"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

SOLUÇÃO É COBRAR DO POVO

A CONTA É SUA: RELATOR DO ORÇAMENTO DEFENDE RESSUSCITAR A CPMF
DEPUTADO RELATOR DO ORÇAMENTO DE 2016 DEFENDE RECRIAR A CPMF E AINDA ADMITE QUE GOVERNO VAI GASTAR MAIS E CORTAR MENOS



NOVO MINISTRO DA FAZENDA, NELSON BARBOSA, DEFENDE COBRAR A CONTA DA CRISE DA POPULAÇÃO. FOTO: JOSÉ CRUZ/ABR


O relator do Orçamento de 2016, deputado Ricardo Barros (PP-PR), disse ontem (22) que esteve com o novo ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, o pai das pedaladas fiscais, e tratou da proposta orçamentária. Após o encontro, Barros virou defensor de ressuscitar a CPMF, o antigo imposto sobre o cheque.

“Ressuscitar a CPMF é uma necessidade política, já que o governo precisa recuperar recursos perdidos com a queda na arrecadação nos últimos meses e promover novos investimentos,” defendeu Barros. O relator não falou nada sobre a crise econômica, sobre os gastos excessivos do governo Dilma, tampouco sobre o rombo de R$ 120 bilhões no orçamento do governo para 2016.

O relator do Orçamento ainda que, apesar de toda a reclamação de Dilma e sua equipe econômica, a crise foi criada pelo governo: a arrecadação, segundo o relator, caiu 5%, mas as despesas do governo cresceram 12%.

Mesmo com todos os problemas para fechar as contas deste ano e do ano que vem, Barros insiste que o Orçamento do ano que vem “no geral tem cortes”, mas tem mais aumentos de despesas: “Na Educação, não houve cortes, acrescemos R$ 600 milhões. No seguro agrícola, acrescemos R$ 341 milhões por conta das mudanças climáticas.” Houve um aumento de quase R$ 10 bilhões para a Saúde, em 2016, além de um fundo especial de R$ 500 milhões para combater o zika vírus, além de outros R$ 500 milhões para o programa Farmácia Popular. As contas continuam: “O orçamento de Minas e Energia subiu 130%, com o aporte de R$ 5,9 bilhões na Eletrobras. O orçamento do Esporte subiu 11%, por conta das Olimpíadas. No Desenvolvimento Social, houve recomposição de R$ 200 milhões. No Judiciário, houve corte médio de 5%. No MPU, houve corte de 1,9%. Na Polícia Federal, o corte é de 3,7%. O investimento subiu de R$ 37 bilhões para R$ 45 bilhões, com o Orçamento impositivo e as emendas de bancada”, alega o relator. Com informações da Agência Câmara.



23 de dezembro de 2015
Tiago de Vasconcelos
diário do poder

A ERA DA ESCULHAMBAÇÃO: RELATÓRIO GURGACZ

PARECER DE GURGACZ ABRE PORTEIRA PARA ESCULHAMBAÇÃO NA GESTÃO
DILMA QUER ESCULHAMBAR A GESTÃO PÚBLICA, ACUSA LÍDER DO DEM


MENDONÇA FILHO: QUERER PERDOAR OS CRIMES FISCAIS DO GOVERNO DILMA É ANIQUILAR A LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL E ABRIR A PORTEIRA PARA A ESCULHAMBAÇÃO NA GESTÃO PÚBLICA. (FOTO: VALDER CAMPANATO/ABR)


Para o líder do DEM na Câmara, Mendonça Filho (PE), o parecer do relator das "pedaladas fiscais" na Comissão Mista de Orçamento do Congresso, senador Acir Gurgacz (PDT-RO), "abre a porteira para a esculhambação na gestão pública". O governista Gurgacz, conhecido pela permanente bajulação ao governo, defende a aprovação das contas de 2014 da presidente Dilma, contrariando decisão unânime dos ministros do Tribunal de Contas da União (TCU).

“Querer perdoar os crimes fiscais e os artifícios de crime de responsabilidade cometidos pelo Governo Dilma, após o TCU recomendar a reprovação por unanimidade, é aniquilar a Lei de Responsabilidade Fiscal e abrir a porteira para a esculhambação na gestão pública”, disse ele.

Na avaliação de Mendonça, a argumentação do relator de que 14 governadores não cumpriram a meta fiscal e não se pode criar jurisprudência é absurda. “Inadmissível que para salvar Dilma, o TCU seja desmoralizado e a Lei de responsabilidade seja enterrada. O não cumprimento da meta fiscal é uma dos crimes cometidos pelo Governo petista”, afirmou Mendonça, citando as pedaladas fiscais, que foram atos ilegais cometidos para inflar projetos sociais e garantir a reeleição da presidente. “Isso é abuso do poder político e econômico”, completou.

