"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sexta-feira, 10 de julho de 2015

CERVERÓ OCULTA FATOS E NÃO CONSEGUE A DELAÇÃO PREMIADA




A Polícia Federal (PF) e o Ministério Público Federal (MPF) recusaram proposta de delação premiada apresentada por advogados do ex-diretor da área Internacional da Petrobras Nestor Cerveró, preso desde janeiro, em Curitiba. Segundo fontes que participaram da negociação, o executivo irritou investigadores ao apresentar versões que consideraram falsas, em função de provas que já detêm a respeito de crimes envolvendo a Petrobras.
A Força-Tarefa da Lava-Jato já tinha descartado na semana passada qualquer negociação sobre um acordo com Cerveró durante a coletiva dos investigadores para explicar as ações da 15ª fase da operação, que prendeu outro ex-diretor da área internacional da estatal Jorge Zelada.
A negativa não impede uma nova negociação de cooperação. Responsáveis pelos acordos de delação da Lava-Jato dizem que é normal, no primeiro momento, o réu apresentar poucas informações úteis à investigação em busca de redução de pena. No entanto, só estão dispostos a reabrir o diálogo se Cerveró apresentar provas de fatos já apurados e também fizer revelações novas.
CENÁRIO COMPLEXO
Um dos advogados de Cerveró, Felipe Caldeira, não quis dar detalhes da negociação, que é sigilosa, mas disse que o cenário é complexo: “A Operação Lava-Jato já está muito avançada, com muitos dados e informações. Isso diminui a capacidade de colaboração real, por meio de acordos”.
Segundo fontes próximas a Cerveró, o ex-diretor está muito abalado na prisão, onde recebe atendimento psicológico. Isso dificulta mais a colaboração, avaliam advogados de clientes que não gostariam que Cerveró virasse um delator. No entanto, a defesa do ex-diretor nega a fragilidade emocional dele.
Cerveró é acusado de receber US$ 40 milhões no esquema de corrupção investigado pela Lava-Jato. Ele já foi condenado por lavagem de dinheiro na compra de uma cobertura de R$ 7,5 milhões em Ipanema por meio de uma offshore no Uruguai.

10 de julho de 2015
Thiago Herdy e Cleide Carvalho
O Globo

PRISÕES DA LAVA JATO TÊM SIDO FEITAS DENTRO DA LEI



Entre 315 pedidos de habeas corpus, apenas três concedidos
De acordo com a Justiça Federal do Paraná, neste momento da operação Lava Jato há 27 réus presos em regime fechado. Para os críticos da operação, não há motivos para mantê-los atrás das grades. Segundo eles, trata-se apenas de uma forma de coagi-los a colaborar com as investigações. Para usar uma palavra que tira o sono dos acusados, transformá-los em “delatores”. A tese, no entanto, não se ampara na prática. O mais bombástico dos delatores recentes, Ricardo Pessoa, firmou o seu acordo apenas duas semanas depois de ter sido liberado por uma decisão do Supremo Tribunal Federal – ou seja, tomou a decisão no conforto de sua casa.
