"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

A VINGANÇA DE CELSO DANIEL

Marcos Valério na Lava Jato: foi ele quem denunciou a negociata envolvendo Lula, Bumlai, Schahin e Petrobras, para pagar Ronan Maria Pinto, que chantageava os petistas envolvidos na morte de Celso Daniel.

A Lava Jato é a vingança post-mortem do prefeito de Santo André.



16 de dezembro de 2015
o antagonista

EXCLUSIVO: CUNHA RECEBEU R$ 52 MILHÕES EM PROPINA PARA LIBERAR FI-FGTS

A Revista Época, em matéria exclusiva, revela que dois novos delatores confessaram à Procuradoria-Geral da República que o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), cobrava propina para liberar dinheiro do FI-FGTS para empresas e recebia os valores em contas até agora desconhecidas, na Suíça e em Israel, segundo documento obtido por ÉPOCA. 
No total, a PGR afirma que reuniu provas de R$ 52 milhões em propina, divididas em 36 prestações. 
A revelação foi feita na delação premiada de Ricardo Pernambuco e Ricardo Pernambuco Júnior, da empreiteira Carioca Engenharia.

Leia aqui a reportagem completa.

17 de dezembro de 2015
Época

A NOVA CLASSE MÉDIA AINDA NÃO FOI PARA AS RUAS: QUANDO FOR, DILMA CAI

Vejamos Golbery do Couto e Silva, o bruxo da abertura política, com o seu “paper” intitulado “Sístoles e Diástoles da Política Brasileira”. 
Ele ressalta o papel da classe média brazuca como chave das mudanças políticas.

Para Golbery, o Brasil tem um condão único: quando o poder fica mais conservador que o povo, este opta por aberturas. Quando o poder abre demais à esquerda, é fechado por golpes patrocinados pela sociedade civil mas não tão civilizada: o tenentismo de Vargas era uma abertura face à política conservadora do café com leite, retirada à fórceps; Getúlio, por sua vez, encastelou demais e teve de meter um balaço; Jango abriu demais, foi fechado pelo Movimento de 1964; e este, por sua vez, fechou demais e teve de instalar a abertura lenta e gradual. Derrubaram Collor.
É essa a velha classe média que saiu às ruas no 12 de abril passado e neste domingo.

É essa velha classe média que derruba governantes.
Mas a nova classe média ainda confia no PT: vai abandonar a esperança em Dilma quando notar que em 2016 a crise vai piorar.

É um fenômeno mundial e os números são inequívocos: a nova classe média é responsável por mais de um terço de toda a população da África, de três quartos da população da América Latina e de quase 90% da população da China. 
É a classe que segundo o Banco Mundial tem faturado de 2 a 13 dólares por dia, e que subiu de 277 milhões de representantes da América Latina para 362 milhões entre 1990 e 2005.

Essa nova classe média ainda não foi para as ruas porque ainda acredita que PT vai mantê-la nessa condição. A crise brutal só vai corroer essas pessoas em 2016.
O retrato fiel da nova classe média brasileira, alimentada pelos programas progressistas do PT, sempre foi definido como bonapartismo.

O termo “bonapartismo” é classicamente empregado na obra O 18 de Brumário de Luís Bonaparte, escrito entre dezembro de 1851 e março de 1852 , e publicado originalmente por Karl Marx na revista Die Revolution.

Marx, chamado derrisoriamente pela sua mulher, Jenny, de The Old Nick ( o velho satanás) escreveu:

“A tradição de todas as gerações mortas pesa sobre o cérebro dos vivos como um pesadelo. E mesmo quando estes parecem ocupados a revolucionar-se, a si e às coisas, mesmo a criar algo de ainda não existente, é precisamente nestas épocas de crise revolucionária que esconjuram temerosamente em seu auxílio os espíritos do passado, tomam emprestados os seus nomes, as suas palavras de ordem de combate, a sua roupagem, para, com este disfarce de velhice venerável e esta linguagem emprestada, representar a nova cena da história universal”.

Nosso espírito do passado é o bonapartismo brazuca.
Usado por FHC e Maria Victoria Benevides para definir Jânio Quadros, o termo “bonapartista” é uma referência a dois golpes de Estado: o de Napoleão Bonaparte em 1799, que descartou as conquistas republicanas da Revolução Francesa e instaurou um governo ditatorial, e o de seu sobrinho Luís Napoleão em 1851, quando era presidente da República proclamada em 1848.

O bonapartismo ocorre quando a autoridade do líder se articula a um partido de massas que intervém em todas as esferas da sociedade civil: sindicatos, associações patronais, grupos de jovens e de mulheres.
É o mundo sobre o qual o PT entesourou apoio.

Quando essas pessoas se sentirem afetadas por Dilma, vão lhe pedir a cabeça nas ruas. A crise ainda não chegou “venezuelamente” nessa gente.
Por ora, esperam bovinamente que nhonhô Lula vá brandir a sua varinha de condão e magicamente consertar-lhes a vida dessa crise brava…

16 de dezembro de 2015
Claudio Tognolli

A MELANCOLIA E O LUTO

A melancolia se instala quando há uma grande perda, seja de uma pessoa, de bens e até de um país. É diferente do luto, diz Freud, que provoca um grande desinteresse pela realidade, a não ser sobre o objeto perdido. Já na melancolia, com a perda, o mal do mundo cai sobre a própria pessoa, ou seja, quem não vale nada é o “eu”.

No luto, é o mundo que fica pobre e vazio; na melancolia, é o próprio sujeito. O luto, aos poucos, termina, tudo volta ao normal. Mas na melancolia nunca se acaba a dor. No melancólico se apresenta uma coisa que não aparece no luto: a perda da autoestima, um enorme empobrecimento de si mesmo.

O Brasil é uma região interna de nós mesmos, o país está dentro de nossas cabeças.
E na história sempre perdemos algo, sempre estivemos aquém de nosso orgulho, de uma satisfação profunda com a nacionalidade, apesar dos discursos patrióticos dos donos do poder há cinco séculos.

O Brasil sempre foi um país melancólico, pois nunca alcançou o que cantam os hinos: “várzeas de flores”, “liberdade” e “pátria amada”.

