"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sexta-feira, 28 de agosto de 2015

A CUMPLICIDADE NEGADA

URGENTE! PIXULECO SOFRE ATENTADO EM SP



O boneco inflável gigante de Lula, já apelidado de “Pixuleco” em alusão a esse neologismo criado pelo tesoureiro do PT, Vaccari Neto, para designar a ‘propina’ que colhia dos empresários para o partido, acaba de sofrer um “atentado”. Segundo informa o site O Antagonista, o “Pixuleco”f oi esfaqueado por uma mulher ainda não identificada e tombou sobre o Viaduto do Chá, no centro de São Paulo, como mostra o vídeo acima.
Nota-se que os bate-paus do ciclístico prefeito Haddad, do PT, está por perto. O atentado parece que foi “encomendado”. 
Pixuleco foi notícia em praticamente todos os portais de mídia desta sexta-feira, tendo amanhecido sobre a Ponte Estaiada, emblema da capital paulista.
Entretanto, enquanto o Lula de carne e osso é um simples mortal como todos nós, o Pixuleco é imortal, já que pode ser revivido com uma simples sutura à base de plástico e uma goma de alta aderência.
Todavia a tentativa de “assassinato” do Pixuleco no centro da maior cidade do Brasil e uma das maiores do mundo, já é pauta para a imprensa internacional. Além disso é motivo suficiente para a abertura de inquérito policial.
Peguem eles!!!

28 de agosto de 2015
in aluizio amorim

JAMAIS VI NOSSO PAÍS SER DISSECADO EM PÚBLICO E COM AFIADA DISPOSIÇÃO

Jamais vi nosso país, como se fosse um cadáver putrefato, ser dissecado em público e com afiada disposição de extirpar e punir a corrupção que se apossou dele há muitos anos. Mesmo assim, embora ciente, como você, leitor, dos tumores que surgem a cada dia, não é fácil, repito, tomar posição em meio a esse indevassável cipoal de subterfúgios e mentiras em que se meteram os envolvidos, políticos ou não. De uma coisa, porém, tenho certeza: não se pode aceitar, em nenhuma hipótese, como solução para a grave crise sob a qual sucumbimos, qualquer tentativa de golpe contra nossas instituições democráticas, duramente conquistadas ao longo dos últimos 25 anos. Da minha parte, não teria saúde para suportar mais uma porretada dentre tantas que foram desferidas contra minha geração. Não quero enumerá-las, mas apenas dizer que assisto a esse trágico filme há mais de meio século. Um horror!

Nada disso, porém, tem a ver com o péssimo governo da presidente Dilma, que, desde o início do primeiro mandato, tanto política quanto economicamente, traçou o que seria o seu fim, mas, sobretudo, o que seria o início do segundo – um desastre, simplesmente. Um enorme desastre, que, de maneira nenhuma, pode ser imposto aos brasileiros, que, desde junho de 2013, descobriram o palco das ruas.

Depois, então, dessa sua última entrevista, concedida a três jornais brasileiros, quando, ao tentar fazer um mea-culpa nada convincente, para não dizer mentiroso – “Errei ao ter demorado tanto a perceber (no ano passado) que a situação era mais grave” –, anunciou inútil corte de ministérios, a presidente perdeu até mesmo o respeito a que lhe deveria pelo honroso cargo que ocupa. Na realidade, ao dizer que errou, acolheu, tardiamente, o conselho do ex-presidente Fernando Henrique, embora, na entrevista, o tenha considerado “solução fácil”.

Quando, em 2014, rejeitou a proposta da oposição de reduzir, substancialmente, o número de ministérios, a presidente deu o seguinte troco, ao exclamar assim: “Quero saber qual ministério e quem vai fechar! Essas secretarias poderiam ter outro status? Poderiam. Não perceber a importância do status é uma cegueira tecnocrática!”. Pois bem. A presidente Dilma passou a ocupar, com honra e gala, o primeiro lugar da lista de “cegos tecnocráticos” (ou mentirosos tecnocráticos?).

Mas a nova presidente Dilma, a do mea-culpa retardatário, se superou mesmo ao afirmar que ficou “completamente surpreendida” quando soube que militantes do PT se envolveram no megaesquema de corrupção descoberto na Petrobras. E disse isso depois de defender o ex-presidente Lula: “Não acho correto o que fazem com ele. Quero manifestar em alto e bom som que não concordo. Acho que tentam diminuí-lo, tentam envolvê-lo. Passam de todos os limites”.

O ex-presidente Lula, que Dilma defende, é o mesmo que, depois de se dizer traído no episódio do mensalão (“por práticas inaceitáveis das quais nunca tive conhecimento”), apresentou várias versões: tratou-o como tentativa de golpe contra o seu governo, como farsa, para, depois, afirmar que o mensalão foi invenção da oposição.

Estamos diante de quatro alternativas: da renúncia (um gesto de grandeza que a presidente, a meu ver, jamais terá); da desaprovação, pelo TSE, das suas contas de campanha; da desaprovação, pelo TCU, das contas do seu governo; ou, enfim, da sua desastrosa permanência na Presidência por três anos e quatro meses.

A última precisa, mais que tudo, da ajuda de Deus.


28 de agosto de 2015
Acílio Lara Resende

A GRANDE FARSA ACABOU. O RESTO AGORA É COM A OPERAÇÃO LAVA JATO...




PODE-SE ENGANAR A TODOS POR ALGUM TEMPO...

PODE-SE ENGANAR ALGUNS POR TODO O TEMPO...


MAS NÃO SE PODE ENGANAR A TODOS POR TODO O TEMPO!!

(Abraham Lincoln)


Ratos roendo a bandeira do Brasil - Engraçado ... - YouTube

www.youtube.com/watch?v=fPGk3dAUnCc

PESADELO DA CORRUPÇÃO




"Brasil assombrado por mais um pesadelo da corrupção".

É a manchete do Financial Times, que associa Dilma Rousseff a Fernando Collor:
Impeachment Já!

28 de agosto de 2015
O Antagonista

UMA VERDADEIRA AMEAÇA PARA ACABAR COM O QUE RESTA DO BRASIL...

Inflado, como sempre, Lula ameaça voltar em 2018. Se a Justiça permitir, que volte!

