"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sábado, 4 de abril de 2015

CHEGAMOS AO CÚMULO DA DESMORALIZAÇÃO... DAÍ, SOBRA MUITO POUCO...



LULA E DILMA VIRARAM JUDAS E SÃO MALHADOS NESTE SÁBADO DE ALELUIA NO NORDESTE


A tradição da malhação de Judas neste sábado de Aleluia em Fortaleza, a capital do Ceará, confirma recente pesquisa mostrando que o PT já perdeu o seu último reduto de apoio que era a região Nordeste. Segundo o site Diário do Poder, os bonecos de Lula e Dilma, vendidos pelos ambulantes nas ruas de Fortaleza, lideraram as vendas para malhação.
O sábado de Aleluia, pela tradição católica é o dia de malhar Judas Iscariotes, aquele ‘entregou’ Jesus ao seus algozes para ser crucificado.


04 de abril de 2015

EMPREITEIRAS DA LAVA JATO DESVIARAM MAIS DE R$ 150 MILHÕES EM DEZENAS DE OBRAS EM TODOS PAÍS.

                          CGU sabia, mas não puniu.


O atual ministro da CGU é  Valdir Moysés Simão. Quando nomeado por Dilma, ele era o número dois da Casa Civil, por onde passaram Zé Dirceu, Palocci, Erenice, Gleisi. Casa Civil, verdadeiro antro de tantos escândalos de corrupção. O ministro vem da Receita Federal, que chegou a comandar como secretário-adjunto durante o início das falcatruas que geraram a Operação Zelotes. Conhece muito bem fiscalização. É um especialista! A CGU se queixa de falta de dinheiro. O Brasil se queixa da falta de fiscalização de uma instituição que atua para blindar o governo, sentando em cima de processos como estes relatados abaixo na reportagem de O Globo.

(O Globo) Empresas investigadas na Operação Lava-Jato, que apura principalmente o esquema de corrupção na Petrobras, já foram responsáveis por obras de transporte que causaram prejuízos milionários aos cofres públicos. Entre 2005 e 2011, segundo auditoria da Controladoria-Geral da União (CGU), houve irregularidades de pelo menos R$ 89,6 milhões. O total de irregularidades, entre verbas superfaturadas e perdas que só foram evitadas pela ação de órgãos de controle, é de R$ 154,3 milhões, em valores da época.

Anteontem, o GLOBO revelou que o presidente da Camargo Corrêa, Dalton Avancini, confessou à Justiça que a empreiteira pagou propina para executar obras na Ferrovia Norte-Sul, nos mesmos moldes das operações com os contratos da Petrobras. O dinheiro, disse, irrigou os cofres de partidos políticos e agentes públicos.

O depoimento foi dado no processo de delação premiada, por meio do qual ele está colaborando em troca da redução da pena. Em março, o GLOBO mostrou que Avancini confirmara o pagamento de R$ 100 milhões em propina para obter contratos de obras na usina hidrelétrica de Belo Monte. O ministro dos Transportes, Antônio Carlos Rodrigues, solicitou à Valec, estatal ligada à pasta, cópias dos contratos sob suspeita envolvendo a Ferrovia Norte-Sul, citados na reportagem do GLOBO da última quinta-feira.

A auditoria da CGU que apontou outras irregularidades foi feita em 2011, após o escândalo que atingiu o Ministério dos Transportes e levou à demissão do então ministro Alfredo Nascimento, hoje deputado (PR-AM). O relatório tem 253 páginas e cita problemas em 12 obras rodoviárias e três ferroviárias e na contratação de duas empresas. Em duas dessas obras — a Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol) e a duplicação da BR-101, no Nordeste —, há pendências com empresas investigadas Lava-Jato.

Na BR-101, o prejuízo se concentrou no lote 7 da obra de duplicação da rodovia, orçado em R$ 356,1 milhões. A obra, sob responsabilidade do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), do Ministério dos Transportes, ficou a cargo de um consórcio formado por Queiroz Galvão, Odebrecht, Andrade Gutierrez e Barbosa Melo. As três primeiras também estão sendo investigadas na Lava-Jato.

Segundo a CGU, houve irregularidades de R$ 89,6 milhões causados por má execução da obra, superfaturamento, superestimativa de serviços e projeto executivo deficiente. As perdas podem ter sido maiores. Em relação aos serviço de terraplanagem, a CGU estima um prejuízo extra em potencial de R$ 20,6 milhões.

No caso das obras da Ferrovia de Integração Oeste-Leste, sob responsabilidade da Valec, só não chegou a haver prejuízo porque as irregularidades foram descobertas e os valores, corrigidos antes do desembolso. A obra, orçada em R$ 1,65 bilhão, foi dividida em lotes. O consórcio formado pelas empreiteiras Galvão Engenharia e OAS, também investigadas na Lava-Jato, ficou com um lote. A CGU constatou sobrepreço de R$ 14,7 milhões nos serviços de terraplanagem. Somados aos R$ 29,47 detectados pelo Tribunal de Contas da União (TCU), as irregularidades somaram R$ 44,2 milhões.

O Dnit determinou uma devassa nos contratos novos ou em vigor com empreiteiras citadas na Lava-Jato desde 2010. O Ministério dos Transportes informou que o Dnit “decidiu iniciar auditoria em cada um desses contratos e determinar às superintendências regionais que identifiquem e disponibilizem para a sede (em Brasília) toda a documentação referente a eventuais processos e contratos dessas empresas (citadas na Lava-Jato)”. A Valec informou que “mantém os procedimentos referentes às contratações públicas, previstos na legislação vigente”. 

Várias das obras citadas na auditoria, como a da Fiol, foram citadas em reportagens, levando à investigação da CGU. Outras, como a BR-101, foram incluídas por iniciativa da própria CGU. “Embora não conste no rol de obras citadas nas recentes denúncias, a obra da BR-101/NE foi aqui incluída pelo seu caráter emblemático, representativa que é da tipologia de problemas que se repetem em inúmeras obras do Dnit”, escreveu a CGU no relatório.

A CGU usa palavras fortes para descrever as irregularidades na duplicação da rodovia. Segundo o órgão, a obra “é, sem dúvida, o caso que evidencia de forma mais clara como a combinação de fatores, a exemplo da existência de cláusulas restritivas no edital de licitação, o descaso com a confecção e a análise dos projetos de engenharia, a falência do modelo de supervisão de obras e a conivência da fiscalização, podem representar prejuízos significativos ao erário público, materializados pela medição de serviços não executados, pela necessidade constante de revisões de projeto em fase de obra com repercussão financeira, algumas das quais resultantes de erros grosseiros de projeto e pela falta de qualidade dos serviços entregues”.

