazê-lo, juntamente com a equipe econômica. É um risco que alguns analistas colocam, mas tenho certeza que vamos conseguir eliminá-lo.
 
O importante para manutenção do grau de investimento é a confiança numa trajetória fiscal consistente no longo prazo. Não é o resultado de um mês, de um ano, que garante uma boa avaliação, é a confiança que você tem numa política fiscal equilibrada ao longo de vários anos.
Isto é perfeitamente entendido pelas agências classificadoras de risco. Não há estabilidade econômica sem crescimento econômico, como não há crescimento econômico sem estabilidade.

POR UMA CPI DAS COMUNICAÇÕES JÁ!


 
O governo petista de Dilma Rousseff abriu o ano com um novo ministro das Comunicações, o aloprado, exterminador de velhinhos e criador daquela falcatrua chamada Bancoop, Ricardo Berzoini,  dizendo que quer fazer o controle econômico da mídia, nome soft para a censura ao conteúdo e a implantação de um legislação que acabe com a liberdade de informação. Nada mais justo, então, de que o povo brasileiro possa fazer o "controle econômico" do que o governo petista vem fazendo no ministério das Comunicações e na Secretaria de Comunicação Social do Governo Federal. De como vem gastando o dinheiro público, bilhões de reais, nesta área.
 
Querem um exemplo da má gestão e do descaso com o dinheiro público na área de Comunicações?  A TV BRASIL INTERNACIONAL é o canal da TV Pública brasileira para o exterior, destinado a divulgar a realidade econômica, política, social e cultural do Brasil para outros povos e para os milhões de brasileiros que vivem em outros países. No entanto, o canal é transmitido em Língua Portuguesa. É o que diz o site da EBC. Ora, qualquer brasileiro no exterior pode assistir o canal pela internet. Já os "outros povos" são pegos em dezenas de milhares de hotéis e resorts que retransmitem este tipo de programação. Exemplo: a rede Meliá, que possui TV a cabo própria. Poderia ser uma excelente mídia, se tivesse uma simples legendagem em inglês e espanhol. E se "vendesse" o Brasil como destino turístico. E olhem só o tamanho da equipe! Cliquem aqui. 
 
A Empresa Brasil de Comunicações (EBC), segundo o seu site, é uma instituição da democracia brasileira: pública, inclusiva e cidadã.  Criada em 2007 para fortalecer o sistema público de comunicação, é gestora dos canais TV Brasil, TV Brasil Internacional, Agência Brasil, Radioagência Nacional e do sistema público de Rádio – composto por oito emissoras. Estes, por sua independência editorial, distinguem-se dos canais estatais ou governamentais, com conteúdos diferenciados e complementares aos canais privados.
 
Os veículos da EBC têm autonomia para definir produção, programação e distribuição de conteúdos. Atualmente, são veiculados conteúdos jornalísticos, educativos, culturais e de entretenimento com o objetivo de levar informações de qualidade sobre os principais acontecimentos no Brasil e no mundo para o maior número de pessoas. A sua estrutura é formada por: Assembleia Geral; Órgãos da Administração (Conselho de Administração e Diretoria Executiva) e Órgãos de Fiscalização (Conselho Curador, Conselho Fiscal e Auditoria Interna). Quem manda, na prática, é a SECOM, que indica o seu presidente. No caso, o ministro-chefe Thomas Traumann, que também preside o Conselho de Administração.
 
Sem dúvida alguma, a EBC não está cumprindo a sua função, pois a sua audiência é praticamente zero e poucos produtos resistem mais pela tradição do que pela qualidade de produção, como é o caso da Voz do Brasil. No entanto, ao querer regular a comunicação, este é o modelo que o governo petista quer para o país. Se não é, que ponha a viola no saco e vá cuidar de gastar melhor o nosso dinheiro em comunicação pública que funcione. Que dê o exemplo! 
 
O orçamento da EBC é de cerca de R$ 550 milhões anuais. Numa comparação com a TV Cultura, mantida pelo estado de São Paulo, a TV Brasil tem uma audiência muito menor: pouco mais que traço, 0,36% do Ibope. E já gastou mais de R$ 3 bilhões desde a sua criação. Só esta gastança já é motivo suficiente para uma CPI. 
 
Mas há outros motivos para investigar a EBC. As formas de contratação de produtoras e profissionais, que dão cobertura a jornalistas que são financiados para atacar a Oposição. É nesta classe que se integram Luiz Nassif e Luiz Carlos Azenha, além do sociólogo Emir Sader. Produtoras de parentes de gente do governo como Franklin Martins também são beneficiados.
 
