"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

terça-feira, 3 de março de 2015

PERGUNTAR NÃO OFENDE... (SERÁ QUE NÃO OFENDE?)


 
03 de março de 2015
in graça no país das maravilhas

BOLSA-PATROA: MESA DIRETORA VOLTA ATRÁS E REVOGA PASSAGENS A CÔNJUGE

A regra volta a ser a emissão de bilhetes aéreos apenas aos deputados e assessores de gabinete 
 
Emissão de bilhetes volta a ser a deputados e assessores
de gabinete ( Luis Macedo / Câmara dos Deputados)
A Mesa Diretora da Câmara dos Deputados decidiu revogar o ato que permitia aos parlamentares utilizar recursos da Cota para custear passagens de cônjuges. A reunião ocorreu no fim da manhã desta terça-feira (3/2) e a decisão foi unânime. Com a revogação, a regra volta a ser a emissão de bilhetes aéreos apenas aos deputados e assessores de gabinete.

O presidente da Casa, Eduardo Cunha, fez o anúncio ao fim da reunião. “A decisão unânime hoje foi esta: revogação pura e simplesmente [do ato]. E as eventuais necessidades ou requisições que possam ser feitas serão tratadas caso a caso, conforme aparecerem”, disse. No entanto, ainda não ficou definido o que poderá ser considerado “exceção”. “Vai depender do requerimento [apresentado à Mesa Diretora]”, completou.

Segundo Cunha, o motivo da revogação foi devido à grande insatisfação da sociedade. Houve um entendimento equivocado, cristalizou-se uma versão de um benefício, de uma regalia, que não era o caso.
A sociedade demonstrou sua contrariedade e nós, que queremos atuar em sintonia com a sociedade, não podemos fechar os olhos e resolvemos revogar”, afirmou.
Além das despesas com passagens aéreas, a Cota para o Exercício da Atividade Parlamentar reúne recursos para gastos com telefonia, correios, aluguel de escritórios de apoio à atividade parlamentar, hospedagem, combustíveis e fretamento de carros, entre outros.

03 de março de 2015
diário do poder

EDUARDO CUNHA E RENAN CALHEIROS ESTÃO NA LISTA DE JANOT

Janot deu a informação a Michel Temer, ao visitá-lo quinta
              
Cunha e Renan foram informados de que estão na
lista da Lava Jato (Foto: André Dusek/Estadão)
Os presidentes da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e do Senado, renan Calheiros (PMDB-AL), foram informados pelo vice-presidente da República, Michel Temer, na última sexta-feira, 27, de que constam como relacionados na lista dos procurador-geral da república, Rodrigo Janot, como investigados na Operação Lava Jato.

O vice-presidente recebeu Janot em sua residência oficial, o Palácio do Jaburu, na manhã de quinta-feira, 26, em agenda que só foi divulgada posteriormente. Na ocasião, foi divulgado que a reunião teve como assunto questões orçamentárias do Ministério Público Federal.

Os pedidos de abertura de inquéritos para investigar políticos citados na Operação Lava Jato devem chegar ainda nesta semana ao Supremo Tribunal Federal (STF). Os casos serão encaminhados ao ministro Teori Zavascki, relator na Corte das ações relativas ao esquema de corrupção na Petrobrás.
A expectativa é que as peças, elaboradas com base nas delações do doleiro Alberto Youssef e do ex-diretor da estatal Paulo Roberto Costa, sejam enviadas por Janot nos próximos dias.

O procurador-geral deve pedir, na maioria dos casos, que o STF autorize investigações contra parlamentares e autoridades com prerrogativa de foro mencionados pelos delatores. Ele também pode oferecer denúncia diretamente, se achar que já há indícios suficientes de participação de políticos no esquema, ou solicitar o arquivamento do trecho da delação referente a algum nome. (AE)

03 de março de 2015
diário do poder

JANOT PEDE 28 INQUÉRITOS PARA APURAR ENVOLVIMENTO DE 54 POLÍTICOS

Janot entrega 54 nomes, mas faz sete pedidos de arquivamento
                
A representação do Ministério Público Federal foi entregue
ao relator do caso, ministro Teori Zavascki (Foto: Nelson J
São 54 os políticos citados nas investigados da Operação Lava Jato, na documentação entregue às 20h11 desta terça-feira (3) ao Supremo Tribunal Federal pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot.
No total, são 28 pedidos de abertura de inquérito para investigar políticos suspeitos de envolvimento no esquema de corrupção na Petrobras e sete pedidos de arquivamento.

A identidade dos envolvidos somente será oficialmente divulgada caso o ministro Teori Zavascki decida pelo fim do sigilo do processo, também requerido por Janot. Zavascki já havia sinalizado que derrubaria o sigilo tão logo fosse povocado pelo Ministério Público Federal.

Senadores, deputados e ministros de Estado têm foro privilegiado no STF. Por isso, o procurador-geral precisa pedir à Corte autorização para a abertura de inquérito. Governadores são julgados pelo Superior Tribunal de Justiça.

03 de março de 2015
diário do poder

LULA, O NEGATIVADO

O ativista cultural Luiz Inácio precisa procurar um desses bancos que oferecem empréstimos mesmo a pessoas que estejam com crédito proibido pelo não pagamento de dívidas; são os negativados.
Desde a roubalheira do “Mensalão” que Lula, ora reconhece, com vergonha, as falcatruas de seus companheiros, ora as nega com veemência.
Foi assim na entrevista que deu num luxuoso hotel em Paris em que inventou o tal de “Caixa 2” para justificar a grana que comprou votos no Congresso Nacional.

Depois, assustado com a possibilidade de também ser envolvido nas investigações da Polícia Federal e do Ministério Público, na maior desfaçatez, disse desconhecer qualquer ação de agentes públicos na distribuição de dinheiro aos parlamentares.

Naquele tempo, o ex-presidente, com a ajuda de oposição, se safou quase incólume, só com alguns arranhões em seu passado ético e de político respeitado mundialmente.
Agora, depois de sair às ruas para conseguir reeleger a sua criatura, o político democrata regrediu e voltou a ser sindicalista agitador para incitar a violência e o desrespeito às leis e à democracia.

O discurso irascível e irresponsável de Lula contra as manifestações populares que são preparadas contra o governo Dilma para o dia 15 de março indica que os companheiros estarão dispostos a trazer de volta as ações trogloditas contra as privatizações que tornaram o Brasil um país desenvolvido e estável politicamente.

O ex-presidente que já foi reconhecido como o “cara” por Obama, hoje se transformou em consultor de empresas e vive saracoteando por aí fazendo prospecção de novos negócios em países comandados por ditadores prontos para fingir construir obras para o povo com recursos do erário brasileiro; um verdadeiro Carnaval.

Os contratos secretos que garantem os empréstimos são uma vergonha nacional e devem ser vazados por funcionários públicos redatores de suas cláusulas. Se o fizerem, darão uma grande contribuição às investigações do Tribunal de Contas da União, do Ministério Público, da Polícia Federal e à Justiça provocando um novo grande escândalo.

O movimento popular contra o governo Dilma e Lula, não se restringirá às capitais ou grandes cidades. As redes sociais estão atingindo as pequenas comunidades e o povo está se preparando para breves manifestações em bairros, ruas e praças por todo o país.

Os paus de selfie estarão nas mãos dos manifestantes, multiplicando as imagens e convocando mais pessoas a engrossar a repulsa à corrupção e à má governança. Pode ser que as ameaças de Lula consigam inibir muita gente, mas, a grande massa popular, pacífica e democrática, estará unida nas ruas.

Após a manifestação, restará a Dilma rever o seu governo e buscar, na ação política, o caminho para retornar o Brasil ao seu destino de grande nação, e a Lula, moderar os seus arroubos de intolerância e voltar a ser o negociador hábil e democrático que o levou à Presidência da República; se não conseguir, que busque os especialistas em limpar o nome de pessoas em débito, pois está negativado perante os brasileiros.

