"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sábado, 2 de janeiro de 2016

COISAS MISTERIOSAS; LULA PODERÁ SER PRESO PELA OPERAÇÃO LAVA JATO?

O texto que segue é o resumo de uma reportagem da revista Veja que já está nas bancas por conta do feriadão de Ano Novo. Yes! Já estamos em 2016, embora 2015 seja um ano que insiste em não terminar. Está pendente. E o responsável por empacar o Brasil em 2015 é Lula, o chefão do PT e do Foro de São Paulo.


Todavia 2015 poderá ser encerrado finalmente neste alvorecer de 2016. A Operação Lava Jato já reuniu muitas informações sobre Lula e o PT. Isso poderia determinar a prisão de Lula? A resposta é positiva face às evidências, embora não se saiba quando isso ocorrerá.

A reportagem de Veja aborda os indícios que levam a crer que as investigações da Operação Lava Jato já alcançaram o núcleo do poder onde Lula é o todo poderoso. 
Leiam:

TENEBROSAS TRANSAÇÕES
O ex-presidente Lula é conhecido pela capacidade retórica de vergar a realidade ao sabor de seus interesses. 
Quando ainda estava no Planalto, essa habilidade fez dele um líder popular. Hoje, a capacidade do petista de retorcer os fatos parece cada vez mais reduzida. 
Com frequência, Lula tem sido cabalmente desmentido por eles. Recentemente, para ficar em um exemplo, o ex-presidente ensaiou dizer que não era tão amigo assim do pecuarista José Carlos Bumlai, preso na Operação Lava-Jato por intermediar tenebrosas transações com personagens do petrolão em nome do próprio Lula e do PT. 
Bastaram algumas fotos encontradas entre os arquivos apreendidos com Bumlai para que a tentativa do petista de se descolar do amigo ruísse: as imagens mostravam que o pecuarista, homem de livre acesso ao gabinete mais importante da República durante o governo Lula, desfrutava a intimidade da família do ex-presidente. Esse modo de dar de ombros a cada nova revelação desabonadora ligando Lula ao maior escândalo da história do país virou hábito. Na semana passada, houve um novíssimo desmentido, também embalado por evidências incontornáveis.
Lula passou o ano de 2015 negando ser o dono de um apartamento tríplex de 297 metros quadrados em um prédio de frente para o mar do Guarujá, em São Paulo, construído e reformado sob medida pela OAS, uma das principais empreiteiras do petrolão. Atraído pelo preço convidativo, o ex-presidente decidiu investir no imóvel logo depois de seu lançamento, há pouco mais de dez anos. 
O edifício, àquela altura, era uma obra da Bancoop, a cooperativa ligada ao PT que, sob o comando do notório João Vaccari Neto, tesoureiro do partido, foi à bancarrota depois de se transformar em uma sucursal dos malfeitos petistas. Com a falência da Bancoop, mais de 3 000 famílias ficaram sem receber os imóveis negociados com a cooperativa. O mais ilustre dos petistas, porém, não ficaria no prejuízo. 
Como VEJA revelou em abril, após um pedido feito pelo próprio Lula a Léo Pinheiro, seu amigo e o principal executivo da OAS, a empreiteira não apenas assumiu a construção do prédio como ofereceu uma atenção especial, repleta de mimos, à unidade reservada para o ex-presidente.
O agrado da empreiteira a Lula custou caro. A OAS gastou 700 000 reais para deixar o apartamento ao gosto da família do ex. O tríplex, avaliado em 2,5 milhões de reais, passou por uma repaginação completa: o piso foi trocado, os acabamentos de gesso foram refeitos, a cozinha foi equipada com móveis de primeira linha e um elevador foi instalado para interligar os três andares. 
A reforma foi acompanhada de perto pela família do ex-presidente - a ex-primeira-dama Marisa Letícia, o próprio Lula e Fábio Luís, o Lulinha, primogênito do casal, visitaram o local durante as obras. Estava tudo caminhando para que o apartamento dos Lula da Silva na praia fosse finalmente inaugurado pela família. Até que vieram a Lava-Jato e, com ela, a descoberta do privilégio bancado pela OAS.
Lula, como era de esperar, correu para tentar se descolar do imóvel. Logo passou a negar que fosse o proprietário. Alegou que a família tinha apenas a opção de compra de um apartamento - uma esperteza óbvia, já que o tríplex está registrado em nome da OAS.
MANIPULAÇÃO DA REALIDADE
Como versões mal-ajambradas e tentativas de manipulação da realidade têm perna curta, a negativa de Lula não demorou para ruir. Uma investigação do Ministério Público de São Paulo colheu depoimentos de diferentes testemunhas que atestam que o apartamento do edifício Solaris foi, sim, construído e reformado pela OAS para a família do ex-presidente. 
Mais do que isso, os promotores, os mesmos que já investigavam os desvios milionários na Bancoop, agora apuram se a empreiteira do petrolão usou apartamentos no prédio do Guarujá para lavar dinheiro e beneficiar indevidamente figurões como Lula. 
Os depoimentos colhidos pela promotoria e revelados na semana passada pelo jornal Folha de S.Pauloconfirmam o que VEJA publicou em outubro e trazem detalhes de como a reforma no apartamento de Lula estava envolta em uma aura de segredo para que ninguém suspeitasse de nada. Um engenheiro que trabalhava para a OAS quando a obra foi executada contou que Lula fez uma "vistoria-padrão" no apartamento. 
Ele disse que apenas abriu a porta do tríplex para que o ex-presidente entrasse - lá dentro, Lula foi acompanhado pelo coordenador de engenharia da empreiteira. O dono da empresa especializada em reformas contratada pela OAS para remodelar o apartamento disse que estava na obra quando foi surpreendido pela chegada da ex-primeira-dama Marisa Letícia e de mais três homens - entre eles Lulinha e ninguém menos que o então presidente da OAS, Léo Pinheiro, o amigo de Lula que mais tarde viria a ser preso pela Lava-Jato. 
O zelador do prédio contou aos promotores que Lula e Marisa estiveram no imóvel pelo menos duas vezes e que, para a chegada dos visitantes ilustres, a OAS ordenou que o prédio passasse por uma limpeza e fosse decorado com "arranjos florais". 
O zelador disse ainda que, durante uma das visitas, seguranças de Lula travaram o elevador enquanto o petista estava no imóvel, o que fez com que moradores de outros apartamentos se queixassem.
A promotoria deve concluir em breve o inquérito e tende a ajuizar um processo contra os envolvidos no caso. Ao mesmo tempo que agradava Lula, a OAS multiplicava o saldo devedor de outros mutuários da Bancoop que haviam adquirido apartamentos. 
Do empresário Walter Didário, por exemplo, a empreiteira cobrou 600 000 reais além do que ele já tinha pago. "Eu me sinto um completo idiota", diz ele. A construção do edifício e a luxuosa reforma no tríplex não foram os únicos favores prestados pela empreiteira a Lula. Como VEJA revelou, a OAS bancou ainda a reforma do sítio que a família frequenta em Atibaia (SP). 

