"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quinta-feira, 15 de outubro de 2015

SOB UM GOVERNO DE VILEZAS E BAIXARIAS, SÓ RESTA PARA O BRASIL MAIS UM REBAIXAMENTO


Digo e repito: enquanto Dilma e o PT - com seus fisiológicos aliados patrimonialistas - continuarem no poder, o Brasil só irá de mal a pior. Não se trata de pessimismo, que é subjetivo como o otimismo, mas de realismo. Trata-se apenas de encarar os fatos, objetivamente (fuck, relativismo):

A agência de classificação de risco Fitch Ratings acaba de cortar a nota do Brasil de BBB para BBB-, como já era amplamente esperado pelo mercado.

Esta nota ainda mantém o País como grau de investimento, mas a Fitch disse que a perspectiva da nota brasileira é negativa, o que pode levar a um novo corte nos próximos meses, fazendo o País perdeu o grau de investimento.

Até agora, a única agência que retirou o grau de investimento do Brasil foi a Standard & Poor’s, a mais importante das três.

Para que fundos internacionais sejam impedidos de carregar títulos brasileiros, pelo menos duas das três agências têm que declarar que o país não é mais grau de investimento.

A Fitch disse esperar uma queda do PIB de 3% este ano e uma queda de 1% em 2016, e estima que o déficit público nominal será próximo de 9% do PIB este ano. (Veja Mercados).



15 de outubro de 2015
0rlando tambosi

Bernie Sanders e o Fim da América

A essência da política é contradizer a economia. Políticos fazem sucesso desafiando o be-a-bá da economia. Quanto mais irracionais, mais votos amealham do populacho ignorante e parasita. Os EUA sobreviveram a politicos da pior qualidade e procedência, da corrupção Sarneyana pós Guerra civil, ao voluntarismo populista de Ted Roosevelt, ao socialismo germano de Wilson, ao intervencionismo de Roosevelt - dirigido por assessores comunistas,- ao mentecapto Carter com seu pacifismo suicida a Obama, o ápice do politicamente correto. Tantos governos ruins inicialmente não causavam tanto mal porque o tamanho do Estado em relação a economia era pequeno e a ingerência da política na vida ordinária dos cidadãos era minúscula. O problema é que em 150 anos o Estado cresceu sem parar, até atingir um breaking point. E a América está no ponto crítico nesse momento. A eleição de esquerdistas primários como Hillary Clinton ou Bernie Sanders colocará a América num ponto de não retorno, no caminho já trilhado pela Inglaterra e França, o do socialismo e da inevitável decadência e empobrecimento. Don Boudreaux destrói as idéias rasteiras, infantis e erradas do comunista de Vermont, Bernie Sanders.

O SOCIALISMO É UM CÂNCER E SEMPRE DESTRÓI TUDO O QUE TOCA


O Chile de Pinochet construiu a única economia latrino Americana com um resquício de racionalidade econômica. 
A riqueza criada atraiu os parasitas de sempre e os socialistas de todos os partidos se unem para destruir o Chile: Bachelet anuncia processo de elaboração da nova Constituição. Novo Congresso chileno, eleito em 2017, decidirá fórmula utilizada.


15 de outubro de 2015
in selva brasilis

O COMISSÁRIO

PESCARAM UM BAGRINHO BANDIDO


O Brasil é um país povoado por malandros, picaretas, canalhas e ladrões. Tem bandido de toda espécie e de todo tamanho, titãs gigantescos da depravação universal como Lula e Dilma e bagrinhos pequeninos que se alimentam das migalhas apodrecidas da corrupção endêmica do governo do PT: O secretário-executivo interino da Secretaria da Pesca, Clemerson José Pinheiro da Silva, foi preso em Brasília nesta quinta-feira (15) durante operação da Polícia Federal contra suspeitos de conceder ilegalmente permissão para pesca industrial. A pasta perdeu o status de ministério no início do mês, na reforma administrativa anunciada pela presidente Dilma Rousseff. Pesca foi incorporada ao Ministério da Agricultura. Operação combate esquema que concedia permissão ilegal para pesca. Ao todo, 106 mandados são cumpridos em sete unidades da federação.

15 de outubro de 2015
in selva brasilis

NOVO PEDIDO DE IMPEAHCMENT DA DILMA

AGORA INCLUINDO 'PEDALADAS' DE 2015 SERÁ REGISTRADO NESTA QUINTA-FEIRA EM CARTÓRIO E PROTOCOLADO AMANHÃ NA CÂMARA DOS DEPUTADO



Juristas que assinam o novo pedido de impeachment juntamente com movimentos de oposição estarão nesta quinta-feira no 4º Cartório de Notas, na Av. Estados Unidos, 455 para o registro do documento.  Amanhã, sexta-feira, será protocolado na Câmara dos Deputados.

A oposição não perdeu a esperança de apear a presidente Dilma Rousseff do Palácio do Planalto. Após três liminares do Supremo Tribunal Federal (STF) suspenderem os pedidos de impeachment de Dilma, um novo será protocolado na sexta-feira (16) na Câmara. Nesta quinta, o processo será registrado em cartório em São Paulo.
O pedido será assinado pelos juristas Hélio Bicudo, fundador do PT, Miguel Reale Júnior e Janaína Conceição Paschoal. O novo requerimento tem a anuência dos Movimentos Brasil Livre, Contra a Corrupção e Vem Pra Rua. Todos estarão no 4º Cartório de Notas, na Avenida Estados Unidos, 455, para o registro.
De acordo com o líder tucano na Câmara, Carlos Sampaio (SP), o pedido inclui as pedaladas fiscais de 2014 e também as informações oferecidas pelo Ministério Público, junto ao Tribunal de Contas da União (TCU), em relação à continuidade da manobra contábil em 2015.
“Todos concordaram que a junção em uma única peça é o melhor caminho para se evitar qualquer contestação. A consolidação das informações contidas nos documentos anteriores e a inclusão de informações do TCU, numa única denúncia, nos permitiram dar uma ordem mais lógica e sistematizada aos argumentos. Temos a convicção de que esse pedido não terá como ser indeferido”, afirmou Sampaio. 


15 de outubro de 2015
in aluizio amorim

TARRAFADAS EM ÁGUAS TURVAS

POLÍCIA FEDERAL DESENCADEIA OPERAÇÃO QUE APURA ROUBALHEIRAS NA SECRETARIA DA PESCA E NO IBAMA.