03 de março de 2015
Paulo Castelo Branco

ALI BABÁ, A CAVERNA E OS 40 LADRÕES

Generalizou-se no mundo ocidental uma distorção da lenda árabe, como se Ali Babá fosse o chefe dos quarenta ladrões. Não foi. Pelo contrário, ele descobriu a senha para entrar na caverna e montou uma armadilha para passar os bandidos pela espada. O que fez com o monumental tesouro ainda hoje gera controvérsias.

Sendo assim, Rodrigo Janot, Procurador Geral da República, deve ser visto como alguém que conseguiu pronunciar o “Abre-te Sésamo” e agora atua para que a justiça seja feita contra os políticos envolvidos no escândalo da Petrobras. Ao Supremo Tribunal Federal caberá o papel de carrasco dos ladrões, não se sabe exatamente se todos os quarenta que serão conhecidos hoje. Sempre poderá haver alguém em condições de ser declarado inocente nos inquéritos por abrir.

Dessa etapa fundamental do chamado “petrolão” salta aos olhos a semelhança entre a caverna, dita do Ali Babá, e a Petrobras. Existem os que pretendem destruir a empresa, sob pretexto da punição ao crime, aproveitando a oportunidade de privatizá-la por haver servido para guardar incontáveis produtos do roubo promovido pelos ladrões.

A manobra desenvolvida pelo choque entre os grandes cartéis internacionais envolve a queda nos preços do petróleo e o esforço da Arábia Saudita para não reduzir a produção. A meta dos sheiks seria prejudicar e se possível interromper a empreitada do xisto betuminoso em que se lançam os Estados Unidos para substituir sua dependência do Oriente Médio. Complicada a equação, capaz de atingir a Rússia e outros produtores de petróleo e gás.

E especialmente o Brasil, pois com o barril a menos de 50 dólares o pré-sal se tornará inviável.
A gente fica pensando se o nosso Ali Babá tem presente todas essas e outras considerações a respeito da importância de preservar a caverna, mesmo punindo os ladrões.

CARTAS EMBARALHADAS

Eduardo Cunha, presidente da Câmara, embaralhou mais uma vez as cartas. Declarou, num culto evangélico, que a maioria dos brasileiros são conservadores e que a sociedade pensa como ele, tornando-se necessário o exercício das tendências da maioria. Não apenas ele é conservador, mas a sociedade.
Que sociedade, cara pálida?
 
PRIMEIRO PASSO: ACABAR COM A REELEIÇÃO

Pronunciando-se sobre a reforma política, o senador João Capiberibe, do PSB do Amapá, sugeriu que o primeiro passo venha a ser a extinção do princípio da reeleição. Trata-se de uma alteração constitucional que a maioria do Congresso apoia. Depois dela, outras virão naturalmente. Pode ser...

03 de março de 2015
 Carlos Chagas

ESTADISTA À BRASILEIRA...

               Senado aprova quarentena para partidos de aluguel.
 
 
Senado acaba de aprovar o PLC 4/2015, que impede a fusão de partidos com menos de cinco anos de criação.
A proposta altera a Lei dos Partidos Políticos (Lei 9.096/1995) também para fixar em 30 dias subsequentes ao registro no novo partido o prazo para que os detentores de mandato filiados a legendas estranhas à fusão possam filiar-se a ele.
A proposta agora segue para sanção presidencial.

03 de março de 2015
in coroneLeaks


 


PT "compra" deputados novatos por R$ 2,7 bilhões para aprovar Orçamento.


(Isto É) Para garantir a aprovação do Orçamento de 2015 na sessão do Congresso na noite desta terça-feira, 3, o governo vai atender à principal reivindicação dos 267 congressistas novatos, assegurando a cada um deles R$ 10 milhões em emendas parlamentares. O valor é R$ 6 milhões a menos que aquele a que os parlamentares antigos têm direito. No total, a Câmara deve gastar R$ 2,7 bilhões com os novatos.

A decisão do governo será anunciada nesta tarde durante reunião do colégio de lideres. "O governo tem esse compromisso, concorda, fez seus levantamentos financeiros e dá para bancar isso para os deputados novatos para não dificultar a aprovação do Orçamento", afirmou o líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE). As emendas parlamentares são uma ferramenta utilizada pelos congressistas para indicar verbas federais a seus redutos eleitorais e um dos principais instrumentos que eles têm nos próximos quatro anos.
 
Com o anúncio, Guimarães acredita que o governo consegue chegar um acordo para que o Orçamento de 2015 seja votado e aprovado nesta noite. "A não-votação do Orçamento põe em risco as obras de infraestrutura hídrica do País", afirmou. "Se tem acordo de mérito sobre o Orçamento, não tem razão para ele ficar dormitando nas gavetas do Congresso", disse o líder.
O Orçamento deste ano deveria ter sido aprovado até o final do ano passado. Como não foi votado pelo Congresso até agora, o governo só poderá gastar, por mês, 1/12 das receitas previstas. Os gastos só são permitidos em áreas emergenciais e em despesas de custeio, como pagamento de salários de funcionários e manutenção da máquina pública.

CRISE POLÍTICA!

           Renan devolve para Dilma a MP do Tarifaço.

 
 
Em discurso duríssimo, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) acaba de devolver à Presidência a medida provisória que revê desonerações de folha de pagamento para vários setores da economia, anunciada na semana passada pelo ministro Joaquim Levy (Fazenda) como uma das medidas de ajuste da economia para atingir o superávit de 1,2% do PIB prometido pelo governo.
 
A MP 669/15 foi editada na última quinta-feira. A medida altera alíquota de 1% de contribuição previdenciária sobre a receita bruta, aplicada principalmente para setores da indústria, para 2,5%. Já a alíquota para empresas de serviços, como do setor hoteleiro ou de tecnologia da informação (TI), subirá de 2% para 4,5%. As novas regras valem a partir de junho, por causa da noventena, período de 90 dias para vigência a partir da publicação.
 
Para recusar a MP, Renan alegou que ela não cumpre um dos requisitos constitucionais, o da urgência, e que poderia tramitar por projeto de lei. Continua discursando de forma dura na Mesa do Senado.
 
03 de março de 2015
in coroneLeaks

JUSTIÇA MANDA DEPORTAR ASSASSINO BATTISTI


 
 
(Folha) A juíza da 20ª Vara Federal de Brasília Adverci Rates atendeu a um pedido do Ministério Público e determinou, no último dia 26, a deportação do terrorista Cesare Battisti. Integrante do grupo PAC (Proletários Armados pelo Comunismo) nos anos 1970, Battisti foi condenado à prisão perpétua pela Itália sob acusação de ter cometido quatro assassinatos. Ele conseguiu fugir da Itália, morou alguns anos na França, passou pelo México e, em 2004, veio para o Brasil. 
 
Battisti chegou a ser preso em 2007 para fins de extradição. O STF (Supremo Tribunal Federal), em 2009, autorizou o envio de Battisti para a Itália. Deu, no entanto, a última palavra sobre o caso para o presidente da República. Em 2010, no último dia de seu governo, Luiz Inácio Lula da Silva negou a extradição. Com o ato presidencial, Battisti pôde ficar no Brasil e obteve do Conselho Nacional de Imigração um documento que autorizava sua permanência no país. 
 
No pedido enviado à Justiça, o Ministério Público não solicitou a extradição –já negada pelo presidente –mas uma deportação, alegando que pessoas condenadas por crimes dolosos no exterior não podem obter o direito de permanecer no Brasil. De acordo com a juíza, por se tratar de uma deportação, Battisti não seria enviado de volta para a Itália, onde teria de cumprir pena, mas sim ao México ou França, países pelos quais passou antes de fugir para o Brasil. 
 
"No presente caso, trata-se, na verdade, de estrangeiro em situação irregular no Brasil, e que por ser criminoso condenado em seu país de origem por crime doloso, não tem o direito de aqui permanecer, e portanto, não faz jus à obtenção nem de visto nem de permanência", disse em sua decisão. Como ainda cabem recursos contra o entendimento de Adverci, o italiano Battisti não será deportado até que o processo na Justiça chegue ao fim.
 