Já na SECOM, contratos com Ibope, além de critérios para destinação de verbas de mídia merecem ser investigados. Mesmo práticas de acesso de jornalistas ao Palácio do Planalto precisam ser mostrados ao país. Temos, hoje, uma cobertura parcial porque os jornalistas que criticam o governo são alijados de eventos como forma de retaliação. 
 
No ministério das Comunicações, seria bom fazer um balanço destes 12 anos de PT para verificar as concessões de TV e rádios feitas no período. Especialmente as famosas rádios comunitárias. É um prato cheio. 
Não é difícil ter um conjunto de motivos que justifiquem uma CPI das Comunicações. Basta chamar jornalista em off e funcionários da EBC em sigilo para que surjam pencas de denúncias.
Se o PT quer controlar a comunicação do país, nada melhor do que o país controlar a comunicação do PT.
 
04 de janeiro de 2015
in coroneLeaks

CONCLAVE PARA A DEMOCRACIA DENUNCIARÁ O FORO DE SÃO PAULO E FRAUDE ELEITORAL

NOS PAÍSES SUL-AMERICANOS EM EVENTO NO 'CLUBE NACIONAL DA IMPRENSA' EM WASHINGTON DC
 
 
Acima a logomarca do famoso Clube Nacional de Imprensa sediado em Washington DC, onde acontecerá o Conclave para a Democracia. Abaixo banner de chamada para o evento.
Ativistas e líderanças políticas acabam de lançar pelas redes sociais o “Conclave para a Democracia”, um evento que será realizado em março deste ano de 2015, no Clube Nacional da Imprensa em Washington DC, a capital dos Estados Unidos. A data, que está sendo agendada, será divulgada em breve.
 
O Conclave, que terá alcance internacional, busca congregar os líderes da oposição e ativistas políticos da América Latina para denunciar o Foro de São Paulo, organização comunista fundada por Lula e Fidel Castro em 1990, destinada a transformar todos os países sul-americanos em repúblicas comunistas similares a Cuba.
No Conclave também será denunciada a fraude eleitoral no Brasil, segundo informa a página do movimento no FundRarz, site destinado ao recolhimento de donativos para causas sociais, políticas, ambientais e motivos análogos.
 
A campanha no FundRazr foi criada pelo ativista Dalmo Accorsini, um brasileiro que há alguns anos vive e trabalha na Flórida, Estados Unidos, visando angariar donativos para ajudar a viabilizar o evento. As doações podem ser feitas a partir de qualquer país.
 
Um dos ambientes do célebre Clube Nacional da Imprensa em Washington DC
O já denominado “Conclave de Washington” também denunciará a empresa venezuelana Smartmatic, considerada “aparelho” para subverter a democracia na Venezuela, Nicarágua, Bolívia, El Salvador, Equador e Brasil.
 
O Conclave terá um webcast ao vivo e as pessoas poderão interagir com os participantes por meio do Skype em tempo real.
No final, concluindo o evento, será realizada uma conferência de imprensa denunciando o ataque comunista bolivariano e os países afetados pelo populismo e regimes autoritários, também conhecidos como “bolivarianos” ou “socialistas do século XXI”.
 
Segundo os organizadores, o Conclave para a Democracia, contará com a presença de personalidades políticas de relevo em nível global, como o ex-primeiro ministro da Espanha, José Maria Aznar; o ex-presidente colombiano e atual senador Alvaro Uribe; o ex-presidente mexicano Vicente Fox, o ex-governador da Flórida, Jeb Busch e o senador pelo Partido Republicano, Marco Rubio, cotado para concorrer à sucessão de Barack Obama.
Além dessas lideranças está prevista pelos organizadores a participação de outros nomes de destaque no cenário político regional e internacional.
 
O ativista Dalmo Accorsini lavra o seu protesto neste vídeo

INFO IN ENGLISH - The Conclave for Democracy will be an event at the National Press Club in Washington DC March, 2015. 
The goal of the event is to congregate opposition leaders and political activists from Latin America to denounce the Foro de Sao Paulo and the election fraud in Brazil.
 
The Meeting will also denounce the Venezuelan company SMARTMATIC as the "tool" used to subvert democracy in Venezuela, Nicaragua, Bolivia, El Salvador, Ecuador and Brazil.
 
The "Conclave" will have a "LIVE" webcast and people from the region will be interacting with participants via Skype in real time. At the end a press conference will give a "balance" of the countries affected by Populism and authoritarian regimes.
 
The participants are: Former Spain Premier Jose Maria Aznar, Former Colombian President Alvaro Uribe, Former Mexican President Vicente Fox, Former Governor Jeb Bush, Senator Marco Rubio and others!
 
04 de janeiro de 2015
in aluizio amorim

O HUMOR DO DUKE


Charge O Tempo 03/01



04 de janeiro de 2015