"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

terça-feira, 9 de junho de 2015

PARADA LGBT

Dinheiro público para atacar cristãos. Lésbica critica movimento: são uns “vitimistas do c@r@***”!



Por meio de Petrobras, Caixa e Prefeitura de São Paulo, o governo do PT patrocinou a parada LGBT, que trouxe um transexual seminu, no papel de Jesus Cristo na cruz.
A esquerda brasileira repudia até charges que ironizam Maomé em jornais privados, mas acha natural ironizar Jesus Cristo nas ruas com dinheiro público.
Detalhe: gays são enforcados, por serem gays, em países islâmicos (como no Irã, aliado do PT), não no Brasil, muito menos na Igreja Católica.
Felizmente, nem todo gay cai na conversa fiada do movimento político LGBT.
Karol Eller, lésbica, postou no Facebook o vídeo abaixo, chamando os manifestantes desse movimento de “mer**” de uns “vitimistas do c@r@***”.
“Eles não falam por mim. Para a gente ter respeito, a gente tem que dar respeito.”
Não: o vídeo de Karol não tem patrocínio de Petrobras, Caixa e Prefeitura de São Paulo.

09 de junho de 2015
Felipe Moura Brasil - Veja Online

RELEMBRANÇAS HISTÓRICAS...

“Contei a Lula do Mensalão, diz deputado”