O histórico das decisões judiciais do caso também desmonta a tese: fossem abusivas as prisões decretadas pelo juiz federal Sérgio Moro, os tribunais superiores já teriam expedido centenas de decisões favoráveis aos réus. Mas, até agora, dos 315 pedidos de habeas corpus registrados (incluindo pedidos de soltura de presos e questionamentos sobre a legalidade de provas e até sobre a quem cabe julgar o processo), apenas três foram acatados pelo ministro do STF Teori Zavascki. Ele expediu três ordens de soltura, dos ex-diretores da Petrobras Paulo Roberto Costa e Renato Duque, que voltaram a ser presos em seguida, e de Ricardo Pessoa, no mês passado, quando outros oito réus foram liberados como efeito dessa mesma decisão. Das centenas de outros habeas corpus impetrados com teores variados nenhum foi aceito até o momento.
RÉUS SOLTOS
“As prisões têm sido decretadas motivadamente com base em outros argumentos, passíveis ou não de críticas, mas não como instrumento de pressão para forçar delações”, diz o jurista Miguel Reale Junior. E completa: “É preciso lembrar que a maioria das delações foram feitas com réus soltos, a começar a de Ricardo Pessoa, libertado pelo STF e só depois tendo firmado acordo de colaboração”. Visão semelhante é compartilhada pelo ex-presidente do STF Carlos Velloso. Diz ele: “A prisão cautelar tem base na lei e sempre cabem recursos, que devem ser utilizados a tempo e modo. Esses recursos têm sido utilizados e as prisões têm sido mantidas pelos tribunais, inclusive pelo STF.”
Para o advogado Fabio Medina Osório, presidente do Instituto Internacional de Estudos de Direito de Estado, a prisão preventiva é uma forma eficiente de evitar que os acusados venham a atrapalhar a investigação, dado seu poder e escopo de influência. Em liberdade, eles poderiam atuar para destruir mapas, planilhas, registros e toda variedade de material que pode ser usado para comprovar o esquema. É preciso lembrar que apenas os relatos feitos nas delações não bastam: os réus colaboradores devem apresentar documentos capazes de sustentar o que dizem. Por fim, a prisão preventiva impede que os envolvidos continuem a praticar os delitos pelos quais estão sendo investigados. “Não interpreto arbitrariedade alguma nas decisões e muito menos pressão ou suposta coação para que alguém celebre acordos de colaboração premiada”, afirma.
LINHA DE DEFESA
Segundo Medina Osório, o acordo de delação se tornou uma linha de defesa dos envolvidos na Lava Jato. “A colaboração premiada é uma estratégia dos próprios advogados, que chancelam essa postura e cooperam com as autoridades, buscando obter legítimos benefícios aos seus clientes”, diz.
A delação premiada está prevista em lei desde os anos 1990, apenas em 2013 foi detalhada, obrigando, por exemplo, o delator a falar somente a verdade, sob pena de ter o acordo anulado, e criando a necessidade de que cada acordo seja homologado na Justiça. Embora seja novidade no Brasil, é um instrumento bastante usado em países de boa prática democrática, como Espanha, Portugal, Chile, Argentina e Colômbia. É a delação que tem permitido à Justiça criar instabilidade nas organizações criminosas do mundo todo, uma vez que os criminosos não sabem em quem confiar. Tal dificuldade faz com que o risco de ser pego é maior, o que faz com que a prática da corrupção se torne cada vez mais cara.
“Estamos falando de corrupção, lavagem de capitais, fraudes licitatórias, evasão de divisas e outros crimes em larga escala, com tentáculos institucionais, incluindo o financiamento ilícito de campanhas eleitorais. A resposta do Judiciário tem de ser contundente”, afirma Medina Osório.

