"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

segunda-feira, 13 de julho de 2015

OS 12 GATILHOS PARA IMPOR UM GOVERNO MUNDIAL


Estes gatilhos estão entrelaçados e entrecruzados dentro de uma matriz altamente complexa e holística, muito flexível em suas táticas, mas rígida e imutável em seus objetivos estratégicos. Este modelo de domínio planetário é muito mais que a mera soma de suas partes.


1) Colapso do Sistema Financeiro Global, que desde 2008 está em terapia intensiva. Os grandes banqueiros com Ben Bernanke, Timothy Geithner e a equipe financeira norte americana - SWAT - (Robert Rubin, Larry Summers, os megabanqueiros do Goldman Sachs, CitiGroup, JP Morgan Chase, Rothschild, Lazard, Warburg) operam junto aos seus pares do Banco da Inglaterra, Banco Central Europeu e demais bancos.


Nunca tomaram qualquer iniciativa para ajudar as populações e as economias devastadas pelo 'câncer' financeiro. Só querem 'resolver' a crise presenteando bilhões de dólares à elite bancária propagandeando o mito de que certos bancos são "muito grandes para deixá-los quebrar". Na linguagem eufemística orweliana significa que são muito poderosos, porque no mundo industrializado os Governos não os controlam, nem monitoram, nem supervisionam (os Goldman Sachs, CitiCorp, HSBC, Deutsche Bank e JP Morgan Chase). A realidade é o contrário: os megabancos controlam os Governos.


2) Crises econômicas. Hoje em dia, o ’Capitalismo Extremo e Destrutivo’ está muito ocupado em colapsar economias nacionais e regionais, para depois reformá-las de modo parecido com um gulag mundial, que faria inveja até a Stalin. O problema não é a economia real global (que continua intacta na maior parte) e sim a crise terminal que afeta o falso e artificial mundo das finanças, dos bancos, da especulação parasitária e da usura.


3) Convulsões sociais. Os colspsos na Grécia, Irlanda, Portugal, Islândia e daqui a pouco na Itália, Espanha e outros, provocam manifestações e levantes violentos, até mesmo em países como os Estados Unidos e Inglaterra, como aconteceram na Argentina, México, no Brasil em décadas passadas.


4) Pandemias. Vamos nos preparar para mais "gripes surpreendentes", convenientemente preparadas nos laboratórios para vender vacinação massiva obrigatória. Oportunidades discretas para introduzir minúsculos chips RFID (transponders de identificação por radio frequência) em nossos corpos e para provar 'virus inteligentes' que terão como alvo determinadas sequências de ADN. Serão virus seletivos, étnico-raciais como parte da campanha de redução massiva da população?


5) Aquecimento global. Enquanto se afunda a economia do "crescimento zero" a dinâmica passa do crescimento expansivo para a retração do consumo. Será que os "Créditos de carbono" serão o futuro mecanismo de controle social?


6) Mega-ataques terroristas de ’Bandeira Falsa’. Os donos do poder mundial guardam esta carta de algibeira, para detonar novas e gigantescas "crises", que vão servir de atalhos para a imposição de um Governo Mundial. Algo pior que os ataques do 11 de Setembro de 2001 em Nova Iorque e Washington? A explosão de algum artefato nuclear sobre alguma cidade ocidental para culpar os inimigos dos donos do poder mundial?


7) Guerra generalizada no Oriente Médio. Neste momento já estão prontas as forças aéreas, navais e terrestres do ocidente para atacar países como a Síria e Iran.


8) ’Acidentes’ ecológicos y ambientais. O acidente nuclear de Chernobil em 1986, marcou o princípio do fim da ex URSS, mostrando ao mundo e aos mesmos soviéticos que seu estado não tinha condições de administrar com segurança a infra estrutura nuclear. Em abril de 2010 vimos o enorme acidente ecológico da plataforma petrolífera da BP no Golfo do México; depois, em Março de 2011, o Japão e o mundo enfrentaram um acidente nuclear muito maior, no complexo nuclear de Fukushima. Terá havido alguma jogada suja em torno destes acidentes?


9) Assassinato de figuras políticas ou religiosas de alto nivel, recaindo a culpa em algum inimigo dos donos do poder. A CIA, o MI 6 e o Mossad têm muita experiência neste tipo de jogo sujo.


10) Ataques contra ’Estados transgressores’. Já aconteceu contra o Iraque e a Líbia. Quais serão as próximas vítimas? Síria, Irã, Venezuela, Coréia do Norte, talvez?


11) Encenação de um ’evento religioso’. A crescente dificuldade das massas para encontrar algum significado para suas vidas, as torna presa fácil de alguma suposta "segunda vinda" de um "messias" eletrônico, orquestrada e armada por técnicos de Hollywood, com sua realidade virtual 3D e hologramas. Veremos a aparição repentina de algum "ser superior" eletrônico, atuando em sintonia com os objetivos mundiais dos donos do poder? Neste caso, quem se atreverá a desobedecer ao próprio "deus"?


12) Encenação de um contato com ETs. Pode ser que planejem algo parecido. Durante décadas, grandes setores da população foram programados para acreditar na existência de alienígenas. Aqui também cabem as tecnologias holográficas com a aterrisagem de uma nave espacial extraterrestre - supostamente no jardim da Casa Branca - destacando a imperiosa necessidade de uma representação mundial unificada diante dos "extraterrestres".


Mais uma justificativa para impor um Governo Mundial? Como se relacionam estas "crises" - aquecimento global, pandemias, terrorismo, colapso financeiro, depressão econômica, convulsões sociais e até contatos com ETs? Tudo serve para demonstrar que não podem ser abordados por nenhum Estado Nacional isolado, o que justifica a necessidade de contar com um Governo Mundial.



Por tudo isto e mais, devemos estar em alerta, entendendo como as coisas são na realidade e não como os donos do poder mundial e seus multi meios globais querem que acreditemos que são.