“Não posso dizer que sou, nem que não sou [candidato]. Sinceramente, espero que tenha outras pessoas para serem candidatas. Agora, uma coisa pode ficar certa. Se a oposição pensa que vai ser candidata e que vai ganhar, que não vai ter disputa e que o PT está acabado, ela pode ficar certa do seguinte: se for necessário, eu vou para a disputa e vou trabalhar para que a oposição não ganhe as eleições.”
Eis Lula, numa entrevista à Rádio Itatiaia, em Montes Claros, no norte de Minas Gerais.
Maravilha! Se a Justiça permitir, Lula, dispute mesmo! O povo brasileiro não vê a hora!
O ego de Lula é mais inflado do que aquele boneco…

28 de agosto de 2015
Por Reinaldo Azevedo


NOTA AO PÉ DO TEXTO

E diga-se de passagem, que o marketing político já está feito! É só manter o "bonecão"  nas capitais, deixando ele balançar de um lado para o outro ao sabor dos ventos... 
m.americo

SÓ BANQUEIROS E EMPRESÁRIOS NÃO QUEREM O IMPEACHMENT. É O PATRIMONIALISMO EM ESTADO BRUTO



Em texto publicado hoje no Estadão ("Banqueiros, empresários e colunistas"), Fernando Gabeira comenta a conversinha anti-impeachment dos legítimos representantes do patrimonialismo. Se eles não querem mudança, é porque ganham alguma coisa com a corrupção. Trocando em miúdos: são cúmplices.

Banqueiros, empresários e colunistas têm se pronunciado contra o impeachment de Dilma. Faltam elementos, dizem alguns. Ainda faltam, dizem outros mais cautelosos.
O próprio New York Times chegou a essa conclusão, com o mesmo argumento: não há motivo. Creio que essa convicção possa evoluir quando analisarmos todas as pontas da investigação.
O quadro geral desenha um governo que utilizou um esquema criminoso para se manter no poder. Mas quadros gerais não bastam. O ministro Gilmar Mendes foi o primeiro a juntar as pontas que revelam o caminho do impeachment: contas de campanha. A vulnerabilidade de Dilma fica clara quando o turbilhão de informações fragmentadas começa a tomar corpo.

De fato, não basta ver a Petrobrás em ruínas, destroçada pelo governo petista nem saber que o partido recebeu milhões das empreiteiras da Lava Jato. O senso comum ligaria as propinas à campanha milionária de Dilma.

Mas é preciso mais. Um dos empreiteiros, Ricardo Pessoa, da UTC, doou R$ 7,5 milhões à campanha de Dilma, por intermédio do tesoureiro, Edinho Silva. E não foi por amor à causa, mas medo de perder seu negócio milionário com o governo.

Nas anotações de Marcelo Odebrecht há menção às contas na Suíça que poderiam aparecer na campanha de Dilma. As contas existem e eram usadas para pagar propinas.

Descendo um pouco mais a escada, Gilmar Mendes encontrou inúmeros indícios de ilegalidades na campanha de Dilma. Só uma empresa que tem um motorista como sócio recebeu R$ 24 milhões da campanha de Dilma. A empresa chama-se Focal. Está sendo investigada e parece que uma cirúrgica troca de letra, pode definir melhor a natureza de seu negócio.

Por que todos esses fatos encadeados ainda não motivaram uma investigação do Ministério Público? Talvez fosse impossível para Rodrigo Janot viver a contradição de investigar Dilma e, simultaneamente, colocar sua própria confirmação como procurador-geral nas mãos dela. Como possivelmente será difícil investigá-la depois de ter seu nome confirmado por ela. Mas agora é diferente.

Janot está sendo acionado por um ministro do Supremo que, como o senso comum, acha que existe uma relação entre o assalto à Petrobrás e a campanha de Dilma. Só que Gilmar, como outros observadores, acha isso a partir de indícios, depoimentos, que só não convencem porque ainda são tratados fragmentariamente. Gilmar é ministro do TSE e aponta o caminho real, unificando os indícios, mostrando a leviandade de ignorar os dados da Lava Jato num julgamento desses.

Os ventos legais conduzem ao impeachment, assim como os clamores da rua. O impeachment, dizem alguns, seria traumático: instrumento muito raro e já aparece duas vezes numa jovem democracia. Mas que outra maneira tem a jovem democracia senão aplicar a lei?

Outro argumento é que duas quedas num curto espaço de tempo deformariam o eleitorado, que passaria a votar de forma irresponsável, contando sempre com o impeachment. É uma tese discutível. Ela serviria também para anular a utilidade do instituto do recall político, que existe desde o início do século 20 nos Estados Unidos.

A base legal do impeachment sairá da análise cruzada das contas de Dilma com os dados da Lava Jato e toda essa indústria de notas frias de gráficas inexistentes e empresas de fachada. Os fatos estão aí e a história de que foram doações legais não resolve o problema. Tornar legal dinheiro obtido em esquema de corrupção é pura lavanderia.

Quando todas as peças se encaixarem e a evidência emergir, pode ser ainda que muitos prefiram a continuidade de Dilma. Mas aí será outra discussão.

Estamos no auge de uma crise econômica e política. A realidade exterior nos surpreende com notícias negativas, como os sobressaltos na China, com possível repercussão aqui. E se olharmos para um quadro mais amplo, o clima, veremos que se espera-se um El Niño intenso este ano. Isso significa grandes problemas, como os que tivemos em 1988. Incêndios no Norte, inundações no Sul. O El Niño não tem o peso das questões urgentes do momento. Mas os analistas, quando Dilma assumiu, disseram que ela enfrentaria uma tempestade perfeita. Ainda não contavam com o El Niño, a tempestade das tempestades.

Diante de um quadro econômico, político e climático tão adversos, supor que uma presidente detestada pela maioria, sem apoio no Congresso, é a mais indicada para conduzir o País é a opção pelo imobilismo. E em termos nacionais é hora de se mover, não de ficar parado.

Não se fala mais que impeachment é golpe. Apenas que não há motivo para o impeachment. É positivo, porque esse debate popularizou o texto da Constituição, que prevê o impeachment.

O argumento de agora tem uma outra natureza: o impeachment é um instrumento legal, mas não há motivo para ele. Quando se der a ligação das evidências esparsas, o argumento de que não há motivo dará lugar ao medo de traumas para a estabilidade dos negócios. Aí talvez debate seja mais fácil. Nossa experiência histórica mostra que não dói tanto assim. Os que pedem um Fiat Elba de Dilma vão se deparar com verbas que dariam para comprar muitas Ferraris e Lamborghinis.

Será uma discussão simples: aplicar ou não aplicar a lei. A escolha de não aplicá-la, essa, sim, pode abalar os alicerces de nossa convivência democrática. E nos afundar numa crise desesperadora. O ministro Celso de Mello tem razão quanto aponta uma delinquência institucional mascarada de política. Conviver com a impunidade nesse nível é humilhante para os brasileiros. Eles saberão voltar às ruas, nos momentos adequados.