Perdemos o Brasil há muito tempo. De certo modo, já nascemos perdidos. Os séculos de patrimonialismo que nos legou Portugal, tirando da sociedade a autonomia sobre si mesma, transformou-a em uma população de impotentes e criou uma massa amorfa e sem ânimo – melancólica.

Não falo do sentimento de tristeza de três raças, como no esquematismo de Paulo Prado em “Retrato do Brasil”, mas ele está certo quando afirma que esse era um ambiente perfeito para se desenvolver um mal degenerativo: o romantismo.

Surgiu a mãe-pátria. O país nascia sob a invocação de belas palavras apaixonadas e irracionais. O romantismo no Brasil “tudo avassalou: política, literatura, artes, viver cotidiano, modos de sentir, afeições”.

Das raízes do patrimonialismo, no qual o Estado é o “patrimônio” de poderes privados, vieram nossos vícios, nossa personalidade. Sempre houve um sentimento de falta na vida brasileira, sempre uma depressão básica no fundo da garrafa. Sempre houve uma luta surda entre atraso e modernização. E o atraso sempre venceu: a endêmica corrupção, o clientelismo permanente, a burocracia, o desprezo pela educação, o salvacionismo pelas ditaduras e pelas oligarquias, o aventureirismo em vez do trabalho, como coisa menor para negros.

Outro vício famoso é a “fracassomania”. Como uma compensação para a impotência, passamos a valorizar o fracasso como uma qualidade nobre. Os bons fracassam, e os maus vencem. O fracasso passou a ser nosso mantra, puxando lamentos como “a vaca foi para o brejo” ou “estamos à beira do abismo”. Sempre estivemos à beira do abismo. Sempre sofremos do complexo de vira-latas. Sempre. E nossa melancolia é secular. O país se voltou contra nossas cabeças, e viramos um povo de deprimidos e insatisfeitos. Nunca fomos o paraíso anunciado e nos enganamos com nossas palmeiras e nossos Carnavais – (apud C. Diegues).

E a modernização? O visgo do atraso puxou para baixo qualquer tentativa de avanços democráticos que ameaçam os privilégios dos donos do poder. Nosso atraso não foi um acidente – o atraso é um desejo. É muito mais fácil lidar com um Estado dominado do que com a sociedade autodeterminada.
O progresso sempre veio, ou por acaso, ou por causas externas.

Agora, com a globalização do capitalismo e a espantosa revolução digital, estamos sendo forçados a uma recalcitrante modernização. Tudo continua uma merda, mas somos agora “bárbaros tecnizados” (Oswald).

Contudo, estamos mais “alertas” e estamos vivendo um salto qualitativo em nossa mediocridade política e institucional. Mais do que crise, talvez seja uma “mutação”.

A depressão econômica criou a depressão interna. Vemos que uma perene alegria pode ser uma forma de paralisia. Estamos pela primeira vez tendo de lidar com nossa vil tristeza.

O Brasil evolui pelo que perde, e não pelo que ganha. Sempre houve no país uma desmontagem contínua de ilusões históricas. Este é nosso torto processo: com as ilusões perdidas, com a história em marcha à ré, estranhamente, andamos para a frente. O Brasil se descobre por subtração, não por soma.

Mas talvez esse passo atrás nos ajude a seguir em frente. A bruta desgraça está ficando visível, e talvez a melancolia esteja dando lugar a uma indignação, nova em nossa consciência.
Mas a indignação não pode ser genérica, abstrata, “contra tudo isso que está aí”.

A sociedade tem de agir concretamente, a sociedade tem de virar um grande partido político de todos, porque estamos muito mal representados pelos remanescentes da tradição medieval que nos criou.

Por exemplo, a carta da Procuradoria Geral da República (nosso único motivo de orgulho) quer colher um 1,5 milhão de assinaturas na sociedade, que é chamada a conclamar o Congresso a promover as alterações estruturais e sistêmicas necessárias para reprimir a corrupção fortemente. Isso é concreto, isso é lutar contra o totalitarismo da mentira e da incompetência programada pelos donos do poder. O atual lulo-bolivarianismo quer nos proibir a depressão, quer nos programar para uma alegria tosca, com benesses populistas que arrasaram o país. Está ficando impossível deter a marcha do óbvio. Principalmente agora, que a barra está pesando. Estamos vivendo uma “nova matriz psicológica”. Barbárie tecnizada.

Mas pode ser que a depressão tenha grande importância para a sabedoria; sem desencanto com a vida, sem um ceticismo crítico, ninguém chega a uma reflexão decente. Estamos bem menos “alienados”. E, por mais que se destruam as instituições, as conquistas da democracia não vão sumir, por conta da maior complexidade da economia e da política que a abertura permitiu. Estamos mais desiludidos, porém mais sábios.

A melancolia, mesmo sendo uma doença, é um convite auspicioso para transcender a banalidade cotidiana e imaginar inéditas possibilidades de existência. Com essa crise esclarecedora, talvez possamos sair da melancolia e finalmente fazer um luto. E o Brasil melhorar.



16 de dezembro de 2015
Arnaldo Jabor

O HUMOR DO SPONHOLZ...



16 de dezembro de 2015

E O PT PARTE NO VERÃO

Eu vivi a inflação em todo o seu tétrico esplendor. Ainda não chegamos lá, mas o caminho é exatamente este: gastar demais, gastar errado, corrupção, incompetência, tudo em doses cavalares. Junto com a inflação galopante do passado recente, veio também o fantasma da escassez. Não havia carne, pois escondiam os bois. Comprar carro novo era um privilégio não apenas para os que tinham dinheiro, mas para os que tinham muita, muita paciência. Para comprar um jogo de pneus, já havia mercado negro, com ágio por sobre ágio. Pagar um restaurante com cartão American Express Platinum? Você era considerado um marginal que achava que os lojistas eram idiotas.

Os que ainda lembram do período em que os salários da gente eram reajustados 60% ou mais num único mês, do tempo em que uma passagem de avião custava 100 de manhã e 200 na semana seguinte, não vão sentir saudades dos postos de gasolina fechados das 20 às 06h da manhã do dia seguinte e também nos finais de semana inteirinhos. Por outro lado, alguns vão sentir saudades das operações de overnight e de open Market, que fizeram alguns milionários sem produzir uma simples tampinha de garrafa.