Há exatos 10 anos o aliado Roberto Jefferson, em entrevista bombástica a Renata Lo Prete, dava início à revelação do gigantesco esquema de corrupção no governo Lula. 
O mensalão, como descobriríamos depois, envolvia ministros do gabinete presidencial, presidentes de 4 partidos da base lulista e até mesmo o presidente da Câmara, que hoje está preso.
LulaDirceuJefferson
Como celebração a este momento, trazemos aos amigos a entrevista publicada no dia 06 de junho de 2005 (link) na Folha de São Paulo:
Jefferson afirma que foi “informando a todos do governo” sobre a mesada a deputados paga por Delúbio e que Lula chorou ao saber do caso
Contei a Lula do “mensalão”, diz deputado
DO PAINEL
Em sua entrevista à Folha, Roberto Jefferson afirma que levou a questão do “mensalão” a vários ministros do governo Lula e ao próprio presidente. Ele acredita que a prática só foi interrompida após Lula ser informado por ele, o que teria acontecido em duas conversas no princípio deste ano.
(RENATA LO PRETE)
Folha – Na tribuna da Câmara, o sr. disse ter sido procurado por pessoas que lhe pediam para resolver pendências nos Correios, que teria se recusado a traficar influência e que interesses contrariados estariam na origem da denúncia da revista “Veja”. Por que o sr. não denunciou essas pessoas?
Roberto Jefferson – 
Não se faz isso. Se você for denunciar todo lobista que se aproxima de você, vai viver denunciando lobista.
Folha – O consultor Arlindo Molina, uma das pessoas que o procuraram para tratar dos Correios, afirma que, ao contrário do que o sr. disse no pronunciamento, o conhece há anos. Essa versão procede?
Jefferson – 
A entrevista dele está completamente equivocada, até nas datas. Eu o conheci em março de 2005. Não é verdade que nos conhecíamos antes disso.
Folha – O sr. fala em guerra comercial. Mas não está em curso nos Correios, também, uma guerra por espaço entre os partidos?
Jefferson – 
Não. Mas eu entendo o Fernando Bezerra [senador pelo PTB e líder do governo no Congresso] porque, na primeira matéria da “Veja”, está dito que ele indicou o Ezequiel Ferreira para a diretoria de Tecnologia dos Correios. Mas o Ezequiel nunca assumiu. Por que não mostraram quem está no cargo, se 60% daquela fita [a que registra a cobrança de propina] se refere às operações da diretoria de Tecnologia? Esconderam o atual, indicado pelo Silvio Pereira [secretário-geral do PT]. O Policarpo [Júnior, repórter de “Veja”] protegeu o PT.
Folha – Na contramão do que declarou à PF, o ex-presidente do IRB Lídio Duarte diz em gravação [divulgada pela “Veja”] que, enquanto esteve no cargo, foi pressionado a destinar mesada de R$ 400 mil ao PTB. O que o sr. tem a dizer?
Jefferson – 
É algo que ele terá de esclarecer à PF. Eu tenho dele uma carta em que ele nega ter dado a entrevista. Em carta à “Veja”, disse que não disse. Na PF, sob juramento, disse que não disse. Quem tem de decidir é a Justiça.
Conheci o doutor Lídio no princípio de 2003, na casa do José Carlos Martinez [presidente do PTB morto em outubro daquele ano em acidente aéreo]. Sabendo que o PTB indicaria o presidente do IRB, ele veio para se apresentar. Tive excelente impressão.
Depois da morte do Martinez ele se distanciou completamente do PTB. Por volta de agosto de 2004, eu o chamei ao meu escritório no Rio e disse: quero que você me ajude, procurando essas empresas que trabalham com o IRB, para fazerem doações ao partido nesta eleição, porque estamos em situação muito difícil. Ele ficou de tentar. Em setembro, ele voltou a mim e disse: deputado, não consegui que as doações sejam “por dentro”, com recibo; querem dar por fora, e isso eu não quero fazer. Eu falei: então não faça.
Na conversa, o Lídio avisou que estava perto de se aposentar. Eu então avisei que iniciaria um processo para substituí-lo. Levei aos ministros José Dirceu [Casa Civil] e Antonio Palocci [Fazenda] o nome do doutor Murilo Barbosa Lima, diretor técnico do IRB. O nome ficou meses em aberto. A imprensa começou a dizer que havia dossiê contra ele. E o doutor Lídio, que dissera que iria se aposentar, se agarra com o doutor Luiz Eduardo de Lucena, que é o diretor comercial indicado pelo José Janene [líder do PP na Câmara], para ficar na presidência.
Aí se instala uma queda-de-braço entre o PTB e o PP. O Palocci conversa comigo e diz o seguinte: Roberto, vamos fazer uma saída por cima. Nós temos o diretor administrativo, um homem de altíssimo gabarito, o Appolonio Neto, sobrinho do Delfim Netto, fez um dos melhores trabalhos de modernização do IRB. A gente passa o Appolonio como sendo do PTB, e ele sendo sobrinho do Delfim, que é do PP, e a gente resolve a situação. Eu falei: não sou problema, está dada a solução. O doutor Appolonio foi uma indicação salomônica do ministro Palocci.
Folha – O sr. considera correta, legítima, essa forma de partilha dos cargos do governo?
Jefferson – 
Você entrega aos administradores dos partidos que compõem o governo a administração do governo. O PT tem participação muito maior que a dos outros partidos da base. Tem 20% da base e 80% dos cargos.
Mesmo o IRB: o PTB tem a presidência, mas todos os cargos abaixo são do PT. A Eletronorte: o presidente, doutor Roberto Salmeron, é um dos melhores quadros do PTB. Mas, de novo, toda estrutura abaixo é do PT. O diretor mais importante, o de Engenharia, é o irmão do ministro Palocci. O doutor Salmeron é uma espécie de rainha da Inglaterra. A ministra [Dilma Rousseff, das Minas e Energia] despacha com o irmão do Palocci. Tudo isso foi construído lá atrás, com o Silvio Pereira, o negociador do governo.
Folha – Qual é a sua relação com Henrique Brandão, da corretora de seguros Assurê?
Jefferson – 
Pessoal. Meu amigo fraterno há 30 anos. Era um homem pobre. Por seu mérito, transformou-se no maior corretor privado do Brasil. O Henrique é grande há muito tempo. Está em Furnas há 12, 15 anos.
Folha – De volta à gravação, o sr. rejeita a afirmação de que Henrique Brandão pedia contribuições em seu nome no IRB?
Jefferson – 
Nunca foi feito tal pedido. Volto a dizer: a única coisa que houve foi um pedido, feito por mim ao Lídio, de ajuda para o PTB na eleição. E eu compreendi as razões de ele não poder ajudar.
Eu quero contar um episódio. Na véspera de eu fazer meu discurso no plenário da Câmara, havia uma apreensão muito grande dos partidos da base, em especial o PL e o PP, e do próprio governo.
Dez minutos antes de eu sair para falar chega aqui, esbaforido, Pedro Corrêa (PE), presidente do PP: “Bob, cuidado com o que você vai falar. O governo interceptou uma fita de você exigindo do Lídio dinheiro para o PTB”. Eu dei um sorriso e disse: “Pedrinho, se era essa a sua preocupação, pode ficar tranqüilo, essa conversa nunca existiu. Não sou assim, nem o doutor Lídio é assim”. Aí ele rebateu: “Mas pode ter sido seu genro [Marcus Vinícius Ferreira]”. Eu falei: “Meu genro é um homem de bem. E eu vejo, Pedrinho, que você não tem convicção de fita nenhuma. Fica calmo que eu não vou contar nada do que eu sei a respeito de “mensalão'”.
Folha – E o que o sr. sabe?
Jefferson – 
Um pouco antes de o Martinez morrer, ele me procurou e disse: “Roberto, o Delúbio [Soares, tesoureiro do PT] está fazendo um esquema de mesada, um “mensalão”, para os parlamentares da base. O PP, o PL, e quer que o PTB também receba. R$ 30 mil para cada deputado. O que você me diz disso?”. Eu digo: “Sou contra. Isso é coisa de Câmara de Vereadores de quinta categoria. Vai nos escravizar e vai nos desmoralizar”. O Martinez decidiu não aceitar essa mesada que, segundo ele, o doutor Delúbio já passava ao PP e ao PL.
Morto o Martinez, o PTB elege como líder na Câmara o deputado José Múcio (PE). Final de dezembro, início de janeiro, o doutor Delúbio o procura: “O Roberto é um homem difícil. Eu quero falar com você. O PP e o PL têm uma participação, uma mesada, eu queria ver se vocês aceitam isso”. O Múcio respondeu que não poderia tomar atitude sem falar com o presidente do partido.
Aí reúnem-se os deputados Bispo Rodrigues (PL-RJ), Valdemar Costa Neto [SP, presidente do PL] e Pedro Henry (PP-MT) para pressionar o Múcio: “Que que é isso? Vocês não vão receber? Que conversa é essa? Vão dar uma de melhores que a gente?”. Aí o Múcio voltou a mim. Eu respondi: “Isso desmoraliza. Tenho 22 anos de mandato e nunca vi isso acontecer no Congresso Nacional”.
Folha – O sr. deu ciência dessas conversas ao governo?
Jefferson – 
No princípio de 2004, liguei para o ministro Walfrido [Mares Guia, Turismo, PTB] e disse que precisava relatar algo grave. Conversamos num vôo para Belo Horizonte. “Walfrido, está havendo essa história de “mensalão”.” Contei desde o Martinez até as últimas conversas. “Em hipótese alguma. Eu não terei coragem de olhar nos olhos do presidente Lula. Nós não vamos aceitar.”
E eu passei a viver uma brutal pressão. Porque deputados do meu partido sabiam que os deputados do PL e do PP recebiam.
As informações que eu tenho são que o PMDB estava fora. Não teve “mensalão” no PMDB.
Fui ao ministro Zé Dirceu, ainda no início de 2004, e contei: “Está havendo essa história de mensalão. Alguns deputados do PTB estão me cobrando. E eu não vou pegar. Não tem jeito”. O Zé deu um soco na mesa: “O Delúbio está errado. Isso não pode acontecer. Eu falei para não fazer”. Eu pensei: vai acabar. Mas continuou.
Me lembro de uma ocasião em que o Pedro Henry tentou cooptar dois deputados do PTB oferecendo a eles “mensalão”, que ele recebia de repasse do doutor Delúbio. E eu pedi ao deputado Iris Simões (PTB-PR) que dissesse a ele: se fizer, eu vou para a tribuna e denuncio. Morreu o assunto.
Lá para junho eu fui ao Ciro Gomes. Falei: “Ciro, vai dar uma zebra neste governo. Tem um “mensalão”. Hoje eu sei que são R$ 3 mi, R$ 1,5 mi de mensal para o PL e para o PP. Isso vai explodir”. O Ciro falou: “Roberto, é muito dinheiro, eu não acredito nisso”.
Aí fui ao ministro Miro Teixeira, nas Comunicações. Levei comigo os deputados João Lyra (PTB-AL) e José Múcio. Falei: “Conte ao presidente Lula que está havendo o “mensalão'”. Nessa época o presidente não nos recebia. Falei isso ao Aldo Rebelo, que então era líder do governo na Câmara.
Folha – A quem mais no governo o sr. denunciou a situação?
Jefferson – 
Disse ao ministro Palocci: “Tem isso e é uma bomba”. Fui informando a todos do governo a respeito do “mensalão”. Me recordo inclusive de que, quando o Miro Teixeira, depois de ser ministro, deixou a liderança do governo na Câmara, ele me chamou e falou: “Roberto, eu vou denunciar o “mensalão”. Você me dá estofo?”. Eu falei: “Não posso fazer isso. Vamos abortar esse negócio sem jogar o governo no meio da rua. Vamos falar com o presidente Lula que está havendo isso”. Me recordo até que o Miro deu uma entrevista ao “Jornal do Brasil” denunciando o “mensalão” e depois voltou atrás.
No princípio deste ano, em duas conversas com o presidente Lula, na presença do ministro Walfrido, do líder Arlindo Chinaglia, do ministro Aldo Rebelo, do ministro José Dirceu, eu disse ao presidente: “Presidente, o Delúbio vai botar uma dinamite na sua cadeira. Ele continua dando “mensalão” aos deputados”. “Que “mensalão’?, perguntou o presidente. Aí eu expliquei ao presidente.
Folha – Qual foi a reação dele?
Jefferson – 
O presidente Lula chorou. Falou: “Não é possível isso”. E chorou. Eu falei: É possível sim, presidente. Estava presente ainda o Gilberto Carvalho [chefe-de-gabinete do presidente].
Toda a pressão que recebi neste governo, como presidente do PTB, por dinheiro, foi em função desse “mensalão”, que contaminou a base parlamentar. Tudo o que você está vendo aí nessa queda-de-braço é que o “mensalão” tem que passar para R$ 50 mil, R$ 60 mil. Essa paralisia resulta da maldição que é o “mensalão”.
Folha – Isso não existia também no governo passado?
Jefferson – 
Nunca aconteceu. Eu tenho 23 anos de mandato. Nunca antes ouvi dizer que houvesse repasse mensal para deputados federais por parte de membros do partido do governo.
Folha – O que, em sua opinião, levou a essa situação?
Jefferson – 
É mais barato pagar o exército mercenário do que dividir o poder. É mais fácil alugar um deputado do que discutir um projeto de governo. É por isso. Quem é pago não pensa.
Folha – O que fez o presidente Lula diante de seu relato?
Jefferson – 
Depois disso [da conversa] parou. Tenho certeza de que parou, por isso está essa insatisfação aí [na base parlamentar]. Ele meteu o pé no breque. Eu vi ele muito indignado.
Pressão, pressão, pressão, pressão. Dinheiro, dinheiro, dinheiro, dinheiro, todo mundo tem, todo mundo tem. Acho que foi o maior erro que o Delúbio cometeu.
E o presidente agora, desde janeiro, quando soube, eu garanto a você [que o “mensalão” foi suspenso]. A insatisfação está brutal porque a mesada acabou.
Serenamente eu já tenho o caminho traçado: não me preocupa mais o mandato, não vou brigar por ele. Só não vou sair disso como um canalha, porque não sou.
09 DE JUNHO DE 2015 
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QUANDO O HUMOR DESENHA A REALIDADE...