Momento da prisão do Secretário-Executivo interino da Pesca, Clemerson José Pinheiro da Silva (de cabelo branco à direita) na manhã desta quinta-feira em Brasília. (foto: G1)

O secretário-executivo interino da Secretaria da Pesca, Clemerson José Pinheiro da Silva, foi preso em Brasília nesta quinta-feira (15) durante operação da Polícia Federal contra suspeitos de conceder ilegalmente permissão para pesca industrial. A pasta perdeu o status de ministério no início do mês, na reforma administrativa anunciada pela presidente Dilma Rousseff. Pesca foi incorporada ao Ministério da Agricultura.
O G1 não conseguiu contato com a secretaria até a publicação desta reportagem. A ação ocorre paralelamente em São Paulo, Rio de Janeiro, Santa Catarina, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul e Pará. Até as 8h20, 19 pessoas já haviam sido presas.
Um dos outros presos é o superintendente do Ibama em Santa Catarina, Américo Ribeiro Antunes. Na casa dele foram apreendidos documentos e computadores. Ele foi encaminhado para o prédio da PF em Florianópolis, na avenida Beira-Mar Norte.
De acordo com a PF, a investigação apontou que servidores públicos, armadores de pesca, sindicalistas e intermediários atuavam no esquema. O crime ocorria por meio de corrupção e tráfico de influência. Em uma das ocasiões, a organização teria cobrado R$ 100 mil por embarcação para emitir a licença.
“Muitas das embarcações licenciadas irregularmente sequer possuíam os requisitos para obter a autorização. Em outros casos, eram colocados empecilhos para embarcações aptas, com o objetivo de pressionar os proprietários dos barcos para o pagamento de propina”, diz a Polícia Federal.
A investigação também apontou fraudes em documentos para inserir no mercado o pescado sem origem. Exemplares de espécies ameaçadas de extinção, como tubarão-azul, tubarão cola-fina, tubarão anjo e raia viola, foram apreendidos. De acordo com a PF, mais de 240 toneladas de pescado, com preço de mercado superior a R$ 3 milhões, foram recolhidos.
A ação conta com 400 policiais. São 61 mandados de busca e apreensão, 19 de prisão preventiva e 26 de condução coercitiva – quando a pessoa é obrigada a prestar depoimento. Segundo a Polícia Federal, Clemerson José Pinheiro da Silva deve ser transferido para Porto Alegre (RS). 



15 de outubro de 2015
in aluizio amorim

CENÁRIO PIOR, GOVERNO TRAVADO


Fica mais feio a cada semana, com inflação mais alta e recessão mais funda, o cenário traçado por economistas do setor financeiro e divulgado pelo Banco Central (BC) em seu boletim Focus. Expectativas sempre piores podem parecer muito naturais, quando a presidente se torna dia a dia mais fraca e todo ajuste permanece travado por impasses políticos. 
A corrupção, a crise política, a reprovação do balanço fiscal pelo Tribunal de Contas da União (TCU) e as pressões contra a presidente foram temas constantes quando se falou do Brasil, na semana passada, em Lima, durante a reunião do Fundo Monetário Internacional (FMI). O agravamento da crise brasileira é hoje um assunto internacional, assim como foi, há alguns anos, a aparente decolagem do país para os céus da modernidade e da seriedade política.
Encerrada a reunião em Lima e passado o feriado de 12 de outubro, um novo boletim Focus foi distribuído pelo BC, desta vez na terça-feira, não na segunda, e novamente os números mostraram uma piora das expectativas. Para este ano, a mediana das projeções passou a indicar uma inflação de 9,70%, pouco superior à estimada uma semana antes (9,53%). O número esperado para 2016 passou de 5,94% para 6,05%. Foi a décima semana consecutiva da alta e a taxa projetada continuou a aproximar-se do limite de tolerância, de 6,50%, no caminho apontado no fim de setembro por alguns analistas.
A tendência de aceleração foi confirmada na última semana. Depois de um breve recuo, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) voltou a subir com vigor e avançou 0,54% em setembro. Em agosto, a alta havia ficado em 0,22%, mas uma trajetória semelhante, com taxas mais baixas no meio do ano, já havia ocorrido em 2013 e 2014. O aumento acumulado em nove meses, de 7,64%, foi o maior observado entre janeiro e setembro depois de 2003, quando chegou a 8,05%. Mas em 2003 havia um esforço de arrumação das contas públicas e de combate à inflação e dados melhores logo apareceram.
O quadro brasileiro é muito diferente neste momento. Há promessas de correção das contas públicas, mas quase nenhum progresso real nessa direção. A presidente vetou atos legislativos desastrosos para as finanças federais, mas os congressistas ainda vão decidir se os vetos serão mantidos. Se os votos, nesse caso, forem favoráveis ao governo, ainda sobrarão muitas dúvidas quanto à execução orçamentária do próximo ano. Depois de mandar ao Congresso um projeto com déficit primário de R$ 32 bilhões, o Executivo mudou de ideia e recompôs a proposta.
Nessa versão está previsto um superávit primário (sem despesa de juros) equivalente a 0,7% do Produto Interno Bruto (PIB). Mas isso dependerá de algumas condições importantes e ainda incertas. Uma das principais é a recriação do imposto do cheque, a Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF).
Não há perspectiva de cortes importantes de gastos. A presidente mostra pouca disposição de racionalizar a despesa, seu partido é defensor da gastança e o apoio da base governamental a uma política de austeridade é duvidoso. A execução orçamentária continuará, portanto, muito dependente da receita e, portanto, do ritmo da atividade econômica. Mas as perspectivas de reanimação dos negócios continuam piorando.
A contração econômica prevista para este ano passou de 2,85% para 2,97%. Uma nova redução do PIB é esperada para o próximo ano. Agora se projeta uma retração de 1,20%. Uma semana antes, o recuo projetado era de 1%. O pior desempenho continua e continuará sendo o da indústria, com taxas de -7% em 2015 e -1% em 2016. A nova redução do produto industrial afetará duplamente a base tributária, pelo menor volume de mercadorias e pela piora das condições de emprego e de renda.
Neste, como nos anos anteriores, as projeções da pesquisa Focus pioraram a cada mês. O roteiro se repete, mas com o governo travado e a presidente em risco de impeachment.

