"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quarta-feira, 27 de maio de 2015

NOTÍCIAS DO BRASIL MARAVILHA E OUTRAS...

LAVA-JATO AMERICANA MIROU NA CARTOLAGEM LATINO-AMERICANA

Só um pouquinho mais sobre essa prisão dos dirigentes da Fifa, lá na Suíça, na antevéspera de mais uma eleição presidencial na entidade-mor do futebol mundial.

As prisões se deram no Baur au Lac, um luxuoso hotel cinco mil estrelas, de Zurique. Os agentes policiais chegaram à paisana ao hotel durante a madrugada. Com as ordens judiciais na mão, receberam as chaves dos apartamentos e botaram mãos à obra.

A cartolagem é acusada de fraude, lavagem de dinheiro e uma coleção de crimes financeiros. A Operação Lava-Jato deles lá, mirou com precisão nos cartolas da Latino-América.

É que a Justiça americana - que adora crimes financeiros, mesmo quando não sejam cometidos por um Al Capone - teve mostras de que boa parte das propinas sob investigação tem tudo a ver com a organização da - adivinhem! - com a organização da Copa do Brasil, Taça Libertadores da América e da Copa América. Marin, o Medalhão de Ouro é acusado de corrupção e de conspiração.

O Ministério Público da Suíça confiscou documentos e computadores na sede da Fifa que conteriam a comprovação de que os cartolas receberam propina também para votar nas sedes das Copas da Rússia e do Qatar.

O esquema ultrapassa 100 milhões de dólares de propina e comissionamento lavados em meios de comunicação e empresas de marketing esportivo que recebiam direitos midiáticos de publicidade e patrocínio em torneios de futebol na América Latina.

Para a Procuradoria-Geral da Justiça dos Estados Unidos, o empresário brasileiro J. Hawilla, dono da Traffic, agência detentora de direitos de transmissão e parceira da CBF, está envolvido até os gornes no suborno.

Então agora, inda que mal pergunte: você teria alguma ideia de como a Copa do Mundo de 2014 veio parar no Brasil?

INDA QUE MAL PERGUNTE.
..
Quem tem mais certeza de impunidade que os "dimenor" nesse país?

SE ACHA
Vanderlei Luxemburgo é o Lula do futebol brasileiro. Já era e ainda se acha.

FASE 13

A Operação Lava-Jato, colocou batizou com nome e sobrenome cada uma das mais recentes fases de investigação. Foi assim que todo mundo ficou sabendo do sucesso das operações A Origem, My Way, Que País é Esse, Juízo Final...

E, de repente os federais da equipe de Sérgio Moro detonaram a fase 13 e não lhe deram nenhum codinome digno de admiração.

A turma que manda e desmanda no PT não está gostando nem um pouquinho dessa maldade. A pandilha acha que o 13, mais que um número cabalístico, tem a cara do PT. E não se sabe bem por que cargas d'água, acham que isso tá pegando mal.

Então, pronto. A 13ª Fase pode se chamar PT, simplesmente PT com muita honra, com muito orgulho, com muito amoooor... Ou então, "Ferradura 13 Cravos"... Quem sabe até, para os mais fanáticos, Operação "13 Superstar"... Por que não "Estrela da Sorte"?.. Ah, chama de Fase 13 que tá bom demais. Todo mundo sabe de quem se trata.


CADEIA PARA CERVERÓ

Pronto, para quem estava esperando justiça, apenas justiça, nada mais do que justiça, a Vara de Sérgio Moro espetou Nestor Cerveró com cinco anos de cadeia, por lavagem de dinheiro. E dinheiro nosso; saído das burras públicas, bem nas fuças do governo.




A acusação mostrou que o velho companheiro diretor da Área Internacional da Petrobras usou o dinheiro de propina para comprar um apartamento de luxo no Rio de Janeiro.

A pena é para ser cumprida em regime fechado. Mas se ele se comportar direitinho, estará em liberdade condicional, podre de rico, morando em casa, dentro de um ano e alguns meses.

Esta condenação, no entanto, foi só pela lavagem. Cerveró tem sobre as costas largas o peso de mais meia dúzia de processos.

Os advogados de defesa acham que vão recorrer da sentença. Se eu fosse um deles - cruz, credo, aff-maria! - alegaria perseguição. Sergio Moro teria condenado o trambiqueiro só porque Cerveró olhou atravessado para ele.


MANDÕES

A esquerda festiva e elitizada pelos já quase 13 anos de poder, agora reclama que Eduardo Cunha "não opina, manda na maioria" lá da Câmara. Pode até que seja mesmo. De minha parte, Cunha não faz e nunca fez o meu gênero de democrata e nem de republicano. Em, todo caso, quem é essa esquerda festiva para reclamar de Cunha? O que é que Lula faz com o PT, com a velha esquerdinha de guerra e com esse governo, o tempo todo?!?

