"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sexta-feira, 19 de junho de 2015

TCU FORA DA LEI DÁ MARGEM PARA CONGRESSO OMISSO E OPORTUNISTA AUMENTAR PRESSÃO PARA DERRUBAR DILMA

Desde o desgoverno Fernando Collor de Mello, o Congresso Nacional não cumpre a função de julgar as contas presidenciais. Tal aberração veio à tona ontem, diante da ameaça de condenação de Dilma Rousseff, por crime de responsabilidade fiscal em plena campanha reeleitoral passada (o que configuraria também crime eleitoral), em função das pedaladas fiscais (maquiagem de um rombo de R$ 37,1 bilhões nas contas públicas).

Outro absurdo foi a afronta cometida pelo Tribunal de Contas da União contra o artigo 71 da Constituição Federal. Indevidamente chamado de "tribunal", já que não faz parte do judiciário, sendo um mero órgão auxiliar do Poder Legislativo, o TCU descumpriu o prazo máximo de 60 dias para apreciar as contas do governo referentes a 2014. O consolo é que, como a cúpula do PMDB pretende destronar Dilma do Palácio do Planalto, agora a Câmara e o Senado ameaçam até "cumprir a lei"...

O presidente da Câmara, Eduardo Cunha, prometeu que o Congresso Nacional retomará o julgamento das contas presidenciais: "Temos começar a votar as contas aqui no Congresso Nacional. O papel do TCU é auxiliar, não é tribunal de decisão, mas de assessoramento do Legislativo. Já devíamos estar fazendo esse papel de apreciar as contas. Eu acho que esse episódio produzirá um ganho importante: a gente voltar a discutir as contas dentro do Congresso".

Cunha ainda estuda como fazer isto com seu companheiro Renan Calheiros, presidente do Senado, ambos na afronta direta à Dilma Rousseff: "Estava conversando ali com o Renan, se vai ser na sessão do Congresso, ou se vamos ter o procedimento de apreciar em cada Casa. Temos que adotar uma fórmula para sermos ágeis e para dar satisfação à sociedade que espera que a gente cumpra o nosso papel, que não é contra nem a favor de ninguém".

Na mesma toada de Cunha, Renan ainda comemorou o absurdo fato de o TCU, descumprindo a Constituição, dar um tempinho de 30 dias para Dilma se defender: "Se é a primeira vez é um avanço consagrado que devemos comemorar. Do ponto de vista do Tribunal de Contas, essa decisão consagra um avanço, mas cria, sobretudo, uma oportunidade para que as informações cobradas sejam prestadas e definitivamente se esclareça a questão".

Renan fez festinha com seu ataque de destruição em massa contra Dilma: "Vivemos um momento de ativismo dos Poderes. E é natural que o Tribunal de Contas também viva o seu momento. Não há como na realidade nacional que o Congresso não seja o Congresso, que a Presidência da República não seja a Presidência da República, que o Judiciário não seja o Judiciário, e que o Tribunal de Contas também não seja o Tribunal de Contas. Os Poderes estão, cada vez, mais tentando fazer a sua parte, cumprir seu papel, e isso é muito bom para a democracia".

Ao contrário do que defendeu Renan, o atraso parece bom apenas para Dilma, embora lhe crie mais desgaste político. Para piorar, ficou no ar a impressão de que, mesmo antes de o TCU decidir conceder 30 dias para Dilma se defender, o ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, acabou dando a entender que a defesa dela já está pronta, negociada e previamente aprovada com o próprio TCU.

Barbosa elogiou exageradamente a iniciativa do ministro Luis Inácio Adams, Advogado-Geral da União. Barbosa tergiversou sobre a "pedalada fiscal" dada para o adiamento de repasses a bancos públicos para melhorar artificialmente as contas públicas: "No nosso ponto de vista e segundo a lei, não são operações de crédito. Como o ministro Adams tem colocado, nem todo contrato em que incide juro são contratos de crédito e nem todo ativo de emissão financeira é um empréstimo".

No embalo do economês, temperado com o indigesto juridiquês, o Palhasso do Planalto cozinha mais uma pizza..



19 de junho de 2015
Jorge Serrão

CRUEL INFELIZ

Você certamente tem bons amigos deprimidos, pena que eles andam sumidos. Nada no mundo é mais importante que alisar a própria dor. Acarinham o próprio desalento como se a bola de pelo no peito fosse um gatinho bebê. Ser infeliz é emprego pra muita gente e é resposta definitiva e absoluta pra qualquer pergunta. Não fui porque sou triste, não fiz porque sou triste, caguei pro mundo porque sou triste. É de uma arrogância enorme (além, é claro, de muitas vezes ser uma doença séria) mas, truqueiros que só, alguns tristonhos ainda saem como vítimas de suas desfeitas: ele querendo morrer e você convidando pra aniversários? Quem é o errado aqui?

Por mais anos feitos de terapia (principalmente se você não for egoísta-hedonista-sexualizado demais pra entender como a vida é chata), ter amigos sorumbáticos é flertar de alguma forma com a culpa. "Poxa, ele de cama há dois dias e eu tive a cara de pau de levantar? Que bela bosta de camarada eu sou?!". Infelizmente, só pra usar um advérbio que orna com a coisa toda, são eles os mais interessantes: tem coisa mais sem sal e insuportável que gente leve e boba alegre? Eu não aguento cinco minutos os tipinhos que suam fluoxetina natural, cheiram a arco-íris, um sovaco pirulito com cinquenta tons de anilina (que dádiva ser simplório, mas que vidinha merda ter uma vida boa). Todavia, olha que difícil: os felizes a gente não atura, os infelizes a gente até atura, mas eles não vieram.

Adoro gente triste. Mas me refiro aos desgostosos boa gente, eticamente responsáveis e, quando agraciados pelo que há de melhor no mundo, autoirônicos. Respeito por demais os deprimidos ao estilo "foi mal, mas sou um ferrado de cabeça", mas tenho cada vez mais preguiça dos infelizes "o mundo me deve". Os depressivos dedo na cara. Os eternamente magoadões com aquele chefe, aquela namorada, aquele pai. Ele tava lá, tranquilo, brilhando na saúde mental, o outro é que estragou tudo sendo imperfeito e tendo vida própria. Ele era pra ser radiante, mas teve a falta de sorte de nascer "numa família que". Ele era pra ser bem-sucedido, mas o destino lhe pregou essa peça e ele acabou trabalhando "num escritório que". Só respeito a tristeza corajosa, a tristeza que olha pra si, deita num divã ou faz uma música. O lastimoso "eu sou" é o grande herói de nossos tempos de tarjas pretas, já o soturno "o mundo é" abraçou a indolência psíquica, temeroso de conter as próprias tripas.

Se você faz piada pra animar o deprimido cruel, não está respeitando o tamanho de sua dor; se você fica quieto, não está fazendo nada para que o seu desencanto passe; se você fala sem parar, não está dando espaço para que ele vomite suas mazelas; se você ousa ficar cabisbaixo, está tentando competir com o grande protagonista da desgraça; se você some, o deixou sucumbir solitário; se você aparece, ele só queria ficar sozinho e você não entende nada. A pessoa que sente uma dor e não entende que ela não é culpa do resto do mundo não merece a sua pena: merece um beliscão. Mas, se você der um beliscão, coitado de você, achando que pode causar algum pesar em quem já sente tanto. E, se você não der o beliscão, não adiantou nada: na fantasia do desolado selvagem você, impiedoso, o está beliscando sem parar há séculos. Tentar ajudar o infeliz cruel é dar mais sopa de lodo para um estômago sem fundo. É se achar, metido que só, o super-herói de uma cidade que não existe. Se bobear, acabamos mais frustrados que eles.



19 de junho de 2015
Tati Bernardi

MAIORIDADE PENAL

Entra em discussão no Congresso o problema da maioridade penal dos cidadãos brasileiros. Trata-se de uma das mais angustiantes questões em debate na sociedade.

O assunto, como tantos outros que têm sido tratados ultimamente, já vem carregado de viés ideológico. A esquerda acusa a direita de querer resolver o problema da segurança pública através da diminuição da idade de responsabilidade penal. A direita retruca que seus antagonistas querem defender a impunidade de menores criminosos. Ambas posturas são falaciosas, pois distorcem e exageram aspectos das diferentes argumentações, tirando a discussão do verdadeiro foco.