15 de outubro de 2015
Estadão

A TABELINHA ENTRE BAIANO E LULINA CONFIRMA QUE O PAI FINGE ENXERGAR UM RONALDINHO DA INFORMÁTICA NO ESPECIALISTA EM GOL DE MÃO


2010123021324

“O que mais me impressionou foi o enriquecimento ilícito do Lula”, reiterou na entrevista ao Roda Viva o jurista Hélio Bicudo. 

“Conheci o Lula numa casa de 40 metros quadrados. Hoje, é uma das grandes fortunas do país. Ele e os seus filhos”. Imediatamente, o que resta da seita que tem num embusteiro seu único deus fez o que sempre fazem os bandidos do faroeste à brasileira: começou a perseguir o xerife.
Desafiado a provar o que disse, Bicudo pode ignorar cobranças farisaicas e seguir concentrado no pedido de impeachment de Dilma Rousseff. 
Falarão por ele os envolvidos na roubalheira do Petrolão que aceitaram colaborar com a Justiça. 
Neste domingo, por exemplo, a manchete do Globo oficializou o mergulho no pântano do primogênito: BAIANO DIZ QUE PAGOU CONTAS DO FILHO DE LULA.
“Baiano” é a alcunha de Fernando Soares, cujo acordo de delação premiada com os condutores da Operação Lava Jato foi homologado na sexta-feira por Teori Zavascki, ministro do Supremo Tribunal Federal. 
Um dos operadores do PMDB nas catacumbas infectas da Petrobras, o depoente confessou que desviou pelo menos R$2 milhões para o pagamento de despesas pessoais de Fábio Luis Lula da Silva, o Lulinha.
Sim, ele mesmo: o Lulinha que em 2005 embolsou R$ 5,2 milhões para vender à Telemar parte das ações de uma empresa de fundo de quintal, a Gamecorp, que montara um ano antes em parceria com dois amigos, ainda engatinhava no ramo de jogos eletrônicos e não valia mais que R$100 mil. 
Com as bênçãos do presidente, os sócios improváveis ganharam bastante dinheiro.
A Telemar não parou de engordar até incorporar-se ao que hoje é a Oi. 
O patrimônio de Lulinha agora rima com a barriga de caipira que acertou a Mega Sena. Segundo o pai, a cara apalermada camufla um Ronaldinho da informática. Faz sentido: desde que entrou em campo, Lulinha vive fazendo golaços ─ quase sempre muito lucrativos.
A jogada que desembocou na tabelinha em impedimento com Baiano confirma a suspeita de que o ex-monitor de zoológico virou especialista em gol de mão. Como o pai. Se for mantida na mira de bons juízes, boa parte da família vai levar cartão vermelho.

15 de outubro de 2015
Augusto Nunes, in Veja

O QUE EDUARDO CUNHA PEDE. O QUE O GOVERNO DEIXA VAZAR.

Eduardo cobra caro para receber o que cobra. O governo deixa vazar o que ele cobra para pagar barato.

Negociar (Foto: Arquivo Google)


Só não se pode negar a Eduardo Cunha aquela que é uma de suas qualidades mais admiradas até por eventuais desafetos: o pragmatismo.

Com ele não tem essa de “interesses superiores da Nação”, “longe de mim sugerir algo que não seja possível”, “preciso de tempo para refletir melhor sobre sua proposta”.
É preto no branco. Pão, pão, queijo, queijo. Feijão com arroz. Meu pirão primeiro. Quero isso, aquilo e aquilo outro. Assim não tem jogo. Tchau e benção.

É uma experiência única negociar com ele.
Quem conversou com ministros de Estado que conversaram com Eduardo da semana passada para cá, informa que ele cobrou caro para enterrar qualquer proposta de impeachment contra Dilma.

Cobrou, por exemplo, que o governo oriente sua tropa na Câmara para que vote contra a cassação do seu mandato por quebra de decoro parlamentar.
Cobrou o apoio do governo para que ele permaneça na presidência da Câmara. Nem disso ele está disposto a abrir mão.

Cobrou o uso pelo governo de sua influência junto ao Procurador Geral da República para que não apresse nenhuma providência que pense em tomar contra ele.
Preocupa sobremaneira Eduardo a possibilidade de o Procurador remeter para o juiz Sérgio Moro o que possa envolver sua mulher e sua filha no caso das contas bancárias que a família tinha na Suíça.

Eduardo cobrou também que o governo dê um jeito para que não vaze mais para a imprensa novas descobertas que o comprometam com o recebimento de propinas.
Eduardo cobra caro para receber o que cobra. O governo deixa vazar o que ele cobra para pagar barato.

DILMA HOJE DEPENDE DE CUNHA, QUE TAMBÉM DEPENDE DE DILMA

Como se dizia antigamente, parece que nasceram um para o outro. Tinham tudo para dar certo, mas acabaram fracassando, cada um a seu modo. Ambos se deixaram levar pela vaidade, julgaram-se todo-poderosos, meteram os pés pelas mãos e hoje têm um encontro marcado com a desonra e o clamor público. Seus destinos continuam se cruzando e os dois têm algo em comum no futuro – ambos perderão os mandatos e o poder de que ainda desfrutam, entrando para a História de maneira altamente negativa.