O relator das pedaladas fiscais, senador Acir Gurgacz apresentou hoje à imprensa o seu relatório. As pedaladas fiscais são resultado de artifício usado pelo governo para atrasar repasses de recursos do Tesouro Nacional para bancos públicos como a Caixa Econômica, o Banco do Brasil e o BNDES, considerado crime. O TCU recomendou a reprovação das contas, por considerar que a presidente descumpriu no ano passado a Constituição e as leis que regem os gastos públicos. Como consequência disso, a União tem que pagar cerca de R$ 57 bilhões.




23 de dezembro de 2015
diário do poder

EMBAIXADA DO CATAR PEDIU A BUMLAI REUNIÃO COM LULA

EMBAIXADA DO CATAR USOU PECUARISTA PARA ENCONTRAR O PRESIDENTE

CATAR E EMPRESA DE VENDAS INTERESSADOS NA AQUISIÇÃO DE USINA DE AÇÚCAR NO BRASIL (FOTO: ARQUIVO PESSOAL)


E-mails em poder da Polícia Federal revelam que o empresário e pecuarista José Carlos Bumlai usou seu prestígio e amizade com o ex-presidente Lula para fazer lobby e interceder em um negócio envolvendo a Embaixada do Catar e uma empresa de vendas e fusões interessada na aquisição de usina de açúcar no Brasil. As correspodências são datadas de 21 de fevereiro de 2014. Em uma delas, Bumlai escreveu para o secretário executivo do então embaixador do Catar, Mohammed Al Hayki. “Estive hoje tratando do assunto e o sr. Ex-presidente volta dia 27 de fevereiro para o Brasil e marcará a data conforme solicitada no e-mail da Embaixada, ou seja antes de 19 de março.”

No cabeçalho da mensagem, enviada às 20h38 daquele dia, Bumlai anotou: “Assunto: Re: Qatar, Embaixador do – Audiência com o Ex-Presidente Lula.”

O e-mail de Bumlai respondia a uma mensagem que ele havia recebido às 13h45 do mesmo dia. O remetente foi Thiago Del Vecchio, que se identifica como ‘secretário’ da Embaixada. Ele pede providências do pecuarista para uma reunião com Lula. Nesses termos. ‘Prezado sr. José. O Embaixador do Qatar, Exmo. Sr. Mohammed Al Hayki, gostaria de se encontrar com o Ex-Presidente Lula a qualquer dia do dia 10 até o dia 19 de março de 2014, no horário que melhor convir ao Ex-Presidente. O senhor poderia verificar se existe essa possibilidade? Atenciosamente, Thiago L. Del Vecchio, Secretário.”

Interrogado pela Polícia Federal sobre o conteúdo das mensagens, Bumlai declarou. “Esclarece que apenas atendeu ao pedido do secretario do Embaixador do Qatar porque havia uma explicação anterior da demanda dada por Marcelo Horcades Coutinho, sócio de Eleazar de Carvalho Filho numa empresa de vendas, fusões e aquisições de empresas.”

Segundo o amigo de Lula, Marcelo Horcades lhe disse que uma empresa do Catar, a Catar Trading, tinha planos de comprar uma usina de álcool no Brasil. “O embaixador do Qatar desejava avisar o Governo Brasileiro desta intenção, mas não estava conseguindo. O embaixador do Qatar desejava que Luís Inácio Lula da Silva conversasse sobre o tema com a Presidente Dilma Rousseff.”

Ainda de acordo com Bumlai, o empresário disse que ‘o ex-presidente Lula se aproximou dos países árabes e que a presidente Dilma Rousseff não tinha este interesse’. O interrogatório de Bumlai ocorreu na segunda-feira, 21. Foi o terceiro interrogatório do amigo de Lula. O pecuarista está preso desde 24 de novembro, alvo da Operação Passe Livre, desdobramento da Lava Jato que investiga empréstimo de R$ 12 milhões contraído por Bumlai em outubro de 2004 junto ao Banco Schahin – o real destinatário do dinheiro foi o PT, segundo confessou Bumlai.

Nas duas ocasiões anteriores em que foi ouvido pela PF, Bumlai blindou o ex-presidente Lula. Ele afirmou que jamais manteve qualquer tipo de negócio com o petista. A PF o indagou, no terceiro interrogatório, sobre o e-mail para a Embaixada do Qatar em que cita Lula. “Este episódio foi atípico e não reflete a relaçao do reinterrogando com o ex-presidente Lula.”

