"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

terça-feira, 28 de julho de 2015

COM APOIO DA SUIÇA, LAVA JATO DEVASSA O SETOR ELÉTRICO


A condenação de executivos da Camargo Corrêa e a denúncia formal contra os presidentes e ex-dirigentes das duas maiores empreiteiras do País, Odebrecht e Andrade Gutierrez, abrem nova fase das investigações da Operação Lava-Jato. A investigação se aproxima de PT e PMDB como integrantes importantes do esquema de corrupção, em conluio com o comando do cartel empresarial, que fatiava obras da Petrobras mediante o pagamento de propina desde 2004.
Com a chegada dos primeiros documentos oficiais da Suíça, após acordo de cooperação internacional entre autoridades brasileiras e suíças, a força-tarefa de procuradores da Lava-Jato acredita ter aberto “uma janela” nas apurações que levarão à comprovação do uso de contas secretas dos quatro núcleos do esquema: empresarial, político, de operadores financeiros e de agentes públicos.
Além de chegar às contas secretas das empreiteiras, dos políticos, dos dirigentes da Petrobras e dos operadores de propina, os investigadores vão ampliar a devassa em contratos, antes centrada na estatal, a outras áreas dos governos Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2006 e 2007-2010) e Dilma Rousseff (2011-2014). Uma das prioridades é o setor energético e envolve as obras de grandes usinas, como Belo Monte, no Pará, e Angra 3, que tiveram investimentos bilionários.
CARTELIZAÇÃO
As delações de dois executivos da Camargo Corrêa, que confessaram “cartelização” e pagamentos de propina nessas obras, reforçaram as suspeitas levantadas após o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa confirmar que o esquema de propina era generalizado. Primeiro delator da Lava-Jato, Costa era sustentado no cargo por um consórcio entre PP, PMDB e PT e confessou ter agido em nome desses partidos. “Temos elementos para apontar que o esquema de cartel e corrupção foi além da Petrobrás”, afirmou o procurador regional da República Carlos Fernando Lima, um dos integrantes da Lava Jato.
A sentença dos três executivos da Camargo Corrêa, Dalton dos Santos Avancini (ex-presidente), Eduardo Leite (ex-vice-presidente) e João Ricardo Auler (ex-presidente do Conselho de Administração), na última semana, foi a primeira condenação do núcleo empresarial do esquema. “No período compreendido entre 2004 e 2014, uma grande organização criminosa estruturou-se com a finalidade de praticar delitos no seio e em desfavor da Petrobrás”, sustenta o MPF. Um prejuízo de pelo menos R$ 19 bilhões.
Segundo a força-tarefa da Lava Jato, o núcleo empresarial, em conluio com o núcleo político, detinha o comando do esquema. Por meio dessa união, houve uma sistematização da corrupção, à partir do maior caixa de investimentos do governo federal, a Petrobras, nas demais esferas. Avancini e Leite foram condenados pelo juiz da 13.ª Vara Federal, em Curitiba, Sérgio Moro, que conduz os processos em primeiro grau da Lava Jato, a 15 anos e dez meses de reclusão, mas como fizeram delação premiada foi concedido a eles o direito ao regime de prisão domiciliar. Auler pegou nove anos e seis meses de reclusão. (As informações são do jornal O Estado de S. Paulo)

28 de julho de 2015
Deu no Correio Braziliense

TEMER E A BANCADA MANIFESTAM SOLIDARIEDADE A EDUARDO CUNHA


O vice-presidente Michel Temer declarou no Twitter que não participa de “movimento contra o presidente da Câmara”, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Cunha foi citado no depoimento de Júlio Camargo,um dos delatores do esquema de corrupção investigado pela Operação Lava Jato, que o acusa de ter recebido R$ 5 milhões em propina.
O presidente da Câmara nega a acusação, mas pode vir a ser denunciado pelo Procurador-Geral da República ao Supremo Tribunal Federal.
Michel Temer foi enfático e afirmou: “Não participo de movimento contra o presidente da Câmara. As relações entre governo, Câmara dos Deputados e PMDB devem ser institucionais, tendo em vista os interesses do país”.
Logo depois, mensagem do vice-presidente da República foi compartilhada no Twitter, por Eduardo Cunha.
A BANCADA, TAMBÉM
A bancada do PMDB na Câmara Federal também se solidarizou com o presidente da Casa, declarando que não aceitará “especulações que visem a enfraquecer a autoridade institucional do presidente da Câmara”.
Na mensagem da bancada peemedebista, os parlamentares ressaltam que a democracia prevê o direito à ampla defesa e criticam a especulação sobre a participação de Cunha no esquema baseada apenas nas informações do delator. “Na democracia, diferentemente das ditaduras, todos os cidadãos, sem exceção, estão sujeitos a investigação, não importa quanto poder ou riqueza possuam. É isso o que ora assistimos no país. Mas a democracia prevê também o direito à ampla defesa. Não existe julgamento sumário”.