Aparentemente, Dilma Vana Rousseff tinha o perfil ideal. Sua ascensão ao poder parecia história de telenovela. Tinha enfrentado a ditadura militar na luta armada, foi presa e torturada, depois entrou na política e acabou sendo a primeira mulher a ocupar a presidência da República num país da importância do Brasil, tornando-se conhecida como uma das mulheres mais influentes do mundo.
Eduardo Cosentino da Cunha também exibiu perfil semelhante. Ainda jovem, presidiu a Telerj, depois virou pastor evangélico, foi nomeado secretário estadual, elegeu-se suplente na Assembleia do Rio, acabou assumindo uma cadeira, em seguida foi eleito deputado federal e se tornou um dos reis dos bastidores no Congresso. Ganhou tanta força que acabou derrotando o PT e o governo ao assumir a presidência da Câmara, com uma atuação avassaladora.
As aparências enganam. No exercício do poder, Dilma pouco a pouco foi perdendo a fama de gerentona e seu passado aflorou. A única experiência em economia foi levar à falência uma lojinha de R$ 1,99. Entrou no PDT gaúcho pelas mãos do então marido Carlos Araújo, deputado estadual, mas não teve dúvidas em trair Brizola quando seu partido perdeu o governo do Rio Grande. Dilma então bandeou-se para o PT junto com mais de 500 falsos brizolistas. No governo Lula, deu a sorte de ocupar o Ministério de Minas e Energia, depois a Casa Civil e chegou à Presidência da República.
Hoje, está envolvida diretamente na corrupção da Petrobras, devido à recente denúncia do ex-diretor Nestor Cerveró, que recentemente a acusou de participar da negociata de Pasadena. Seu governo vem destruindo a economia do país, a presidente está denunciada por uma série de crimes de responsabilidade e responde também por crimes eleitorais cometidos nas campanhas de 2010 e 2014. Isso foi o que restou dela. Ao invés de se empenhar em recuperar a economia e evitar a desindustrialização, seu único objetivo hoje é permanecer no poder, através de negociatas políticas do mais baixo nível.
Eduardo Cunha também estava com a carreira em alta, tendo sobrevivido a uma série de denúncias desde a época que presidiu a Telerj. Quando desmoralizou o PT e o governo, assumindo a presidência da Câmara em fevereiro, sua trajetória voltou a ser vasculhada, de repente lembraram a amizade dele com o famoso Paulo César Farias, que nutria o Caixa 2 do então presidente Collor e acabou assassinado em circunstâncias até hoje misteriosas.
Ao mesmo tempo, foram surgindo as denúncias na Lava Jato, ainda com pouca consistência, e Cunha seguia sua trajetória de poder, como um dos personagens principais da política nacional, até que novas acusações surgiram, apareceram as milionárias contas na Suíça, surgiram os gastos colossais de sua mulher Cláudia Cruz, e todos perceberam que Cunha era um falso líder, apenas mais um dos heróis com pés de barro que infestam a política brasileira.
Os dois já estão acabados. Curiosamente, porém, hoje um depende do outro. Se Cunha der o sinal verde para o pedido de impeachment, Dilma estará destruída, sua cassação será apenas uma questão de tempo. No desespero, a ainda presidente tenta se reaproximar do arqui-inimigo, manda o ministro Jaques Wagner se entender com Cunha, as negociações estão em pleno andamento.
O problema é que Dilma não tem mais nada a oferecer. Não tem como devolver a Cunha a dignidade perdida nem pode livrá-lo dos inquéritos e processos judiciais que já correm contra ele.
“Se eu derrubar Dilma, vocês me derrubam”, resumiu Cunha aos líderes oposicionistas que o procuraram para pedir que aceite o pedido de impeachment apresentado por Helio Bicudo. Esta é justamente a questão. Resta saber por quanto tempo Cunha vai se equilibrar nesta corda bamba.
Ao proteger Dilma e evitar que ela seja processada na Câmara, Cunha não percebe que está destruindo a economia brasileira, que só tem chance de recuperação quando os petistas forem expulsos do poder. Os meses vão passando e a crise se agrava cada vez mais, sem a menor perspectiva de retomada do desenvolvimento. Mas quem se importa com isso?

15 de outubro de 2015
Carlos Newton

COMO SE DIZ NAS RODINHAS DE BAR: SEMPRE HÁ UMA PRIMEIRA VEZ... OU UMA PRIMEIRA DOSE.

Pela Primeira Vez na História da Humanidade a Produção de um país cai 3% SEM ter ocorrido choque algum na economia!!!


Crises econômicas acontecem desde que o mundo é mundo. Mas, pela primeira vez na história da humanidade a produção de um país cai 3% SEM ter ocorrido choque algum na economia!!! Essa é mais uma vitória de 13 anos de PT no poder.

Na antiguidade crises econômicas estavam associadas a desastres naturais: secas, alagamentos, pragas agrícolas, terremotos, ou qualquer outra coisa do gênero. Mais recentemente, algumas crises estavam associadas a algum evento financeiro: crise da bolsa de valores de 1929, hiperinflação na Alemanha na década de 1920, crise subprime nos Estados Unidos em 2007. 
Ou ainda temos as crises associadas a choques negativos de oferta, tal como a crise de 1972-73 e 1979-80, associadas ao choque do petróleo. 
Tem-se também as crises geradas por guerras externas ou internas. Por fim, não podemos esquecer das crises geradas por mudanças bruscas no método de produção (tal como as crises geradas pelas políticas marxistas nos países do leste europeu e asiático).

Mas, repito, pelo melhor de meu conhecimento, o Brasil é o primeiro país do mundo que entra numa crise SEM a ocorrência de choque algum. 
A produção no Brasil, medida pelo PIB, irá cair em 3% esse ano e, provavelmente, cairá novamente em mais de 1% no ano que vem. 
É a primeira vez na história que um país sofrerá tal decréscimo na produção sem que tenha ocorrido choque algum. 
A safra agrícola não quebrou, o preço do petróleo não disparou, não estamos em guerra alguma, em resumo, nosso PIB irá sofrer uma grande redução sem que tenha ocorrido qualquer choque negativo em nossa economia. Como será isso possível?

A redução na produção no Brasil não é decorrência de choque algum. Pelo contrário, tal redução era plenamente previsível como decorrência das péssimas políticas fiscais e monetárias adotadas pelo governo petista. 
Nunca na história da humanidade isso foi possível. 
Nunca na história de um país a produção caiu tanto sem que ocorresse qualquer evento desfavorável. 
O PT foi o choque negativo da economia brasileira. Choque esse tão severo que fará com que nossa produção se retraia num volume superior aos das crises de 1930 e 1980.

Da próxima vez, se você tiver que escolher entre: 1) a crise da bolsa de 1930; 2) a crise do Petróleo e da dívida externa de 1980; ou 3) a crise gerada pelo PT. 
Escolha, sem medo de errar, as opções 1 ou 2. Afinal, de acordo com os dados, o PT consegue ser pior do que qualquer crise.

15 de outubro de 2015

LULA E AS ACUSAÇÕES DE CORRUPÇÃO - MARCO VILLA (VÍDEO)

O IMPASSE DOS ESPERTOS

Acusa-se Eduardo Cunha (PMDB) de muita coisa, menos de ingenuidade ou estupidez. O presidente da Câmara costuma estar vários lances à frente de adversários e de aliados no xadrez político. Mesmo que por xadrez entenda-se o jogo de tabuleiro.