A VELHA MALA II

Pronto, como vou passar o dia fora, deixo com vocês o último pedaço de papel que encontrei pelos compartimentos surrados da velha maleta 007 que retomei para bancar o executivo, por uns dias desta semana. Assim que der vou à cata de outras maletas, baús e gavetas por onde andei espalhando folhas soltas...

VIDA

Sempre cabe em minha alma / um outro corpo que me acalma. / Na minha noite há o infinito mistério / de rir daquilo que é mais sério. / No meu tempo há lugar pra quem bem quiser / há um sonho de paz que eu evito / e uma certa presença do espírito / nos meus silêncios ao vadiar da sorte... / E existe vida pela hora da morte.

LULA QUER R$ 8 BI DO PAC PARA REFORÇAR HAHAHADDAD

Uma das piores apostas de Lula e do seu PT de honra foi escolher Fernando HaHaHaddad para a Prefeitura de São Paulo. Logo São Paulo, um colégio eleitoral que Lula não pode perder na próxima eleição, seja ela qual for.

Agora, Lula tira mais um coringa da manga e quer R$ 8 bilhões do PAC como se fossem para obras e "realizações" na pauliceia e que, na verdade, nem são para a campanha HaHaHaddad...

São para alavancar a volta de Lula. E, como se sabe, isso é um ótimo pretexto, como sempre, para enriquecer os intermediários - operadores e receptadores de gordas comissão - em toda e qualquer obra que se tenha a esperteza de começar neste governo.

A VELHA MALA
Mais duas folhas soltas que retiro da velha mala executiva tipo 007... As duas falam de tempo, aquele tempo que não perdoa nada daquilo que se faz sem ele.

RAZÃO & CORAÇÃO
Daqueles amores de verão / que acontecem no inverno: / um paraíso no coração / e na razão, um inferno.

MAIS OU MENOS
Mais do que um verão a mais / menos do que a vida pela vida inteira / Mais do que esperei jamais / Menos que uma história passageira.

A BOIA DO PLANTADOR
Agora a turma de Lula e boa parte do PT que não morrem de amores por Aloízio Mercadante, dizem que foi ele quem plantou na imprensa boatos sobre a falsa gripe de Joaquim Levy, naquele palco iluminado montado para anunciar os R$ 69,9 bilhões de corte no Orçamento. É bem provável que antes de Levy abandonar o barco, Mercadante já esteja boiando nas águas turvas do governo Dilma.



27 de maio de 2015
Laoviah Raziel

PREPARE SEU BOLSO

Serão os cofres públicos que pagarão campanhas eleitorais. Câmara derruba doação de empresa privada.

Clique aqui e veja como votaram os deputados. 

(Com informações do Estadão) A Câmara dos Deputados impôs, na madrugada desta quarta-feira, 27, rejeitou em plenário uma Proposta de Emenda à Constituição regulamentando as doações de empresas privadas a partidos e candidatos. Ele já havia sido derrotado na votação do sistema eleitoral distritão. A PEC da Reforma Política chegou a obter o apoio da maioria dos 475 deputados presentes. Mas os 264 votos favoráveis não foram suficientes. Por ser PEC, eram necessários o mínimo de 308 votos. Outros 207 deputados foram contra a emenda e 4 se abstiveram.

A emenda era uma proposta do PMDB, que buscava se antecipar a uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), onde uma ação sobre o financiamento de campanha já construiu a maioria necessária para determinar que doações só podem ser realizadas por pessoas físicas e pelo Fundo Partidário. Ou seja, sem repasses de empresas privadas.

O STF, porém, não proferiu a decisão em função de a ação estar sob embargo do ministro Gilmar Mendes há mais de um ano, após pedido de vista quando 6 ministros já haviam votado a favor de limitar as doações a pessoas físicas e ao Fundo Partidário. Apenas um ministro havia sido contrário. Apesar de faltar o voto de quatro magistrados, portanto, não é mais possível. Uma decisão da Câmara suspenderia a continuidade do julgamento no Supremo. 

A PEC da Reforma Política não definiu limites para as doações. Hoje, as empresas podem doar até 2% do seu faturamento bruto para campanhas e as pessoas físicas têm limite de 10% do seu rendimento bruto. O líder do PMDB, Leonardo Picciani (RJ), disse que definir as regras de financiamento era atribuição do Congresso. "Quem tem de decidir sobre isso é o Parlamento. O bom senso nos manda definir esse tema hoje, porque senão estaremos na mão do Poder Judiciário, no escuro", disse,antes da derrota.  

O tema gerou intenso embate entre deputados que defendiam o financiamento público e o privado, ou ambos os sistemas concomitantemente. O líder do PSOL, Chico Alencar (RJ) defendeu "um passo adiante" com o "financiamento de pessoas físicas com limites fortes e um fundo partidário democrático, transparente e austero". 