Indagado novamente se confirma que nunca tratou de assuntos comerciais ou políticos com Lula, o pecuarista respondeu que ‘além do caso narrado acima, não se recorda de outros episódios’.

O delegado Fillipe Hille Pace, que conduziu os interrogatórios, avalia que Bumlai ‘faltou com a verdade’ ao afirmar que nunca tratara de assuntos comerciais e políticos com Lula. A PF mergulhou no emblemático empréstimo de R$ 12 milhões realizado por Bumlai junto ao Schahin. O amigo de Lula disse, anteriormente, que virou ‘refém’ do Grupo Schahin que não queria dar como quitada a dívida até que conseguisse fechar contrato de US$ 1,6 bilhão com a Petrobrás para operação de navio sonda, a partir de 2009.

Questionado se confirma que ‘nunca conversou’ com o ex-presidente sobre o problema que enfrentava com a Schahin, o pecuarista disse. “Nunca conversou sobre este tema com ele (Lula)’.

A PF insistiu. Indagado se mantém sua última afirmação, ‘uma vez que lhe foi demandado que dissesse se tem certeza sobre o fato de que nunca tratou de seu empréstimo com Lula, disse que acredita e que tem quase certeza de que nunca tratou deste tema com o ex-presidente’. (AE)



23 de dezembro de 2015
diário do poder

O MERCADOR DE BRASÍLIA DISSE QUE AGIA A PEDIDO DO GOVERNO




Charge de Aroeira (reprodução de O Dia)













Eduardo Cunha (PMDB-RJ) transformou a Câmara em um balcão de negócios e o seu cargo de deputado federal em mercadoria — afirmam procuradores federais no pedido ao Supremo para afastá-lo “do exercício de função pública”. Justificam: remover dos cargos é a “forma de não lançar mão, num primeiro momento, de medida extrema (prisão cautelar)”.
O Ministério Público acha que o presidente da Câmara virou obstáculo ao “funcionamento das instituições”, porque abusa da função pública “para evitar, a todo custo, a apuração de suas condutas”. Significa que o segundo na linha sucessória age para obstruir a Justiça na condução dos processos em que é réu.
A decisão está prevista para fevereiro. Mas, se é assim, por que não pediram ao Supremo a imediata prisão de Cunha?
A razão política mais aparente é a mesura institucional — ele chefia um dos Poderes republicanos. Procuradores parecem apostar numa escalada, a partir da alternativa “menos gravosa” oferecida pelo Código Penal, que prevê suspensão da função pública “quando houver justo receio de sua utilização” para crimes.
As regras constitucionais são claras sobre imunidade e proibição de prisão de parlamentares. Há 28 dias, porém, o ex-líder do governo no Senado Delcídio Amaral habita uma cela.
SEM IMPUNIDADE?
É sintoma de algo novo, traduzível na percepção de que “em nenhuma passagem, a Constituição permite a impunidade de quem quer que seja”, lembra a ministra Cármen Lúcia em decisão recente. Ou ainda, a certeza de que “haverá de haver remédio jurídico, sempre” para “doença que contrarie a saúde ética e jurídica das instituições”, como escreveu o ministro Teori Zavascki ao mandar prender o senador petista.
Em 190 páginas, procuradores descrevem Cunha como um parlamentar a serviço de empresas. Favorece-as “em claro detrimento do interesse público”. Em troca, recebe valores que partilha com os deputados associados.
Citam emendas a 11 Medidas Provisórias com prêmios a empreiteiras e bancos, principalmente ao BTG Pactual de André Esteves.
Congresso e governo sabiam e inúmeras vezes fecharam os olhos. Em maio de 2009, um grupo ensaiou uma rebelião contra emendas de Cunha, negociadas com o governo Lula, que mudavam o mapa dos negócios no mercado de energia elétrica: liberavam a estatal Eletrobras para gastar sem licitação, como a Petrobras.
A PEDIDO DO GOVERNO…
— São muitas as denúncias da roubalheira na Petrobras, nessa diretoria internacional (tomada pelo PMDB) — protestou Fernando Coruja (PPS-SC). — Permitir licitação simplificada na Eletrobras é muito arriscado.
Humberto Souto (PPS-SC) fez coro: — É a desmoralização. É a instituição da propina. O PMDB nomeou (Jorge Zelada para) a diretoria internacional da Petrobras! Imaginem: por que é que um partido tem de indicar um diretor internacional da Petrobras?
Fernando Gabeira (PV-RJ) arrematou: — Não estou pedindo que o relator (Cunha) saia daqui algemado, mas esse processo é ruim, perigoso, partindo de onde partiu.
Cunha só reagiu quando Ivan Valente (PSOL-SP) o acusou de “contrabandear” interesses privados: — “Contrabando” não fiz e não faria. Fiz a pedido do governo.
Seu projeto virou lei pela caneta do presidente Lula.
(artigo enviado pelo comentarista Mário Assis Causanilhas)

