"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

O QUE É O FORO DE SÃO PAULO?

Conheça o Foro de São Paulo, o maior inimigo do Brasil ...

veja.abril.com.br/.../conheca-o-foro-de-sao-paulo-o-maior-inimigo-do-b...
24 de mar de 2014 - Por quase duas décadas, os jornais e supostos oposicionistas brasileiros esconderam do grande público a existência do Foro de São Paulo

11 de dezembro de 2015
m.americo

COMO FOI A DESTRUIÇÃO DO BRASIL

Entrevista de Dilma em Brasilia (DF)


A reportagem de Leandra Peres no Valor Econômico de hoje – “A história oculta das pedaladas fiscais” (aqui) – recompõe passo a passo a história do que se pode chamar sem medo de exagero, do assasssinato triplamente qualificado da economia brasileira. Peço perdão por ser tão enfático mas é absolutamente disso que se tratou.
A reportagem, que só li pelo meio do dia depois de ter escrito o primeiro artigo publicado hoje, é jornalismo da melhor qualidade, raríssimo hoje em dia. Conta uma história de horror que foi apurada dentro da melhor técnica jornalística em meses seguidos de trabalho paciente de garimpo e aferição de fatos e coleta e depuração de informações para contextualiza-los.
Entrevista de Dilma em Brasilia (DF)

Baseia-se em relatórios elaborados por técnicos do Tesouro e em relatos impressionantes do ambiente de terror que se foi instalando dentro do núcleo central das manipulações que levaram este governo até as portas do impeachment em função da truculência com que Arno Agustin, o "soldado" ou "tarefeiro"  que ela trouxe do Rio Grande do Sul para por tudo que os 204 milhões de brasileiros construíram com o suor de seus rostos à mercê dos seus absurdos delírios ideológicos, primeiro, e das subsequentes maquinações criminosamente irresponsáveis para que as consequências deles não a levassem a perder o poder, que agravaram o problema ao ponto de transforma-lo em catástrofe.
O principal desses relatórios já alertava o governo em julho de 2013 de que o país estava caminhando para uma desclassificação de rating certa “num prazo máximo de dois anos” em função do desastre fiscal de grandes proporções que se estava configurando. A reação de Dilma e Agustin foi de ameaças  contra esses profissionais, tratados como “traidores”, e o redobrar das ações desviantes por eles apontadas. Uma nova versão do documento foi feita em setembro de 2013 mostrando o agravamento da situação, mas tudo foi tratado por Dilma e seu agente dentro do Tesouro Nacional como “atos de rebelião” dos escalões inferiores.
Entrevista de Dilma em Brasilia (DF)

Antes disso, desde as primeiras manobras de “contabilidade criativa” do ministro Mantega em 2012, que já respondiam à recusa reiterada de corrigi-los, os desvios vinham sendo sucessivamente apontados pelos técnicos do Tesouro e dos bancos estatais envolvidos nas manobras. Essas falsificações foram, portanto, assumidas dolosamente, enquanto qualquer tentativa de dete-las era recebida como “traição”, como "tentativa de prejudicar os pobres" e por essa picada afora. O terrorismo chegou a tal ponto que os técnicos criaram uma comissão para tratar do “problema de relacionamento humano” criado dentro do Tesouro Nacional para reunir coragem para levar a reclamação, em nome de todos, ao foco emissor desse “problema de relacionamento”: Arno Agustin em pessoa, o homem a quem a "presidenta", como ele gostava de chama-la com marcado sotaque gaúcho, ligava frequentemente mais de 15 vezes seguidas.
Entrevista de Dilma em Brasilia (DF)

O resumo é que as pedaladas fiscais não configuram apenas “crime de responsabilidade” punível com impeachment, conforme inscrito na lei e no pedido de abertura do processo feito pelo ex-fundador do PT, Helio Bicudo, e pelo jurista Miguel Reale Junior. O que ha de mais impressionante nesta reportagem, acompanhada da íntegra de todos os documentos a que se refere, é a riqueza dos detalhes que iluminam profusamente o tipo de desvio de personalidade e comportamento que criou a sequência de acontecimentos que, sem medo de imprecisão na comparação retórica, resultaram em nada menos que o assassinato triplamente qualificado da economia brasileira, vitimada sem possibilidade de defesa e por motivo torpe conscientemente assumido pelos autores do crime.
Entrevista de Dilma em Brasilia (DF)

Se ainda havia quem alimentasse dúvidas honestas sobre a extensão e a qualidade dos crimes deste governo, os pormenores revelados por Leandra Peres neste trabalho de profundidade excepcional e qualidade jornalística impecável, acaba com todas elas. É uma peça que tem valor histórico, além de valor jurídico.
Dilma Rousseff é um perigo para a sociedade e uma ameaça à segurança pública que não apenas tem de ser apeada do poder o quanto antes num ato de legitima defesa da sociedade brasileira como também, de ser impedida pela polícia de causar mais danos posto que, mesmo diante do tamanho do desastre que produziu, mostra sinais claros de psicopatia prometendo reiteradamente reincidir nos seus crimes.
Neste domingo, não deixe de ir se defender na rua. E para chegar a ela com toda a carga de energia que a ocasião pede, não deixe de ler e de fazer circular a matéria de Leandra Peres.
Entrevista de Dilma em Brasilia (DF)

vespeiro
11 de dezembro de 2015

VICE DECORATIVO

EM SÃO PAULO, TEMER DEFENDE "SEMIPARLAMENTARISMO"
VICE PROPÕE EQUIPES TÉCNICAS E POLÍTICAS PARA AVALIAR PROGRAMAS


“QUAL É A VANTAGEM DESSE SISTEMA? É QUE VOCÊ TEM O LEGISLATIVO PARTICIPANDO DA EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA", DEFENDEU O PRESIDENTE DO PMDB (FOTO: ANDERSON RIEDEL/VPR)


O vice-presidente da República, Michel Temer, defendeu hoje (11) mais participação do Congresso Nacional na gestão administrativa do país. De acordo com Temer, Legislativo e Executivo poderiam ter equipes técnicas e políticas para avaliar o andamento dos programas de governo.

“Analisaríamos se o programa não é bem-sucedido, se deve ser eliminado ou modificada sua concepção”, ressaltou o vice-presidente durante aula inaugural do Instituto de Direito Público de São Paulo. A instituição é coordenada pelo ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

“Qual é a vantagem desse sistema? É que você tem o Legislativo participando da execução orçamentária. Ou seja, coordenando junto com o Executivo para formular o projeto”. Michel Temer classificou sua proposta de semiparlamentarismo. “O Legislativo passaria a participar ativamente do governo. Não teríamos os problemas que temos hoje, do tipo não tinha verba ou usou verba não sei de onde”.

Temer também destacou o papel da iniciativa privada no desenvolvimento econômico. “O Estado não age sozinho. Os governos federal, estaduais e municipais não são capazes por si próprios. Não agem sem o concurso dos seus cidadãos. As forças motrizes do desenvolvimento decorrem, precisamente, da conjugação do capital e do trabalho. Os governantes têm de prestigiar os vocábulos constitucionais que valorizam a atividade individualizada, a atividade privada”.

