"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

domingo, 2 de agosto de 2015

NOTAS PERTINENTES

Senna, o Santo de Pés de Barro e Lama

O brasileiro que se acha malandro e esperto escolhe os heróis que melhor refletem sua alma e visão de mundo: cultua Getúlio Vargas, ama Lula, admira Chico Buarque, adora Neymarra e idolatra Ayrton Senna.
Piquet: “Senna sempre foi um piloto sujo na sua carreira”

Erenice, Sempre Ela, o Braço Esquerdo de Dilma Rousseff

O comunista caquético imbecil FHC diz que Dilma é honesta. Interessante, onde Dilma pos a mão, o setor elétrico - que Dilma administrou como uma czarina ninfomaníaca por estatais - é o setor recordista em corrupção como mostram o Petrolão e o Eletrolhão. Dilma, evidentemente, não tem competência para administrar tanta roubalheira sozinha, precisa de alguém com experiência, com a bandidagem na massa do sangue, com a falta de caráter típica dos petistas, precisa de uma Erenice, seu querido braço esquerdo. Erenice é pau pra toda obra, sempre apta, atenta, dedicada para maximizar a roubalheira: O consórcio construtor de Belo Monte é liderado pela Andrade Gutierrez em parceria com Odebrecht, Camargo Correa, Queiroz Galvão e OAS, as mesmas do clube do bilhão, além de outras cinco menores. A PF sabe que no mesmo local também eram negociados projetos para captação de investimento de fundos de pensão e acertos para a anulação de multas fiscais no Carf, que já é alvo de outra operação. Erenice, dizem os investigadores, também atuou na comercialização de energia. Ela chegou a se associar informalmente ao ex-ministro de Minas e Energia Silas Rondeau e ao lobista Alexandre Paes dos Santos no Instituto de Desenvolvimento de Estudos e Projetos Econômicos”.


A Podridão Profunda do Jornalismo Brasileiro

A revelação de que Marcelo Odebrecht financiou a campanha de Dilma Rousseff com dinheiro roubado da Petrobras e depositado na Suíça foi ignorada pelos jornais.

02 de agosto de 2015
in selva brasilis

A FRAQUEZA DO GOVERNO DILMA E O FIADOR HONORÁRIO LEVY



Voto Direto  Recado para os políticos - Charge de Marco Aurélio


Derrotado na discussão sobre a nova meta fiscal, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, ainda pagou o mico de ter de explicar e defender a mudança de rumo anunciada por ele e por seu colega do Planejamento, Nelson Barbosa. Para cumprir essa missão, teve de renegar posições mantidas publicamente e de se apresentar como coautor de uma decisão digna dos piores momentos do mandato anterior da presidente Dilma Rousseff. Tendo rejeitado a opinião do ministro Levy e optado pela política mais frouxa e menos convincente, a presidente se lembrou de um detalhe: o perdedor havia sido considerado, pelo menos até quarta-feira, data do anúncio da nova orientação, o fiador da política econômica.
A solução imediata foi mandar seus subordinados elogiar o ministro da Fazenda e reafirmar sua condição de avalista. A ordem foi cumprida. Com isso, o avalista, confirmado em sua posição honorífica, virou fiador de uma política de baixa credibilidade. Já não há blindagem possível, porque o déficit de credibilidade, nesse caso, é da chefe de governo, e ela se expôs inteiramente, no episódio, de forma irremediável.
A presidente deixou clara, mais uma vez, sua pouca disposição de bancar medidas sérias de correção das finanças públicas e de reparação dos erros cometidos durante quatro anos. Alguns desses erros, como o prolongamento, depois da pior fase da crise, da chamada política “anticíclica”, foram herdados de seu antecessor, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e agravados.
DIVERGÊNCIAS NOTÓRIAS
Um dos condutores da política nesse período foi o secretário executivo do Ministério da Fazenda, Nelson Barbosa. Tinha acesso fácil à presidente Dilma Rousseff, mas deixou o governo em 2013. Está de volta, como ministro do Planejamento, e são notórias as divergências entre ele e seu colega da Fazenda, ainda classificado, por determinação presidencial, como avalista do governo. Mas têm prevalecido as opiniões de Barbosa, como noticiou muitas vezes a imprensa.
O ministro da Fazenda tem mencionado, para explicar as dificuldades da política fiscal, a retração dos negócios e as táticas defensivas adotadas pelos empresários nas relações com o Fisco. Este detalhe já havia sido apontado em recente estudo da Receita Federal. São argumentos verdadeiros. A recessão tem sido, sem dúvida, mais severa do que previram analistas brasileiros e estrangeiros. Os danos causados à economia pelos erros cometidos nos quatro anos anteriores são enormes.
A política do primeiro mandato da presidente Dilma é, sem dúvida, a causa principal dos males hoje vividos pelos brasileiros, como recessão, desemprego e inflação disparada. Tudo isso explica a perda de receita de impostos e contribuições neste ano, mas os problemas da política fiscal estão associados também a outros fatores.
FRAQUEZA POLÍTICA
O mais importante é a fraqueza política da presidente. Essa fraqueza decorre em parte de suas características pessoais e em parte da estratégia de seu partido, subordinada inteiramente às ambições políticas de seu líder principal, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Sem apoio do PT, a presidente pouco pode fazer – e nada tem feito, pessoalmente – para garantir a fidelidade dos partidos aliados.
Nenhum governante fraco – e nesse caso as deficiências pessoais da presidente são determinantes – conduz uma política de ajustes dolorosos e de reformas complexas. Depois de quatro anos chefiando um governo marcado pela incompetência, pela maquiagem das contas, por um voluntarismo quase infantil e por lambanças variadas, a presidente causaria enorme surpresa se iniciasse o segundo mandato com um programa audacioso de correções e de reformas. A menor surpresa, nesse caso, seria o apoio dos companheiros e aliados.
Desde o início o ministro Levy esteve comprometido com um programa tímido de ajuste e de reformas. Nem isso deu certo. A receita falhou, a despesa continuou crescendo e a meta de ajuste em 2015 foi virtualmente zerada. Ninguém explicou, até agora, por que se deve esperar um empenho mais firme nos próximos anos.
(Editorial enviado pelo comentarista Wilson Baptista. Jr.)