03 de março de 2015
in coroneLeaks

ENGROSSANDO O CORO

PPS convoca militância em todo o País para participar das manifestações do dia 15 de Março

roberto_freire_09A Executiva Nacional do PPS decidiu nesta terça-feira (3) que o partido participará, incentivará e ajudará a mobilizar a sociedade para as manifestações contra o governo Dilma marcadas para o próximo dia 15 de março.

Em nota pública (leia íntegra abaixo), o partido convoca militância a ir às ruas para mostrar que ainda é possível tirar o Brasil da grave crise econômico-institucional, resultado da incompetência de um governo paralisado e corrupto.

O presidente nacional do PPS, Roberto Freire, disse que, neste momento, o partido não irá às ruas defender o impeachment da presidente Dilma Rousseff, mas não pode de deixar de participar de uma mobilização que protestará contra a corrupção na Petrobras, o ajuste fiscal do governo, o pacote do anunciado pelo Palácio Planalto e que retira direitos dos trabalhadores, enfim, contra o estelionato patrocinado pelo PT nas últimas eleições.
Ou seja, o PPS engrossará o coro contra o não cumprimento das promessas de campanha da então candidata Dilma Rousseff.

“Não acredito que, no momento, alguma força política vá assumir o processo de impeachment, não ocorreu isso no período de Collor. Isto pode se impor e temos que ter entendimento de que isso, se avançar, é melhor do que a volta do debate da intervenção militar, uma proposta que repudiamos.
Até porque isto (crise política) se apresenta como cenário e principalmente porque este governo demonstra falta de capacidade de sair do isolamento. A oposição não é apenas a oposição das ruas, vai ter que ter articulação política no Congresso”, avaliou Freire.
Confira abaixo a íntegra da nota divulgada pelo PPS
“Vamos às ruas no dia 15 de Março!!!

O Partido Popular Socialista, por sua Comissão Executiva Nacional, reunida hoje, em Brasília, decidiu unanimemente apoiar a iniciativa popular de ir para as ruas no próximo dia 15 de março e convocar sua militância, seus aliados e amigos para que mostremos aos brasileiros ainda alheios ou descrentes que muito se pode fazer para tirar o Brasil da maior crise em que foi colocado.

Os brasileiros que, além de sofrerem com aumentos quase diários de custo de vida, com a ameaça de desemprego, insegurança e de sentirem-se enganados pelo PT e seu governo com falsas promessas de campanha e corrupção na Petrobras, empresa símbolo do progresso nacional, como nunca ocorrera em nossa história, estão se organizando para irem às ruas protestar.

Esta imensa e crescente insatisfação de homens e mulheres, cujos primeiros sinais surgiram nos movimentos de junho de 2013, tem provocado a eclosão de greves de metalúrgicos, de professores, de médicos e pessoal da área de saúde, manifestações de petroleiros e mais recentemente de caminhoneiros autônomos que o governo não tem conseguido conter.
Esse descontentamento já havia sido registrado em pesquisas de opinião, nas quais ficou patente que o governo e a presidente já não contam mais com o apoio e a confiança da maioria da população.

Nas ruas e nas redes sociais, há várias palavras de ordem que são propagadas com intensidade, arregimentando crescente número de pessoas que apoiam essa iniciativa. O PPS considera que são legítimas todas aquelas que defendam uma saída para a crise dentro da ordem constitucional e democrática!
Por isso e por muito mais, vamos às ruas no dia 15 defender o Brasil e a Democracia!!!

Brasília, 3 de março de 2015
Roberto Freire
Presidente Nacional do PPS”

MENSAGEM CIFRADA

Senado decide devolver ao Planalto a MP que aumenta imposto sobre folha e manda recado a Dilma

dilma_rousseff_477A presidente reeleita Dilma Rousseff pode ter errado enormemente caso tenha pensado que sua vida no Congresso Nacional seria fácil no segundo mandato.
Na tarde desta terça-feira (3), o presidente do Senado Federal, Renan Calheiros (PMDB-AL), que já marcou posição em relação ao Palácio do Planalto, decidiu devolver ao Executivo a Medida Provisória redigida de afogadilho para fixar as novas alíquotas de tributos incidentes no projeto de desoneração da folha de pagamento.

Conforme matéria publicada anteriormente pelo UCHO.INFO, a desoneração da folha de pagamento não causou os efeitos esperados, sendo recentemente rotulada como “brincadeira” pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy.

Com o objetivo de arrecadar mais impostos e tentar recolocar a desastrada economia brasileira nos trilhos, o governo decidiu majorar em até 150% a contribuição previdenciária que incide sobre o faturamento bruto das empresas. Ou seja, os palacianos resolveram mudar as regras da noite para o dia e durante o jogo.

Antes de consumar a devolução, Renan Calheiros disse que o Congresso deveria ter sido ouvido antecipadamente a respeito da matéria, não sem antes afirmar que a Medida Provisória em questão é inconstitucional. Ou seja, o PMDB, que em tese integra a base de apoio ao governo no Parlamento, impôs mais uma derrota ao governo petista de Dilma Rousseff, que por sua vez cobrará a fatura do vice Michel Temer.

“Não dá, na democracia, para continuar usurpando o papel do Legislativo. Como presidente do Congresso, cabe a mim zelar pelo papel constitucional do Legislativo”, disse o presidente do Senado.

Calheiros recebeu o apoio de diversos senadores da oposição, como o do líder do Democratas na Casa, Ronaldo Caiado (GO), que defendeu a devolução pelo Congresso da MP que trata sobre o aumento do imposto sobre a folha de pagamentos das empresas que aderiram ao programa do governo. A ação foi anunciada por Renan Calheiros durante reunião de líderes.

“O Congresso Nacional volta a restabelecer suas prerrogativas. É inaceitável que o governo possa aumentar carga tributária utilizando única e exclusivamente de uma MP sem que se faça a discussão no Congresso. Demos um sonoro recado à presidente”, declarou Caiado ao final da reunião.

Para o senador, a medida do governo teria como consequência um impacto negativo na economia formal do país que já vem sofrendo com reajustes tarifários durante os últimos meses.

“Estava mais do que claro que o peso na folha teria duas consequências diretas neste momento: aumento do desemprego e da informalidade. O reajuste nas alíquotas cobradas sobre faturamento de empresas chegava a 150%, um crime que, como todo tributo ao setor produtivo, seria repassado para toda a economia”, defendeu.

03 de março de 2015
ucho.info

PORTÃO DE EMBARQUE

Deportação de Cesare Battisti pode ajudar na extradição do mensaleiro Pizzolato, afirma deputada

cesare_battisti_13A deputada ítalo-brasileira Renata Bueno afirmou, nesta terça-feira (3), que a determinação da Justiça Federal de deportar o ex-ativista italiano Cesare Battisti pode influenciar positivamente na decisão política do governo da Itália de extraditar Henrique Pizzolato, condenado à prisão na Ação Penal 470 (Mensalão do PT).

Para Renata Bueno, a decisão da Justiça brasileira surpreendeu, embora a ação civil do Ministério Público venha tramitando há muito tempo, “questionando a regularidade da permanência de Battisti no Brasil”.

“Estamos quase em um momento de definição da extradição de Henrique Pizzolato da Itália e a deportação de Battisti pode ajudar o Brasil”, disse a deputada.

O caso Battisti não pesou na fase técnica do processo de Pizzolato, mas pode interferir na etapa atual, que é eminentemente política. A Corte de Bologna negou a extradição do mensaleiro, mas a Corte Constitucional italiana determinou que o processo fosse realizado imediatamente. Tudo depende, agora, da decisão do Ministério da Justiça da Itália.