23 de dezembro de 2015
José Casado 

FISCO CONTRA REPATRIAÇÃO DE DINHEIRO SUJO APROVADO POR DILMA: VERGONHA!


Auditores da Receita Federal classificam o projeto de repatriação de recursos no exterior como uma lei da anistia a sonegadores, que ficarão protegido por sigilo fiscal e pagarão menos imposto do que os demais contribuintes. 

Kleber Cabral, vice-presidente da Unafisco (Associação Nacional dos Auditores-Fiscais), afirmou que a entidade já era contra o projeto original do governo, que ficou ainda pior após modificações feitas no Congresso. 

A proposta foi aprovada na última terça-feira (15) pelo Senado Federal e está à espera da sanção presidencial. 

O governo defende a medida como forma de arrecadar R$ 160 bilhões para bancar perdas de Estados com a reforma do ICMS. Para Cabral, a urgência é explicada, também, pela entrada em vigor de acordos de troca de informações do Brasil com EUA e Suíça, que vão permitir à Receita alcançar muitas dessas pessoas com bens não declarados no exterior. 

O relator da matéria no Senado, senador Walter Pinheiro (PT-BA), fez uma série de alterações no texto final para separar trechos que devem ser vetados pelo Planalto. 

Entre elas, a anistia a crimes como apresentação de documentos falsos e contrabando e a redução da multa por meio da conversão com o dólar do final de 2014 (R$ 2,66). Também será possível evitar a adesão de pessoas já condenadas pelos crimes listados no projeto em instâncias inferiores da Justiça, mas cujo processo ainda não está transitado em julgado, como queriam os deputados. 

Para a Unafisco, essas mudanças não corrigem problemas de origem do projeto, como a impossibilidade de a Receita cobrar provas da origem lícita dos recursos. A simples declaração, sem provas, será aceita pelo governo. 

Apesar de a cúpula da Receita ter concordado com o projeto, Cabral afirma que os auditores estão envergonhados pelo Fisco ser conivente com a proposta e ser obrigado a anistiar pessoas que comentem crimes combatidos no seu trabalho diário. Cabral conversou com a Folha no dia da votação e novamente após a aprovação do texto.
*
Folha - A Unafisco afirma que, além da arrecadação extra, há outras motivações em torno do projeto de repatriação de recursos no exterior.
Kleber Cabral - A razão de fundo é a movimentação em torno dos acordos internacionais. Seria pertinente um projeto de adesão voluntária, mas não desse jeito, em que você prestigia infratores. Isso aconteceu em outros países. No Canadá, houve um projeto de adesão voluntária, mas em outros termos. Não teve anistia para crime de descaminho, contrabando. Também não existe em outros países essa condição de não poder verificar a origem [do dinheiro]. Outra frente de entusiasmo com o projeto é que grandes empresas estão com problemas de caixa no Brasil e têm dinheiro de caixa dois lá fora. Como trazer o dinheiro com um monte de coisa monitorada, com a Lava Jato? 

Não é possível investigar a origem do dinheiro?
A Receita não pode verificar a licitude da origem. O texto diz inclusive que a Receita só pode abrir uma fiscalização se houver indício em outro documento. Mesmo se a pessoa tiver o pedido de adesão ao programa negado, não pode usar essa informação para dar origem a nada. 

Mas a Receita pode alcançar essas mesmas pessoas com as informações enviadas pelos EUA e pela Suíça?
Em 2017, começa a valer a troca de informações com os EUA, que será automática. Com a Suíça, será por demanda, mais não precisa de autorização judicial. A Receita vai ter muita informação na mão. Só o que vazou do SwissLeaks, que era só do HSBC e informação velha, quase tudo decaindo para a Receita, já causou um frenesi grande. Imagina com informação recente e de todos os bancos. [Com o projeto] há uma antecipação daqueles que seriam pegos, e ainda com o prêmio de ninguém saber, fica tudo protegido pelo sigilo fiscal. 