28 de julho de 2015
José Carlos Werneck

MINISTRO DO TCU É ACUSADO DE RECEBER PROPINA



Ministro Vital do Rego ainda não se defendeu
O ex-tesoureiro da Prefeitura de Campina Grande (PB), Rennan Trajano Farias, afirmou à Folha que, em 2010, fez entregas de dinheiro em espécie ao então candidato ao Senado Vital do Rêgo (PMDB-PB), hoje ministro do TCU (Tribunal de Contas da União).
O dinheiro foi desviado, segundo Farias, de um contrato de R$ 10,3 milhões entre a prefeitura e uma empreiteira que não executou os serviços.
Farias, que gravou um vídeo para o TV Folha com a acusação, disse que também fez entregas ao irmão do ministro, o deputado federal Veneziano Vital do Rêgo (PMDB-PB), e a firmas que atuavam nas campanhas da família.
Em 2010, o ministro do TCU disputou e ganhou uma vaga no Senado pelo PMDB-PB. Veneziano era prefeito de Campina Grande. Eles negam as acusações (leia abaixo).
CONTAS DE DILMA
No TCU, Vital será um dos nove ministros a analisar as contas de 2014 da presidente Dilma Rousseff. Ele é ligado ao presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). A análise é vista pela oposição como possível via para um processo de impeachment.
Farias foi uma importante peça das duas gestões de Veneziano (2005-2012) em Campina Grande. Diretor financeiro da Secretaria de Finanças, era responsável pelo fluxo de caixa do município.
Na segunda gestão, ele e Veneziano se distanciaram e romperam. Segundo Farias, isso ocorreu porque os Vital do Rêgo deixaram de reconhecer as dívidas que ele contraía com agiotas para financiar as campanhas do grupo. O ex-tesoureiro disse que “perdeu tudo” para quitar os compromissos e ainda deve cerca de R$ 1 milhão.

28 de julho de 2015
Rubens Valente
Folha

IMPEACHMENT DE DILMA VOLTA À AGENDA DE EDUARDO CUNHA

Charge: Sem medo de impeachment, Dilma garante que não vai cair

Rejeitada em abril pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e depois abandonada pelo PSDB, a proposta de pedir o impeachment da presidente Dilma Rousseff no Congresso deve voltar para agenda do Legislativo após o recesso.
Depois de romper oficialmente com o governo no dia 17, o peemedebista decidiu tirar os pedidos da gaveta e pediu que seus autores ajustassem os documentos dentro das exigências regimentais. O procedimento é incomum. Quando as petições não se enquadram no formato, elas normalmente são remetidas direto ao arquivo. A iniciativa foi a senha para que os grupos de oposição à presidente Dilma Rousseff selassem um pacto informal de não agressão com o presidente da Câmara.
Apesar de ter sido acusado por um dos delatores da Operação Lava Jato de ter recebido propina, Cunha será poupado nas manifestações contra a corrupção marcadas para o dia 16 de agosto. Em contrapartida, os ativistas esperam que os pedidos de impeachment, agora devidamente formatados e encorpados, sejam acolhidos.
FAZENDO MISTÉRIO
Se antes negava de forma veemente que não encamparia a tese, agora Cunha faz mistério sobre a possibilidade de usar o expediente como mais um elemento de pressão sobre o Planalto. Segundo um aliado, o presidente da Câmara sinalizou que pode acolher os pedidos depois do recesso e antes das manifestações. Procurado pela reportagem, Cunha preferiu não comentar.
Até agora, 12 documentos foram protocolados na Casa, mas os mais consistentes serão entregues até quinta feira (30/7). “Tivemos na sexta-feira uma reunião com o (jurista) Ives Gandra e mudamos nossa argumentação. Acrescentamos pareceres dos juristas Adílson Abreu Dallari e Bernardo Cabral, além dos argumentos do TCU sobre as pedaladas (fiscais)”, diz Carla Zambelli, líder do Nas Ruas e porta-voz da Aliança Nacional dos Movimentos Democráticos coalizão que reúne dezenas de grupos anti-Dilma que estão organizando as manifestações do dia 16. “Não vamos para cima do Cunha no dia 16. Ele tem um papel importante. Nosso foco é o impeachment”, completa.
OUTRO PEDIDO
O Movimento Brasil Livre (MBL), que se reuniu com Eduardo Cunha depois da marcha ocorrida em maio entre São Paulo e Brasília, também encorpou seu material. “Nos baseamos na tese das pedaladas fiscais. Apresentamos o parecer completo do jurista Adilson Dallari mostrando que a lei do impeachment é de 1950, portanto, anterior à reeleição”, afirma Renan Santos, um dos líderes do MBL.
Desde a gestão do ex-presidente Fernando Collor, um presidente da Câmara não acolhe um pedido de impeachment. Se Cunha romper a “tradição”, os requerimentos serão analisados por uma comissão composta por integrantes de todos os partidos com bancadas da Câmara.