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09 de junho de 2015

O HUMOR DO DUKE...

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09 de junho de 2015

AI DE TI, BRASIL! (*)

Ai de ti, Brasil, eu te mandei o sinal, e não recebeste. Eu te avisei e me ignoraste, displicente e conivente com teus malfeitos e erros. Ai de ti, eu te analisei com fervor romântico durante os últimos 20 anos, e riste de mim. Ai de ti, Brasil! Eu já vejo os sinais de tua perdição nos albores de uma tragédia anunciada para o presente do século XXI, que não terá mais futuro. Ai de ti, Brasil – já vejo também as sarças de fogo onde queimarás para sempre! Ai de ti, Brasil, que não fizeste reforma alguma e que deixaste os corruptos usarem a democracia para destruí-la. Malditos os laranjas e as firmas sem porta.

Ai de ti, Miami, para onde fogem os ladrões que nadam em vossas piscinas em forma de vagina e corcoveiam em “jet skis”, gargalhando de impunidade. Malditas as bermudas cor-de-rosa, barrigas arrogantes e carrões que valem o preço de uma escola. Maldita a cabeleira do Renan, os olhos cobiçosos de Cunha, malditos vós que ostentais cabelos acaju, gravatas de bolinhas e jaquetões cobertos de teflon, onde nada cola. Por que rezais em vossos templos, fariseus de Brasília? Acaso eu não conheço a multidão de vossos pecados???

Ai de vós, celebridades cafajestes, que viveis como se estivésseis na Corte de Luís XIV, entre bolsas Chanel, gargantilhas de pérola, tapetes de zebra e elefantes de prata. Portais em vosso peito diamantes em que se coagularam as lágrimas de mil meninas miseráveis. Ai de vós, pois os miseráveis se desentocarão, e seus trapos vão brilhar mais que vossos Rolex de ouro. Ai de ti, cascata de camarões!

Tu não viste o sinal, Brasil. Estás perdido e cego no meio da iniquidade dos partidos que te assolam e que contemplas com medo e tolerância? Cingiram tua fronte com uma coroa de mentiras, e deste risadas ébrias e vãs no seio do Planalto. Ai de vós, intelectuais, porque tudo sabeis e nada denunciais, por medo ou vaidade. Ai de vós, acadêmicos que quereis manter a miséria “in vitro” para legitimar vossas teorias. Ai de vós, “bolivarianos” de galinheiro, que financiais países escrotos com juros baixos, mesmo sem grana para financiar reformas estruturais aqui dentro. Ai de ti, Brasil, porque os que se diziam a favor da moralidade desmancham hoje as tuas instituições, diante de nossos olhos impotentes. Ai de ti, que toleraste uma velha esquerda travestida de moderna. Malditos sejais, radicais de cervejaria, de enfermaria e de estrebaria – os bêbados, os loucos e os burros –, que vos queixais do país e tomais vossos chopinhos com “boa consciência”. Ai de vós, “amantes do povo” – malditos os que usam esse falso “amor” para justificar suas apropriações indébitas e seus desfalques “revolucionários”.

Ai de vós, que dizeis que nada vistes e nada sabeis, com os crimes explodindo em vossas caras.

Ai de ti, que ignoraste meus sinais de perigo e só agora descobriste que há cartéis de empresas que predam o dinheiro público, com a conivência do próprio poder. Malditas sejam as empresas-fantasma em terrenos baldios, que fazem viadutos no ar, pontes para o nada, esgotos a céu aberto e rapinam os mínimos picuás dos miseráveis.

Malditos os fundos de pensão intocáveis e intocados, com bilhões perdidos na Bolsa, de propósito, para ocultar seus esbulhos e defraudações. Malditos também empresários das sombras. Malditos também os que acham que, quanto pior, melhor.

A grande punição está a caminho. Ai de ti, Brasil, pois acreditaste no narcisismo deslumbrado de um demagogo que renegou tudo que falava antes, que destruiu a herança bendita que recebeu e que se esconde nas crises, para voltar um dia como “pai da pátria”. Maldito esse homem nefasto, que te fez andar de marcha à ré.

Ai de ti Brasil, porque sempre te achaste à beira do abismo ou que tua vaca fora para o brejo. Esse pessimismo endêmico é uma armadilha em que caíste e que te paralisa, como disse alguém: és um país “com anestesia, mas sem cirurgia”.

Ai de vós, advogados do diabo que conseguis liminares em chicanas que liberam criminosos ricos e apodrecem pobres pretos na boca do boi de nossas prisões. Maldita seja a crapulosa legislação que vos protege há quatro séculos. Malditos os compradiços juízes, repulsivos desembargadores, vendilhões de sentenças para proteger sórdidos interesses políticos. Malditos sejam os que levam dólares nas meias e nas cuecas e mais ainda aqueles que levam os dólares para as Bahamas.
Ai de vós! A ira de Deus não vai tardar...

Sei que não adianta vos amaldiçoar, pois nunca mudareis a não ser pela morte, guerra ou catástrofe social que pode estar mais perto do que pensais. Mas, mesmo assim, vos amaldiçoo.

Ai de ti, Brasil!

Já vejo as torres brancas de Brasília apontando sobre o mar de lama que inundará o Cerrado. Já vejo São Paulo invadida pelas periferias, que cobrarão pedágio sobre vossas Mercedes. Escondidos atrás de cercas elétricas ou fugindo para Paris, vereis então o que fizestes com o país, com vossa persistente falta de vergonha. Malditos sejais, ó mentirosos, vigaristas, intrujões, tartufos e embusteiros! Que a peste negra vos cubra de feridas, que vossas línguas mentirosas sequem e que água alguma vos dessedente. Ai de ti, Brasil, o dia final se aproxima.

Se vossos canalhas prevalecerem, virá a hidra de sete cabeças e dez chifres em cada cabeça e voltará o dragão da Inflação. E a prostituta do Atraso virá montada nele, segurando uma taça cheia de abominações. E ela estará bêbada com o sangue dos pobres, e em sua testa estará escrito: “Mãe de todas as meretrizes e mãe de todos os ladrões que paralisam nosso país”. Ai de ti, Brasil! Canta tua última canção na boquinha da garrafa.

(*) Homenagem a Rubem Braga


09 de junho de 2015
Arnaldo Jabor

"LEARN, EAM, SERVE" (APRENDER, GANHAR, SERVIR)

Sou apaixonado pelos Estados Unidos. Eles estão a anos-luz de quase todos os países em termos de instituições. É bela a dinâmica americana entre as universidades, a iniciativa privada e o terceiro setor. Sãos suas instituições e universidades, com capacidade contínua de gerar inovação, que fazem dos Estados Unidos o país líder do mundo mesmo que a China se torne o maior mercado.

A Constituição norte-americana define o país desde a primeira frase: "Nós, o povo..." É o povo que manda por meio do voto distrital com recall, que faculta a nós, o povo, tirarmos quando quisermos o prefeito, o xerife, qualquer autoridade que não esteja funcionando para nós, o povo.

Os Estados Unidos têm todos os problemas de qualquer país. Corrupção, incompetência, patrimonialismo. Os homens são os homens em qualquer lugar. A diferença é a rapidez e a eficiência com que as instituições americanas consertam seus problemas.

O Brasil, no meu ver, precisa de leis modernas. Não dá para fazer um país moderno com as leis de Getúlio, que no tempo dele eram modernas e foram conquistas importantes, mas que não são mais competitivas no tempo do WhatsApp, do Uber, do Facebook. E nós temos de competir com as mesmas possibilidades.

Eu nunca discuto política neste espaço, porque a política, assim como o futebol, divide. As pessoas ficam histéricas, param de pensar friamente e começam a classificar a todos entre nós e eles, petistas e tucanos. E não sou nem isso nem aquilo. Sou um empresário brasileiro que quer o melhor para o meu país. Meu voto é fisiológico. Apoio o que for melhor para nós, o povo. Tem uma frase dos Titãs que me inspira: "Eu só quero saber do que pode dar certo, não tenho tempo a perder".