Nos últimos anos, as grandes empreiteiras deixaram os contratos do Dnit, dando espaço a companhias de médio e pequeno portes. Em 2010, porém, elas ainda tinham forte atuação na construção e manutenção de estradas. A redução da participação dessas empresas dos leilões do Dnit combinou com a adoção de medidas para coibir formas de corrupção no setor. Segundo o Ministério dos Transportes, nos últimos anos Dnit e Valec passaram a ter acompanhamento sistemático dos órgãos de controle internos e externos ao governo. Seus editais de licitação foram reavaliados para incorporar sugestões da CGU.

O governo diz que as instituições passaram a reter pagamentos sempre que identificada irregularidade nos contratos, e aperfeiçoaram os sistemas de acompanhamento e medição das obras. Também foi adotado o regime diferenciado de contratação (RDC), com leilões públicos e orçamentos sigilosos.

Ao GLOBO, a CGU informou que não puniu as empresas citadas no relatório nem abriu processos de responsabilização contra elas. “Contudo, caso as investigações da Lava-Jato ou outros trabalhos investigativos revelem informações importantes que apontem a existência de corrupção e atos lesivos à administração, a CGU poderá sim abrir processos de responsabilização com vistas à aplicação de possíveis sanções”, diz o órgão.

A CGU comunicou também que a detecção de irregularidades por uma auditoria do órgão não leva necessariamente à abertura de um procedimento administrativo punitivo. “Para que um processo punitivo seja aberto, é necessária a comprovação de corrupção, de atos ilícitos lesivos à administração pública. Nos casos em que as irregularidades apontadas pela auditoria sejam referentes a casos menos graves, como, por exemplo, falhas de gestão, não há a necessidade de abertura de tal processo”, disse a CGU.

04 de abril de 2015
in coroneLeaks

SEM APOIO E AFUNDADA EM MAR DE LAMA, DILMA SE ISOLA NO PLANALTO


Bruxelas, Bélgica - Com apenas 12% de aprovação, o governo da Dilma foi parar no fundo do poço. Dificilmente vai se recuperar porque a tendência do país é de recessão econômica, fruto de uma administração caótica e corrupta. O Brasil está à deriva, sem comando. A presidente continua refém do Lula que agora decidiu intervir direto no governo com a nomeação do Edinho Silva, engenheiro de produção, ex-tesoureiro da campanha, para administrar a verba milionária de publicidade do governo que pretende silenciar a mídia com propaganda seletiva, a exemplo do que ocorre no reino bolivariano da Venezuela.

Mesmo diante de todas as evidências de que a Dilma foi reeleita com dinheiro roubado da Petrobrás pelo tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot informou à frente parlamentar que pede investigações sobre os desmandos da presidente, que nada ainda foi constatado que leve o MP a indiciá-la em algum crime, apesar dos depoimentos dos delatores que apontam Vaccari e o ex-ministro da Fazenda, Antonio Palocci, como intermediários das propinas da Petrobrás que chegaram às duas campanhas da Dilma.

Por causa dessa omissão, que também deixa o ex-presidente Lula fora das investigações, quando se sabe que ele é o artificie de toda essa tramoia contra os cofres públicos, as investigações do MP podem descambar para o descrédito. Elas também estão comprometidas depois que Janot visitou a presidente antes de mandar os autos para o STF pedindo abertura de processos contra os envolvidos nas fraudes da Petrobrás, comprometendo a independência do Judiciário.

Os escândalos e a incompetência para administrar o país já não deixam dúvidas quanto a capacidade da Dilma de tirar o Brasil do atoleiro
O ministro Joaquim Levy, da Fazenda, não cansa de criticá-la em público, os políticos aliados e de oposição tratam a chefe de estado com desprezo e a população, a quem cabe o julgamento final, já disse nas pesquisas mais recentes que a presidente não representa mais o povo brasileiro. 
Enclausurada dentro do Palácio do Planalto, Dilma faz de conta que governa enquanto entrega o país para o Lula administrar demitindo e admitindo ministros a seu bel-prazer.

O caos político está na estratosfera. No beco sem saída, em vez de jogar a toalha, a presidente é aconselhada pelos áulicos palacianos a criar factoides. O último deles chega ser hilariante. Dilma condiciona a sua viagem aos Estados Unidos a decisão de Obama deixar de espioná-la. Ela quer com isso pegar carona nos esquerdistas de botequim que culpam os Estados Unidos pelas manifestações de ruas contra o seu governo. O Sibá Machado, líder do PT na Câmara, também já levantou a bandeira de que a CIA estaria por trás dos movimentos que pedem a cabeça da sua presidente. Delírios de uma cabeça oca.

A verdade é que a Dilma não tem mais condição de dirigir o país. Perdeu força até para indicar seus ministros. Em menos de três meses de mandato, foi obrigada a mexer nas cadeiras dos seus auxiliares mesmo a contragosto. Tirou o Cid Gomes do ministério da Educação, demitiu o ministro da Comunicação Social Thomas Traumann – que, na verdade nunca existiu -, remanejou outros ministros de pastas e ainda não escolheu uma equipe competente para tirar o país da crise econômica e moral. Além disso, é citada em quase todos os depoimentos como beneficiária do dinheiro roubado da Petrobrás , inclusive da responsabilidade na compra da refinaria de Pasadena quando esteve à frente da presidência do Conselho da empresa.

Enquanto ela vive como uma tonta dentro do Planalto, Lula decidiu percorrer o país a pretexto de defender a democracia. Ora, minhas senhoras e meus senhores, o povo brasileiro não precisa de intermediário para manter a ordem constitucional. Precisa, isto sim, de homens públicos que ajam independentes para frear essa corrupção avassaladora que arrasou a nossa economia e desfigurou a imagem do país pelo mundo.

04 de abril de 2015
Jorge Oliveira

MELHOR AGUARDAR A COLABORAÇÃO DAS GALINHAS


Nos primeiros meses do regime imposto pelos militares em 1964, o todo-poderoso ministro do Planejamento, Roberto Campos, apresentou seu plano de recuperação econômica, sob a sigla PAEG. Tratava-se de um texto de quase 100 páginas, onde tudo se detalhava, até a previsão de um superavit de 50 milhões de dúzias de ovos em todo o país.

O problema era que o programa econômico do governo deposto de João Goulart, elaborado por Celso Furtado e chamado de Plano Trienal, havia previsto um deficit de 141 milhões de dúzias de ovos.