28 de julho de 2015
Agência Estado

PRESIDENTE DA ODEBRECHT TERIA ATÉ PLANEJADO FUGA DO PAÍS


Ao denunciar os dirigentes das maiores empreiteiras do país, Odebrecht e Andrade Gutierrez, o Ministério Público Federal sustentou que o cartel, as fraudes e a propina só foram possíveis no esquema de corrupção na Petrobras porque eram de conhecimento dos dois presidentes: Marcelo Odebrecht, do Grupo Odebrecht, e Otávio Marques de Azevedo, da Andrade Gutierrez. Os dois foram denunciados pelos crimes de corrupção ativa, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
Foi contra Marcelo Odebrecht que o MPF acumulou indícios mais fartos. A surpresa é que muitos deles foram tirados de anotações pessoais do empresário, além de ligações telefônicas e mensagens de celular, que foram esmiuçadas. Para os procuradores, Marcelo tinha como plano B até mesmo uma fuga do país.
A conclusão foi tirada de uma anotação na qual surge a expressão “tática Noboa”. O MPF considerou evidente ser uma “referência ao caso de Gustavo Noboa”, ex-presidente do Equador que fugiu do país, em 2003, ao ser acusado de malversação de fundos na renegociação da dívida externa. Risco Swiss? E EUA?”, anotou Marcelo Odebrecht.
CONTAS NA SUÍÇA
Os investigadores interpretaram como “risco de serem descobertas as contas bancárias na Suíça e nos EUA”, que acabaram encontradas.
“PRC/Suíça. PV?” seria alusão à conta mantida em favor de Paulo Roberto Costa (PRC) no Banco Pictet & Cie Banquiers, na Suíça. Segundo o MPF, de 17 contatos telefônicos entre Odebrecht e seu subordinado Rogério Araújo, quatro antecederam contatos do executivo com o operador Bernardo Freiburhaus, que movimentava as contas no exterior.
Os procuradores assinalam ainda como Odebrecht fazia agrados aos integrantes do esquema com uma relação de “brindes especiais”: pinturas valiosas de artistas como Alfredo Volpi e Cildo Meirelles. A lista de presenteados era formada “tão somente por funcionários do alto escalão da Petrobras”, entre eles vários réus da Lava-Jato.
Na avaliação do MPF, a Odebrecht é uma empresa familiar cuja gestão, “tanto lícita quanto ilícita”, concentra-se em membros da família.
ANDRADE GUTIERREZ
Entre as provas contra Otávio Azevedo está o fato de ele ter sido apontado por dois delatores — Paulo Roberto Costa e Alberto Youssef — como um dos responsáveis por negociar com o lobista Fernando Soares, o Fernando Baiano, a oferta de vantagens indevidas a integrantes do esquema.
Num dos depoimentos ao MPF, Youssef afirmou que o primeiro contato para recebimento de propina dos contratos da Petrobras foi feito diretamente com Azevedo. Segundo o MPF, Fernando Baiano só foi alçado ao posto de operador de propina pela proximidade com Azevedo. “O vínculo entre Otávio e Fernando Soares”, segundo eles, é a compra por Baiano de uma lancha do empresário, avaliada em R$ 1,5 milhão. Outro documento apresentado pela denúncia é uma planilha apreendida na casa de Costa, que indicava dois contatos na Andrade Gutierrez: o próprio Azevedo e Flávio Machado Filho, um dos executivos da empresa.

28 de julho de 2015
Deu em O Tempo

DEPOIS DA RESPOSTA RECEBIDA, SUBITAMENTE DILMA FICOU CONTRA CONVERSAR COM FHC



(Folha) Menos de uma semana após ministros do PT apoiarem uma aproximação entre governo e oposição, a presidente Dilma Rousseff criticou a ideia em reunião fechada, nesta segunda-feira (27). 
Em encontro com sua coordenação política, Dilma classificou a defesa pública do diálogo com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso de "absurda". 