O futuro do Brasil está garantido. Desafiador é o presente. E o que o Brasil precisa é de governos com a eficiência da iniciativa privada e empresas privadas com espírito público. Mas, para que isso seja possível, precisamos de leis que tornem isso possível. Não adianta ficar com sermões morais. Um país não se faz com homens vigiando as leis, e sim com leis eficazes vigiando a natureza humana.

A política nos Estados Unidos é o ápice na vida de um cidadão bem-sucedido como Michael Bloomberg. O mote dos grandes líderes americanos é uma vida dividia em três tempos: "learn, earn, serve" (aprender, ganhar, servir). O sujeito, ao se aposentar, abraça a filantropia ou a vida pública e vai devolver o que a vida lhe deu.

Tenho 57 anos e ainda muito a ralar, mas já dedico muito do meu tempo livre a causas que julgo eficazes. Precisamos todos entrar na vida pública. Pela política, pela filantropia, pela educação. Enfim, nos envolvermos e devolvermos. Isso, que está tão claro na sociedade americana, tem que ser incutido na sociedade brasileira. É ir para a Fiesp, se candidatar ao Parlamento e ao Executivo, ensinar, assumir um museu.

O espírito público deve ser valor da nação e ensinado desde criancinha até a universidade. Os jovens precisam ver na política a obra de Churchill, ver na filantropia e no mecenato a grandeza de Ciccillo Matarazzo. Foi o espírito público que fez o Sírio Libanês e o Einstein e está presente em líderes como Olavo Setubal, Amador Aguiar, Antônio Ermírio.

Com esse espírito, os diferentes sentam e conversam. E a vida da gente fica em 3D, ganha três dimensões: "Estudar, ganhar, servir".



09 de junho de 2015
Nizan Guanaes

ALCKMIN & CARDOZO... CONTRA A REDUÇÃO DA MAIORIDADE PENAL

Alckmin se alia ao PT contra a redução da maioridade penal. Hoje se reúne com o ministro da Justiça.


(Folha) O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), vai debater com a equipe da presidente Dilma Rousseff (PT) sua proposta alternativa à redução da maioridade penal de 18 para 16 anos. O tucano marcou encontro nesta terça (9) com o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, para tratar do tema. A reunião vai acontecer menos de uma semana depois de o governador defender em entrevista ao jornal "O Globo" um projeto que prevê a ampliação do período de internação máxima de menores infratores, de três para oito anos. 

Alckmin vê a proposta como uma alternativa à simples redução da maioridade penal. O tucano tem tratado a articulação com o governo e setores do PT com cautela. Ele teme melindrar integrantes de seu próprio partido, que tem feito oposição sistemática à petista no Congresso, e o presidente da Câmara, o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que encampa a tese da redução da maioridade na Casa. 

Por isso, Alckmin tem mantido contato quase constante com o peemedebista. Nesta segunda (8), por exemplo, os dois conversaram por telefone --Cunha está na Rússia em missão oficial-- e agendaram reunião para quinta (11). Aliados do governador relatam que Cunha dá sinais de que vai colocar em votação tanto a proposta de Alckmin quanto a que reduz a maioridade penal. Cunha tem afirmado que não vê "conflito" entre as duas teses. A aproximação do Planalto com Alckmin é uma operação do governo para esvaziar a estratégia do deputado. 

O governo avalia que, se a proposta encampada pelo tucano passar na Câmara, ainda que os deputados também votem a favor da redução da maioridade penal, fica mais fácil manobrar no Senado para segurar a segunda medida, apresentando a ampliação da pena imposta aos infratores como "compensação".

09 de junho de 2015
in coroneLeaks

O HUMOR DO DUKE...

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09 de junho de 2015


MAIS UM PLANO DO GOVERNO SAÚDA O DESCRENTE POVO BRASILEIRO E PEDE PASSAGEM

Em visita a Rio Preto, interior de São Paulo, no dia 4 de abril do ano passado, a presidente Dilma Rousseff, em entrevista a emissoras de rádio da cidade, anunciou que lançaria dali a cinco meses a terceira etapa do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC-3).

Na ocasião, ela estava acompanhada do ex-ministro da Saúde Alexandre Padilha, aspirante a candidato do PT ao governo de São Paulo. Depois da entrevista, Dilma partiu para a cerimônia de entrega de 2.508 casas do programa Minha Casa, Minha Vida.

Alguém por aí tem notícias do PAC 3?

Passou agosto e o programa não foi lançado. Padilha perdeu a eleição para governador de São Paulo sem sequer disputar o segundo turno e o PAC 3 ficou no esquecimento. Dilma foi empossada para seu segundo mandato presidencial e não se soube mais do PAC 3.

Hoje será anunciado “o maior plano de investimentos em logística da história do país”, segundo Edinho Silva, o entusiasmado ministro de Comunicação. Guarde o nome do plano: Plano de Investimento em Logística (PIL).

Diante da previsão de que o PIB deve recuar, este ano, 1,2%, no pior resultado em 25 anos, o novo plano de concessões, que incluirá 11 rodovias e 4 aeroportos em grandes capitais, além de terminais portuários e ferrovias, deve movimentar, ao todo, entre 130 a 190 bilhões de reais.

É a esperança de Dilma para esquentar a economia, reduzir o desemprego crescente e atravessar o ano – talvez o pior de nossas vidas desde que o PT chegou ao poder em 2003.

O PIL, de fato, foi lançado há três anos, e previa investimentos de 200 bilhões de reais – metade deles no setor ferroviário. Só que nenhuma ferrovia foi licitada até aqui.

Quase sempre, programas de desenvolvimento servem mais à propaganda de governos do que aos reais interesses do distinto público. Sob administração da então ministra Dilma Rousseff, da Casa Civil, o governo produziu um grande barulho quando lançou o PAC 1 em março de 2007.

Quatro anos depois, apenas um terço das obras havia sido concluído. O PAC 2 veio ao mundo em 29 de março de 2010. Foi recepcionado pela oposição como “mera peça de campanha eleitoral movida às custas do contribuinte brasileiro". Fazia sentido. Até o final de abril de 2014, apenas 15,8% das obras do PAC 2 estavam concluídas.

É como uma caixinha de lenços de papel. Você puxa um lenço e antes que ele saia de todo já aparece o seguinte. E o que se prometeu para o PAC 1 é reciclado e acaba incorporado ao PAC 2. E o que não foi aprontado pelo PAC 2 seguramente fará parte do PAC 3. E assim seguimos sendo enrolados.



09 de junho de 2015
Ricardo Noblat

DUPLO CEGO

SÃO PAULO - Como já disse aqui, não sou fundamentalista. Se alguém demonstrar que reduzir a maioridade penal de 18 para 16 anos teria impacto positivo para o país, eu apoiaria a medida. Mas, como revelou reportagem da Folha no domingo, o debate em torno da matéria se dá com tudo menos com evidências, que praticamente inexistem.

A justificativa da PEC 171-93, que baixa a idade de imputação, por exemplo, faz várias referências à Bíblia e nenhuma a estatísticas de criminalidade. Do outro lado, o suposto dado oficial de que adolescentes seriam responsáveis por menos de 1% dos homicídios cometidos no Brasil, que fundamentaria a manutenção do "statu quo" penal, também parece não passar de uma fabricação ideológica, uma vez que todas as agências às quais o número já foi atribuído negam tê-lo apurado.

Do pouco que os repórteres Érica Fraga e Reynaldo Turollo Jr. conseguiram obter dos Estados, temos um verdadeiro samba do crioulo doido. Enquanto no Maranhão os menores responderiam por 3,1% dos homicídios, no Ceará a cifra vai a 30,9%. Dados precários, coleta problemática e a inexistência de uma padronização nas contas ajudam a explicar tamanha disparidade.