02 de agosto de 2015
Deu no Estadão

TECO JÁ PERDEU O TICO...

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso precisa fazer urgentemente um teste de sanidade mental




O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso precisa fazer urgentemente um teste de sanidade mental. Assim, poderá continuar dando sua opinião sobre a vida do país ou ser impedido definitivamente de fazê-lo.

 O tucano acaba de dar entrevista para uma revista alemã, assumindo com unhas e dentes a defesa da dona Dilma e, como se não bastasse, afirmou que seria ir longe demais colocar Luiz Inácio Lula da Silva na cadeia. Ora, senhor Cardoso, por que esse crápula é melhor do que qualquer outro cidadão?

 A lei é para todos; ele é um ladrão dos cofres públicos e merece ir para a cadeia, sim. Em um país sério, esse bandido estaria apodrecendo na prisão há muito tempo e todos os políticos oportunistas e fisiológicos de seu nível já teriam sido banidos da política para o bem da sociedade. Jamais teriam espaço na mídia para defender bandidos como está acontecendo.

 Concluindo, senhor Fernando Henrique Cardoso, sabe quem merece ir para a cadeia? Eu, Humberto de Luna Freire Filho. Quem me mandou trabalhar durante 50 anos? Senhor... por favor, cale o bico.

02 de agosto de 2015
Humberto de Luna Freire Filho

ACONTECE ESSAS COISAS NA MELHOR IDADE...

Uma “oposição” dessas até Fidel Castro aceitaria em Cuba! Vê se toma tenência e vergonha na cara, FHC!






Assim não dá. Assim não é possível. Se fosse para escolher uma só oposição, qual você escolheria? Ora, o PSDB representando por FHC, claro! Uma “oposição” dessas até Fidel Castro aceitaria em Cuba! O Brasil vive a “tempestade perfeita”, os escândalos de corrupção chegaram até o cangote da presidente Dilma, que já não tem apoio algum. A economia desce ladeira abaixo por conta das trapalhadas passadas e da inoperância presente do governo. O PT passa a ser desprezado pela população que pensa. E o que faz Fernando Henrique? Elogia Dilma! Novamente, com aquela entonação de voz dele: Assim não dá. Assim não é possível.

Leio na Exame que o ex-presidente, em entrevista a uma revista alemã, baixou o tom e saiu em defesa da presidente Dilma. Estou com alguma esperança, minúscula, confesso, de que seja um problema de tradução. O entrevistador não compreendeu direito. Só pode ser isso! Alemão é uma língua difícil mesmo, tentei aprender por seis meses e sei do que falo. Pois, tirando essa hipótese, o que temos é um “líder de oposição” que mais parece um companheiro, um camarada escalado pela própria Dilma para aliviar sua barra nesse momento delicado. Vejam:

De acordo com a DW, FHC disse na entrevista, publicada em alemão na edição da revista deste sábado, 1º, que Dilma não está envolvida nos desvios da estatal petrolífera, mas que o PT está. Ele lembrou que João Vaccari, ex-tesoureiro da sigla, foi detido na operação.

“Eu a considero uma pessoa honrada, e não tenho nenhuma consideração por ódio na política, também não pelo ódio dentro do meu partido, ódio que se volta agora contra o PT”, diz FHC, creditando a Lula a responsabilidade por todo o escândalo.

E disse que talvez Lula tenha que depor como testemunha, “o que já seria suficientemente desmoralizante”.

“Não se deve quebrar esse símbolo (Lula), mesmo que isso fosse vantajoso para o meu próprio partido. É necessário sempre ter em mente o futuro do país”, disse o ex-presidente tucano na entrevista.

FHC chegou até a elogiar o petista: “Ele certamente tem muitos méritos e uma história pessoal emocionante. Um trabalhador humilde que conseguiu ser presidente da sétima maior economia do mundo.”

Como é que é? Dilma, uma pessoa honrada? Em que planeta? Sua trajetória é a de uma terrorista, assaltante, disposta aos meios mais nefastos não para defender a democracia, mas para impor o comunismo! Depois foi eleita como um “poste”, sem jamais ter recebido votos e com a única experiência administrativa de ter quebrado uma lojinha de bugingangas. Foi reeleita depois com muito abuso da máquina estatal e o estelionato eleitoral em curso. Uma pessoa honrada? O que FH entende por honra, meu Deus?!

Lula também recebeu elogios? Não se deve quebrar um símbolo? Qual símbolo? O de um sujeito imoral, indecente, cínico e mentiroso, disposto a “fazer o diabo” para ficar no poder? Ou o de um populista safado amigo dos piores ditadores do planeta? É esse símbolo que FH quer tanto preservar em prol do nosso futuro? Um futuro bolivariano, talvez? Quais foram os méritos de Lula em sua trajetória? Quem diz isso tem um conceito muito diferente do meu sobre mérito!

Vê se toma tenência, FH! Vai mesmo se afundar junto do PT? Seu ranço socialista ainda é tão grande assim? Não é capaz de compreender o momento em que vive o Brasil, a indignação popular com essa cambada de ladrões, a revolta com o caos social e econômico plantado pelo governo? Não sente os ventos de mudança, que não deixam mais espaço para uma “oposição” covarde, pusilânime, “amiguinha” que tenta salvar a cara dos vilões de nossa democracia? Não aprendeu com os erros de 2005 no mensalão? Vergonha na cara, FH! Ou vai abraçar os afogados e descer junto com eles para o fundo do pântano, de onde tais criaturas jamais deveriam ter emergido!



02 de agosto de 2015
Rodrigo Constantino, Veja online

O PT NÃO É IGUAL AOS OUTROS PARTIDOS: É MUITO PIOR!!!