Ninguém citou nominalmente Edinho Silva (Secretaria de Comunicação Social) e Jaques Wagner (Defesa), mas o recado foi dirigido à dupla, que apoiou publicamente na semana passada a ideia de uma conversa entre o ex-presidente Lula e Dilma com FHC. 
Como a Folha revelou, Lula autorizou amigos em comum a procurar Fernando Henrique e propor uma conversa entre os dois sobre a crise política. 

O objetivo imediato da aproximação seria buscar conciliadores que pudessem frear os líderes oposicionistas que defendem o impeachment de Dilma. 
Além de FHC, Lula também procurou o senador tucano José Serra (SP). As declarações irritaram dirigentes petistas, principalmente após o ex-presidente tucano vir a público dizer que não é hora de conversar com o governo e que nenhuma agenda que não fosse pública pareceria "conchavo". 

O senador e presidente do partido, Aécio Neves (PSDB-MG), endossou nesta segunda (27) a posição de FHC. 
"Em torno do que o ex-presidente Lula quer discutir com o ex-presidente FHC? Só se for para ele fazer um mea-culpa e assumir a responsabilidade por tudo o que está aí. 
Ou então querem é criar um pano de fundo para mostrar que somos todos iguais ao PT. Não somos. Nossa aliança é com o povo", disse. 
Ele sinalizou ainda que não há espaço para este tipo de diálogo no momento. "Não se conversa com quem não se confia e nós não confiamos no PT", disse

28 de julho de 2015
in coroneLeaks

O HUMOR DO SPONHOLZ...


28 DE JULHO DE 2015

FALTA POUCO PARA O IMPEACHMENT DA DILMA. MEGA MANIFESTAÇÃO DIA 16 DE AGOSTO DARÁ O EMPURRÃO FINAL. NÃO PAGAREMOS A CONTA DO PT.











O Congresso Nacional é formado Pelo Senado e a Câmara dos Deputados. O Senado tem 81 senadores e a Câmara 513 deputados, o que totaliza, portanto, 594 parlamentares.

Entretanto, conforme o noticiário clipado aqui neste blog, calcula-se que 255 deputados votariam pelo impeachment da Dilma. Sem computar o Senado, o escore da Câmara neste momento estaria assim: 255 pelo impeachment X 58 pelo apoio ao PT.


Evidente que entre esses 58 deputados estão a própria bancada petista e mais os seus satélites como PSOL e demais siglas comunistas. Complementa este número os nanicos de várias espécies à espera de caraminguás oficiais.


Entretanto, como o dinheiro dos outros acabou, a farra comunista sofreu um baque notório. É nesta hora que esses oportunistas ladravazes, grudados no Legislativo como carrapatos, estão prontos para pular fora do barco petista agora avariado e fazendo água por todos os cantos.


A pressão das ruas e a ojeriza manifestada nas pesquisas por mais de 90% dos brasileiros, tende a levar de roldão os parlamentares que ainda estão em cima do muro. Nessa onda, acreditem, até petistas votarão pelo impeachment da “presidenta”. Seguem a máxima: “farinha pouca, meu pirão primeiro”. É o famoso e indefectível cheiro de carne queimada que penetra por todos os escaninhos do Congresso Nacional e causa engulhos nos habitantes da Casa do Povo.


As manifestações marcadas para o dia 16 de agosto em todo o Brasil têm tudo para dar o derradeiro empurrão para derrubar o governo petista.


Aqueles que foram às ruas em manifestações passadas estarão nas ruas novamente. Mas esse número deverá ser acrescido por aqueles que comumente se dizem “apolíticos”. Dizem isso até verem que seu dinheirinho contado migrou de seus bolsos para custear a farra da ladroagem do PT e seus acólitos. Desta feita até esse enorme contingente de brasileiros irá às ruas em 16 de agosto.


Bota mega protesto nisso aí! Não é à toa que o Planalto está em polvorosa e a Dilma já convidou governadores para uma reunião. Ideia do João Santana para colher imagens de forma a veicular no derradeiro programa político do PT. Sim, derradeiro, porque depois do impeachment da Dilma o povo exigirá a cassação do registro do PT e dos demais partidos comunistas.



VÁ PARA A RUA VOCÊ TAMBÉM!


28 de julho de 2015
in aluizio amorim

QUANDO O HUMOR DESENHA A REALIDADE...