Pelo que sabemos de biologia humana, entretanto, adolescentes do sexo masculino estão, se não no pico da violência observada na espécie, se aproximando dele. Mas, como o recorte entre 16 e 17 anos representa apenas 3,6% da população, seu quinhão no total dos assassinatos tende a ser relativamente limitado, o que nos deixa em zona cinzenta.

Meu ponto é que me parece temerário promover mudanças complexas sem apoio técnico. Se exigimos relatórios de impacto ambiental até para fazer estradas e passar fios de alta tensão, por que não cobrar o mesmo de parlamentares quando alteram a legislação? Menos Bíblia e mais ciência fariam bem ao Parlamento e aos governos em geral.


09 de junho de 2015
Hélio Schwartsman

PT E O PADRÃO FIFA DE ROUBAR

PT E O PADRÃO FIFA DE ROUBAR POR ROBERT JEFFERSON




Quais as consequencias de sua denúncia sobre o MENSALÃO?

Caiu aquele véu que existia sobre o Partido, de Partido moralista e ético.O PT posava de corregedor moral da pátria.O PT a vida inteira deblaterou contra os adversários mas " BLATTEROU" a prática política do padrão FIFA.O PT impôs ao país o padrão FIFA de corrupção.Se o Dirceu fosse o presidente, já estaríamos vivendo aqui a VENEZUELA.Com ele teria cerceamento das liberdades democráticas, perseguição à imprensa livre, cadeia para opositor.

09 de junho de 2015
Roberto Jefferson
in graça no país das maravilhas

ZÉ DIRCEU AMEAÇA ENTREGAR O RESTO DA QUADRILHA.

OS BRASILEIROS AGRADECEM

Brasília - O Zé Dirceu está igual aquele cara que durante a orgia manda acender a luz porque até então só ele levou ferro. Se é verdade a confidencia que ele teria feito de que “eu, o Lula e a Dilma estamos no mesmo barco”, o ex-ministro decidiu sair da defensiva para botar farofa no ventilador. Aliás, já está na hora do Zé Dirceu abrir o bico e falar o que sabe sobre o envolvimento do Lula e da Dilma na corrupção no país, como já relataram os delatores da Petrobrás ao Juiz Sergio Moro que apura a bandidagem na estatal.

O ex-ministro, que ainda cumpre pena domiciliar, com restrição da liberdade, teme ser preso novamente pelo envolvimento na operação Lava Jato. Ele é citado como receptador do dinheiro roubado da Petrobrás. Para dissimular os milhões que embolsava das empreiteiras, ele forjava contratos de consultorias para legalizar a propina. No mesmo barco está também Antonio Palocci, ex-ministro da Fazenda, várias vezes acusado de pertencer à conexão da máfia das construtoras.

O Zé está angustiado. Já anunciou que vai se mandar para Portugal depois que cumprir a pena pela condenação do mensalão, o escândalo que melou para sempre a ética petista, transformando muitos dos seus militantes – alguns da cúpula – em quadrilheiros. Ele sabe que a qualquer hora do dia ou da noite, a Polícia Federal pode bater à sua porta para conduzi-lo de volta ao presídio de onde certamente não sairá tão cedo pela reincidência do crime praticado. Decidiu, portanto, que não quer passar o resto da vida na cadeia, a exemplo do Marco Valério. Por isso, ameaça entregar o Lula e a Dilma, a quem chama de covardes, para que finalmente o país conheça os chefões da quadrilha.

Dirceu sabe que a sua carreira política foi para o brejo desde que foi cassado e condenado pelos crimes do mensalão. Preferiu o silêncio à delação, ao contrário do João Vaccari Neto, ex-tesoureiro do PT, no presídio, que ameaça falar tudo que sabe. O Zé vive choramingando pelos cantos porque se sente abandonado como confidenciou a amigos. Acusa o Lula e a Dilma, a quem ele ajudou a chegar ao poder, de abandoná-lo, discriminá-lo por ter sido condenado no crime de formação de quadrilha. Julga-se, inclusive, injustiçado por responder por todos os delitos cometidos pela quadrilha petista que se apossou do país há mais de dez anos.

Na verdade, até agora Dirceu apenas mandou recado. É tudo bazófia. Ele sabe que se abrir o bico também será cúmplice da gatunagem. Mas, como um animal acuado, pode simplesmente colaborar com a Justiça se for novamente preso por não provar a licitude do dinheiro que recebeu pelos contratos de consultoria com as empreiteiras que prestavam serviço à diretoria de Renato Duque, o diretor dele dentro da Petrobrás.

Dizer o que sabe da bandalheira, talvez fosse a melhor forma de Zé se redimir diante dos brasileiros. A sua contribuição à Justiça – quem sabe – poderia atenuar seus crimes de lesa pátria se ele realmente decidisse abrir o jogo para contar o que sabe sobre os bastidores da organização criminosa. Depois que foi abandonado por Dilma, Lula e seus companheiros petistas, parece que não existe outra alternativa a Zé Dirceu, outrora o homem mais poderoso da república, que não seja a de abrir o bico para que finalmente os brasileiros conheçam quem é quem nesse jogo sujo do poder. Só assim, o Brasil acordaria mais honesto.



09 de junho de 2015
Jorge Oliveira

COLUNA DO JORNALISTA CARLOS BRICKANN

MORRER É INEVITÁVEL, MAS NÃO JÁ

Pois é, a BBC de Londres. Justo a BBC, aquela emissora que há alguns anos era símbolo máximo de credibilidade jornalística. E de Londres, diretamente da fonte: como não acreditar? A BBC de Londres anunciou no dia 3 a morte da rainha da Inglaterra, Elizabeth 2ª. Como disse o escritor americano Mark Twain quando divulgaram equivocadamente seu falecimento, as notícias sobre a morte de Sua Majestade real e imperial foram manifestamente exageradas.

Como a notícia foi divulgada pela BBC, imediatamente a CNN encampou a informação. O porta-voz do Palácio de Buckingham fez o desmentido. Elizabeth 2ª, 89 anos, está viva e bem (e é de família longeva: a rainha-mãe, também chamada Elizabeth, viveu até os 102 anos, mantendo até os últimos dias o hábito de tomar suas doses de gim).

Não é a primeira vez que jornalistas se antecipam à morte de personalidades. O problema é sempre o mesmo: os grandes veículos de comunicação mantêm atualizada a biografia dos prováveis futuros falecidos mais próximos, mais ilustres, e alguma coisa acaba vazando. Antes, quando os necrológios eram apenas escritos, já havia falhas; agora, com vídeos, Twitter, notícias online, o risco é bem maior.

Foi o que aconteceu com a BBC: uma repórter do serviço em urdu (uma das línguas faladas na Índia e no Paquistão) liberou dois tuítes em seguida, um anunciando que a rainha “recebia cuidados” no Hospital King Edward 7th (o que era verdade: Elizabeth fazia seu check-upperiódico), outro anunciando a morte. Pouco depois, a jornalista publicou um terceiro tuíte, dizendo que a notícia era falsa (e sugerindo que alguém teria usado seu telefone de casa sem autorização). A BBC abriu sindicância, fase inicial de um procedimento disciplinar.

Às vezes esse tipo de notícia antecipada gera situações engraçadas. Certo dia, alguém liberou, na France Presse de Paris, a prematura notícia da morte do papa Paulo 6º. Na Rádio Bandeirantes, uma das principais emissoras do país, o excelente locutor Lourival Pacheco, que estava no ar, deu a informação. A emissora já entrava com o aparato fúnebre (biografia, música sacra, personalidades dando depoimentos sobre a perda, prognósticos sobre os possíveis sucessores) quando chegou de Paris a informação de que tudo tinha sido um engano. Lourival Pacheco, preocupado em esclarecer a situação para os ouvintes, empostou sua esplêndida voz e corrigiu: “Lamentamos informar que, infelizmente, o papa não morreu”.