“Eu me encontrei com o ministro da Justiça, Andrea Orlando, logo após a decisão da Corte Constitucional e pedi a ele que olhasse com muita atenção o caso de Pizzolato justamente porque tinha essa situação de Cesare Battisti que eu não gostaria que um caso influenciasse no outro”, lembrou a deputada.
Caso do terrorista
Renata Bueno lembrou que a extradição de Battisti foi negada há mais de cinco anos pelo então presidente Luiz Inácio da Silva. O italiano então solicitou visto de permanência no Brasil, concedido pelo Conselho de Imigração do Ministério das Relações Exteriores.

“Mas houve uma falha porque existe uma regra que diz que qualquer pessoa com condenação por crime doloso em seu país de origem não tem direito a visto ou qualquer autorização de permanência no Brasil”, disse a parlamentar ítalo-brasileira.

Para Renata Bueno, o presidente Lula “cometeu um grande erro” ao negar a extradição de Battisti já que o Supremo Tribunal Federal já tinha se pronunciado favoravelmente à medida solicitada pelo governo italiano.

A deputada lembra que ainda cabem recursos da decisão da justiça brasileira e que há um trâmite a ser cumprido, “mas é um bom caminho para levantarmos novamente essa questão que, sem dúvida, envergonhou o povo brasileiro”.
Mágoa
Renata Bueno conta que o povo italiano “carrega uma mágoa muito grande do Brasil, por não termos extraditado Battisti; principalmente as famílias das vítimas, porque ele assassinou quatro pessoas na Itália e foi condenado por isso”.
Segundo a deputada, as famílias sofrem até hoje e criaram até uma associação. “Elas relembram sempre os crimes, já que ele é considerado terrorista”.

03 de março de 2015
ucho.info

O HUMOR DO DUKE

Charge O Tempo 02/03



03 de março de 2015

RUMO À VENEZUELA

A Venezuela está mergulhada no caos econômico e político depois dos sucessivos desgovernos de Hugo Chávez e do seu genérico, Nicolás Maduro.
E quando a economia vai mal não há governo que resista, sendo inúteis a propaganda enganosa e a lábia populista que visa iludir o povo.
 
Maduro, vendo o chão correr age como todo déspota apelando para a força bruta, as prisões arbitrárias, a tortura, a constante intimidação dos adversários, a perseguição à mídia e, recentemente, a autorizou o uso de armas letais contra manifestantes desarmados.
 
Existe também o surrado recurso á teoria conspiratória, que se conjuga à vitimização forjada em documentações e gravações falsas. Desse modo, o falsário Maduro se apresenta como vítima de uma conspiração que objetiva um golpe de Estado. Em última instância, seu assassinato. Para tornar a pantomina mais real manda prender o prefeito metropolitano de Caracas, Antonio Ledzma, que acusa de envolvimento nos protestos antigoverno de 2014. E como não podia faltar o tiranete da Venezuela põe a culpa de tudo nos Estados Unidos. Só faltou culpar Fernando Henrique Cardoso.
 
Recentemente a escalada de violência ceifou a vida de um jovem de 14 anos, morto com um tiro na cabeça quando participava de um protesto contra Maduro.
Inventou-se, então, uma historinha segundo a qual manifestantes encapuzados tentaram rouba as motos de quatro oficias que dispararam e depois viram cair um corpo. De quem? Justamente do jovem “conspirador”.
 
 No seu relatório anual sobre o estado das liberdades no mundo, divulgado em 24 de fevereiro deste ano, a ONG Anistia Internacional, tão cara aos petistas, denunciou tortura e maus-tratos contra manifestantes e cidadãos venezuelanos. Indicou que pelo menos 43 pessoas morreram nos protestos de 2014 e 870 ficaram feridas.

Houve violação dos Direitos Humanos e confrontos violentos entre manifestantes e forças de segurança, que contaram com apoio de grupos armados favoráveis ao governo. Ao menos 23 pessoas foram submetidas a torturas, espancamentos, ameaças de morte e violência sexual depois de serem presas pela Guarda Nacional e pelo Exército do Estado de Táchira.
 
A Anistia Internacional afirma ainda em seu relatório que 150 pessoas morreram nas prisões venezuelanas no primeiro semestre do ano passado. Também o Observatório Venezuelano de Prisões denunciou que entre 1999 e 2014, 6.472 presos morreram nas masmorras do país.
 
O que diz sobre isso o PT que se arvora em defensor de direitos humanos? Segundo nota afirma seu repúdio contra “quaisquer planos de golpe contra o governo de Nicolás Maduro.” “O Partido dos Trabalhadores tem acompanhado com atenção a situação politica venezuelana e expressa sua preocupação sobre fatos recentes que atentam contra a vontade popular”.  “O povo venezuelano deixou clara a opção pelo aprofundamento das políticas sociais iniciadas no governo Hugo Chávez”. Assina a nota de apoio incondicional a Maduro, Rui Falcão, presidente nacional do PT.
 
No evento em defesa da Petrobras (24/02/2015), na sede da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), no Rio de Janeiro, promovida pela Central Única dos Trabalhadores (CUT) e pela Federação Única dos Petroleiros (FUP), esteve presente Lula da Silva.
Foi defender a Petrobras que demoliu, a democracia que despreza, os direitos humanos à lá Chávez. Num momento de arroubo vociferou: “Em vez de ficarmos chorando, vamos defender o que é nosso”. “Também sabemos brigar”. “Sobretudo quando o Stédile (chefe do MST) colocar o exército dele nas ruas”.
 
Portanto, o presidente de fato, temendo perder seu projeto de poder transformou-se em agitador confundindo o Brasil com porta de fábrica. No ataque raivoso atentou contra o Estado Democrático de Direito, investiu contra a Constituição.
 
Reza a Constituição, Art. 5º - XVII – “é plena a liberdade de associação para fins lícitos, vedada a de caráter paramilitar”. E no parágrafo XLIV, lê-se: “constitui crime inafiançável e imprescritível a ação de grupos armados, civis ou militares, contra a ordem constitucional e o Estado democrático”.
 
O MST, com suas camisas e bandeira vermelhas, seus facões e enxadas a guisa de instrumentos de trabalho, sempre marchou unido como um grupo paramilitar. Seu histórico é de invasão de terras produtivas, destruição de gado, impedimento de funcionários das fazendas de ir e vir, ateamento de fogo às sedes, ameaça aos proprietários. Recorde-se que no ano passado Maduro enviou um de seus ministros ao Brasil para dar treinamento militar ao MST.
 
Em nota o Clube militar afirmou que só existe um Exército, o Exército brasileiro, o Exército de      Caxias. As demais instituições se calaram. Vale ainda lembrar, que enquanto o MST é recebido por autoridades, incluindo a presidente da República, o governo baixou seus punhos de aço contra os caminhoneiros por conta de uma greve que é justa. Estaremos indo rumo à Venezuela?

03 de março de 2015
Maria Lucia Victor Barbosa

QUANDO O HUMOR DESENHA A REALIDADE;;;

                               AS "EMPREITEIRAS" DO PT (OU AS "EMPREITADAS?)
 
 
 
 
 
03 de março de 2015

MINISTRO DA FAZENDA, JOAQUIM LEVY JÁ VAI PULAR DO BARCO?!

        



Ao formar seu governo em 1979, o general João Figueiredo, último presidente da ditadura militar, ficou sem saber exatamente o que fazer com a economia e deu uma no cravo e outra na ferradura. Manteve Mário Henrique Simonsen à frente da política econômica, como ministro do Planejamento, mas nomeou Antonio Delfim Netto para o Ministério da Agricultura. Simonsen, que havia chefiado a Fazenda no governo Geisel, foi encarregado de contornar os efeitos da segunda crise do petróleo. Optou por um tratamento de choque, com corte dos gastos públicos e superávit primário de 1% do PIB, ao preço de desaquecimento da indústria e do risco de recessão.