02 de janeiro de 2015
in aluizio amorim

O SILÊNCIO DE DILMA DIZ TUDO




Já fizemos desastrosas experiências com líderes carismáticos. Fomos do empresário bem acabado e milionário Collor ao operário mal acabado e pobretão Lula. Hoje não se sabe qual o mais abastado. Exceto pelos dois beneficiários, foi tudo em vão porque líderes carismáticos são causa de instabilidade e insegurança política. Embora tantos preguem diferente, a política pode passar muito bem sem pessoas assim. Ela precisa é de líderes capazes de conduzir competentemente o barco nacional. Nós temos Dilma Rousseff.
Entre honrosas exceções, a maioria dos políticos brasileiros cuidam do próprio barquinho. Essa condução, quando envolve interesse nacional, decide seu rumo sentindo para onde aponta o vento da opinião pública. Não são líderes, mas seres erráticos liderados por orientações mutáveis como as brisas, os ventos e os redemoinhos. Observem o PMDB e depois me digam se estou errado. Quantos deputados têm tutano para subir à tribuna e enfrentar a ira das galerias?
Agora, a presidente Dilma. O governo petista, desde 2003, deu continuidade àquilo que o PT sempre foi – uma escola da mentira. Mentiam sobre si mesmos, sobre a História, sobre os outros destruindo injustamente muitas reputações, mentiam sobre suas reais intenções, sobre a conduta de suas referências internacionais. Mentiram tanto que convenceram a maioria da sociedade que as demagógicas bandeiras e propostas com que atacavam todos os governos ao longo de seu caminho, trariam a prosperidade e a paz social. No entanto, às vésperas da eleição de 2002, rasgaram toda a parolagem num picador de papel e redigiram a famosa “Carta ao povo brasileiro”. Nela, desmentiram-se publicamente. Quatro anos mais tarde passaram a desmentir a própria carta e, gradualmente, foram quebrando o país. Para esconder a quebradeira mentiram como nunca em 2014.
ESCÁRNIO E DESCRÉDITO
Melancólico final de ano vivido pelo Brasil! Somos objeto de escárnio e do descrédito internacional. Somos vistos como um país onde governantes roubam e deixam roubar. Ou você já viu algum alto dirigente do partido, ou gestor no governo, tomar a iniciativa de denunciar pixulecos e falcatruas ocorridos sob seus olhos? Nosso governo enfrenta indizível rejeição popular e não renuncia. Apenas silencia.
O silêncio de Dilma no Natal, por exemplo, deve ter sido muito apreciado por sua fiel devota, a CNBB. Sobre a reunião e confraternização das famílias e o espírito natalino, nenhuma palavra sequer da pessoa que deveria liderar o país. Nem mesmo genéricos votos de uma Noite Feliz. De Jesus, nem se fale. Agora, ao encerrar-se 2015, a presidente limitará sua fala à Nação, assim foi dito, a um artigo na Folha de São Paulo. Todo esse silêncio resulta de simples adição, cujas parcelas são: falta do que dizer, sentimento de rejeição, orgulho ferido, incompetência para o desempenho de suas funções. Se falasse antes dos foguetes, levava panelaço. Se falasse durante os foguetes, ninguém a ouviria. Então, total silêncio desde o topo do poste.
RECEITA DO FRACASSO
Vamos enfrentar as dificuldades de 2016 com as instituições engasgadas, sob o comando de quem produziu o caos, tendo na presidência uma pessoa que confunde grosseria com autoridade, mau humor com seriedade, impeachment com golpe, mentira com verdade e verdade com mentira. É a receita certa para o fracasso.
Por tudo isso, o silêncio de Dilma é muito preferível à sua fala. Sua ausência desejada e sua presença incômoda.