Carlos Lacerda, que havia contribuído para a eclosão do movimento militar, mas já dava sinais de romper com sua política econômica, foi à televisão e indagou sobre qual dos dois, Campos ou Furtado, adulterara mais as estatísticas, ou melhor, a qual dos dois faltou mais a cooperação das galinhas?

Registrou-se uma gargalhada nacional, exprimindo a ideia que o cidadão comum fazia dos economistas: reverenciava todos eles, mas não acreditava em nenhum.

Guardadas as proporções e com todo o respeito, loas devem ser entoadas para Joaquim Levy e para Guido Mantega, mas qual deles estará com a verdade? 

O atual ministro da Fazenda vem apresentando um quadro dantesco da economia nacional, prevendo a recessão e até o caos se não forem aprovadas pelo Congresso as medidas do ajuste fiscal, da redução de direitos trabalhistas ao aumento de impostos e a restrições às empresas privadas. 
Não dá para comparar esse diagnóstico com as previsões feitas pelo antecessor, de que 32 milhões de pobres foram incorporados à classe média, que a crise era passageira, estava controlada e devia-se a fatores externos.

As elites conservadoras tem como norma considerar todos os ministros da Fazenda como oráculos absolutos. 
Apoiavam Mantega como apoiam Levy. Vale, porém, rejeitar ambos e vivendo sem a euforia espetaculosa nem o catastrofismo absoluto. 
Melhor ignorar a manipulação de conceitos e de números, ganha-pão dos economistas. Vamos prestar mais atenção na colaboração das galinhas...


04 de abril de 2015
Carlos Chagas

CORRUPÇÃO, COMO ESGOTO A CÉU ABERTO...

PETROBRAS PÔDE COMPRAR PASADENA POR US$ 30 MILHÕES E PAGOU US$ 360 MILHÕES
REVELAÇÃO É DE 'INFORMANTE CONFIDENCIAL' DOS QUE PROCESSAM ESTATAL



A PETROBRAS É ACUSADA DE RECUSAR A COMPRA DA 
REFINARIA POR UMA PECHINCHA, E PAGOU DEZ VEZES MAIS.


A Petrobras informou nesta quinta-feira, 2, que a companhia e seus advogados norte-americanos estão analisando as alegações apresentadas pelo autor líder da ação coletiva (class action) movida perante a Corte Federal de Nova York de que a estatal teria recusado em 2004 uma proposta para comprar da refinaria de Pasadena, no Texas, por um valor entre US$ 30 milhões e US$ 40 milhões. A empresa brasileira acabou pagando US$ 360 milhões por 50% da empresa em 2006. "A companhia irá se defender em relação a esta ação", diz a Petrobras.

O documento de 189 páginas apresentado na ação coletiva cita um "informante confidencial" que relatou aos advogados nos Estados Unidos a proposta de venda. "Um informante confidencial testemunhou diretamente o esquema em Pasadena", relata o texto da ação coletiva, que pede indenização de prejuízos causados aos investidores pelas denúncias de corrupção na empresa brasileira.

A firma de advocacia de Nova York Pomerantz entregou esta semana na Corte a ação coletiva consolidada da Petrobras, que além da petroleira incluiu como réus os ex-presidentes da empresa Graça Foster e José Sergio Gabrielli, além de outros 11 executivos, 15 bancos que coordenaram emissões de papéis da empresa, a firma de auditoria PricewaterhouseCoopers e duas subsidiárias da companhia brasileira no exterior


04 de abril de 2015
diario do poder

O HUMOR DO DUKE...

Charge O Tempo 04/04

04 de abril de 2015

MAIORIDADE AOS DEZESSEIS


A maioridade penal sendo reduzida para 16 anos desperta discussões e um blá-blá-blá infinito entre aqueles que aprovam a ideia (acredito que seja a maioria da população) e a chamada “parcela mais progressista da sociedade”, formada geralmente por intelectuais e políticos de esquerda.

Mas a questão vai bem além do que prega a dicotomia entre conservadores e “progressistas”. Querendo ou não, as bancadas evangélica e “da bala”, grupos de parlamentares formados majoritariamente por pastores de igreja e policiais de carreira, deram uma resposta, por mais controversa que seja, à série de reivindicações da população, que, dentre outras ações, exige mais segurança e menos impunidade.

Há quem diga que a criminalidade não será reduzida e que as estatísticas de crimes cometidos por menores de 18 anos não passam de 5%. Há também os que falam que o sistema carcerário, já deficiente, não suportaria mais gente em suas masmorras. Por fim, há os que chamam a atenção pelo excesso de processos que se acumulariam nos tribunais de todos o país.

No mínimo, há controversas nesses argumentos também. Se o número de criminosos juvenis não é tão representativo assim, não há de se temer por tais acúmulos.

Apresenta-se, então, o argumento humanitário. Colocar jovens de 16 anos em pé de igualdade com suas vítimas seria um pecado capital. Estaríamos, dessa forma, regredindo nas discussões sobre direitos humanos e tal...

Obviamente, a redução da maioridade não é a solução, e ninguém imagina que seja. A criminalidade, claro, envolve muito fatores, sobretudo sociais, que vão bem além da vocação de uma mente adoecida pelo crime.

Porém, é difícil discordar da constatação de que o adolescente de 16 anos dos dias de hoje não é o mesmo que o de anos atrás. Portanto, reduzir a maioridade é um argumento válido. Um primeiro passo. Uma reação prática à impunidade.

Se não há prisões para tanto, que o Estado as construa. Se não há juízes para os novos processos, que se realizem concursos públicos, diminuam-se burocracias e se modernize o processo. É simples? Claro que não. Mas não se podem misturar argumentos. A redução da maioridade é uma coisa, e a precariedade dos sistema prisional e a falência do judiciário são outras. A primeira, inclusive, pode desencadear a reformulação das últimas, que, independentemente da imputação de leis mais severas aos adolescentes, já deveria estar em curso.

A alternativa seria julgar pelo crime, e não pela idade do suspeito, um método de promover justiça que parece ser bem mais razoável do que todos os outros, porém utópico demais para nossos padrões.

O país tem sede de ações objetivas e práticas. Por tudo isso, a maioridade aos 16 vem ao encontro de parte dos anseios populares. E isso nada tem a ver com o carimbo do conservadorismo. É possível defender a ideia e, ao mesmo tempo, ser favorável a questões igualmente polêmicas, como o direito ao aborto, à eutanásia e os direitos civis dos homossexuais, por exemplo.