Acho engraçada a defesa que petistas e simpatizantes fazem do PT hoje, alguns fingindo até que estão criticando a legenda. Do “nunca antes na história deste país”, eles pularam para o “sempre antes na história deste país”, tentando passar a impressão de que o PT é “apenas” como os demais, que se corrompeu, que não resistiu à tentação, que se desviou de seus propósitos. Já cansei de mostrar aqui que não é nada disso, mas como o lado de lá continua insistindo na “tese”, preciso ser repetitivo.
É o caso do jornalista Luiz Garcia, de esquerda, que em sua coluna de hoje “critica” o PT com esse argumento, aproveitando para elogiar sua trajetória.

Por sua ótica, o grande pecado do PT foi se desviar de seu passado de luta pelas massas, e se tornar mais um corrupto, como os outros. Diz ele:

No episódio mais recente, ficamos sabendo que o Partido dos Trabalhadores, mais conhecido por PT, tem trabalhado com grande entusiasmo para encher os bolsos de uma turma que certamente não se identifica com as ideias e propostas com que foi criado.

Alguns eleitores indignados talvez digam que o PT finalmente mostrou que é farinha do mesmo saco. Ou seja, o partido está apenas se igualando à maioria dos outros partidos. O tal saco, pelo visto, teria farinha para todos. E seria irresistível para políticos de todos os continentes.

[...]

Quando nasceu, o PT foi visto por muita gente boa como um partido que serviria para melhorar o nosso sistema político, já que representaria a grande massa de operários, que até então não tinha quem defendesse seus interesses.

Foi o que ele fez, durante muito tempo. Hoje, é com uma mistura de tristeza e indignação que vemos algo bem diferente: ele serve, talvez até com mais entusiasmo, aos interesses pessoais de uma grande fatia de seus quadros políticos.

[...]

Podemos ter algum consolo lembrando que o saco é universal. Seja como for, sempre vale a pena buscar, em todas as eleições, candidatos que não moram nele. Não é fácil, mas, quem sabe, a gente talvez consiga encontrar, pelo menos, políticos que ainda não se tenham corrompido. E que prestem atenção a um aviso por enquanto amistoso: “Vamos ficar de olho em você.”

O PT não mudou; apenas se revelou no poder. Lamento a todos os que acreditaram nos discursos petistas no passado: foram ludibriados, foram ingênuos, deixaram o romantismo falar mais alto do que a experiência, blindaram-se contra a lógica e a razão em nome das emoções, partiram para o monopólio das virtudes. O PT nunca representou de fato as massas; ele sempre as usou em sua retórica, apenas isso. Ele enxerga as massas como algo manipulável para seus fins políticos. Era um partido de “intelectuais” que não pensavam, de estudantes que não estudavam, e de sindicalistas que não trabalhavam.

E sempre foi oportunista, “revolucionário”, disposto aos meios mais nefastos para chegar e ficar no poder. Basta ver seus camaradas, seus companheiros: ditaduras comunistas, guerrilheiros que sequestram e vendem drogas em nome da causa, terroristas que matam inocentes, mas gozam da estima dos pares porque o fazem com uma foice e um martelo estampados no peito. O PT fundou o Foro de São Paulo em 1990! Não dá para alegar ignorância. O simpatizante se deixou enganar, pois se sentia melhor, mais puro, “consciente”, ligado ao “povo”, só por defender o PT.

Seus métodos corruptos já tinham sido expostos no governo gaúcho, antes da chegada ao governo federal. Antes mesmo, no sindicalismo torpe e oportunista. Em conluio com máfias do lixo, com bicheiros. O PT não viu sua bandeira ética se esgarçar no poder; ela apenas veio à tona toda corroída pelas traças, mas já era uma bandeira falsa. Ou alguém acha que José Dirceu, que se apresentou para a mulher após quatro anos de “casamento” depois da anistia, treinado em Cuba, era um romântico sonhador que lutava pelas massas e foi corrompido no poder? Sério?

O PT nasceu torto, mas muitos preferiram ignorar em nome da utopia, do monopólio das virtudes. O PT não é “apenas” igual aos outros; ele é muito mais corrupto, justamente porque rouba em nome da causa, com a consciência tranquila do “bom revolucionário”, de quem faz tudo “pelo povo”. Por monopolizar a bandeira da ética e ser, na prática, o mais corrupto, o PT é o pior de todos. Por ser tão cínico, por flertar com ditaduras, por não respeitar as regras do jogo democrático, por demonizar os adversários de forma pérfida, o PT é o pior de todos.

O jornalista de esquerda acha que o PT mudou, e que a lição é, agora, “ficar de olho”. Provavelmente ele defende um PSOL da vida, mostrando que não aprendeu absolutamente nada. Quer uma vez mais buscar a “pureza”, ainda que num discurso hipócrita e na defesa de meios que sempre levarão a mais corrupção, por concentrar poder no estado e por fornecer aos bandidos um salvo-conduto para o crime, pois feito em nome da causa “nobre”.

Se o PT fosse “apenas” tão ruim quando os demais, o Brasil não estaria nessa situação calamitosa. Está porque é governado há tempo demais por uma quadrilha disfarçada de partido político, por uma turma que abraça ditadores assassinos, que defende bandidos abertamente, que protege terroristas, que “faz o diabo” para ficar no poder. José Dirceu é a cara do PT. Alguém realmente está disposto a sustentar que ele era um idealista que “se corrompeu”, e hoje é “somente” tão ruim quanto os demais políticos brasileiros?



02 de agosto de 2015
Rodrigo Constantino

DELAÇÃO DE DUQUE CONFIRMA PT NO MEIO DO PETROLÃO



(Folha) Preso na Operação Lava Jato, o ex-diretor da Petrobras Renato Duque contratou um escritório de advocacia e começou oficialmente, nesta sexta-feira (31), a negociar um acordo de delação premiada. Duque, cuja indicação à estatal é atribuída ao PT(José Dirceu), teve a quinta denúncia aceita pelo juiz Sergio Moro também nesta sexta sob acusação de corrupção e lavagem de dinheiro. Ele já era réu em quatro ações penais.O ex-diretor é acusado de ter recebido cerca de R$ 4 milhões de propina pela construção de gasodutos submarinos pela empresa italiana Saipem, em 2011, além de outros R$ 577 mil em obras de arte. Duque nega as acusações.