02 de janeiro de 2016
Percival Puggina

SÍNDROME DA TRAMONTINA

PÂNICO DE PANELAÇO
DILMA PUBLICA ARTIGO EM VEZ DE FAZER PRONUNCIAMENTO À NAÇÃO
OPÇÃO POR PUBLICAR O TEXTO PROVA QUE A PRESIDENTE TEME PANELAÇOS


OPÇÃO POR PUBLICAR O TEXTO PROVA QUE A PRESIDENTE TEME PANELAÇOS. FOTO: ABR

A presidente Dilma resolveu começar o ano com mais uma pérola. Assinou um artigo onde demonstra o descolamento da realidade vivida por milhões de brasileiros e faz um balanço positivo do fatídico ano de 2015. A petista retorna ao discurso preferido de que a oposição não aceitou o resultado das urnas. 
"Sei que as famílias brasileiras se preocupam com a inflação. Enfrentá-la é nossa prioridade. Ela cairá em 2016, como demonstram as expectativas dos próprios agentes econômicos", diz.

No artigo, Dilma recorre a bordões como a “crença no Brasil e na força do povo brasileiro” e afirma estar "convicta" da capacidade de chegar ao fim de 2016 melhor do que indicam as previsões. 
A opção pela publicação do texto é prova de que a presidente sentiu os golpes dos panelaços em todas as regiões do País durante os tradicionais pronunciamentos à Nação exibidos em cadeia nacional de rádio e televisão.


02 de janeiro de 2016
diário do poder

FRAUDE NO POSTALIS

PF ACHA ROMBO DE R$ 5 BI EM FUNDO DOS CORREIOS
RELATÓRIO DA POLÍCIA FEDERAL ENCONTROU ROMBO NO FUNDO DE PENSÃO


PRESIDENTE DO INSTITUTO DE SEGURIDADE SOCIAL DOS CORREIOS E TELÉGRAFOS (POSTALIS), ANTONIO CARLOS CONQUISTA. FOTO: FABIO RODRIGUES POZZEBOM/AGÊNCIA BRASIL

Um relatório da Polícia Federal entregue à Justiça Federal do Rio de Janeiro encontrou um rombo de R$ 5 bilhões no Postalis, o fundo de pensão da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, os Correios. O Postalis é considerado o terceiro maior fundo de pensão do país, atrás só do Petros, da Petrobras, e do Previ, do Banco do Brasil.

A investigação responsabiliza 28 pessoas, entre funcionários e ex-funcionários de alto escalão do Postalis, além de executivos do mercado financeiro. A informação foi publicada pela Folha de S. Paulo.

As suspeitas recaem sobre as gestões de Alexej Predtechensky, conhecido como Russo e ligado ao PMDB, e de Antônio Carlos Conquista, atual dirigente, indicado pelo PT. Os dois teriam fechado contratos com consultorias que apoiaram aplicações suspeitas de conflitos de interesse porque seus executivos atuavam tanto no fundo de pensão como nos planos adquiridos.

A Polícia Federal aponta indícios de gestão temerária, crimes contra o sistema financeiro e organização criminosa. Apesar das suspeitas, não se comprovou até o momento se dinheiro do Postalis foi parar nas mãos de políticos dos dois partidos. A partir de depoimentos e análises de documentos, a PF concluiu que os dois gestores tinham conhecimento sobre a aplicação "temerária" dos recursos do Postalis.

A assessoria do Postalis informou que os Russo e Conquista prestaram esclarecimentos à PF.