Nesta semana Dilma e Lula foram lembrados com frases de protesto no rodeio de Barretos. Não aprovo os termos do protesto, mas eles revelam como se espalha a rejeição.

Quem valoriza o equilíbrio no Brasil de hoje tem de perceber, como um ciclista, que ele depende do movimento. Parados, vamos todos cair no chão, embora uma queda de banqueiros e empresários seja suavizada pelos bolsos acolchoados.



28 de agosto de 2015
Fernando Gabeira, in Orlando Tambosi

DILMA CORTARÁ APENAS 3% DOS CARGOS EM COMISSÃO QUE ELA E LULA CRIARAM

Foto: Wilson Dias / Agência Brasil
Foto: Wilson Dias / Agência Brasil
Já mostramos aqui a confissão do líder do PT na Câmara, Sibá Machado: ele disse que o corte anunciado será mais “simbólico” do que efetivamente financeiro. Também trouxemos a análise da BBC demonstrando isso.
Pois bem, agora é a vez do jornalista Fernando Canzian, da Folha, que revela o seguinte:
“Lula e Dilma fizeram explodir em seus mandatos o total de funcionários na administração pública federal. Juntos, os dois contrataram 129.641 servidores concursados (elevando o total para 615.621). Já o pessoal em cargos, funções de confiança e gratificações aumentou em 32.052 (para 99.850; +47%). Depois de qualificar como “lorota” o plano da oposição na campanha eleitoral para reduzir ministérios, Dilma anuncia sem detalhamento que pode eliminar dez deles (de 39). E mil cargos de confiança. Ou seja, cortaria só 3% dos mais de 32 mil novos cargos, funções de confiança e gratificações que ela e Lula criaram.” (grifos nossos)
Eis o “corte”: dos mais de 32 mil cargos em comissão criados por Lula e Dilma, apenas mil serão cortados. Ou seja: de cada 100 cargos de comissão que eles criaram, apenas cerca de 3 serão cortados, outros 97 continuarão.
Muita cara-de-pau.
28 de agosto de 2015
implicante

O LHAMA DE FRANJA AMEAÇA O BRASIL DEMOCRÁTICO

O Lhama de Franja certamente imagina que todos os brasileiros são tão poltrões quanto os governos paridos pelo lulopetismo




Ainda entrincheiradas nas discurseiras dos integrantes dos comandantes, e portanto invisíveis, as tropas formadas por lavradores que nunca viram uma foice fora dos desfiles do MST e pelegos que suam a camisa apenas no bailão da CUT acabam de ganhar o aliado internacional que merecem guerreiros que só conseguem matar de rir.

Na semana passada, o chefe supremo Lula, o marechal de campo João Pedro Stédile e o general Vágner Freitas festejaram a entrada das Forças Armadas da Bolívia na ofensiva retórica contra os inimigos da República do Pixuleco.

“Ouvi dizer que no Brasil há um golpe de Estado contra a companheira Dilma, contra Lula e o PT”, diz Evo Morales no vídeo que registra a iminente mobilização dos batalhões cucarachas. “Irmãos comandantes, oficiais das Forças Armadas do Brasil, enviem o meu recado à sua comandante: não vamos permitir golpes de Estado no Brasil nem na América do Sul nem na América Latina.

Vamos defender as democracias. E pessoalmente, agiremos para defender Dilma, presidente do Brasil, para defender o Partido dos Trabalhadores”.

É compreensível que Morales vislumbre conspirações e quarteladas até em eleição na Dinamarca. Desde a independência consumada em 1825, ocorreram na Bolívia nada menos que 189 golpes de estado ─ um recorde que reduziu a dois anos, em média, a permanência de um chefe de governo no Palácio Quemado.

Quem nasce naquelas paragens se torna ainda no berço num doutor em golpe de estado e num analfabeto em democracia. Até os bebês de colo sabem que a turma que chegou ao poder à bala é muito mais numerosa que a eleita nas urnas.

Os tiroteios domésticos foram tantos e tão frequentes que não sobrou tempo para que aquela gente permanentemente empenhada em ganhar mais uma guerra civil aprendesse a vencer adversários estrangeiros.

Sempre que se meteu numa aventura beligerante, a Bolívia encolheu.

Em 1883, com a derrota na Guerra do Pacífico, perdeu para o Chile a faixa litorânea.

No começo do século 20, com a derrota na disputa fronteiriça, perdeu o Acre para o Brasil.

Em 1955, com o fiasco na guerra contra o Paraguai, perdeu três quartos do Gran Chaco.

Hoje mal chega a 1 milhão de quilômetros quadrados o que restou dos 2,5 milhões que tinha quando nasceu.

Um destacamento do Exército seria repelido pelo Tiro de Guerra caso tentasse invadir Taquaritinga. Por falta de litoral, a Marinha simula combates navais nas águas do Lago Titicaca. A frota da Força Aérea é menor que a de qualquer traficante de cocaína.

Se sabe que Bolívia é um Tabajara da América do Sul, e por isso mesmo vive evitando confrontos com cachorro grande, por que Morales resolveu intrometer-se no quadro político brasileiro?

Certamente por achar que todos os habitantes do País do Carnaval são tão poltrões quanto seus amigos do governo lulopetista.

Na cabeça do Lhama de Franja, o país de Lula e Dilma não passa de um grandão abobalhado, que mete o rabo entre as pernas assim que ouve latidos com sotaque bolivariano.

Em maio de 2006, por exemplo, Morales confiscou os ativos da Petrobras na Bolívia, ordenou aos funcionários da estatal que dessem o fora e aumentou ilegalmente o preço do gás comprado pelo Brasil.

Lula engoliu sem engasgos os desaforos.

Há meses, Dilma não deu um pio sobre a busca policial no avião em que o ministro da Defesa Celso Amorim, na pista do aeroporto de La Paz, aguardava autorização para a decolagem.

A procissão de atrevimentos, afrontas e provocações rotina da afronta vai acabar tão logo for sepultada a política externa da canalhice, uma das abjeções que tornam incomparavelmente repulsiva a era lulopetista, Evo Morales será devolvido ao seu lugar.

E a Bolívia será tratada pelo Brasil como mais um grotão que teima em enxergar um enviado dos deuses incas onde existe apenas outro vigarista destinado ao lixo da história.