E, às vezes, nem é a notícia da morte que provoca tanta repercussão. Um dia, como é do destino humano, o papa Paulo 6º morreu, e os cardeais se reuniram em conclave para escolher o sucessor. Veio uma notícia pelos teletipos (sim, era o que se usava) da eleição de determinado cardeal. Xênia Bier, uma apresentadora excelente, popularíssima, sem papas na língua, que nunca tinha ouvido falar de autocensura, soltou os cachorros na TV ao vivo: como é que a Igreja tinha tido a ousadia de eleger aquele fascista horroroso, sujeito mais atrasado, onde já se viu? Imediatamente os telefones começaram a tocar, com telespectadores mais católicos indignados com os comentários. Em seguida, veio a correção: o eleito era outro, mais do agrado de Xênia. E ela, feliz, expandiu-se: “Eu sabia que a Igreja não ia fazer isso comigo!” João Paulo 1º tinha sido aprovado pela TV brasileira.



A volta do cipó de aroeira

A série de anúncios do Boticário para a TV é exemplar: provou que muitas vezes quem é contra faz o jogo do adversário. Brilhante!

Lembrando: o Boticário fez vários anúncios para o Dia dos Namorados, com as mais diversas duplas de pessoas namorando: homem com mulher, ambos jovens; homem mais velho com mulher mais jovem, mulher mais velha com homem mais jovem, homem com homem, mulher com mulher (este colunista gostou da ideia e dos anúncios, embora isso não tenha a menor importância no caso: acha que os anúncios retrataram uma realidade contemporânea – aliás, nem tão contemporânea assim, considerando-se que Lotta Macedo Soares e Elizabeth Bishop formaram um casal há mais de 50 anos, e que Sócrates – o filósofo que jogava na Seleção grega – formou um aplaudido casal com o mais brilhante general ateniense, Alcebíades).

Mas o que rendeu mais visibilidade à campanha do Boticário não foram os anúncios, aliás muito bons: foram os protestos de quem não admite que o amor entre seres humanos pode manifestar-se de diversas maneira. Nem que o Boticário usasse uma verba dez vezes maior conseguiria a mesma repercussão causada pelos protestos.

É o efeito-bumerangue: muitas vezes, o exagero nas reclamações serve apenas para dar maior visibilidade àquilo que se combate. O marketing do Boticário deveria dar prêmios aos que protestaram com mais veemência.

E os meios de comunicação, que registraram a guerra de tweets nas redes sociais, bem poderiam ter discutido um pouco o tema da liberdade de expressão. Criticar aquilo de que não se gosta, vá lá; mas tentar retirar os anúncios do ar já é um pouco demais. Jornalista de verdade não aceita censura e briga contra todos os que tentam implantá-la.



Inculta demais

E, já que os meios de comunicação não entraram fundo no assunto, poderiam ter ao menos cuidado mais de suas matérias. Primeiro, lembrando que os anúncios do Boticário não retratavam apenas casais homossexuais, mas todos os tipos de casal. Segundo, usar a expressão “temática gay”, um cacófato horroroso, demonstra que a Última Flor do Lácio, nossa língua portuguesa, está muito menos bela e muito mais inculta.



Oui, nóis falemo Engrish

Este colunista tem algumas estranhas peculiaridades em termos de compreensão de texto: consegue entender os discursos da presidente Dilma Rousseff, aqueles em que nenhuma frase está completa e nos quais o Império Inca é transferido da América do Sul para a América do Norte sem maiores formalidades; mas não conseguiu entender as palavras, em patuá anglo-tupiniquim, em que se explica que fechar uma série de publicações, vender outras para uma editora aparentada e demitir dezenas de jornalistas não é indício de crise, mas o bem-vindo sinal de um radioso porvir.

Este colunista é caipira e entende as coisas de modo simples. No caso, para fazer economia, passaram o nabo nas redações, fecharam as publicações que rendiam menos do que custavam e faturam algum, extremamente necessário, vendendo títulos que alguém ainda acha que vão dar lucro.

Mas como é que isso é explicado, naquela língua que faz um discurso de Dilma Rousseff parecer um delicioso texto de Fernando Portela? Vamos lá:

>> “Ela quer (…) vender sua expertise e seus conteúdos sob medida para os (…) consumidores que fazem parte do (…) Big Data (…) nas linguagens, plataformas e frequências desejadas (…) Partimos para alterar o mindset da empresa (…) branded content (…) conteúdos customizados, como native advertising ou qualquer outro tipo de content marketing.”

E há também jovens garotas nativas digitais. “Jovens garotas nativas” é uma expressão já conhecida dos filmes de Tarzan, dos livros sobre expedições na África e dos gibis do Fantasma. São moças que chamam os homens mais velhos de “bwama”. Mas “digitais”? Deve ter algo a ver com informática, ou com identificação nas carteiras de identidade, ou com tocar piano na delegacia. Porque, se não tiver, fica muito mais erótico.



Crescendo na contramão

Enquanto grandes editoras encolhem, pequenos negócios vão surgindo e lançando novas revistas. Nos últimos dias, fora do circuito das grandes cidades, surgiu uma revista promissora: a Vitrine Mulher, braço editorial da Vitrine Models. Local: Penápolis, interior de São Paulo. É um lançamento ousado: numa cidade de 60 mil habitantes, uma revista com 2 mil exemplares. Foi também um lançamento espetacular, com uma grande festa, transmitida por TV a cabo, e comandada por Viviane Canossa Cortez, da própria cidade, uma apresentadora bonita, simpática, com excelente domínio de palco, de primeiríssima linha. É surpreendente que ainda não tenha sido atraída por centros maiores. Agora é torcer para que, das cidades que até agora só consumiam produtos editoriais das grandes editoras, surjam novos produtos, revertendo, ao menos em parte, a tendência de declínio do setor de revistas.



A volta do pioneiro

Luiz Ernesto Kawall, jornalista pioneiro na gravação sistemática da voz de pessoas importantes – e também incentivador do Museu da Imagem e do Som, em São Paulo – está de volta: no sábado, 13, lança o segundo volume de Artes Reportagem, com histórias e entrevistas de artistas brasileiros. Entre as histórias, a criação do MIS, a criação da Vozoteca LEK (já doada à Universidade de São Paulo), o casamento do astro e da estrela da literatura de vanguarda Oswald de Andrade e Patrícia “Pagu” Galvão, a descoberta da única gravação da voz de Mário de Andrade. O livro é apresentado por José Henrique Fabre Rolim, presidente da Associação Paulista de Críticos de Arte, Ângelo Iacocca, Gabriel Kwak, Paulo Bonfim e o grande Salomão Esper. Local, Praça Benedito Calixto, SP, dia 13, das 14 às 17 horas.



Lá e cá

Rádio Eldorado 700 kHz, AM. A nota aqui publicada sobre as transformações da Eldorado, que virou rádio Estadão e hoje transmite programação religiosa, motivou José Flores, de Caxias do Sul, a relembrar a história da rádio Guaíba FM, orgulho de Porto Alegre, que teve uma trajetória parecidíssima com a da Eldorado.

“Música da melhor qualidade com programador exclusivo”, lembra Flores. “Programas semanais sobre assuntos variados, sempre com excelente redação. Propaganda lida, sem essas vinhetas horrorosas como as que existem hoje. Música de orquestra, cantores de voz suave. Excelentes locutores”. Só coisa boa. A pressão dos custos levou a Guaíba à decadência. E, como a Eldorado, acabou transmitindo programação religiosa. “Hoje temos jornalistas que saem da faculdade ganhando pouco e trabalhando muito, sendo explorados pelas emissoras. Não há mais reportagem: as informações vêm de ouvintes que telefonam para dizer que está chovendo em tal lugar, o trânsito está parado em tal rua, ocorreu um assalto na avenida tal”. O pessoal tem boa vontade; mas não é preparado para buscar todas as informações que interessem em cada caso – nem está na rua para isso: passa, vê, elefona, informa e vai embora. E a notícia completa? Bem, quem sabe, talvez esteja no dia seguinte no jornal.