Não foi o anfitrião que ficou com cara de tacho na reunião do clube do impeachment, terça-feira pela manhã, na casa de Cunha. O encontro ocorreu imediatamente depois de o Supremo Tribunal Federal interditar os atalhos planejados pelos presentes para abreviar a temporada de Dilma Rousseff no Palácio do Planalto.

“Se eu derrubo Dilma agora, no dia seguinte vocês me derrubam”, foi a frase atribuída a Cunha durante o encontro, segundo apuração do repórter Daniel Carvalho. 
A oposição, como também o governo, se acha mais esperta do que o resto. Queria que Cunha aceitasse logo o pedido de impeachment da presidente - já que a manobra de recusá-lo para que uma maioria simples de deputados reformasse sua decisão e deslanchasse o processo havia sido inviabilizada por três liminares contrárias do STF.

Querer queria, só que esperto coca-cola não é páreo para o produto original. Como todos acham que o presidente da Câmara não sobreviverá politicamente às denúncias, tentam extrair o máximo de vantagem do que imaginam ser seus estertores. 
Mas o peemedebista anteviu o que rivais e amigos da onça fariam antes de eles vislumbrarem o próximo movimento de suas próprias peças.

Resta uma bala de prata para Cunha: o poder de iniciar o processo de impeachment de Dilma na Câmara. 
Porém, assim que ele deflagrá-lo, se tornará um incômodo inútil para a oposição e um inimigo declarado para o governo. Fragilizado pelas acusações que se multiplicam da Suíça ao Brasil, o deputado feriria Dilma e, ao mesmo tempo, cometeria suicídio político. Não caiu na conversa dos sócios do clube e preservou seu cartucho.

Do mesmo modo, o governo quer fazer crer que dará sustentação a Cunha caso ele desista de fazer par com a oposição. 
O faz de conta ficou menos verossímil na terça depois de a maioria dos deputados petistas assinar pedido de cassação do colega. 
Cunha só se segura no cargo e no mandato enquanto ambos os lados acharem que precisam dele para ganhar a guerra do impeachment. Daí ele não precipitar seus movimentos se tiver alternativas.

A prioridade do presidente da Câmara - como ele mesmo declarou - é recarregar sua bala de prata, temporariamente neutralizada pelos ministros Teori Zavascki e Rosa Weber. 

Vai brigar no Supremo para ter de volta o poder sobre o futuro de Dilma. Mostrar que sua arma está engatilhada é mais importante do que dispará-la. 
Enquanto o STF não arma nem desarma, o impeachment emperra e o governo espera o recesso parlamentar.

O problema é que o suspense não se limita ao destino do mandato presidencial. Provar que tem força política para se manter no cargo não basta. 
Dilma também tem que mostrar que é capaz de voltar a governar. Sustentar seus vetos à pauta-bomba do Congresso e aprovar as medidas do ajuste fiscal seriam as melhores maneiras de sair do estado de suspensão. Está difícil.

Tudo o que Cunha e o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB), têm dito ultimamente é que as votações desses temas foram adiadas. 
Para a semana que vem, para o mês que vem, para o ano que vem - só faltam dizer “para o governo que vem”. 
Não tiram os tubos da presidente, mas injetam apenas o oxigênio necessário para não asfixiar a paciente de vez. 
Criar perspectiva, traçar um horizonte, superar o impasse é a única maneira de o governo voltar a respirar sem ajuda de aparelhos alugados pelo PMDB - e de a economia sair do limbo.

Aos caciques peemedebistas, porém, não convém tirar do coma um aliado do qual planejam se separar assim que a ocasião permitir. Nesse empate de espertos, ninguém ganha, mas todos perdem.



15 de outubro de 2015
José Roberto de Toledo

O NOBEL DEATON, O DINHEIRO E A FELICIDADE

O Nobel de Economia deste ano foi outorgado a Angus Deaton, um economista escocês ligado à Universidade de Princeton (EUA). Interessado no tema finanças pessoais, em 2013 li artigo que escreveu em 2010 com o psicólogo Daniel Kahneman, ganhador do mesmo Nobel em 2002. Vale enfatizar: este último, um psicólogo que ganhou o Nobel de Economia, o que demonstra o alcance do seu talento.

Traduzido do inglês o título do artigo é Renda alta melhora a avaliação da vida, mas não o bem-estar emocional. Pode ser consultado em http://www.pnas.org/content/107/38/16489.full, e foi mencionado no comunicado com que a instituição que outorga o Nobel justificou a escolha de Deaton.

Kahneman é hoje um ícone da área de finanças comportamentais, que se desenvolveu fortemente nas duas últimas décadas em contraposição ao enfoque tradicional, que adota como premissa a racionalidade do ser humano. Ele demonstrou que o ser humano tem racionalidade limitada por desvios comportamentais que podem comprometer a qualidade de suas decisões financeiras.

Como o referido artigo tem agora a assinatura de dois premiados com o Nobel, acredito que merecidamente venha a receber atenção ainda maior. Presumo que na pesquisa que levou ao artigo Kahneman tenha esclarecido aspectos da felicidade e Deaton, entrado com sua grande habilidade de lidar com pesquisas domiciliares e grandes bases de dados, inclusive em países em desenvolvimento, como na Índia.

Sobre a relação entre dinheiro e felicidade, certa vez tomei conhecimento de uma frase de São Tomás de Aquino, que em linguagem mais atual afirma ser necessário um mínimo de conforto material para uma vida virtuosa. Passei a chamar esse mínimo de Aquiniano.

No artigo citado, parte-se da visão de que a felicidade se desdobra em dois aspectos. O primeiro vem da avaliação que a pessoa faz ao refletir sobre suas condições de vida. O segundo diz respeito ao bem-estar emocional que ela sente no seu dia a dia, conforme avaliado pela frequência e intensidade de experiências de alegria, estresse, tristeza, raiva e afeições que tornam o viver agradável ou desagradável. Definidos esses conceitos, na análise empírica a pesquisa voltou-se, em síntese, para perguntar se o dinheiro “comprava” felicidade e, separadamente, para esses dois aspectos. E o trabalho de campo envolveu 450 mil respondentes nos EUA, uma amostra de grande amplitude.