28 de agosto de 2015
Augusto Nunes, Veja online

PF: 80% DO DINHEIRO DE DIRCEU FOI RECEBIDO POR FORA

APENAS R$ 1,4 MILHÃO DE R$ 7 MILHÕES PASSARAM POR CONTAS BANCÁRIAS

APENAS R$ 1,4 MILHÃO DE R$ 7 MILHÕES PASSARAM POR CONTAS BANCÁRIAS


Laudo da Polícia Federal aponta que 80% dos rendimentos declarados pelo ex-ministro José Dirceu não transitaram por suas contas bancárias e que, dos R$ 4 milhões que ele declarou ter obtido como rendimento dos serviços de consultor na JD Assessoria e Consultoria, apenas R$ 1 milhão passou por suas contas analisadas.

“Totalizando-se, no período analisado (2005 a 2013), a movimentação financeira esperada, obtém-se o montante de R$ 7.083.213,17, enquanto que a movimentação financeira efetiva alcança somente o montante de R$ 1.449.242,32", registra o Laudo de Exame Financeiro 1742/2015, da Polícia Federal. “Ou seja, a maior parte dos rendimentos declarados por José Dirceu de Oliveira e Silva não transitou por conta corrente.”

O laudo é de 20 de agosto e foi realizado pelos peritos criminais federais Fábio da Silva Salvador e Ivan Roberto Ferreira Pinto, a pedido do delegado Mário Adriano Anselmo. O documento foi anexado nesta quinta-feira, 27, ao inquérito que tem Dirceu e o irmão como alvos.

“Comparando-se, então, a movimentação financeira esperada com a movimentação financeira efetiva, observa-se que a movimentação financeira efetiva representa 20,46% da movimentação financeira esperada.”

Fora do governo Luiz Inácio Lula da Silva, em 2005, o ex-ministro passou a atuar na JD. A empresa recebeu entre 2005 e 2013 um total de R$ 29 milhões. Para a Lava Jato, a firma era usada para ocultar recursos de propina.

Os peritos afirmam no laudo que, com base nos valores declarados por Dirceu, entre 2005 e 2013 ele teria recebido R$ 4.056.040,84 de rendimentos isentos de tributação oriundos de lucros de sua empresa JD.

“Entretanto, no mesmo período, como se pode observar nos extratos das contas bancárias da empresa JD Assessoria e Consultoria, ocorreram transferências bancárias da empresa para o sócio José Dirceu de Oliveira e Silva no total de R$ 1.051.140 63. A diferença de R$ 3.004.900,21 não transitou em contas correntes disponíveis nesta análise”, informam os peritos.

O laudo indica ainda que, mesmo somando todos os saques em cartão (R$ 134.818,03), com cheques não identificados (R$ 2.033.328,62), “ainda assim não é possível identificar como a empresa transferiu seus lucros à pessoa de José Dirceu”.

O irmão de Dirceu também apresentou movimentação bancária inferior aos valores declarados. “A maior parte de seus rendimentos são isentos e não tributáveis, frutos de lucros e dividendos. No período analisado (2005 e 2013), Luiz Eduardo Oliveira e Silva declarou o total de R$ 761.130,03 de rendimentos isentos de tributação oriundos de lucro de sua empresa JD.”

Da mesma forma que ocorre com Dirceu, o valor transitado pelas contas do irmão são inferiores. “Neste mesmo período, como se pode observar nos extratos das contas bancárias da empresa JD ocorreram transferências bancárias da empresa para o sócio Luiz Eduardo no total de R$ 44.842,72. A diferença de R$ 716.287,31 não transitou em contas correntes disponíveis.”

IMÓVEIS

Os peritos tinham 12 itens específicos a serem respondidos, como origens dos valores movimentados em contas, saques em espécie, agências utilizadas, se há lastro para os imóveis declarados e a compatibilidade entre os valores de rendimentos declarados e as movimentações financeiras de Dirceu e seu irmão.

As aquisições imobiliárias declaradas no período não transitaram pelas contas bancárias dos investigados José Dirceu e Luiz Eduardo, bem como da empresa JD Assessoria e Consultoria”, informam os peritos. “Se os valores declarados como lucros auferidos com a empresa JD Assessoria não puderam ser comprovados, as aquisições imobiliárias estarão descobertas.”

"É possível observar que as declarações de Imposto de Renda de José Dirceu de Oliveira e Silva referentes ao exercício de 2005 e de 2013 apresentaram patrimônio a descoberto, ou seja, evolução superior à sobra financeira, que representou, respectivamente, 473,65% e 111,32%”, dizem os peritos.

O irmão de Dirceu, solto após dez dias de prisão temporária, tem novo depoimento marcado na PF no dia 31. Segundo o laudo, “é possível observar que a declaração de Imposto de Renda de Luiz Eduardo de Oliveira e Silva referente ao exercício de 2013 apresentou patrimônio descoberto, ou seja, evolução patrimonial superior à sobre financeira em 123,66%”. Neste ano, o ex-ministro estava condenado pelo mensalão e seria preso pela primeira vez.

O criminalista Roberto Podval, que defende José Dirceu, disse que ainda não leu o laudo da Polícia Federal, mas garantiu que nenhum documento pericial vai demonstrar incompatibilidades na evolução patrimonial do ex-ministro nem de seu irmão, Luiz Eduardo de Oliveira e Silva.

“Posso afirmar que não há nada de diferente ou de incompatível na evolução patrimonial de Dirceu e de seu irmão. A própria quebra do sigilo bancário (da JD Assessoria e Consultoria, de Dirceu e de seu irmão) demonstra claramente isso”, afirma Podval.

O criminalista foi categórico ao falar dos bens que Dirceu em comparação com o patrimônio dos operadores de propinas do esquema Lava Jato. “Os valores encontrados com os operadores são infinitamente superiores. Não tem comparação o patrimônio do Dirceu e do irmão dele com o de qualquer um dos operadores da Lava Jato. Não se pode comparar com os ativos dos que ganharam muito na Lava Jato.”

A assessoria de José Dirceu também se pronunciou: “A defesa do ex-ministro José Dirceu informa que ainda não avaliou o laudo, porém reitera que, de acordo com a quebra dos sigilos fiscal e bancário em março, todas as receitas da JDA haviam sido declaradas à Receita Federal e que a evolução patrimonial dos sócios sempre foi condizente com os resultados financeiros da empresa de consultoria.” (AE)



28 de agosto de 2015
diário do poder

CARAVANA DO LULA



O Lula não prometeu que sairia pelo Brasil a defender o PT e a Dilma? Olha ele aí, hoje, na Ponte Estaiada, na Marginal Pinheiros, em São Paulo. Aplaudidíssimo!