02 de janeiro de 2016
diário do poder

POLÍTICA DO GOVERNO DESDE FHC É PREJUDICIAL AO APOSENTADO




Charge de Son Salvador (reprodução da internet)













O aumento diferenciado para quem ganha mais de um salário mínimo, imposto pelo FHC e mantido pelos governos Lula e Dilma, no fundo significa diminuir salário, em especial a remuneração dos aposentados, é safadeza dar percentuais iguais para desiguais. Poderia até ser justo o aumento diferenciado para quem ganha acima de 5 salários mínimos e a partir dai ir diminuindo o percentual de aumento gradativamente. Mas da maneira como isto é feito hoje, em alguns anos a maioria dos aposentados que ganham um pouco mais de um salário mínimo estará recebendo apenas apenas o equivalente ao piso do mínimo.
Enquanto isso, altos salários para os companheiros nomeados sem concurso, aumento de salários ao seu bel-prazer do executivo, legislativo e cúpula do judiciário, sem falar nas mordomias. Para o governo, tirar dos trabalhadores e aposentados é sempre mais fácil.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Este assalto aos aposentados começou quando o governo reduziu o texto de 20 para dez salários-referência e não levou em consideração essa parcela recolhida a mais, ao conceder as aposentadorias. (C.N.)

02 de janeiro de 2016
Nellio Jacob

O PIAUÍ INTELECTUAL E MORAL DO PASQUIM PIAUÍ


A petista paraíba Erundina funda mais um partido de esquerda chamado Raiz para manter o PT no poder. 
O comunismo, como vemos, se reproduz em todos os cantos. É uma praga que infesta, infiltra e conspurca tudo o que toca. E isso acontece porque o populacho burro e ignóbil foi amestrado para aceita-lo bovinamente. 
Esse resultado é esperado num país sem inteligência em que gerações de imbecis são estupidificados por operadores do partido, chamados intelectuais, que pululam na imprensa e escolas. 
Vejam mais um exemplo de como a esquerda manipula e tripudia a cabecinha do primata Brazuca: 
Capa da ‘Piauí’ de janeiro mostra beijo entre Temer e Cunha

02 de janeiro de 2016
selva brasilis

O RIDÍCULO DO ANO



Dilma resolve me tirar do abismo metafísico.
Então lá vou eu…

Artigo da presidente publicado na Folha deste dia 1º já disputa o troféu do “Ridículo do Ano”; texto repete mentiras grotescas e promessas eleitorais já descumpridas, que continuarão a não se cumprir

A presidente Dilma Rousseff não gosta quando tiro férias — ou, vá lá, ao menos um período de descanso. Assídua leitora do blog, quando percebe que eu diminuo o ritmo para conciliar nas areias da praia “o ser contra o não ser universal”, ela chama seus estafetas: “Vamos lá, cutuquem aquele preguiçoso!”. 
E aí ocorre de ela fazer coisas como a deste 1º de janeiro.

Dilma assina na Folha o texto que vai disputar, neste 2016, o troféu “O Ridículo do Ano”. A íntegra está aqui. Eu doido para me dedicar aos uivos da “felicidade diabólica”, como escreveu Clarice, e lá vem a governanta a nos lembrar que 2015 só vai acabar quando ela deixar o Palácio do Planalto. Ela me arranca dos abismos da metafísica. E talvez eu não a perdoe principalmente por isso.

De saída, cumpre notar: a presidente manda dizer que, mesmo injustiçada, leitor, não está brava nem com você nem comigo. No fim das contas, sabem como é, Dilmãe nos abraça, apesar das nossas malcriações. Escreve ela: “Mesmo injustamente questionada pela tentativa de impeachment, não alimento mágoas nem rancores. O governo fará de 2016 um ano de diálogo com todos os que desejam construir uma realidade melhor”.

A primeira parte da declaração nada mais é do que a linguagem balofa e pouco severa que marca fins e começos de ano. A segunda já embute uma ameaça: haverá diálogo com quem quiser construir uma realidade melhor; se diálogo não houver, então é porque a outra parte é do tipo que quer construir uma… realidade pior! O raciocínio é um brocado do pensamento autoritário que, não obstante, quer-se muito tolerante. Na Coreia do Norte, em Cuba ou na China, governantes dialogam com os que desejam “uma realidade melhor”. Só mandam matar os que lutam em favor do contrário.

O artigo se resume a uma cascata que passaria, fosse ela ainda candidata, por mera bobagem eleitoreira. Ocorre que esta senhora tomou posse há exatamente um ano. E está a descumprir cada uma das palavras empenhadas justamente porque o diagnóstico que fez da crise em 2014 era mentiroso. E, para espanto de um mínimo de bom senso, a petista o repete agora. E isso nos dá, então, a certeza de que, enquanto continuar a ocupar a cadeira presidencial, só o abismo nos espreita.

É evidente que não esperava que Dilma admitisse os crimes fiscais que cometeu e os erros grosseiros de operação de política econômica, contra advertências as mais sensatas feitas até por quem está no campo governista, como é o caso de Delfim Netto, para citar um nome. Mas chega a ser acintoso que a governante que vai nos garantir dois anos seguidos de recessão (2015 e 2016), depois de um outro com crescimento de 0,1% (2014), afirme o seguinte:
“Foi um ano no qual a necessária revisão da estratégia econômica do país coincidiu com fatores internacionais que reduziram nossa atividade produtiva: queda vertiginosa do valor de nossos principais produtos de exportação, desaceleração de economias estratégicas para o Brasil e a adaptação a um novo patamar cambial, com suas evidentes pressões inflacionárias.”