13 de julho de 2015
 Adrián Salbuchi

A SEMANA EM REVISTA



by Amarildo Lima, desenhista capixaba
by Amarildo Lima, desenhista capixaba
Cuba e o Mais Médicos A Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) já recebeu, por meio do Mais Médicos, mais de R$ 4,3 bilhões do governo federal. Alvo de graves denúncias de uso do programa como fachada para financiar a ditadura cubana, a Opas repassava aos médicos apenas 10% dos R$ 11 mil pagos por profissional, levando quase cinquenta cubanos a desertarem e fugirem do Brasil para não correrem risco de deportação.
Claudio Humberto, jornalista.
Comentário deste blogueiro A notícia não menciona crescente suspeita de que boa parte dessa fortuna tenha sido repatriada ao Brasil. Tanto pode ter vindo em malas, como pode ter sido depositada em contas offshore. De toda maneira, que se saiba, o dia a dia do sofrido povo da ilha não melhorou com esses bilhões todos.
Interligne 28aBrasil e ChinaFaçanha diplomática Uma das façanhas da diplomacia inaugurada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2003, foi isolar o País das grandes oportunidades de integração comercial, torná-lo dependente em excesso do Mercosul e da vizinhança e condená-lo a uma relação semicolonial com a China. Rolf Kuntz, jornalista.
Interligne 28aDilma nas mãos de Cunha Enrolada nas pedaladas fiscais, Dilma Rousseff reclama com aliados que está nas mãos do presidente da Câmara, Eduardo Cunha. Ela tem razão em se preocupar. Cunha vive às turras com o PT, que o hostiliza, e será ele quem analisará a admissibilidade de eventual pedido de impeachment. E quem o conhece sabe que se ele colocar o caso em votação, no plenário, dificilmente Dilma escapará. É o que a apavora.
Claudio Humberto, jornalista.
Interligne 28aEquador 2Onda de manifestações no Equador Bastou o papa Francisco deixar o território equatoriano para que milhares de pessoas voltassem às ruas, na última quinta-feira, em Quito e Guayaquil, com faixas de «Fora, Correa, fora» e «O Equador não é a Venezuela».
Sylvia Colombo, jornalista.
Comentário deste blogueiro É em momentos como esse que o Brasil, cuja ambição é liderar a região, teria de usar seu peso político e econômico para pressionar o governo equatoriano com vista a repor aquele país nos trilhos. Somos os principais responsáveis pela sobrevivência de governos autocráticos como os do Equador, da Bolívia e da Venezuela – relíquiasmumificadas de um tempo que passou.
Interligne 28aBrics 2Patota Na Rússia, a presidente Dilma Rousseff defendeu a cooperação entre os integrantes do Brics – Brasil, Rússia, China, Índia e África do Sul – como reação à crise. Presa ao cacoete, mais uma vez uma autoridade brasileira insiste na fantasia do clubinho alternativo como forma de sobreviver no mundo malvado.
Rolf Kuntz, jornalista.

13 de julho de 2015
Brasil de longe

UM TESTE PARA SEU DNA GOLPISTA

Golpe, a praga que envenenou a República, voltou ao cotidiano. Há genes golpistas nas almas mais puras. Milton Campos (1900-1972), um liberal exemplar, serviu como ministro da Justiça à ditadura envergonhada do marechal Castelo Branco. 
O golpismo afeta cabeças à direita ou à esquerda. Como ninguém gosta de ser chamado de golpista, derrubado o governo que se detesta, inventa-se outra palavra e saúda-se a nova ordem.

Sempre é bom lembrar que o governo mais estável da História nacional, o de D. Pedro II, durou 49 anos e nasceu com o golpe parlamentar que proclamou sua maioridade aos 14 anos.

Aqui vai um teste com dez episódios para que cada um possa examinar seu DNA. Indo em direção ao passado, marque a situação em que ocorreu um golpe. Ele pode ter sido parlamentar, vindo do Congresso, militar, trazido pelos tanques, ou misto.

1969: O presidente da República, marechal Costa e Silva, teve uma isquemia cerebral e estava incapacitado. Os três ministros militares chamaram o vice Pedro Aleixo, disseram que não assumiria e formaram uma Junta Militar. Seriam chamados de “os três patetas”. Foi golpe?

1968: O marechal Costa e Silva baixou o Ato Institucional nº 5, fechou o Congresso e suspendeu liberdades públicas. Golpe?

1964: Depois de uma revolta militar, o presidente do Congresso declarou vaga a presidência da República e extinguiu o mandato de João Goulart. Os vitoriosos chamaram o movimento de “Revolução”. Durante a ditadura, falar em golpe podia trazer problemas. Hoje, falar em “Revolução” é politicamente incorreto.

1961: Depois da renúncia de Jânio Quadros, os ministros militares recusaram-se a empossar o vice-presidente João Goulart. Com o país à beira de uma guerra civil, em poucos dias o Congresso votou uma emenda parlamentarista, mutilando os poderes de Jango, e ele assumiu. Até agora o teste havia sido fácil. Foi golpe?

1955: O presidente Café Filho teve um enfarte, e assumiu o deputado Carlos Luz. Ele demitiu o ministro da Guerra, Henrique Lott, e em poucas horas foi deposto pela tropa. O Congresso votou o impedimento de Luz e empossou o presidente do Senado, Nereu Ramos. Café tentou reassumir, a tropa voltou a se mover, e o Congresso votou seu impeachment. Foi golpe?

1945: A tropa depôs o ditador Getulio Vargas, que convocara eleições para eleger seu sucessor. Elas deveriam ser realizadas no dia 2 de dezembro, mas Getulio foi deposto em outubro, e tomou posse o presidente do Supremo Tribunal Federal. O general Eurico Dutra foi eleito, e em 1946 instalou-se uma Assembleia Constituinte. Foi golpe?

1937: Com o apoio da tropa, Getulio Vargas fechou o Congresso, suspendeu a eleição presidencial que marcara e criou o Estado Novo. Fácil.

1930: Candidato derrotado na eleição presidencial, Getulio Vargas liderou uma revolta, e a guarnição do Rio de Janeiro depôs o presidente Washington Luís. Foi golpe ou foi a “Revolução de 1930”?

1891: O marechal Deodoro da Fonseca renunciou ao cargo, e assumiu o vice, Floriano Peixoto. A Constituição mandava que fossem realizadas novas eleições. Floriano botou pra quebrar e governou até 1894. Chamaram-no “Marechal de Ferro”. Deu golpe?

1889: No 49º ano de seu reinado, D. Pedro II foi deposto pela guarnição do Rio de Janeiro e banido do país com toda sua família. Proclamou-se a República. Golpe?