Durante a palestra, o vice-presidente lembrou a liminar concedida pelo ministro Edson Fachin, do STF, que suspendeu a tramitação do impeachment na Câmara. “Relativo a um processo de votação, houve um pleito ao Supremo, como convém. O Supremo decidiu de outra maneira, resolveu aguardar para verificar o que se pode fazer em relação a isso. Sem protestos, porque há uma interação extraordinária entre o Legislativo e o Executivo”, acrescentou.

A liminar foi concedida atendendo ação do PCdoB, encaminhada ao STF logo após a votação definindo a comissão que deverá analisar o pedido de impeachment na Câmara. Segundo Temer, o episódio mostra que “as instituições estão funcionando no país. O Legislativo e o Judiciário funcionam”. (ABr)



11 de dezembro de 2015
diário do poder

FUNDO DO POÇO! REJEIÇÃO DE DILMA ENTRE OS GAÚCHOS SOBE E SUPERA 85%


DESAPROVAÇÃO DE DILMA FOI DE 79,4% EM PESQUISA REALIZADA EM ABRIL

DESAPROVAÇÃO DE DILMA FOI DE 79,4% EM PESQUISA REALIZADA EM ABRIL. FOTO ROBERTO STUCKERT FILHO
Levantamento feito pelo Instituto Paraná Pesquisas no Rio Grande do Sul revelou que 85,1% dos gaúchos desaprovam o governo da Dilma Rousseff. O número subiu mais de cinco pontos percentuais ante os 79,4% registrados em abril. A queda na aprovação foi de exatos 5%, caindo de 17,2% em abril para 12,2% agora. Outros 2,6% não souberam ou não quiseram opinar. Em abril eram 3,4%.

O cenário eleitoral apresenta o PSDB sempre à frente, qualquer que seja o candidato escolhido. A maior vantagem se dá quando o candidato é o senador Aécio Neves. O mineiro lidera com 41,1% das intenções de voto contra 14,7% de Marina Silva (Rede) e 12,7% de Lula (PT). Outro resultado digno de menção é o desempenho do deputado federal Jair Bolsonaro (PP-RJ) que aparece em quarto com 5,8%. Os demais candidatos não atingem 5% da preferência: Ciro Gomes (PDT-4,9%), Michel Temer (PMDB-1,4%) e Ronaldo Caiado (DEM-1,3%). O número de indecisos foi de 9,2% e outros 8,8% disseram não que não votariam em nenhum dos nomes apresentados.

Confira os resultados quando o candidato do PSDB é o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin:

Alckmin - 29,2%
Marina - 19,7%
Lula - 13,6%
Ciro - 7,9%
Bolsonaro - 5,9%
Caiado - 1,9%
Temer - 1,9%
Nenhum - 10,4%
Não sabe - 9,5%

Segundo turno

O Instituto Paraná também simulou situações de disputa de segundo turno Aécio/Marina e Aécio/Lula. Contra Marina, Aécio sairia vencedor com 55,1% contra 26,8% da candidata da Rede. Nesse cenário, 9,4% não votariam em nenhum deles e 8,8% não souberam dizer qual seria o escolhido. Contra Lula, o tucano seria eleito com 63,1% contra 17,4% do petista. Votos nulos seriam 9,5% e 10% não saberia em quem votar.

Administração estadual

De acordo com o levantamento, o governador José Ivo Sartori é rejeitado por 60,6% dos gaúchos e aprovado por 35,9%. Outros 3,5% não souberam ou não quiseram opinar. A situação de Sartori praticamente se inverteu em comparação com abril, quando a aprovação era de 54,4% e a rejeição de 38,9%.

A administração Sartori pegou de surpresa 43,3% dos eleitores acham que o governo está pior do que o esperado. Para 42,2%, o desempenho já era esperado e só 13,1% acham que Sartori está se saindo melhor do que a expectativa.

O Instituto Paraná ouviu 1.506 eleitores de 78 municípios gaúchos entre os dias 4 e 7 de dezembro e com 19,9% das entrevistas acompanhadas simultaneamente. O nível de confiança da pesquisa é de 95% e a margem de erro é de 2,5% para mais ou menos.



11 de dezembro de 2015
diário do poder

INTIMADO, LULA PRESTARÁ DEPOIMENTO À PF NO DIA 17

OPERAÇÃO ZELOTES
É A ZELOTES: ELE TERÁ DE EXPLICAR VENDA DE MEDIDAS PROVISÓRIAS


DE ACORDO COM AS INVESTIGAÇÕES, DUAS MPS FORAM COMPRADAS POR ESQUEMA QUE ENVOLVE LOBISTAS E MONTADORAS DE VEÍCULOS QUE SE BENEFICIARAM DE PRORROGAÇÃO DE INCENTIVOS FISCAIS (FOTO: RICARDO STUCKERT)

O ex-presidente Lula deve prestar depoimento à Polícia Federal, em Brasília, no próximo dia 17 de dezembro, no âmbito da Operação Zelotes. O mandado de intimação é do dia três de dezembro. O petista deverá esclarecer o caso das Medidas Provisórias 471 e 512 assinadas por ele em 2009 e 2010.

De acordo com as investigações, essas medidas foram compradas por esquema de corrupção que envolve lobistas e montadoras de veículos que se beneficiaram de prorrogação de incentivos fiscais definidas por essas normas.

Um dos filhos de Lula, Luís Claudio Lula da Silva, também é investigado pela Operação Zelotes por ter recebido R$ 2,5 milhões da Marcondes & Mautoni, consultoria contratada por montadoras de veículos para fazer o lobby pelas MPs. Além disso, de acordo com a PF, o “serviço prestado” por Luís Cláudio é uma cópia resumida encontrada no site Wikepedia.

Lula também tem um de seus amigos investigados pela PF. O ex-ministro Gilberto Carvalho, chefe de gabinete do ex-presidente à época das MPs, teria uma relação suspeita com Mauro Marcondes.



11 de dezembro de 2015
diário do poder

PT CASSANDO DILMA?



A política se assemelha muito à bolsa de valores, onde se alternam fenômenos ponderáveis e imponderáveis, nem sempre com alguma andaimarialógica. Agora que foi dada a partida ao processo de crime de responsabilidade/impedimento contra a Presidente Dilma Rousseff, na Câmara Federal, tenho fundadas suspeitas que esse processo servirá como “boi-de-piranha” para  desviar a atenção da sociedade brasileira para o verdadeiro GOLPE que está em gestação, inteligentemente arquitetado pelos maiores “cérebros” do PT, que estão usando  os “babacas” da oposição política como ferramentas para operacionalizá-lo.