04 de abril de 2015
Heron Guimarães

REFORMA POLÍTICA NÃO DEVE SER FEITA PELOS POLÍTICOS


Uma mudança no atual sistema eleitoral é necessária e urgente, mas será tolice permitir que ela seja proposta pelos políticos. Não podemos deixar que aqueles que nos revoltam e entristecem finjam que estão propondo uma automoralização e acabem por nos enganar mais uma vez.

A reforma precisa ser elaborada por aqueles que estão revoltados com os insultos que vêm recebendo da classe política. Cada novo escândalo de corrupção representa, na verdade, mais um tapa na cara dos eleitores. Isso nos leva a crer que a verdadeira mudança só vai acontecer no dia em que os políticos profissionais saírem de cena. Não é muito difícil imaginar que nossa vida seria melhor sem a presença nefasta desse pequeno grupo, que representa 0,1% da população.

Precisamos começar com a substituição geral de todas as pessoas que hoje exercem cargos eletivos, comumente chamadas de políticos, e continuar no futuro com o estabelecimento de uma regra que não permita o surgimento de novos políticos profissionais. A representação pública pode e deve ser exercida por pessoas diferentes e escolhidas entre as pessoas de destaque nos 99,9% restantes da sociedade.

Esse sonho, embora à primeira vista pareça utópico, só depende de um parágrafo na reforma política incluindo inelegibilidade automática aplicável a todos os cargos eletivos. O cidadão exerce o mandato como vereador, deputado, senador, prefeito, governador ou presidente da República e, ao fim, volta para sua atividade de origem. Desaparece, dessa forma, a figura do político profissional e os nossos representantes passam a ser empresários, donas de casa, estudantes, profissionais liberais, advogados, médicos...

Alguns se dizem preocupados com essa mudança constante de representantes, acreditando que ela traria sempre pessoas inexperientes. Quem levanta esse tipo de argumento não se dá conta de que está saindo em defesa dos atuais políticos e reconhecendo sua dependência deles. Trata-se de uma alegação apressada, pois não encontra nem sequer um único exemplo na história do Brasil. Nunca, nunca mesmo, tivemos um político que tenha reconhecido falhar no seu primeiro mandato por falta de experiência. Para um bom mandato no Poder Legislativo, o futuro parlamentar precisa somente de boa formação e bom caráter, nada mais que isso.

A experiência prévia em administração é desejável evidentemente para os cargos do Poder Executivo, em que devemos procurar administradores que já tenham mostrado sucesso na gestão de finanças e de recursos humanos. Incrivelmente, o modelo democrático decadente que vivemos hoje insiste em nos fazer pensar que um bom governador ou prefeito deverá ser escolhido somente entre aqueles políticos profissionais de destaque. Um lamentável erro de avaliação que tem nos custado muito caro.

Outros também insistem em lembrar que esse tipo de democracia não existe em nenhum outro país do mundo. O argumento é desnecessário, pois a discussão deve se concentrar unicamente nas vantagens (ou desvantagens) de uma renovação constante. Para nossa sorte, o inventor da roda não levou em conta que aquilo ainda não tinha sido inventado nos Estados Unidos.

04 de abril de 2015
Mario Braga

POLÍTICAS DO PUXA E ESTICA


Na economia, diferentemente do que ensina o dito popular, para baixo quase nenhum santo ajuda. A natureza cíclica do fenômeno econômico colabora para dificultar reversões de tendência no meio da trajetória do ciclo e, como a economia brasileira se encontra exatamente nesse tipo de situação, percorrendo um ramo descendente da curva de crescimento, armar um estratégia de ajuste e, ao mesmo tempo, retomada rápida é desafio bem complicado.

Mesmo em países plenamente desenvolvidos, com estruturas de produção mais eficientes, a saída, nesses casos, não é fácil ou simples. Nem a economia americana, com todo o seu dinamismo e produtividade, escapa do ramo descendente do ciclo e quando cai nele arfa e bufa para sair do enrosco. Doses maciças de dinheiro, a custo irrisório, tiveram de ser despejadas no mercado americano para, sete anos depois do início de um tempo de vacas magras, produzir uma tendência de recuperação ainda envolta em incertezas. O mesmo ocorre com a Europa, com resultados até aqui muito menos animadores.

Pode-se argumentar, contra essa visão, com o exemplo brasileiro de 2009/2010. A retração de 2009, em linha com o colapso das economias maduras, foi rapidamente revertida numa explosão de crescimento, configurada pela forte expansão da economia em 7,6%, no ano de 2010. Mas, na verdade, o encolhimento do ano anterior refletiu apenas um freio inesperado e temporário, acontecido quando a economia ainda se encontrava no ramo ascendente do ciclo.

Não basta, porém, a uma economia se situar num determinado ramo da curva de crescimento para seguir o mesmo destino de outras na mesma situação. O caso brasileiro difere do que se passa nas economias maduras em vários aspectos — e, infelizmente, as nossas complicações são maiores. A economia brasileira não é apenas menos produtiva e apresenta muito menor capacidade de poupar e investir. Uma diferença importante é a de que, enquanto Estados Unidos e Europa vivem um ciclo de baixo com gargalos na demanda, os limites ao crescimento foram demarcados pela insuficiência da oferta.

A primeira e grave consequência disso é que, se lá fora o esforço para crescer não é limitado pela inflação ascendente — o problema, ao contrário, é evitar a perpetuação de um estado deflacionário —, aqui crescer e controlar a inflação são objetivos, grosso modo, antagônicos. O puxa e estica das medidas corretivas tira eficácia da política econômica e exige maiores doses de remédios amargos. Um exemplo entre muitos: aumentar juros para enfrentar a inflação tem o condão de valorizar o real e, assim, levar a política cambial a operar na contramão do reequilíbrio geral da economia.

Medidas clássicas de austeridade fiscal podem levar a esquizofrenias desse tipo. Sem a aplicação de válvulas de escape — manter, por exemplo, o incentivo aos investimentos —, elas tendem a aprofundar o ciclo recessivo. Há quem goste de comparar a estratégia doméstica para equilibrar o orçamento caseiro e estancar a sangria do endividamento familiar com a que deve ser adotada por um governo. Mas a “macroeconomia do lar”, como ironizam os críticos dessa visão, de fato apenas funciona como uma boa metáfora.

Ao gastar menos do que recebe, uma pessoa ou família faz o que deve ser feito para reequilibrar seu orçamento e controlar suas dívidas, com o detalhe de que continua recebendo a renda de sempre. Já na economia como um todo, na qual a despesa de um é a renda do outro, se todos resolvessem gastar menos, a renda global definharia.