De início, cremos que é preciso distinguir o delito leve do crime de morte. É claro que um furto e um latrocínio são coisas muito diferentes, e assim devem ser tratadas. Aliás, assim é feito no Código Penal.

A garantia de impunidade é distribuída igualmente a todos os menores infratores pelo Estatuto da Criança e do Adolescente, independente da gravidade da transgressão cometida, baseada apenas na idade do autor, como se todos fossem inocentes vítimas de sua inexperiência e infantilidade.

Há que separar e tratar diferentemente casos muito distintos. É preciso reconhecer a existência de criminosos perigosos, assassinos, sequestradores, traficantes, estupradores irrecuperáveis, que antes de atingir a idade mágica de 18 anos ou qualquer outra que seja estabelecida, já demonstraram irrefutavelmente serem psicopatas amorais, que devem ser afastados do convívio social para defender a própria sociedade de sua maldade até agora impune.

Nosso sistema penitenciário é vergonhoso, mas isso não pode significar que permaneça em liberdade um malfeitor que já cometeu vários crimes de morte, sob o argumento de que a prisão é uma universidade do crime, de onde sairiam piores do que entraram. Alguns deles, de fato, poderiam dar aulas nessa universidade. Ou, então, que sejam construídas novas prisões especiais para esses pobres seres angelicais que têm na pouca idade a garantia de poder cometer quantos crimes desejarem, pois são “dimenor”.

Já existe até um vocabulário politicamente correto: o menor não é preso, mas “apreendido”. Assim, quando solto ao completar 18 anos, nada consta a seu respeito nos fichários criminais, não interessa quantos crimes cometeu ou quantas pessoas matou, sua vida recomeça do zero

Quanto às vítimas, não interessa. As leis foram feitas, no Brasil, para defender os criminosos, e não, suas vítimas. A discussão toda se trava em torno do direito dos menores criminosos (ou “infratores”, para não traumatizá-los). A vítima deve ser até uma das culpadas por ele se encontrar em “situação de risco”.

É hora de a sociedade reagir. Quem sabe aparece no STF um ministro relator com a lucidez da Ministra Carmen Lúcia, que conseguiu aprovar seu relatório por 9X0 na questão das biografias. O problema para a sociedade não é a idade do criminoso, mas o crime cometido.

A Lei deve defender a vítima, não o seu algoz. Este pode e deve ser afastado do convívio social, para evitar que continue assaltando e matando impunemente e para que a sociedade seja protegida desses verdadeiros psicopatas.

A idade do criminoso é um detalhe de somenos importância.



19 de junho de 2015
Clovis Puper Bandeira

UMA ONDA QUE VAI E VEM

Por mais que se evite entrar nesse clima de baixo astral da cidade, o medo da violência fica evidente pela mudança de hábitos e comportamento. Como os assaltantes não escolhem hora ou lugar para agir, há gente que não quer mais nem ir até a esquina sozinha, como fazia há anos, quando se andava na rua de noite com certa tranquilidade. Faculdades passaram a recomendar que os alunos saiam em grupo, pais estão monitorando por celular filhos adolescentes em festas ou reuniões e, usar bicicleta, só ser for bem velhinha. Há mães que só dormem depois que o filho volta para casa. 

Embora contrariando as estatísticas, que revelam queda nos homicídios, a insegurança se explica diante da série de crimes sem motivação ou por motivos fúteis ou apenas pelo prazer de matar, como o do senhor de 73 anos, que estava parado no ponto de ônibus ao lado da mulher na Zona Norte do Rio. Esperavam condução para ir a uma clínica fazer exames, quando foram rendidos por dois bandidos em uma moto. Por não acreditarem que a vítima só tivesse R$ 2, os criminosos dispararam várias vezes. Um dos tiros à queima-roupa acertou o idoso no peito.

Quando não usam balas, usam facadas. A faca não é mais um talher para cortar o pão ou a carne, mas um instrumento que lembra tristes episódios. Vai ver que é por isso que sumiu da rua o amolador que passava anunciando sua habilidade. Talvez não queira mais afiar a lâmina de um objeto que agora está sendo usado cada vez mais para matar.

Nosso cotidiano virou uma sucessão de espantos. As conversas são entremeadas de casos que nem sempre chegam à imprensa e de histórias estarrecedoras como a do pitboy, conhecido promotor de confusão, que atacou três jovens numa festa em sua casa. Arrancou parte da orelha de um rapaz e feriu gravemente uma moça de 21 anos, 52 quilos e 1,47m. 
Ele tem 28 anos e 1,94m, mas não julgou suficiente a desproporção física e lançou mão de algo perfurante para sua tentativa de homicídio qualificado. Ana Carolina foi golpeada, largada no chão ensanguentada e está hospitalizada. José Phillippe Ribeiro de Castro, o agressor, foi para o quarto dormir, onde a polícia o encontrou no dia seguinte e o levou para o Complexo de Gericinó. 

Resta saber se, desta vez, será punido. A delegada Monique Vidal, encarregada do inquérito, disse: “A cadeia é o lugar dele. Ele não tem condições de conviver em sociedade. É um rapaz de classe alta que gera uma sensação de impunidade nas pessoas”. Apesar disso e de ser reincidente, esse promotor de eventos sangrentos nunca pagou pelos desvios que cometeu antes. Por que será?

19 de junho de 2015
Zuenir Ventura

VENEZUELA - GOVERNO MADURO APODRECEU

Foi um estrondoso sucesso a visita frustrada a presos políticos venezuelanos da comitiva de oito senadores brasileiros liderada por Aécio Neves (PSDB-MG).

Para a oposição daqui e de lá, nem por encomenda poderia ter sido melhor. Desembarque retardado. Van cercada de manifestantes agressivos. Estradas interditadas. Terminal aéreo sem luz.

A oposição daqui deixou o governo de Dilma numa saia justa. O que fazer? Calar-se? Ou protestar contra o tratamento conferido aos senadores?

No fim da noite, depois de muitas horas de meditação, o Itamaraty emitiu nota onde diz que “são inaceitáveis atos hostis de manifestantes contra parlamentares brasileiros”.

- À luz das tradicionais relações de amizade entre os dois países, o Governo solicitará ao Governo venezuelano, pelos canais diplomáticos, os devidos esclarecimentos sobre o ocorrido – acrescentou a nota.

Se Maduro, o presidente que sucedeu a Hugo Chávez, não se comportasse como o déspota que é, a visita teria merecido uma notícia de pé de página em nossos jornais. E não teria repercutido na imprensa internacional.

Há 15 dias, Felipe Gonzalez, ex-primeiro ministro socialista da Espanha, visitou Caracas e não foi hostilizado. Ficou por lá dois dias, advogando em favor dos presos. Voltará a Caracas em breve.

Na próxima semana, será a vez de uma comitiva do Parlamento Europeu. Duvido que seja maltratada como foi a brasileira.

A verdade é que o mundo está de olho na democracia em ruínas na Venezuela. E não só na democracia.

O modelo econômico venezuelano está falido. A inflação disparou. Produtos básicos escasseiam nos supermercados. E as filas se multiplicam. A imprensa é censurada.

Maduro foi um capacho sem talento de Chávez. Que à beira da morte, o ungiu como sucessor. Vive à sombra do mito Chávez. E visita o túmulo de Chávez com frequência. Diz que conversa com o espírito dele. Sério.

A Venezuela padece de dois males. Primeiro: o que costuma atingir grandes produtores de petróleo. Segundo: o que corrói por dentro todo o regime que se fantasia de democrata.

País produtor de petróleo é tentado a acreditar que a riqueza decorrente do petróleo é inesgotável. E que, portanto, é permitido gastar sem limites. Chávez gastou. Maduro gasta. Por aqui, Dilma também gastou.

Democracia de mentira não resiste à pressão natural dos que pensam viver em uma democracia. E dos que cobram uma democracia de verdade. Mais dia, menos dia, cai sua máscara.

No caso da Venezuela, a máscara caiu. E só governos ideologicamente afinados com o governo Maduro, como o brasileiro, fingem não enxergar isso.