Tudo isso aconteceu, gente! Tudo isso e muito mais, por incrível que possa parecer. Os que viveram esta época insólita e nojenta, comemoraram a retomada da normalidade com a URV e o Plano Real, vibraram com o tripé macroeconômico e com as defesas que foram criadas para que aquela época não voltasse. Com a estabilização do Real, retomamos o convívio com a estabilidade e a inflação de quase zero, coisas que já imaginávamos como algo impossível. Passamos a nos localizar melhor no mundo civilizado, até porque havia caído o tal “depósito compulsório”, que as pessoas tinham de fazer para poder viajar para o exterior. Você ouviu bem (e lembrou): depósito compulsório para poder viajar às nossas custas, com o nosso dinheiro!

Chega a doer na alma ver que estamos a caminho de tudo isto de novo, graças às escolhas medonhas e cretinas que fizemos neste país. Depois que o PT passou a ser protagonista, ao invés de ocupar apenas o confortável posto dos que criticam e nada fazem, as coisas começaram a desandar devagarinho nas cidades, depois nos estados e, depois de 13 anos, na Federação. Rasgaram os manuais de matemática simples, evitaram as calculadoras, expulsaram o bom senso e desandaram a gastar, gastar e gastar. Desdenharam as boas práticas gerenciais, repeliram os bons e implantaram uma casta de ladrões e incompetentes que, obviamente, nos levaram à beira do caos e de volta potencial a um passado que, por sua configuração, poderá ser ainda mais danoso do que foi o seu ancestral.

As evidências abundam: empobrecimento veloz da população emoldurada pelos números suicidas de um PIB decrescente, indústria em depressão por falta de dinheiro, energia e inovação, emprego em queda e pessoas em depressão por verem suas conquistas em direção ao ralo, ausência de projeto de nação, violência explodindo em cada bairro, autoestima em erosão, preços apontando para o alto e valores como ética e justiça cada dia mais distantes. Estes são os resultados de um país governado por um bando, uma quadrilha, uma organização criminosa. Corrupção? Apenas o resultado mais bisonho de tudo isto acima.

Impedir Dilma, prender Lula, eliminar o PT da vida política brasileira, acabar com a imunidade parlamentar e punir a todos os corruptos com a dura pena da lei são muito mais do que medidas preventivas para que não retornemos ao pior passado de nossa existência. Trata-se apenas de medidas profiláticas para que tenhamos algum futuro. O fim deste pesadelo é um sonho colorido de verão. Graças a Deus o verão está recém começando...



16 de dezembro de 2015
Glauco Fonseca

SÓ A RENÚNCIA DA DILMA E GOVERNO DE UNIDADE EVITAM CONVULSÃO SOCIAL

Brasília - Ninguém é capaz de um prognóstico do amanhã deste Brasil de corruptos e aéticos. A economia afunda, a Polícia Federal cerca mansões de políticos e empresários às primeiras horas da manhã com mandados de busca e apreensão expedidos pela Justiça. A impopularidade da presidente sobe a espantosos números e os petistas, alheios a essa anarquia generalizada, guiados por centrais sindicais aparelhadas, vão às ruas para brigar pelo status-quo dessa quadrilha que eles patrocinam e que se apossou do país.

Os números da economia são os mais escabrosos dos últimos vinte anos, o que mostra um país à deriva, sem comando e sem liderança. E cada vez mais distante de se recuperar e se reorganizar. “A projeção é de recessão de 13 trimestres e a queda do PIB per capita de 8,1%”, como estima a economista Silvia Matos, da Fundação Getúlio Vargas, em análise para o Valor Econômico.

No mesmo jornal, o economista Delfim Netto, lúcido e pragmático nas suas previsões, também não enxerga um futuro promissor para o Brasil: “Se não nos organizarmos, e mobilizarmos urgentemente a nossa vontade, imaginação e inteligência, não há a menor hipótese de, nos próximos dez anos, voltarmos a reduzir a nossa distância do crescimento mundial. Nos últimos cinco anos crescemos 5%, enquanto o mundo cresceu 18% e os emergentes (sem o Brasil), nada menos do que 28%. Estamos afundando”.

O mundo assiste estarrecido como o Brasil, uma economia emergente, foi para o brejo em pouco mais de dez anos. Numa declaração recente durante viagem a Europa, o ex-presidente Lula repetiu uma confissão para mostrar seus arroubos e autossuficiência típicos de quem ainda não fez uma autocritica. Disse que ao assumir a presidência, sempre temeu acabar no ostracismo como o sindicalista polonês Lech Walesa que, segundo ele, virou a economia do seu país de cabeça pra baixo.

Às vezes devemos dar um desconto às bobagens que o Lula fala. Como ele mesmo apregoa, essa deficiência acadêmica é fruto da sua própria ignorância. Walesa, eletricista, filho de carpinteiro, Prêmio Nobel da Paz em 1983, criou o Solidariedade. Ativista dos direitos humanos, saiu da cena política depois de duas derrotas seguidas ao deixar o mandato de presidente da Polônia em 1995. Fez mea-culpa da sua rejeição e recolheu-se. Deixou que pessoas mais preparadas reorganizassem o país e conseguiu se penitenciar diante dos poloneses, reconciliando-se com o seu povo.

Aqui, Lula teima em permanecer à sombra do poder. E quem o acompanha inevitavelmente acaba na cadeia como Zé Dirceu, Bumlai, Vaccari, Delúbio, Genoíno, Vargas, Odebrecht, Delcídio, João Paulo Cunha e dezenas de outros que caíram nas garras da polícia e da justiça. Como não bastasse atrair os amigos para a organização criminosa, Lula ainda envolveu os filhos, nora e outros familiares na onda mafiosa, como um pai desalmado, obcecado pelo poder, que conduz os parentes para o cadafalso.

Mas o mau maior cometido pelo ex-sindicalista contra este país, sem dúvida, foi a escolha de Dilma para sucedê-lo. Despreparada, desequilibrada e alienada, a presidente conseguiu enterrar de vez o país. Insegura, talvez, por isso, ela queira enfrentar o mundo a chibatada, tratando seus subordinados com desprezo e humilhação, Dilma deve despejar a última pá de cal na cova de um cadáver chamado Brasil se até lá não for afastada da presidência ou mesmo renunciar.