10 de julho de 2015
Mariana Barros
Veja

LULU MASSA E A CLASSE OPERÁRIA QUE NÃO VAI AO PARAÍSO



Lula em Angra, no iate do bilionário dos planos de saúde
“A classe operária vai ao paraíso” (La classe operaia va in paradiso) é um clássico do cinema engajado. Filme italiano, lançado em 1971 e ganhador da Palma de Ouro no Festival de Cinema de Cannes no ano seguinte, foi dirigido por Elio Petri, com argumento e roteiro dele próprio, e Ugo Pirro. A história mostra a realidade das fábricas e dos ambientes além das linhas de produção. No Brasil, nos anos de chumbo, fez sucesso em cinemas alternativos e cineclubes. Era o contraponto aos sindicatos controlados por pelegos que apoiavam o regime militar, muitos dos quais ex-interventores do Ministério do Trabalho.
O protagonista da história é Lulu Massa, um operário consumido pelo capital e cujo trabalho estranhado consome sua vida. A fábrica adota sistema de cotas (metas) que intensifica a produção. Ele é o operário-padrão da fábrica, sendo hostilizado pelos demais companheiros de chão de fábrica. Após perder um dedo na máquina, Lulu adota uma atitude crítica ao modelo de exploração, confrontando a gerência. Os operários (situação e oposição sindical) contestam as cotas. Após uma greve, Lulu é demitido. Depois de negociações, ele consegue ser readmitido na fábrica, volta à linha de produção. Torna-se um líder autêntico.
É inevitável a comparação com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o líder operário que chegou ao paraíso do poder. Protagonista da primeira grande greve operária do regime militar, depois das paralisações isoladas de Osasco (SP) e Contagem (MG), em 1968, Lula emergiu para a cena política nacional nas greves de metalúrgicos do ABC paulista de 1978. Foi essa a gênese da criação do PT, em 1979, e da CUT, em 1983, instrumentos que o levaram à Presidência da República.
LULA DE VOLTA
Quatro anos e meio após deixar o poder, Lula está de volta às assembleias e encontros sindicais. Luta para salvar do fogo do inferno o seu legado político. Na sexta-feira, participou da plenária da poderosa Federação Única dos Trabalhadores (FUP), em Guararema, São Paulo, vestido de macacão laranja, a cor dos uniformes da Petrobras. Já não organiza a defesa de empregos e salários, seu objetivo é a preservação do poder, que escorre pelos dedos com o fracasso do governo Dilma Rousseff.
Mais uma vez, Lula puxou a orelha da presidente , a pretexto de defendê-la: “Eu penso que ela tem que priorizar andar por esse país. Ela tem que botar o pé na estrada. Em vez de ficar na televisão ou na internet ouvindo os que falam mal dela, ela tem que ir para a rua conversar com o povo, que está torcendo e querendo que ela governe esse país da melhor maneira possível”. Acontece que Dilma não tem condições de correr para o abraço com o povo. Aonde for, será vaiada; aplausos, só da claque organizada, como a de Guararema.
FÁBRICAS PARADAS
A CUT, como o PT, perdeu capacidade de mobilização. De nada adianta o “Lula lá” dos sindicalistas reunidos no litoral paulista diante das consequências da roubalheira na Petrobras, para a qual os sindicatos fizeram e ainda fazem vista grossa. Na véspera do encontro, por exemplo, o Estaleiro Mauá, localizado em Niterói, suspendeu suas atividades por tempo indeterminado. Cerca de 2 mil trabalhadores foram dispensados após o término do expediente. O setor já cortou mais de 14 mil vagas desde o início do ano, atingindo mais de 100 mil pessoas indiretamente. Motivo: atrasos nos repasses da Transpetro e da Petrobras.
A Pesquisa Mensal de Emprego (PME) do IBGE mostra que a massa salarial real habitual (sem o 13º salário) diminuiu 10% entre novembro do ano passado, pico dos últimos anos, e maio deste ano. E a situação se agrava. A Volkswagen negociou com o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC a inclusão de mais 2.350 trabalhadores no sistema de lay-off. A Ford promove “parada técnica” de produção e férias coletivas para trabalhadores nas fábricas de São Bernardo e Taubaté. Até a JBS, “campeã nacional” do processamento de carne, anunciou que concederá férias coletivas a 400 funcionários da sua unidade de bovinos em Nova Andradina, em Mato Grosso do Sul. Um dia antes, suspendeu as operações em sua planta industrial de Cuiabá (MT).
PORTAS DO INFERNO
Em vez do prometido aos trabalhadores durante a campanha eleitoral, em seis meses de segundo mandato, o governo Dilma abriu-lhes a porta do inferno. A inflação esperada para 2015 era de 6,4%; hoje, a expectativa está na casa dos 9%. A elevação estimada da taxa Selic para o ano é de 14,25%, em comparação com 12,5% previsto em janeiro. Previa-se, no início do ano, uma contração de 0,5%. A recessão, porém, é mais acentuada e pode chegar a menos 2%. Numa imagem figurada, é como se Lulu Massa travasse a engrenagem da linha de produção com uma barra de ferro. O país enguiçou.(artigo enviado pelo comentarista Mário Assis)

10 de julho de 2015
Luiz Carlos Azedo
Correio Braziliense

DILMA CONVOCA REUNIÃO ÀS ESCONDIDAS COM PRESIDENTE DO STF EM PORTUGAL. ELA QUER BLINDAGEM, ELE AUMENTO. DEU NEGÓCIO?


Do Blog do Camarotti:

Na escala técnica que fez na cidade do Porto, em Portugal, antes de seguir para Rússia, a presidente Dilma Rousseff teve um encontro reservado com o presidente do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski. A reunião não foi incluída na agenda oficial. Também participou do encontro o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo.

No Brasil, políticos da base aliada foram informados de que a conversa foi ampla e que incluiu entre os temas a Operação Lava Jato. Procurado pelo Blog, o ministro Cardozo confirmou o encontro na cidade do Porto, mas negou que a Operação Lava Jato tenha sido tema da conversa.

O ministro disse ainda que o encontro foi solicitado por Lewandowski, que estava na cidade de Coimbra com ele e outros ministros do STF para participar de um encontro entre juristas brasileiros e portugueses. “O assunto do encontro foi o reajuste do Judiciário. Ele levou números para a presidente Dilma”, disse Cardozo.

Há preocupação no Judiciário com a tendência de a presidente Dilma Rousseff vetar o reajuste do Judiciário aprovado recentemente pelo Concresso. “Mas foi um encontro casual. Estávamos em Coimbra e, como iriámos para um almoço no Porto, marquei essa conversa”, justificou Cardozo.