28 de agosto de 2015
in coroneLeaks

NO CASO DO CORTE DOS MINISTÉRIOS, A LOROTA VENCEU


É possível encher o espaço desta coluna com declarações da presidente Dilma Rousseff e seus aliados contra a ideia de cortar ministérios. A sugestão circulou em diversos momentos, mas sempre foi tratada com desprezo no Planalto.
Uma boa oportunidade surgiu depois dos protestos de junho de 2013, quando a popularidade presidencial sofreu o primeiro tombo. Pressionada pelas ruas, Dilma foi aconselhada a enxugar a máquina em sinal de austeridade. “Há um consenso hoje na questão do número exagerado de ministérios”, disse o então presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves, sugerindo o fim de 14 pastas.
A presidente escalou Jaques Wagner, então governador da Bahia, para responder em seu nome. “Não é reduzindo ministério que se dá eficiência à máquina pública”, disse ele. Dois anos depois, o peemedebista e o petista esqueceram a divergência e foram premiados com a mesma moeda. Hoje, eles são dois dos 38 ministros do governo Dilma.
O tema voltou na campanha de 2014, quando Aécio Neves e Marina Silva prometeram passar a navalha na Esplanada. Como nenhum deles se encorajou a nomear as pastas que seriam sacrificadas, a presidente se sentiu à vontade para contra-atacar.
“CEGUEIRA TECNOCRÁTICA”
“Tem gente querendo reduzir ministérios. Um deles o da Igualdade Racial, outro o que luta em defesa das mulheres. Eu acho um verdadeiro escândalo querer acabar”, disse, em setembro. No mês anterior, ela definira a promessa dos adversários como uma “cegueira tecnocrática”.
Reeleita, Dilma teve nova chance de reduzir o time, mas bateu o pé. “Outra lorota”, disse em novembro, ao ser questionada sobre os rumores de que enxugaria o segundo escalão. Ela insistiu que a medida não geraria “economia real” para o governo.
Ao voltar atrás, Dilma deixou duas hipóteses em aberto. Ou mentiu antes, ao dizer que não precisava cortar ministérios, ou mente agora, ao agir contra suas convicções. Em qualquer dos casos, a lorota terá vencido.

28 de agosto de 2015
Bernardo Mello Franco
Folha

AS DENÚNCIAS CONTRA JANOT E A OMISSÃO DA GRANDE IMPRENSA



Collor diz que Janot mentiu e a grande imprensa se calou
A respeito da sabatina do 
















Procurador-Geral da República ocorrida na CCJ do Senado, no último dia 26/08, cabe esclarecer que, ao contrário do que a maioria dos meios divulgou, o senhor Janot se omitiu em várias perguntas. Em outras, apenas tangenciou. E, por fim, no que respondeu, falseou a verdade. Ou seja, em português claro, mentiu.
As regras e a dinâmica que envolvem sabatinas nem sempre permitem, por limitação de tempo e de réplicas, o completo esclarecimento dos fatos e, menos ainda, a devida cobertura e repercussão. Soma-se a isso, a recorrente postura parcial da mídia, que – salvas exceções -, inclina suas matérias em meu desfavor.
O fato é que o senhor Janot não disse quem é, onde trabalha e qual a sua relação com Fernando Antônio Fagundes Reis; mentiu no caso ORTENG/Braskem/Petrobras e seu exercício como advogado, cumulativamente com o de subprocurador-geral da República, em desfavor de empresa com participação de capital estatal, ou seja, contra a União; se omitiu em relação à ORTENG/Abreu e Lima (carta-convite); tangenciou a falta de investigação das SPEs/TCU (Processo TC 029.389/2013-5) e a omissão do Ministério Público no caso; mentiu em relação à Oficina da Palavra e ao seu Diretor Raul Pilati Rodrigues; não respondeu sobre o caso Ministério Público/Secopa-MT/Oficina da Palavra; falseou uma meia verdade em relação aos gastos e às responsabilidades de sua comissão interna no aluguel de um imóvel no Lago Sul; faltou com a verdade em relação à nomeação de uma cerimonialista para a PGR, especialmente sobre a motivação e a legalidade do ato; negou-se a falar sobre o fato de ter homiziado, já como procurador da República, dois estelionatários em sua casa em Angra dos Reis e sobre os recibos de aluguel não passados a um deles; menosprezou a escamoteação de informações à CCJ sobre processos em seu desfavor no TCU e no Senado Federal, por meio dos quais ambos podem julgá-lo e condená-lo; por fim, faltou com a verdade quanto aos vazamentos de informações sob segredo de justiça, confirmados textualmente até mesmo por servidores da PGR. E o pior, declarou-se, cinicamente, um ser apolítico.
PROVAS DOCUMENTAIS
Tenho provas documentais e testemunhais de tudo que afirmei. Algumas delas cheguei a mostrar durante a sabatina. Mesmo assim, o Sr. Janot fez cara de paisagem. Ele ainda deve muitos esclarecimentos. Não há de demorar para a sociedade perceber que o Procurador-Geral da República está longe, muito longe de ser a “última Coca-Cola do deserto”.
Por fim, espero tão somente que nossa imprensa – livre, isenta e democrática, e que observa o Código de Ética dos Jornalistas Brasileiros e seus dispositivos que exortam a precisa apuração e equidade na exposição de pontos de vista dissonantes, sobretudo envolvendo denúncias contra agentes públicos – aprenda também, com o mesmo pau, a bater em Francisco.