Se tiver bom senso e deixar o governo espontaneamente, certamente ela vai evitar um derramamento de sangue. É para um grande conflito de rua e uma convulsão social que caminha o país, patrocinado pelo Exército Vermelho” de Lula, sob a liderança de Stédeli, e de todos os outros líderes sindicais e de centrais, manipuladores da miséria social.

O país, mais do que nunca, precisa de um ato de grandeza de uma presidente que tem a reprovação de mais de 90% dos brasileiros: a renúncia.



16 de dezembro de 2015
diário do poder

DIA NACIONAL DA HIPOCRISIA



É revoltante como as causas deram lugar aos interesses pessoais, e o que aqui se faz é politicagem e não política. Exemplo disso será a manifestação vergonhosa marcada para esta quarta, em prol da permanência da presidente Dilma Rousseff no cargo, que foi intitulada de Dia Nacional da Democracia, mas deveria se chamar Dia Nacional da Hipocrisia.

Em um movimento velado e coordenado por várias bandeiras hipócritas, entre elas a CUT, rodoviários cruzaram os braços, deixando milhares de trabalhadores aglomerados nas paradas de ônibus de todo o país. E aqueles que dizem representar, são exatamente os que estão oprimindo.

A Central Única dos Trabalhadores (CUT) pouco se importa com os trabalhadores que tiveram que pagar mais caro, em transportes piratas, para poder trabalhar. Ou com os filhos de trabalhadores, que vão perder um dia de aula, porque os servidores da rede pública vão para as ruas participar desse movimento.

Nesse cenário, os movimentos sociais são utilizados como instrumentos de poder do Estado. Vão às ruas, levantado bandeiras e entoando palavras de ordem, mas não representam o povo brasileiro, essas bandeiras representam aquela que não teve competência para trabalhar e por isso está correndo o risco de ser impichada. Esses grupos têm o discurso asqueroso, dizem que são contra o “golpe para retirar os direitos da classe trabalhadora e afrontar a democracia”. Nossa, quanta hipocrisia!

Assim eles param a nação e desfilam com bandeira hipócritas que defendem tudo, menos o povo, fazendo a população refém de seus interesses. Acorda Brasil, mostra a tua cara!



16 de dezembro de 2015
Francine Marquez é jornalista

CONSELHO DE ÉTICA SORTEIA POSSÍVEIS RELATORES DE AÇÃO CONTRA JEAN WYLLYS

WYLLYS ACUSOU SEM PROVAS OUTRO DEPUTADO DE ROUBAR RECURSO PÚBLICO

WYLLYS ACUSOU SEM PROVAS OUTRO DEPUTADO DE ROUBAR RECURSO PÚBLICO. FOTO: WILSON DIAS/ABR

O Conselho de Ética da Câmara dos Deputados fez, na tarde desta quarta-feira, 16, o sorteio dos membros aptos a relatar o processo por quebra de decoro parlamentar contra o deputado Jean Wyllys (PSOL-RJ). A representação do PSD pode ter como relatores Nelson Marchezan Júnior (PSDB-RS), Erivelton Santana (PSC-BA) e Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP). Caberá ao presidente do colegiado, José Carlos Araújo (PSD-BA), escolher um dos três para proferir parecer prévio quanto a admissibilidade da ação.

Na sessão plenária do dia 28 de outubro, o deputado João Rodrigues (PSD-SC) alegou que o colega do PSOL o teria ofendido, acusando-o de roubar dinheiro público. "Os deputados carregam, pelo próprio cargo, uma responsabilidade institucional que não pode ser pormenorizada e denegrida de forma generalizada. É preciso agora provar quem são os ladrões apontados pelo deputado", diz Guilherme Campos, presidente do PSD, na representação.

Rodrigues e Wyllys trocaram acusações no plenário após o deputado do PSD subir na tribuna para defender o projeto que muda o Estatuto do Desarmamento. "A sua vida pregressa eu não conheço. A sua experiência política eu sei. Tenho sete mandatos, fui três vezes prefeito. E tive a honra de ser o segundo deputado mais votado na história de Santa Catarina. Posso até ser criticado, mas vindo do senhor é elogio. Um parlamentar que defende perdão para drogas, que defende que adolescente pode trocar de sexo, mesmo sem autorização dos pais. Isso não é deputado, é a escória deste País, mas ocupa lugar como deputado", disse Rodrigues.

Na sequência da discussão, Wyllys lembrou que o parlamentar do PSD foi flagrado assistindo a um filme pornográfico no plenário. "Homens decentes não assistem a vídeo pornô em plena sessão plenária. Homens decentes não são condenados por improbidade administrativa por roubar dinheiro público, como o deputado foi. Portanto, quem não tem moral para representar o povo brasileiro é ladrão. Eu vou dizer uma coisa: qualquer programa de televisão é mais decente do que quem rouba dinheiro do povo na sua administração pública. Qualquer programa de televisão é mais decente que deputado em vez de honrar o voto e o dinheiro público fica usando a sessão plenária para assistir filme pornô", disse Wyllys, para emendar: "Resta saber se seu vídeo pornô era hétero ou homossexual".



16 de dezembro de 2015
diário do poder

EM FALA ARREBATADORA, MIRO DIZ QUE SENADO NÃO PODE ARQUIVAR IMPEACHMENT

EM DEFESA DA CÂMARA, ELE ANTEVÊ 'PRESIDENCIALISMO ABSOLUTISTA'

DEPUTADO FALOU EM NOME DA CÂMARA, MAS CRITICOU EDUARDO CUNHA

Ao falar em nome da Câmara, o deputado Miro Teixeira (Rede-RJ), decado da Câmara dos Deputados, defendeu nesta quarta-feira, 16, no Supremo Tribunal Federal (STF), o voto secreto para a eleição da comissão especial que irá analisar o pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff. De acordo com o deputado, que também é advogado, o Senado também não pode arquivar um processo de impeachment que tenha sido acatado pela Câmara. Seu discurso foi considerado "arrebatador".