Quem marcou que houve golpe em todos os dez casos tem algo de Joaquim Nabuco ou Sobral Pinto no seu DNA. Fernando Henrique Cardoso marcou nove casos, excluindo o episódio da emenda parlamentarista de 1961. Quem não viu golpe em 1889, 1930 e 1945 tem uma inclinação para apoiar “golpes para o bem”. Quem aceitou as intervenções de 1937, 1964, 1968 e 1969 é um golpista de plantão.

Em todos os dez episódios listados, houve um ingrediente que felizmente saiu do baralho em 1985 com a eleição de Tancredo Neves: a anarquia militar. Salvo no golpe de 1969, nunca houve intervenção militar sem que houvesse civis pedindo-a. Em quase todos os casos, haviam perdido eleições ou temiam perdê-las.

O GRUPO DE CUNHA
Um deputado jura ter ouvido do presidente da Câmara, Eduardo Cunha, que, por ter votado contra ele num projeto, estaria excluído do “nosso grupo”.
Resta saber o que vem a ser “nosso grupo”.

JUSTIÇA EFICAZ
O Judiciário funciona e é rápido nos Estados Unidos. Por iniciativa do Departamento de Justiça americano, um tribunal federal bloqueou a propriedade da “Esmeralda da Bahia” até que o Judiciário brasileiro confirme que ela foi extraída, exportada e transportada ilegalmente para os Estados Unidos.

Trata-se da maior pedra com formação de esmeraldas já encontrada no mundo. Um dos seus nove cilindros tem cerca de um metro de altura. Vale milhões de dólares como peça de museu.

Sua história é a narrativa de um Estado que funciona e de outro, gigante pela própria natureza, que dorme eternamente em berço esplêndido. A pedra foi extraída em 2001 num garimpo ilegal da Bahia. Em 2005, foi exportada para os Estados Unidos como se fosse material asfáltico. Em 2011, o gigante adormecido foi avisado pelo governo americano de que essa pedra aparecera por lá numa briga de comerciantes que se diziam seus donos.

Três anos depois, o governo brasileiro resolveu disputar a propriedade da pedra e contratou o advogado americano John Nadolenco. A fatura foi liquidada em questão de meses. Enquanto a Justiça da Califórnia decidia qual dono americano poderia ficar com a pedra, ele pediu a um tribunal de Washington que mantivesse a posse da esmeralda na custódia da polícia de Los Angeles, até que pudesse ser devolvida ao Brasil. Ganhou.

A “Esmeralda da Bahia” só voltará ao Brasil quando terminar o processo que a Viúva move contra os brasileiros que a extraíram e mutretaram sua exportação fraudulenta. Ele só foi iniciado em 2014 e tramita na Justiça Federal de Campinas.

VOLTA AO PASSADO
De um psicanalista de botequim:
“A frequência com que Dilma Rousseff tem se referido aos seus dias de cadeia e tortura nos anos 70 pode indicar a força de sua personalidade, mas também pode ser uma regressão a um tempo em que ela se sentia só e vulnerável”.

VOZES D’ÁFRICA
Representantes do Ministério Público têm viajado para países africanos onde as empreiteiras metidas na Lava-Jato conseguiram negócios bilionários.

BLINDAGEM
Um dos mais talentosos criminalistas de São Paulo, advogado de empreiteiras, reconheceu há algumas semanas que até agora o trabalho do juiz Sérgio Moro não deixou brechas para a anulação de suas sentenças nas instâncias superiores.

DOCUMENTOS DOS EUA
Pérola colhida num dos documentos do tempo da ditadura liberados pelo governo americano:
No final de 1968 e no início de 1969, os superiores do capitão Carlos Lamarca receberam três avisos de que ele e um sargento estavam aliciando soldados.

Um par de denúncias veio de um cabo e de sua mulher. A outra, de um soldado. Resolveu-se manter o assunto fora do conhecimento do comando do Exército. Lamarca saqueou o arsenal do quartel e desertou no final de janeiro.
Ficou tudo no nível das conversas. Se não fosse um telegrama da Defense Intelligence Agency, o frango ficaria esquecido.

A CRISE
Um movimentado restaurante da Avenida Atlântica tinha 35 funcionários em dezembro do ano passado. Hoje, está com 19, e seu faturamento caiu à metade.

13 de julho de 2015
Elio Gaspari

PROJETO DE BRASIL

O país vive uma crise profunda, de desenlace imprevisível e, no entanto, os atores políticos, salvo honrosas exceções, se comportam como se nada estivesse acontecendo. Todas as demandas, por mais impróprias que sejam, sempre e quando bem amparadas “corporativamente”, deveriam, segundo eles, ser atendidas, como se o Tesouro Nacional fosse um botim a ser saqueado entre os que têm maior poder de pressão.

Os partidos políticos estão agindo com se o presente fosse suficientemente tranquilo para que suas lutas se façam segundo os seus interesses mais particulares. A tempestade se aproxima, mas todos atuam como se estivéssemos diante de um céu de brigadeiro.

O PIB será negativo este ano, será provavelmente zero no próximo, a inflação atingirá 9%, o desemprego está em alta, as expectativas de melhoria de vida da classe média ascendente estão sofrendo uma brutal ruptura, a desindustrialização se acentua e os partidos políticos agem no Congresso como se o seu único interesse fosse acumular mais vantagens e aumentar as suas expectativas respectivas de Poder. Ninguém pensa o futuro nem apresenta um projeto para o Brasil.

A pergunta que deveria nortear todos os partidos, em qualquer avaliação de projetos e iniciativas, deveria ser esta: são eles importantes ou não para o futuro do país? Correspondem ou não ao bem comum? São eles válidos para os cidadãos como um todo? Passariam eles por um teste de universalização?

O PSDB, que deveria ser uma oposição responsável, tem se comportado como o PT de antanho, procurando desgastar o governo em tudo, sem se preocupar minimamente com os projetos apresentados. Não age segundo o futuro, mas segundo os seus ganhos mais imediatos, como o de desgastar ainda mais o atual governo e a presidente. 
É propriamente inconcebível que o partido tenha votado a favor da extinção do fator previdenciário criado por ele mesmo. Era bom então e deixou de sê-lo porque o PT está no governo?

O PT é um caso à parte, pois de tão desorientado decidiu abrigar-se no que possui de tendências mais radicais, como se uma vertente bolivariana fosse preferível à deriva “neoliberal” de seu próprio governo. Mergulhado nos escândalos da Lava Jato não consegue reerguer a cabeça, defendendo os que estão nele implicados, ao mesmo tempo em que condena em geral a corrupção no país. Não resiste a um teste o mais elementar do princípio de não contradição.