28 de agosto de 2015
Fernando Collor

PSDB AFASTA-SE DO IMPEACHMENT



Reportagem de Sílvia Amorim e Maria Lima, no Globo, e de Daniela Lima, na Folha de São Paulo, edições de quarta-feira, assumiram grande importância no atual momento político, porque, como está no título, revelaram o afastamento do PSDB do roteiro do impeachment como forma de saída para atual crise institucional brasileira. Destacaram o ponto de vista do senador Aloísio Nunes Ferreira, de São Paulo, revelado (e aceito) durante encontro que reuniu o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, Aécio Neves, José Serra e Geraldo Alckmin. As principais figuras do partido, portanto.
Tem lógica o posicionamento, principalmente depois que o vice  Michel Temer concretizou sua saída da articulação política do governo. Fosse outra a colocação do PSDB, pareceria à opinião pública que o impedimento de Dilma Rousseff, pelo menos no estágio atual, teria como motivação colocar o mesmo Temer na chefia do Executivo, substituindo a titular. Com isso, a iniciativa perderia a força natural de que necessita para um impacto de tal dimensão na vida nacional.
Paralelamente a esse aspecto, surgiria o obstáculo, difícil de transpor, de reunir dois terços dos votos no Legislativo para aprovar a proposição de caráter extremo, como aconteceu com Café Filho e Carlos Luz, em 1955, e com Fernando Collor de Melo em 1992. Se com o PSDB já era dificílimo alcançar aquela maioria, sem o PSDB tal hipótese torna-se impossível. O que, aliás, no fundo da questão, significa uma posição de coerência.
De coerência, como assinala a repórter Daniela Lima, na mesma edição de O Globo quando comentou o andamento do recurso desarquivado no TSE voltado para a difícil anulação das eleições presidenciais de 2014. Esta terceira matéria que cito é igualmente de extraordinária importância, analisando-se bem os fatos.
C ASSAÇÃO DE DILMA E TEMER
Afinal quem é o autor de tal representação? O próprio PSDB tentando afastar simultaneamente tanto Dilma Rousseff, quanto Michel Temer.
Assim, se deseja o afastamento de ambos, como votar pela queda da primeira, se isso acarretaria a ascensão do segundo à presidência efetiva da República? Tornar-se-ia uma contradição absolutamente profunda. Isso de um lado. De outro, se a legenda principal da oposição obtivesse êxito na matéria que tramita no tribunal Superior Eleitoral, assumiria a presidência da república o deputado Eduardo Cunha com a obrigação constitucional de convocar novo pleito dentro de 90 dias.
Um abismo institucional abrir-se-ia no Brasil. O tema reforça a certeza de que há necessidade, para se fazer análises políticas, de se ler e interpretar os dispositivos constitucionais e legais e distinguir os impasses e as contradições. Assim como acontece na própria vida humana.
POR ENQUANTO
Por esse motivo é que adquirem dimensão maior as reportagens publicadas no Globo e na Folha de São Paulo. Deslocaram a tese do impeachment do primeiro plano dos debates. Pelo menos até a votação final das contas de 2014 da administração Dilma Rousseff pelo Tribunal de Contas da União. Como sempre acontece, o quadro político colocará outros temas para o debate, porque isso faz parte dos múltiplos caminhos da política que direta e indiretamente se reflete no comportamento de toda população, inclusive englobando todas as classes sociais.
Processo que, de um modo ou outro, produz um cenário enorme no qual são julgadas as ações do governo e dos próprios políticos. Uma atmosfera decisiva, através da qual o país respira, pensa e extroverte suas emoções. Sem tal atmosfera não se revela e encontra qualquer realidade. Politica, eternamente, é uma ação concreta e coletiva.

28 de agosto de 2015
Pedro do Coutto

COLETÂNEA BRASIL: UM SHOW DE HUMOR PARA TOM NENHUM BOTAR DEFEITO

LULA IMPETRA HABEAS CORPUS PARA NÃO SER PRESO PELA LAVA JATO

Habeas corpus preventivo pede que Lula não ... - YouTube

www.youtube.com/watch?v=3TXB3x7H1C8



28 de agosto de 2015
m.americo

PRÓSTATA: INFORMAÇÃO DE UTILIDADE PÚBLICA


Não tem nem o que questionar: quando se fala em urologia, e  principalmente  em saúde masculina, nome da agenda e da confiança  em geral é o do médico paulista Miguel Srougi.

Em assuntos de próstata e sua cirurgia  (já realizou 2.900), atendeu em seu consultório gente como o ex-presidente Lula, José Alencar, José Serra, Geraldo Alckmin, Joseph Safra, Lázaro Brandão, Abílio Diniz e  Antônio Ermírio de Moraes, entre outros pesos pesados.   Entre os pesos leves, eu mesmo...

Professor titular de urologia da Faculdade de Medicina da USP, pós-graduado pela Harvard Medical School, em Boston, nos Estados Unidos, com 35 anos de carreira, uma dezena de livros publicados e outra centena de artigos espalhados mundo afora, Srougi tem a simplicidade daqueles que muito sabem, pouco ostentam e continuam lutando.

Ele se dedica integralmente ao que faz - trabalha todos os dias, das 7 da manhã às 10 da noite - abriu mão da vida pessoal (é casado, pai de dois filhos) e  não tem receio de dizer que se envolve demais com seus pacientes. "Sofro muito e esse sofrimento é um dos fatores de sucesso da minha carreira, porque acabo me entregando mais aos doentes".

Embora viva intensamente entre os limites das dores da perda e alegrias dos resgates da vida, Srougi, aos 60 anos, se abastece lecionando na Faculdade de Medicina, "uma de minhas razoes existenciais".

No ano passado inaugurou um moderno centro de ensino e pesquisa para seus alunos, garimpando verbas junto aos seus pacientes poderosos. A sala ganhou o nome de Vicky Safra, mulher de Joseph Safra - em homenagem ao banqueiro que doou a maior parte dos recursos.

Nesta entrevista, o maior especialista em câncer de próstata do país afirma que "todo homem nasce programado para ter a doença" e que, se viver até os 100 anos, inevitavelmente vai contraí-la. Fala ainda sobre os principais  temores masculinos, como problemas na próstata, disfunçoes sexuais, decadência física e seus sonhos pessoais. E conta por que trocou o Hospital Sírio-Libanês pelo Oswaldo Cruz depois de 30 anos.     A seguir, os principais trechos da entredvista:


ASSOMBROS MASCULINOS

Os homens tem uma certa sensação de invulnerabilidade - isso faz parte da cabeça deles. Passam boa parte da sua vida livre de todos os incômodos que a mulher tem, fazendo com que relaxem mais com a sua saúde. Com o passar dos anos, começam a perceber a sua vulnerabilidade e passam  a dar um pouco mais de valor aos cuidados médicos.
O que mais os atemoriza hoje? Problemas com a próstata, disfunções sexuais e a decadência física, que mexe muito com a cabeça das mulheres, mas também com a deles. As mulheres pautam muito a vida em função da beleza e os homens da força, da virilidade, da capacidade de agir, raciocinar. E na hora em que surgem falhas nessas áreas, eles percebem que, talvez, não seja aquele ser imortal que achavam que fossem.

ENVELHECIMENTO

Há dois profundos temores hoje nos homens: o primeiro é o crescimento benigno da próstata, um fenômeno que ocorre em praticamente todos eles: ela aumenta de tamanho depois dos 40 anos e, dessa forma, o canal da uretra fica ocluído.  Isso faz com que o homem comece a urinar sucessivas vezes, a nao ficar em uma reuniao prolongada, ter de levantar a noite, com o sono prejudicado, acordando mal.