Com queda na arrecadação pública, o ajuste fiscal só poderá ser efetivo com aumento de carga tributária e, consequentemente, com redução na renda disponível da sociedade — o que também significa limitar a demanda e o crescimento. É, por sinal, o que tem ocorrido, sem exceção, com os ajustes fiscais das últimas duas décadas, no Brasil.

04 de abril de 2015
José Paulo Kupfer

CAMINHOS ESTREITOS


Vive-se imensa perplexidade. Estamos atônitos diante do País à deriva. A sociedade veio às ruas, não só os eleitores de Aécio, mas uma grande massa aplaudida por muitos e muitos que ficaram em casa tomados, também, pela mesma indignação. Desnudou-se a bandalheira e o País esbraveja.

Em julho de 2005 criou-se o movimento "Da Indignação à Ação", reunindo entidades da sociedade civil. Seu manifesto acentuava: "Punições firmes e proporcionais às faltas praticadas são o único desfecho que os cidadãos brasileiros aceitam para as investigações em curso". Aderiram ao movimento entidades como OAB, OAB-SP, ABI, CNBB, PNBE, Fiesp, Instituto Ethos, Força Sindical, Transparência Brasil, Associação dos Advogados, Instituto dos Advogados de São Paulo, a rede Conectas de Direitos Humanos, o Movimento Democrático do Ministério Público e a Associação do Ministério Público de São Paulo.

Diante do mensalão, aquele movimento expressava terem sido as instituições políticas duramente atingidas, sendo imprescindível, além de investigação séria, com punições firmes e proporcionais às faltas praticadas, mudanças profundas no sistema político e eleitoral. Foram realizadas reuniões, com 500 a 600 participantes, em apoio ao relator da CPI dos Correios, deputado Osmar Serraglio, e ao caseiro Francenildo Santos Costa, cuja conta bancária fora violada.

Como se vê, o movimento teve apoio de entidades significativas, mas pouca adesão dos partidos políticos de oposição, que se omitiram, arregimentando-se público diminuto perto da importância das reivindicações. As punições do mensalão vieram anos depois, mas o PT, que inaugurou o aparelhamento do Estado em grande escala e a obtenção de maiorias no Congresso pela sistemática compra de votos com dinheiro público desviado, firmou-se no poder. Nem bem se denunciou o mensalão, o PT e outros partidos da base aliada ao governo criaram o petrolão e ganharam eleições com "financiamento público" graças aos milhões surrupiados da Petrobrás.

Agora o quadro é outro. Antes não havia rua, havia entidades apoiando, mas não povo, como hoje. De 2005 para cá houve a condenação dos mensaleiros e veio vindo à tona, com o petrolão, sem as desculpas do "golpe da mídia" ou da traição política, a farsa do partido que se dizia ético, mas fez da roubalheira sistemática o modo de governar. A diferença essencial, contudo, está no fenômeno da imensa força de arregimentação da indignação via redes sociais, que apenas começavam a ganhar corpo em 2005, com o Orkut.

Como levar à frente este movimento de milhões de brasileiros? Eis a questão.

Se as redes sociais podem destituir déspotas, como Mubarak, todavia não constituem, por si sós, governos - a se ver o Egito -, pois, deposto o ditador, ganhou as eleições o movimento antidemocrático dos fundamentalistas, afastados depois pelos militares.

Assim, aos movimentos cheios de vitalidade convocadores da ida às ruas, dentre os quais se destaca o Vem Pra Rua, devem agregar-se as organizações institucionalizadas, bem como algumas lideranças políticas a serem partícipes na posição de coadjuvantes. Além do grito contra a corrupção e do "Fora PT, leva Dilma com você!", é preciso clamar pelo reconhecimento dos erros, pelo firme propósito de redução da máquina governamental, a eliminação de metade dos cargos em comissão, a adoção do voto distrital já para vereador em 2016, bem como um esforço em favor da capacitação dos dependentes do Bolsa Família para libertá-los do assistencialismo.

Mas como realizar tais mudanças e criar confiança neste estado terminal do governo? Não há muitas alternativas. O governo é frágil e não se recupera perante a Nação com festival de lugares comuns em entrevista televisiva, nem com golpes baixos de criação de novo partido para enfraquecer o PMDB. Dilma coleciona inimigos a cada passo e, hoje, os investigados presidentes das duas Casas legislativas ditam as regras, enquanto o Executivo patina todo o tempo em terreno movediço.

Restam dois caminhos. O primeiro seria o procurador-geral da República determinar investigação de eventual prevaricação da parte da presidente, pois se sabia ela de irregularidades (como dizem o ex-diretor Paulo Roberto Costa e o doleiro Youssef) nos idos de 2009, ao assumir a Presidência nada teria feito para conter a corrupção, deixando de zelar pela moralidade administrativa ao manter nos cargos os diretores corruptos. Em conclusão, se constatado em investigação que Dilma sabia dos malfeitos e permitiu a continuidade do esquema corrupto, pode-se configurar eventual crime de prevaricação.

O crime comum, ao contrário do crime de responsabilidade, pode derivar de ação ou omissão ocorridas no mandato anterior. O artigo 86, § 4.º, da Constituição diz que o presidente não poderá, no exercício do seu mandato, ser responsabilizado por atos estranhos ao exercício das suas funções. Ora, se se omite o dever de zelar pela moralidade, tal omissão é própria das funções de presidente, e não estranhas a elas, razão pela qual, se verificada a prevaricação por deixar de conter as irregularidades sabidas na Petrobrás, podem prosperar a investigação e eventual processo criminal contra a presidente.

O segundo caminho, difícil, mas não impossível, é o da renúncia, sendo vital o protesto das ruas e o apoio de entidades representativas. A primeira via, já lembrada e mais desgastante, está na apresentação de ação criminal que, ao ser recebida, afaste a presidente. Em ambas as hipóteses, todavia, impõe-se construir em torno do vice-presidente um governo de união nacional, com pauta mínima desejada pelos movimentos aglutinadores da população.

Dessa maneira, no dia 12 de abril é fundamental voltar às ruas em todo o País, juntamente com representantes de entidades significativas que se somem à massa dos indignados.

04 de abril de 2015
Miguel Reale Junior

AS PIADAS PETRALHAS DO ANO


O Partido dos trabalhadores (PT), conseguiu transformar o dia primeiro de abril, tradicionalmente consagrado, o dia da mentira, no dia da piada. Vejam o que disse o presidente da quadrilha, o senhor Rui Falcão. "Faço um chamado a nós sairmos da defensiva, enfrentarmos de cabeça erguida aqueles que nos atacam, porque é impensável que a gente possa ser acusado de corrupção". Realmente senhor Falcão, agora não tenho mais a menos dúvida, corrupto e ladrão sou eu.