10 de julho de 2015
in coroneLeaks

GRANDE PARTE DA POPULAÇÃO QUER PENA DE MORTE, ARMA, DITADURA E SE LIXA PARA DIREITOS HUMANOS

Chego ao Brasil. Pego táxi de cooperativa no Aeroporto Internacional Tom Jobim, nosso sempre velhusco Galeão, no Rio de Janeiro. Puxo conversa com o taxista. Seu nome não é revelado, por motivos óbvios. Ele não sabe que sou jornalista. O desabafo dura a corrida inteira.

“A economia tá parada, só um ou outro avião vem cheio. Nossa economia vive da corrupção. Sem propina, paralisa. Meu faturamento caiu 40%. Tínhamos na cooperativa um contrato com a Odebrecht. Foi cancelado agora. Tudo aqui neste país você precisa dar 10% a mais. Eu tinha de pagar também para a Odebrecht. Nossas corridas eram todas superfaturadas para o diretor que pegava o táxi levar o dele.”

“E a violência? Tá aqui em cima, olha (indicando o painel do carro, junto à janela), bem à vista, meu celular falso, para eu dar pra vagabundo. Todo dia tem algum arrastão na Linha Vermelha. Na minha casa, no Méier, não posso esperar o portão da garagem abrir para eu entrar. Já tive três carros roubados assim, à mão armada. Três.”

“Recuperei os carros roubados, mas tudo depenado. E não são os bandidos que depenam não. É a polícia. Eles tiram, antes de devolver, o tal kit PM. Rodas, rádio, tudo o que der para tirar. E a gente, para recuperar, precisa pagar à polícia a taxa de resgate. E a mídia não fala nada disso. Só sabe mesmo quem tá na rua, trabalhando.”

“Depois as autoridades vêm me falar das UPPs. Isso aí ninguém quer. Nem os bandidos nem os policiais. Tenho um sobrinho que saiu do Exército e não quer ficar em UPP. O que ele diz é: ‘Tio, nós somos humilhados ali. Jogam água, jogam mijo na gente. Não podemos dar um tiro que a gente vai preso. Ficamos ali só gastando combustível e enxugando gelo’.”

“Isto aqui, se não ficar igual à China, não vai dar certo. Tem de ter uma ditadura rígida, pena perpétua, morte. Se os caras não ficarem com medo, vão continuar. Tem corrupção em tudo que é lugar. No Detran, nas delegacias, nos batalhões, nos hospitais. E o governo leva também o seu, por trás de toda essa engrenagem. Isso não vai acabar nunca. A não ser que a gente adote a seguinte regra para todo mundo: escreveu, não leu, o pau comeu.”

O taxista está revoltado. Com a Odebrecht, com a PM, com os governos, com os bandidos. É duro ouvir. Nem falo nada. Não adianta.

Lá de fora, acompanhamos a novela atual de maior audiência, o petrolão. Mais ex-diretores da Petrobras no xilindró. Prejuízo da corrupção sobe aos píncaros, R$ 19 bilhões. Surgem golpes simplórios contra quem mais necessita: promessas falsas de emprego, tirando R$ 20 de um, R$ 50 de outro. Os sanguessugas pagam fiança e respondem em liberdade. Assaltos a banco, tiroteios nas favelas, falência de empresas, novos aumentos de combustível e luz.

Lula atordoado, atacando Dilma. Dilma atordoada, atacando delatores. Congresso atordoado, vaivém na redução da maioridade penal. E toma mais provocação do Senado – aprovado o reajuste de 59% a 78% para os servidores do Judiciário, com impacto de R$ 25,7 bilhões nos cofres públicos. Eduardo Cunha e Renan Calheiros, os populistas cavaleiros do apocalipse, se unem por um único credo: hay gobierno, soy contra. Veta, Dilma, veta.

Enquanto isso, a mãe dos pobres resolve economizar R$ 8 bilhões em cima do abono salarial, devido neste semestre a quem ganha até dois salários mínimos. Devo, não nego, pago quando puder. Tudo pelo ajuste, para fechar as contas em 2015. Injusto.

Continua a esquizofrenia do país duplo. De um lado, ferro na iniciativa privada, desestímulo a quem quer abrir um negócio, burocracia enlouquecedora, impostos altíssimos cobrados de quem produz e sem beneficiar o povo. Do outro lado, benesses para servidores públicos, que já dispõem de aposentadoria integral e vitalícia.