O deputado deixou claro no plenário do Supremo que não endossa o pedido de impeachment acatado pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), mas reiterou a legitimidade da instauração do processo e descartou a possibilidade de defesa prévia de Dilma.

"Se isso acontecer, o cidadão brasileiro precisará ser avisado de que se instituiu no Brasil o presidencialismo absolutista", argumentou Teixeira.

O deputado considerou que será preciso fazer 'mea culpa' ao ex-presidente Fernando Collor, por causa do rito de impeachment adotado em 1992, caso outro entendimento seja adotado. "A lei é clara em garantir a ampla defesa no momento oportuno. Mas é preciso defender a mesma lei que valeu para o Collor", disse.

Teixeira não poupou críticas ao presidente da Câmara Eduardo Cunha, lembrou da devassa que ele sofreu ontem em mais uma fase da Operação Lava Jato e também mencionou a briga entre parlamentares que aconteceu na semana passada, durante sessão do Conselho de Ética que analisa o pedido de processo conta o peemedebista. Apesar disso, Teixeira defendeu que esses detalhes não comprometem a instauração do processo pela Câmara e não devem atrapalhar no julgamento dos ministros ao definir o rito do impeachment.

"Não nos é confortável saber de tudo isso, e seguramente vossas excelências sabem disso. Mas nós entendemos que é daquela instituição que saíram as leis que permitem o Brasil democrático, permitem tornar todos os cidadãos iguais perante a lei."



16 de dezembro de 2015
diário do poder

UM EM CADA DEZ PARLAMENTARES ESTÁ ENVOLVIDO NA OPERAÇÃO LAVA JATO

O Congresso Nacional é composto por quase 600 parlamentares eleitos pelo povo. Destes, 60 estão citados ou denunciados pela Operação Lava Jato. Como em política ninguém rouba sozinho, por isso podemos ampliar este número ainda mais, pois o dinheiro roubado era distribuído por grupos e bancadas. Quantos por cento do nosso Legislativo é corrupto? A matéria a seguir é de O Globo.

As investigações da Operação Lava-Jato, iniciadas em Curitiba, no Paraná, colocaram pelo menos 66 políticos na mira da Polícia Federal e do Ministério Público Federal, segundo levantamento realizado pelo GLOBO. Investigados com autorização da Justiça, eles são suspeitos de participar do esquema de corrupção na Petrobras.


Apesar de a primeira instância comandada pelo juiz Sérgio Moro já ter decretado cerca de 75 condenações, como a do ex-ministro José Dirceu, a maioria dos casos envolvendo políticos não resultou ainda em punição.

A apuração de grande parte dos casos está sob a guarda do Supremo Tribunal Federal (STF), que até agora só decretou a prisão do ex-líder do governo no Senado, Delcídio Amaral (PT-MT), detido em flagrante por tentar comprar o silêncio do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró. O ex-executivo aceitou fazer acordo de delação premiada.

O gabinete do ministro Teori Zavascki, relator dos processos da Lava-Jato no STF, preferiu não listar os parlamentares que são alvo de investigação. Segundo a assessoria do STF, "somente quando não houver mais processos sob sigilo" eles serão divulgados. Ainda há investigações "ocultas" na Corte, que podem resultar em novos pedidos de busca e apreensão, como as realizadas ontem.

As investigações que já foram tornadas públicas mostram que o PP é o partido com o maior número de políticos investigados: 31. Logo em seguida, aparece o PMDB, com 17 pessoas. O PT, por sua vez, tem 13 suspeitos de participar do esquema. Solidariedade, PSB e PTB, juntos têm cinco parlamentares na lista de investigados da Lava-Jato.

16 de dezembro de 20-15
in coroneLeaks

TIME DILMISTA NO SENADO TEM NO MÍNIMO ONZE ACUSADOS NA OPERAÇÃO LAVA JATO


Dos 81 membros do Senado, 11 senadores estão sendo acusados na Operação Lava Jato. Isto explica em parte o bunker que Dilma está construindo na casa, para ali "matar" o processo de impeachment. Abaixo, o blog revela o nome dos acusados pelo MP, que serão investigados e muitos deles cassados, tendo em vista as provas irrefutáveis levantadas contra eles. Não fosse a covardia de Janot e Teori, estes senadores já estariam respondendo pelos seus atos no maio escândalo de corrupção do país.
  • Gleisi Hoffmann (PT)
  • Humberto Costa (PT)
  • Lindbergh Farias (PT) 
  • Delcídio Amaral (PT)
  • Edison Lobão (PMDB)
  • Romero Jucá (PMDB)
  • Valdir Raupp (PMDB)
  • Renan Calheiros (PMDB)
  • Ciro Nogueira (PP)
  • Benedito de Lira (PP)
  • Fernando Collor de Mello (PTB)
16 de dezembro de 2015
in coroneLeaks

SENADO DILMISTA APROVA QUE DINHEIRO DO CRIME, DA SONEGAÇÃO E DA LAVAGEM PODE SER REPATRIADO PARA O BRASIL

Basta pagar 15% de IR e mais 15% de multa para trazer de volta 100%$ do dinheiro que traficantes, sonegadores e outros bandidos possam trazer de volta para o Brasil o dinheiro que roubaram durante anos. 
Por que você esconderia dinheiro numa conta no exterior? Ora, para que a receita ou a polícia não soubesse a origem. É a única explicação. 
Pois agora o PT e Dilma está clareando este dinheiro, limpando o sangue que escorre das suas cédulas, para ajudar no ajuste fiscal. 
A opinião do blogueiro é que pouco dinheiro irá voltar. 
Se ninguém confia neste governo para gerir dinheiro limpo, quem confiará para administrar dinheiro sujo?

16 de dezembro de 2015
in coroneLeaks

FACHIN MANTÉM COMISSÃO DO IMPEACHMENT ELEITA POR VOTO SECRETO

Ontem, Luiz Fachin, ministro do STF, distribuiu seu voto sobre o processo de impeachment que deve ser seguido pela Câmara e Senado. Segundo a jornalista Mônica Bergamo, ele manteve o voto secreto para a escolha da Comissão, reconhecendo a legitimidade da mesma e contrariando o desejo da esquerda, que gostaria de um voto aberto para poder mover uma perseguição sem trégua para quem votasse contra o Governo.