Menção especial deve aqui ser feita ao ex-presidente Lula, que se esmera ainda mais em ser uma metamorfose ambulante, dizendo uma coisa em um dia e o seu contrário no dia seguinte, voltando à anterior em outro dia qualquer. O seu pensamento, se é que tal palavra seria apropriada, oscila segundo as circunstâncias e os auditórios. Ocorre que a mágica não mais funciona. Com tal comportamento errático e contraditório, sua imagem se desgasta ainda mais.

A presidente Dilma, por sua vez, possui duas linguagens: a de sua retórica confusa, em que mistura despropósitos como conquista da mandioca, mulher sapiens, confusão entre delação premiada, instituto legal aprovado por ela, e tortura, defesa de ministros envolvidos na Lava Jato e assim por diante; e a de uma linguagem pragmática, que se traduz pela escolha de ministros “neoliberais”, como Joaquim Levy, Katia Abreu e Armando Monteiro, além de ter delegado a articulação política ao Vice-presidente, homem voltado para a institucionalidade do país.

As duas linguagens são contraditórias entre si e a sua convivência em nada ajuda o seu desempenho e a sua imagem. Quando fala, transmite insegurança, confusão e não reconhece os crassos erros que caracterizaram o seu primeiro mandato, sobretudo na política econômica. A herança que legou a si mesmo é maldita. 
Quando age, atua de acordo com uma nova lógica, reconhecendo de fato — e não verbalmente — os erros cometidos. Afastou o PT da coordenação política, vistos os desastres cometidos, e abandonou a “nova matriz econômica”, patrocinada por ela e de efeitos tão nocivos para o país.

O PMDB, por sua vez, age contraditoriamente. De um lado, apoia a estabilidade das instituições, voltando-se, graças ao Vice-presidente, para a aprovação de um necessário ajuste fiscal, porém, de outro lado, sobretudo no Senado, bombardeia as mesmas iniciativas. Cada aprovação de uma medida do ajuste fiscal vem acompanhada de uma contramedida. A última foi, nesta Casa, a esdrúxula aprovação de um reajuste para os funcionários do Poder Judiciário na média de 60% no contexto de uma economia falida.

Reconheça-se, porém, que todos os partidos políticos compartilharam desta mesma irresponsabilidade, como se o futuro do país não lhes dissesse respeito. É como se a hipoteca do futuro valesse o desgaste presente do atual governo. 
Acontece que não é apenas o governo Dilma que perde, mas o país como um todo. Note-se, ademais, que o STF também agiu irresponsavelmente encaminhando tal medida.

Processo semelhante ocorreu na Câmara dos Deputados com a extinção do fator previdenciário. Membros de todos os partidos votaram irresponsavelmente. Não basta argumentar que se trata de uma questão de justiça, mas de apontar a origem dos recursos para atender a essa demanda. Não é possível considerar os recursos públicos como uma fonte inesgotável, principalmente em um país já exaurido.

O ganho maior, no caso da Câmara — e benéfico para o país —, foi o de que essa Casa legislativa voltou a exercer um protagonismo, agindo como um Poder independente e não mais se sujeitando a todas as iniciativas do Executivo. Deixou de ser um não-Poder referendador de medidas provisórias, chamando para si a discussão de questões importantes como a redução da maioridade penal.

É mais do que urgente que o país e os nossos representantes se perguntem pelo Brasil por todos almejado, por aquilo que pretendemos deixar para os próximos governos e gerações, e não somente pelo ganho imediato que cada um possa ter. A crise é forte demais para ser amesquinhada por pequenos comportamentos.

13 de julho de 2015
Denis Lerrer Rosenfield

O BRASIL É O PAÍS ONDE MAIS MATAM...

Mulheres. E homens. E pessoas negras e brancas. O Brasil é o país onde mais se mata pessoas no mundo, e gente de todos os tipos. São cerca de 64 mil homicídios ao ano, dos quais menos de 8% são solucionados e punidos.

homicidios brasil
Uma grande desonestidade recente é evocar, separadamente, números de homicídio no Brasil. Isso porque o país responde por 13% de TODOS OS HOMICÍDIOS DO MUNDO (não, não temos nem perto de 10% da população do planeta). Ora, em QUALQUER RECORTE seremos os vencedores. Somos o país no qual mais matam mulheres. E homens. E também brancos, negros, silvícolas e assim por diante. Faça qualquer recorte de população e ainda assim teremos o título mundial em matar esse tipo de pessoa.
O problema central, portanto, é o triste quadro geral. Tornou-se corriqueiro matar gente no Brasil. E matar gente, por aqui, não garante punição, pois, de cada cem homicídios, apenas algo entre 5 e 8 casos são solucionados. Um forte e lamentável estímulo à impunidade. 175 pessoas morrem A CADA DIA. São mais de 7 pessoas sendo assassinadas A CADA HORA no Brasil.
Daí, há grupos que não buscam solucionar o tétrico quadro de impunidade, mas sim “chamar atenção” para o número de pessoas X, Y, Z que foram mortas. Uma forma baixa, até canalha, de fazer militância ideológica em cima de cadáveres, demonstrando quase nenhum interesse na diminuição do número (geral) de homicídios do país.
E, não por acaso, essa mesma militância alega que punições severas não sejam solução para esse quadro. A base deles, pasmem!, é dizer que não funciona no Brasil. Mas, por aqui, é baixíssimo o índice de casos efetivamente punidos. No máximo, 8 em cada 100.
O que falta é exatamente punição. Os números demonstram isso.
Desse modo, é importante trazer os dados concretos em vez de promover militância mesquinha com esse golpe baixo de segmentar vítimas, fazendo parecer que haja tendência de apenas matar X ou Y ou Z. Na verdade, as vítimas de homicídio são gente de todos os tipos e, num total de 64 mil assassinatos por ano, encontra-se taxas recordistas em TODOS os grupos existentes, uma verdadeira barbárie.
Querem mesmo diminuir a matança de mulheres? E também de homens? E de brancos, negros, índios…? Lutem pelo fim da impunidade, lutem para que não escapem da cadeia 92% dos assassinos do país. Lutem para que os homicidas sejam punidos de verdade. Lutem para que eles sejam mandados para a prisão. Parem com essa coisa mocoronga de que “punir não adianta”, usando como base justamente um país que não pune ninguém.