Ou pior: de fato não enxergam.



19 de junho de 2015
Ricardo Noblat

SAPOS A LA GAUCHE

Eu, você e mais 200 milhões de brasileiros somos parte daquela experiência do sapo na panela no fogão aceso. A historinha – que não sei se é verdadeira, mas que parece ser – conta que, se jogado na água fervente, um sapo daria um pulo heroico para fora da panela, não antes de ser “selado” pelo líquido a 100 graus. O salto para fora da água, entretanto, a despeito de algumas queimaduras, manteria o sapo vivo e bem mais esperto. 
Se, ao contrário, o sapo fosse jogado na água fria e esta fosse aquecida lentamente, o sapo não se aperceberia do aumento gradual da temperatura e morreria cozido em fogo lento. Nós somos esses últimos sapos aí.

O fogo lento é o que o PT faz com o Brasil - queda do PIB, da produção industrial, o aumento envergonhado do desemprego e outros indicadores em desatino. O calor que aquece o “caldo” onde nós, sapos, estamos embebidos, é a falta de respeito, de competência, de honestidade e de credibilidade do governo petista. Já estamos a cerca de 60, 70 graus. 

Está quente aqui dentro do Brasil, mas será que vai refrescar? Essa é a esperança tola e ingênua que ainda, por incrível que pareça, demonstram lideranças empresariais, políticas e formadores de opinião. Pois não vai refrescar. Vai esquentar ainda mais e não podemos mais pular pra fora da água.
Só resta uma possibilidade, para dar fim a esta historinha do sapo na panela: Desligar o fogo!

Para isso, temos que sonhar com a saída do PT do governo federal e de todo e qualquer ente federativo. Está mais do que provado que a esquerda brasileira não sabe governar, não têm noções gerenciais mínimas, não tem responsabilidade fiscal, não respeita regras e faz pouco caso de contratos. A esquerda brasileira, responsável pelo fogaréu inclemente que cozinha a todos nós, sapos covardes e medrosos de todas as matizes políticas, mente e mente sem parar, engana e não tem mais noção alguma de certo e errado, de bem e mal, de lícito e ilícito, de moral e de ética.

O estado de direito é a mão que ainda não chegou ao fogão para desliga-lo. As instituições brasileiras são fiascos históricos: O judiciário é, na verdade, o Doutor Sérgio Moro, com a fiel ajuda da Polícia Federal. Nada mais. A oposição é a dupla Aécio e Caiado, sem esquecer de bravos Lorenzonis e mais três ou quatro homens com H maiúsculo. Mulheres? 

Nenhuma. Marina Silva? Piada. Dilma faz balãozinho com ela. Não há mulheres com M maiúsculo na política brasileira. Há dezenas de mulheres “honestas” como Dilma na política. Mulheres honestas sem aspas há poucas e silenciosíssimas. 
A imprensa é também apenas uma dupla: Veja e Rede Jovem Pan. O resto possui a mesma “valentia” da turma do sopão de sapos nacional.
Há que se desligar o fogo. Ele está quase matando a saparia.

O TCU denunciou as pedaladas e deu ele mesmo um tapa na mão. Será que o país aguenta mais 30, 60 dias? O Petrolão está virando fofoca e nada é capaz de fazer diminuir a caloria que aumenta. 
As instituições estão caladas. Será que já morreram em banho-maria? 
Os sindicatos estão silentes, escondidos. As pessoas que saíram às ruas em março e abril parecem não estar mais com vontade de protestar. As lideranças empresariais ainda brincam de acreditar que as coisas podem melhorar e nós brincamos de concordar com elas. A piscina onde os sapos fervem logo nos matará a todos.

E Lula? Esse aí é o grande fornecedor do gás que, quando não provê a chama que arde, mata por asfixia. Lula é o grande mal do Brasil. Lula é o mal do Brasil. Lula é mau. E o tempo passa, o tempo voa e só Lula e Dilma continuam numa boa. Alguém por favor, desligue o fogão! Lula e Dilma têm de ser detidos.

19 de junho de 2015
Glauco Fonseca

BLASFÊMIA

A blasfêmia é tão antiga quanto a religião; na verdade, tão antiga quanto a criação. A serpente do Paraíso é o primeiro blasfemador da história – e obteve êxito. Na segunda criação do homem, a ofensa a Deus também estava presente. Além de ter sido acusado de blasfemar pelas autoridades religiosas de sua época, Jesus Cristo foi vítima de blasfêmias no momento em que estava pregado à cruz, sofrendo dores lancinantes: “Ele salvou a outros e não pode salvar-se a si mesmo! Se é rei de Israel, desça agora da cruz e nós creremos nele!” (Mt, 27,42) Por isso, não me escandalizo com as blasfêmias contemporâneas. Só sinto uma profunda pena, uma invencível vontade de rezar pelos blasfemadores. Acham-se ousados, não sabem como são típicos. Um dia terão consciência do erro que cometeram.

A mais antiga imagem pictórica do cristianismo é um ato de blasfêmia. Trata-se do grafite de Alexamenos, encontrado durante escavações no Monte Palatino, em Roma, no ano de 1875. Calcula-se que o grafite seja do século III da era cristã. O desenho em gesso mostra a crucificação de um burro, tendo a seus pés um fiel em atitude de adoração. A legenda, em grego, diz: “Alexamenos adora seu deus”. Imagine-se que Alexamenos seja um cristão dos primeiros tempos, ridicularizado por seus colegas.

Nos tempos modernos, um dos maiores alvos dos blasfemadores é a família. Os novos colegas de Alexamenos fazem isso porque sabem que o núcleo familiar sempre foi a maior força de resistência contra as arbitrariedades do Estado e da ideologia. Marx, Trotski, Stalin, Mao e Fidel estavam conscientes dessa força. Tanto é que fizeram tudo para destruir as famílias de seus contemporâneos – e acabaram destruindo as suas próprias.

Um dos truques da blasfêmia moderna é esconder-se sob as palavras. Os ideólogos querem agora promover a sexualização das crianças disfarçada com o nome “ideologia de gênero”. De minha parte, acho um milhão de vezes pior a blasfêmia que pode atingir nossos filhos na escola do que aquela feita meramente para atrair manchetes na mídia. A serpente que se esconde é mais perigosa do que a serpente que se mostra. Vigiai e orai!

19 de junho de 2015
Paulo Briguet

O HUMOR DO DUKE...

Charge O Tempo 19/06
19 de junho de 2015

O HUMOR DO ALPINO

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19 de junho de 2015

POLÍTICA DO COTIDIANO. DO JORNALISTA CLAUDIO HUMBERTO

NOVAS REGRAS NÃO PREJUDICAM "TRIO MALVADEZA"

O “Trio Malvadeza” de ministros, que anunciou nesta quinta alterações nas regras de aposentadoria, tem algo em comum além da insensibilidade em relação aos velhinhos: nenhum deles será afetado pelas novas medidas. Servidor do INSS desde 1986, Carlos Gabas (Previdência), por exemplo, aposentando-se agora, teria pelo resto da vida proventos que hoje somam R$ 31 mil por mês.

 
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    MEU PIRÃO PRIMEIRO

    Carlos Gabas se beneficiará da aposentadoria integral de servidores, que não fala em alterar. E ainda tem previdência privada: Prevdata.

    ELE SABE O QUE FAZ


    Piloto de motos de luxo nas ruas de Brasília, Carlos Gabas não parece interessado em se aposentar pela previdência social que administra.

    SEM PROBLEMAS

    Nelson Barbosa (Planejamento), do “Trio Malvadeza”, acrescenta aos R$ 31 mil do salário de ministro R$ 4,1 mil como professor da UFRJ.

    QUE SE EXPLODAM


    Joaquim Levy (Fazenda), adepto de previdência privada, não parece ter problemas de consciência ao alterar para pior a vida dos velhinhos.

    PUBLICIDADE

    Toda truculência é burra, por isso a atitude do regime do venezuelano Nicolás Maduro de hostilizar senadores, ontem, em Caracas, acabou por colocar o parlamento brasileiro contra o regime chavista. E pronto para votar retaliações à semi-ditadura. É considerado muito grave que Maduro não tenha garantido a segurança dos senadores e acesso aos presos políticos. Renan Calheiros chamou a hostilidade de “medieval”.