Nos bastidores, Delfim atirava no colega e criticava as medidas de austeridade. Garantia que, apesar de tudo, era possível adotar uma política que garantisse o crescimento.
As pressões aumentaram até que Simonsen pediu o boné com apenas cinco meses no cargo.
E Delfim assumiu o Planejamento sob aplausos dos empresários.

Para conhecer melhor esta história, vale a pena ler estudo do professor José Pedro Macarini, da Unicamp, sobre o período Figueiredo. O que mais impressiona é, sem dúvida, a semelhança entre o isolamento de Mário Simonsen e o rápido desgaste que enfrenta hoje o ministro da Fazenda, Joaquim Levy.

PEIXE FORA D’ÁGUA

A exemplo de Simonsen, Levy parece um peixe fora d’água no governo Dilma. Se ele representa a ultra-conservadora Universidade de Chicago, os demais membros da equipe econômica aproximam-se, sem dúvida, do pensamento desenvolvimentista (ao qual a presidenta Dilma também se filia).

A ortodoxia de Levy nada tem a ver com com a visão heterodoxa do ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, do presidente do BNDES, Luciano Coutinho, e da presidente da Caixa Econômica, Miriam Belchior. Mais importante: não se afina com a formação keynesiana da economista Dilma Rousseff, avessa ao liberalismo de Milton Friedman, Prêmio Nobel e guru do Chicago.

Substituto de Guido Mantega, Levy foi incumbido de pôr a casa em ordem, pois, como diz a presidenta, “quando a realidade muda, a gente muda”. Agiu rápido e baixou um pacote de ajuste fiscal, que minou as expectativas e faz de 2015 um ano perdido.
Mas não encontrou sustentação sequer entre os parlamentares do PT, partido do governo. As medidas que mudam as regras da pensão de viúvas e do seguro-desemprego dificilmente passarão no Congresso.

ERROS DA PRÓPRIA DILMA

Ao defender a freada de arrumação na economia, Levy ataca sem piedade erros da política econômica do primeiro mandato de Dilma. Após afirmar que houve uma “escorregadinha” no controle das contas públicas, foi ainda mais longe e disse que a desoneração da folha de pagamento de empresas foi “um negócio muito grosseiro”.
Segundo ele, “essa brincadeira nos custa R$ 25 bilhões por ano” e não protege, nem cria empregos.

Desta vez, Dilma reagiu: “A desoneração foi importantíssima e continua sendo. Se não fosse importante, tínhamos eliminado. Acho que o ministro foi infeliz no uso do adjetivo”. Levy levou o pito e ficou calado.

Comentou com assessores que exagerou no “coloquialismo”.
Ele já se corrigiu de outras vezes, mas começa a dar a impressão de que se prepara para pular do barco em poucos meses. Ao deixar o governo de João Figueiredo, Simonsen não deu grande importância: “O cargo de ministro é apenas mais uma linha no meu curriculum”. Joaquim Levy já tem esta linha no seu Curriculum.

(artigo enviado por Guilherme Almeida)

03 de março de 2015
Octávio Costa
O Dia (Rio)

PEDIDOS DE INQUÉRITO DA LAVAJATO ENFIM CHEGAM AO SUPREMO




Os pedidos de investigação sobre políticos citados na Operação Lava Jato estão sendo enviados pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, ao STF (Supremo Tribunal Federal) nesta terça-feira (3). A expectativa na corte é que as peças cheguem ao final do dia. A partir da entrega, o relator dos processos no Supremo, ministro Teori Zavascki, passará a analisar cada um dos pedidos.

Conforme a reportagem apurou, Janot irá pedir que Zavascki levante o sigilo das investigações – o que deve ser aceito pelo ministro. A decisão do magistrado, no entanto, não tem prazo para acontecer. Além disso, como o ministro irá avaliar cada um dos cerca de 40 pedidos de investigação e só divulgará sua decisão ao final desta análise, a revelação dos nomes e possíveis crimes cometidos por políticos acontecerá mais para o final da semana ou somente na semana que vem.

Caso as expectativas se confirmem e Zavascki levante o sigilo dos inquéritos, será possível acompanhar os processos através do site do STF. As justificativas para os pedidos de investigação também poderão ser acessadas. O sigilo só deve ser mantido em casos de diligências que possam ser frustradas caso sejam reveladas – como no caso de um eventual pedido de grampo telefônico, por exemplo.

MENOS ASSÉDIO

Com a entrega do material, Janot espera que o assédio que vem sofrendo de políticos seja dividido com Zavascki e o STF. Conforme a Folha de S.Paulo revelou, deputados e senadores o tem procurado com a justificativa de discutir projetos que tramitam no Congresso ou simplesmente agendar visitas de cortesia.

Como boa parte dos políticos que têm feito tais pedidos estão na lista de investigados, procuradores que atuam no caso acreditam que eles tentam, na verdade, confirmar se serão ou não alvo de inquéritos no STF. Apesar dos pedidos, Janot não tem recebido esses políticos.

Quando Zavascki derrubar o sigilo dos pedidos de investigação, Janot e procuradores que fazem parte do grupo de trabalho da Lava Jato devem promover uma entrevista coletiva para debater as ações e explicar os rumos das investigações.

TRANSPARÊNCIA

De acordo com pessoas próximas aos procuradores, Janot gostaria até mesmo que todo o conteúdo das delações tivessem seus sigilos levantados por Zavascki, o que não deve acontecer num primeiro momento. A avaliação é que, como todas as situações citadas nas delações foram enfrentadas pelos procuradores, seja para pedir aberturas de investigações seja para pedir o arquivamento, a abertura dos depoimentos encerraria especulações sobre o trabalho de Janot.
Nos últimos dias ele têm se queixado de reportagens que insinuam que ele poderia estar protegendo alguma autoridade citada nas delações.

03 de março de 2015
Deu em O Tempo

SE A ODEBRECHT CAIR, LULA VAI JUNTO...

SEGUINDO O RASTRO DO PETROLÃO JORNALISTAS DESCOBREM QUE SE A EMPREITEIRA ODEBRECHT CAIR, LULA TAMBÉM CAIRÁ.


Lula inaugurando obra com os Odebrecht. Na extrema direita, o atual manda chuva da empresa, Marcelo Odebrecht que em passado recente escreveu artigo na Folha de S. Paulo defendendo as viagens de Lula ao exterior para facilitar contatos de empreiteiros.
O que segue está no site O Antagonista, escrito e dirigido por Diogo Mainardi (Manhattan Conection e ex-Veja) e Mario Sabino, ex-Chefe de Redação de Veja. No âmbito da grande mídia nacional são dois profissionais muito bem informados. 
 
Enquanto os jornalões e grandes redes de TV fingem que estão revelando tudo o que acontece nos bastidores do petrolão, a mega roubalheira na Petrobras, O Antagonista foi atrás a partir de informações fragmentadas e que, a rigor, constituem apenas tiros n’água. O jornalismo de verdade exige o árduo trabalho investigativo e fontes altamente qualificadas. 
Vejam o que descobriram:
 
César Mata Pires, fundador da OAS, é um homem desesperado. A sua empreiteira está afundando depois de deflagração da Operação Lava Jato. Desesperado e amargurado com a Odebrecht, com quem mantinha, digamos, acordos bastante lucrativos. Ele foi aconselhado a ameaçar Lula, como contaremos a seguir.
 
No dia 20 de fevereiro, reproduzimos aqui que César Mata Pires procurou Marcelo Odebrecht, diretor-presidente da dita-cuja, para saber como era possível que a empreiteira comandada pelo menino não tivesse ninguém preso.

Na mesma conversa, ele disse que não estava preocupado em salvar a própria pele, mas que não deixaria os seus herdeiros pagarem por "erros cometidos em equipe" -- menção a lambanças cometidas pela OAS com a cumplicidade da Odebrecht, que até agora vem se safando. A informação foi tirada de uma reportagem publicada pelo Estadão, cujo tema principal eram os encontros de Lula e Paulo Okamotto com empreiteiros à beira de um ataque de nervos. Ao jornal, a Odebrecht negou o encontro e a OAS saiu-se com uma evasiva.
 