Não há uma só verdade na passagem. A “queda vertiginosa” das commodities se deu em 2012. Ainda que tivesse acontecido posteriormente, seria só um elemento a agravar o abismo fiscal em que ela própria e Guido Mantega nos meteram ao implementar uma política em que despesa crescia continuamente acima da receita. Isso para não falar nas oportunidades perdidas de operar reformas essenciais, enquanto o outro abismo, o da crise política, ainda não nos espreitava. Ao contrário: Dilma, seguindo os passos de Lula, demonizava as políticas de austeridade, acusando-as de conspirar contra os interesses populares.

Já lembrei aqui e o faço de novo: em dezembro de 2012, o Instituto Lula e uma entidade francesa ligada às esquerdas promoveram um seminário na França. A nossa mestra deu um pito em Angela Merkel e ofereceu o modelo brasileiro como alternativa. Em janeiro de 2013, há meros três anos, esse portento da raça disse o seguinte em rede nacional de rádio e TV:
“Aliás, neste novo Brasil, aqueles que são sempre do contra estão ficando para trás, pois nosso país avança sem retrocessos, em meio a um mundo cheio de dificuldades. Hoje, podemos ver como erraram feio, no passado, os que não acreditavam que era possível crescer e distribuir renda.
Os que pensavam ser impossível que dezenas de milhões de pessoas saíssem da miséria. Os que não acreditavam que o Brasil virasse um país de classe média. Estamos vendo como erraram os que diziam, meses atrás, que não iríamos conseguir baixar os juros nem o custo da energia, e que tentavam amedrontar nosso povo, entre outras coisas, com a queda do emprego e a perda do poder de compra do salário. Os juros caíram como nunca, o emprego aumentou, os brasileiros estão podendo e sabendo consumir e poupar. Não faltou comida na mesa, nem trabalho. E nos últimos dois anos, mais 19 milhões e 500 mil pessoas, brasileiros e brasileiras, saíram da extrema pobreza.”
Talvez nem fosse necessário observar, mas o fato é que não há uma só corrente do pensamento econômico que assegure ser impossível crescer e distribuir renda. Esses são os inimigos imaginários que o PT combateu, enquanto destruía a economia do país. E, como se nota, as “conquistas” das quais se jactava a presidente, que havia acabado de selar o desastre no setor elétrico, foram para o ralo.

O tom do artigo deste 1º de janeiro de 2016 repete a ladainha mentirosa, arrogante e autorreferente dos tempos em que o desastre estava contratado, sim, mas ainda não havia se manifestado. É estupefaciente que um país que está na iminência de ganhar o selo de “grau especulativo” da terceira grande agência de classificação de risco seja exibido pela presidente como exemplo do destino de investimentos estrangeiros.

O artigo, levado em conta apenas o texto, é menos do que nada e não tem a menor importância. Considerado o contexto, estamos diante de um indício de que viveremos, infelizmente, dias turbulentos.
A presidente decidiu fazer de conta que a realidade é apenas uma narrativa distorcida pela má vontade de seus adversários. E esse costuma ser um dos caminhos de diabólicas infelicidades.



02 de janeiro de 2016
Reinaldo Azevedo

APRENDA EM SETE LIÇÕES, COMO SER UM INTELECTUAL RESPEITADO

Esqueça ler muito, vivenciar e observar a vida. Aprenda em 07 passos como se tornar um intelectual respeitável:

1 - Consumir e fazer apologia da maconha, cocaína, e must do must, chá do do santo daime.

2 - Encher o corpo de tatuagens, percingis, e rebites.

3 - deixar o cabelo e a barba crescerem sem cortes e desalinhados.

4 - substantizar verbos: o viver e o sentir no tempo do ser e do ter...

5 - Apoiar partidos de esquerda e os piores ditadores do mundo.

6 - viver de um jeito contrário ao que você prega: fale em público da defesa da mulher e bata na sua; critique o consumismo mundial e use ternos ou vestidos caríssimos, beba vinhos caríssimos, hospede-se em hotéis caríssimos, e gaste muito dinheiro, preferencialmente dinheiro público, em festas e orgias.

7 - Fale contra o desarmamento e tenha seguranças armados; upgrade: mate sua amante com pelo menos seis tiros. Nível master: esquarteje- a (o)

Beleza? Vai treinando...
Se você tiver cara de abestado mendigando compaixão dos outros vai chegar ao nível Paulo Freire.

02 de janeiro de 2016
libertatum

O HUMOR DO SPONHOLZ...