O ministro Luiz Fachin, do STF (Supremo Tribunal Federal), reconheceu, no voto que distribuiu aos colegas nesta terça, a legitimidade da votação secreta realizada pela Câmara dos Deputados para escolher a comissão que primeiro analisará o pedido de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff. 

A decisão deve frustrar aliados de Dilma, que recorreram ao STF para que a votação fosse derrubada. O governo preferia que a eleição fosse aberta e que apenas a chapa "oficial", com parlamentares indicados por líderes dos partidos, fosse reconhecida como legítima –a votação foi secreta e a oposição lançou uma chapa alternativa, que saiu vitoriosa. 

Após o PC do B ingressar com uma ação questionando o trâmite do impeachment, Fachin paralisou o andamento do processo de impeachment. 

A previsão é de que a discussão sobre o rito do impeachment seja longa e possa levar até duas sessões. Antes de Fachin apresentar seu voto, as partes envolvidas (PCdoB, Senado, Câmara, Advocacia-Geral da União e Procuradoria-Geral da República) terão 15 minutos, cada um, para se manifestar. O ministro também autorizou que pelo menos sete partidos (PT, PSDB, PSOL, DEM, REDE, PP e Solidariedade) participem do julgamento e apresentem seus argumentos. 

O voto de Fachin ainda terá que passar pelo crivo dos outros dez magistrados da Corte e ainda pode ser modificado –o próprio ministro pode mudar de opinião. "É notório que ele está tentando construir consensos", diz um dos ministros que já estudou o voto. 

Fachin apresentou também sugestões para que o STF estabeleça um rito para um impeachment, um "guia" precisaria ser seguido pelos parlamentares, evitando assim que a todo momento recorram à Corte para dirimir dúvidas. 

Ele propõe também o reconhecimento de que cabe a uma comissão do Senado a decisão de afastar a presidente do cargo depois da abertura de um processo contra ela.(Folha)

16 de dezembro de 2015
in coroneLeaks

SUPREMO DEIXA O IMPEACHMENT AVANÇAR OU SE DESMORALIZA DE VEZ



Charge de J. Bosco (reprodução do Portal UOL)

















Hoje vamos saber se o Supremo Tribunal Federal vai se assumir como um Poder da República independente e isento, ou pretende seguir o caminho tortuoso iniciado no julgamento do mensalão, quando ressuscitou os finados embargos infringentes e inventou a organização criminosa sem formação de quadrilha. O teorema desta sessão de hoje do Supremo, que poderá prosseguir até sexta-feira, quando começa o recesso, é simples e da maior importância. Pretende-se saber, basicamente, o seguinte:
1) Na Câmara, pode haver preenchimento de cargos de comissões especiais mediante indicação dos blocos parlamentares?
2) É possível ser realizada eleição ou referendo com voto secreto nas comissões?
3) A presidente Dilma Rousseff tinha direito à defesa prévia, antes de iniciado o processo na Comissão Especial?
4) Existe alguma inconstitucionalidade ou conflito de normas legais no rito tradicionalmente adotado para o impeachment?
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DOS BLOCOS PARLAMENTARES
O Regimento da Câmara é bastante claro sobre os blocos parlamentares, que são equiparados aos partidos políticos. Portanto, a Câmara tem direito de formar a Comissão Especial pelo critério dos blocos, desde que respeitada a norma legal sobre a pluralidade dos partidos representados (Lei 1.079/50). Vamos conferir dois dispositivos do Regimento
Art. 9º – Os Deputados são agrupados por representações partidárias ou de Blocos Parlamentares, cabendo-lhes escolher o Líder quando a representação for igual ou superior a um centésimo da composição da Câmara.
Art. 12, § 6º – Dissolvido o Bloco Parlamentar, ou modificado o quantitativo da representação que o integrava em virtude da desvinculação de Partido, será revista a composição das Comissões, mediante provocação de Partido ou Bloco Parlamentar, para o fim de redistribuir os lugares e cargos, consoante o princípio da proporcionalidade partidária, observado o disposto no § 4º do art. 26.
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DAS VOTAÇÕES SECRETAS
Pelo Regimento, que tem forma de lei e só pode ser modificado pelo Supremo em caso de inconstitucionalidade, as votações na Câmara podem ser secretas ou não. A própria eleição da Mesa Diretora é feita com voto secreto. A aprovação dos indicados pela Presidência da República para o Supremo Tribunal Federal e para a Procuradoria-Geral da República também é feita pelo voto secreto. Portanto, não há inconstitucionalidade nesse tipo de iniciativa.
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DA DEFESA PRÉVIA
A reclamação de que a presidente Dilma Rousseff não teve direito a defesa prévia é ridícula. O procurador Rodrigo Janot, em seu parecer, reconhece que ninguém tem direito a se defender antes de formado o processo, com a nomeação dos membros da Comissão do Impeachment e tudo o mais.
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DO RITO DO IMPEACHMENT
O Regimento da Câmara foi aprovado em 1989, já de acordo com a nova Constituição. Em 1992, quando houve o impeachment de Collor, também aconteceu uma polêmica e o rito do Congresso foi submetido ao Supremo e aprovado. Depois disso, o rito foi obedecido duas vezes, quando o então deputado petista Jaques Wagner pediu o impeachment do presidente Itamar Franco, que foi recusado, e quando o deputado José Dirceu tomou idêntica iniciativa em relação ao presidente FHC, mas o presidente da Câmara, Michel Temer, rejeitou o requerimento. Na forma do Regimento, Dirceu recorreu ao plenário e foi derrotado por maioria absoluta.
Os recursos ao plenário só têm causado prejuízo à presidente Dilma Rousseff. Como todos sabem, o tempo conspira contra ela. Na sessão de hoje, por exemplo, se o Supremo alterar qualquer procedimento do rito que julgar inconstitucional, haverá ainda mais atrasos, com apresentação de recursos e blá-blá-blá. E o processo do impeachment irá se fortalecer cada vez mais.
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PS – O ministro-relator Edson Fachin fez um parecer de 100 páginas. E um delírio. Trata-se de questões simples,  conforme se sabe, mas parece que ele pretende complicá-las. Vamos conferir.