Ele foi contraposto pelo líder do PTB, Jovair Arantes (GO), que sustentou que "quem tem de pagar a democracia em país capitalista é o capital" e que repasses públicos são um tipo de "financiamento socialista". "O capital tem de financiar os seus políticos", disse.

Já o líder do DEM, Mendonça Filho (PE), argumentou que "ficar sem doação legal de empresas em campanhas é incentivar o caixa dois, é fomentar o sistema de financiamento ilegal" entre os partidos. Já a líder do PCdoB, Jandira Feghali (RJ), protestou contra a constitucionalização das doações privadas. Ela defendeu o financiamento público. "Isso não é matéria constitucional, é matéria de lei", disse. "Nós precisamos sanear esse processo de financiamento e garantir que todos tenham equilíbrio na disputa e concorrência eleitoral", disse.

A Câmara retoma a votação da reforma política nesta quarta-feira, 27. A pauta de votação prevê ainda a votação de uma proposta para autorizar o financiamento misto (público e privado) apenas para partidos políticos. Outra proposta defende as doações mistas apenas aos candidatos e, uma terceira emenda, sugere apenas o financiamento público de campanha.

27 de maio de 2015
in coroneLeaks

LOBÃO FILHO CONTRATOU REPRESENTATE DO PAI EM PARAÍSO FISCAL
















O ex-senador Lobão Filho (PMDB-MA) contratou, de 2009 a 2010, com verba de gabinete, o advogado Márcio Coutinho, que é apontado em inquérito na Justiça como representante do ex-ministro Edson Lobão (PMDB-MA) em uma holding nas Ilhas Cayman, conhecido paraíso fiscal no Caribe.
Por meio da cota parlamentar do Senado, destinada a despesas como aluguel de imóveis para escritório político, alimentação e passagens aéreas, Lobinho, como é conhecido, pagou R$ 6.750 mensais a Coutinho de abril de 2009 a fevereiro de 2010, no total de R$ 74.250.
Segundo Lobinho, Coutinho foi locador de três salas comerciais onde funcionou seu escritório político durante este período. O ex-senador diz que ele e Coutinho são amigos e que ele atua como seu advogado ”em algumas causas”, além de ter sido coordenador político de sua última campanha.
O ex-congressista disputou em 2014 o governo do Maranhão contra Flávio Dino (PCdoB-MA), que derrotou o peemedebista.
Lobinho era suplente de seu pai e deixou o Senado neste ano, quando Lobão reassumiu o mandato após deixar o Ministério de Minas e Energia.
Coutinho é citado como representante de Lobão na empresa Diamond Mountain em um processo que investiga o ex-ministro por suspeita de lavagem de dinheiro e ocultação de bens. O processo teve início na Justiça Federal de São Paulo, mas foi encaminhado ao STF (Supremo Tribunal Federal) em fevereiro deste ano, uma vez que Lobão, como senador, tem foro privilegiado.
SÓCIO OCULTO
Lobão é suspeito, de acordo com “O Estado de S. Paulo”, que revelou o caso, de ser sócio oculto da holding Diamond Mountain, grupo sediado nas Ilhas Cayman, responsável por captar recursos de fundos de pensão, empresas que recebem dinheiro de bancos públicos e de fornecedores da Petrobras.
A defesa de Lobão nega que o ex-ministro tenha qualquer relação com a empresa, mas admite que no dia 2 de junho de 2011 o peemedebista recebeu no Ministério de Minas e Energia um executivo da holding, Marcos Henrique da Costa. No encontro, segundo o advogado de Lobão, Antônio Carlos de Almeida Castro, foram tratados apenas assuntos relacionados a investimentos do grupo no país.
Também estaria presente no encontro o advogado maranhense Márcio Coutinho, que seria o representante de Lobão na holding.