Deaton e Kahneman concluíram que a renda é positivamente correlacionada com a avaliação das condições de vida. Ou seja, nesse primeiro aspecto da felicidade o dinheiro é muito importante. A educação também se revelou positivamente correlacionada com a avaliação dessas condições, o que também confirma a sua importância. Quanto ao bem-estar emocional, vale repetir, o segundo componente da felicidade, ele também cresce com a renda, mas sem avanços adicionais a partir de US$ 75 mil por ano, valendo lembrar que os americanos costumam avaliar sua renda em bases anuais. A uma taxa de câmbio arredondada para R$ 4 por dólar, esse valor equivale hoje a R$ 25 mil por mês, mas nas condições atuais entendo que essa taxa subvaloriza o real. De qualquer forma, dada a pobreza ainda marcante no Brasil, a grande maioria da população se sentiria feliz quanto às suas condições de vida se ganhasse, digamos, R$ 10 mil por mês. Mas esse é assunto por pesquisar.

Tendo vivido nos EUA e acompanhado o que lá se passa desde então, minha percepção é de que o valor encontrado por esses pesquisadores é suficiente para a pessoa manter-se com o cônjuge e dois filhos, colocá-los em boas escolas até o ensino médio, adquirir com financiamento de longo prazo uma casa em boas condições. E ter dois carros, que lá são muito mais baratos do que aqui, no valor e no combustível, mais atividades de lazer, entretenimento incluído. Mas não chega a ser um orçamento folgado, pois é preciso poupar dinheiro, como para se aposentar com um rendimento superior ao assegurado pela previdência social do país, custear um bom plano de saúde e levar os filhos ao ensino superior, em muitos casos não gratuito e frequentemente realizado noutra cidade, o que exige gastos adicionais.

A conclusão da pesquisa, portanto, é que uma renda mais alta “compra” a felicidade no sentido de satisfação com a vida até um valor em torno do referido limite, mas não a felicidade no plano emocional antes ou depois dele. Com renda muito baixa a pessoa tende a ser infeliz nos dois aspectos. Essa separação conceitual da felicidade me parece adequada e os resultados da pesquisa têm alcance mais geral, exceto quanto ao valor citado, como já disse, ainda por pesquisar no Brasil.

Essa pesquisa reafirmou minha percepção de que se a pessoa não tem o mínimo Aquiniano, ou, pior ainda, está muito longe disso, viver nessas condições é muito difícil e traz danos ao bem-estar emocional. Quanto ao que mais determina a felicidade, também entendo que a satisfação consigo mesmo e o reconhecimento no meio social é um importante ingrediente nesse processo.

Ligada a essa visão dual da felicidade, outra percepção que me ocorre é que as pessoas com ocupações que trazem grande reconhecimento social, como artistas e esportistas, correm o risco de deixar em plano secundário a acumulação dos meios necessários à manutenção de seu padrão de vida depois que perdem esse status em estágios precoces ou intermediários de suas carreiras. Ou seja, a felicidade do segundo tipo pode ofuscar a preocupação com a do primeiro, mas em algum momento essa preocupação pode voltar a predominar. Às vezes já em condições em que o ajuste não é possível, dado o avanço da idade combinado com a queda da renda e a ausência ou fragilidade de recursos acumulados. O que reforça a necessidade de poupar para essa fase da vida.


15 de outubro de 2015
Roberto Macedo

A INCRÍVEL AMEAÇA DA UNASUL

Como se o Brasil fosse uma república bananeira, sem instituições democráticas sólidas e vulnerável a conspiratas e golpes cucarachos, o secretário-geral da União das Nações Sul-Americanas (Unasul), Ernesto Samper, declarou que a entidade respalda a presidente Dilma Rousseff e que pode expulsar o País da organização caso o Congresso decida pelo impeachment sem que haja uma “causa criminal”.

Samper esteve no Brasil no último dia 13 e reuniu-se com Dilma no Planalto. Saiu do encontro dizendo-se convicto de que Dilma é uma “pessoa honesta” e que foi “eleita constitucionalmente”, razão pela qual a Unasul espera “que todos os temas políticos sejam tratados dentro do Congresso em respeito à Constituição e em respeito às normas universais sobre o direito de defesa”.

A declaração de Samper sugere que o eventual impeachment de Dilma está sendo urdido em desrespeito à Constituição – ou seja, ele insinuou que há um golpe em curso no Brasil. É exatamente esse o discurso da própria Dilma, que nos últimos dias tem tratado as articulações políticas contra ela no Congresso como se constituíssem a semente de um “golpe à paraguaia”.

A tramoia, segundo o raciocínio de Dilma, agora respaldado por Samper, visa a explorar as brechas do Congresso e a fragilidade da base governista para arquitetar a queda da petista, inventando pretextos supostamente chancelados pela Constituição. Dilma acredita que foi uma operação desse tipo que em 2012 selou a sorte do então presidente do Paraguai, Fernando Lugo, que sofreu impeachment após um processo que durou pouco mais de 24 horas. Embora nenhuma lei paraguaia tenha sido violada no caso, Dilma e sua colega argentina, Cristina Kirchner, denunciaram o “golpe” e articularam a suspensão do Paraguai do Mercosul.

Agora, conforme ameaçou Samper, é o Brasil que corre o risco de ser punido. O colombiano disse ao jornal Valor que “existe uma cláusula democrática que prevê que a Unasul deve intervir para evitar que, de uma maneira brusca, se altere a ordem constitucional”.

É evidente que Samper não fala por si nem pela Unasul. Ele fala por Dilma, que certamente quer usar a ameaça diplomática vocalizada pelo secretário-geral da Unasul como mais um argumento a favor da manutenção de seu mandato.

A Unasul é um dos grandes símbolos da temporada burlesca que testemunhou a ascensão simultânea do lulopetismo, do chavismo e do kirchnerismo na América Latina. Nasceu com a tarefa de defender os regimes bolivarianos contra todas as tentativas de denunciar o retrocesso democrático que eles representavam. Envernizada como instituição “democrática”, a Unasul nada mais é do que um instrumento dos autocratas que pretendem se perpetuar no poder na Venezuela, no Equador e em outros cantos latino-americanos.

Enquanto a Unasul se sentiu na obrigação de advertir a oposição brasileira de que o País pode sofrer graves consequências diplomáticas se o processo de impeachment for adiante, nenhuma palavra foi dita pelo bloco a respeito das inúmeras violências cometidas pelo governo da Venezuela contra os adversários do regime.