28 de julho de 2015


A CRISE E A ESPERANÇA, QUE PRECISA CONTINUAR EXISTINDO



Em entrevista concedida ao Instituto Humanitas Unisinos, no dia 15 último, o pesquisador Pablo Ortellado faz a mais brilhante análise que pude ler sobre a crise brasileira. Ao contrário de alguns, que preferem manter o foco na crise mundial, Ortellado ilumina o que há de mais significativo no caso brasileiro. Segundo ele, nos anos 80 do século passado, a formação do Partido dos Trabalhadores conseguiu fazer convergir para essa sigla personalidades, movimentos sociais, inclusive o sindical, a Igreja Católica, com sua belíssima experiência com as comunidades eclesiais de base, e praticamente todas as organizações marxistas de variada tendência que lutavam contra a ditadura militar.
Intelectuais do porte de Mário Pedrosa, Sérgio Buarque de Hollanda, Antonio Candido, Marilena Chauí, para citar apenas esses, contribuíram com a força de suas mentes privilegiadas, somando esses conhecimentos com a democracia de base, em que os “de baixo” efetivamente tinham sempre a última palavra. Havia líderes de trabalhadores rurais, ambientalistas como Chico Mendes, sindicalistas como Lula, João Paulo Pires Vasconcelos e Olívio Dutra. Antigos militantes, como Apolônio de Carvalho e José Ibrahim. Estrelas que despontavam nos movimentos de favela, como Benedita da Silva. Vítimas da ditadura militar, como Manoel da Conceição, de Pernambuco, nossa inesquecível d. Helena Grecco e milhares de anônimos militantes, barulhentos em suas manifestações e entusiasmados com a maneira distinta de fazer política.
NÃO HAVIA CHEFES
Eu vi tudo isso acontecer. Não havia chefes que impusessem suas vontades à vontade de viver uma experiência nova de produzir novos caminhos na política brasileira. José Dirceu, Vladimir Palmeira, Luiz Gushiken… todos tinham a mesma força e convenciam ou não os delegados em encontros memoráveis.
Aí residiram a força e a beleza daquele partido.
A institucionalidade a tudo isso absorveu. Até que, diante da “Carta aos Brasileiros”, de 2002, com que Lula logrou vencer o medo e fazer-se presidente do Brasil, esse documento, por muitos tido como manobra tática, acabou por acabar com o sonho de todos os que lá se agrupavam. Pouco a pouco foram aparecendo os melhores, os que sabiam mais que outros, os que mandavam mais que todos.
Ortellado faz uma previsão sombria: serão necessários mais 20 ou 30 anos até que surja algo assim. E aposta que uma sociedade civil organizada, mas não subjugada a partidos, governos ou líderes carismáticos, possa fazer abreviar esse parto.
TODOS SE PERDERAM
De minha parte, eu apenas acrescentaria que não foi só o PT que se perdeu. Também o PSDB, que surgiu lutando contra o fisiologismo que começava a se instalar no antigo MDB. E, mesmo nas fileiras desse PMDB, quem não se recorda de nomes combativos que davam a tônica também representando outros excluídos?
Diante dos arremedos de partido que hoje vemos atuar nos espaços institucionais ou no que resta de movimento social organizado, a saudade bate forte. Mas a esperança precisa continuar existindo.

28 de julho de 2015
Sandra Starling

DÁ TEMPO PARA REVER AS GRAVAÇÕES


Registra-se algum ceticismo entre os poucos privilegiados que assistiram as gravações feitas sábado pela presidente Dilma, para o programa de propaganda política gratuita do PT, a ser divulgado dia 6 de agosto em cadeia nacional de rádio e televisão. Há quem suponha um aumento de decibéis no inevitável panelaço previsto para aquela noite. Raramente o sol se levanta, no dia seguinte aos pronunciamentos de Madame, sem que tenha aumentado o número de desiludidos e até de indignados, dispostos a rejeitá-la.
As considerações otimistas são necessárias para qualquer governante em crise, junto com o reconhecimento de dificuldades óbvias. É preciso, no entanto, saber dosar a realidade com a fantasia. Parece que dessa vez haverá frustração entre os telespectadores, se a presidente não se dispuser a regravações. Tempo existe para que câmeras e microfones voltem ao palácio da Alvorada.
Corre a versão de que dirigentes do PT, com o Lula à frente, examinarão as cópias da fala presidencial. Claro que não como examinadores implacáveis, mas, ao menos, como colaboradores dispostos a contribuir para que o programa dos companheiros sirva de refrigério na crise, jamais para acirrá-la.
A GERENTONA PERFEITA
A personalidade de Dilma não comporta restrições. Ela se julga sempre certa e tem como rotina sustentar suas aparições públicas como irretocáveis. Fica até agastada quando recebe reparos, mesmo do primeiro companheiro. Ainda assim, haverá que esperar o desdobramento do episódio. O marqueteiro João Santana assistiu as gravações e teceu elogios à performance da chefe, mas não poderia ser diferente, sendo seu inspirador.
A pergunta que se faz é se alguma coisa vai mudar, mesmo se por hipótese duvidosa o pronunciamento presidencial for considerado bom ou ótimo pelo PT. Porque uma coisa é o Brasil televisivo, outra, o Brasil real. O que se espera do governo são iniciativas concretas para diminuir o desemprego. Se possível, combatida a corrupção. Como se torna impossível evitá-la, que tal ao menos organizá-la? Claro que sem aceitarmos o malicioso conselho do saudoso ministro Mario Henrique Simonsen, quando propôs fossem incluídas no orçamento as escandalosas e inevitáveis comissões extraídas das obras públicas, mas que essas não se realizassem. Muito dinheiro seria poupado…