27 de maio de 2015
Andréia Sadi
Folha

OS TRABALHADORES NÃO TÊM PARTIDO E O PARTIDO NÃO TEM TRABALHADORS





Pouco antes de morrer, aos 90 anos, Luiz Carlos Prestes declarou, num programa de televisão, que os comunistas não tinham partido, e que o partido não tinha comunistas. Respondia a uma das maiores iniquidades políticas jamais praticadas entre nós, sua expulsão do PCB por um grupo de anões que a História sepultou.
O tempo passou mas as lições do Cavaleiro da Esperança permanecem. O PT ainda não rejeitou seu líder maior, mas a conclusão surge clara: os trabalhadores não tem mais partido, e o partido não tem trabalhadores.
Dá pena verificar os companheiros, com raras exceções, votando as medidas provisórias que restringem direitos trabalhistas e previdenciários, do seguro desemprego ao abono salarial e às pensões das viúvas, aplaudindo o aumento de impostos e calando-se diante do lucro dos bancos. Como o Lula permanece em silêncio, como fez durante algum tempo o velho Prestes, haverá que esperar o inevitável. Não demora que os anões de hoje venham a afastar o torneiro-mecânico de ontem. Dilma está para Giocondo Dias assim como Aloízio Mercadante para Roberto Freire.
LINHA AUXILIAR
A gente pergunta como foi possível o grupelho dito comunista renegar seu líder maior e até, mais tarde, mudar de sigla, tornando-se um invertebrado PPS, linha auxiliar do neoliberalismo. Mas não é que a História se repete como farsa? O Partido dos Trabalhadores perdeu os trabalhadores e deixou de ser partido. Companheiros em profusão aderiram às benesses do poder, alguns até mergulhando na corrupção desenfreada. Há anos que não se tem noticia de protestarem contra a farsa do salário mínimo. Esqueceram a importância de conquistar os meios de produção. Tornando-se primeiro em clubes recreativos, os sindicatos transformaram-se em atalho para a burguesia. Suas bancadas no Congresso apoiam a terceirização e não se lembram mais da taxação das grandes fortunas. Acomodaram-se à sombra das mordomias. Preferem ser consultores em vez de trabalhadores.
O desfecho parece próximo. Fica a dúvida: quem representará os oprimidos? Foi o Lula, um dia,  mas fora uns poucos sabujos de agora, falta-lhe o suporte que também faltou a Luiz Carlos Prestes. Náufragos solitários, restou a um, como ainda resta ao outro, cultivar o inconformismo e acreditar na mudança. Recomeçar.

27 de maio de 2015
Carlos Chagas

DILMA METE A MÃO NA PENSÃO DAS VIÚVAS



(G1) O Senado aprovou nesta quarta-feira (27) a medida provisória 664, que restringe o acesso ao pagamento da pensão por morte. Como o texto já havia sido aprovado pela Câmara, segue agora para sanção da presidente Dilma Rousseff. A MP faz parte do pacote de ajuste fiscal do governo federal e é a segunda aprovada pelos senadores. Nesta terça (26), os parlamentares aprovaram a MP 665, que altera regras para o acesso ao seguro-desemprego, ao abono salarial e ao seguro-defeso. 

Pelo texto aprovado, os cônjuges só poderão requerer pensão por morte do companheiro se o tempo de união estável ou casamento for de mais de dois anos e o segurado tiver contribuído para o INSS por, no mínimo, um ano e meio. Antes, não era exigido tempo mínimo de contribuição para que os dependentes tivessem direito ao benefício, mas era necessário que, na data da morte, o segurado estivesse contribuindo para a Previdência Social. 

O texto original enviado pelo governo previa, para a concessão do benefício, dois anos de união e dois anos de contribuição. O Senado também confirmou a alteração feita na Câmara que institui que o benefício pago pela Previdência Social aos pensionistas continuará sendo o valor da aposentadoria que o segurado recebia ou teria direito a receber se estivesse aposentado por invalidez na data da morte. O governo havia previsto no texto original a redução do benefício pela metade. 

Tabela de duração das pensões

De acordo com a MP, a tabela de duração das pensões aos cônjuges, fixando como base a idade, e não a expectativa de vida dos pensionistas, fica da seguinte forma:

- 3 anos de pensão para cônjuges com menos de 21 anos de idade
- 6 anos de pensão para cônjuge com idade entre 21 e 26 anos
- 10 anos de pensão para cônjuge com idade e entre 27 e 29 anos
- 15 anos de pensão para cônjuge com idade entre 30 e 40 anos
- 20 anos de pensão para cônjuge entre 41 e 43 anos
- Pensão vitalícia para cônjuge com mais de 44 anos

Além disso, quando o tempo de casamento ou de contribuição forem inferiores ao necessário para se ter o benefício, o cônjuge terá ainda assim direito a uma pensão, mas somente durante quatro meses. O texto original não previa a concessão desse benefício temporário.