Mas, principalmente, não usem esse verdadeiro genocídio como palanque para ideologias tacanhas. É feio até para vocês.
13 de julho de 2015
Gravatai Merengue

CUNHA 2018?

Eduardo Cunha, presidente da Câmara dos Deputados e hoje o mais ativo adversário do PT, aplica estratégia mortal que, a um só tempo, asfixia o partido e pavimenta sua própria candidatura a vôos mais altos - como a Presidência da República

eduardo cunha 2018
Comecemos pela grande ironia: Eduardo Cunha é do PMDB, partido da chapa de Dilma, ocupando atualmente vice-presidência e também parte firme e forte do governo. Não apenas uma legenda “aliada”, como tantas outras, mas sim a grande parceira do PT durante todos esses anos. No âmbito político nacional, portanto, Cunha não deixa de ser uma “cria” do método petista de governar e exercer o poder.
Isso dá um sabor especial à graça dos militantes trezeconfirma bradando contra um líder que seu próprio partido forjou. Tal ironia é deliciosa demais para ser ignorada, é preciso que seja sempre lembrada para mostrar que, na política, mais do que na vida, o esperto quase sempre acaba engolido pela própria esperteza.
Mas sigamos.
Cunha traçou uma estratégia e a segue à risca: expor o PT. Mas não uma exposição por meio de denúncias ou manchetes acusatórias; isso acontece há anos e, muito infelizmente, não produz grandes efeitos no eleitorado. O povo parece incomodar-se menos com corrupção e mais com a situação econômica e posições ideológicas.
Sim, sim: o povo se incomoda com temas ligados à ideologia.
E aí está a chave da coisa: empurrar o PT para a esquerda, já que o partido somente se elege escondendo esse viés (motivo simples: o povo odeia esquerdices no geral). Um bom exemplo é a redução da maioridade penal, com apoio de quase 90% da população e o PT precisando marcar posição contra essa medida, queimando-se mais e mais.
Assim foram, são e serão as demais pautas. O plano executado por Cunha consiste única e tão-somente em expor o PT ideologicamente, mostrar o que de fato o partido pensa – especialmente quando tais ideias contrariem a maioria da população. Parece simples, de fato não é lá muito complexo, mas ao mesmo ninguém fazia isso no lado oposicionista.
Hoje, diante dessas táticas, Eduardo Cunha se posiciona como o grande adversário ideológico do PT, o grande nome nacional que se mostra contrário não apenas às práticas, mas também às ideias do partido – e os líderes petistas precisam expor esse ideário a cada nova votação.
Desse modo, e dia após dia, Cunha pavimenta seu nome no plano nacional. Menos discurso, mais ação.
Oposição não pode ter apenas pragmatismo eleitoral, é preciso ser também combativa ideologicamente, é preciso mostrar-se como uma opção ao pensamento de quem esteja no poder (se o governo é esquerdista, não há grande apelo a quem se opõe e também seja esquerdista). 
Cunha entendeu isso muito bem e executa o plano de forma magistral, não apenas sem receio, mas sobretudo com orgulho dessa posição. E aí ganha o coração de todos que pensam da mesma forma.
Deixa de ser aquilo de “ok, aceito votar nesse, afinal o outro é o PT” para “esse sim tem ideias como as minhas”. E isso faz toda a diferença, por mais que a turma do pragmatismo-puro-e-simples não acredite e até ironize.
2018 é ainda um ano distante, talvez haja eleições até antes disso, mas mesmo assim vale registrar o óbvio: cada dia na presidência da Câmara é um tijolinho a mais na construção política de Cunha como grande nome nacional anti-PT, firmando-se como opção forte para o próximo pleito presidencial (o primeiro e maior passo já foi dado: a militância de Facebook o odeia, o que invariavelmente significa o seguinte: o resto da população, imensa e esmagadora maioria, concorda com seus atos e ideias).
Que os demais entendam isso e passem a mostrar oposição também ideológica ao PT. Afinal, todo mundo é contra a corrupção, isso não é diferencial, nem mesmo chega a ser um discurso em si. 
A mais consistente dianteira anti-petista será de quem também deixar claras as diferenças de ideologia.

E essa dianteira, ao menos por agora, é de Eduardo Cunha.
13 de julho de 2015
Gravatai Merengue

O HUMOR DO SPONHOLZ...

                                      República dos bananas.




13 de julho de 2015

ESTATUTO DO DESARMAMENTO NÃO FUNCIONA E SÓ FEZ AUMENTAR HOMICÍDIOS COM ARMA DE FOGO.