O gênio Mercadante continua sua brilhante carreira política. Subiu mais um degrau na hierarquia do partido. Acaba de ser nomeado moleque de recados da dona Dilma. Foi escolhido para transmitir ao ministro Levy a irritação da patroa em face das declarações verdadeiras do ministro ao afirmar em uma palestra para ex-alunos da Universidade de Chicago, que a "presidenta" nem sempre age de maneira mais efetiva. É vergonhoso para um homem público chegar a esse grau de subserviência. Chamo isso de sabujice. Por outro lado, espero que, na sequência dos fatos, o ministro Joaquim Levy não continue sujando seu currículo para servir a esse governo corrupto e internacionalmente desmoralizado.

Onde se escondeu o Exu de Garanhuns? O crápula é de uma covardia extrema; dizem que só melhora um pouco quando está bêbado. Pensei que, após a população honesta do país, a verdadeira oposição, os verdadeiros cidadãos, começassem a ir para as ruas protestar contra os desmandos do governo dirigido pelo seu partido, o "corajoso" subiria em um palanque, o que sempre faz, enganando os verdadeiros trabalhadores durante as greves do ABC. Ledo engano; o homem sumiu de cena, faltou álcool. Mas eu estou tranquilo, sou paciente e sei que logo ele não mais terá onde se esconder.

O Juiz Federal Sérgio Moro já declarou que chega-se aos bandidos rastreando o dinheiro roubado e todos os caminhos levam a Luiz Inácio Lula da Silva e sua bem estruturada quadrilha, que envolve inclusive a "presidenta". É só uma questão de tempo e ele estará encabeçando a lista dos ilícitos e será preso, sim, apesar de muitos acharem que prendê-lo seria desmoralizar a "figura institucional" da Presidência da República, quando na verdade o oposto é o verdadeiro. Preservando-se esse pensamento, logo teremos criado outra excrescência, a imunidade presidencial.

Com essa o Brasil fecharia o ciclo da desmoralização internacional. Seria o único país no mundo com presidente inimputável, livre para roubar.

04 de abril de 2015
Humberto de Luna Freire Filho

O HUMOR DO ALPINO...

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04 DE ABRIL DE 2015

BRIGA INTERNA NOS RECINTOS PETRALHAS

PREFEITOS QUEREM SAÍDA DE VACCARI; LULA SEGURA
PREFEITOS PEDEM SAÍDA DO TESOUREIRO ENROLADO DO PT; LULA IMPEDE



EX-PRESIDENTE NÃO QUER REPETIR CASO DELÚBIO. 
FOTO: RICARDO STUCKERT/INSTITUTOLULA


Prefeitos petistas engrossam coro e pedem a cabeça de João Vaccari Neto, tesoureiro do PT. O grupo teme que a permanência de Vaccari desgaste o partido e sirva como munição para opositores nas eleições mais próximas, de 2016. No PT, uma corrente defende o afastamento do tesoureiro antes da oitiva na CPI da Petrobras, que, prevista para 23 de abril, graças a manobra tucana, pode ser realizada no próximo dia 9.

Lula é o avalista da permanência de Vaccari: não quer ver o repeteco do penoso afastamento temporário do mensaleiro Delúbio Soares.

Petistas acusam tucanos de antecipar o depoimento de Vaccari para ajudar a mobilizar mais pessoas para as manifestações de 12 de abril.

Peemedebistas garantem que não há o menor empenho do partido para estancar a sangria do PT pela CPI da Petrobras.


04 de abril de 2015
diario do poder

BILHÕES PARA FINANCIAR A DITADURA CUBANA

BRASIL USA ‘MAIS MÉDICOS’ PARA FINANCIAR DITADURA
GOVERNO USA ‘MAIS MÉDICOS’ PARA FINANCIAR DITADURA COM BILHÕES



PROFISSIONAIS DO 'MAIS MÉDICOS'. FOTO: MANU DIAS/GOVBA


Desde o lançamento do programa Mais Médicos, em 2013, o governo brasileiro entregou mais de R$ 3,7 bilhões a Cuba, com intermediação da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas). Só em janeiro deste ano, quase meio bilhão de reais (exatos R$ 476 milhões) foram transferidos à ditadura cubana. Dos recursos entregues ao regime dos irmãos Castro, só uma pequena parte é para os médicos.

A Band revelou vídeo de reunião da Opas com o Ministério da Saúde em que fica claro o objetivo do governo: mandar dinheiro para Cuba.

Cuba pagava a seus médicos 10% dos R$ 11 mil que recebe por cada um deles. Após o abuso ser denunciado, passaram a receber R$ 3 mil.

A tirania cubana dificulta a vinda das famílias de médicos para o Brasil. Ficam em Cuba como reféns, para obrigar o retorno deles àquele país.

Quase cinquenta cubanos já desertaram, mas raros ficam no Brasil, país que atua como instrumento de exploração da tirania Castro.


04 de abril de 2015
diario do poder

SEM PODER EXTORQUIR EMPRESAS, VACCARI MANDA PT DEMITIR E CORTAR DESPESAS



(Estadão) Demissões, cortes de gastos, aperto orçamentário. Não é apenas o ajuste fiscal proposto pelo governo Dilma Rousseff que tem incomodado o PT. Em meio a uma queda brutal de arrecadação provocada pela redução das doações privadas desde que o tesoureiro João Vaccari Neto passou a ser investigado pela Operação Lava Jato, o partido está enfrentando um ajuste drástico em suas próprias contas.

Depois de mais de uma década de bonança, o partido está sendo forçado a economizar por falta de dinheiro, mesmo diante de um forte aumento do Fundo Partidário neste ano – o Congresso aprovou a elevação de R$ 289,56 milhões pagos em 2014 para R$ 867,56 milhões. O uso de passagens aéreas por dirigentes foi limitado, diretórios regionais demitiram funcionários, o aluguel de espaços para eventos foi otimizado e até o uso de telefones foi restrito. 

Integrantes da Executiva Nacional do PT, órgão responsável pela administração direta do partido, tiveram a verba de telefonemas reduzida de R$ 500 para R$ 100. Muitos deles preferiram trocar de celular, optando por operadoras mais baratas. Verbas com táxi, combustível, alimentação, serviços técnicos de terceiros, advogados e gráficas também foram contingenciadas. Segundo a direção do partido, a única área que não foi afetada é a de comunicação, para onde são direcionados todos recursos economizados em outras despesas. Apesar disso a implantação da TV PT está atrasada em quase um mês. 