27 de maio de 2015
in coroneLeaks

JOAQUIM LEVY REDUZ O ESPAÇO POLÍTICO DE DILMA ROUSSEFF




















Seja qual for o desfecho final do abalo criado pela ausência do ministro Joaquim Levy no anúncio oficial dos cortes fixados para o orçamento deste ano, o fato marcante foi o reflexo político da atitude em relação ao Palácio do Planalto cuja equipe principal viu-se surpreendida pelo vazio ocupado pelo titular do Planejamento, Nelson Barbosa. Digo desfecho final porque Natuza Nery, na Folha de São Paulo de domingo, assinalou que a substituição gerou o temor de que, insatisfeito, poderia deixar a Fazenda. De outro lado, no Globo, também domingo, Geralda Doca sustentou que Joaquim Levy estaria magoado pela realidade de o governo estar cedendo a pressão dos partidos da base aliada, incluindo setores do PT, contra o ajuste fiscal.
Mas na edição de segunda-feira, a manchete principal do Valor destacava que, apesar de julgar-se atingido em seu projeto, o chefe da equipe econômica permaneceria na Fazenda. Seria uma forma, ao mesmo tempo de acrescentar o posto a seu curriculum no universo financeiro, e também continuar a luta que empreendeu, mesmo sentindo-se derrotado no capítulo que passou. Entretanto, penso eu, o problema não é tão simples. Ao contrário, é bastante complexo.
AJUSTE RECESSIVO
Isso porque o projeto de conter gastos públicos, menos no que se refere aos juros pagos pela dívida interna, pode ser essencial, mas é recessivo. Aliás, este ponto foi muito bem focalizado por Flávio José Bortoloto e Wagner Pires, na Tribuna da Internet de segunda-feira, quando sustentaram que o panorama é sempre problemático e difícil, quando se depende de negociação com credores para obter investimentos externos. A política de Joaquim Levy está voltada para restringir o crédito interno e ampliar o campo para aplicações externas de capital. Daí porque os juros da Selic foram parar na escala de 13,35% ao ano, taxa real, portanto, de 5%, descontada a inflação de 8,2% nos 12 últimos meses. Estão entre os juros mais altos do mundo, garantidos inclusive pelo tesouro Nacional.
CAMINHOS DIVERSOS
Como se constata, a contradição entre o programa básico do governo e as modificações neles inseridas pelo diretor licenciado do Bradesco torna-se flagrante. O ponto comum, sem dúvida, deve ser a busca do desenvolvimento econômico e social. Porém por caminhos diversos. O antigo confronto entre o monetarismo e o estruturalismo. O primeiro coloca o saneamento da moeda como degrau primeiro e essencial. O segundo, ao contrário, parte da expansão dos salários para incentivar o mercado de consumo e, com isso, escapar do peso de um desemprego na mão de obra produtiva. São questões de tempo, vamos admitir.
Entretanto, o tempo é um desafio essencial. Sobretudo no momento em que declina a popularidade da presidente Dilma Rousseff. Basicamente, ela precisa de espaço. Joaquim Levy está reduzindo seu campo de atuação.

27 de maio de 2015
Pedro do Coutto

EMPREITEIRA CONFIRMOU "COMISSÕES" AO AMIGO DE DIRCEU



Dirceu foi contratado por Pascowitch, que também era consultor















Um dos donos da Engevix Engenharia, Gerson de Mello Almada, confirmou à Operação Lava Jato que a empreiteira pagou Milton Pascowitch “comissões” que chegaram a “0,9%” dos contratos – ainda em execução – que o Estaleiro Rio Grande, controlado pela empreiteira, fechou para construção de sondas do pré-sal, para a Petrobrás.
Pascowitch – dono da Jamp Engenheiros Associados – mantinha ligações com José Dirceu. O lobista é um dos cinco acusados pela força-tarefa da Lava Jato de serem operadores de propina nos contratados de construção de 29 sondas para exploração de petróleo em águas profundas, pela Petrobrás, via empresa Sete Brasil S/A.
A confirmação do empresário de que Pascowitch recebia “comissões” pelo “lobby” que fez nos contratos do Estaleiro Rio Grande foi um dos elementos que levaram a Justiça Federal a decretar a prisão preventiva do lobista, na última semana.
“Vinculado a esse negócio foi firmado um contrato de consultoria com a Jamp (Engenharia Associados) de Milton Pascowitch, o qual foi calculado em torno de 0,75% a 0,9% do valor do contrato das sondas, que girou em torno de US$ 2,4 bilhões, estando o contrato ainda em execução”, declarou Almada.
CRIADA SOB MEDIDA
A Sete Brasil foi criada pela Petrobrás, em parceria com fundos de pensão públicos e privados e com três bancos. Em 2011, a empresa fechou um contrato com estatal para viabilizar um grandioso projeto de construção de sondas no Brasil, no valor de US$ 25 bilhões.
Peça central na criação da Sete Brasil e primeiro diretor de Operações da empresa, nomeado para cuidar do projeto das sondas, foi Pedro Barusco. Ele é ex-gerente de Engenharia da Petrobrás e confessou, em delação premiada com a Lava Jato, receber propina no esquema.
“Sobre o valor de cada contrato firmado entre a Sete Brasil e os estaleiros, deveria ser distribuído o percentual de 1%, posteriormente reduzido para 0,9%”, revelou Barusco.
Almada admitiu que foi procurado por Barusco para os contratos das sondas. O Estaleiro Rio Grande, no Rio Grande do Sul, foi contratado para construir três das sondas marítimas de perfuração da Sete Brasil.
ESTALEIROS
Cinco estaleiros, formados por empresas do cartel em parceria com as gigantes mundiais do setor, foram contratados nesse pacote de equipamentos para o pré-sal.
Procuradores da Lava Jato sustentam que as “comissões” que Almada confessou ter pago à PF e à Justiça Federal – em processo em que é réu – para Pascowitch no negócio das sondas era “propina”.
Os contratos das 29 sondas da Sete Brasil são um dos pontos de partida da força-tarefa da Operação Lava Jato na ofensiva para comprovar que o esquema de cartel e corrupção nas obras de refinarias da Petrobrás, entre 2004 e 2014, foi reproduzido em contratos do bilionário mercado do pré-sal.