Os autores desse “golpe”, no caso, são os próprios governistas, que têm por hábito acusar os “outros” daquelas habilidades onde eles são os maiores “especialistas”, ou seja, darem golpes de toda a espécie, inclusive fazendo leis e emendas constitucionais, dentro dos interesses partidários, que podem não coincidir com os da sociedade, e que passam a autorizar o que antes era vedado em lei. Esses podem ser chamados de golpes “jurídicos”. São mais inteligentes e eficazes que quaisquer outros, inclusive os  golpes militares.

Já em outubro passado debrucei-me sobre o assunto, escrevendo “Conspiração Política em Marcha”,que saiu em diversos blogs. Ali manifestei meu pressentimento sobre a estratégia empregada pelo PT que hoje parece bem mais clara, que está “esquentando”, inclusive com as recentes informações dadas ao TSE pelo Juiz Federal Sérgio Moro, nos autos da ação de impugnação de mandatos eleitorais movida pelo PSDB, sobre o dinheiro sujo da Operação Lava-Jato, que teria financiado a campanha eleitoral ilícita da dupla Dilma & Temer.

O PT sem dúvida armou um GOLPE. Um golpe “legal”. Como ele tem os Tribunais Superiores na “mão”, cujas maiorias são compostas hoje por “cupinchas” seus, nomeados nos últimos 12 anos –um mal  decorrente das estapafúrdias regras para preenchimento das  vagas nos tribunais superiores  -parece certo que esse partido teria  na manga do colete a alternativa  do processo de IMPUGNAÇÃO DE MANDATOS ELEITORAIS de Dilma e Temer no  TSE,caso se evidencie a  probabilidade objetiva de procedência a ação de responsabilidade/impeachment de Dilma Rousseff na Câmara Federal/Senado.

Em vista disso, a ação de impugnação dos mandatos deve ficar à espera no TSE ,em regime de “STUND BY”, esperando sinal verde para prosseguir e cassar os mandatos dos “réus”,se for o caso, e “recomendável”. No momento em que o PT, ou Lula, derem um simples “estalar de dedos”, esse tribunal sairá  correndo para cassar os mandatos de  Dilma e Temer ,”matando” o impeachment, por consequência, que corre em paralelo no Poder Legislativo ,abrindo-se vaga, ao natural, como se verá adiante, novamente, para  “reempregar” Lula como Presidente da República,num curto espaço de tempo, sem que esse  esperto senhor tenha que esperar os “longínquos” 3 anos que faltam para as próximas eleições presidenciais. Seria um gigantesco “atalho”, com a vantagem de não ser necessária a interrupção, por 3 anos, dos mandatos presidenciais do PT, bem com o  desmonte da estrutura de poder por ele deixado para dar lugar ao pessoal do PMDB, de Temer.

Pode-se ter como certo que o impeachment de Dilma NUNCA acontecerá. Mesmo que se conseguisse  os 2/3  de votos necessários para isso, na  Câmara, o  “esquemão” acertado entre o PT , o TSE e  o STF (tudo do mesmo “balaio”)nunca deixaria que o impeachment prosperasse. O “placar” seria 2 ( Justiça +PT) X 1 ( parlamentares “pró” impeachment de Dilma).  Tudo significa que para que o impeachment acontecesse, ”mil” obstáculos teriam que ser vencidos, o que é quase impossível. Mesmo os 2/3 necessários na Câmara Federal seriam muito difíceis. O poder de “compra” que tem o Planalto, de pessoas e votos, é ilimitado.

As “pedrinhas” no percurso do processo de impedimento já começaram. Serão tantas outras que passaria o tempo restante do mandato de Dilma (3anos) sem que houvesse uma decisão definitiva, trânsita em julgado. Mas se isso não acontecer, ou seja, se o impeachment tiver indícios de que vai prosperar, certamente a alternativa “stundby”,no TSE, será acionada.

No projeto de poder que tem o PT, sempre é considerado o “descarte” de quem ameace a integridade desse poder. Dilma não escapa, mesmo porque é nova no “partido-religião” e sempre teve alguma resistência dentro dele. Ela não é unanimidade, como Lula, dentro da cabeça desse partido. O apoio que Dilma tem no PT e nos demais partidos que a sustentam é de mera conveniência,não de convicção. Além do mais ela é “cria” do Lula, tanto quanto Lula o foi do General Golbery, no Regime Militar. E Lula certamente não titubearia em abandoná-la à própria sorte, ou azar, a qualquer momento, no interesse político próprio, ou do seu partido.

Nessa política virada ao avesso o abandono ou a traição faz parte da natureza da própria sobrevivência. Some-se a toda essa “resistência” que muitos do PT têm com Dilma o fato de que ela tem o seu coração ainda muito ligado ao PDT, de Leonel Brizola, o que muitos não conseguem “engolir. O PT está “bombardeando”, desesperadamente, o impeachment de Dilma, por todos os lados. Nem titubeia, desrespeitosamente, e de forma antiética, ele e os outros partidos seus comparsas, em distribuir avalanches de processos no STF, na esperança de que algum deles “cole”, e  obtenha  alguma decisão liminar para trancar o impeachment de Dilma. E isso já começou a acontecer.

Mas ao mesmo tempo o PT solta um pouco a “linha” nessa alternativa, como se faz com os grandes peixes nas pescarias de alto-mar. Se a situação “apertar”,ou seja,se o risco de procedência de impeachment não puder ser evitado, por qualquer razão,o PT usará a alternativa que mantém na “reserva”, usando a sua influência e prestígio junto aos Ministros  do TSE que nomeou para acelerar o andamento  da  ação de impugnação dos  mandatos eleitorais de Dilma e Temer,com julgamento de procedência da ação. Nunca é demais lembrar os antigos vínculos do Presidente do TSE, Ministro Dias Toffoli, com o PT,de quem inclusive foi advogado.

Acredito até que essa saída seria menos traumática para a Presidente Dilma Rousseff do que a queda por impeachment. No impeachment, ela seria a “ré”. Na impugnação de mandato eleitoral, seria mais o seu partido ,o PT, ao menos pelo lado ético, além de que cairia também Temer, seu “vice” e mais recente desafeto. Cassados os mandatos de Dilma e Temer, seriam realizadas logo novas eleições . Ganha um prêmio aquele que  acertar quem seria o candidato do PT nessas novas eleições.

Apesar do desgaste que sofreu durante todo esse tempo, Lula tem a capacidade de “regeneração”, de enganar e se recuperar como ninguém. Sua bandeira , como candidato do PT ,seria a de “vítima” das “zelites”, da classe dominante, dos ricos, da burguesia,que  teriam dado um golpe na “Dilminha”. Sua chance de vencer seria grande, porquanto a vitória eleitoral no Brasil não é aferição de inteligência, de politização. É pura “aritmética” na contagem dos votos, quando não tiver a “ajudazinha”extra de certas urnas eletrônicas suspeitas que andam por aí. O sistema eleitoral vigente não investiga o que o eleitor tem dentro da cabeça, se é consciência política, interesse egoísta, ou “merda” mesmo. Mas o valor do voto é igual para todos.Disso decorre que desde o momento em que a maioria da consciência política é de má formação, não mais se pode afirmar estar-se vivendo numa DEMOCRACIA, porém na sua contrária, na OCLOCRACIA (democracia deturpada, corrompida, degenerada, virada ao avesso).