02 DE JANEIRO DE 2016

VEM AÍ O ANO DA LAVA JATO


Não se trata de premonição nem de desejo: 2016 será o ano da Lava Jato. Pelos prazos processuais, investigações em curso e a atuação de Moro, que não se enquadra no figurino do procrastinador, essa operação mãos limpas “tupiniquim” ditará o rumo do Brasil.

A esse caldo de bruxaria se junta o desastre econômico previsto por dez a cada dez analistas de economia em todo o mundo. A perspectiva de um novo annus horribilis é decorrente da continuidade de décadas – e intensificada nos últimos anos – de populismo, clientelismo, aparelhamento estatal e estado inchado e inoperante.

O que vemos hoje é uma Dilma abandonada em seu labirinto. As forças da esquerda que dizem apoiá-la já preparam o desembarque. A CUT ameaça o governo caso este não siga a cartilha nacionalista-populista que insiste em ter como bandeira. 
O PT divulga notas oficiais mais ácidas que as da oposição e debita a Dilma e Levy o desastre que nasceu com Lula.

É questão de tempo e oportunidade. O PMDB já está fora. O PT não quer ser o último a apagar a luz, nem a carpideira do velório com data marcada. Enquanto isso, Dilma tenta manter-se à tona, pagando, com nossos impostos, o preço exorbitante para continuar a ocupar a poltrona que  prometeu a seu criador ocupar por somente 4 anos.

Além do naufrágio ecônomo,  um vetor não está sob o controle do lulopetismo: a Lava Jato. Barroso, o escabroso, mostrou a que veio ao assumir o comando da tropa de choque dos “ministros de defesa”, mesmo que, para tanto, precise ocultar trechos de leis e mentir sobre o que está nos códigos e na Constituição do Brasil. 
O Legislativo aguarda a abertura do caixa para sacar o preço de eventuais apoios. Os estados da Federação são reféns de uma atuação econômica que é exemplo do que nunca deveria ser feito. Sérgio Moro, o Ministério Público e a Polícia Federal não são reféns de ninguém. Não precisam ser.

Aguardemos 2016 e os inquéritos e processos em curso, mesmo os que foram retirados das mãos de Moro e se encontram no ritmo desejado pelo governo, ou seja, parados. Não será assim sempre. Em 2016 seremos todos japoneses. E estaremos batendo nas portas dos bandidos já identificados às seis horas da manhã.

02 de janeiro de 2016
Reynaldo Rocha

GUERRA AO TERROR

BOMBARDEIO MATA AO MENOS 50 TERRORISTAS DO ESTADO ISLÂMICO
ANO COMEÇOU COM ATAQUE AOS TERRORISTAS NO NORTE DO IRAQUE



ATAQUE FOI DA COALIZÃO ENCABEÇADA PELOS ESTADOS UNIDOS

Pelo menos 50 extremistas do grupo jihadista Estado Islâmico morreram hoje (1º) e dezenas ficaram feridos depois de bombardeios da coalizão norte-americana contra posições da organização em várias zonas da província iraquiana de Nínive, segundo fontes de segurança.

De acordo com o responsável de segurança da União Patriótica do Curdistão, Gayaz al Suryi, os ataques aéreos destruíram e incendiaram oito veículos militares, entre eles, dois carros-bomba e armamentos pesados. Apesar do mau tempo, a coalizão dos Estados Unidos fez mais de vinte bombardeios nas últimas 24 horas, segundo o mesmo responsável.

Os ataques atingiram as zonas de Al Asheq e Al Kask, na região de Al Eiadiya, 50 quilômetros a oeste da cidade de Mossul, onde as estradas utilizadas pelo Estados Islâmicos ficaram cortadas na sequência da destruição de várias pontes pelos bombardeios.

Foram também bombardeadas as zonas de Al Abzaj e Hamid, que pertencem ao distrito de Al Namrud, 35 quilômetros a sudeste de Mossul, bem como Safiya y Al Kanhash, que pertencem à localidade de Kueir.

A província de Nínive é bombardeada quase diariamente pelas forças da coalizão, que há dois dias mataram cerca de 37 combatentes do Estado Islâmico. Mossul, a capital do Nínive, está sob controle do grupo juhadista desde junho de 2014.



02 de janeiro de 2016
diário do poder

ARÁBIA SAUDITA EXECUTA CLÉRIGO XIITA E MAIS 46 TERRORISTAS

É O NÚMERO DE EXECUTADOS NESTE SÁBADO NA ARÁBIA SAUDITA

CHEFE MILITAR SAUDITA CONFIRMA AS EXECUÇÕES EM DOZE REGIÕES DIFERENTES DO PAÍS. (FOTO: FAYEZ NURELDINE/ESTADÃO CONTEÚDO)


A Arábia Saudita executou 47 pessoas condenadas por terrorismo neste sábado, incluindo o clérigo muçulmano xiita al-Nemer Nemer segundo informou o Ministério do Interior em comunicado.