Questão de números

OK, tudo muito bom, tudo muito bem, jornalista não gosta de números. Mas não gostar de números grandes, de equações complexas, é uma coisa; rejeitar as quatro operações talvez seja meio muito. Como aqui, numa reportagem sobre a renovação de contrato do goleiro Rogério Ceni com o São Paulo:

** “Com a renovação, o ídolo são-paulino pode fazer até 43 partidas pelo clube. O São Paulo fará mais 33 jogos no Campeonato Brasileiro e, se chegar à final da Copa do Brasil, entrará em campo mais oito vezes (…)”

Este colunista é do tempo em que o resultado de 33 mais 8 era 41.



Mundo, mundo

O jornalista Carlos Marchi acertou na mosca: “Pedro Bó encaixou mais uma manchete, ‘São Paulo lidera em número de uniões estáveis homoafetivas’. Pedro Bó não consegue entender uma coisa: qualquer comparação em números absolutos entre os Estados brasileiros vai mostrar São Paulo na frente, pela simples razão de que tem mais gente morando aqui. São 44 milhões de paulistas, mais que o dobro dos 20 milhões de mineiros, bem mais que os 16 milhões de fluminenses, 15 milhões de baianos e 11 milhões de gaúchos e paranaenses. Alguém aí pode desenhar isso para o Pedro Bó entender?”



Como…

De um grande portal informativo:

** “Após o crime, a jovem foi baleada na cabeça e não resistiu aos ferimentos”.

Este colunista é também do tempo em que o crime era balear alguém na cabeça.



…é…


De um grande jornal impresso, de circulação nacional, sobre Paraisópolis, tema da novela das 19h da Rede Globo:

** “A favela tem 788 m², com 17.159 imóveis (…) Esta é a segunda maior favela do Estado, perdendo em número de moradores para a comunidade da Rocinha, no Rio de Janeiro”.

Alguém precisa contar para o grande jornal que Paraisópolis fica em São Paulo, e não no Rio – caso em que seria a segunda maior favela do Estado, perdendo apenas para a Rocinha.

Alguém também precisa imaginar como é que se faz para colocar 17 mil imóveis em 788m². Dá mais de vinte imóveis por metro quadrado. Numa multidão compacta, cabem seis pessoas por metro quadrado, e ficam bem apertadas.



…mesmo?

De um grande portal noticioso:

** “Homem dá grito estérico ao se assustar”

Estérico deve ser aquele que tem esteria.



Frases


>> Da internauta Janice Tomanini, sobre o possível divórcio do príncipe Charles, Duque da Cornualha: “O cara abandona a princesa, se casa com o dragão e ainda é traído!”

>> Do jornalista Vítor Vieira: “A degeneração tomou conta da Universidade Federal de Santa Maria.”

>> Do internauta Hugo A-Go-Go: “Campanha => #PeleApoieaDilma”

>> Do jornalista Humberto Werneck: “Fazer 70 anos não chega a ser um drama. O problema maior talvez seja nunca mais fazer 69.”

>> Da internauta Nariz Gelado, lembrando Collor de jet-ski e Dilma na bicicleta: “No Brasil, presidente sempre monta antes de cair.”

>> Do jornalista José Nêumanne Pinto, apenas dando ênfase ao fato: “‘Não vou renunciar porque não tenho nada a ver com isso’, diz Del Nero.”

>> Do chargista Adão Iturrusgarai: “No futebol se ganha, se perde ou se empata. Na Fifa só se ganha.”

>> Da internauta Ana Ponsini: “Foi só o Pelé elogiar o Blatter que ele renunciou. Pelé, elogia a Dilma!”

>> Do jornalista Wilson Moherdaui: “O FBI decidiu investigar todos os envolvidos com a Copa de 2014 no Brasil. Menos o Fred, que, como ficou comprovado, não fez nada.”



E eu com isso?


Está bem, o frufru é a área jornalística que mais atrai os leitores, ouvintes, internautas e telespectadores. É também, de longe, a que obtém a maior compreensão e retenção as informações. Mas precisa exagerar tanto?

** “Fátima Bernardes tira o dia para fazer compras no Rio”

** “Arnold Schwarzenegger sai para jantar com a namorada”

** “Grazi Massafera deixa a academia de celular na mão”

** “Solteira, Mariah Carey cria perfil em site de namoro”

** “André Marques mostra peitoral torneado enquanto mima os próprios cachorros”

** “Naomi Watts se diverte jogando basquete com os filhos”

** “Zezé di Camargo curte evento com a namorada”

** “Miley Cyrus curte piscina à noite com amiga”

** “Ellen Jabour caminha com seu cachorro na Barra da Tijuca”

** “Scarlett Johansson confessa que não sabe lidar direito com a Internet”

** “Ticiane Pinheiro e Mc Guimê experimentam o buraco quente”

** “Marcos Pasquim entra e sai de lojas em shopping”

** “Elba Ramalho admite o uso de botox”

** “Ângela Bismarchi esbanja simpatia ao desembarcar no Rio”

** “Cátia Paganote revela que já usou roupa de paquita na ‘hora H’”



O grande título

Nesta semana, temos uma novidade: a inflação chegando às manchetes, não como assunto, mas como sua parte integrante.

De acordo com a CPTM, Companhia Paulista de Trens Metropolitanos, a greve dos trens afetou 500 mil passageiros.

Para um grande portal noticioso,

** “Greve da CPTM atinge milhões de usuários em São Paulo”

Temos também, como de hábito, aquelas manchetes que não são para consumo geral, mas apenas para um nicho de leitores:

** “Sheron Menezes ‘socorre’ casaco de amigo que caiu no chão molhado”

Certamente alguém deve entender o que aconteceu.

E temos a grande manchete – sim, foi um descuido, mas ficou ótima. Referindo-se à novela Os Dez Mandamentos, saiu este título:

** “Os dez mandantes”

O mais curioso é que saiu exatamente no portal noticioso da empresa que exibe a novela.

***

09 de junho de 2015
Carlos Brickmann é jornalista, diretor da Brickmann&Associados Comunicação

BATOM NA CUECA DO LULA...

INSTITUTO LULA RECEBEU R$ 3 MILHÕES DE EMPREITEIRA DA LAVA JATO
LULA RECEBEU DINHEIRO DE EMPREITEIRAS QUE ROUBARAM A PETROBRAS


ELE RECEBEU DINHEIRO POR MEIO DO INSTITUTO LULA 
E DA SUA EMPRESA DE PALESTRAS, LILS. (FOTO: ANDRÉ DUSEK)


A empreiteira Camargo Corrêa pagou R$ 3 milhões para o Instituto Lula e mais R$ 1,5 milhão para a LILS Palestras Eventos e Publicidade, de Luiz Inácio Lula da Silva, entre os anos de 2011 e 2013.

É a primeira vez que os negócios do ex-­presidente aparecem nas investigações da Operação Lava Jato, que apura um esquema de cartel e corrupção na Petrobrás com prejuízo de R$ 6 bilhões já reconhecidos pela estatal.

São três pagamentos de R$ 1 milhão cada registrados como “Contribuições e Doações” e “Bônus Eleitoral” para o Instituto, aberto por Lula após ele deixar a Presidência da República, em 2011.

A revelação sobre o elo da empreiteira – uma das líderes do cartel alvo da Lava Jato – com Lula consta do laudo 1047/2015, da Polícia Federal, anexado nesta terça-­feira, 9, nos autos da investigação.

O laudo tem 66 páginas e é subscrito pelo perito criminal federal Ivan Roberto Ferreira Pinto.