Somando-se os eleitores tradicionais do PT com a massa carente de consciência política que tem título eleitoral e que foi conquistada com as mentiras desse partido, parece que ninguém conseguiria tirar essa vitória de Lula, tanto se ele concorresse logo, com a cassação de Dilma/Temer, quanto se fosse na próxima eleição, daqui a 3 anos, o que seria até favorecido com o  improvável impeachment de Dilma, visto não haver qualquer luz no horizonte que indicasse a recuperação do Brasil num eventual Governo Temer, até as próximas eleições presidenciais. Lula voltaria com toda a força, culpando Temer pela situação caótica deixada por “ele”.

Esse é o alerta que nos permitimos dar. Caso não houver uma brusca mudança de rumos na sua política,o Brasil não escapará tão cedo da tragédia em que se viu envolvido. Tudo leva a crer que as únicas alternativa que ainda se teria seria (1) ou uma grande revolta popular depondo-se  os Três Poderes por métodos  que não poderiam ser pacíficos, o que provavelmente se inviabilizaria em vista da “doença” que afeta grande parte do povo, somado ao fato do total desarmamento da sociedade civil, decretado preventivamente pelos governos ilegítimos,ou (2) a “intervenção constitucional” (CF art.142) do Poder Instituinte do Povo, cuja soberania se manifestaria por ação das suas Forças Armadas, cassando-se os Três Poderes hoje instalados para em seguida organizar-se a sociedade mediante uma Nova Constituição, onde seriam fixadas novas regras para uma verdadeira democracia, com eleições livres e controladas pela sociedade.

O que parece certo é que a sociedade brasileira não poderá contar com nenhuma atitude política que atenda aos interesses do bem-comum e que tenha a iniciativa nos poderes constituídos que aí estão, porque são eles os únicos responsáveis por todo esse estado de coisas.

11 de dezembro de 2015
Sérgio Alves de Oliveira é Advogado e Sociólogo.

BURGUES GENTIL HOMEM


A extraordinária peça teatral de Molière cuja estréia foi em 1.670, ainda é sátira muito atual.

O senhor Jourdain equivale aos nossos emergentes, novos ricos que obtiveram sua fortuna de modo lícito ou não.

Contratou um professor de música e outro de dança.

O primeiro , a certa altura, disse ao colega:” Não há nada, por certo, que mais nos desvaneça do que os aplausos...Mas... puros louvores não alimentam ninguém...”

O segundo replica:”Alguma verdade há no que diz: cuido, entretanto, que o senhor exagera um pouco a questão do dinheiro...”

No final da apresentação uma cantora italiana entoa “Di rigori armata(o)...” ária aproveitada por Richard Strauss em sua ópera “Der Rosenkavalier” composta em 1.910 em alemão, e a única cantada sempre em italiano por um grande tenor.


“Di rigori armato il seno. Contro amor mi ribellai ma fui vinto in un baleno in mirar due vaghi rai. Ahi! che resiste puoco cor di gelo a stral di fuoco.”
Vide “Molière: O Tartufo; Escola de Mulheres; O Burguês Fidalgo”Abril Cultural, São Paulo, 1.983, página 427.

Deus permita que surjam alunos endinheirados e humildes para que os pobres mestres sobrevivam.


11 de dezembro de 2015
Carlos Maurício Mantiqueira é um livre pensador.

NOTAS POLÍTICAS DO JORNALISTA JORGE SERRÃO

Vamos além de só afastar a incapaz abandonada?



Já que Dilma Rousseff não pode processar Michel Temer por "abandono de incapaz (conforme sugere piadinha maldosa que circula na internet), a Presidenta fica sem alternativas para escapar dos processos políticos e judiciais que pretendem tirá-la do mandato antes do tempo. Dilma tende a sobreviver ao fim do ano, mas não tem saída: ou será impedida, ou terá impugnada a chapa que a elegeu (com Temer) ou acabará forçada a renunciar, como uma legítima "incapaz abandonada".

A agonia de Dilma deve ultrapassar as férias de janeiro. Deve passar do Carnaval, com previsão deu um fevereiro tenso. A partir de março, ou Dilma é detonada, ou pede para sair, ou, então, como começa a corrida eleitoral municipal, nada vai acontecer com ela. A Presidanta com cara de Presimente permanecerá em seu trono. Apesar do desgaste dela, a aposta de alguns assessores muito próximos é que ela deve resistir até esperar que "a economia melhore um pouco". A avaliação é que a crise econômica tem mais poder concreto de derrubá-la que as diversas manobras políticas armadas pela suposta oposição.

Esse jogo esquisito acaba sendo culpa da evidente judicialização da política, prima da inevitável politização do judiciário. Quando se tem integrantes do poder togado indicados por apadrinhamento ou tentativa de aparelhamento pelo poder Executivo, não adianta ficar esperando que a salvação venha com Justiça. A principal tendência é que prevaleçam os "golpes ou contragolpes jurídicos. Neste caso, qualquer decisão fatal depende menos do mérito do Direito e acaba muito mais influenciada pela conveniência política e econômica do momento. É uma espécie de rentismo político: só o importa o ganho imediato, e dane-se o futuro, que pertence a Deus ou aos cidadãos (no caso, comparáveis a investidores "minorotários"...

No topo do Judiciário, já está claro um arranjo de agendas para que a deliberação final sobre o ritual do eventual impeachment de Dilma coincida com o calendário do Tribunal Superior Eleitoral na decisão derradeira sobre o processo de cassação da chapa Dilma-Temer. As duas decisões vão depender dos acontecimentos e das pressões econômicas. Grandes grupos querem que tudo se resolva depressa. A degradação da economia brasileira, culpa aparente da irresponsabilidade de governança dos presidentes Lula da Silva e Dilma Rousseff, na verdade, é o resultado desastroso da falência estrutural e conceitual do modelo estatal capimunista-rentista praticado no Brasil.

Esse é nosso drama maior. Lula, Dilma, Temer & companhia são consequências de um sistema estatal que precisa ser mudado radicalmente. Do contrário, o Brasil vai amargar um papel ainda mais subalterno na periferia do capitalismo global. Por este motivo, precisamos ir muito além de tirar a Dilma ou torcer pela desgraça do Lula. Temos de lutar para mudar a concepção de Estado.

Isso só vai acontecer se houver uma Intervenção Instituinte que implante uma cultura de democrática de segurança do Direito, respeito consciente ao império da Lei e pleno exercício de uma razão pública pelos cidadãos. Isto depende de decisões corajosas agora, junto com um investimento na formação cidadã e democrática dos jovens. A solução é no longo prazo. Mas só vai se tornar realidade se as mudanças estruturais começarem agora. Este é o nosso drama brasileiro - que adora adiar a efetiva solução dos problemas, repetindo velhos erros e gerando novas confusões insolúveis.  

Marvada carne


Respeitando quem?