27 de maio de 2015

EUA INDICIAM 14 MEMBROS DA FIFA E JOSÉ MARIA MARIN É DETIDO

José Maria Marin estaria entre os seis que foram presos









Departamento de Justiça dos Estados Unidos anunciou nesta quarta-feira (27/5) o indiciamento de nove dirigentes da Fifa e de outros cinco funcionários da entidade, por conspiração e corrupção ao longo de um período de 24 anos. O anúncio coincidiu com o uma operação na sede da Concacaf (Confederação da América do Norte, América Central e Caribe de Futebol) em Miami, como parte do caso, e depois que as autoridades suíças informaram a detenção de seis dirigentes do mundo do futebol em um hotel de Zurique, pouco antes do Congresso anual da Fifa.

A investigação “se estende pelo menos ao longo de duas gerações de dirigentes de futebol, suspeitos de abuso de suas posições para obter milhões de dólares em subornos e comissões”, afirma um comunicado da secretária de Justiça, Loretta Lynch. A pedido das autoridades dos Estados Unidos, seis dirigentes suspeitos de corrupção foram detidos em Zurique, a dois dias da eleição para a presidência, na qual Joseph Blatter buscará o quinto mandato à frente da entidade.

Segundo as autoridades suíças, os seis dirigentes são suspeitos de aceitar suborno de milhões de dólares desde os anos 1990. O jornal New York Times, que revelou o caso, afirmou que policiais suíços compareceram a um hotel de luxo de Zurique durante a madrugada. Entre os acusados e possíveis detidos, o jornal e a rede britânica BBC mencionam o ex-presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) José Maria Marin.

DOCUMENTOS DA FIFA

Ao mesmo tempo, a Promotoria da Suíça apreendeu documentos eletrônicos na sede da Fifa, em uma investigação penal por suspeitas de “lavagem de dinheiro e gestão desleal” relacionadas à escolha das sedes das Copas do Mundo de 2018 e 2022. “Os enriquecimentos ilegítimos teriam acontecido ao menos em parte na Suíça”, afirma o ministério da Justiça. A investigação teria começado em 10 de março.

Segundo o jornal New York Times, as acusações se referem a casos de corrupção dos últimos 20 anos, em particular as escolhas das sedes dos Mundiais, direitos de marketing e televisão, assim como fraude e lavagem de dinheiro. As acusações envolvem uma dezena de pessoas, segundo o jornal, mas algumas delas não estão no momento em Zurique.

Entre os dirigentes atuais ou passados da Fifa acusados estão Jeffrey Webb (Ilhas Cayman), membro do comitê executivo, o uruguaio Eugenio Figueredo e Jack Warner (Trinidad e Tobago), ex-membro do comitê executivo, já envolvido em outros casos de corrupção. 

O jornal americano também cita o costarriquenho Eduardo Li, o nicaraguense Julio Rocha, Rafael Esquivel, presidente da Federação Venezuelana de Futebol, Costas Takkas (Grã-Bretanha), adjunto do gabinete do presidente da Concacaf, Eugenio Figueredo (Uruguai), atual vice-presidente da Fifa, e Rafa e o paraguaio Nicolás Leoz.