    HÁ COMPOSTURA?

    Se lhe restar um mínimo de compostura, o governo deveria chamar de volta, para consultas, o embaixador do Brasil em Caracas, Ruy Pereira.

    A MILÍCIA DE MADURO

    Os “manifestantes” contra senadores em Caracas eram todos homens, com idade e jeitão de militares a paisana. É milícia privada de Maduro.

    CUMPLICIDADE

    O ex-presidente Lula recomendou ao Planalto “distância” da hostilidade aos senadores na Venezuela, para não “levantar a bola” da oposição.

    ATITUDE VERGONHOSA


    Tão vergonhosa quanto a hostilidade na Venezuela a oito senadores brasileiros, quase 10% do Senado, foi a reação ou o silêncio do governo Dilma Rousseff.

    PEDALA, DILMA


    O preso político venezuelano Leopoldo López está em greve de fome há quase um mês. É marido de Lilian Tintori, que, como as demais, não receberam a solidariedade da ex-presa política Dilma Rousseff.

    O PREFERIDO

    O sonho de dez em cada dez caciques peemedebistas é, oficializado fim da união com o PT, correr atrás do senador José Serra (PSDB-SP) para montar uma chapa para 2018. E querem Serra no partido.

    QUEBRA DE DECORO

    Membros da CCJ ainda cogitam representação contra Maria do Rosário (PT-RS) no Conselho de Ética por quebra de decoro. Teria incitado a filha a tumultuar a análise da redução da maioridade penal.

    COMO LEPRA

    Deputados candidatos a prefeito em 2016 dizem não saber como escapar da “lepra governista”, tamanha a rejeição das medidas de Dilma. Preveem crescimento da oposição e encolhimento do PT.

    IMPEACHMENT

    O PSDB ainda pisa em ovos quando o assunto é o impeachment de Dilma, mesmo após sinal do TCU que poderá rejeitar as contas do governo. Ensaiam o protagonismo o DEM e o Solidariedade.

    RETÍFICA CH

    O bolivariano José Marcondes de Carvalho, adorador do aspone “Top-Top” Garcia, já não é embaixador em Caracas, como informamos. É Ruy Pereira, que mal recebeu senadores no aeroporto de Caracas, ontem, segundo Ronaldo Caiado (DEM-GO), tomou chá de sumiço.

    AZAR


    A oposição se divertira com decisão do TCU de pedir explicações sobre 13 irregularidades nas contas do governo Dilma de 2014. “Treze é mesmo um número que dá azar”, dizem, em alusão ao número do PT.


    PENSANDO BEM...


    ... a violência contra senadores brasileiros na Venezuela foi uma espécie de sequestro relâmpago internacional.

    19 de junho de 2015

    SERGIO MORO ESTÁ MUITO PRÓXIMO DE ENGAIOLAR OS CACIQUES DO PT

    Rio - Com paciência, competência e muita determinação, o juiz Sergio Moro, o homem que, com coragem e destemor, desbaratou a maior quadrilha de bandidos engravatados do país, aproxima-se cada vez mais da cúpula do PT. Não quer agir politicamente como fazem os deputados da CPI da Lava-Jato na convocação dos seus depoentes. Ele atua com o rigor da lei. Tanto é assim que raramente a Justiça relaxa a prisão dos seus investigados quando detidos. Com um trabalho de formiguinha, Moro e sua equipe vão montando o quebra-cabeça do desvio de bilhões de reais da Petrobrás e do BNDES onde os petistas atuavam com liberdade sob o manto da impunidade.

    Moro, segundo se sabe, já teria munição suficiente para expedir mandados de prisão para muitos diretores do BNDES, envolvidos com a bandalheira petista nos empréstimos externos que tiraram do banco bilhões de reais para ditadores africanos e governantes da América do Sul, como os chavistas da Venezuela. Mas ele é cauteloso: precisa de provas irrefutáveis que levem à prisão dessas pessoas sem chance de se livrar da cadeia por falta de elementos que comprovem o envolvimento delas com a ladroagem que tomou conta do país.

    A prisão recente de outros empresários, responsáveis pelas duas principais empreiteiras do país, a Odebrecht e Andrade Gutierrez, certamente vai levar o caminho que Sergio Moro precisa percorrer para chegar ao Lula e a equipe que movimentava, sob a sua orientação, bilhões de reais no exterior. O ex-presidente, ao deixar o cargo, virou um lobista de luxo. Vivia pendurado nos jatinhos das empreiteiras e de empresários como do Eike Batista atravessando o Atlântico a caminho dos países africanos, dominados há décadas por déspotas sanguinários.

    Criou o Instituto Lula com o pretexto de ajudar os miseráveis da África, mas, na verdade, o que ele fazia de fato era despejar caminhões e mais caminhões de dinheiro do BNDES em projetos de infraestrutura nesses países. Muito desse dinheiro foi parar no bolso dos ditadores, enquanto no Brasil as obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) estão paralisadas desde o primeiro governo da Dilma que mantém uma equipe de efeitos especiais para apresentar anualmente um novo programa de infraestrutura para o país, a exemplo do que fez este mês em uma solenidade pirotécnica no Palácio do Planalto.

    O Brasil já não suporta mais esse desgoverno petista. A violência está por todos os cantos; a inflação corrói o salario do trabalhador; a inadimplência das pessoas é a maior da última década; os preços dos alimentos nos supermercados e nas feiras estão na estratosferas; os aposentados (como sempre!) vão pagar o pato dessa administração caótica; o país está ingovernável, depois que a presidente fraudou a Lei da Responsabilidade Fiscal para aprovar suas contas; e carros e imóveis estão sendo tomados pelos bancos. O país está deteriorado e desacreditado no mercado externo. Um quadro dantesco!

    Pesquisas mostram que em São Paulo, o estado que concentra a riqueza do país, a rejeição ao PT já alcança os 70%. A popularidade da presidente está no chão. Ela não governa mais. Foi substituída pelo PMDB, partido que se agarra como pode para permanecer no poder. A equipe de governo é despreparada, incompetente, incapaz de formular uma política econômica e social para tirar o país do caos. O ministério da Dilma é rebotalho. É o que existe de mais insignificante do pensamento brasileiro.

    E depois de tudo isso, fica a pergunta: será que vamos esperar o país afundar de vez para pedir o impeachment da Dilma? Quem sair por último, por favor, apague luz.



    19 de junho de 2015
    Jorge Oliveira

    GIGANTE PETROQUÍMICA BRASKEM É ALVO DE BUSCA E APREENSÃO NA LAVA JATO

    DIRETOR DA ODEBRECHT TERIA NEGOCIADO PROPINA DA ODEBRECHT/BRASKEM


    EXECUTIVO TERIA ACERTADO O PAGAMENTO DE U$ 5 MILHÕES AO ANO 
    PARA YOUSSEF E PAULO ROBERTO


    A Polícia Federal cumpriu mandado nesta sexta-feira, 19, de busca e apreensão na sede da empresa Braskem, gigante dos setores químico e petroquímico. O doleiro Alberto Youssef afirmou em delação premiada que Alexandrino de Salles Ramos de Alencar, diretor da Odebrecht, teria negociado o pagamento de propina da Odebrecht/Braskem com ele e o então diretor da Petrobrás Paulo Roberto Costa.

    O executivo teria acertado o pagamento de U$ 5 milhões ao ano para Youssef e Paulo Roberto em troca de a Petrobrás vender para a Braskem uma cesta de serviços pelo mesmo preço praticado no mercado internacional, inferior ao cobrado pela petroleira no mercado interno. Da propina, 30% iria para Paulo Roberto e 70% para o Partido Progressistas (PP).

    O pagamento da propina seria feito no exterior e intermediado pelo diretor financeiro da Odebrechet Cesar Ramos Rocha, conhecido pela alcunha de “Naruto”. Reforçaram os indícios de esquema, email apreendido pela PF na Odebrecht na sétima fase da Lava Jato enviado por Roberto Prisco Ramos, da Braskem, para o presidente da Odebrecht, Marcelo Odebrechet, e outros executivos da empresa. Na mensagem, se faz referência a colocação de um sobrepreço da ordem de 20 a 25 mil dólares por dia em contrato de operação de sondas. Alexandrino e Cesar Rocha foram presos hoje na 14a fase da Lava Jato.