Ingratidão da Dilma


Barraco


Delcídio matador


Perto do acerto?



Vida que segue... Ave atque Vale! Fiquem com Deus. Nekan Adonai!

11 de dezembro de 2015
Jorge Serrão é Jornalista, Radialista, Publicitário e Professor.

A GRANDE RUÍNA, 26 ANOS ATRÁS


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Aos 26 anos da queda do Muro de Berlim, é preciso lembrar que o espírito desse totalitarismo não morreu. Ele continua bastante vivo, e podemos encontrá-lo com facilidade aqui mesmo, no Brasil, encampado pelo partido que há 13 anos corrói a vida política, econômica e social do País.

Günter Schabowski e Harald Jäger não são nomes particularmente conhecidos no Brasil. Poucas pessoas devem saber que Günter era um oficial do Partido Socialista Unificado da Alemanha (SED, Sozialistische Einheitspartei Deutschlands), o partido que governava (ou melhor, dominava) a Alemanha Oriental, e que Harald era tenente coronel da Stasi, a polícia secreta daquele país. No entanto, o dia 9 de novembro é uma excelente ocasião para conhecer mais sobre Schabowski e Jäger. O motivo? A queda do Muro de Berlim.
A Alemanha Oriental foi um dos muitos países socialistas que estiveram sob o controle da União Soviética. A liderança política do país era uma das mais fiéis a Moscou, e seu governo era conhecido pela maneira implacável com a qual monitorava os aspectos mais triviais da vida de seus cidadãos. A Stasi (diminutivo deMinisterium für Staatssicherheit, Ministério para a Segurança do Estado), principal órgão de repressão interna da Alemanha Oriental, entrou para a história como uma das polícias políticas mais eficientes e cruéis de qualquer regime totalitário. Seu chefe, o ministro Erich Mielke, mantinha um rígido controle sobre os membros da organização, que deveriam ser a longa manus do partido, a espada e o escudo do socialismo na Alemanha Oriental.
Todo agente da Stasi, em seu ingresso, prestava um solene juramento em que prometia, dentre outras coisas, “lutar ao lado dos órgãos de segurança de Estado de todos os países socialistas contra os inimigos do Socialismo”. Quem desobedecesse ao juramento e a rígida disciplina da Stasi estava sujeito às penas mais diversas – expulsão, proibição de trabalhar em qualquer outra área, e, nos casos mais graves, sentença de morte após julgamento por um tribunal militar secreto. As penas de morte preferidas pela Stasi, e que foram aplicadas a cerca de duzentos ex-agentes, eram um tiro na nuca ou decapitação. Ao entrar na Stasi, só havia dois caminhos de saída: a aposentadoria, ou a morte. Em 1964, Harald Jäger, que fora voluntário da polícia de fronteira nos três anos anteriores, prestou tal juramento e integrou as fileiras da Stasi.
Outro aspecto distópico da vida na Alemanha Oriental era o controle da informação. O consumo de jornais e revistas de países não-comunistas era proibido, e as informações que circulavam no país tinham como fonte quase exclusivamente os órgãos oficiais de imprensa. Além de selecionar (e, quando era o caso, fabricar) as notícias que deveriam informar o povo alemão oriental, esses órgãos de imprensa tinham por objetivo aumentar o prestígio de oficiais do SED junto à população, forjando sua legitimidade como dirigentes políticos. Destacava-se, nesse ambiente altamente controlado, o jornal Neues Deutschland (“Nova Alemanha”), órgão de imprensa oficial do SED. O jornalista Günter Schabowski, formado pela Universidade Karl Marx, em Leipzig, tornou-se editor-chefe do Neues Deutschland em 1978. Schabowski havia iniciado sua carreira jornalística como editor da revista sindical Tribüne, e, nos anos 1960, havia se especializado na universidade do Partido Comunista da União Soviética, em Moscou. Em 1985, deixou o Neues Deutschland, tornou-se presidente do diretório de Berlim Oriental do SED e passou a integrar o Politbüro do partido, o órgão máximo de deliberação do SED. Em outubro de 1989, com a substituição de Erich Honecker, secretário-geral do Comitê Central do SED e presidente do Conselho de Estado da República Democrática da Alemanha, por Egon Krenz, Schabowski tornou-se o porta-voz extraoficial do governo e do partido.
Não consta na história que Schabowski e Jäger tenham se conhecido pessoalmente. Suas funções eram bastante distintas, afinal de contas, e a estrutura estamental da sociedade alemã oriental (como sói acontecer em países socialistas) delimitava espaços bem definidos que impediam o contato entre as castas. Era papel de Schabowski auxiliar na condução da política da Alemanha Oriental; era papel de Jäger garantir que nenhuma ameaça fosse interposta a essa condução. No entanto, no dia 9 de novembro de 1989, os destinos de ambos se cruzaram de modo inesperado.
Desde a construção do Muro de Berlim, em 1961, o controle de tráfego nas fronteiras da Alemanha Oriental era desumanamente implacável. O objetivo, entretanto, não era impedir que as pessoas entrassem no país, mas impedir que elas saíssem. Milhares de pessoas tentavam cruzar a fronteira todos os dias, e são muitas as imagens, fotos e vídeos, que mostram o desespero daqueles que buscavam escapar daquele “Paraíso socialista”. Não foram poucos os que perderam a vida na tentativa de fugir do próprio país. Nos anos 1980, essa crise migratória alcançou proporções não vistas, de modo que o SED chegou a uma conclusão: ou se aliviava a pressão do controle, ou haveria uma rebelião popular sem precedentes.
Coletivas de imprensa aconteciam diariamente. No dia 9 de novembro de 1989, pouco antes da coletiva do dia, Schabowski recebeu uma nota oficial que dizia que os alemães orientais teriam permissão para cruzar a fronteira. A nota não trazia maiores detalhes. Ao ler a nota durante a coletiva de imprensa, Schabowski foi perguntado quando aquela diretiva entraria em vigor, ao que respondeu: “Imediatamente.” Trechos da coletiva foram transmitidos pelos noticiários televisivos noturnos – que podiam ser assistidos também do lado ocidental –, e o que deveria ser apenas um mal-entendido se transformou num evento histórico.
A informação de liberação da passagem pela fronteira levou centenas de milhares de alemães orientais e ocidentais para os postos de controle ao longo do Muro de Berlim. Enquanto os alemães do lado oriental exigiam passagem, os do lado ocidental estimulavam seus compatriotas a atravessarem a fronteira. Redes de televisão passaram a noticiar, ao vivo, a grande aglomeração que se formava nos postos de controle. O efetivo policial responsável por resguardar os postos de controle tentava ganhar tempo até compreender o que estava acontecendo, mas ondas e mais ondas de alemães orientais afluíam para a fronteira. Às 23:30, o então tenente-coronel Harald Jäger, chefe do posto de controle da Bornholmer Straße, decidiu desobedecer as ordens que recebeu e abriu os portões da fronteira, dando passagem a todos. Assim, o Muro de Berlim começou a cair.
Alemães orientais cruzando o posto de controle da Bornholmer Straße logo após sua abertura.Alemães orientais cruzando o posto de controle da Bornholmer Straße logo após sua abertura.
Günter Schabowski faleceu há poucos dias, em 1º de novembro. Harald Jäger ainda está vivo – ao contrário do que asseveravam as regras impiedosas da Stasi, não foi julgado por um tribunal secreto, nem sentenciado à morte por decapitação. Esses são dois dentre muitos personagens que se destacam na história do totalitarismo (e da resistência a ele) na Alemanha Oriental.
Aos 26 anos da queda do Muro de Berlim, é preciso lembrar que o espírito desse totalitarismo não morreu. Ele continua bastante vivo, e podemos encontrá-lo com facilidade aqui mesmo, no Brasil, encampado pelo partido que há 13 anos corrói a vida política, econômica e social do País. O que a queda do Muro de Berlim nos ensina é que, por sua essência profundamente destrutiva e inumana, o socialismo está fadado a cair. Esperemos que, aqui, ele caia depressa, antes que nos arraste cada vez mais para o abismo.
Minha memorabilia: fragmentos do Muro de Berlim retirados do posto de controle do Portal de Brandemburgo, conhecido como Charlie Checkpoint.
Minha memorabilia: fragmentos do Muro de Berlim retirados do posto de controle do Portal de Brandemburgo, conhecido como Charlie Checkpoint.