27 de maio de 2015
Deu na France Presse

EUA ATIRAM NA RÚSSIA E ACERTAM NA INDÚSTRIA DO XISTO






São tempos bem tristes em Washington e Wall Street. Aquela única superpotência sem desafiantes, quando do colapso da União Soviética, apenas um quarto de século depois, está perdendo a própria influência global, como se vê hoje; e muito depressa, como a maioria jamais teria previsto há seis meses. O ator chave que catalisou um desafio global contra a pressuposta UP (“única superpotência”) em Washington é Vladimir Putin, presidente da Rússia.
Esse é o real cenário da surpreendente visita que fez o secretário de Estado dos EUA John Kerry a Sochi, para encontrar-se com o ministro de Relações Exteriores da Rússia Sergei Lavrov. Depois de revistado por Lavrov, Kerry foi levado à sala de Satã em pessoa, Putin.
Longe de alguma tentativa de “reset”, os infelizes estrategistas geopolíticos de Washington tentam desesperadamente encontrar algum meio de pôr de joelhos o Urso Russo.
Rápido flash back até dezembro de 2014 é instrutivo para compreender por que o secretário de Estado parece estar levando um ramo de oliveira à Rússia de Putin, e bem no atual momento. Em dezembro do ano passado, Washington parecia a ponto de jogar a Rússia à lona, com aquela brilhante tática de sanções financeiras dirigidas a alvos atentamente selecionados, e com o acordo, com a Arábia Saudita, para derrubar os preços do petróleo.
RUBLO SOB ATAQUE
Em meados de dezembro, o rublo estava em queda livre na relação com o dólar. Os preços do petróleo também haviam desabado, de $ 107, apenas seis meses antes, para os então $ 45 o barril. Sendo a Rússia fortemente dependente da renda das exportações de petróleo e gás para o custeio do estado, e com as empresas russas carregadas de dívidas em dólares no exterior, a situação, vista do lado de dentro do Kremlin era difícil.
Naquele ponto, o destino, como tantas vezes acontece, interveio de modo inesperado (inesperado, pelo menos, para os arquitetos norte-americanos da estratégia da guerra financeira + colapso do petróleo). O acordo que John Kerry firmara em setembro de 2014 com o já muito gravemente doente rei Abdullah da Arábia Saudita não estava provocando apenas grave sofrimento nas finanças russas.
Estava também ameaçando fazer explodir estimados $ 500 bilhões em “papéis podres” de alto-risco-alto-rendimento, dívidas que a indústria de petróleo de xisto dos EUA havia tomado em bancos de Wall Street ao longo dos últimos cinco anos, para financiar a muito incensada revolução do petróleo de xisto norte-americano, que por alguns dias pusera os EUA à frente da Arábia Saudita como maior produtor de petróleo do mundo.
TIRO PELA CULATRA
O que Kerry não percebeu no seu negócio de vender cavalo manco aos espertos sauditas foi que os monarcas sauditas tinham uma sua agenda própria. Desde antes haviam deixado bem claro que não queriam ter seu lugar de primeiro produtor e rei do mercado mundial de petróleo roubado por uma iniciante indústria de petróleo de xisto norte-americana. Até que gostaram de fazer sangrar Rússia e Irã. Mas o objetivo deles era matar e tirar de cena os norte-americanos, rivais deles, sauditas, na guerra do petróleo.
Os projetos norte-americanos de xisto foram calculados quando o petróleo custava $100/barril, há menos de um ano. O preço mínimo para que muitas das empresas norte-americanas de xisto escapassem da falência estava entre $ 65 e $ 80/barril.
A extração do petróleo de xisto é não convencional e mais cara. A empresa Douglas-Westwood,  de assessoria no campo de energia, estima que cerca de metade dos projetos de petróleo em desenvolvimento nos EUA só sobrevivem se o petróleo estiver acima de $120/barril, mínimo indispensável para gerar fluxo positivo de caixa.
PAPÉIS PODRES
Ao final de dezembro, uma série de falências, em cadeia, de empresas do petróleo de xisto esteve perto de detonar novo tsunami financeiro, em momento em que estava longe de resolvida a carnificina da crise dos derivativos em 2007-8. O estouro, mesmo que de apenas uns poucos papéis podres, de empresas de xisto e alta cotação, bastaria para disparar um pânico com efeito dominó no mercado da dívida de US $1,9 trilhões em papéis igualmente podres, o que com certeza dispararia novo derretimento financeiro que os super estressados governo dos EUA e seu Federal Reserve dificilmente conseguiriam deter. Poderia até levar ao fim do dólar como moeda global de reserva.
Repentinamente, nos primeiros dias de janeiro, lá estava Lagarde, presidenta do FMI, a elogiar o Banco Central da Rússia pelo modo “bem-sucedido” de enfrentar a crise do rublo. O Gabinete de Terrorismo Financeiro do Tesouro dos EUA suavizou os discursos contra a Rússia. Só o governo Obama mantinha que se tratava da 3ª Guerra Mundial “de sempre” contra Putin. A estratégia dos EUA para o petróleo provocara muito mais danos aos EUA, que à Rússia.

27 de maio de 2015
William F. Engdhal
New Eastern Outlook

QUANDO O HUMOR DESENHA A REALIDADE...

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27 de maio de 2015

O ENIGMA DO TESOUREIRO

Decifra-me ou te devoro. João Vaccari Neto não é boquirroto, não ergue punho cerrado, fala baixo e sempre arrecadou quieto para o PT. Bancário e sindicalista, Vaccari é considerado um soldado do Partido dos Trabalhadores. Aos 56 anos, com olhar triste ou resignado e aquela barba branca de ursinho fofinho, o agora ex-tesoureiro do PT, afastado após meses de corda bamba, parece ter a consciência tranquila de quem apenas cumpriu ordens. E com eficiência.