O que mais choca, no entanto, é a miséria de nossa Educação. O relatório do Movimento Todos pela Educação é desolador. Mais de 2 milhões de crianças ainda estão fora das escolas. Em regiões carentes, as escolas são precárias, e o ensino de baixa qualidade. Entre 15 e 17 anos, 1,6 milhão abandonam os estudos. Só 9,3% dos que concluem o ensino médio sabem matemática. Só 27,2% dominam o português. Na outra ponta do ensino, a maior universidade federal do país, a UFRJ, com greve e obras paradas por corte de verbas, ameaça fechar em setembro, sem condições de pagar por limpeza, segurança, portaria.

Só confiarei num presidente que mude essa tragédia, de verdade. Uma maciça parcela da população (e não é a elite) quer hoje pena de morte, armas, ditadura e se lixa para direitos humanos. Também é resultado de falta de Educação. Cair na real não precisa ser cair no abismo. Acorda, Brasil.


10 de julho de 2015
Ruth de Aquino

A ÁRVORE E O FRUTO


Você sabia?
Papa Francisco 3Aconteceu na Bolívia em 1867. O embaixador britânico foi recebido em palácio pelo ditador Mariano Melgarejo. 
Como era costume local, foi-lhe oferecido um copo de chicha, bebida feita com milho fermentado. O embaixador recusou e pediu um chocolate quente. 
A recusa foi tomada como afronta pelo ditador que, enfurecido, decidiu vingar-se imediatamente.
Mandou vir uma grande tigela de chocolate e obrigou o visitante a engoli-la até a última gota. Em seguida, ordenou que pusessem o diplomata sentado de trás pra diante no lombo de um burro. 
Assim que o homem foi amarrado na incômoda posição, a população foi chamada para o espetáculo. Com o embaixador em cima, o burro deu três voltas na praça principal de La Paz. Após o episódio, Melgarejo despachou o estrangeiro de volta a Londres. Sem o burro.
Queen Victoria: "Bolivia does not exist"
Queen Victoria: “Bolivia does not exist”
Victoria, imperatriz britânica e mulher mais poderosa do planeta à época, não apreciou o ocorrido. 
Em reação epidérmica, ordenou que um destacamento da frota inglesa singrasse imediatamente em direção à Bolívia e bombardeasse a capital. Alertada por seus assessores sobre o fato que La Paz ficava nas alturas, longe da costa e fora do raio de ação da marinha de guerra, Victoria descarregou sua raiva simbolicamente. Dirigiu-se ao mapa-múndi, riscou um enorme X sobre o país ofensor e declarou: «Bolivia does not exist» – a Bolívia não existe.
A história encarregou-se de cumprir (ou quase) a profecia da rainha Victoria. Em menos de um século, a Bolívia perdeu metade do território.
Bolívia - territórios perdidos desde 1867 (clique para aumentar)
Bolívia – territórios perdidos desde 1867
(clique para aumentar)
Ao oferecer ao papa Francisco uma bizarra escultura representando um crucifixo camuflado sobre foice e martelo, señor Morales, atual mandachuva da Bolívia, retomou a tradição nacional de ofensa a estrangeiros ilustres.
Com o deboche, o irrespeitoso presidente logrou a façanha de insultar, ao mesmo tempo:
Interligne vertical 12um chefe de Estado;
um sorridente senhor com idade para ser seu pai;
o chefe da religião seguida por 80% dos bolivianos;
um bilhão de católicos que respeitam seu líder religioso.
Não é coisa pouca.
Señor Morales demonstrou o que todos já sabiam: sua estupidez e sua inépcia para exercer o cargo que lhe foi confiado. Descendente político direto do ditador de 1867, confirmou também o ensinamento daquele sábio provérbio: o fruto nunca cai muito longe da árvore.
10 de julho de 2015
José Horta Manzano

VADE RETRO, SATANÁS!

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10 de julho de 2015

A MULHER SAPIENS



 


 Dilma chegou lá. Conseguiu enfim bater a popularidade de Collor na época do impeachment. Alcançou um dígito de aprovação (9%), segundo o Ibope, e 68% de rejeição. A façanha se deu logo após a confissão de Ricardo Pessoa, o homem-bomba das empreiteiras.

Ele confirmou que financiou a campanha de Dilma em 2014 com dinheiro roubado da Petrobras. É o flagrante definitivo do nacionalismo companheiro.

O que faz uma mulher sapiens diante de tal obscenidade?

 Faz o de sempre: joga areia nos olhos da plateia, como diagnosticou Fernando Gabeira. Mas a tática de embaralhar e confundir, quando utilizada por uma pessoa embaralhada e confusa, produz um resultado esquisito.

 “Não confio em delator”, rebateu Dilma, atirando no mensageiro. A presidente explicou que a ditadura tentou fazê-la delatar seus companheiros e ela não aceitou.