O crescimento benigno é quase inexorável: todos os homens vao te-lo em maior ou menor grau - felizmente, apenas um terço dos homens (30%) tem sintomas mais significativos que exigem apoio médico.

Nesses casos, há medicaçoes que desobstruem parcialmente a uretra e fazem o indivíduo urinar e viver melhor. Apenas de 4% a 5% dos homens tem de fazer uma cirurgia para desobstruir a uretra por causa desse crescimento benigno.

Essa é uma cirurgia que se faz com segurança e sem os inconvenientes de uma cirurgia maior nos casos de câncer.  Ela remove apenas o fator obstrutivo, o homem passa a viver melhor e sem nenhuma seqüela. Esse crescimento nao tem causa conhecida, surge por um desequilíbrio hormonal no homem maduro, ou seja, as células da próstata passam a se proliferar em decorrencia dos hormônios.

Nao há como prevenir.  Existem algumas medidas, mas nenhuma consistente.

OBESOS E FUMANTES

Existe a falsa idéia de que os obesos e os fumantes seriam menos sujeitos ao crescimento benigno da próstata.

O que é interessante é que a próstata seria o único lugar no organismo que eles deixariam de ter todas as desvantagens, mas a realidade é meio dura: recentemente se apurou que eles sao menos operados da próstata, mas nao porque ela nao cresce, mas pelo receio dos médicos de operá-los porque seria mais complicado e também porque muitas vezes nao vivem o suficiente  para serem operados -morrem antes.

É uma realidade muito perversa.

 

REALIDADE NUA E CRUA

O câncer na próstata adquire maior relevância porque tem uma grande prevalencia: 18% dos homens - um em cada seis - manifestarao a doença. E também porque o tumor, que ocorre com muita freqüencia dentro da próstata, é eliminado com sucesso em 80% e 90% dos homens. Se esse tumor nao é identificado no momento certo e se expande, saindo da próstata, as chances de cura caem para 30%.

É um tumor muito comum e se for detectado a tempo, tem como resgatar esse paciente. Dos 18%, somente 3% morrem - a medicina consegue curar 15% dos homens,ou seja, a maioria.

Mas vale dizer que todo homem nasce programado para ter câncer de próstata. Ou seja, nós temos nas nossas células genes que as estimulam a virar cancerosas e eles ficam bloqueados durante a nossa existencia.

Quando o indivíduo envelhece, esses mecanismos de bloqueio deixam de exercer o seu papel e o câncer começa a se manifestar. Com isso vai aumentando a freqüencia da doença e todo homem que chegar aos 100  anos vai ter câncer de próstata.

SEM FANTASIA

O exame de toque - um dos meios de se detectar a doença - gera na cabeça dos homens fantasias negativas e receios, mas, na verdade, eles tem muito medo da dor. Tanto é que os que fazem pela primeira vez, no ano seguinte perdem  o medo. Leva tres ou quatro segundos e nao dói. Entao, um dos fatores de resistencia é eliminado.

Existe um segundo sentimento, que é muito forte: expressar, exteriorizar uma fraqueza se a doença for descoberta. O homem tem pavor disso porque, de acordo com todas as idéias evolucionistas, só vao sobreviver aqueles que forem fortes. É comum voce descobrir um câncer no indivíduo, e ele entrar em pânico, nao pela doença, mas porque as pessoas vao descobri-la. Porque o câncer é muito relacionado com morte, decadencia física, perda da independencia, dependencia dos outros.

O homem nao aceita essa idéia, e prefere fechar os olhos e enfiar a cabeça  debaixo da terra a enfrentar, mostrando para o mundo e as pessoas que ele é um ser mais fraco. Isso vai afetar a imagem dele, acha que vai perder poder sobre outras pessoas, porque ninguém obedece a um fraco, alguém que vai morrer.

Isso vai contra a idéia que temos de ser mais fortes para sobreviver.

 

A PERFORMANCE DO ROBÔ

Estamos fazendo cirurgias com robô, que permite uma visao muito mais precisa do campo cirúrgico, elimina os tremores da mao do cirurgiao, permite incisoes pequenas, uma operaçao muito mais perfeita porque os movimentos dele sao muito suaves. Isso é muito novo no Brasil. Fiz o primeiro caso há dois meses, no Sírio-Libanes. E agora, o Albert Einstein já possui o robô e o Oswaldo Cruz o está adquirindo.

Nos Estados Unidos se faz cirurgia robótica em larga escala. Lá, o robô ganha em performance do cirurgiao médio, mas ele ainda perde do habilitado.

Tenho mais de 2.900 pacientes operados de câncer de próstata. Sou o terceiro cirurgiao do mundo nesse quesito - só perco para dois americanos e eles estao parando de trabalhar. Apesar de ter essa grande experiencia, quando comecei a operar, 35% ficavam com incontinencia urinária grave. Agora sao só 3%.Impotentes, todos também ficavam. Hoje, se o  homem tem menos de 55 anos, a incidencia é de 20% - antes era 100%.

Há também enxertos de nervos, porque a impotencia se deve a remoçao de dois nervos que passam perto da próstata e nós estamos fazendo esse enxerto quando somos obrigados a retirá-los nos casos em que o tumor fica grudado. Entre os pacientes que fizeram os enxertos, metade voltou a ter ereçoes com o tempo.

 

IMPOTENCIA, O QUE FAZER?

Esses novos remédios para tratar a disfunçao sexual contornam 1/3 da impotencia, tanto após a cirurgia quanto depois da radioterapia. Se os comprimidos nao atuarem, existem injeçoes.

Há ainda próteses penianas que sao muito desenvolvidas e produzem uma ereçao que quase nao tem nenhuma diferença em relaçao a normal. Isso permite que o homem reassuma a vida sexual plenamente e que as mulheres tenham muita satisfaçao. Os homens ficam extremamente felizes - sao hastes colocadas dentro do penis. Nao fica marca, nem cicatriz.

Nos Estados Unidos, entrevistaram as mulheres sobre os homens que tinham prótese e as respostas foram positivas. Ela funciona muito bem.

 

O PAPEL DAS MULHERES

Os homens sao resistentes: eles relutam muito em irem ao médico fazer um exame de próstata e só vao quando a mulher os empurra: dois terços dos pacientes no meu consultório sao trazidos por elas. Ligam para marcar a consulta e os acompanham.