28 de julho de 2015
Carlos Chagas

O HUMOR DO DUKE...

Charge O Tempo 26/07
28 DE JULHO DE 2015

O HUMOR DO ALPINO...

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28 DE JULHO DE 2015

EDUARDO CUNHA DIZ QUE O PT ESTÁ ABAIXO DO VOLUME MORTO E AFIRMA QUE ACOLHERÁ TODOS OS PEDIDOS DE IMPEACHMENT QUE TENHAM FUNDAMENTO


O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), centrou suas críticas ao governo Dilma Rousseff e ao PT e disse que o partido, para a sociedade, está “abaixo do volume morto”. A declaração foi dada nesta segunda-feira em um almoço com empresários de São Paulo, e faz uma referência à declaração feita pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em junho em um reunião fechada e revelada pelo O GLOBO.
— Se a frase do ex-presidente Lula é de que o PT está no volume morto, acho que para a sociedade ele já baixou do volume morto. O que precisamos fazer é ver para o futuro. E o futuro passa por esse debate todo que estamos fazendo, que a gente possa construir soluções que esteja em consonância com a sociedade. E não fazer do congresso e do governo apenas uma pauta ideológica, corporativa e partidária — afirmou o presidente, que foi aplaudido.
Cunha também disse que a impopularidade do PT “consegue ser maior que a impopularidade de Dilma Rousseff“.
— Talvez, o PT tenha até arrastado a impopularidade dela mais para baixo do que poderia ser.
O presidente da Câmara também afirmou que seu rompimento político com o governo foi “reação a uma covardia” e voltou a afirmar que seu posicionamento é pessoal.
— Eu não costumo reagir colocando a cabeça debaixo do buraco. A história não reserva espaço para os covardes. Eles não vão impedir o meu livre exercício da liderança parlamentar. Fui vítima de uma violência com as digitais definidas. Não podia me acovardar e não reagir — disse Cunha, em referência a sua investigação na Operação Lava-Jato, por suspeita de envolvimento no esquema de corrupção da Petrobras.
Questionado pelo presidente do grupo Lide, João Dória, sobre a quem pertenciam essas digitais, respondeu: - Basicamente, foi uma interferência do Poder Executivo, que todo mundo sabe que não me engole.
Cunha acusou ainda o governo de “estimular a criação de partidos artificiais para tumultuar”, referindo-se à recriação do PL com a ajuda do ministro das Cidades, Gilberto Kassab (PSD).
Na entrevista coletiva, dada após o almoço, Cunha não respondeu os questionamentos sobre sua investigação na Lava-Jato e disse que foi orientado pelo seu advogado a não comentar o assunto.
Questionado sobre críticas de lideranças petistas no seminário estadual do PT de Minas Gerais, que ocorreu neste final de semana, Cunha rebate provocando dizendo que o partido poderia adotar a tese do impeachment de Dilma.
— Os mesmos princípios que eles têm para mim, eles devem ter para todos os os quadros deles que são por ventura investigados ou suspeitos de qualquer coisa. Se eles pedem qualquer tipo de coisa em relação a mim, deviam começar pedindo o afastamento de ministros e talvez discutindo o da própria presidente. Talvez eles possam aderir à tese do impeachment — ironizou.
Para ele, seu afastamento ser defendido por dirigentes petistas é motivo de satisfação, já que considera a sigla como adversária.
— O PT é meu adversário, todos já sabem. Se ele tem pedido a minha destituição, só me dá alegria. Se o PT defendesse minha permanência, talvez eu pudesse estar errado — disse Cunha, que não considera a hipótese de se afastar da presidência da Câmara durante as investigações da Lava-Jato.
O lobista Júlio Camargo disse em depoimento que Cunha teria pedido US$ 5 milhões em propina em um contrato de navios-sonda da Petrobras.
IMPEACHMENT
Cunha voltou a falar que um impeachment de um presidente da República não é um processo simples, mas disse que os que tiverem fundamento terão andamento na Casa.
— Os (pedidos de impeachment) que sanearem serão analisados sob a ótica jurídica. Os que tiverem fundamento terão acolhimento — disse o presidente da Câmara. Leia MAIS