Até Joaquim Barbosa surgiu de seu exílio para dizer que Dilma feriu o instituto da delação premiada com esse paralelo estapafúrdio. Mas Joaquim não entende nada da lógica companheira.

10 de julho de 2-15
Guilherme Fiuza
in graça no país das maravilhas

O CARA-DE-PEROBA

LULINHA ENTRA COM QUEIXA-CRIME NO SUPREMO CONTRA TUCANO
LULINHA PEDE INDENIZAÇÃO POR CALÚNIA, INJÚRIA E DIFAMAÇÃO

É UM DOS HOMENS MAIS RICOS DO BRASIL E FICOU RICO DO DIA PARA A NOITE, FRUTO DE ROUBALHEIRA QUE VIROU ESTE PAÍS", DISSE O DEPUTADO DOMINGOS SÁVIO SOBRE O FILHO DE LULA (FOTO: ESTADÃO CONTEÚDO)


O filho do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Fábio Luíz Lula da Silva (Lulinha), entrou no Supremo Tribunal Federal (STF) com pedido de queixa-crime contra o deputado federal Domingos Sávio (PSDB-MG). A defesa de Lulinha pede a condenação do tucano pelos crimes de "calúnia, injúria e difamação". A ação foi encaminhada nesaa quarta-feira, 8, à Suprema Corte e tem como base declarações que teriam sido feitas por Sávio em entrevista realizada no último mês de fevereiro a uma rádio de Minas Gerais.

No documento, a defesa de Lulinha destaca o seguinte trecho da entrevista do tucano. "Essa roubalheira na Petrobrás começou lá no governo Lula e o Lulinha, filho dele, é um dos homens mais ricos do Brasil hoje. É uma bandalheira. O homem tá comprando fazendas de milhares e milhares de hectares, é toda semana. É um dos homens mais ricos do Brasil e ficou rico do dia para a noite, assim como num passe de mágica, rico, fruto de roubalheira que virou este país".

Advogados de Lulinha rebatem as acusações de Domingos Sávio e dizem que ele "jamais" foi sócio ou manteve negócios relacionados à agroindústria, assim como "nunca" foi proprietário de fazendas ou propriedades rurais.

"As ofensivas proferidas pelo querelado contra o querelante são repugnantes, irrogadas e mentirosas e atribuem ao mesmo cometimento de crimes como associação criminosa, lavagem de dinheiro, tráfico de influência, dentre outros, tudo com o exclusivo objetivo de denegrir sua imagem, reputação e dignidade", diz trecho da ação.

A apresentação da queixa-crime contra o deputado ocorre após a ministra do Supremo, Rosa Weber, determinar no último mês de maio o arquivamento de uma primeira "interpelação" de Lulinha contra o parlamentar encaminhada ao STF.

"O processo de interpelação judicial é uma medida preparatória para a ação penal, de modo que não cabe ao STF qualquer juízo de valor, mas apenas franquear ao possível autor do delito a oportunidade de manifestação para fins de retratação ou esclarecimento", alega a defesa de Lulinha no documento.

Trecho da ação foi postado no perfil do Facebook do ex-presidente Lula com uma imagem do deputado Domingos Sávio, com uma tarja preta na altura dos olhos do parlamentar. Nela consta a seguinte frase: "imunidade parlamentar não pode ser usada para agredir com mentiras".

No mesmo dia em que foi encaminhada ação ao STF, o próprio Lula teve iniciativa similar contra o senador Ronaldo Caiado (DEM-GO). Em fevereiro, o senador chamou o petista de "bandido" no Twitter. Para a defesa, o tipo de afirmação feita por Caiado também extrapolou a imunidade parlamentar e configurou uma grave ofensa ao ex-presidente. (AE)



10 de julho de 2015
diário do poder

PROCURA-SE UM PRESIDENTE. CURRÍCULOS PARA O PLANALTO, EM BRASÍLIA

Brasília – O Brasil está à deriva, sem comando, contaminado pela corrupção e pela inércia. E nesse vazio de poder, o perigo é algum aventureiro de verde oliva liderar um grupo para ocupar o espaço, como já ocorreu em tempo não muito distante quando o país entrou nas trevas de uma ditadura miliar que implantou o terror por mais de vinte anos.

O PMDB, o partido de sustentação do governo, está brincando com fogo. Suas principais lideranças conspiram contra a Dilma, mas a cúpula quer passar a ideia de que se mantém forte na aliança e na governabilidade, dissimulação que não convence nem uma criança do jardim da infância. Os peemedebistas precisam ter desprendimento e espírito público para enfrentar a crise de frente.