A maioria das execuções estão relacionadas com ataques terroristas na Arábia Saudita entre 2003 e 2006, quando a Al Qaeda realizou uma violenta campanha para desestabilizar o reino árabe sunita. As execuções foram realizadas em 12 regiões diferentes ao redor do reino, disse o ministério.

Al-Nemer, que participou de protestos antigovernamentais durante os levantes da Primavera Árabe na parte oriental do país, em 2011, foi condenado à morte em outubro de 2014. Ele foi acusado de desobedecer o governante, incitar a luta sectária e de porte de armas contra as forças de segurança, entre outros crimes. A maioria dos outros executados eram sunitas.

A Arábia Saudita realizou mais de 150 execuções em 2015, o número mais alto no reino em duas décadas, de acordo com grupos de vigilância que monitoram a pena de morte. A mídia estatal e também grupos privados de comunicação exibiram, nas últimas semanas, vários documentários narrando os ataques terroristas realizados por militantes da Al Qaeda ao longo da última década, e a resposta do governo. A campanha de mídia pareceu ser um esforço para preparar o público para as execuções.

Numa antecipação às execuções, o órgão de defesa dos direitos humanos Anistia Internacional disse no mês passado que iria apontar "uma nova queda ultrajante na trajetória da Arábia Saudita".



02 de janeiro de 2016
diário do poder

QUEBRADO, GOVERNO TORRA R$ 56 MILHÕES EM CARTÕES

GOVERNO TORROU R$ 56 MILHÕES NOS CARTÕES CORPORATIVOS EM 2015

GOVERNO TORROU R$ 56 MILHÕES NOS CARTÕES CORPORATIVOS EM 2015. FOTO: PATRÍCIA SANTOS/ESTADÃO CONTEÚDO

Ainda resta contabilizar os gastos do mês de dezembro e as faturas de cartões corporativos do governo federal consumiram R$ 56,2 milhões do suado dinheiro do contribuinte. Apesar de campeões de gastos, a Presidência da República (R$ 15 milhões) e o Ministério da Justiça (R$ 14 milhões) mantêm 97% dos gastos sob sigilo da sociedade e ainda alegam que o segredo é a forma de garantir a segurança do Estado.

O gasto médio de cada um dos 6.535 cartões corporativos listados na Transparência até agora foi de R$ 8,6 mil, idêntico ao torrado em 2014.

Três portadores romperam a barreira dos R$ 100 mil, mas o campeão, com R$ 147 mil, é José Roberto da Silva, do Ministério da Educação.

Não custa lembrar que cada centavo dos R$ 56,2 milhões saiu do bolso do contribuinte sem realização de qualquer tipo de processo licitatório.




02 de janeiro de 2016
diário do poder

JÁ ESTÁ FEITO

IMPEACHMENT: ‘PEDALADAS’ CONTINUARAM EM 2015
QUITAR A DÍVIDA SÓ SERVE DE PROVA DO CRIME COMETIDO PELO GOVERNO


QUITAR A DÍVIDA SÓ SERVE DE PROVA DO CRIME COMETIDO PELO GOVERNO DILMA. FOTO: ROBERTO STUCKERT FILHO


O início, em 2014, do processo no Tribunal de Contas da União que apurou os crimes de responsabilidade fiscal cometidos por Dilma (as “pedaladas fiscais”, entre outros) é prova de que a presidente sabia do problema desde 2014. E pior: os empréstimos ilegais contraídos no novo mandato para subsidiar a equalização de juros do Plano Safra, além do aumento da dívida do Tesouro Nacional com o Banco do Brasil, comprovam a continuidade das “pedaladas” no ano passado.

O governo correu contra o tempo para pagar os R$ 57 bilhões à Caixa, Banco do Brasil, BNDES e FGTS no último dia 30 de dezembro.

Eduardo Cunha (PMDB-RJ) avisou que o desespero do governo não mudou nada: “O ato irregular foi cometido, os decretos”, cravou.

Para arrumar dinheiro que não tinha, a estratégia do governo foi a mais simples. Emitiu novos títulos e aumentou a dívida pública.



02 de janeiro de 2016
diário do poder

DESPERDÍCIO

TRÊS DAS EMPRESAS CRIADAS POR DILMA CUSTAM R$ 1,2 BILHÃO AO PAÍS
APENAS TRÊS EMPRESAS CRIADAS POR DILMA TÊM CUSTO BILIONÁRIO


DESFALQUE FOI NO TESOURO, QUE BANCA ESTATAIS CRIADAS POR DILMA. FOTO: MARCELO CAMARGO/ABR

No primeiro mandato como presidente da República (2010 a 2014), Dilma Rousseff criou 13 empresas públicas, das quais três dependem exclusivamente de recursos do Tesouro Nacional, ou seja, da grana federal: a Empresa de Planejamento e Logística (EPL), a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH) e a Amazônia Azul Tecnologias de Defesa (Amazul). Custaram R$ 1,2 bilhão em 2015.