11 de dezembro de 2015
FELIPE MELO

PARA ALÉM DO BRADO RETUMBANTE

ARTIGOS - GOVERNO DO PT

Caríssimos amigos,

A grave crise política agudizou-se após o pleito de 26 de outubro de 2014, quando apenas 23 técnicos do TSE, especialistas em informática, fizeram em três horas a apuração secreta de um segundo turno presidencial, colocando imediatamente em suspeita o esquema de manipulação operado pela empresa Smartmatic, com a cumplicidade do TSE. O objetivo era favorecer não apenas a reeleição de Dilma Rousseff, mas principalmente a consolidação de seu grupo de poder, especialmente o PT (e também os demais partidos, todos de esquerda) comprometidos com o projeto de poder totalitário do Foro de São Paulo: implantar o socialismo na América Latina, a “Pátria Grande” socialista.


Com a “redemocratização”, gestada pelo CEBRAP no início dos anos 70, com recursos da Fundação Ford obtidos por Fernando Henrique Cardoso, foi possível a intelectuais marxistas, muitos deles ainda antes, provenientes da USP, conceber um projeto de poder de longo prazo (eles pensaram mesmo em quarenta anos, por aí), para aparelhar todas as instituições do País e fazer a revolução socialista acontecer, de modo sutil e sofisticado, como quis Gramsci, com um partido político no controle de todo o processo.


As resistências que emergiram após o pleito de 2014 não foram irrelevantes, e mesmo ainda sem uma organização sólida, deixaram quase toda a esquerda perplexa, pela capacidade de reação - foram dois milhões de pessoas só na avenida Paulista, em 15 de março deste ano. Ainda assim estão fazendo de tudo para driblar a atual crise, para não comprometer o projeto de poder que eles querem consolidar a todo custo, mesmo cientes de que é um projeto de poder que se volta contra o povo brasileiro, e favorece apenas uma facção inteiramente inescrupulosa. Algo que os fatos comprovam a cada dia.


Há aí, algumas personagens que quero destacar, que estiveram desde o início na gestação desse projeto, e hoje são os que mais se beneficiam disso tudo.


Fernando Henrique Cardoso, hoje membro da entidade globalista “The Elders”, por exemplo, naqueles anos iniciais do CEBRAP, foi quem subsidiou Ulisses Guimarães na elaboração do estatuto do então MDB, que está aí até hoje como um parceiro e tanto! E então sob tantos eufemismos, para a perversão dos “direitos humanos”1, a revolução cultural precisou ocorrer também no campo político.


Tal processo, na verdade, adensou o que já havia sido acenado, ao final da Segunda Guerra Mundial. Lembremos do que foi debatido em janeiro de 1945 no I Congresso Brasileiro de Escritores, época em que Fernando Henrique, muito novo, já confabulava com Oswald de Andrade. Naquele primeiro período de redemocratização, os intelectuais principalmente da USP, entre outros, já acalentavam a ambição por um partido proeminente de esquerda, mesmo ainda sob a influência de Vargas, que desejava “aglutinar suas heterogêneas bases de apoio em um único partido político”2 . Naquele período, tivemos, digamos assim, um primeiro balão de ensaio. O pai de FHC, “o tenente-coronel Leônidas, ao longo do ano de 1945, participa do movimento pela anistia dos presos e perseguidos políticos, defende a reconstitucionalização do país”3, etc. Naquela época, FHC já tinha sido seduzido pela esquerda e seduzia. O próprio “Darcy Ribeiro fala na malícia de Fernando Henrique, já bem visível desde a adolescência”4, quando “dizia as coisas com um pequeno sorriso no canto da boca e com um jeito malandro”5. E assim, ainda “no período do ginásio”6, FHC “em 1946 é eleito diretor do grêmio, depois vice-presidente em 1947, e presidente até 1948.”7 Quando ingressou, no ano seguinte, na Faculdade de Filosofia da USP (porque foi reprovado no vestibular para a Faculdade de Direito, por causa do latim”8), e seria aluno de outra personagem importante nessa história toda: o longevo, quase centenário, Antonio Cândido de Mello e Souza, que anos mais tarde fundaria o PT e ajudaria a fazer de Lula o monstro político que é hoje. E há ainda outro ilustre professor da USP, que ajudou nisso: Sérgio Buarque de Hollanda, pai do enfant gaté Chico Buarque, aquele que cantou para eleger Lula: Sem medo de ser feliz!9


Antonio Cândido de Mello e Souza, além de badalado crítico literário, entusiasta dos modernistas, foi militante do Partido Socialista Brasileiro, tendo participado do Grupo Radical de Ação Popular. A sua tese de doutorado em Ciências Sociais, Os Parceiros do Rio Bonito (1954), datilografada pelo seu aluno FHC, faz o ataque à propriedade privada, sob a premissa marxista. [E também faz, naquele estudo, à apologia à mandioca]. Defende também que “a formação de uniões novas e livres e aprovadas pela sociedade podem contribuir, segundo a tradição caipira [que é objeto de estudo de sua tese], para a correção de desequilíbrios sócios culturais.”10 Estão lá os elementos embrionários da agenda do marxismo aliado ao feminismo, hoje escancarada pelo governo do PT, que ele ajudou a fundar e que seu aluno FHC exerceu e exerce ainda hoje papel preponderante em sua implementação.


O embuste eleitoral de 2014 foi um ato de desespero a quem via ruir, pela evidência dos fatos, a chance de obter a hegemonia e, por isso, teve de recorrer à Smartmatic para forjar um consenso que não existiu e avançar, na consolidação da agenda e do projeto totalitário de poder, gestados fora do País, em longuíssima data.