Essa é a sina dos tesoureiros. Eles têm as chaves do caixa e do cofre e apenas obedecem. Vaccari não é diferente de Delúbio Soares, o operador do mensalão. Não é diferente de PC Farias, o tesoureiro de campanha de Fernando Collor nas eleições de 1989. PC Farias foi acusado de ser testa de ferro de Collor em vários esquemas de corrupção. A diferença, a favor (?) de Vaccari, é o valor. PC Farias teria arrecadado de empresários privados o equivalente a US$ 8 milhões em dois anos e meio do governo Collor (1990-1992). O “esquema PC” movimentou mais de US$ 1 bilhão dos cofres públicos. Tudo fichinha diante dos atuais desvios denunciados pela Lava Jato – apenas a Petrobras admite um prejuízo de R$ 6 bilhões.

Vaccari não poderia ser abandonado por Lula e Dilma até cair. Por mais que setores do PT alertassem para afastar o tesoureiro antes da tragédia anunciada, como abandoná-lo sem que ele se sentisse traído? Alguns dirigentes do partido têm medo que Vaccari possa, encarcerado, virar um “homem-granada”, depois de ter adquirido, com razão, a fama de “arrecadador eficiente”. O caixa do PT era um antes dele. E outro depois. Em 2007, o PT arrecadou R$ 8,9 milhões; em 2009, R$ 11,2 milhões. Em 2010, Vaccari passou a comandar a tesouraria. Sucesso absoluto. Em 2011, o PT arrecadou R$ 50,7 milhões; em 2013, R$ 79,8 milhões.

Presidente do Sindicato dos Bancários desde 1994, Vaccari entrou no Banespa aos 19 anos como escriturário. Sindicalista de alma e ação, participou da fundação da Central Única dos Trabalhadores (CUT). De lealdade canina ao PT, Vaccari age como os que servem ao chefe e à chefa sem perguntar o que é moral, amoral ou imoral. O tesoureiro não move um músculo do rosto quando acuado, só as rugas de expressão na testa denunciam o desamparo. Disse candidamente à CPI da Petrobras que não sabe por que motivo foi ao encontro do doleiro Alberto Youssef. Em fevereiro, recusou-se a abrir o portão de sua casa para a Polícia Federal. Os policiais pularam o muro para cumprir mandado de busca e apreensão. Vaccari já flertava com o malfeito havia tempos. É um dos réus no Caso Bancoop. Acusado de crime de formação de quadrilha, estelionato, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro, por desvios milionários e prejuízo a cooperados que não receberam suas casas.

Vaccari foi finalmente preso no dia 15 de abril. Essa prisão, que envolve acusações à família do tesoureiro – mulher, filha e cunhada –, é mais que simbólica. A história contemporânea dos tesoureiros é prova disso. Eles podem levar a culpa por tudo. Podem fugir para a Europa, para a Tailândia. E até ser assassinados, como PC. O ex-patrão de PC, Collor, tornou-se amigo dos reis. Dá para entender a amizade. É a “nomenklatura”. Eles se reconhecem, se afagam, se solidarizam.

Não sei se Dilma Rousseff hoje se vangloria de ter vencido as eleições. O preço é alto demais. A cada manhã, ela depara com uma nova denúncia. A cada fim de tarde, sofre uma nova derrota. A cada divulgação de números – do PIB à Educação, passando por todos os setores essenciais –, Dilma se confronta com o fracasso de seu primeiro mandato e com o desperdício de anos de irresponsabilidade fiscal e gastos desmesurados da máquina, comprometendo os bancos públicos. Dilma poderia hoje estar apenas pedalando sua bicicleta caso tivesse perdido as eleições. O Brasil deve esquecer essa história de impeachment. A presidente tem de expiar publicamente seus pecados, submeter a economia e a política a ajustes de valores numéricos e morais e recolocar o país num rumo que reverta a herança maldita.

Agora, o tesoureiro está preso. Em entrevista à CNN espanhola, Dilma foi categórica. “Estou segura de que minha campanha não tem dinheiro de suborno.” Dilma tem “certeza” disso porque suas contas da campanha foram todas “auditadas” e “aprovadas”. “Gostaria de dizer o seguinte: se alguma pessoa ganha dinheiro de suborno, essa pessoa será responsável. É assim que deve ser.” Quem será essa pessoa que transformou propina em doação legal? Quem será?

O procurador Deltan Dallagnol disse que “Vaccari tinha consciência de que os pagamentos eram feitos a título de propina”. A denúncia foi aceita pela Justiça Federal do Paraná. Vaccari pertence à mesma corrente do PT de Lula, José Dirceu e Antonio Palocci, chamada “Construindo um Novo Brasil”. Ele é hoje a esfinge a ser decifrada.

27 de maio de 2015
Ruth de Aquino