28 de julho de 2015
in coroneLeaks

DILMA ORDENA OPERAÇÃO ABAFA PARA ENQUADRAR BANCADAS CONTRA IMPEACHMENT


ELA MANDA SUFOCAR QUALQUER TENTATIVA DE IMPEACHMENT

ANTES RETICENTE, O PRESIDENTE DO PSDB, AÉCIO NEVES, LEVARÁ O TEMA IMPEACHMENT PARA A TELEVISÃO.


A presidente Dilma Rousseff cobrou de 12 ministros que mobilizem as bancadas de seus partidos para impedir que propostas pedindo o seu afastamento do cargo contaminem a pauta do Congresso a partir da próxima semana, quando terminar o recesso parlamentar.

Com receio de que o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), admita a tramitação dos pedidos de impeachment antes mesmo dos protestos marcados para 16 de agosto, o governo iniciou uma estratégia para pôr um freio de arrumação na base aliada.

Em reunião com o vice-presidente Michel Temer e os ministros, na tarde de segunda-feira, Dilma pediu ajuda para garantir apoio político no Congresso e evitar as manobras de Cunha, que rompeu com o governo após o lobista Júlio Camargo, delator da Operação Lava Jato, acusá-lo de receber US$ 5 milhões em propina.

Dilma disse no encontro que o caso de corrupção na Petrobras, revelado pela Lava Jato, provocou instabilidade política e econômica e que, por causa da sucessão de escândalos, o Produto Interno Bruto (PIB) caiu um ponto.

A preocupação de Dilma é com o agravamento da crise em agosto, quando o Congresso retoma suas atividades, e com os protestos de rua pelo impeachment convocados em todo o País que na segunda-feira ganharam o apoio formal do PSDB, principal partido de oposição. Segundo o senador Aécio Neves (PSDB-MG), os tucanos vão utilizar inserções partidárias de TV na próxima semana para estimular a participação popular nos atos pró-impeachment.

Ao falar na segunda-feira sobre os planos do governo para superar dificuldades, Dilma reforçou o pedido para que ministros conversem com deputados e senadores dos partidos aliados com o objetivo de impedir, também, a votação da chamada "pauta-bomba", que aumenta as despesas e coloca sob risco o ajuste fiscal. Ela chegou a citar o projeto que foi obrigada a vetar, aumentando os salários do Judiciário em até 78,5%.

Na quinta-feira, Dilma vai se reunir com 27 governadores, em mais uma tentativa de obter sustentação política. "Se esperar só da União, não há solução. Eu acho que os governadores serão bons articuladores, especialmente em benefício dos Estados", comentou Temer, após a reunião de segunda-feira. "Quando se tem aumento de despesas na área federal, isso repercute em cascata nos Estados. De modo que eles serão bons aliados."

Novo tom

Dez dias depois de romper formalmente com o governo, Cunha disse na segunda-feira, durante um almoço com empresários em São Paulo que vai tratar "de forma técnica e jurídica" os pedidos de impeachment que foram protocolados na Câmara e que, nos casos em que houver fundamento, os pareceres serão acolhidos.

O discurso do peemedebista aos empresários reunidos pelo Grupo de Líderes Empresariais (Lide) marca uma mudança de tom em relação às suas intervenções sobre o tema. Durante um evento organizado pelo mesmo grupo em abril, na Bahia, Cunha rechaçou prontamente a ideia de acolher os pedidos de impeachment contra a presidente.

Naquela ocasião, o PSDB ensaiava apresentar um pedido em conjunto com as demais siglas de oposição. "O que vocês chamam de pedalada é a má prática de se adiar investimento para fazer superávit primário. Isso vem sendo praticado nos últimos 15 anos sem nenhuma punição", afirmou.