16 de dezembro de 2015
Carlos Newton

STF TRAÇA O DESTINO DO IMPEACHMENT E TAMBÉM O DE CUNHA



Charge de Jarbas (reprodução de querodesenho.com)
















No julgamento da liminar do ministro Edson Fachin, que começa hoje e pode terminar neste mesmo dia ou na sessão de amanhã (reportagem de André de Souza, O Globo de ontem), o plenário do Supremo Tribunal Federal estará traçando o destino político do processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff e também o desfecho do caso Eduardo Cunha, envolvendo as acusações e ações contra ele que percorreram longos capítulos no quadro nacional e institucional.
Aliás, o dia de ontem, terça-feira, não foi favorável ao presidente da Câmara. O ministro Teori Zavascki autorizou operações de busca e apreensão de documentos e e-mails em sua residência no Rio, em seu Gabinete na Câmara e na sua residência, em Brasília. Isso a partir do alvorecer. No meio do dia, foi ele finalmente derrotado no Conselho de Ética. Por 11 a 9, o Conselho resolveu dar sequência a luta pela cassação de seu mandato. Eduardo Cunha, isso tudo somado, como sempre foi lógico, não poderá se manter como presidente da Casa. Seu empenho, a partir de agora, voltar-se-á no sentido de preservar seu mandato.
Sob este ângulo, terá de aguardar o julgamento, pela Corte Suprema, da denúncia que inevitavelmente será concretizada pela Procuradoria Geral da República. Esta, inclusive, é a melhor perspectiva que reserva para si próprio. Pois se tiver o mandato cassado pela maioria absoluta da Câmara, perderá o direito ao foro especial a que ainda tem direito. Os ventos do final de ano não estão soprando a seu favor. Pelo contrário.
DOIS PONTOS CENTRAIS
Mas eu afirmei que se encontra em jogo também hoje o destino do processo de impeachment. Claro. Como observei outro dia, dois são os pontos centrais desta questão, ambos contestados pelo recurso do PCdoB. O voto secreto para a escolha dos 65 deputados que vão constituir a Comissão Especial que dará o parecer básico sobre a tramitação da iniciativa de Hélio Bicudo, Miguel Reale Junior e Janaina Paschoal, e a apresentação de uma chapa alternativa para formalizar a seleção. O autor de ambos dispositivos chama-se Eduardo Cunha, que, por isso, estará inevitavelmente também sob o julgamento.
Não se trata de nortear a Câmara dos Deputados a respeito do rito e do ritmo da jornada política excepcional. Trata-se, isso sim, da procedência ou não dos caminhos iniciais adotados. O STF não pode agir quanto ao Regimento Interno daquela Casa do Congresso. Nem estará julgando este aspecto, inclusive por ser desnecessário. São apenas dois os pontos sensíveis. A começar pelo sistema do voto. Se a Corte Suprema decidir pela votação a descoberto, nominal, deverá se tornar supérfluo discutir a legitimidade ou não da chapa alternativa. Pois, de qualquer forma, seja qual for o resultado, uma escala leva a outra, sem dúvida.
PESQUISA DATAFOLHA
Mas a questão do impedimento da presidente ainda não termina aí. A pesquisa do Datafolha, comentada por Ricardo Mendona, na Folha de São Paulo também de ontem, revela que a perspectiva popular de uma eventual chegada de Michel Temer ao governo é mais desfavorável do que favorável: 28% contra 19% pontos positivos. Quarenta e sete por cento mostraram-se neutros. Seis por cento não quiseram ou souberam definir-se. E quanto à manifestação pelo impeachment acentuada pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo?
Fato inédito e surpreendente o pronunciamento do presidente da entidade, Paulo Skaf, como colocaram otimamente Pedro Venceslau e André Ítalo Rocha, na edição de O Estado de São Paulo. Assim agindo, acentuo eu, a Fiesp politizou singularmente sua posição, esquecendo o aspecto jurídico constitucional. O tema depende do Congresso e do STF, não da representação industrial. A Fiesp, com sua intervenção no cenário institucional, terminou produzindo efeito contrário. Erro político total.

16 de dezembro de 2015
Pedro do Coutto

IRRESPONSAVELMENTE, DILMA QUER REDUZIR A META DE SUPERÁVIT



Charge do Nef (reprodução do Jornal de Brasília)

















Mesmo com a ameaça do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, de deixar o governo caso a meta de superávit primário de 2016 não seja mantida em 0,7% do Produto Interno Bruto (PIB), a presidente Dilma Rousseff abriu a possibilidade de revisar o valor, alegando resistência da base aliada no Congresso. Há inclusive a ideia de parlamentares de uma meta flexível. O movimento pela mudança da meta também está presente na equipe da presidente Dilma.
Ela marcou uma reunião sábado para discutir o assunto. O ministro do Planejamento Nelson Barbosa, um dos defensores da flexibilização da meta, esteve presente, mas Levy conversou com a presidente apenas por telefone.
Segundo fontes do Palácio do Planalto, a revisão da meta seria para um objetivo “mais realista”, mas não para zero como defendem alguns parlamentares. A decisão será tomada nos próximos dias. O Congresso deve votar o Orçamento de 2016 esta semana, antes de entrar em recesso.
SEM DEFINIÇÃO
Na sexta-feira, Dilma chegou a afirmar que ainda não há definição sobre alteração da meta para o próximo ano, reconhecendo que não há consenso sobre o tema. “Essa é uma questão que o governo está discutindo. Dentro do governo pode ter posições diferentes e nós estamos discutindo”, disse. A presidente não quis responder sobre a possibilidade de saída do ministro da Fazenda.
Depois da perda do grau de investimento do Brasil pela agência internacional de classificação de risco Standard & Poor’s, a presidente havia se comprometido com a fixação da meta de superávit 0,7%, medida considerada por Levy como imprescindível para o equilíbrio das contas públicas. Seria uma medida preventiva contra novos rebaixamentos da nota do País. O ministro da Fazenda disse sexta-feira que um novo déficit primário nas contas públicas em 2016 – pelo terceiro ano seguido – seria “complicado”.
LEVY AMEAÇA SAIR
Levy afirmou a representantes da Comissão Mista de Orçamento (CMO) que estaria “fora do governo” se a meta 0,7% fosse alterada. A notícia sobre a permanência ou não de Levy no Ministério da Fazenda levou os investidores a buscarem a proteção do dólar. A moeda americana fechou sexta-feira em alta de 1,95%, aos R$ 3,8732.
Levy chegou a dizer ontem em Maceió que sua ameaça de deixar o governo em caso de mudança da meta é uma questão “um pouquinho irrelevante”. Em entrevista durante reunião do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz), Levy foi enfático ao afirmar que uma possível revisão da meta trará uma série de repercussões negativas para o País. (Da Agência Estado)
NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – A matéria foi enviada pelo comentarista Wilson Baptista Jr, que não esconde seu desânimo. Pela enésima vez, Levy ameaça sair, mas é um covarde. Dilma nem se importa. Sabe que ele só sairá quando o Bradesco deixar.
Reduzir o superávit fiscal é um crime contra a nação, a ser praticado por Dilma e Nelson Barbosa, que é uma espécie de Mantega rejuvenescido e aceita tudo o que a presidente lhe manda fazer. Levy peca pela omissão e cumplicidade. Em matéria de economia, eles formam um trio do tipo Três Patetas. (C.N.)