O Aécio Neves, do PSDB, começa a se desgastar com os aparecimentos na mídia. Não passa segurança como oposicionista, nem tem postura de líder. Faz uma oposição irônica, repetitiva e desgastante, o que, com o tempo, só vai demolir a sua imagem e aumentar a rejeição.

O PT, atolado nos escândalos da corrupção até o gogó, dá sinais de falência múltipla e caminha em direção ao cemitério, onde será enterrado sem choro nem vela. E a população, coitada!, não tem para quem apelar. Os trabalhadores, com os salários corroídos pela inflação galopante, vivem momentos de insegurança e de incertezas. 
Os desempregados, desesperados, batem de porta em porta para arrumar pelo menos um bico para sustentar a família, e os sindicatos, que hoje se alimentam do dinheiro público como aves de rapina, abandonaram os operários à própria sorte. 
E não adianta mascarar a economia com atitudes delinquentes apresentando números falsos e fazendo pedaladas. Assim, a passos largos, o Brasil caminha para uma crise política e econômica sem precedentes na sua história, fruto de um governo desqualificado, fraco, corrupto, que montou uma quadrilha para depenar as empresas públicas.

Saltam aos olhos dos mais incrédulos a indignação quando se sabe, por exemplo, que o país gastou com diárias e viagens de servidores públicos 218 milhões de reais até maio deste ano. Que a presidente torrou com cartões corporativos até abril 14,3 milhões de reais e nos mandatos petistas (Lula/Dilma) R$ 618 milhões, dinheiro que sai do bolso dos contribuintes que vivem para pagar impostos extorsivos e pendurados em dívidas. Alega-se questão de segurança nacional para manter essas despesas em segredo. Que segurança é essa que tem como finalidade meter a mão no bolso do contribuinte para servir um grupo de privilegiados que saca o cartão corporativo até para pagar tapioca?

A verdade é que existe um vácuo de poder e um risco de algum aventureiro ocupar o Palácio do Planalto sob aplauso da população desprotegida e desesperada como ocorreu em 1964, quando a classe média, em nome da família, ocupou as ruas de São Paulo para derrubar o governo constituído de João Goulart. 
É bem verdade que a coisa foi mais fácil porque os Estados Unidos pretendiam barrar o avanço do comunismo nas américas que começou pela revolução cubana em 1959. Agora é cada um por si. Quem for podre que se quebre. Bancar ditadura é uma coisa cara.

O Brasil de hoje é refém do petismo, de um populismo canceroso que corrói as instituições e que insiste em permanecer no poder mesmo com uma presidente abandonada pela população e com forte sintoma de desequilíbrio mental. 
Do jeito que a situação se agrava é difícil fazer um prognóstico do que acontecerá com o Brasil e com a sua economia em frangalhos que derrete o salário dos brasileiros pelos juros alto e pela inflação beirando os dois dígitos. É aconselhável cortar o mal pela raiz. 
Essa tarefa cabe, portanto, aos políticos mas sobretudo a sociedade civil desde que se respeite o estado de direito e preserve o processo democrático conquistado a duras penas por todos nós brasileiros.

Com esse vazio de poder o melhor mesmo é recorrer aos velhos e eficientes classificados dos jornais pra ver se o Brasil acha uma saída: Procura-se um presidente. Por favor, enviar currículo para o Palácio do Planalto, Praça dos Três Poderes, em Brasília. Atenção: não se aceita militar. A última experiência não deu certo, foi desastrosa.

10 de julho de 2015
Jorge Oliveira

DECLARAÇÃO DE QUEM VIVEU NO COVIL E FALA COM CONHECIMENTO DE CAUSA...

O BRASIL INTEIRO  LEU ESTA  DECLARAÇÃO  E NINGUÉM SE MEXEU. AINDA BAJULAM UM "BANDIDO" DESTE! 
1- Dr. Hélio Bicudo, jurista, fundador do PT, e desde 2005 desfiliou-se do partido por não concordar com o governo Lula, hoje é presidente da Fundação Interamericana de Defesa dos Direitos Humanos, diz:
Lula é autoritário e mira mais o poder pessoal do que os objetivos do PT . O Governo Lula ameaça a democracia. O Lula  ignora a nossa Constituição e se acha acima do bem e do mal ”
2- Francisco Maria Cavalcanti de Oliveira, mais conhecido como Chico de Oliveira, sociólogo, marxista,  um dos fundadores do PT, desfiliou-se do partido em 2003, por também não concordar com a forma governista de Lula, diz:
Lula é muito mais esperto do que vocês pensam. O Lula não tem caráter, ele é um oportunista. O Lula é uma vocação de caudilho, a ante-sala do ditador 
3- Ferreira Gular, poeta, crítico de arte, biógrafo fala sobre Lula: 
O Lula é um farsante, não merece confiança. Não entendemos o que ele faz. Não entendo Lula, é um governo para enganar as pessoas. O Lula é de esquerda? Não me faça rir. O Lula é de fato uma pessoa desonesta, um demagogo, e isso é muito perigoso. Lula comprou os pobres do Brasil. Para Lula, não há valores, vale o que o levar ao PODER”
4 - Heloísa Helena, ex-petista, diz:

” Lula sabia de tudo sobre o mensalão. Ele sabia de tudo e por isso não abriu um único processo investigatório, uma única auditoria, falo isso com muita tristeza. Eu nunca imaginei que tivessem coisas relacionadas a crimes, assassinatos, além dos crimes contra a administração pública.” 


” O Ex-Presidente Lula é um gângster, ele chefia uma organização criminosa, capaz de roubar, matar, caluniar e liquidar qualquer um que passe pela sua frente ameaçando seu projeto de poder” 
Se ex-petistas falam tudo isso de Lula e do PT, qual a coerência em votar nesse partido? Qual a coerência de ainda existirem brasileiros que acreditam no Ex-Presidente Lula?
"Quando os que comandam perdem a vergonha, os que obedecem perdem o respeito". (Georg Lichtenberg)

10 de julho de 2015
(Recebido por email)

MAIOR ERRO DE DILMA FOI DAR "SUPERPEDALADA" EM ANO ELEITORAL





O ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) Augusto Nardes, relator das contas de 2014 do governo Dilma Rousseff, disse não existir “golpe nenhum” na atuação do tribunal. Ele também afirmou que a dimensão das chamadas “pedaladas fiscais” foi “extremamente superior no ano eleitoral”, em comparação a anos anteriores.
As afirmações do ministro rebatem a entrevista da presidente concedida terça-feira ao jornal Folha de S.Paulo, em que ela chamou setores da oposição de “golpistas” e disse que as “pedaladas” ocorreram diversas vezes antes do seu primeiro mandato.
No dia 17 do mês passado, Nardes listou 13 indícios de irregularidades nas contas, entre eles a manobra fiscal. Ele aproveitou a ocasião para manifestar sua intenção de voto pela rejeição das contas de 2014. No entanto, os ministros acordaram em dar um prazo de 30 dias para a presidente se explicar sobre as supostas más condutas.
De acordo com reportagem, a principal linha de defesa do governo é que a manobra ocorre desde o segundo mandato de Fernando Henrique Cardoso (PSDB) e que o TCU sempre aprovou as contas de FHC, Lula e dos primeiros três anos de Dilma. Nardes, no entanto, alegou que não há viés político na análise. “Estamos na fase técnica. A presidente deveria se preocupar com a parte política depois, no Congresso”.
NÃO HÁ GOLPISMO
“Não existe golpe nenhum. O TCU cumpre a legislação. As instituições têm de funcionar e têm de ser fortes. Não há um sentimento de golpismo”, disse Nardes.
Segundo o ministro, não se tinha a dimensão da manobra fiscal em anos anteriores a 2014 da forma como existiu essa percepção no ano passado. “A dimensão foi extremamente superior no ano eleitoral”, ponderou ele.
O TCU também considerou um indício de irregularidade a liberação de crédito adicional de R$ 10,1 bilhões em novembro de 2014, com base em decreto presidencial, enquanto deveria ter havido um contingenciamento de R$ 28,5 bilhões. O uso do decreto para influenciar no Congresso a aprovação da alteração da meta de superávit primário é outro indício de irregularidade a ser esclarecido pela presidente, conforme a decisão do TCU.
CONTINGENCIAMENTO
“Essa questão do contingenciamento também não houve nos anos anteriores”, disse o relator.
No ano passado, as pedaladas consistiram em atrasar os repasses do Tesouro Nacional a bancos públicos, que executam programas sociais, como Bolsa Família e o seguro-desemprego a fim de melhorar artificialmente as contas públicas.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Em seu primarismo, a ainda presidente Dilma Rousseff alega que sempre houve pedaladas. Não deixa de ser verdade, mas com seus grandes conhecimentos de doutora em Economia, ele resolveu multiplicar os pães ad infinitum, especialmente no ano eleitoral. E ainda acha que vai sair incólume…(C.N.)

10 de julho de 2015
Deu em O Globo