    A Braskem confirma que a Polícia Federal está cumprindo mandado de busca e apreensão em seu escritório em São Paulo no âmbito da Operação Lava Jato.

    Em relação ao e-mail amplamente divulgado pela imprensa, a Braskem esclarece o seguinte:

    - Todo o conteúdo da mensagem, incluindo a operação de sondas, não tem relação com qualquer atividade da Braskem.

    - O autor do e-mail trabalhou na Braskem até dezembro de 2010 e, na data da referida mensagem, já havia sido transferido para outra empresa da Organização Odebrecht.

    A Braskem segue empenhada na elucidação dos fatos e à disposição das autoridades competentes para colaborar com as investigações. (AE)



    19 de junho de 2015
    diário do poder

    JUIZ MORO ADVERTE: EMPREITEIRAS DA LAVA JATO PARTICIPAREM SEM ÔNUS DO PLANO DE CONCESSÕES PODE GERAR UM NOVO ESQUEMA DE CORRUPÇÃO



     

    (Estadão) Na decisão em que decretou a prisão preventiva de executivos da Odebrecht e da Andrade Gutierrez, o juiz Sérgio Moro, responsável pela Operação Lava Jato, afirma que obras públicas em curso e o novo plano de concessões do governo federal, lançado pela presidente Dilma Rousseff no último dia 9, podem ser uma nova fonte de corrupção para as empreiteiras. Ao justificar as prisões, Moro sustentou que, como o governo não impediu as empresas de celebrar contratos públicos fora da Petrobrás, principal foco da Lava Jato, há risco de elas reincidirem em crimes. 

    As empreiteiras não foram proibidas de contratar com outras entidades da administração pública direta ou indireta e, mesmo em relação ao recente programa de concessões lançado pelo governo federal, agentes do Poder Executivo afirmaram publicamente que elas poderão dele participar, gerando risco de reiteração das práticas corruptas, ainda que em outro âmbito”, argumentou Moro.

    O plano de concessões lançado por Dilma prevê investimentos de R$ 198 milhões em infraestrutura nos próximos anos. A ideia é ceder à iniciativa privada a administração de portos, aeroportos, rodovias e ferrovias. Embora as empresas da Lava Jato sejam alvos de processos administrativos que podem resultar na sua declaração de inidoneidade e, em consequência, na proibição de contratar com o governo, o ministro Valdir Simão, da Controladoria-Geral da União (CGU), afirmou que não há, por ora, nenhum entrave para que elas participem de concorrências abertas no pacote de concessões.

    “Tecnicamente, atualmente, não há impedimento para as empresas participarem de processo licitatório. Somente após a conclusão do processo de responsabilização e sendo punidas é que elas seriam impedidas”, explicou. Moro sustenta que a Odebrecht e a Andrade Gutierrez são as duas maiores construtoras do País e, diante disso, é “até razoável, no contexto, discutir a sobrevivência das empresas através de mecanismos de leniência, para preservar a economia e empregos”.

    Os acordos de leniência, negociados pela CGU, permitem que empresas envolvidas em corrupção continuem contratando com o governo, em troca de ressarcir o erário pelas perdas que causaram, pagar multas e contribuir com as investigações. No caso das duas empreiteiras, contudo, o juiz argumenta que não houve o reconhecimento de responsabilidades e a indenização dos prejuízos. “Sem isso, o que se tem é o estímulo à reiteração das práticas corruptas, colocando as empresas acima da lei”, escreveu.

    Moro explicou que as empresas permanecem com contratos ativos com a Petrobrás, apesar das suspeitas de sobrepreço, e também mantêm vínculos com outras entidades públicas. Ele alega que não houve tentativa de acordo de leniência com o governo, tampouco iniciativa das empresas para apurar internamente as irregularidades. Nesse contexto, afirma, “é imprescindível, para prevenir a continuidade das práticas corruptas, a prisão cautelar dos executivos desviados”.

    19 de junho de 2015
    coroneLeaks

    ODEBRECHT E ANDRADE GUTIERREZ PAGARAM R$ 710 MILHÕES EM PROPINA

    PRESIDENTES DA ODEBRECHT E ANDRADE PAGAVAM PROPINA NO EXTERIOR


    SEGUNDO OS INVESTIGADORES, AS PROPINAS ERAM DIRECIONADAS, 
    PRINCIPALMENTE, A INTEGRANTES DAS DIRETORIAS DE ABASTECIMENTO 
    E SERVIÇOS DA PETROBRAS (FOTO: TÂNIA RÊGO)


    Em entrevista na sede da Polícia Federal, há pouco, integrantes da força tarefa da Lava Jato explicaram a mais recente fase da operação, deflagrada na manhã desta sexta-feira e que teve como alvo as empreiteiras Andrade Gutierrez e Norberto Odebrecht. Segundo o procurador da República Carlos Fernando dos Santos Lima, as prisões foram motivadas por pagamentos de propina no exterior via empresas off shore, principalmente direcionados a integrantes das diretorias de Abastecimento e Serviços da Petrobrás.

    As prisões desta manhã aconteceram depois que delatores indicaram o recebimento de propina no exterior, segundo o procurador. Paulo Roberto Costa e Pedro Barusco citaram a Odebrecht, mas Carlos Fernando disse que há outras provas dos pagamentos, além das delações. O procurador defendeu que havia elementos para os pedidos de prisão e que a etapa deflagrada na manhã de hoje é uma continuação da 7ª fase. Para ele, as empreiteiras Andrade Gutierrez e Norberto Odebrecht capitaneavam o esquema de cartel na Petrobrás.

    O delegado da Polícia Federal Igor Romário de Paula disse acreditar que os principais executivos das empresas sabiam do esquema e não combateram as práticas internamente. Bernardo Freiburghaus, que deixou o Brasil e foi morar na Suíça, sendo considerado foragido, foi apontado como o operador da Odebrecht no esquema.

    A força tarefa estimou em R$ 200 milhões o valor das propinas pagas pela Andrade Gutierrez no esquema da Petrobrás. O valor da Odebrecht é ainda maior, R$ 510 milhões.

    Os investigadores disseram que a denúncia do caso Petrobrás deve ser concluída até o final do ano e que a força tarefa espera apenas o término dos trabalhos do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).

    Prisões. O balanço da operação desta sexta-feira mostra que, dos 12 mandados prisão, temporárias ou preventivas, 11 já foram cumpridos. O executivo da Odebrecht César Ramos Rocha é o único que ainda não foi encontrado. Ele, no entanto, ainda não é considerado foragido. (AE)



    19 de junho de 2015
    diário do poder

    PLANILHAS DE EMPREITEIRAS IRONIZAVAM DISTRIBUIÇÃO DE OBRAS DA PETROBRAS

    PF: PLANILHAS IRONIZAVAM DISTRIBUIÇÃO DE OBRAS DA PETROBRAS


    MANIFESTANTES DO MST PROTESTARAM CONTRA O DONO 
    DA EMPREITEIRA, MARCELO ODEBRECHT. FOTO: BEATRIZ 
    PASQUALINO/RADIOAGÊNCIA NACIONAL


    A investigação da Polícia Federal, que culminou na prisão dos presidentes das empreiteiras Odebrecht e Andrade Gutierrez, identificou planilhas em que era organizada a distribuição das obras da Petrobras entre as empreiteiras integrantes do cartel. Os documentos apreendidos descreviam a negociação para participar das obras como "bingo fluminense" e "campeonato esportivo", sendo cada empresa classificada entre os "jogadores". De acordo com a investigação, apenas o ex-diretor de serviços da Petrobras Renato Duque recebeu propinas de 60 contratos firmados com as empresas.

    As tabelas traziam nomeações como "Lista dos Novos Negócios" para o Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj) ou da Refinaria Abreu e Lima (Rnest), com a descrição das licitações de diversas unidades operacionais dos complexos de refino da estatal. Para cada contrato, as propostas oferecidas pelo esquema de cartel apresentavam preços entre 11% e 21% acima do valor orçado pela estatal. Os documentos ainda continham as regras de funcionamento do cartel e da distribuição das obras, com empreiteiras classificadas por ordem de preferência para cada obra. A investigação também indicou que algumas empresas "reclamavam" de serem preteridas nas obras.