O fato é que, com trinta anos exatos da “Nova República”, o que conseguiram essas personagens ilustres, que ainda estão aqui, e fazem parte da história atual, foi o nocaute da soberania nacional e a corrosão da democracia, a sua degeneração, ao que Aristóteles já chamava de demagogia, “dirigida antes de tudo para a conquista e manutenção de um poder pessoal ou de um grupo”11, o grupo de poder comprometido em tornar o Estado um Leviatã, com a ideologia marxista a perverter e subjugar toda a sociedade brasileira aos seus caprichos e equívocos, no afã de uma reengenharia social, que coloca o partido do governo numa guerra contra os princípios e valores da autêntica cultura e tradição brasileira, que é profundamente conservadora e cristã, do cristianismo que é “o cimento da nossa unidade”12, portanto, um partido que se voltou contra a identidade do povo brasileiro. Mas este é o partido [com seu líder demagogo, o chefe13, blindado pela imprensa e pelas demais instituições] que foi agora, esses dias, o mais beneficiado com a aprovação do financiamento público de campanha, apesar de todo lamaçal em que estão envolvidos muitos de seus membros, dirigentes e parlamentares. E para a manutenção do poder, não se importam mais com a máxima de Macbeth: um erro puxa outro erro.


Um partido, com um projeto de poder totalitário, que subsiste com “uma práxis política que se apoia na base das massas”14 (dos homens-ocos que referia T. S. Eliot), e não do povo; pois a democracia é o governo do povo e não das massas, e o PT é o partido das massas e não do povo, por isso, a corrupção em níveis tão degradantes, que destrói a própria democracia. E o povo brasileiro foi às ruas, não como a voz rouca das ruas(como certa vez disse FHC), mas sim, para dizer um não retumbante a tudo isso.


E em meio à grave crise atual, o que fez o PT (e todos os demais partidos filiados ao Foro de São Paulo? Ignorou o clamor do povo, aquela melhor parte do povo que saiu às ruas, consciente de suas responsabilidades, deveres e criatividade na busca de salvaguardar a democracia desse grupo de poder que a corroeu, com a conivência das instituições totalmente aparelhadas e vergonhosamente capituladas, inclusive setores da Igreja que ajudaram Lula chegar lá e ainda o ajudam a se manter, apesar de tudo o que a Operação Lava Jato tem exposto.


Por isso esta crise política [uma crise profundamente moral e cultural] é também a crise da hegemonia. Esse é o x da questão. Eles ainda não a obtiveram plenamente, mas estão em guerra de posição, porque sabem que a hegemonia é o “centro nevrálgico de toda a estratégia política”15 Sabem também que eles não obtiveram o consenso da direção amoral e imoral que eles quiseram dar ao País, porque fraudaram as urnas em 2014, e nem conseguiram também a inteira passividade do povo, que saiu às ruas, primeiro com as jornadas de junho de 2013 (com todos aqueles distúrbios), depois com as grandes manifestações de 2015, quando, enfim, mostramos a nossa cara. E saímos de cara limpa.


Mesmo assim, a guerra de posição vai se intensificando, com estragos incontáveis, pois o que conta agora para eles é a obtenção da hegemonia, e mesmo que a obtenham devastando toda a nação, agem sabendo que quando falha a persuasão, resta a coação para a imposição do poder [legítimo ou não]. A democracia portanto [degenerada e violentada por eles] será ainda utilizada apenas como retórica e “método revolucionário”, até chegar à “última e lógica consequência da prática demagógica”16, que é a eliminação de “toda oposição”17 e que por sua vez é o fim da própria democracia.


Agem portanto “com uma política de potência agressiva e sem princípios”18, inteiramente pragmática, por todos os meios, pois, como disse Saulo de Tarso Manriquez, o “desejo ideológico’ de Lula é transformar o PT em um pleno partido de Estado”19. E mais: “conduzir o PT para além da hegemonia dos partidos de esquerda”, para Lula instaurar assim a sua “tirania ou ditadura pessoal20”, com apoio internacional especialmente das forças aliadas ao Foro de São Paulo. O Brasil está a caminho disso, se nós não formos capazes de deter (ou semos) a pedra colocada no meio do caminho. A Operação Lava Jato será capaz de detê-los? Ninguém sabe.


Desde 1945, com aquele primeiro balão de ensaio de redemocratização, que os intelectuais marxistas cobiçaram um partido de massas, para a completa manipulação e controle social, num país de débil tradição partidária e com sistemas eleitorais fragilíssimos. Se naquele tempo já se valiam do clientelismo e do populismo era justamente para que não houvessem partidos políticos capazes das expressões de uma sã democracia e evitar toda e qualquer forma de abuso de poder. Foi a partir dessa fragilidade que forjaram a redemocratização pós-64, e no CEBRAP, fizeram os estudos em buscas das estratégias adequadas, colocadas em ação desde o final dos anos 70 e início dos 80, criando uma infinidade de OnGs para ajuda-los nisso [agindo como “’mecanismos hegemônicos’ da sociedade civil”21 etc, para o desmonte de valores que aí estamos vendo, a que ponto chegaram. O próprio Antonio Cândido sabia que o partido (o PT) estaria imbuído da missão de minar o conservadorismo no Brasil, que, para ele, era o “maciço central”22 que até então havia dominado a “nossa vida intelectual”23. Por isso, em pouco mais de três décadas, liquidaram o que dava vigor ás nossas instituições, [a nossa cultura, a nossa literatura, o jornalismo, o magistério, a doutrina católica), hoje debilíssimas; e por isso, solaparam as bases morais da democracia, para “que apenas um único partido conduza toda a política nacional”24, mesmo chafurdado na lama em que está. Foi o que fizeram.


Veio então a resistência em 2015. E estamos aqui agora avaliando os primeiros passos dados e o que devemos fazer para que essa resistência não seja apenas um rompante. E um encontro como esse está em sintonia com os nossos sentimentos e a disposição para esse desafio: o de salvaguardar a democracia e a soberania nacional em nosso País e deter esse projeto de poder que ameaça as nossas liberdades e os nossos mais caros valores. Por isso a vigilância quanto ao sistema eleitoral [a indignação contra o embuste eleitoral de 2014, operado pela Smartmatic, em conivência com o TSE] e a exigência do voto impresso se fez necessário como primeira iniciativa nesse sentido, e de todas as ações, a mais urgente, que não pode ser mais protelada, é a que visa cassar o PT por sua vinculação ao Foro de São Paulo, por violação do artigo 28, alínea II, da Lei dos Partidos Políticos (Lei número 9.096 de 19 de setembro de 1995), que proíbe que qualquer partido esteja “subordinado a entidade ou governo estrangeiros”25, e por aí afora, e pelos frutos que aí estão – pelos frutos conhecereis a árvore].