O Antagonista resolveu apurar os desdobramentos dessa história e descobriu que César Mata Pires procurou também Emílio Odebrecht, pai de Marcelo e presidente do Conselho de Administração da empresa. O encontro foi na ilha de Kieppe, na baía de Camamu, no sul da Bahia, de propriedade dos Odebrecht.

O dono da OAS formulou a mesma pergunta a Emílio: como era possível que a empreiteira dele não tivesse ninguém preso, ao passo que a sua estava com toda a diretoria em cana. E acrescentou: o que eu posso fazer para salvar a OAS?
A resposta de Emilio Odebrecht foi: "Procure Lula".
 
Emílio contou-lhe então que, temendo pela prisão de Marcelo, foi direto ao ponto com o petista. Emílio Odebrecht disse a Lula o seguinte: "Se for preso, o Marcelo não aguentará a pressão: ele vai abrir a boca e contará tudo o que sabe sobre as suas relações com a Odebrecht."
 
O Antagonista revelou que Lula interferiu para que Renato Duque fosse solto, depois de ser ameaçado pela mulher do ex-diretor da Petrobras, operador do PT na estatal. Não se sabe se Lula moveu um dos seus tentáculos para manter, até o momento, graúdos da Odebrecht fora da prisão. Não se está insinuando, aqui, nada contra a Justiça. O empenho dos procuradores da Lava Jato em incriminar a empreiteira é grande, assim como o do juiz Sergio Moro. A nossa impressão é de que a Odebrecht será pega no momento certo pelos bravos paranaenses.
 
O único fato da nossa apuração -- e fato assombroso, por mais que conheçamos as relações promíscuas entre a Odebrecht e Lula -- é que Emilio Odebrecht ameaçou Lula e recomendou a César Mata Pires que fizesse o mesmo com o petista se quisesse salvar a sua empresa.
 
A única certeza da nossa apuração é que, se a Odebrecht cair, Lula também cairá. Do site O Antagonista

MINHA CONCLUSÃO: Mais vale dois Antagonistas na mão do que uma penca de jornalistas da grande mídia brasileira.

03 de março de 2015
in aluizio amorim

O BUZINAÇO DOS CAMINHONEIROS CHEGANDO EM BRASÍLIA

CAMINHONEIROS COMEÇAM A CHEGAR EM BRASÍLIA E PROMETEM BUZINAÇO NESTA TERÇA-FEIRA
 
Pelo menos quatro caminhões já estavam estacionados ao lado do Estádio Nacional Mané Garrincha, no fim da noite desta segunda-feira (2/3). Os motoristas, que vieram por conta própria de Guarujá do Sul, em Santa Catarina, e de Ijuí, no Rio Grande do Sul, pretendem se juntar aos demais veículos vindos de SC, que prometem chegar à capital federal ainda nesta terça-feira (3/3). 
 
Os quatro carros foram os primeiros a entrar em Brasília. Eles se estabeleceram ao lado do estádio, mas não foi montado acampamento. Segundo Jocelito Aguiar, que trouxe o veículo de Ijuí, o grupo deve ficar no local até ter as reivindicações atendidas. 
 
Mais de 50 carretas se aglomeram na BR-040, na altura do Jardim Ingá, no entorno do Distrito Federal, aguardando a determinação do comando para entrar na cidade. Parlamentares que apoiam o movimento, contudo, negociaram com as autoridades do GDF a permissão para que os manifestantes se concentrem nesta terça-feira (3/3), no estacionamento do Estádio Mané Garrincha.
 
Hoje, enquanto se reuníram na BR-040, os motoristas não obstruíram a estrada para não receber as pesadas multas com as quais o governo ameaçou quem promovesse bloqueios.

Reivindicações
Entre os pedidos da categoria, estão a fixação do frete por quilômetro rodado, carência de seis meses a um ano para os financiamento de veículos de carga, aposentadoria integral aos motoristas profissionais com 25 anos de contribuição, a redução do preço dos combustíveis e reajuste conforme o preço do barril do petróleo no mercado internacional.

Do Correio Braziliense

03 de março de 2015
in aluizio amorim

LOBÃO, O RETORNO: O POVO NA RUA EM 15 DE MARÇO TEM TUDO PARA MUDAR O BRASIL

IMPEACHMENT ESTÁ PRONTO E FALTA APENAS O EMPURRÃO FINAL.

Neste video o cantor, compositor e escritor Lobão é entrevistado por Diogo Mainardi sobre a manifestação anti-PT marcada para o próximo dia 15 deste mês de março.
É que Lobão que no passado chegou a subir nos palanques do PT, há muito tempo passou a fazer oposição ao governo do PT não apenas pelas redes sociais mas ao vivo e em cores. Tanto é que lá estava Lobão no Congresso Nacional quando Renan Calheiro mandou a polícia retirar cidadãos que estavam nas galerias do plenário durante a rumorosa votação do orçamento.

E há um bom tempo que Lobão também vem realizando hangouts por meio do Youtube e debatendo com ativistas políticos, intelectuais e diversas personalidades que cerram fileiras contra o governo do PT. A bem da verdade Lobão, com sua popularidade e prestígio como artista pioneiro do rock no Brasil, foi importante para romper a inércia política dos brasileiros.

Alguns leitores aqui no blog dia desses indagavam onde estaria Lobão. Neste bate-papo com Diogo Mainardi, o Lobão mostra que continua em campo e revela, inclusive, que esteve novamente no Congresso Nacional conversando com diversos parlamentares e ficou sabendo que o impeachment já estaria prontinho para chegar aos finalmente.
Segundo Lobão, falta apenas o empurrão final do povo brasileiro. Por isso, argumenta, que os brasileiros têm de ir às ruas neste 15 de março. Isto será fundamental e mudará a história do Brasil.

Ao mesmo tempo, Lobão enfatiza que não pertence a nenhum movimento específico, a nenhum partido e/ ou organização política. Ninguém, segundo Lobão e Diogo Mainardi têm direitos exclusivos sobre as ruas que são do povo.

Ao mesmo tempo Lobão promete reeditar novos hangouts debatendo a crise política gerada pelo governo do PT, principalmente depois que explodiu a roubalheira da Petrobras e se configurou de forma clara o estelionato eleitoral da Dilma.
 
03 de março de 2015
in aluizio amorim

A FALTA QUE UM DEDO FAZ...

Lula diz que PT não tem como se explicar aos jovens

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O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva cobrou do PT e do governo uma mudança no discurso e uma atenção especial a São Paulo e ao Nordeste. Lula afirmou, durante jantar com senadores do PT, na semana passada, que o partido, hoje, não tem o que dizer aos eleitores que estarão com 18 anos em 2018 e votarão pela primeira vez para presidente. “Essa geração está nas redes sociais vendo o massacre que estamos sofrendo, acuados por acusações de corrupção”, reclamou Lula, segundo um interlocutor.

Com base em dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em três anos, 3,46 milhões de brasileiros terão entre 18 e 19 anos e estarão aptos a votar pela primeira vez. Se forem levados em conta os jovens com 16 e 17 anos — quando o sufrágio é facultativo —, o número crescerá para 6,95 milhões de eleitores. Em 2014, Dilma venceu o tucano Aécio Neves por uma diferença de 3,4 milhões de votos.

Segundo Lula, esses eleitores não têm a memória dos oito anos em que ele governou o país, já que tinham, em 2010, entre 8 e 11 anos.
“O que eles veem? Mensalão, petrolão, petistas presos, a oposição querendo dizer que nós roubamos mais do que eles”, disse o cacique petista, lembrando que não adianta sequer se amparar nos programas sociais lançados até agora. “Não podemos falar que tiramos eles da miséria e eles não passam mais fome porque esses jovens cresceram sem passar fome e sem estar na miséria.”