    "Jocosamente, há tabelas nas quais à fixação das preferências é atribuída a denominação de 'bingo fluminense' e às empreiteiras, a denominação 'jogadores' (...). Há apontamento, no lado esquerdo, das obras da Petrobras a serem distribuídas, no topo, do nome das empreiteiras identificadas por siglas, e nos campos que seguem a anotação das preferências de cada uma (com os números 1 a 3, segundo a prioridade de preferência), como um passo para a negociação dos ajustes", descreve o decreto de prisão expedido pela Polícia Federal na última segunda-feira, dia 15.

    De acordo com a investigação, as tabelas traziam as indicações de CO para a Construtora Norberto Odebrecht e AG para a Andrade Gutierrez. Parte das tabelas foi entregue à polícia na delação premiada do presidente da Setal Óleo e Gás (SOG), Augusto Ribeiro de Mendonça Neto. Também foram encontradas planilhas na sede Engevix Engenharia, envolvida no esquema. A participação das empreiteiras no esquema ainda foi confirmada em depoimentos de outros empresários, como o presidente da Engevix, Gerson de Mello Almada, e da Camargo Corrêa, Dalton dos Santos Avancini.

    Em depoimento, Avancini teria afirmado que as empresas reclamavam da distribuição das obras. "Havia uma reclamação quanto a empresas que tiveram pouca participação no Comperj, havendo ainda dois pacotes que faziam parte do acordo do cartel em relação a essa refinaria, um deles o Piperack e outro Tubovias. A fim de resolver a questão da distribuição das obras foi feita uma espécie de sorteio, tendo sido contemplada no pacote do Piperack a Odebrecht, em associação com a UTC e, salvo engano, a Mendes Junior", conforme trecho do depoimento transcrito no decreto.

    Também os depoimentos do ex-diretor de abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa e do ex-gerente Pedro Barusco confirmaram a participação das empresas. Barusco afirmou que participava do esquema a diretoria de Serviço de Renato Duque. Os pagamentos teriam ocorridos em contratos das áreas de Gás e Energia, Engenharia, Exploração e Produção, segundo Barusco, no período em que atuou na Petrobras. O ex-gerente também afirmou que houve pagamentos enquanto ele já atuava como diretor da Sete Brasil e que os contratos de construção de sondas com estaleiros também contaram com desvios.

    Já Costa teria indicado que "todos os recursos depositados nas contas mantidas em bancos suíços foram feitos pela Odebrecht". Os depósitos seriam feitos com periodicidade de dois ou três meses em quatro diferentes contas por intermédio do operador Bernardo Freiburghaus a título de "política de bom relacionamento". Um dos depósitos chegou ao valor de US$ 10,5 milhões, segundo o depoimento. Paulo Roberto Costa ainda teria dito que os pagamentos ocorreram mesmo após ter deixado a diretoria de abastecimento da estatal, em 2012, para acelerar os projetos em andamento na estatal. O ex-diretor disse ainda que acreditava que os pagamentos da empreiteira continuaram ocorrendo em 2014, mas que não poderia confirmar.



    19 de junho de 2015
    diário do poder

    OPERADOR DE PROPINA NA ODEBRECHT ESTÁ NA LISTA DA INTERPOL

    OPERADOR DA ODEBRECHT APARECE EM LISTA VERMELHA - ALERTA MÁXIMO



    EM FEVEREIRO, O DOLEIRO DISSE QUE ESTAVA MORANDO 
    NA SUÍÇA (FOTO: INTERPOL)


    O nome do doleiro Bernardo Freiburghaus, investigado pela Operação Lava Jato, foi incluído na difusão vermelha da Interpol, a Polícia Internacional que mantém representação em 181 países. A lista vermelha é o alerta máximo da Interpol e limita os deslocamentos do alvo. Se ingressar em território que integra a comunidade policial, ele pode ser imediatamente detido.

    “O Bernardo, durante a Operação Lava Jato, para nós ficou bem caracterizado que ele deixou o País em função disso, cortou seus laços aqui, contas bancárias aqui, foi para a Suíça e se fixou na Suíça. Na sequência, comunicou à Receita Federal que seu domicílio passava a ser a Suíça”, afirmou o delegado da Polícia Federal Igor Romário de Paula em entrevista na manhã desta sexta-feira, 19, após a deflagração da 14ª fase da Operação Lava Jato. Segundo ele, o doleiro é considerado foragido.

    Freiburghaus foi um dos alvos da nova fase da Lava Jato, batizada de Operação My Way, que mirou operadora de propinas, e deflagrada no dia 5 de fevereiro. O doleiro foi um dos investigados que teve mandado de condução coercitiva decretado pela Justiça Federal. A Polícia Federal esteve nos endereços indicados nos mandatos, mas não encontrou o doleiro nem sua empresa.

    “Em relação à empresa Odebrecht, o operador desde muito já é identificado, é o Bernardo Freiburghaus. Infelizmente, ele saiu do País e se encontra na Suíça. Não houve tempo hábil para que as investigações chegassem ao nome dele antes de ele sair do País”, afirmou o procurador Carlos Fernando Lima, da força-tarefa da Lava Jato, operação que investiga um esquema de corrupção e propinas instalado na Petrobrás.

    “Nós temos profissionais no Brasil, hoje, de lavagem de dinheiro. Pessoas que oferecem esses serviços. Nós temos diversas empresas e essas empresas têm suas pessoas de confiança. Podemos dizer que Bernardo Freibughaus fazia esse trabalho para a Odebrecht. Assim como o Alberto Youssef fazia para a Camargo Corrêa. Ou o Fernando Baiano faz para a Andrade Gutierrez. Isso é uma questão pura e simples negocial, mesmo no mundo do crime, é uma questão pura e simples de negócio.”

    O doleiro é dono da empresa Diagonal Investimentos, com sede do Rio. Na petição entregue à Polícia Federal no dia 13 de fevereiro e anexada aos autos da Lava Jato,a defesa do doleiro havia informado que ele morava em Genebra, na Suíça, e iria demonstrar “oportunamente que nenhuma ilegalidade praticou”.

    “O operador por ela (Odebrecht) contratado para o repasse da propina e lavagem de dinheiro, Bernardo Schiller Freiburghaus, destruía as provas das movimentações das contas no exterior tão logo efetuadas e, já no curso das investigações, deixou o Brasil, refugiando-se no exterior, com isso, prejudicando a investigação em relação as condutas que teria praticado para a Odebrecht”, afirmou Moro, em decisão que decretou a prisão dos presidentes da Odebrecht e da Andrade Gutierrez e mais 10 executivos.

    No fim de fevereiro deste ano, Freibughaus estava vivendo em um dos endereços de maior prestígio de Genebra, perto dos bancos J. Safra, HSBC, Citibank ou Credit Suisse e às margens do Rio Ródano. Segundo a imobiliária Grange, que se ocupa do apartamento do operador, o endereço estava avaliado em 3,5 milhões de francos, cerca de R$ 10,6 milhões.

    O endereço de Genebra aparece em carta assinada por sua advogada, Fernanda Silva Telles, endereçada à Polícia Federal do Paraná. No documento, Freiburghaus se apresenta como “suíço”, “economista” e “residente e domiciliado” no país europeu. (AE)



    19 de junho de 2015
    diário do poder

    PELO MENOS ISSO

    “Nada veio de graça. Estudei e trabalhei muito para conquistar cinco mandatos parlamentares. Esse, aliás, é um conselho que gostaria de dar àqueles que têm dúvidas sobre o que querem para suas vidas: tracem planos, mentalizem e visualizem-se no futuro, todos têm condições de conquistar seus sonhos e objetivos”. (Entrevista à Agência de Notícias da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, em 13/10/2010)

    O conselho de Augusto Nardes é perfeito. Não há, no entanto, garantia de que funcione para todos. Uma pitada do Destino sempre ajuda ou atrapalha muito...