A perícia foi realizada na contabilidade da Camargo Corrêa de 2008 a 2013, período em que a empreiteira recebeu R$ 2 bilhões da Petrobrás. O documento mostra que a construtora repassou R$ 183 milhões em “doações de cunho político” – destinadas a candidaturas e partidos da situação e da oposição.

No caso dos pagamentos ao Instituto Lula e à LILS eles foram feitos nos mesmos anos: 2011, 2012 e 2013 – em meses distintos. Para o Instituto, dos três pagamentos, dois são registrados como “Doações e Contribuições”: 2 de dezembro de 2011 e 11 de dezembro de 2013.

O que chamou a atenção dos investigadores foi o lançamento de 2 de julho de 2012, sob a rubrica “Bônus Eleitoral”. Para o LILS, cujo endereço declarado é na própria residência de Lula, em São Bernardo do Campo (SP), a empreiteira depositou em conta corrente: R$ 337,5 mil, em 26 setembro de 2011, R$ 815 mil em 17 de dezembro de 2012 e R$ 375,4 mil em 26 de julho de 2013.

Dois executivos da empreiteira confessaram em acordo de delação premiada que foram feitas doações eleitorais ao PT após pedido do ex­-tesoureiro do partido João Vaccari Neto – preso, em Curitiba, pela Lava Jato.

O doleiro Alberto Youssef – peça central da Lava Jato – também citou o nome de Lula ao afirmar em delação à Procuradoria, no dia 4 de outubro de 2014, que “tinham conhecimento” do esquema de corrupção na estatal “o Palácio do Planalto” e “a presidência da Petrobrás”. Em seguida ele citou nominalmente o ex­-presidente. Lula não é alvo de investigação da Lava Jato.

Recentemente, o ex-­presidente atacou publicamente o que chamou de “insinuações” envolvendo seu nome na operação. “Eu não ia dizer isso aqui, mas estou notando todo santo dia insinuações. ‘Lá na Lava Jato vão citar o nome do Lula’. ‘Querem que empresários citem meu nome’. ‘O objetivo é pegar o Lula’.”, desabafou no ato de 1º de Maio, em São Paulo. Na ocasião, ele disse que “é bom de briga”.

Dirceu. No mesmo documento pericial, constam os pagamentos da Camargo Corrêa para a JD Assessoria e Consultoria, empresa do ex-ministro José Dirceu (Casa Civil), do governo Lula. 
Ele é investigado por suposto uso das consultorias para empresas do cartel como forma de ocultar propina para o PT. O laudo pericial aponta que foram lançados como pagamentos entre 2010 e 2011 o valor total de R$ 900 mil, por meio de 10 depósitos bancários.

O Instituto Lula informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que os valores registrados na contabilidade da Camargo Corrêa foram doados legalmente e que não existe relação entre a entidade e questões eleitorais. 

“O Instituto Lula não prestou nenhum serviço eleitoral, tampouco emite bônus eleitorais, o que é uma prerrogativa de partidos políticos, portanto deve ser algum equívoco.” 

Segundo a assessoria do Instituto, “os valores citados no seu contato foram doados para o Instituto Lula para a manutenção e desenvolvimentos de atividades institucionais, conforme objeto social do seu estatuto, que estabelece, entre outras finalidades, o estudo e compartilhamento de políticas públicas dedicadas à erradicação da pobreza e da fome no mundo”. 

Quanto aos valores para a empresa do ex­-presidente a assessoria informou que “os três pagamentos para a LILS são referentes a quatro palestras feitas pelo ex-­presidente, todas elas eventos públicos e com seus respectivos contratos”. 

“Essas doações e pagamentos foram devidamente contabilizados, declarados e recolhidos os impostos devidos.” A nota informa ainda que “as doações ao Instituto Lula e as palestras do ex-­presidente não tem nenhuma relação com contratos da Petrobrás”.

Em nota a Construtora Camargo Corrêa “esclarece que as contribuições ao Instituto Lula referem-­se a apoio institucional e ao patrocínio de palestras do ex-­presidente Luiz Inácio Lula da Silva no exterior.


09 de junho de 2015
diário do poder

OS IMBECIS...

Lìder do PT chama de imbecis os "cumpanhêros" que criticam o "coitado do Levy".

Lindbegh Farias, um dos companheiros imbecis. Mas tem muito mais. O Congresso do PT promete...

"Não estou preocupado se vão vaiar o Levy. Coitado do Levy. Não existe Levy sem Dilma e Dilma sem Levy. O Congresso do PT não tem que estar preocupado com isso, tem que estar preocupado com o partido. Mas não temos como controlar o PT, o PT é assim. Em 2002, na aliança com José Alencar, vi muitos gritando fora Alencar. Temos de entender isso como insatisfações momentâneas. Não podemos perder o prumo. É uma imbecilidade separar o Levy do governo e o governo do Levy ou da Dilma. Não tem Dilma sem Levy." (Deputado José Guimarães(PE), vice-presidente do PT)

09 de junho de 2015
in coroneLeaks

OS RATOS COMEÇAM A SALTAR PARA FORA DO BARCO PETISTA


(Folha) Afetado por uma forte crise de imagem, o PT vê ameaçada a eleição em cidades do Nordeste em 2016. Foram os eleitores dos nove Estados da região, principal base de apoio do governo Dilma Rousseff, que garantiram sua reeleição em 2014. 

Assessores do Palácio do Planalto esperam a eleição mais "dura da história" em São Paulo, onde o PT viu sua rejeição disparar. Mas o Nordeste passou a preocupar após uma pesquisa interna do PT mostrar que a taxa de aprovação do governo Dilma é de cerca de 10% no Brasil. 

Os números foram discutidos durante o último encontro de Dilma e o ex-presidente Lula, em Brasília, há cerca de duas semanas. Aliados relatam o temor de reflexo da crise entre os chamados "convertidos", eleitores fieis ao PT. A pesquisa foi usada como argumento para reforçar a necessidade de construir uma agenda positiva para Dilma. 

Entre os nordestinos, Dilma teve quase 72% dos votos válidos, desempenho um pouco abaixo do de Lula em 2006, quando foi reeleito com 77%. Em 2014, o PT elegeu Rui Costa (Bahia), Camilo Santana (Ceará) e Wellington Dias (Piauí) governadores. Em 2012, elegeu 187 prefeitos no Nordeste, 52 a mais que em 2008, mas perdeu capitais importantes, como Recife (PE) e Fortaleza (CE). 

DEBANDADA
Petistas têm recebido reclamações de prefeitos candidatos à reeleição insatisfeitos com a posição do partido de não aceitar doações empresariais. Eles se queixam de que, sem isso, terão as campanhas inviabilizadas. Alguns ameaçam deixar o partido antes de outubro. Para evitar a debandada, o PT deve atenuar a decisão de não aceitar doações. 

Inicialmente, o congresso do partido, no próximo fim de semana, na Bahia, ratificaria o compromisso do PT de proibir doações empresariais. Mas, após a Câmara aprovar repasses exclusivamente para os partidos, houve um recuo. Se a regra prevalecer e o PT aprovar o veto às doações privadas, as campanhas de 2016 vão depender só de financiamento público. Segundo um dirigente petista, "os prefeitos não aceitam" essa situação e teriam repassado a queixa para Lula. 

Uma alternativa seria adiar a decisão sobre doações, sob alegação de que falta concluir as votações sobre reforma política no Congresso. Na prática, afirmam petistas, o tema deve ser esquecido. No interior de São Paulo, auxiliares de Dilma já esperam que prefeitos e vereadores do PT migrem para a base do governador Geraldo Alckmin (PSDB). 

O principal motivo da debandada é o aumento da rejeição ao PT entre os eleitores paulistas. A preocupação de prefeitos e vereadores é a repetição, em 2016, do fraco desempenho da sigla em 2014.

09 de junho de 2015
in coroneLeaks