Temos pois que começar o gigantesco trabalho que nos espera, de desaparelhar as instituições, de formar uma elite pensante capaz não só de diagnosticar toda essa situação, mas agir politicamente. Mas nada disso será feito somente com boa vontade, ou vocês pensam em enfrentar tudo isso somente com pena e prosa, oumemes nas redes sociais? É um trabalho sério que requererá tempo e a agregação do que temos de melhor, em todos os aspectos. E com estudo, planejamento, volição no fazer, avaliação, recursos e meios. E também coragem e patriotismo.


Se eles tem apoios internacionais [Cuba, China, Brics e tudo mais], que nós também possamos recorrer àquelas instituições, ás forças conservadores organizadas dos Estados Unidos, Grã-Bretanha, Israel e outros, e também fundações que investem na promoção do conservadorismo, com experiência de lobby nos parlamentos e outras instâncias decisórias, e também nas universidades, na imprensa e tudo mais; instituições estas que investem em projetos e programas que valorizam o Estado mínimo, a livre-iniciativa, os valores tradicionais e a defesa nacional.

Trouxe aqui uma lista desses organismos, por exemplo, que atuaram com eficácia no governo Reagan, e ainda hoje fazem investimentos nesse sentido.

Se fazemos parte da resistência [pacífica e cívica] e até mesmo da desobediência civil, se necessário, qualquer que sejam as iniciativas e estratégias, não faremos a contra-revolução com tibieza, amadorismo e ingenuidade. Temos a expressa maioria do povo brasileiro do nosso lado, 93% da população é contra o governo que aí está, mas e então? O que nos falta? Mais do que ousadia e criatividade, é hora de arregimentar novamente os voluntários da Pátria, pois trata-se mesmo de um combate. Não basta apenas bradar “verás que o filho teu não foge à luta”26. E ainda “ou ficar a pátria livre ou morrer pelo Brasil”27, sem agregar as forças varonis, para com “a clava forte”28, se equipar e se estruturar, se organizar e conhecer, a fundo, o adversário que se está enfrentando, para fazer emergir, em glória, e com vitória, o “impávido colosso”29. Mais do que o brado retumbante, mais do que a alma vigilante, é preciso agora ordenar tudo isso, para “conquistar com braço forte”30, “o sonho intenso”31, “de amor e de esperança”32 da “pátria livre”33 , amada e pujante, dar ao povo a razão da nossa fé, a fé no Brasil cristianíssimo, para que, se Deus quiser, “a mão mais poderosa”34 zombe deles35, e faça triunfar a “brava gente brasileira”36.

Muito obrigado.



11 de dezembro de 2015

HERMES RODRIGUES NERY

(Pronunciamento do Prof. Hermes Rodrigues Nery, Coordenador do Movimento Legislação e Vida, no Conclave de São Paulo pela Democracia, em 28 de novembro de 2015. Em vídeo:https://www.youtube.com/watch?v=bX1L4EERrwo.)

NOTAS:
SANAHUJA, Juan Cláudio, Poder Global e Religião Universal, p. 39, Ecclesiae, Campinas, 2012.
KAYSEL, André, Elementos para uma genealogia das direitas brasileiras, p. 60, no documento “Direita, Volver – o retorno da direita e o ciclo político brasileiro, Fundação Perseu Abramo, 2015.
LEONI, Brigitte Hersant, Fernando Henrique Cardoso – O Brasil do Possível, p. 52, Editora Nova Fronteira, 1997.
Ib. p. 57.
Ibidem.
Ibidem.
Ibidem.
Ib. p. 58.
https://www.youtube.com/watch?v=w-nDF7LkJmk&hd=1
BORGES, Caroline de Miranda e Carmem Maria Aguiar, Uma abordagem sumária de Parceiros do Rio Bonito. A história do caipira paulista, Efdeportes.com, Revista Digital, año 13, nº 126, Buenos Aires, novembro de 2008 [http://www.efdeportes.com/efd126/parceiros-do-rio-bonito-a-historia-do-caipira-paulista.htm]
ZUCCHINI, Giampaolo, Dicionário de Política, (org. Por Norberto Bobbio, Nicola Matteucci e Gianfranco Pasquino), Demagogia, p. 318, Editora Universidade de Brasília, Vol. 1, 4ª edição)
FREYRE, Gilberto, Casa Grande & Senzala, pp. 91-92, Global Editora, 49ª edição, São Paulo, 2004.
http://www.escandalodomensalao.com.br/cap01.php
ZUCCHINI, Giampaolo, Dicionário de Política, (org. Por Norberto Bobbio, Nicola Matteucci e Gianfranco Pasquino), Demagogia, p. 318, Editora Universidade de Brasília, Vol. 1, 4ª edição)
BELLIGNI, Silvano, Dicionário de Política, (org. Por Norberto Bobbio, Nicola Matteucci e Gianfranco Pasquino), Hegemonia, p. 580, Editora Universidade de Brasília, Vol. 1, 4ª edição)
ZUCCHINI, Giampaolo, Dicionário de Política, (org. Por Norberto Bobbio, Nicola Matteucci e Gianfranco Pasquino), Demagogia, p. 319, Editora Universidade de Brasília, Vol. 1, 4ª edição)
Ibidem.
BELLIGNI, Silvano, Dicionário de Política, (org. Por Norberto Bobbio, Nicola Matteucci e Gianfranco Pasquino), Hegemonia, p. 580, Editora Universidade de Brasília, Vol. 1, 4ª edição)
MANRIQUEZ, Tarso, PT total: para além da hegemonia da esquerda, publicado no Midia Sem Máscara, em 25 de novembro de 2015 [http://www.midiasemmascara.org/artigos/governo-do-pt/16214-2015-11-25-21-08-29.html]
ZUCCHINI, Giampaolo, Dicionário de Política, (org. Por Norberto Bobbio, Nicola Matteucci e Gianfranco Pasquino), Demagogia, p. 319, Editora Universidade de Brasília, Vol. 1, 4ª edição)
BELLIGNI, Silvano, Dicionário de Política, (org. Por Norberto Bobbio, Nicola Matteucci e Gianfranco Pasquino), Hegemonia, p. 580, Editora Universidade de Brasília, Vol. 1, 4ª edição)
KAYSEL, André, Elementos para uma genealogia das direitas brasileiras, p. 49, no documento “Direita, Volver – o retorno da direita e o ciclo político brasileiro, Fundação Perseu Abramo, 2015.
Ibidem.
MANRIQUEZ, Tarso, PT total: para além da hegemonia da esquerda, publicado no Midia Sem Máscara, em 25 de novembro de 2015 [http://www.midiasemmascara.org/artigos/governo-do-pt/16214-2015-11-25-21-08-29.html]
Lei 9.096, de 19 de setembro de 1995 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9096.htm
Hino Nacional [http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/hino.htm]
Hino da Independência [https://letras.mus.br/hinos/hino-da-independencia/]
Hino Nacional [http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/hino.htm]
Ibidem.
Ibidem.
Ibidem.
Ibidem.
Hino da Independência [https://letras.mus.br/hinos/hino-da-independencia/]
Ibidem.
Ibidem.



Hermes Rodrigues Nery é coordenador do Movimento Legislação e Vida.