O projeto garante que não serão legalizados recursos de origem ilícita?
O texto fala que é só para recursos lícitos. Depois, diz que serão considerados recurso lícitos aqueles fruto de crimes como descaminho e evasão de divisas. Ou seja, são considerados lícitos recursos fruto de crimes. Há uma lista de crimes anistiados. E para todo mundo que colaborou para ocultar o recursos no exterior. Doleiros, por exemplo. 

A Unafisco já era contra a proposta inicial do governo?
O projeto ficou um pouco pior no Congresso, mas já nasceu muito ruim. Já nasceu com a questão central que é a origem dos recursos ser aceita apenas com a declaração do interessado. Já tivemos outras propostas. A do senador Randolfe [Rodrigues, ex-Psol, atual Rede-AP] é o embrião do projeto do Executivo. Ele sofreu uma emenda global do Manoel Júnior [deputado do PMDB-PB]. Por exemplo, na questão do câmbio. E para deixar claro que o fruto do crime passa a ser lícito. O IR e multa caíram [de 35% para 30%]. Já tivemos projetos até mais indecentes. 

Você dizem que a mudança do câmbio vai reduzir ainda mais imposto e multa?
Você paga [imposto e multa] com o câmbio de 31 de dezembro de 2014 [quando uma quantidade de dólares valia menos reais]. Acaba virando 21%. É uma bruta colher de chá. O cidadão honesto paga 27,5%. A empresa, 34% de IR. O sonegador paga isso mais multa de 150%, mais correção pela Selic.

Como vocês avaliam as alterações feitas pelo relator no Senado que permitem o veto à algumas dessas questões?
A saída encontrada pelo relator [senador Walter Pinheiro] no Senado de fazer emendas apenas de redação para evitar o retorno da matéria à Câmara, prometendo vetos da presidente sobre alguns trechos do projeto, reforça o açodamento na aprovação de uma matéria polêmica e de grande impacto. Considerando que o projeto é do Executivo, defendido arduamente pelo PT e pelo PMDB, será surpresa se ocorrerem mesmo vetos. De qualquer forma, o veto não faria retornar o texto proposto pelo Executivo. No nosso ponto de vista, a presidente deveria vetar o projeto todo. E se assim entendesse, reenviar em outras bases, para uma ampla discussão no Congresso, ouvindo órgãos de fiscalização e de persecução penal, Receita Federal, Polícia Federal e Ministério Público. Da forma como está, vetos pontuais não irão alterar em nada a essência do projeto. 

Como os auditores veem o apoio da cúpula da Receita Federal ao projeto?
A gente está envergonhado de a Receita estar conivente, aceitando uma coisa absurda como essa. Quando você tem um contribuinte com uma variação patrimonial a descoberto, ele pode ter uma atividade lícita ou ilícita, o Fisco vai e cobra dele. O contribuinte simplesmente recolhe o carne leão e acerta as contas. Reproduzindo esse entendimento, a Receita concordou em deixar no processo a desnecessidade de verificar a origem. Mas nós dissemos que estão anistiando um monte de crimes. E que ele está pagando menos imposto. Para os auditores, é um absurdo. Está todo mundo combatendo esses ilícitos no dia a dia.

23 de dezembro de 2015
in coroneLeaks

RECESSÃO PIORA NO FINAL DO ANO

2015 fecha com PIB negativo de 3,6% e inflação em 10,8%.

Num retrato da deterioração da economia brasileira, o Banco Central revisou suas projeções e admitiu que a recessão econômica será ainda mais grave que a esperada antes. Mesmo assim, o brasileiro terá de conviver com inflação alta por pelo menos dois anos. A projeção para a queda na atividade econômica passou de 2,7% para 3,6% em 2015. Para o ano que vem, a expectativa é que a economia brasileira encolha 1,9%.

Segundo o relatório trimestral de inflação, a previsão para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), usado oficialmente no sistema de metas, também está maior: subiu de 9,5% para 10,8%. Para o ano que vem, a estimativa passou de 5,3% para 6,2%. E, pela primeira vez, o BC divulgou a previsão para 2017: 4,8%.

As perspectivas do BC para a economia neste ano estão alinhadas com as do mercado financeiro. Os analistas esperam retração de 3,7% para este ano com inflação de 10,7%. No entanto, para o ano que vem, o BC enxerga um quadro melhor porque os economistas apostam em recessão de 2,8% e inflação de 6,87%. A probabilidade estimada de a inflação ultrapassar o limite superior do intervalo de tolerância da meta em 2016 é de 41% e, em 2017, de 20%.