A gente nao ve mulheres jovens trazendo homens jovens para fazerem exames. A gente ve mulheres maduras. Claro que o jovem nao está na faixa de risco. Mas existe um outro significado da importância da mulher. Primeiro, que ela é pragmática e incentiva o marido.

Mas, por que ela quer isso? Porque quem ficou vivendo bem 30 anos e conseguiu superar todos os embates da vida conjugal é um casal que o tempo consolidou. E aí a mulher tem um sentido de preservaçao da família muito mais forte que o do homem. Passadas as tempestades e oscilaçoes do relacionamento, ela nao quer que o marido morra.

É real. Toda vez que tenho um paciente e ofereço dois tratamentos: um que aumente a existencia dele, mas vai, por exemplo, causar alguma deficiencia na área sexual e ofereço um outro tratamento, que cura menos, mas preserva melhor a parte sexual, o homem balança na decisao.

A mulher nunca hesita. Ela prefere aquele que aumenta a existencia, mesmo ocorrendo o risco de comprometer a vida sexual dele e do casal.

Poucas vezes vi uma mulher aconselhar um tratamento que de menos chance de vida e aumente a possibilidade de ele ficar potente. Dá para contar nos dedos. Ela quer o companheiro, quer preservar aquela pirâmide que foi construída, que é rica.

SOFRIMENTOS E PRIVILÉGIOS

Eu me envolvo muito com meus pacientes. Sofro muito. E esse sofrimento é um dos fatores do sucesso da minha carreira, de 35 anos. Nesse sofrimento eu acabo me entregando mais e mais aos doentes. Isso é ruim, porque nao tenho vida pessoal, minha vida familiar é feita nos intervalos.

Felizmente, os momentos bons prevalecem sobre os ruins. É por isso que eu sobrevivo. Um doente que coloca a cabeça no meu ombro e agradece por ter feito algo por ele, ou deixa correr uma lágrima na minha frente, me faz deletar, superar aqueles momentos em que me senti totalmente impotente.

Uma das coisas importantes é o médico saber e demonstrar que a medicina nao é infalível e ele nao se sentir onipotente. O urologista tem um privilégio. O oncologista mexe com câncer avançado, já no fim do caminho - eu lido com o inicial. Eu consigo salvar muita gente. É um privilégio para mim.

MEDO DA SEPARAÇÁO

Nós nao queremos morrer. Primeiro, pela incerteza do porvir. Segundo, porque a morte implica extinçao e o ser humano nao aceita a aniquilaçao. A nossa cabeça nasceu para ser imortal.

A morte está relacionada com dor, sofrimento, a decadencia física, a desfiguraçao, a perda do papel social, desamparo da família, perdas dos prazeres materiais, da independencia. Mas a causa verdadeira é o nosso horror de nos separar das pessoas que amamos. Bem material nao deixa ninguém feliz. Há tanta gente rica se suicidando, tomando droga para sair da realidade.

Os médicos nao compreendem isso. Se as pessoas tem medo de se afastar das pessoas, do seu entorno, voce precisa tratar o entorno também. Nao é o médico que apóia o doente nas fases difíceis - é a família. Eles reagem raivosamente contra a família, querem afastá-la do processo, sem perceber que um doente só vai ter paz, tendo a morte pela frente ou nao, se a família estiver ao lado.

 

A SAÍDA DO SÍRIO-LIBANES

Os verdadeiros templos na Terra sao os hospitais - nao as igrejas. Nas igrejas tem muito ouro, riqueza. Aqui nao,  voce  conhece o sofrimento, o valor da existencia humana. Os orgulhosos e os soberbos ficam humildes, ricos e pobres sao iguais; os ruins, os autoritários e os maldosos se tornam condescendentes: eles ficam despidos, tiram a máscara; é aqui que voce conhece o que é viver, que resgata para a vida, nao em uma igreja qualquer, que o sujeito entra lá, reza dez minutos e sai. Ele pode até sarar, cicatrizar a sua alma. Mas aqui nós curamos a alma e o corpo. Esse é o verdadeiro templo, onde o ouro é a vida.

Voce entende o impacto que a desigualdade social tem sobre o ser humano, a pobreza, a falta de instruçao causa doenças. Depois de 30 anos no  Sirio-Libanes eu mudei para o Oswaldo Cruz. Achar que eu vou ter novas salas, tres enfermeiras a mais, é brutalizar o que passou pela minha cabeça. Mudei porque nao estava vendo esse lugar como um templo. Eu vivo intensamente, por isso tenho esses sentimentos.

UM POUCO DE FILOSOFIA

A melhor forma de se transmitir as virtudes é pelo exemplo, pela coerencia. Certa vez perguntaram para Sócrates como a virtude poderia ser transmitida -  se pelas palavras ou conquistada pela prática. Ele nao soube responder. Entao, Aristóteles, depois de uns anos, respondeu: "A virtude só pode ser transmitida pela prática e por meio do exemplo".

Aqui, eu posso tentar ser o exemplo. Mudando o cotidiano das pessoas, transformando a sociedade e construindo um novo mundo.

CINCO MEDIDAS PREVENTIVAS 

A prevençao ao câncer de próstata é feita de forma um pouco precária, porque nao existem soluçoes para impedi-lo. Na prática, há o licopeno, que é o pigmento que dá cor ao tomate, a melancia e a goiaba vermelha. Talvez diminua em 30% a chance, mas esse dado é controvertido, por causa disso a gente incentiva os homens a comerem muito tomate, só que deve ser ingerido pós-fervura, ou seja, precisa  ser molho de tomate. Nao pode ser seco ou cru.

A vitamina E também reduz teoricamente os riscos em 30%, 40%. Mas, se for ingerida em grandes quantidades,  produz problemas cardiovasculares. Na verdade, se o homem quiser se proteger, deve tomar uma cápsula de vitamina E por dia. Acima disso, nao é recomendável.

O terceiro elemento é o Selenio, um mineral que existe na natureza e é importante para manter a estabilidade das células, impedindo que elas se degenerem, que é encontrado em grande quantidade na castanha-do- Pará. Qualquer homem pode ingerir em cápsulas, mas se ele comer duas castanhas por dia, recebe uma certa proteçao.

Uma quarta medida é comer peixe,  tres porções por semana - rico em ômega3 e tem uma ação anticancerígena provável. E, uma quinta, tomar sol. O homem que toma muito sol sintetiza na pele vitamina D, que tem forte ação anticancerígena. É por isso que os homens da Califórnia desenvolvem muito menos a doença do que os de Boston.

28 de agosto de 2015