Deputado Rogério Peninha Mendonça, do PMDB de Santa Catarina: projeto em análise final em comissão especial da Câmara dos Deputados. (Foto: Veja)
Quando foi às urnas decidir sobre o desarmamento, em 2005, a população brasileira tinha diante de si uma proposta que bania a venda de armas e outra que restringia seriamente essa possibilidade. Mesmo com a vitória do "não", a legislação sobre o tema se tornou mais dura, graças a uma proposta aprovada pelo Congresso antes do referendo: o Estatuto do Desarmamento. O porte de arma de fogo é proibido em todo o país, salvo em situações excepcionais - como nos casos comprovados de risco de vida, por exemplo. 
Um projeto de lei do deputado Rogério Peninha Mendonça (PMDB-SC) inverte essa lógica e, dentre outras mudanças, autoriza o porte para todo o cidadão que cumprir os requisitos de idoneidade, estabilidade psicológica e treinamento para manuseio de armas de fogo. A proposta está sob análise em uma comissão especial criada pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e pode ir a plenário no próximo semestre. Leia a entrevista ao site de VEJA.
O senhor defende que o cidadão deve ter o direito de portar uma arma? Na verdade, o cerne do projeto é acabar com a discricionariedade. Esse é o principal objetivo. Hoje você segue todas as exigências legais e mesmo assim não tem direito ao porte de arma. Os pontos básicos para ter uma arma vão continuar iguais ou mais exigentes. Uma das exigências é o treinamento de tiro. Outra é a questão de antecedentes criminais. É necessártio que as pessoas não tenham cometido nenhum tipo de crime, passem por exames psicotécnicos, tenham residência fixa. Isso fica. Propomos a descentralização para que volte para as mãos dos Estados a possibilidade de conceder o porte de armas.Em Santa Catarina, que tem 6 milhões de habitantes, só temos 150 portes de arma. Já tivemos 20 000.
O plebiscito de 2003 foi uma falsa vitória dos antidesarmamentistas? O referendo foi bem claro. Perguntou para a população se ela era contra ou a favor o desarmamento, e aproximadamente 65% disseram que não. Foram quase 60 milhões de pessoas. Nunca um presidente da República foi eleito com tantos votos, e mesmo assim as restrições não mudaram absolutamente nada. Se nós fizemos outro referendo hoje no Brasil - temos pesquisas em Santa Catarina e dados de outras regiões do país - com certeza vai aumentar o percentual das pessoas contra o desarmamento. A população tem claramente definido que ela quer também ter direito de ter uma arma para se defender.
O presidente da Câmara, Eduardo Cunha, assumiu o compromisso de levar a proposta a plenário ainda neste ano? Não, em nenhum momento ele deixou claro isso. Nós pretendemos votar na comissão provavelmente no final de agosto ou em setembro e pretendemos, por meio das lideranças e da pressão popular, fazer o presidente colocar em votação ainda neste ano. Desde que começou a tramitar, esse projeto está sempre entre os três que causam maior interação popular na Câmara. Nós queremos levar esses dados ao presidente para que ele coloque em votação ainda esse ano.
O projeto tem apoio suficiente para ser aprovado? Eu diria que na comissão, sim. Na Câmara de modo geral fiz uma pesquisa na legislatura anterior e havia um certo equilíbrio. Não fiz pesquisa nessa legislatura mas a gente percebe que ela tem um perfil mais conservador. Acredito que nós possamos aprová-lo. No Senado, não sei, até porque o presidente Renan Calheiros tem uma posição frontalmente contrària à possibildade de o cidadão de bem ter uma arma, então eu não sei como fica. Não quero nem entrar no mérito se vamos conseguir aprovar em plenário, mas nosso objetivo é que o relatório seja colocado em votação neste ano.
Os opositores da proposta dizem que aumentar a circulação de armas eleva a criminalidade. Isso absolutamente não confere. O Mapa da Violência tem dados de nove anos antes da lei aprovada e de nove anos depois da lei aprovada. Antes da lei aprovada, de 1995 a 2003, 64,9% dos assassinatos no Brasil foram com arma de fogo. Depois do estatuto, entre 2004 e 2012, 70,8% dos assassinatos foram com arma de fogo. E por outro lado houve uma redução na compra de armas legais em 90%.Ou seja, diminuiu sensivelmente o número de armas nas mãos do cidadão de bem e a participação das armas de fogo nos crimes aumentou. Outro dado: os Estados mais armados do Brasil são Acre, Roraima, Mato Grosso, Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Têm 36% das armas. E quantos por cento dos homicídios? Nove. Os cinco estados menos armados da federação são Pernambuco, Bahia, Sergipe, Ceará e Maranhão. Têm 6% das armas do Brasil e 26% do total de homicídios. É uma coisa clara. As armas dos criminosos são aquelas contrabandeadas da nossa fronteira. É só ir ali na Argentina e no Paraguai tentar comprar uma arma, e eles entregam do lado de cá com a maior facilidade. Os órgãos de segurança do Brasil têm que atuar sobre as armas contrabandeadas, e não as legalizadas.
Boa parte das instituições que estuda o tema tem posições divergentes das do senhor. Esses institutos são patrocinados muitas vezes pelo governo, e o governo tem claramente uma posição nesse sentido. O Instituto Sou da Paz, por exemplo, nunca divulgou uma pesquisa contrária à opinião do governo. Ele utiliza critérios que realmente não têm nenhuma explicação lógica. A verdade é a seguinte: o estatuto do desarmamento nunca alcançou seu objetivo mínimo, que é reduzir a participação das armas de fogo no cometimento de crimes. É uma posição ideológica do governo que aí está. Nós só queremos a liberdade, como é nos Estados Unidos. Lá, por exemplo, existe uma arma por habitante e aconteceram 11 mil homicídios no ano de 2013. No Brasil tem oito armas para cada 100 habitantes e nós temos 60 mil homicídios por ano. A Suíça tem a população mais armada do mundo, e teve 18 homicídios em 2013. Aí dizem: "Mas não dá para comparar". Então pegue dentro do Brasil os Estados mais armados e menos armados. Vamos ter exatamente esses números e a certeza de que não é a arma na mão do cidadão de bem que comete crime.
O governo tem o foco errado nessa questão? Eu costumo dizer que quando eu coloco um agasalho para me defender do frio, não quer dizer que essa blusa vai acabar com o inverno. Na segurança nós precisamos investigar mais em policiais mais preparados, mais bem remunerados, com armamentos em iguais condições que o bandido, temos que melhorar a educação do brasileiro, tudo isso com igual intensidade. Mas não é tirar a arma do cidadão de bem que vai resolver o problema, como não está resolvendo. O foco está fora da realidade. Eles agen como se esse fosse o principal objetivo, como se isso fosse resolver tudo. Aquilo que interessa não está sendo feito.
O senhor tem arma? Eu sou da região do Vale do Itajaí, em que existem cerca de 150 clubes de caça e tiro. Lá, mesmo as crianças têm a cultura de participar da caça e do tiro. Isso é da própria cultura alemã, e não leva de forma alguma à criminalidade. Eu nunca vi nesses clubes de caça e tiro da região ninguém que tenha cometido algum tipo de crime. Aliás, sempre me perguntam se fui financiado pela indústria armamentista. Nunca recebi um tostão. A minha motivação é a minha região e pelo referendo. Eu já tive arma, mas a partir do momento em que mudou a legislação eu tive que me desfazer dela. Assim que eu tiver a facilidade e puder, quero fazer um curso, me preparar e ter uma arma para me defender. 

13 de julho de 2015
in aluizio amorim

ENROLADOS NA LAVA JATO DÃO CANO NOS ADVOGADOS

ENROLADOS NA LAVA JATO APLICAM CALOTE NOS PRÓPRIOS DEFENSORES


ALGUNS ADVOGADOS JÁ ADMITEM ABERTAMENTE O "CANO" QUE LEVARAM. FOTO: DANIEL TEIXEIRA/AE


Famosos criminalistas brasileiros, contratados a peso de ouro para defender acusados na Operação Lava Jato, estão diante de um dilema: abandonar ou não o trabalho. Alguns já o fizeram. O problema é mais grave nos casos em que o desmantelamento do esquema de corrupção na Petrobras afetou dramaticamente a saúde financeira das empresas. Pedindo para não serem citados, eles falam abertamente no “cano”.