02 de agosto de 2015
in coroneLeaks

DILMA ELEVA DESPESAS COM JUROS, MAS VETA REPOSIÇÃO DE APOSENTADOS


O contraste de ações por parte do governo Dilma Rousseff torna-se evidente, bastando confrontar-se o teor de duas reportagens publicadas na edição de quinta-feira de O Globo. Uma, de Eliane Oliveira e João Sorima Neto, outra de Geralda Doca e Júnia Gama. A primeira destaca a elevação de 0,5% estabelecida pelo Comitê de Política Monetária sobre a taxa Selic que remunera os juro aplicados à dívida interna. A segunda assinala o veto da presidente da República ao projeto que estendia aos 30 milhões de aposentados e pensionista do INSS o reajuste anual nas mesmas bases em que é corrigido o salário mínimo.
Como se constata, dois pesos, duas medidas em sentido opostos com base em motivos frontalmente divergentes. Quanto ao veto, o argumento é a contenção de despesas previdenciárias. Relativamente à subida dos juros, o acréscimo das despesas públicas não é levado em consideração. Eliane Oliveira e João Sorima Neto, com base em dados do próprio Banco Central, revelam que a dívida interna bruta do país alcança nada menos que 3,5 trilhões de reais, dos quais 1 trilhão e 400 bilhões corrigidos pera Selic. E qual a correção aplicada aos outros 2,1 trilhões? Sim. Porque, por mais que a publicidade comercial diga o contrário, não existe financiamento sem juros. Impossível. A inflação reduziria o valor da compra?
Mas vamos aceitar a incidência de agora 14,25% ao ano em cima de 1 trilhão e 400 bilhões de reais. Um acréscimo de despesa de ordem de 7,5 bilhões. No papel. Porque, claro, os credores dos 2,1 trilhões restantes não vão assistir calados à elevação da taxa paga somente a uma fonte dos créditos totais. Assim, verifica-se que, no mínimo, o acréscimo de meio ponto percentual significará, pelo menos, 17,5 bilhões de reais por doze meses. Numa escala ampla, observa-se que o desembolso atinge em torno de 42 bilhões de reais por ano. Ou aproximadamente 15% do próprio orçamento da União para 2015.
ENDIVIDAMENTO
Diante de tal montante ( só de juros),  como costuma dizer o ministro Joaquim Levy, como falar em reduzir o endividamento? Pelo contrário – ele aumentará com a capitalização inevitável dos juros no estoque da dívida.
Poderá alguém dizer que parte do endividamento, na percentagem, de 20%, refere-se a créditos externos em dólar, com juros bem menores que os 14,5 consignados pela Selic É verdade. Porém em compensação tal fração fica exposta às oscilações do câmbio no mercado financeiro internacional. O desembolso com juros é enorme.
Superior, no seu total, à folha dos aposentados e pensionistas do INSS, prevista no orçamento em 320 bilhões. Isso de um lado. De outro, é preciso – aliás era necessário – acentuar que aplicar aos segurados a mesma correção destinada ao salário mínimo é um simples dever de justiça. Pois todos eles recolheram com base em tantos salários mínimos, para efeito de cálculo, hoje, vale frisar, até a escala de 11% sobre 4 mil e 600 reais por mês. Parte do empregado. A do empregador é de 20% sem limite. Onde está o déficit do INSS?
Mas esta é outra questão. O que se discute é que não é justo o veto (injusto) de Dilma Rousseff, o qual, diretamente, fará com que, a cada ano, maior número de inativos passe a receber um salário mínimo, quando, concretamente, passou a vida contribuindo sobre valores mais altos. Nivelar por baixo, eis a questão. Não contribui para resolver, pelo contrário, agrava a situação para o desenvolvimento da economia.

02 de agosto de 2015
Pedro do Coutto

CAMPANHA DE DILMA PAGOU R$ 6 MILHÕES A GRÁFICA QUE NÃO TEM FUNCIONÁRIOS E O DONO É UM MOTORISTA



A coisa é complicada. Confiram trecho de reportagem da Folha, por Andréia Sadi, Ranier Bragon e Gustavo Uribe, voltamos em seguida:

“A campanha da presidente Dilma Rousseff à reeleição pagou R$ 6,15 milhões a uma gráfica que não tem nenhum funcionário registrado e cujos documentos apontam como presidente o motorista Vivaldo Dias da Silva, que em 2013 recebia R$ 1.490. A Rede Seg Gráfica e Editora, de São Paulo, aparece como a oitava fornecedora que mais recebeu dinheiro da campanha presidencial petista no ano passado, de acordo com os registros do TSE (Tribunal Superior Eleitoral).”

Não basta a Operação Lava Jato, investigando integrantes dos governos de Dilma Rousseff e Lula, além do TCU, julgando as pedaladas fiscais (que ferem a Lei de Responsabilidade Fiscal). Agora, também a Justiça Eleitoral encontra indícios nada louváveis.

O cerco se fecha em todas as frentes.


02 de agosto de 2015
implicante

O RETORNO DO RECALCADO

Contrariando o senso comum, digo-lhes, em verdade, Recalque nada tem a ver com “inveja”, pois se trata de um sofrimento psíquico inconsciente que sempre retorna ao consciente em forma de sintomas, atos falhos, chistes e sonhos, conforme conceituou Sigmund Freud (1856-1939). Enquanto não tratado, o Recalque faz essas manobras infinitamente e acaba revelando os recalcados, como foi o caso do tricampeão de Fórmula 1, Nelson Piquet, que numa entrevista, após a 30ª edição do GP de F-1 da Hungria, no último domingo, disse: “Senna sempre foi um piloto sujo na sua carreira”. Arrancando risos dos que ouviram a malfadada entrevista, Piquet ainda acrescentou: “Senna era um piloto horrível, era fácil ultrapassá-lo” — imagine se fosse difícil...