Na reunião do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva com presidentes estaduais e dirigentes, na segunda-feira passada, quase toda a executiva petista viajou com passagens pagas do próprio bolso ou compradas com pontos acumulados em programas de fidelidade.

Desde o início deste ano, o único dirigente que tem autonomia para reservar passagens aéreas sem pedir autorização é o presidente nacional do partido, Rui Falcão. Depois dos gastos com pessoal, que em 2013 somaram R$ 13 milhões, as viagens são o principal item de despesas do PT, com R$ 7 milhões.

No aniversário de 35 anos realizado em Belo Horizonte, em fevereiro, dirigentes de outros Estados que participaram de um seminário de formação política pagaram as despesas do próprio bolso. Vários deles percorreram centenas de quilômetros de automóvel e fizeram vaquinhas para pagar o combustível. Alguns se hospedaram de favor nas casas de amigos ou correligionários.

A festa contrastou com a época das vacas gordas, quando dezenas de convidados eram hospedados nos melhores hotéis das cidades com todas despesas custeadas pelo partido. O evento, que nos primeiros anos do PT no governo incluía shows musicais, jantares, bancas de charutos e produções hollywoodianas, este ano contou apenas com um ato político no Minas Centro. A música ficou por conta de um violeiro solitário.

Estados. Embora tenham relativa autonomia financeira em relação ao diretório nacional, os diretórios estaduais do partido também estão fazendo ajustes. O partido não tem números fechados mas estima que mais de 30 pessoas foram demitidas nos escritórios estaduais do partido este ano. Os mais afetados foram Rio Grande do Sul e São Paulo que, além de perderem o apoio nacional, tiveram os repasses do fundo partidário suspenso por erros de contabilidade.

Em 2013, ano do último balanço disponível, a direção nacional repassou R$ 92,5 milhões para estados e municípios, dos quais cerca de R$ 35 milhões são frutos de doações privadas – o restante saiu do Fundo Partidário.

A crise financeira do PT está diretamente ligada à Operação Lava Jato. De acordo com depoimentos colhidos pela Polícia Federal, empresas que prestavam serviços à Petrobrás repassavam parte da propina ao PT por meio de doações oficiais ao partido. Segundo eles, o operador do esquema era Vaccari, que é réu na ação que julga os desvios na estatal. Embora tenham sido feitas dentro da legislação eleitoral, com recibos e registros contábeis, as doações são investigadas como dinheiro de corrupção. Isso afugentou outros doadores. Vaccari tem dito que as doações privadas ao PT simplesmente acabaram.

De acordo com a prestação de contas ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) relativa a 2013, as contribuições de pessoas jurídicas foram o principal item de receitas do PT, responsável por R$ 79,7 dos R$ 170 milhões recebidos pelo partido. Em segundo lugar vem o Fundo Partidário, com R$ 58,3 milhões e em terceiro o “dízimo” cobrado dos filiados que ocupam cargos eletivos ou comissionados em administrações petistas, de onde saíram R$ 32,6 milhões
Vaccari diz que não há porcentual específico para o ajuste, mas confirma a contenção. Segundo ele, as atividades fundamentais do PT serão preservadas.

04 de abril de 2015
in coroneLeaks

OS MILIONÁRIOS PETISTAS DA CASA CIVIL



(Matéria Revista Veja) O poder do chefe da Casa Civil da Presidência da República, como quase tudo no governo do PT, é uma relação incestuosa entre o partido e o Estado. José Dirceu, que foi ministro da Casa Civil na fase inicial do primeiro mandato de Lula, já abriu os trabalhos ampliando os poderes de sua pasta. Ele comandava a máquina partidária e vendeu aos radicais a ideia de que Lula só se elegeria em 2002 com a suavização do discurso socialista estatizante e hostil ao livre mercado. Deu certo, e a figura de leão vegetariano colada a Lula funcionou na costura das alianças e nas urnas. 

Em retribuição, José Dirceu tornou-se superministro, condição que alardeava aos quatro ventos com variações desta frase: "Ele é o presidente, mas quem manda no governo sou eu". Dirceu e a Casa Civil foram os guardiões e os fiadores dos acertos e compromissos firmados com políticos poderosos e grandes empresários. Parte desse enorme poder encarnado por Dirceu na Casa Civil foi passada a seus sucessores na pasta. Com o poder, tornou-se hereditário também o hábito de o titular usar o ministério como balcão de negócios e, uma vez fora, lançar mão de sua influência junto a quem ficou para continuar operando. 

Qualquer negociação estratégica com o setor produtivo e o Congresso passa necessariamente pela Casa Civil, que, com mais ou menos delegação, dependendo da circunstância, representa a vontade do presidente na definição de obras de infraestrutura, liberação de linhas de crédito em bancos oficiais, vetos e indicações para os mais altos cargos da administração pública. 

Dos seis ministros que assumiram a Casa Civil nos últimos doze anos, três nutriram o sonho de chegar à Presidência. Dilma Rousseff conseguiu, José Dirceu e Antonio Palocci foram abatidos em pleno voo, e Aloizio Mercadante, o atual ministro, mesmo no alvo do fogo amigo, mantém-se firme no curso.

​Mas com o poder costuma vir o abuso do poder, e não é surpresa para ninguém que a Polícia Federal e o Ministério Público estejam investigando o enriquecimento dos antigos ocupantes do superministério. Se falhou na política, Dirceu - o "guerreiro do povo brasileiro", "o revolucionário socialista" - prosperou como consultor. Só das empresas investigadas no escândalo da Petrobras recebeu mais de 10 milhões de reais. O ex-ministro Antonio Palocci, que assumiu o posto no início do governo Dilma, também enriqueceu sem precisar de muito esforço. Descobre-se agora que até mesmo a mais discreta, a mais humilde e a aparentemente mais despretensiosa ocupante do cargo, a e­x-ministra Erenice Guerra, também carimbou seu passaporte vermelho para esse seleto clube de milionários.
 
Há duas semanas, a Polícia Federal e o Ministério Público deflagraram a Operação Zelotes, que tem como alvo uma quadrilha que vendia facilidades no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais do Ministério da Fazenda (Carf). Integrado por representantes do governo e dos contribuintes, o Carf funciona como uma espécie de tribunal em que pessoas físicas e empresas podem recorrer das multas aplicadas pela Receita Federal. Atualmente, tramitam no órgão centenas de processos, cujos valores alcançam quase meio trilhão de reais. Cifras que encheram os olhos - e os bolsos - de muita gente. 