Esse é o primeiro relatório de inflação do Banco Central divulgado após o Comitê de Política Monetária admitir que só conseguirá levar a inflação para a meta de 4,5% em 2017. A escolha foi não sacrificar ainda mais a já debilitada economia com uma carga de juros ainda maior para cumprir o objetivo depois que as expectativas foram desancoradas pelo descontrole das contas públicas e também pelo envio de um orçamento deficitário para o ano que vem ao Congresso.

ENERGIA: ALTA DE 4,6% EM 2016

O texto ainda não leva em consideração a troca do ministro da Fazenda, ma última sexta-feira, que teve uma reação ruim no mercado e fez o dólar aumentar. Ou seja, o possível impacto nos preços de importados e seu efeito na inflação ainda não foram levados em conta. No entanto, o BC revisou o peso das tarifas de serviços públicos — um dos vilões da disparada da inflação neste ano.

A projeção para a variação dos chamados preços administrados aumentou de 15,4% para 18,2% em 2015. Isso considera uma alta de 20,7% da gasolina e 51,6% na conta de luz. Para 2016, a projeção para a inflação das tarifas públicas subiu de 5,7% para 5,9%. Só não é maior porque a Petrobras não tem espaço para apertar mais os preços dos combustíveis.

“Essa projeção considera, para combustíveis, que os preços domésticos da gasolina e do óleo diesel encontram-se acima dos praticados no mercado internacional, restringindo, dessa forma, eventuais elevações”.

Para os preços da energia, a projeção de 4,6% para 2016 leva em conta redução da tarifa em dólar da usina de Itaipu e manutenção das bandeiras tarifárias no ano que vem, apesar da queda dos riscos hídricos e desligamento de usinas térmicas de maior custo. Em 2017, a projeção de reajustes dos itens administrados é de 5,0%.

Por outro lado, o BC diz que a alta do dólar beneficia as exportações e isso deve fazer os empresários voltarem a investir. 

SALÁRIOS PRESSIONAM INFLAÇÃO

“O comitê entende que, em prazos mais longos, emergem bases para ampliação da taxa de investimento da economia, para uma alocação mais eficiente dos fatores de produção e, consequentemente, para que as taxas de crescimento do PIB potencial e efetivo retomem patamares mais elevados”, diz o Banco Central antes de fazer um alerta tudo depende da melhoria das contas públicas e da cena política:

“A velocidade da materialização das mudanças acima citadas e dos ganhos delas decorrentes depende, fundamentalmente, de uma trajetória de superavit primários (economia para pagar juros da dívida) que fortaleça a percepção de sustentabilidade do balanço do setor público, além da redução de incertezas que cercam o ambiente doméstico”.

Sobre o mercado de trabalho, o Copom alerta que as negociações salariais dão peso excessivo à inflação passada, principalmente, neste ano de tarifaço. Mesmo com a alta do desemprego, os salários continuam a ser fonte de perigo para a inflação e para a queda da produtividade no Brasil.
“Assim, não obstante a ocorrência de variações reais de salários mais condizentes com as estimativas de ganhos de produtividade do trabalho, e apesar do processo de distensão em curso no mercado de trabalho, o Comitê avalia que a dinâmica salarial ainda origina pressões inflacionárias de custos”.

23 de dezembro de 2015
in coroneLeaks

O BEIJA-MÃO DA 'CELEBRIDADE'...

Povo ataca o PT, Lula e Dilma defendem Chico Buarque.


Como não dá para defender o PT, o partido mais corrupto, ladrão e sujo da história deste país, só restava ao Lula e a Dilma defenderem Chico Buarque de Hollanda, criticado por ser petista em episódio no Rio. 
Chico Buarque tem direito a suas opiniões e não precisa de defesa. Figura pública. Quem não tem defesa é o PT que destruiu a Petrobras, que colocou a país na pior recessão das últimas décadas, que instalou a corrupção como estratégia de governo. Defender Chico é fácil. Quero vender Lula e Dilma defenderem o PT.