Piquet foi um dos maiores pilotos de F-1 de todos os tempos, não resta dúvida, mas querer diminuir o também tricampeão Ayrton Senna atribuindo-lhe atitudes antidesportivas foi uma “derrapada amadora” — frise-se, nenhum outro piloto de F-1, exceto Piquet, tem essa opinião em relação ao Senna. Piquet poderia ter evitado essa mancha na sua biografia, pois ele ofendeu alguém que já não mais pode se defender, bem como os seus milhões de fãs espalhados pelo mundo.

Piquet sempre teve uma dificuldade de se comunicar com a imprensa em toda a sua carreira de piloto, inclusive recebeu num certo ano, já na F-1, o irônico título concedido pela mídia de “piloto limão do ano” por ser excessivamente rude com os jornalistas.

Os números não mentem e Senna, em 11 temporadas de F-1, superou nas pistas Piquet em todos os quesitos, pois então vejamos: 41 vitórias; 65 poles e 80 pódios. Nelson Piquet, em 14 temporadas de F-1, obteve 23 vitórias; 24 poles e 60 pódios.

Em respeitos aos seus inúmeros fãs, Piquet deveria pedir desculpas por ter, num ato falho, ofendido o não menos brilhante tricampeão de F-1, Ayrton Senna do Brasil...


02 de agosto de 2015
Luís Olímpio Ferraz Melo é psicanalista e advogado

NA CONTA DO CONTRIBUINTE... ESTE É O NOSSO CONGRESSO!

DEPUTADOS FEDERAIS GASTAM R$1 MILHÃO EM RESTAURANTES ENTRE FEVEREIRO E JUNHO

PLENÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS. FOTO: LUIS MACEDO/AGÊNCIA CÂMARA


A crise na economia não afetou a dieta de engorda, na Câmara dos Deputados. De fevereiro a junho deste ano, o 513 deputados federais gastaram quase R$ 1 milhão em restaurantes ou exatos R$ 968,5 mil. Toda essa dinheirama foi ressarcida pela Cota de Auxílio de Atividade Parlamentar (Ceap). Para efeito de comparação, o valor gasto por suas excelências seria suficiente para comprar 2,46 mil cestas básicas.

Tamanho é o apetite dos deputados que uma cesta básica em São Paulo, a mais cara do Brasil, custava, em junho, R$ 392,77.

Numa comparação com igual período do ano passado, quando suas excelências gastaram R$ 813,8 mil, o aumento foi de 19%.

Os dados foram compilados pelo ativista Lúcio Batista, o Lúcio Big, da Operação Política Supervisionada (OPS).

Os valores levantados não levam em consideração os gastos dos senadores. “O Senado dificulta o acesso aos dados”, diz Lúcio Big.



02 de agosto de 2015
diário do poder

MINISTRO DA DEFESA CHAMA ROJÃO NO INSTITUTO LULA DE "ATENTADO TERRORISTA"




Jacques Wagner é o ministro da Defesa do Brasil. Ele aproveita um factóide para esconder o escândalo que emerge da compra de submarinos franceses, com suspeitas de superfaturamento, contratação fraudulenta sem licitação, projeto que teve a sua participação desde o início. Isso sim pode virar mais um ato terrorista contra os cofres públicos. Resta saber se o ministro da Defesa fala em nome das FFAA ou apenas como mais um baba-ovo de Luiz Inácio Lula da Silva.

02 de agosto de 2015
in coroneLeaks

MPF ARQUIVA TENTATIVA DE RETALIAÇÃO DE LULA CONTRA PROCURADOR QUE O ACUSA DE TRÁFICO DE INFLUÊNCIA INTERNACIONAL


O PAVÃO E OS SEUS PÉS...
(Folha) A Corregedoria do Conselho Nacional do Ministério Público arquivou nesta sexta (31) reclamação do ex-presidente Lula contra o procurador da República Valtan Timbó. Ele havia determinado abertura de investigação contra o petista por suspeita de tráfico de influência em favor da Odebrecht. Para o órgão, a ação do procurador não foi irregular. Cabe recurso da decisão.

02 de agosto de 2015
in coroneLeaks

UM BRASILEIRO DE VALOR


O procurador da República Deltan Dallagnol alerta que o Brasil precisa reconhecer que a corrupção não é um problema de um partido ou de um governo. “Ela é sistêmica”, afirma. Ele condena a partidarização do discurso “ou a crença ilusória” de que o País vencerá os malfeitos com a mudança de governos ou partidos. “Precisamos de sistemas e instituições saudáveis. A história nos mostra que a corrupção não tem cor ou partido.”

Deltan Dallagnol integra a força-tarefa da Operação Lava Jato, a mais explosiva ação integrada do Ministério Público Federal e da Polícia Federal já deflagrada contra desvios de recursos públicos – o núcleo central da organização criminosa assumiu o controle de contratos bilionários da Petrobrás e distribuiu propinas a políticos e partidos durante uma década.

Deltan Dallagnol assumiu uma cruzada sem precedentes na história de sua Instituição. Ele quer o que chama de ‘um País mais justo’. “A corrupção sangra o nosso País”, adverte.

Sua meta, e a de seus pares no Ministério Público Federal, é levar ao Congresso um projeto de lei que contemple dez medidas contra a corrupção. O desafio é enorme: “Precisamos de um milhão e meio de assinaturas para que essas ideias se transformem em um projeto, assim como a Ficha Limpa.”