    O ministro nasceu em Santo Ângelo, RS. Cidade onde nasceu e de onde partiu a Coluna Prestes que tanto barulho e tantas reviravoltas fez em nosso país. Sabe-se lá se a Santo Ângelo está destinado outra vez um papel marcante em nossa história?

    Por enquanto, o que o ministro conseguiu foi ter seu nome conhecido por simples membros da sociedade, como eu, sem nenhum vínculo com a política a não ser um interesse constante por tudo que se refere ao Brasil.

    De agora em diante, seus passos serão seguidos e pode ser que ele, que tanto estudou para ser político, chegue ao mais alto cargo da República. Quem sabe?

    Há quem ache que a manobra do TCU para adiar a prestação de contas de Dilma Roussef foi um drible a mais, daqueles que fazem o time perder a partida. Outros pensam que foi uma jogada de mestre. Nessa seara não me meto, mal compreendo minhas contas, que dirá os 13 pontos nebulosos que dona Dilma terá que esclarecer, por escrito, em 30 dias a partir de anteontem, quarta-fera 17 de junho.

    Imagino – e é isso mesmo que quero dizer, imagino - que dona Dilma vá exigir explicações de Guido Mantega e Arno Augustín e que vá tentar repassar para eles a culpa dos erros, se erros houve. Mas creio que desta vez isso não vá funcionar. Afinal, ela é a presidente desde 2011 e, pelo que faz questão de demonstrar, é a Manda-Chuva Sabe-Tudo. Não tem muito como fugir disso.

    Como disse Augusto Nardes: “As contas são dela. Tudo foi prestado por ela. Por isso, é a presidenta que precisa ser ouvida”.

    Não acredito que o TCU acabe por rejeitar suas contas, mas se por obra e graça de Santo Ângelo o fizer, duvido que o Congresso aprove o parecer do TCU.

    Mas uma coisa mais do que positiva conseguimos: Augusto Nardes pediu a Renan Calheiros “a retomada das votações das contas presidenciais que costumam ficar paradas na Comissão Mista de Orçamento (CMO). Desde 2002, o Congresso não vota os pareceres do TCU”.

    Tive que ler mais de uma vez as linhas acima. Custei a crer que estivesse lendo isso mesmo. Desde 2002 o TCU trabalha à toa? Faz papel de bobinho e o Congresso não lhe dá a mínima?

    Continuo com palavras do ministro Nardes: “Senti uma excelente boa vontade do presidente Renan em conversa que já tivemos. Ele disse que priorizaria isso. (...) é um avanço para a sociedade brasileira e também para os congressistas, porque a principal função do Congresso é fiscalizar as contas da República. E nós damos um parecer técnico. Já há declarações do presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e também já senti do presidente Renan que isso possa acontecer”.

    Ficaremos com uma dívida junto a Renan Calheiros e Eduardo Cunha. Mas nem tudo pode ser perfeito, não é? Quanto mais não seja, ‘pedaladas fiscais’ nunca mais. Dona Dilma que se contente com sua bike pelas ruas de Brasília.



    19 de junho de 2015
    maria helena r.r. de dousa

    SALVAÇÃO OU RUÍNA

    SÃO PAULO - Joaquim Levy e o neoliberalismo que ele representa são a salvação ou a ruína do país? Há duas formas de olhar a questão.

    Para quem pensa em linhas partidárias, se as políticas de Levy derem razoavelmente certo, o país poderá voltar a crescer em 2018, o que daria ao PT uma chance de disputar o pleito presidencial de forma competitiva. E, se o ajuste se revelar um fracasso, será sempre possível tentar, através de uma manobra retórica, pôr a culpa na receita neoliberal. A candidatura petista despontaria, assim, quase como que de oposição.

    Numa visão mais pragmática, porém, que é a que eu adoto, é possível afirmar que, agora que Dilma 2 já parou de cometer os erros de Dilma 1, a prioridade é tornar a crise tão breve quanto possível, para o que a sensatez econômica de Levy e sua credibilidade diante dos mercados são ingredientes importantes.

    Sim, é possível que um sucesso ainda que parcial do ajuste acabe beneficiando o PT. Pessoalmente, porém, não acredito muito nessa hipótese. Desta vez a crise veio forte e as pessoas não tiveram como não ligá-la a Dilma e a seu partido. Mais do que isso, ficou claro que a campanha que reelegeu a mandatária foi escandalosamente mentirosa.

    Não tenho nenhuma evidência empírica disso, mas meu palpite é o de que o PT será severamente punido pelo eleitor, o que seria positivo. A qualidade da política tende a melhorar quando ideias equivocadas, como as que animaram a gestão econômica no primeiro mandato de Dilma, são definitivamente removidas do rol de propostas a considerar.

    De todo modo, para a maioria dos brasileiros que não milita em nenhum partido, creio ser um equívoco pautar a ação política apenas pelo cálculo do que possa acontecer com o PT nos próximos pleitos. Para sustentar essa posição, é preciso acreditar que a oposição é essencialmente melhor do que os petistas, o que me parece uma aposta temerária.



    19 de junho de 2015
    Hélio Schwartsman

    ALOYSIO NUNES DENUNCIA AGORA NO SENADO: DILMA ORDENOU QUE MISSÃO DE SENADORES NÃO DEVERIA TER COBERTURA DIPLOMÁTICA



    O senador Aloysio Nunes, presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado, confirma a acusação contra Dilma com documentos oficiais do Itamaraty. É uma vergonha sem precedentes. É uma cumplicidade sem comparação na diplomacia brasileira. Que Dilma se explique ao país. O que a transforma em cúmplice desta ditadura assassina? Que interesses ela defende?

    PARA SE LIVRAR DOS CRIMES DAS "PEDALADAS", DILMA PLANTA O "LARANJA" AUGUSTIN



    (Folha) O senador Aécio Neves (PSDB-MG) afirmou nesta sexta-feira (19) que o fato de o ex-secretário do Tesouro Nacional Arno Augustin ter assinado documento no qual supostamente assume a autoria das chamadas "pedaladas fiscais" do governo não retira a responsabilidade da presidente Dilma Rousseff. 

    Segundo reportagem publicada pelo jornal "Valor Econômico", em seu último dia de trabalho no governo, Augustin assinou uma nota técnica sobre "ratificação de procedimentos" para liberação de recursos. O documento diz que cabe ao secretário do Tesouro decidir sobre os valores a serem desembolsados, após analisar dados elaborados pela área técnica, segundo a reportagem. 

    Segundo o jornal, auditores do TCU (Tribunal de Contas da União) interpretaram o ato como uma forma de eximir Dilma da responsabilidade pelas manobras que melhoraram artificialmente o resultado das contas públicas do governo nos anos passados. 

    "Ele era a cara metade da presidente Dilma, como ambos gostavam de dizer. [...] E se o Arno Augustin assume a responsabilidade, na minha avaliação, é como se a própria presidente da República assumisse a responsabilidade", afirmou Aécio. "A instrução era capitaneada e conduzida pelo Arno Augustin e com a participação permanente da presidente da República. Então torna a coisa assim ainda mais grave", completou o tucano. 

    Aécio prometeu que a oposição irá fiscalizar o desenrolar dos fatos durante o prazo de 30 dias dado pelo TCU para que a presidente explique por ofício as irregularidades apontadas pelo órgão na prestação de contas do governo de 2014. É a primeira vez que o tribunal convoca um presidente a se explicar. 

    "Os documentos, as análises são tão claras, tão cristalinas que se a votação for como deve ser, e acredito que será, baseada em preceitos técnicos, não há como aprovar as contas da presidente da República por mais que tenham se dado um prazo", disse. "Nós vamos estar contando esses dias e acompanhando o trabalho do Tribunal de Contas, que terá oportunidade de fazer história e mostrar que não é um órgão submisso ao Executivo", completou o tucano.