23 de dezembro de 2015
in coroneLeaks




ORGANIZAÇÕES CRIMINOSAS LIGADAS AOS PARTIDOS


A Justiça de Minas Gerais condenou o ex-governador Eduardo Azeredo a 20 anos e 10 meses de prisão. 
De acordo com a sentença da juíza Melissa Pinheiro Costa Lage, o tucano desviou dinheiro público para financiar sua campanha frustrada à reeleição, em 1998. O esquema envolveu três estatais mineiras, que fecharam contratos de fachada para repassar verba de publicidade a políticos. 
Em valores atualizados, o rombo foi de R$ 10 milhões. O caso ficou conhecido como mensalão tucano porque serviu como laboratório para o mensalão do PT. Os dois escândalos tiveram o mesmo operador: o publicitário Marcos Valério, da SMP&B.
Azeredo não é um tucano qualquer. Chegou a ser presidente nacional do PSDB, cargo hoje ocupado pelo senador Aécio Neves. Estava no Senado quando a Procuradoria-Geral de República o denunciou ao Supremo Tribunal Federal, em 2007. Dois anos depois, a corte decidiu transformá-lo em réu.
O mensalão mineiro virou um símbolo da morosidade judicial. O caso se arrastou no STF até 2014, quando Azeredo renunciou ao mandato de deputado para escapar da punição. Sob protestos do então ministro Joaquim Barbosa, que acusou o tucano de “debochar” da Justiça, o processo voltou à primeira instância.
PECULATO E LAVAGEM
Na semana passada, Azeredo foi finalmente condenado por peculato e lavagem de dinheiro, mais de 17 anos depois dos desvios. Graças à manobra para fugir do STF, ele poderá recorrer em liberdade até que o caso volte a ser analisado pela corte.
Desde que perdeu a eleição presidencial para o PT, o senador Aécio repete que não foi derrotado por um partido, e sim “por uma organização criminosa”. 
Apesar do prontuário de alguns petistas influentes, talvez seja a hora de virar o disco. Na sentença do mensalão tucano, a juíza Costa Lage afirma que seu aliado Azeredo também integrou “uma organização criminosa complexa”, montada para assaltar os cofres mineiros.

23 de dezembro de 2015
Bernardo Mello Franco
Folha

CESAR MAIA, BICUDO E A CORRUPÇÃO DO PT, NOS IDOS DE 2004



Em 2004, Bicudo já denunciava a corrupção do PT
No último dia 7, em seu ex-Blog, o vereador Cesar Maia contou um interessante encontro que teve em Cuba com o ainda petista Helio Bicudo, que então era vice-prefeito de São Paulo, e o embaixador brasileiro Tilden Santiago, no início do primeiro governo de Luiz Inácio Lula da Silva. Vale a pena ler o relato do ex-prefeito carioca:
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UM JANTAR EM HAVANA EM DEZEMBRO DE 2004!
  1. Em dezembro de 2004, o prefeito do Rio, Cesar Maia, foi convidado para os eventos em torno dos 490 anos de Havana, fundada em 1514. O prefeito do Rio teve oportunidade de conversar com o vice-presidente da república, com o responsável do comitê central para a América Latina e com o coordenador da revitalização do centro histórico, também membro do comitê central.
  2. O tema que mais preocupava o secretário para a América Latina era a política econômica do governo Lula, classificada por ele como neoliberal e inadmissível. No jantar com o comandante José Ramon Fernandes, Vice-Presidente, e o Embaixador do Brasil, Tilden Santiago, o tema foi a reunião em 2002 que Cuba realizou de análise da crise dos mísseis de 1962, 40 anos depois, dirigida por FIdel Castro e coordenada por duas universidades norte-americanas, com a presença dos personagens da crise, como McNamara. O prefeito Cesar Maia pediu e conseguiu um vídeo completo dessa reunião.
  3. Dois dias depois, o Embaixador Tilden Santiago e sua esposa convidaram para jantar o prefeito Cesar Maia, seu secretário de governo, o vice-prefeito de São Paulo à época, Dr. Helio Bicudo, e um jovem secretário de relações internacionais da prefeitura de S. Paulo.
  4. O Embaixador falou da pesquisa que estava fazendo sobre a participação de um padre na guerrilha de Sierra Maestra. O Embaixador, nos anos 60/70, quando padre, fez parte do movimento dos Padres Operários e serviu no Oriente Médio.
  5. Naturalmente, a conversa passou à situação do Brasil e a política econômica do governo Lula e as críticas da esquerda sobre o seu caráter neoliberal. O prefeito Cesar Maia falou sobre a inevitabilidade daquelas medidas de continuidade do governo FHC, produto da crise anterior.
  6. Foram interrompidos pelo Dr. Hélio Bicudo, que disse a todos que o problema do governo Lula e do PT não era a economia, mas a CORRUPÇÃO que se ampliava e generalizava.
  7. O prefeito do Rio, constrangido, pediu licença para se retirar, pois era uma conversa pessoal entre Dr. Hélio Bicudo e o Embaixador Tilden Santiago. O Dr. Hélio Bicudo pediu que o prefeito permanecesse, pois não era segredo e o assunto era muito grave. E falou dos problemas em nível federal e municipal e o choque que teve da forma que se financiou a campanha eleitoral de 2004 em S. Paulo.
  8. E esse foi o tema que acompanhou o jantar até o final, com cordialidade e sem estresse. Para surpresa do prefeito.
23 de dezembro de 2015
Lionço Ramos Ferreira

ALGUÉM ME EXPLIQUE: POR QUE A FAMÍLIA SILVA CONTINUA INTOCÁVEL?? SÃO MAIS IGUAIS???