16 de dezembro de 2015
Deu no Estado de Minas

DONO DA ENGEVIX PEGA 19 ANOS E BUMLAI É DENUNCIADO




O juiz federal Sérgio Moro, que conduz as ações da Operação Lava Jato na primeira instância, condenou nesta segunda-feira, 14, o empresário Gerson de Mello Almada, dono da Engevix, a 19 anos de prisão por corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa. Segundo a denúncia do Ministério Público Federal, os dirigentes da Engevix teriam destinado pelo menos cerca de 1% sobre o valor de contratos e aditivos à Diretoria de Abastecimento da Petrobras, “destes valores sendo destinado parte exclusivamente a Paulo Roberto Costa” – ex-diretor da estatal e primeiro delator da Lava Jato.
Foram absolvidos Newton Prado Junior, Luiz Roberto Pereira e Carlos Eduardo Strauch Albero “de todas as imputações, por falta de prova suficiente de que agiram com dolo” e Enivaldo Quadrado “da imputação de lavagem de dinheiro, por falta de prova suficiente de autoria para condenação”.
BUMLAI E MAIS DEZ…
Preso pela Operação Lava Jato, o pecuarista José Carlos Bumlai foi denunciado nesta segunda-feira (14) sob acusação de corrupção, lavagem de dinheiro e gestão fraudulenta, por suspeita de ter participado de um esquema de corrupção na Petrobras e ter repassado dinheiro ao PT.
Também foram denunciados o filho e a nora de Bumlai (Maurício de Barros Bumlai e Cristiane Dodero Bumlai), três executivos do Schahin (Salim Schahin, Milton Taufic Schahin e Fernando Schahin), os ex-diretores da Petrobras Jorge Zelada e Nestor Cerveró, o ex-gerente da estatal Eduardo Musa, o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto e o lobista Fernando Soares, o Baiano.
Esta é a primeira acusação formal do Ministério Público Federal contra Bumlai. Caso a denúncia seja aceita, Bumlai se torna réu e vai responder pelos fatos na Justiça.
DÍVIDA PERDOADA
Amigo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o empresário contraiu um financiamento de R$ 12 milhões com o banco Schahin, em 2004, cujos valores foram transferidos a pessoas ligadas ao PT, segundo a denúncia.
O empréstimo nunca foi pago. De acordo com o Ministério Público Federal, um acordo entre Bumlai e a Schahin, que atua na área de engenharia, garantiu que a empresa perdoasse a dívida em troca de um contrato de US$ 1,6 bilhão com a Petrobras, para a operação de um navio-sonda, em 2009.
Segundo a denúncia, Bumlai se valeu do seu relacionamento com Lula para obter o contrato, considerado “irregular” pela Polícia Federal.
A quitação do empréstimo com o banco Schahin, segundo a denúncia, foi feita por meio de uma simulação de compra e venda de embriões, firmada entre as fazendas de Bumlai e do grupo Schahin –o que, para o Ministério Público Federal, caracterizou lavagem de dinheiro.
O documento será apresentado ao juiz federal Sergio Moro, responsável pelos casos da Lava Jato no Paraná. Cabe a ele aceita-la ou não. Só depois disso é que Bumlai e os outros dez denunciados virarão réus.
CASO CELSO DANIEL
Parte dos R$ 12 milhões obtidos por Bumlai foram transferidos, segundo as investigações, a uma empresa de ônibus do empresário Ronan Maria Pinto – envolvido em desvios na Prefeitura de Santo André (SP), gerida à época pelo prefeito Celso Daniel (PT).
O silêncio de Ronan Pinto sobre o esquema de corrupção no município teria sido comprado pelo PT, segundo declarou o publicitário Marcos Valério durante as investigações do mensalão. Celso Daniel era coordenador da pré-campanha de Lula à Presidência.
A Polícia Federal do Paraná não fez, por ora, novas diligências sobre o caso. No relatório que indiciou Bumlai, os investigadores apenas concluem que parte do dinheiro obtido no banco Schahin foi parar na empresa de Pinto.
“Ao menos parcialmente, o [empréstimo] mútuo destinava-se a atender aos interesses do Partido dos Trabalhadores”, informou a PF, em relatório da última sexta-feira (11).
OUTRO LADO
Bumlai, preso preventivamente há quase três semanas em Curitiba, tem negado irregularidades. Aos investigadores, afirmou que os empréstimos contraídos por si e por suas empresas foram regulares e que a operação com o banco Schahin foi quitada por meio da venda de embriões -a PF diz que a venda nunca existiu.
Em depoimento à CPI do BNDES, o pecuarista declarou que sua vida “foi construída pelo trabalho, com muito suor”, e disse que tem a consciência “absolutamente tranquila”.
“O tempo vai mostrar. Não privilegiei ninguém, não fiz isso nem aquilo, não tenho cor partidária, não sou filiado a nenhum partido político”, declarou.

16 de dezembro de 2015
Deu na Folha