Às portas de uma eleição legislativa que, de acordo com todas as pesquisas, deve resultar em acachapante derrota do presidente Nicolás Maduro, recrudesce a repressão à imprensa e aos opositores venezuelanos. E, para que não haja testemunhas, Maduro proibiu que a campanha eleitoral e a votação de 6 de dezembro sejam acompanhadas por observadores independentes. Somente os delegados da Unasul, totalmente submissos aos interesses chavistas, estão autorizados a verificar a lisura do pleito.

Diante desse histórico, não surpreende que Dilma se agarre à Unasul para tentar conferir à defesa de seu mandato um caráter transcendental. Mas, na remotíssima hipótese de que a ameaça se cumpra e o Brasil venha a ser excluído da Unasul em razão da eventual destituição de Dilma, pode-se dizer, conforme apropriada expressão popular, que o Brasil terá matado dois coelhos com uma só paulada.



15 de outubro de 2015
Estadão

EIS O NÓ DO IMPEACHMENT: SAI DILMA, ENTRA QUEM?

Enquanto tirar Dilma for sinônimo de trocar seis por meia dúzia, ou mesmo risco de agravamento de um quadro político-econômico já intrincado, a novela do impeachment se arrastará. Sai Dilma entra Temer? Sai Dilma entra Cunha? Sai Dilma entra Aécio? Sai Dilma convocam-se eleições, com o atual quadro de fragmentação? A torcida do governo é que diante do precipício todos prefiram no final deixar como está.

Que o governo é fraco, fraquíssimo, já se sabe. Que é impopular, também. Mas para haver impeachment é preciso alternativas. Não é assunto meramente técnico (as pedaladas) ou estritamente jurídico. É preciso que haja uma opção ao quadro atual, que haja forças capazes de aglutinar a mudança desejada. Isto, no Brasil, parece não estar à disposição, pelo menos no dia de hoje.

Incapaz de ganhar a eleição contra uma candidata cheia de flancos já em 2014, a oposição não consegue apresentar ao público uma alternativa de país que empolgue. Pelo caminho da moralidade, não vai dar por motivos óbvios: a crise é do sistema político e não de político A ou B (o candidato a vice da oposição foi citado por um delator da Lava Jato como tendo recebido dinheiro em espécie em uma campanha eleitoral, segundo a imprensa, e apenas para ficar em um exemplo). Pela via de projeto econômico também o carro não sai da lama: ninguém abandonará o ajuste atual, ao mesmo tempo em que a oposição minou parte de sua credibilidade, em especial junto aos chamados “agentes econômicos”, ao tentar impor uma agenda gastadora no Congresso Nacional. Para onde aponta a biruta do Congresso, oposição inclusa, ninguém sabe.

Seja como for, os lances futuros da novela são incertos. O próximo poderá vir do TSE, que retomou o julgamento de impugnação da chapa Dilma-Temer. Mas parece improvável que 7 juízes possam vir a afastar uma presidente eleita com 55 milhões de votos, assim, com argumentos que talvez não sobrevivam ao tempo. Empastelar uma eleição presidencial não é coisa circunstancial e (muito menos) sem consequências.

A ver como se pedala esta agenda.


15 de outubro de 2015
Rogério Jordão

QUEDA DE CUNHA: PARA QUE AS COISS PERMANEÇAM IGUAIS, É PRECISO QUE TUDO MUDE.

Falemos de Tomasi di Lampedusa. Em seu livro Il Gattopardo, por aqui chamado O Leopardo, ele definia o funcionário público, burguês e corrupto, como “o bigodudo dançando na fachada do palácio, no frontão das igrejas, no alto dos chafarizes, nos azulejos das casas”. E que esse tipinho se constituía no símbolo maior da opulência de uma nobreza que se via ameaçada pela mudança, pelos novos ventos da República.

No livro, o Príncipe de Falconeri notava:

“A não ser que nos salvemos, dando-nos as mãos agora, eles nos submeterão à República. Para que as coisas permaneçam iguais, é preciso que tudo mude”.

Seguindo a dica do gênio Carlinhos Brickmann, fomos atrás do “Physique du Rôle” do vice-presidente da Câmara e substituto de Eduardo Cunha: é o deputado federal Waldir Maranhão, do PP maranhense, pleonasmos a parte…

Na primeira semana de maio passado o doleiro Alberto Youssef disse que esse mesmo, o vice-presidente da Câmara, deputado Waldir Maranhão (PP-MA), recebeu dinheiro nascido de propinas pagas por empresas contratadas pela Petrobras. “Não dá para dizer que esse dinheiro vinha do contrato A ou B. Era um somatório dos contratos”.

O pagamento a Maranhão teria sido feito diretamente por ele, dentro do esquema de pagamento a deputados do PP, coordenado pelos líderes do partido na Câmara.

O inquérito da ‘Operação Miquéias’, que investiga o desvio de dinheiro de fundos de pensão municipais, foi encaminhado no dia 2 de outubro passado ao Supremo Tribunal Federal (STF), por suspeitas de envolvimento de deputados federais, como mostrou o Jornal Nacional. Entre eles está o deputado Maranhão.

Além do parlamentar maranhense, também foram investigados Davi Alcolumbre (DEM-AP) e Eduardo Gomes (PSDB-TO).

A Polícia Federal gravou várias conversas telefônicas em que deputados federais conversam com o doleiro Fayed Treboulsi, apontado pelos investigadores como chefe da quadrilha que aliciava prefeitos para o desvio de dinheiro de fundos de pensão municipais. O inquérito que investiga o caso vai ser analisado pelo Supremo Tribunal Federal, por causa do foro privilegiado de parlamentares federais dispõem.

Nas gravações feitas pela PF, o deputado Waldir Maranhão (PP-MA) convida para uma visita a sua casa o doleiro Fayed. "Marquei com ele terça-feira um outro encontro lá em casa, à noite”, diz o deputado durante conversa com o doleiro.

Fayed questiona: “lá em casa onde, aqui ou lá? Aqui em Brasília?”. E o deputado responde: “É. Aqui no meu apartamento”. O doleiro encerra a conversa dizendo: “então beleza. Tamu junto (sic)”.

Bem: sai bandido, entra bandido: para que as coisas permaneçam iguais, é preciso que tudo mude, não?