A investigação identificou um grupo que, atuando em parceria, oferecia veredictos favoráveis no conselho em troca de polpudas propinas ou, nos casos mais sofisticados, uma taxa de sucesso sobre o valor que eventualmente conseguissem abater dos débitos fiscais das empresas. Estima-se que eles possam ter causado aos cofres públicos um prejuízo superior a 19 bilhões de reais.

Foram apontados como participantes do esquema lobistas, advogados e membros do próprio conselho. Até a semana passada, no entanto, o caso parecia incluir apenas aquela ar­raia-miúda da corrupção que costuma florescer à margem da burocracia que cria dificuldades para vender facilidades. Parecia. 

VEJA teve acesso a documentos apreendidos pelos investigadores. Durante a operação, a polícia recolheu uma procuração que revela que a ex-ministra Erenice Guerra atuava em parceria com um dos chefes da quadrilha do Carf. Como seus ex-colegas de ministério, a petista surge mirando ganhos de milhões de reais. Como seus antigos colegas de ministério, o enredo em direção à fortuna mistura contratos de gaveta, procurações cruzadas, taxas de sucesso. Assim como os velhos companheiros de partido, Erenice se rendeu à sedução do dinheiro. A exemplo dos criminosos do PT, converteu-se da pior maneira possível.

Erenice Guerra nunca chamou muita atenção, nem dentro nem fora do partido. Funcionária do governo de Brasília, trabalhou na Secretaria de Segurança Pública. Levava uma vida modesta, num bairro de classe média de uma cidade-satélite do Distrito Federal. Com a chegada do PT ao poder, foi indicada para compor o governo de transição, ocasião em que conheceu e se aproximou de outra burocrata, Dilma Rousseff. E veio a guinada na carreira. 

Em 2003, Erenice foi nomeada chefe da consultoria jurídica do Ministério de Minas e Energia, comandado por Dilma Rousseff. Quando Dilma assumiu a Casa Civil, a assessora a acompanhou, ocupando o cargo de secretária executiva, o segundo mais importante da pasta. Em 2010, Dilma deixou o governo para se candidatar à Presidência, e Erenice, no vácuo da amiga, to­rnou-se ela própria a ministra-chefe da Casa Civil. Foi um breve reinado, de apenas cinco meses, abreviado pelo escândalo no qual ela foi acusada de atuar em favor dos negócios do marido e do filho. 

Fora do Planalto, Erenice, especialista em direito sanitário, abriu um escritório de advocacia. Instalado numa das áreas mais nobres de Brasília, o escritório da e­­x-ministra logo passou a ser ponto de peregrinação para empresários de diferentes setores com interesses no governo. Com o acesso, os contatos e a fama que tinha e ainda tem no governo, nada melhor do que contratá-la para ajudar a solucionar problemas de toda ordem. Os documentos apreendidos pela polícia põem Erenice no centro do escândalo da Receita e ajudam a compreender o segredo de Midas. 

Um deles é um contrato firmado entre ela e o braço brasileiro da Huawei, gigante chinês da área de telecomunicações. Erenice se compromete a prestar à companhia "serviços profissionais relativos à defesa fiscal da contratante no âmbito da Administração Tributária Federal". Na prática, incumbiu-se de defender os interesses da Huawei no Carf, o tribunal da Receita no qual agia a quadrilha especializada em vender decisões. E o mais grave: para garantir o sucesso da empreitada, a ex-ministra se associou ao advogado José Ricardo da Silva, então membro do conselho e um dos mais destacados integrantes da quadrilha.

Em valores atualizados, a Huawei discute no Carf um débito de 705,5 milhões de reais, resultante de cobranças efetuadas pela Receita Federal. Nos documentos apreendidos, está estabelecido o prêmio a ser pago a Erenice em caso de êxito: 1,5% do valor que a empresa deixaria de recolher aos cofres públicos. Admitida a hipótese de a cobrança ser anulada integralmente, caberiam a ela nada menos que 10 milhões de reais. O contrato foi acertado em 2013. José Ricardo ocupou o conselho do Carf até fevereiro do ano passado. 

Resumindo, Erenice se associou a um conselheiro do Carf para atuar em favor de uma empresa multada pelo próprio Carf. A relação de Erenice com José Ricardo fica evidente numa "procuração de gaveta" também apreendida. E mais: quando estava na Casa Civil, Erenice já dava uma mãozinha aos planos de José Ricardo de ampliar seus poderes sobre as decisões da Receita.

Mensagens eletrônicas a que VEJA teve acesso mostram a ação de Erenice para ajudar o advogado. Numa delas, encaminhada ao e-mail funcional dela no Palácio do Planalto, José Ricardo escreve a um irmão da ministra, também advogado, e também sócio na empreitada junto à Receita. Ele pede a intervenção de Erenice na composição do Carf: "Segue apresentação da pessoa que lhe falei, apta a ocupar a presidência do Primeiro Conselho de Contribuintes do Ministério da Fazenda". Com a mensagem, seguiu um anexo com o nome do próprio José Ricardo e de quatro sócios dele - três dos quais também foram conselheiros do Carf e figuram no rol de investigados na Operação Zelotes. Erenice, logo após receber o texto do irmão, responde: "Estou enviando curriculum dos meninos. Bjs".

Eis a receita de sucesso que leva muita gente em Brasília a construir fortunas de uma hora para outra. Enquanto estava no governo, Erenice plantava as bases de uma estrutura com a qual viria a se associar depois, para ganhar dinheiro à custa dos cofres públicos. E esse é apenas um dos muitos negócios arquitetados no escritório da ex-ministra, cujos sinais de riqueza são visíveis. A advogada Erenice nada lembra a companheira Erenice, que hoje mora no bairro mais caro de Brasília, desfila a bordo de carros importados e enverga roupas de grife e acessórios de luxo. Sempre que é procurada, a ex-ministra diz que não gosta de jornalistas. Ela em breve será incluída no rol de investigados da Operação Zelotes - e se juntará aos colegas que, da Casa Civil, decidiram mergulhar de cabeça e braços abertos naquilo que juraram um dia combater. 

José Dirceu, por sinal, foi intimado na semana passada a prestar esclarecimentos sobre os supostos contratos de consultoria que sua empresa firmou depois que ele deixou o Planalto. De 2006 a 2013, o ex-ministro faturou 39 milhões de reais, pagamentos que continuaram a ser feitos mesmo após ele ter sido preso. Antonio Palocci, que multiplicou seu patrimônio declarado em vinte vezes, incluindo carros e imóveis de altíssimo luxo, também está às voltas com o Ministério Público. A Casa Civil ainda guarda outros segredos.

04 de abril de 2015
in coroneLeaks