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NOTA DA REDAÇÃOLula diz que nos últimos anos se tornou um leitor compulsivo de livros, especialmente biografias de grandes estadistas. Se isso é verdade, ele já deve ter aprendido que nenhum político até hoje conseguiu explicar o inexplicável.
Por exemplo: a corrupção sempre houve, isso é um fato, não requer explicação.
Mas o que aconteceu nos últimos governos é que o PT institucionalizou a corrupção, cobrando percentual fixo, algo que nunca antes se viu, na história deste país. Também é um fato, jamais poderá ser “explicado” em nenhuma biografia de estadista. (C.N.)

03 de março de 2015
Deu no Correio Braziliense

OS CENÁRIOS QUE PODEM ACONTECER



Qualquer que seja a situação os Estados Maiores de todos os  Exércitos iniciam por levantar os cenários possíveis. Quando há uma força inimiga em frente, os cenários iniciam pelo que o inimigo pode fazer: atacar, defender, retrair, reforçar... e os sub cenários – onde ,como, quando, com que valor, para que...  

Os cenários políticos não seriam obrigações dos Exércitos, mas eles não tem como deixar de levantá-los, ao menos para saber o que podem esperar. O resumo de levantamento destas linhas, traçadas sumariamente é apenas para conhecimento geral do que certamente está sendo estudado no Estado Maior do Exército, com muito, muito maior profundidade.

Vamos partir da situação geral: A economia está em dificuldades, o descontentamento aumenta, o Judiciário perde a pouca confiabilidade que tinha,o Legislativo se afunda entre mordomias exageradas sem mostrar serviço algum. A população despertou no horror à corrupção existente com a fúria até então reprimida e tende a não mais aceitar contemporizações. Em todas as camadas da sociedade é manifesto o desejo de mudança. As paixões políticas antes limitadas aos comunistas fanáticos se acendem também em outros setores.

A insegurança pública atinge a níveis alarmantes e é notória a insensibilidade em todos os níveis de governo, a iniciar pelos legisladores que tentam acovardar a população, apesar de ligeira melhoria nos equipamentos bélicos, a sensação de debilidade militar angustia as Forças Armadas e a todos que pensam no assunto.

Há crença geral que alguma mudança seja necessária e esteja para acontecer. Em cada cenário espera-se uma determinada atitude das Forças Armadas, as principais guardiãs da nacionalidade.

Cenário nº 1-   O Impeachment

Interessados: O PMDB (presumivelmente o principal beneficiário), a oligarquia financeira internacional (usando o PSDB) e os comunistas partidários do quanto pior, melhor.

O impeachment interessa ao PMDB, mas só depois da metade do mandato para que o vice presidente assuma legalmente. Do contrário haveria nova eleição e o provável beneficiário seria o PSDB, considerando que o Congresso é dominado pelo PMDB, é provável que o citado partido impeça o impeachment até lá. Entretanto, caso a sucessão de escândalos eleve a rejeição ao Governo a mais de 85% a pressão popular forçará o Congresso a levar adiante um processo de impeachment antes do prazo desejado pelo PMDB.

Em qualquer desses sub-cenários as Forças Armadas tendem a se manter apenas observando, apesar dos insistentes pedidos que receberá para intervir, prosseguirá apagando “incêndios” por ordem do Governo, sem aceitar, a não ser em casos extremos, o pedido de intervenção feito por algum dos Poderes, como permite a Constituição. Pode acontecer que, indignadas por alguma atitude governamental que as humilhe ou que seja considerada de lesa-pátria as Forças Armadas façam algumas exigências que, naturalmente, serão atendidas imediatamente não só por serem necessárias mas principalmente para evitar uma reação maior.

Cenário 2 – A estrutura Governamental conseguir se manter.

Interessados: O PT e aliados próximos, pessoas em cargos governamentais, os acomodados que temem mudanças (a grande maioria) e os que desejam evitar um tipo de mudança que pareça provável.

Com algumas medidas corretas que corrijam ou atenuem os motivos do descontentamento popular, com o possível entusiasmo despertado pelas olimpíadas, com a desmoralização dos demais poderes da República, pela inépcia dos postulantes ao cargo máximo e quem sabe em função de algum desafio internacional o Governo, mesmo claudicando pode chegar até o final, espera-se, sem ceder as pressões estrangeiras, para a desnacionalização da Petrobrás ou para a secessão de terras indígenas, o que poderia ser motivo para uma intervenção militar.

Cenário 3 – Convulsão social-popular

Interessados: Oligarquia internacional, elementos radicais de diversos matizes, pessoas e grupos indignados, injustiçados ou espoliados e os que detestam tanto o governo que preferem qualquer coisa a ele.

O descontentamento geral é um barril de pólvora e uma reação inadequada a uma passeata ou a uma greve pode servir de espoleta. Neste momento está em curso uma greve de caminhoneiros com bloqueio de estradas. Claro que isto prejudica a economia, mas a determinação do uso da força pode servir de “acionador”, conforme o descontentamento popular.

Se esse movimento for bem resolvido, sabemos que haverão outros e mais fortes. Na Traição do Lula na Raposa-Serra do Sol o Exército se recusou a cumprir as ordens e esteve a um passo de se opor em força à imbecil decisão governamental. Outra traição destas certamente não permitirá.

Entretanto, só haverá uma intervenção militar autônoma em caso de grave convulsão, causada por forças antagônicas reativas ou contra alguma medida que ameace a segurança da Pátria ou ao menos ameace fortemente o interesse nacional e que a intervenção seja desejada por parte significativa da população. Fora desses casos, é improvável que as Forças Armadas decidam consertar a confusão que os civis resolveram fazer, embora as soluções para todas as mazelas sejam de fácil execução e certamente já estão estudadas e esquematizadas para implementação em caso de necessidade.

Dois pesos e duas medidas

O MST, inspirado no movimento comunista internacional, bloqueia estradas e promove invasões de propriedades privadas – A Força Nacional é enviada para protegê-los.

Índios, orientados por ONGs estrangeiras, expulsam os não índios, bloqueiam estradas, cobram pedágios ilegais, torturam e matam – A Polícia Federal é acionada para protegê-los.

Se algum setor produtivo fizer algum movimento reivindicatório, mesmo dentro da legalidade, todas as forças policiais serão acionadas CONTRA o movimento.

Quando descumprir ordens

Talvez muitos militares ainda pensem que a disciplina é um fim em si mesma, mas não é. A Disciplina é um excelente meio de conjugar esforços, mas passa a ser prejudicial quando é usada pelo chefe para tolher as iniciativas ou quando  usada pelos subordinados apenas para evitar responsabilidades, ou seja, para encobrir a covardia.

Consta da literatura militar que Frederico II da Prússia, recriminando a falta de iniciativa de certo comandante de batalhão, ao ouvir a justificativa de que apenas cumpria ordens teria declarado: “O Rei não faria do senhor um oficial se imaginasse que não saberia quando descumprir ordens”.

Diz-se que existe uma referência a esta frase numa parede da Academia Militar alemã. Até Clausewitz afirmava que, sob certas circunstâncias, a consciência de um oficial  falava mais alto do que a obediência cega.

Agora temos um Ministro da Defesa decididamente inadequado, que já demonstrou sua aversão aos que consideramos heróis e seu apreço aos que combatemos com armas nas mãos.

Não sabemos que tipo de ordens pensa em nos dar. Sabemos que não podemos ter confiança nele. Supomos que ele, como sindicalista que é, saberá distinguir o que não pode fazer. Veremos.

Que o Senhor dos Exércitos ilumine as nossas decisões.

03 de março de 2015
Gelio Fregapani é Escritor e Coronel da Reserva do EB, atuou na área do serviço de inteligência na região Amazônica, elaborou relatórios como o do GTAM, Grupo de Trabalho da Amazônia.

TIO SAM SAIU DA UTI



A maior economia do planeta virou mais uma página da sua história econômica e retorna à sua normalidade, após uma gigantesca bolha criada no crédito e habitação (subprime) entre 2000 e 2007,deixando mais uma lição para a comunidade financeira internacional de como sair de uma das piores crises ocasionada pelos exageros do capitalismo.