15 de outubro de 2015
Claudio Tognolli

BRASIL OF THE BITCH REBAIXADO PELA FITCH



(Globo) A Fitch Ratings rebaixou nesta quinta-feira a nota de crédito soberana do Brasil de “BBB” para “BBB-”. 
Agora, o país está a apenas um degrau de perder a chancela de “grau de investimento”, espécie de selo de bom pagador. 
O país já é considerado “grau especulativo” pela Standard &Poor’s, uma das três grandes agências de risco. 
Segundo comunicado da Fith publicado hoje, o rebaixamento reflete o aumento do endividamento do governo, aumento dos desafios para consolidação fiscal e piora do cenário econômico.

A Fitch também manteve a perspectiva para a nota do país em estágio negativo, o que significa que poderá haver nova revisão em um prazo entre 12 e 24 meses, com chance de rebaixamento superior a 50%. 
- Essa chance está acima de 50%. Em geral, os analistas costumam fazer essas avaliações entre 12 e 18 meses - explicou.

Segundo Guedes, a questão política foi determinante para o corte da nota do Brasil. - Vimos uma perspectiva desafiadora com um cenário político muito exarcebado, que pode fazer com que nosso cenário base não seja atingido - afirmou. 
Entre os fatores econômicos, Guedes lembrou que o crescimento baixo, situação fiscal pior do que os países com a mesma nota e retomada do crescimento só em 2017 também contribuíram para a decisão.

O comunicado da agência aponta que o rebaixamento "reflete o aumento do endividamento do Brasil, os crescentes desafios para a consolidação fiscal e a piora do cenário de crescimento econômico. 
O complicado ambiente político está dificultando o progresso da agenda legislativa do governo e criando um círculo de efeito negativo sobre a economia”. 

Segundo o texto, "A perspectiva negativa reflete a avaliação da Fitch de que o baixo desempenho econômico e fiscal deve persistir, enquanto a incerteza política pode continuar pesando na confiança, postergar a mudança de trajetória do investimento e do crescimento e elevar os riscos no médio prazo para a consolidação fiscal necessária para a estabilização da dívida.” 
A Fitch esclarece, porém, que perspectivas negativas ou positivas não significam que uma mudança de rating é inevitável.

15 de outubro de 2015
in coroneLeaks

PT DE MINAS QUER PRISÃO DE QUEM PROTESTAR USANDO PIXULECO, DILMENTIRA E PIMENTELINA



O PT de Minas Gerais está querendo punir criminalmente quem se manifestar contra o partido e com críticas aos governos da presidente Dilma Rousseff e do governador Fernando Pimentel. 
Além disso, quer a mobilização das polícias contra os protestos. Reportagem publicada nesta quinta-feira (15/10) no jornal Folha de S.Paulo revela que o diretório estadual da legenda protocolou representações na Polícia Federal, na Polícia Civil e no Ministério Público do Estado afirmando que os manifestantes cometem crimes.  
O texto ainda pede que, além do inquérito, sejam feitos "esforços para a cessação dos pretensos crimes, praticados à luz do dia". De acordo com a reportagem da Folha, a última manifestação apontada nas representações aconteceu no dia 12 e contou com um boneco "pixuleco" inflável de Lula, da presidente Dilma Rousseff e do governador Fernando Pimentel 
Essas ações deixam claro como é a democracia do PT. O partido, que usou e abusou do dinheiro público, organizando esquemas de corrupção agora quer censurar o eleitor. 

15 de outubro de 2015
in coroneLeaks

DEFENSORES DO GOVERNO E DO IMPEACHMENT - DUAS ATITUDES MORAIS


Eduardo Cunha foi um exemplo que caiu dos céus no inferno moral brasileiro. Ele está aí como um divisor de águas. Surpreso, leitor? Acalme-se, o petismo ainda não conseguiu me enlouquecer.
Eduardo Cunha obteve seu primeiro mandato como deputado federal pelo PMDB, em 2003, ou seja, ele acompanhou como deputado da base três dos quatro mandatos presidenciais petistas. O dinheiro que está depositado em suas contas na Suíça foi conquistado com o “suor de seu rosto” nas mesmas falcatruas que enriqueceram outros parlamentares dos partidos que apoiam o governo. Participou dos mesmíssimos trambiques que custearam as campanhas presidenciais petistas.
ATÉ 2013
Só se afastou do governo em fins de 2013 quando percebeu que as fissuras abertas no apoio a Dilma poderiam lhe proporcionar a presidência da Câmara dos Deputados. De fato, somando as perdas do governo com os ganhos da oposição ele superou por vários corpos de vantagem, o parelheiro da comissária, o arrogante deputado Arlindo Chinaglia.
A inimizade instalou-se automaticamente. O governo afundava em escândalos e a economia em crises. Cunha tornou-se, então, figura-chave para viabilizar um incontornável processo de impeachment. E é a partir desse exato momento que se justifica a frase inicial deste artigo: Cunha caiu dos céus no inferno moral brasileiro.
LAVA JATO
Primeiro, e principalmente, porque foi dentro das investigações referentes à operação Lava Jato que seu nome surgiu na ribalta dos escândalos. Ora, para quem dizia que a operação era uma armação golpista, nada mais contragolpista do que desmoralizar o arqui-inimigo do governo. Acho que isso até os petistas entendem: a denúncia contra Cunha é atestado de isenção da Lava Jato. Segundo, porque o fato separa nitidamente duas atitudes morais. De um lado, a dos que defendem com unhas, dentes e os mais encardidos sofismas um governo que apodreceu sob a ação de seus “heróis do povo brasileiro”. De outro, a atitude dos que colocavam esperanças na atuação de Eduardo Cunha como presidente da Câmara dos Deputados.
QUE PAGUE A CONTA…
No entanto, meteu o pé na jaca? Fez o que não se faz? Dane-se e pague a conta de seus atos! Ele não tem em seu favor senão vozes isoladas entre mais de cem milhões de brasileiros que querem ver o petismo pelas costas. Responda-me, agora, leitor amigo: isso não revela duas posições moralmente opostas – a daqueles para quem o poder vale mais do que a honra e a daqueles que não sacrificam dignidade em nome de causas políticas?
Por fim, um exemplo adicional. Os petistas militantes, os que estão para o que der e vier, em flagrante desrespeito à verdade (e este é o primeiro degrau na escada da corrupção) querem fazer de Eduardo Cunha um exemplo da corrupção oposicionista, mesmo sabendo que foi dentro dos contratos dos governos petistas, enquanto membro da base, que ele acumulou a fortuna localizada em bancos da Suíça.

15 de outubro de 2015
Percival Puggina