Eis as dez medidas que Deltan Dallagnol prega, endossadas pela Procuradoria-Geral da República:

1) PREVENÇÃO À CORRUPÇÃO, TRANSPARÊNCIA E PROTEÇÃO À FONTE DE INFORMAÇÃO

2) CRIMINALIZAÇÃO DO ENRIQUECIMENTO ILÍCITO DE AGENTES PÚBLICOS

3) AUMENTO DAS PENAS E CRIME HEDIONDO PARA CORRUPÇÃO DE ALTOS VALORES

4) AUMENTO DA EFICIÊNCIA E DA JUSTIÇA DOS RECURSOS NO PROCESSO PENAL

5) CELERIDADE NAS AÇÕES DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA

6) REFORMA NO SISTEMA DE PRESCRIÇÃO PENAL

7) AJUSTES NAS NULIDADES PENAIS

8) RESPONSABILIZAÇÃO DOS PARTIDOS POLÍTICOS E CRIMINALIZAÇÃO DO CAIXA 2

9) PRISÃO PREVENTIVA PARA ASSEGURAR A DEVOLUÇÃO DO DINHEIRO DESVIADO

10) RECUPERAÇÃO DO LUCRO DERIVADO DO CRIME


Leia entrevista no Estadão

02 de agosto de 2015
in coroneLeaks

O ESQUEMA CATTA PRETA ESTAVA NA CARA E O BLOG ACERTOU EM CHEIO


No dia em que Mônica Bergamo anunciou que a advogada dos delatores esta desistindo da profissão e indo morar em Miami, este blog avisou pelo twitter: está sendo montado um esquema para que a advogada acuse que está sendo ameaçada de morte por EC. Foi o que aconteceu, pois os petistas são previsíveis e suas patranhas ficaram velhas. É uma quadrilha anos 90 lutando contra uma força tarefa 3.0. Leia abaixo matéria da Globo.

O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), anunciou que determinará à Procuradoria Parlamentar da Casa que acione a advogada Beatriz Catta Preta na Justiça. Será feita uma interpelação judicial para que a advogada esclareça que tipo de ameaça teria sofrido da CPI da Petrobras. “A sua acusação atinge a CPI como um todo e a Câmara como um todo, devendo ela esclarecer ou ser responsabilizada por isso. Determinarei a Procuradoria Parlamentar da Câmara que ingresse com a interpelação judicial semana que vem, independente da CPI”, afirmou Cunha em sua conta no Twitter.

Ele afirmou ainda ser uma obrigação da Câmara cobrar que Catta Preta esclareça as ameaças. Será pedido que ela informe por meio da interpelação judicial que ameaças sofreu e quem foi o autor. Catta Preta anunciou que abandonou a advocacia, em entrevista ao Jornal Nacional da TV Globo, após ter recebido “ameaças veladas” da CPI. Ela tomou a decisão depois de ser convocada pela comissão e um de seus clientes, o lobista Júlio Camargo, ter alterado seu depoimento em delação premiada passando a acusar Cunha de receber propina de US$ 5 milhões. O presidente da Câmara nega e afirma que Camargo foi pressionado pelo Ministério Público Federal a mudar o depoimento e acusá-la.

Cunha também usou sua conta no Twitter para questionar as afirmações do governo sobre uma “pauta bomba” que estaria sendo preparada por ele no Congresso para a volta do recesso parlamentar, a partir da próxima semana. Cunha afirmou que a pauta é definida com os líderes partidários e afirmou que o Congresso não pode ser culpado pela crise econômica fazendo críticas ao governo por não ter cortado gastos.


“Não é culpa do Congresso a paralisia da economia, a recessão, os juros elevados e a queda de arrecadação pela situação de descontrole. O governo não cortou gastos, só reduziu os investimentos e poderia ter reduzido ministérios e os cargos de confiança da sua máquina. Mesmo que a economia disso não fosse tão significante, o exemplo seria um importante sinal para a sociedade”, escreveu.


Cunha disse ter consciência do momento de crise econômica e pautar sua atuação por posições contrárias ao aumento de gastos públicos. Afirmou que foi definida com os líderes a pauta das próximas semanas, que incluem a mudança no índice de correção do FGTS e a proposta que dá autonomia à defensoria pública, propostas que são vistas pelo governo como negativas por ampliarem os gastos “A tentativa de colocar nas minhas costas uma chamada pauta bomba para prejudicar as contas públicas não tem o menor sentido”, disse. “Todas as matérias são levadas antes ao colégio de líderes” complementou.


Cunha afirmou que como presidente não vota nas matérias e ressaltou que no caso do reajuste do Judiciário, vetado por Dilma, não houve nem votação em plenário porque o governo não recorreu da derrota sofrida na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara.

02 de agosto de 2015
in coroneLeaks

RENATO DUQUE CONTRATA ADVOGADO PARA FAZER DELAÇÃO PREMIADA



Duque, em dezembro, quando deixava a carceragem da PF em Curitiba. | Aniele Nascimento/Arquivo/Gazeta do Povo
Ligado ao PT, Duque vai dar as informações que ainda faltam
A família do ex-diretor de Serviços da Petrobras, Renato Duque, contratou oficialmente o escritório do advogado Marlus Arns, de Curitiba, para que ele negocie com a Polícia Federal (PF) e o Ministério Público Federal (MPF) os termos de um acordo de delação premiada.
Segundo o próprio advogado, que conduziu a delação dos ex-executivos da Camargo Corrêa, Eduardo Leite e Dalton Avancini, as reuniões de Duque com o MPF ainda não ocorreram, mas as conversas devem ser iniciadas a partir da próxima semana. O ex-diretor está preso, em Curitiba, desde março deste ano. Os atuais advogados de Duque, Alexandre Lopes e Renato de Moraes, devem deixar o caso.
Duque apresentará aos investigadores uma lista de temas sobre os quais estaria disposto a contribuir com informações para a força-tarefa que investiga corrupção na Petrobras. Para que a delação seja aceita, o ex-diretor deve apresentar colaborações para as ações penais e inquéritos em curso, que o envolvem diretamente, mas também apresentar novos fatos que ajudem a PF e o MPF a apurar crimes de corrupção envolvendo a estatal. Em troca, o dirigente teria sua pena reduzida, em caso de condenação.
INDICADO POR DIRCEU
Apontado por petistas como diretor indicado pelo ex-ministro José Dirceu para o cargo, o que o ex-ministro nega, Duque é acusado de chefiar um dos grupos que fraudava licitações em benefício de empresas que pagavam propina a ele e ao PT. Sua relação com o esquema de corrupção na estatal foi denunciado por seu ex-braço direito e um dos delatores da Lava-Jato, o ex-gerente de Engenharia Pedro Barusco.
Na sexta-feira, a Justiça Federal aceitou denúncia contra Duque e os empresários Júlio Camargo e João Antônio Bernardi, por crimes como corrupção ativa e passiva e lavagem de dinheiro.
###

NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – É o começo do fim. Com a delação premiada de Duque e o envolvimento de Erenice Guerra e dos irmãos de Mercadante e Palocci, o castelo de Dilma Rousseff não tarda a desmoronar.(C.N.)
02 de agosto de 2015
Thiago Herdy
O Globo

FORÇA-TAREFA COMEÇA A CHEGAR NA INTIMIDADE DE DILMA ROUSSEFF



Demitida por corrupção, Erenice continua mandando no governo
Sensacional a reportagem-denúncia de Claudio Dantas Sequeira, o grande repórter da revista IstoÉ, cujos principais trechos transcrevemos aqui na Tribuna da Internet este sábado. Já havíamos afirmado diversas vezes que as investigações logo chegariam mais diretamente à presidente Dilma Rousseff, assim que a força-tarefa entrasse na segunda fase da Operação Lava Jato e passasse a devassar o setor de geração de energia.
Há algumas semanas, no concorrido almoço de sábado no restaurante Paz & Amor, em Ipanema, que reúne intelectuais e boêmios, não se falava em outra coisa no grupo comandado pelo advogado Celso Serra, em frente à mesa do casal Ruy Castro e Heloisa Seixas. As informações eram de que a força-tarefa logo pegaria Valter Cardeal, o homem de Dilma Rousseff que concentra o poder na Eletrobras.
Chegamos a tocar no assunto algumas vezes, o próprio Celso Serra escreveu a respeito aqui no blog, e agora as informações se confirmam, segundo a matéria de Claudio Sequeira, mostrando que logo nas primeiras investigações já foi possível começar a desbaratar as quadrilhas (são várias, mas todas com um pé dentro do Planalto). Na área nuclear, por exemplo, o esquema foi formado em 2007, quando a então chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, formou um comitê (coordenado por ela) para conclusão das obras da usina nuclear de Angra 3, paralisadas nos anos 80. No comando da empreitada, o presidente da Eletronuclear, almirante Othon Pinheiro da Silva, que agora foi o primeiro a ser preso.
DENTRO DO PLANALTO
“Ao mergulhar no setor elétrico, a PF vai bater na porta do Palácio do Planalto. Não há um só projeto no setor elétrico que Dilma não tenha acompanhado de perto. Se como presidente do Conselho da Petrobras a presidente alega que não tinha informações completas sobre o que acontecia na estatal, dificilmente poderá dizer que desconhecia os rolos em Angra 3 ou na usina de Belo Monte, os dois maiores investimentos do governo em geração de energia. Em ambos os casos, os investigadores já têm indícios de envolvimento de gente de confiança da governante petista”, assinalou o jornalista da IstoÉ.
Como se sabe, a Odebrecht domina os investimentos da Marinha, enquanto o consórcio construtor de Belo Monte é liderado pela Andrade Gutierrez em parceria com Odebrecht, Camargo Correa, Queiroz Galvão e OAS, as mesmas do clube do bilhão, além de outras cinco menores.
E os participantes da fez vão aparecendo. A força-tarefa já chegou ao envolvimento da “consultora” Erenice Guerra, a melhor amiga de Dilma. A ex-ministra atuava com o advogado Joaquim Guilherme Pessoa e o empresário Marco Antonio Puig, ligado à empresa LWS, envolvida numa investigação de fraudes em contratos de informática nos Correios. E Puig operava com o diretor da Eletrobras Valter Cardeal, outro apadrinhado de Dilma.
FUNDOS DE PENSÃO E CARF
A PF sabe que integrantes do esquema atuavam também em fundos de pensão e acertos para a anulação de multas fiscais no Carf (Conselho Administrativo de Recursos Fiscais), que já é alvo de outra operação. Erenice, dizem os investigadores, também agia na comercialização de energia. Ela chegou a se associar informalmente ao ex-ministro de Minas e Energia Silas Rondeau e ao lobista Alexandre Paes dos Santos, no Instituto de Desenvolvimento de Estudos e Projetos Econômicos.
Segundo um procurador da Lava Jato, o caso da usina de Belo Monte, orçada em R$ 30 bilhões,se relaciona diretamente com o de Angra 3, de acordo com a planilha do doleiro Alberto Youssef  e com a delação premiada do ex-presidente da Camargo Corrêa, Dalton Avancini, que citou como um dos beneficiários do esquema o diretor da Eletronorte Adhemar Palocci, irmão do ex-ministro Antonio Palocci e que já pediu licença do cargo.
Outro foco de irregularidades na área sob controle de Othon é o projeto do submarino nuclear, o Prosub. A Odebrecht foi escolhida pela Marinha para construir o estaleiro, mas não houve licitação. Esse negócio foi conduzido por outro militar, o coronel Oswaldo Oliva Neto, irmão do ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante. A investigação do MPF reúne indícios de que Oliva Neto possa ter atuado como operador de Mercadante, que ao assumir a pasta de Ciência e Tecnologia pressionou para a realização de uma nova licitação para Angra 3.
Bem, isso é apenas o começo da investigação sobre o setor elétrico, que tem ramificações dentro do Palácio do Planalto e abrange até a intimidade de Dilma Rousseff, porque em Brasília todos sabem da inabalável amizade que une a presidente e a ex-ministra Erenice Guerra, que hoje comanda a mais bem-sucedida consultoria do Distrito Federal (e onde se lê “consultoria”, por favor entenda-se como “tráfico de influência”).