Na segunda-feira, diante da mesma plateia, o discurso foi outro. "Vamos tratar tudo e todos de forma técnica e jurídica. Havendo fundamento, o processo será analisado." Em um sinal de que poderia usar o impeachment como mais uma forma de desgastar o governo, Cunha encaminhou ofício para que todos os responsáveis pelos pedidos apresentados até o começo do recesso adequassem seus documentos às normas do regimento. O procedimento não é usual. Normalmente, os pedidos fora do formato exigido são imediatamente arquivados.

Aos empresários, entretanto, o deputado afirmou que não pretende "incendiar" o cenário político. "Eu vou separar muito bem isso. Vou ter até uma cautela, para não antecipar meu julgamento, ou parecer que qualquer tipo de posicionamento tem a ver com a mudança do meu posicionamento político, que eu anunciei publicamente", disse. "O impeachment não pode ser tratado como recurso eleitoral", concluiu.



29 de julho de 2015
diário do poder

GOVERNO TENTA SE REAPROXIMAR DE EDUARDO CUNHA


GOVERNO AGORA BUSCA "DIÁLOGO" COM O PRESIDENTE DA CÂMARA

PRESIDENTE DA CÂMARA DOS DEPUTADOS, EDUARDO CUNHA (PMDB-RJ). FOTO: J.BATISTA/CÂMARA


O Palácio do Planalto tenta desesperadamente restabelecer “diálogo” com o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB), que anunciou publicamente o seu rompimento com o governo Dilma e o PT. O problema é que Cunha lidera de fato a Câmara e a conduz para as decisões que considera acertadas, inclusive em votações que podem custar o mandato de Dilma, como rejeição das contas e impeachment.

Destacado para a missão, o vice-presidente Michel Temer já jogou a toalha. Até ensaiou conversa, mas Eduardo Cunha o desestimulou.

Dilma quer Renan Calheiros como “bombeiro” junto a Eduardo Cunha, mas o presidente do Senado é mais inclinado a jogar lenha na fogueira.

Eduardo Cunha não aceita intermediários e Dilma não percebeu isso. Se ela quer restabelecer pontes, terá de reconstruí-las pessoalmente.

Dilma considera recorrer a uma amiga, jornalista Cláudia Cruz, para tentar se reaproximar de Eduardo Cunha, o apaixonado marido dela.



28 de julho de 2015
diário do poder

NOVA FASE DA LAVA JATO DEVASSA OBRAS DA USINA NUCLEAR DE ANGRA 3

UM PRESO É OTON PEREIRA, PRESIDENTE DA ESTATAL ELETRONUCLEAR

OTHON PEREIRA DA SILVA, PRESIDENTE LICENCIADO DA ESTATAL, ESTÁ ENTRE OS PRESOS. (FOTO: ABR)


Cento e oitenta policiais federais cumprem dois mandados de prisão preventiva, cinco de conduçãocoercitiva e 23 de busca e apreensão, nesta terça-feira (28), na Operação Radioatividade, a 16ª fase da Operação Lava Jato. O foco da ação de hoje é a estatal Eletronuclear e irregularidades nas obras da usina hidrelétrica de Angra 3.

Um dos presos é Othon Luiz Pereira da Silva, presidente licenciado da Eletronuclear. Ele foi preso no Rio de Janeiro. O outro preso é Flávio David Barra, executivo da empreiteira Andrade Gutierrez. A operação Radioatividade foi deflagrada na madrugada desta terça-feira (28) em Brasília, Rio de Janeiro, Niterói, São Paulo e Barueri. Serão cumpridos dois mandados de prisão temporária.

A operação de hoje pode ser consequência dos depoimentos sob delação premiada de Ricardo Pessoa, dono da empreiteira UTC e coordenador do cartel de empreiteiras que se organizaram para fraudar licitações, dividir contratos e subornar autoridades, e também de Dalton Avancini, presidente da empreiteira Camargo Corrêa.

Em depoimento de delação premiada, Avancini revelou que a empresa informada em agosto de 2014 de que havia "compromissos" de pagamento de propina equivalente a 1% dos contratos das obras da usina ao PMDB e aos diretores da Eletronuclear. Somados, os contratos de Angra 3 chegam a R$ 3 bilhões.

A PF informou que o foco das investigações são contratos firmados por empresas já mencionadas na Operação Lava Jato. Dentre outros fatos investigados, são objeto de apuração, nesta fase, a formação de cartel e o prévio ajustamento de licitações, e o pagamento indevido de vantagens financeiras a empregados da estatal. Os presos serão levados para a carceragem da PF em Curitiba.



28 de julho de 2015
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