Segundo o reconhecido economista inglês John Maynard Keynes,“o capitalismo é capaz de criar grandes crises, mas ele mesmo sabe corrigir os seus erros”.Foi justamente o que ocorreu nos EUA a partir de 2009/10.

Entre as economias maduras, a norte-americana foi a que ganhou mais fôlego nos últimos meses, apresentando um desenvolvimento gradual e transparente no ambiente doméstico, ancorada na confiança do consumidor, dentro dos padrões normais das economias de mercado e buscando atingir a meta do crescimento “auto-sustentável”, bem mais rápido do que todas as outras economias avançadas juntas.

O mercado de trabalho tem melhorado continuamente, as organizações empresariais e as famílias vêm se desvencilhando das dívidas pesadas contraídas e os preços em queda do petróleo impulsionam os gastos dos consumidores.

No último trimestre de 2014, o consumo americano aumentou a uma taxa anual de 4,3% ao ano e os estoques de produtos nas empresas cresceram para atender à demanda progressiva no mercado interno. Para uma economia de consumo, já existe uma sinalização importante, com os gastos das famílias situando-se em torno de 70% do PIB (Produto Interno Bruto) do país, reconquistando a posição perdida desde o surgimento da crise em 2008.

No decorrer da sua recuperação,a economia acelerou a criação de mais de 240 mil empregos ao mês nos últimos doze meses, com a taxa de desemprego em 5,6%, abaixo da meta do FED (Banco Central americano) de 6%; isso revela uma tendência de enfraquecimento do índice,numa busca do pleno emprego e aproximando-se dos níveis da pré-crise econômica, há sete anos.

Embora exista este contexto mais otimista, a “prudência” predomina na conduta dos agentes econômicos conservadores, sobretudo no segmento empresarial. Ainda patina o investimento privado e o crescimento estagnado dos salários situa–se aquém da sua posição histórica, dentro dos padrões de um crescimento do PIB ao redor de 3% ao ano. No terceiro trimestre de 2014, este indicador atingiu 5% e 2,6% no último trimestre, abaixo do previsto, ainda na dependência de uma revisão que poderá vir acima deste patamar, possivelmente sem interferir nos fundamentos saudáveis, segundo os analistas.

Da mesma forma acontece com o ritmo do comportamento inflacionário.
Desprezando-se os efeitos causados pela queda no preço do petróleo, a inflação ao consumidor está girando apenas a uma taxa anualizada próxima a 1,3% ao ano.

Atualmente, a economia americana recebeu outro forte incitamento na sua revitalização, também motivado pelo mergulho profundo dos preços dos derivados de petróleo. Dentro de uma sociedade de consumo, que privilegia ao máximo o automóvel como transporte individual, este efeito declinante apresenta o mesmo êxito expansionista de uma redução de impostos, fortalecendo a renda que poderá ser direcionada para o consumo.

A inflação baixa aliada à inexistência dos aumentos salariais ainda favorece o FED a manter os juros em níveis baixíssimos e negativos (zero e 0,25% ao ano desde dezembro de 2008), o que estimula a recuperação da economia e encoraja o capitalismo americano. É interessante ressaltar que os juros praticados nos Treasuries (títulos emitidos pelo Tesouro americano), com o prazo final de dez anos, estão sendo negociados a uma taxa de 1,75%, igualmente bem abaixo dos seus valores históricos.

Outros pontos importantes merecem destaque quando se observa o restante do universo. As taxas de crescimento das importações americanas têm sido bem superiores às das exportações, tornando esta particularidade uma excepcional alavanca para beneficiar outras economias. Segundo analistas, esse excedente identificado no consumo,preliminarmente poderá representar algo em torno de 1% do PIB para o último trimestre de 2014, bastante expressivo quando comparado à grandeza da economia norte americana.

No início de fevereiro, o Departamento de Comércio dos EUA divulgou os números finais relativos a dezembro passado, envolvendo a diferença entre as exportações e importações, que inicialmente se apresentou superior ao cogitado. Em função disso, os analistas estão revisando para baixo o crescimento do último trimestre para 2% do PIB.

Beira 20% a valorização do dólar, quando relacionado a uma cesta de moedas, incluindo nela o nosso Real, após o FED ter iniciado, em julho passado, um leve movimento de aperto nas condições monetárias. A correlação entre a alta do consumo dos americanos com a queda nos preços dos produtos importados, incentivada pelo fortalecimento desta moeda, significa um robusto impulso nas economias europeia, chinesa, japonesa e emergente como a nossa.

Efeito dominó


O ambiente generoso que prevalece nos EUA irá se modificar quando o FED começar uma nova e longa etapa na normalização dos juros. Os analistas açodados estimam que a mudança aconteça a partir do meado deste ano, enquanto outros, só os enxergam mais elevados possivelmente no decorrer de 2016. Em alguns momentos, estas especulações têm proporcionado instabilidade nos mercados financeiros.

Recentemente, no último encontro do FOMC (Comitê Federal de Mercado Aberto) promovido pelo FED, transpareceu que a possibilidade da elevação dos juros para junho próximo diminuiu consideravelmente. Continuam as discussões entre os membros sobre qual o momento certo para ascendê-los.

Existe um consenso entre os integrantes de que a decisão de quando haverá a elevação dos juros passará por uma grande avaliação baseada em indicadores econômicos, mas encontrar o momento ideal tem levado os analistas a reflexões em função das complexidades aparentes. Já identificaram e particularizaram os “prós” e “contra” de postergar ou apressar o aperto monetário, mas a escala de tempo ainda não está consolidada. Sem dúvida, o panorama econômico diante de algumas variáveis é desafiador.

Janet Yellen (presidente do FED) divulgou na imprensa internacional há dias atrás, que os mercados serão informados com antecedência quando a autoridade decidir sobre o tema.

A probabilidade é de que quando as taxas voltarem a subir, o capital hoje aplicado em economias emergentes como o Brasil migre para os Estados Unidos, ocasionando a valorização do dólar nesses locais.

Quanto à oxigenação da economia americana,como é de praxe, tende a causar um significativo impacto nos países em desenvolvimento. Afinal, existe aquela máxima que diz que quando a “América espirra, o mundo pega um resfriado”,pela sua influência sistêmica nos destinos da economia mundial.

Entre os analistas,um pensamento está se alinhando, de que está praticamente sepultada a crise iniciada em 2008, a qual deixou a economia global beirando o abismo de uma profunda depressão. Segundo o presidente democrata Obama, “A sombra da crise passou”.

Mas existe uma “sutileza” interessante que não se pode deixar de cogitar, pois ainda existem muitas incertezas geopolíticas em andamento que podem ultrapassar seus limites e impactar negativamente na economia norte-americana. É bem mais provável que o inesperado venha do ambiente externo do que produzido dentro das fronteiras americanas.

Enquanto isso, potências econômicas como a União Europeia com seus problemas estruturais, China e Japão continuam emitindo sinais de desaceleração em suas economias. Diante disso, percebe-se que após iniciada a crise, a saúde econômica internacional ainda prossegue debilitada, com baixo potencial de crescimento e piora nos indicadores sociais.

Isso tudo faz uma diferença considerável no ambiente macroeconômico mundial, pois os EUA tornam-se um forte concorrente na captação dos investimentos internacionais, agravando as possibilidades de fluxos de investimentos para as nações emergentes, principalmente aquelas que, a exemplo do Brasil, perdem gradativamente a força da atratividade pela falta de oportunidades reais e efetivas.

Tio Sam deixa, mais uma vez, outra mensagem aos socialistas de plantão: ainda não foi dessa vez que a profecia marxista de que o capitalismo entraria em colapso ocorreu. Quem sabe, na próxima, somente para encantá-los?

03 de março de 2015
Arthur Jorge Costa Pinto é Administrador, com MBA em Finanças pela UNIFACS (Universidade Salvador).