02 de agosto de 2015
Carlos Newton

INVESTIGAÇÃO SOBRE PIMENTEL E O AMIGO BENÉ CHEGA AO BNDES



Bridge, em inglês, significa ponte. Localizada em Brasília, a Bridge Participações é propriedade do empresário Benedito Rodrigues de Oliveira Neto, o Bené, amigo de Fernando Pimentel (PT), governador de Minas Gerais. Um ótimo amigo: já emprestou avião e pagou R$ 12 mil para Pimentel e a mulher passarem férias num resort na Bahia. Pimentel e Bené são investigados pela Polícia Federal, na Operação Acrônimo, por lavagem de dinheiro – e por suspeita de, justamente, fazer uma ponte. Entre empresas que desejam empréstimos no BNDES e o próprio BNDES. Bené é o principal caminho para a PF investigar a caixa-preta do banco estatal e deve ser um dos focos da CPI do BNDES, a ser instalada no próximo dia 5 na Câmara dos Deputados.
Época obteve cópias de notas fiscais da Bridge e de outra empresa de Bené, a BRO. A história das notas fiscais é repleta de coincidências, envolvendo as duas empresas e seu dono, a montadora Caoa, que fabrica e revende carros da sul-coreana Hyundai no Brasil, e Fernando Pimentel – que, antes de ser governador de Minas, era ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Pasta a que o BNDES é subordinado. Para a polícia, nem sempre coincidências são meras coincidências.
Em fevereiro de 2012, o BNDES financiou a construção de uma fábrica da Hyundai em Piracicaba, São Paulo, por R$ 218 milhões. Ainda em 2012, o governo lançou o programa Inovar Auto, como forma de modernizar a indústria automobilística em troca de isenções fiscais. Em 2013, a montadora foi habilitada para iniciar a produção do veículo ix35, além de importar carros com desconto no IPI. Uma das portarias assinadas por Pimentel autoriza a importação de 2 mil veículos. Uma das principais apostas da Caoa, a linha de produção do ix35 foi inaugurada em 17 de outubro de 2013, com a participação de Pimentel.
Na ocasião, o fundador da Caoa, Carlos Alberto de Oliveira Andrade, deixou claro qual era a importância da relação com o governo. “O Inovar Auto é que viabilizou esse nosso investimento de mais de R$ 600 milhões”, afirmou Andrade. É nesse ponto da cronologia que entram as notas fiscais a que Época teve acesso.
NOTAS FISCAIS
De acordo com elas, a Caoa repassou R$ 2,21 milhões às duas empresas de Bené, Bridge e BRO, entre outubro de 2013 e junho de 2014. Um desses depósitos, no valor de R$ 240 mil, foi realizado no dia 22 de outubro, cinco dias depois do discurso de Carlos Alberto e da visita de Pimentel à fábrica.
Um dos fatores a despertar a curiosidade era a natureza dos serviços prestados, sempre extremamente vaga. De acordo com uma das notas fiscais obtidas pela reportagem,  “estudo de processo produtivo usando como meio de pesquisa a internet”. O que significa isso? Procurar no Google? Talvez algo mais, pelo preço: R$ 265 mil. Outra nota segue a mesma lógica. “Estudo e planejamento de ações usando ferramentas tecnológicas existentes no mercado.”
Bené, denunciado na quinta-feira, dia 30, pelo Ministério Público Federal por desvio de R$ 2,9 milhões em 14 contratos irregulares para a realização de eventos do Ministério das Cidades no período de 2007 e 2009, agora se revela um expert no uso de “ferramentas tecnológicas”. Segundo a Caoa, foram as empresas – de mesmo dono, vale dizer – que “ofereceram propostas de prestação de serviços, como é usual no mercado”.
SEM COMPROVANTE
A Caoa não mostrou qualquer comprovante dos serviços prestados. A montadora afirma ainda que foram feitos estudos mercadológicos e estratégias comerciais no setor automobilístico.
Tanto Bridge quanto BRO, constatou a PF, são empresas de fachada. A BRO tem como sócios Bené e seu filho Paulo, de 21 anos. A empresa divide endereço com outras firmas do empresário, todas na lista de investigadas no inquérito da Operação Acrônimo. Bené é suspeito de fazer “confusão patrimonial” e ser o operador de Pimentel. Assim escreveu a PF:  “Fernando Pimentel seria o chefe da organização criminosa operada financeiramente por Benedito, grupo criminoso especializado em lavagem de capitais oriundos de desvio de recursos públicos e aplicação de parte dos valores branqueados em campanhas. Pimentel teria recebido diretamente vantagem ilícita em razão do cargo então ocupado”.
CORRUPÇÃO NO BNDES
Os repasses para a Bridge e BRO são o terceiro indício para uma mesma suspeita da PF: os incentivos do BNDES e do Ministério do Desenvolvimento podem ter sido facilitados por repasses a Fernando Pimentel. A mulher de Pimentel, Carolina Oliveira, é uma das principais suspeitas, junto com Bené. Ela recebeu R$ 236 mil da Pepper, que prestou serviços ao BNDES. E recebeu outros R$ 2,5 milhões do consultor Mário Rosa, que prestava serviço a empresas que receberam financiamentos do BNDES. Agora, ÉpocaA revela um novo caminho do dinheiro, por meio de Bené. O empresário, aliás, já era investigado por lavagem, depois de ter sido pego com R$ 113 mil em seu avião, durante a eleição do ano passado. Também é denunciado pelos desvios nos contratos com o Ministério das Cidades. Faltava, contudo, desvendar como Bené ganhava dinheiro ligado à atuação de Pimentel no governo. Os documentos revelados por Época fornecem novas pistas nesse sentido. O caso, em razão de Pimentel ser governador, é investigado no Superior Tribunal de Justiça.

02 de agosto de 2015
Filipe Coutinho e Murilo Ramos
Época