“Sem receber pelo trabalho, nós estamos financiando alguns dos caras mais ricos do mundo”, diz uma das estrelas da advocacia criminalista.

Com seus doleiros presos e movimentações financeiras no exterior monitoradas, os empreiteiros não têm como “internalizar” dinheiro.

OAS, Engevix, Mendes Junior e UTC, que faturavam bilhões, estão entre as empreiteiras que mais dão sinais de debilitação pós-Lava Jato.

Ao ouvir a cobrança do advogado, empreiteiro baiano que tem medo de voltar à cadeia foi sincero: “Você é a última das minhas preocupações”.



13 de julho de 2015
diário do poder

ODEBRECHT JÁ NÃO AGUENTA MAIS A CARCERAGEM

NA CADEIA, MARCELO ODEBRECHT OSCILA ENTRE DEPRESSÃO E IRRITAÇÃO


MARCELO ODEBRECHT ESTÁ PRESO HÁ CERCA DE VINTE DIAS. FOTO: CASSIANO ROSÁRIO/AE


Presidente da Odebrecht, empreiteira que mais ganhou contratos do governo na era PT, Marcelo Odebrecht não aguenta mais as condições de sua prisão. Segundo fontes próximas à Lava Jato, Marcelo oscila entre “demonstrações de nervosismo e abatimento” na cela na Polícia Federal, em Curitiba. As condições são ruins: nas primeiras noites, ele teve de dormir no corredor da carceragem em razão da superlotação.

O pai de Marcelo, Emílio Odebrecht, que já presidiu a empreiteira, não para de fazer ameaças à cúpula do governo e ao ex-presidente Lula.

Foi Emílio quem declarou, após a prisão do filho, que “vão precisar de mais três celas: uma para mim, uma para o Lula e outra para Dilma.

Marcelo Odebrecht está em prisão preventiva, o que significa que pode permanecer preso por até 180 dias, segundo a lei atual.



13 de julho de 2015
diário do poder

TRANSPARÊNCIA EM FOCO

AUDIÊNCIA DISCUTE TRANSPARÊNCIA DAS INFORMAÇÕES SOBRE CONTAS PÚBLICAS
CÂMARA FARÁ DEBATE SOBRE A DISTRIBUIÇÃO DOS RECURSOS PÚBLICOS

FOCO É A DISTRIBUIÇÃO DE RECURSOS NA UNIÃO, ESTADOS E MUNICÍPIOS


A Comissão Especial das Contas Públicas e Transferências Constitucionais realiza audiência nesta terça-feira (14), às 15h30, para debater a transparência das informações sobre as contas públicas brasileiras.

Instalada no fim de abril, a comissão pretende fazer uma análise detalhada da situação contábil do País: a entrada e a distribuição dos recursos financeiros que circulam na União, nos estados e municípios.

Foram convidados para a audiência:

- o diretor-presidente do Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro), Marcos Vinícius Ferreira Mazoni;

- a subsecretária de Contabilidade Pública da Secretaria do Tesouro Nacional, Gildenora Milhomem;

- a coordenadora-geral de Sistemas e Tecnologia de Informação da Secretaria do Tesouro Nacional, Maria Betânia Xavier; e

- a consultora de Orçamento e Fiscalização Financeira da Câmara dos Deputados Maria Emília Miranda Pureza.

Para o deputado Júlio Cesar (PSD-PI), que propôs a discussão, os representantes do Serpro e do Tesouro Nacional poderão ajudar a comissão a propor melhorias no processo de análise e avaliação das contas públicas e das transferências constitucionais. (Agência Câmara)



13 de julho de 2015
diário do poder

NORDESTINOS JÁ SE ARREPENDEM DE TER VOTADO EM DILMA

Taxas de demissões no Nordeste são as maiores do Brasil


Segundo pesquisa Ibope, encomendada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), a Região Nordeste, onde a petista tradicionalmente tinha seus melhores índices de aprovação, foi onde sua popularidade mais caiu: de 18% em março para 13% em julho. No País, em média, a aprovação ficou em 9% e a reprovação, em 68%.

Na Bahia, por exemplo, reduto petista, onde a presidente obteve 70% dos votos em 2014 enquanto o candidato do PSDB, Aécio Neves, ficou com 30%, a rejeição à presidente cresce à medida que aumenta o desemprego.

Salvador é a região metropolitana com a maior taxa de desemprego, segundo o IBGE, 11,3%. A segunda maior, também está no Nordeste: Recife, com 8,5%. No País, o desemprego subiu para 6,7% em maio.
13 de julho de 2015
in blog do mario fortes

NOTAS POLÍTICAS DO JORNALISTA JORGE SERRÃO

Dilma teme que a quase certa prisão de José Dirceu pela Lava Jato torne ainda mais difícil a governabilidade




Dilma Rousseff voltou de seu passeio pelo primeiro mundo preocupada com o risco concreto de prisão, ainda esta semana, do seu inimigo José Dirceu de Oliveira e Silva, já que a Polícia Federal resolveu aprofundar a devassa nos negócios da JD Consultoria com o cartel de empreiteiras que agia na Petrobras. Dilma teme que uma pressão sobre Dirceu lhe cause estragos irreversíveis. O ilustre condenado no Mensalão, que cumpre pena no conforto de casa, já sinalizou que, se o pior acontecer, vai partir para a "delação premiada".

Apesar do "risco Dirceu" com a Lava Jato, a turma da politicagem, em Brasília, no entanto, teve um fim de semana tenso, gerado pelo conteúdo contundente de uma nada despretensiosa entrevista dada pelo senador Cristovam Buarque ao jornal Correio Braziliense: "É inegável que há um clima de fim de governo que vem crescendo nas últimas três ou quatro semanas". Uma contagem informal entre congressistas já contabiliza de 348 a 353 votos a favor de um eventual impeachment de Dilma, caso o processo seja aberto pelas pedaladas ilegais. Basta Dilma tomar no TCU e dança!

Cristovam verbalizou apenas o que os bastidores do poder analisam, de forma escancarada. Que senadores já comentam, abertamente, que nem Lula aguenta mais a Dilma e que o ex-Presidente estaria disposto a buscar uma saída negociada da Presidenta: "Tem muita gente que fala que o Lula está querendo que ela renuncie. Nenhum dos senadores do PT me disse isso, mas a gente sabe que dentro do PT muita gente acha que a melhor saída para o partido seria a renúncia dela. Aí, o vice assumiria, que não é inimigo, e o PT construiria seu caminho dentro ou até fora do governo. O Lula é uma pessoa inteligente. Esta posição poderia até acalmar o Brasil hoje. Se tiver o aval do Lula, naturalmente".