    19 de junho de 2015
    in coroneLeaks

    PARA LIVRAR DILMA, AUGUSTIN ASSUME A AUTORIA DAS PEDALADAS



    Este é o “heróico” Augustin, que se ofereceu para salvar Dilma
    A “pátria educadora” está sem chefia! O ex-secretário do Tesouro Nacional Arno Augustin, em seu último dia de trabalho, a 30 de dezembro de 2014, assumiu a culpa pelas “pedaladas fiscais”, apelido dado às manobras utilizadas pela presidente Dilma Rousseff em seu primeiro mandato para melhorar artificialmente as contas públicas, de acordo com reportagem publicada nesta sexta-feira pelo jornal Valor Econômico.
    Na interpretação de auditores do Tribunal de Contas da União (TCU), a Nota Técnica 6, assinada por Augustin, teria o objetivo de isentar a presidente da culpa das manobras, ainda segundo o jornal, que considera o documento capaz de torna difícil a ligação direta entre a presidente e as “pedaladas”, de forma a evitar um possível impeachment de Dilma devido aos crimes de responsabilidade com as manobras fiscais.
    A nota de Augustin descreve em duas páginas e em 12 tópicos o processo e as responsabilidades na liberação de recursos pelo Tesouro.
    RATOS E RATAZANAS
    Traduzindo tudo isso: os ratos menores estão tentando salvar as ratazanas. Se a documentação é real e seu objetivo de isentar Dilma for alcançado, chegaremos a conclusão que cada servidor público é responsável pelo que faz. Mas seu chefe, aquele que o indicou e nomeou, não! Ora, se isto é verdadeiro, acabou o estado democrático de direito.
    Que Augustin coloque a bunda na janela, se acha necessário, é problema dele. Contudo, quem o nomeou, assinou seus desmandos, erros e ilegalidades, é responsável direto.
    Assim, para Dillma, só há uma possibilidade de escapar: declarar-se “débil mental”, mas isto todos já sabemos que ela é! Basta assistir e ouvir seus pronunciamentos. Só um idiota mental para dizer o que ela diz!
    E para comprovar o já provado, é bastante analisar a situação administrativa/política do país. Os ministros fazem o que querem, os secretários, também e os subalternos já estão tomando conta de seus campinhos. Exemplo? Ministros se desentendendo quanto as medidas tomadas pelo governo. O da Educação, o da Casa Civil, o da Fazenda e o do Planejamento, cada um joga para um lado diferente. A descoordenação no país é total.
    Já não me contento só com o impeachment. É preciso a prisão, cassação dos direitos políticos desta gente, para sempre.

    19 de junho de 2015
    Antonio Fallavena

    CRIMES DE RESPONSABILIDADE LEVARÃO AO IMPEACHMENT




    A presidente Dilma Rousseff terá que encaminhar ao TCU (Tribunal de Contas da União) um documento, assinado por ela própria, explicando 13 irregularidades que impediram a aprovação de suas contas de gestão de 2014 que são diretamente atribuídas à mandatária.
    De acordo com o relator das contas do governo, ministro Augusto Nardes, as explicações têm que ser de Dilma, porque os atos irregulares partiram de documentos que só podem ser assinados pela presidente, mesmo que tenham sido feito por auxiliares.
    Os ministros do TCU decidiram quarta-feira dar um prazo de 30 dias para que a presidente se explique pessoalmente, por ofício, sobre irregularidades apontadas pelo órgão na prestação de contas do governo de 2014.
    A posição do relator das contas de gestão, ministro Augusto Nardes, de pedir explicações à Dilma, foi seguida por unanimidade pelos oito ministros votantes. O receio da corte de reprovar as contas sem ouvir a presidente era o de que o Palácio do Planalto recorresse à Justiça alegando não ter tido o amplo direito de defesa e derrubasse uma possível decisão contrária ao governo.
    DECISÃO INÉDITA
    É a primeira vez que um presidente tem de fazer uma defesa pessoal dos gastos públicos.
    A maior parte das 13 irregularidades – o mesmo número que identifica nas eleições o PT, partido da presidente – referem-se a atos que atrasaram repasses do governo para bancos públicos pagarem benefícios sociais e programas de governo, as chamadas “pedaladas”.
    No entanto, os itens considerados pelos técnicos do órgão como mais graves são as artimanhas no Orçamento de 2014 para evitar que o governo tivesse que conter despesas no ano em que a presidente disputava a reeleição.
    PARA GANHAR A ELEIÇÃO
    Segundo os técnicos, o governo já tinha informação desde fevereiro daquele ano de que não realizaria a arrecadação prevista e que suas despesas obrigatórias seriam maiores que o previsto. Nesses casos, a LRF (Lei de Responsabilidade Fiscal) obriga o governo a cortar despesas não obrigatórias a cada dois meses, o que não foi feito.
    Para piorar, o Palácio do Planalto, no fim do ano, aumentou suas despesas em mais R$ 10 bilhões e condicionou esse aumento ao Legislativo aprovar uma lei que permitia ao governo não fazer a economia de gastos prevista no orçamento do ano, o chamado superávit primário –o que também é proibido, segundo o TCU.
    Nessa época, o governo teria que cortar pelo menos R$ 28 bilhões.
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    NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
     – A matéria da Folha não cita as consequências das ilegalidades cometidas. Como a presidente Dilma Rousseff assinou os documentos, isso significa que cometeu crimes de responsabilidade em série, cuja punição é justamente a cassação do mandato. Arrogante e prepotente, ela pensou (?!) que era toda-poderosa e podia fazer o que bem entendesse. Por isso, Dilma agora tem um encontro marcado com o fracasso. Daqui para a frente, cada dia que passa será uma tortura. Como dizia Cazuza e seu parceiro Arnaldo Brandão, o tempo não para. E faltam apenas 29 dias para a decisão final do TCU, que dará total base jurídica ao impeachment. (C.N.)

    19 de junbo de 2015
    Dimmi Amora e Aguirre Talento
    Folha

    INQUÉRITO NO STJ PODE CAUSAR CASSAÇÃO DE FERNANDO PIMENTEL




    O Superior Tribunal de Justiça (STJ) recebeu um inquérito que apura o suposto envolvimento do governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT-MG) em um esquema de lavagem de dinheiro por meio de contratos com o poder púbico.
    No mês passado, o Estado publicou que a Polícia Federal apurava a suposta prática de crime eleitoral envolvendo a campanha de Pimentel ao governo de Minas em 2014. O inquérito, que está sob a relatoria do ministro Herman Benjamin, do STJ, ocorre no âmbito da Operação Acrônimo, que prendeu no mês passado o empresário Benedito Rodrigues de Oliveira Neto, o Bené, ligado ao PT.
    Quando a Operação foi deflagrada, a mulher de Pimentel, Carolina Oliveira foi alvo das ações da PF. A primeira-dama de Minas nega qualquer envolvimento com o caso. Além de Carolina, Pimentel também vem negando as ações contra sua mulher, dizendo que foram um “erro”.
    GRÁFICA BRASIL
    A investigação foi iniciada em outubro do ano passado, quando a Polícia Federal apreendeu, no Aeroporto de Brasília, R$ 113 mil em dinheiro numa aeronave que trazia Bené e outros colaboradores da campanha de Pimentel de Belo Horizonte.
    O empresário levava na ocasião material de campanha do atual governador petista e uma planilha na qual estava escrita “campanha Pimentel”, mas em depoimento negou ter participado da disputa pelo governo de Minas.
    Levantamento no site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) mostra que uma empresa da família de Bené, a Gráfica Brasil, recebeu R$ 3 milhões do comitê financeiro do PT mineiro em 2014. Bené disse que apenas a gráfica da sua família teria atuado como fornecedora da campanha. Na prestação de contas de Pimentel não constam despesas feitas com a Gráfica Brasil.
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    NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
     – Desta vez, até os cabelos da coleção de perucas de Pimentel se eriçaram com esta notícia. Na verdade, Pimentel é um velho pilantra. Foi um dos primeiros dirigentes petistas a abrir uma “consultoria”. Faturou R$ 1 milhão da Federação das Indústrias de Minas Gerais, para dar uma série de palestras em cidades do interior, nunca foi a nenhuma delas, embolsou o dinheiro e ficou tudo por isso mesmo. Quando houve o escândalo, ele era ministro, mas Dilma não o demitiu, sob a justificativa de que o “malfeito” havia ocorrido antes dele ser nomeado para o Ministério, vejam a que ponto pode chegar a desfaçatez dos políticos.(C.N.)
    19 de junho de 2015
    Talita FernandesEstadão