SE LUÍS CLÁUDIO NÃO FOSSE FILHO DE LULA, JÁ ESTARIA PRESO


Filho de Lula alega estar sofrendo cerceamento de defesa











A ministra do STF (Supremo Tribunal Federal) Cármen Lúcia negou a concessão de uma liminar (decisão provisória) pedida pelo empresário Luís Cláudio Lula da Silva, filho do ex-presidente Lula, para ter acesso à íntegra do inquérito que o investiga na Operação Zelotes. O conteúdo da decisão da ministra não foi divulgado pelo Supremo. Os advogados alegaram que não conseguiram a liberação de todo o material envolvendo a investigação e isso prejudica a defesa do empresário, ferindo entendimento do próprio Supremo.
“É inadmissível que o Reclamante e seus defensores, em meio a uma Operação desta magnitude, tenham acesso tão somente às informações previamente recortadas pela autoridade policial”, afirmou a defesa ao STF.
As empresas de marketing esportivo de Luís Cláudio, a LFT e a Touchdown, são alvos da operação porque a LFT recebeu R$ 2,6 milhões da empresa do lobista Mauro Marcondes Machado, investigado sob suspeita de compra de medidas provisórias em benefício do setor automotivo.
PROJETOS DE MARKETING
Em depoimento à Polícia Federal no último dia 4, o filho do ex-presidente Lula afirmou que realizou quatro projetos de marketing esportivo para a empresa do lobista Mauro Marcondes Machado, mas não deu detalhes sobre os serviços prestados.
Mauro Marcondes foi preso na Operação Zelotes sob suspeita de ter usado sua empresa, a Marcondes e Mautoni, para fazer lobby junto a autoridades. Investigadores suspeitam que a contratação do filho de Lula ocorreu para obter influência com políticos.
No depoimento, Luís Cláudio enumera quatro projetos para os quais teria prestado serviços de análise à empresa: sobre os resultados das marcas perante a Copa 2014, da importância das marcas ligadas ao esporte, da utilização das novas arenas como exposição de marcas, do risco de investimentos para patrocínio das Olimpíadas de 2016.
NÃO LEMBRA DE NADA…
Ao citar esses projetos, porém, ele afirma não se lembrar dos valores de cada um. Questionado pela Polícia Federal, Luís Cláudio não explicou como estipulou o preço de seus serviços.
O filho de Lula declarou aos investigadores que Marcondes nunca lhe pediu que intermediasse o contato com seu pai ou com algum político. Disse também que o lobista nunca lhe explicou as razões pelas quais teria optado por contratar sua empresa.
A LFT só teve dois clientes, segundo o depoimento: a Mauro e Marcondes e o Corinthians, para quem Luís Cláudio disse ter feito campanha para desenvolvimento de esportes amadores
Em nota à Folha, o Instituto Lula informou que a “contratação da empresa de Luís Cláudio para prestar serviços para a empresa do sr. Mauro Marcondes aconteceu em 2014, quatro anos após Lula deixar a presidência”.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Assim como o filho mais velho, chamado Fábio, o caçula do ex-presidente Lula também é um fenômeno no mundo dos negócios. Já se sabe que o jovem Luís Cláudio ganhou R$ 2,6 milhões para não fazer nada, porque a Polícia Federal com facilidade descobriu que os resumos dos “projetos” anexados aos autos pelos advogados foram copiados da “Wikipédia”, vejam a que ponto chegam a desfaçatez e a desonestidade desta família, que agora também alega não ser proprietária do luxuoso triplex no Guarujá, adquirido por intermédio de Vaccari por apenas R$ 47 mil… Bem, o certo é que, se Luís Cláudio não fosse filho de Lula, já estaria em cana. Mas estamos no Brasil, um país onde um criminoso vulgar como Lula depõe à Polícia em sigilo, na categoria de “informante”, função que ele desempenha desde a ditadura militar. É duro assistir a Lula entrando numa delegacia e saindo sem ser preso(C.N.)
23 de dezembro de 2015
Deu na Folha