O senador pedetista reclamou que um dos maiores problemas da atual governabilidade no País é a falta de diálogo causada pela Presidenta da República. Ex-petista, o senador ainda tentou dar um conselho a Presidenta Dilma Rousseff - que dificilmente irá acatá-lo, por deficiência de personalidade: "Ela deveria deixar a arrogância de lado, ser humilde e buscar o entendimento".

Outra importante constatação do Cristovam Buarque foi sobre o filme queimado da classe política no Brasil: "Nenhum de nós pode ir a uma manifestação. Estamos todos muito desgastados. O povo se cansou deste Fla x Flu eleitoreiro entre PT e PSDB. Este país não aguenta mais esta disputa. PT e PSDB não tem nenhuma discordância ideológica de interesses diversos; A política econômica da Dilma é muito parecida com o que faria o PSDB".

Indagação futebolística

Qual a diferença entre a atuação do desgoverno Dilma e o time do Flamengo?

O modo como a Dilma joga faz mal ao Brasil; já o Flamengo em campo não faz mal a ninguém - a não ser aos seus torcedores...

Certamente, essa análise político-futebolística sairia perfeita da boca do $talinácio, famoso torcedor corinthiano...

É, né...

Do indignado jornalista e advogado Jorge Madeiro, em seu Facebook, depois do domingo esportivo de decepções profundas para a Nação rubro-negra:

"Pô, a Daniele Hypolito, com 58 anos, ainda compete em um Panamericano. Dá pro Zico ainda armar o meio campo do Flamengo".

Vale para ela, Pastor Cunha?

O presidente da Câmara, Eduardo Cunha, evangélico, soltou logo que levantou da cama, no Facebook, uma mensagem religiosa:

"Que Deus abençoe a todos vocês, rica e abundandantemente".

E teve gaiato que logo indagou: "A mensagem também vale para Dilma Rousseff"?

Até porque, segundo Claudio Humberto, Dilminha tem reclamado com aliados que "está nas mãos do Eduardo Cunha"...

Releia o artigo de domingo: É hora de chutar o balde: agora ou nunca!


Quanto vale o show?

Perguntinha idiota: com quanto o BNDES vai entrar de grana no tal Banco dos Brics, se o aperto fiscal levyano alega que nem temos dinheiro para bancar os projetos essenciais ao Brasil?

Dilminha voltar de passeio internacional com esse legado financeiro é dose para anta...

Franklin político

Reportagem da edição brasileira do jornal espanhol El País de 12 de julho destaca uma entrevista com o poderoso ex-ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social do Governo Lula.

Franklin Martins admitiu que, sob o olhar de hoje, a luta armada da década de 70, da qual participou, foi um equívoco.
O jornalista também pregou que, "se Lula não tivesse sido eleito em 2002, o Brasil explodiria".

Fugindo de qualquer comentário sobre o governo Dilma ou sobre a personalidade da presidenta Dilma, Franklin Martins arriscou uma breve análise sobre a conjuntura política:

"Eu acho que ela (Dilma) está no início do Governo.  Início de Governo, onde você está fazendo uma arrumação da casa, é um momento de dificuldade de popularidade. Acho que ela tem perfeitas condições de se recuperar, mas não é automático. Para se recuperar, a economia vai ter que se recuperar. E politicamente, ela terá de discutir com a população, que tem expectativas muito grandes, que não quer retrocesso. Isso é uma característica, a população não quer perder o que já conquistou".

Franklin Musical

Se não vale a pena ouvir as opiniões de eterno esquerdista radicalóide do Franklin Martins, ao menos é importante saber que ele está lançando, pela editora Nova Fronteira, três volumes de um magistral esforço de pesquisa:

"Quem foi que inventou o Brasil? A música popular conta a História da República".

O primeiro volume aborda o período 1902-1964; o segundo vai desse ano até 1985. O terceiro abrange de 1985 a 2002.

Todas as mais de 1.100 músicas podem ser ouvidas no portal www.quemfoiqueinventouobrasil.com

PM do RJ de luto


Notícia policial de domingo, que deveria ser surreal mas não foi, atingiu em cheio o balanço social negativo da corrupção e da má gestão na Petrobras:

"A soldado Vanessa Oliveira, de 24 anos, lotada no 35º BPM (Itaboraí), morreu após capotar com um carro da polícia, na madrugada deste domingo, na estrada do Comperj, em São Gonçalo, Região Metropolitana do Rio. Segundo PMs, bandidos do Complexo do Salgueiro, que margeia a via, alvejaram o veículo, provocando o acidente. Vanessa não foi atingida pelos tiros, mas morreu em consequência do capotamento. A polícia informou que a equipe seguia para uma ocorrência de carro roubado, quando teria errado o caminho e entrado no sentido Salgueiro da estrada, ao invés de pegar na direção de Itaboraí. Ao avistarem o veículo dos militares, por volta da meia-noite, os criminosos efetuaram vários disparos. O corpo da policial chegou a ser arremessado para fora do carro. O outro militar que acompanhava Vanessa sofreu apenas ferimentos leves e também não foi baleado".

Em tempo: esta estrada, absolutamente inútil do ponto de vista do planejamento, é uma das obras sob investigação de superfaturamento. A via se tornou o caminho expresso para facilitar o tráfico de drogas e armas dos traficantes do completo do Salgueiro, em São Gonçalo. Mais uma vez, o povo do Rio de Janeiro é massacrado pela incompetência e roubalheira na administração pública ou estatal - onde reina a governança do crime institucionalizado.

Encontro fortuito


Tem salvação?


Daniel, para os maçons

Um show do cantor Daniel encerra nesta segunda-feira à noite a 44a Assembleia Geral da Confederação da Maçonaria Simbólica do Brasil (CMSB), em São Paulo.

Será no térreo do Pavilhão da Bienal Ibirapuera, a partir das 20h.

O espetáculo, seguido de jantar, também comemora os 88 anos de fundação da Grande Loja Maçônica do Estado de São Paulo.

13 de julho de 2015
Jorge Serrão é Jornalista, Radialista, Publicitário e Professor.