Criada para comandar o leilão do trem-bala, a EPL empenhou R$ 45,9 milhões neste ano. Acontece que o trem-bala não saiu do papel.

Vinculada ao Ministério da Educação, a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares gastou R$ 1,17 bilhão, mas a saúde continua caótica.

Vinculada ao Ministério da Defesa, a Amazônia Azul Tecnologias de Defesa (Amazul) gastou R$ 25,08 milhões.

Desde 2003, início do governo petista, foram criadas 42 estatais, gerando centenas de milhões de reais de despesas.



02 de janeiro de 2016
diário do poder

AMEAÇADO DE MORTE, YOUSSEF PREFERIU PASSAR NATAL NA CADEIA


Youssef, marcado para morrer
Em dezembro, a Justiça permitiu que dois dos principais delatores da operação Lava Jato passassem em casa as festas do final de ano. Foram beneficiados o doleiro Alberto Youssef, que está preso desde 17 de março de 2014, e o engenheiro Nestor Cerveró, ex-diretor da Área Internacional da Petrobras, preso desde 14 de janeiro de 2015.
A saída temporária estava prevista nos acordos de delação premiada firmados com a Justiça. No caso de Youssef, porém, o ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal, só homologou o aditamento no acordo de delação do doleiro no último dia 16.
O alvará de soltura temporária determinou que, durante o período de soltura, entre os dias 23 de dezembro e 2 de janeiro, os dois seriam monitorados por tornozeleira eletrônica e teriam escolta policial.
YOUSSEF NÃO ACEITOU
Cerveró não cabia em si de contente, foi hostilizado durante o voo de Curitiba ao Rio de Janeiro, mas para ele tudo era festa, ia passar o Natal e o Ano Novo em casa, com a família, parecia um sonho.
Mas o doleiro Youssef estranhamente desistiu de usufruir do benefício. Ele levava uma vida de milionário antes de ser preso. Morava num apartamento comprado por R$ 3,5 milhões na Vila Nova Conceição –um dos bairros mais caros de São Paulo. Estava tudo pronto para a viagem dele, mas às vésperas do Natal, no dia 23, surgiu a notícia de que ele iria continuar na cadeia.
Segundo o advogado de defesa, André Luis Pontarolli, seu cliente achou excessivamente rigorosos os critérios para a saída. “Ele entendeu que haveria um rigor excessivo na forma que se interpretaram as cláusulas contidas no acordo e que esse rigor acabaria inviabilizando e tornaria mais complexa, mais complicada sua saída, seus contatos com familiares”, disse o defensor, acrescentando que Youssef se sentiu injustiçado: “Essa é a posição que ele repassou e, em função disso, não vai mais sair.”
SOFRENDO AMEAÇAS
A justificativa de Youssef não pode ser levada a sério. Depois de quase dois anos na cadeia, onde já perdeu 16 quilos, quem se recusaria a passar as festas de Natal e Ano Novo com a família?
O fato real e concreto é que o doleiro está sofrendo graves ameaças, que envolvem não somente ele, mas também sua família. Outros presos da Lava Jato estão ameaçados, mas a situação é diferente em relação a Youssef, porque ele foi o único a ter afirmado que Lula e Dilma Rousseff tinham conhecido do esquema de corrupção institucionalizado na Petrobras e em outras estatais e setores do governo. Por isso, o doleiro se considera um homem marcado para morrer.
Por fim, ficou claro também que Youssef não acreditou que a escolta da própria Polícia Federal pudesse garantir sua segurança e da família. O resto é folclore, como diz meu grande amigo Raul Ferreira Galo.

02 de janeiro de 2015
Carlos Newton

BANCO CENTRAL PREVÊ QUE A RECESSÃO VAI DURAR MUITOS ANOS


Charge do Cicero (reprodução do Correio Braziliense)



















No Brasil, cujo PIB depende 62% do volume de consumo, qualquer recuo da demanda é significativo. E a demanda entrou em um círculo de retração devido à compressão do rendimento das famílias e da margem de lucro das empresas. O Banco Central aponta para mais de sete anos o perfil de endividamento das empresas e quase dez anos o tempo médio de endividamento das famílias.
Isto quer dizer que não haverá qualquer chance de crescimento econômico no médio prazo, justamente porque a economia empacou pela falta de consumo, de demanda.
Para corroborar com este quadro desanimador, temos uma inflação que ainda corroerá muito o poder de compra das famílias e o poder de investimento do setor privado como um todo. Temos, ainda, os juros inibidores de empréstimos e, por fim, a ampliação da carga tributária já prevista para 2016. Tudo isso aprofundando o quadro de crise no qual o PT e a base aliada afundaram o país.
Tudo vai piorar ainda, e muito. O quadro de desemprego que atingiremos será dos piores dos últimos vinte anos com a desocupação ultrapassando os 12% da população economicamente ativa, a taxa de desocupação do ano de 2003.

02 de janeiro de 2016
Wagner Pires

NO PT, DO INSTITUTO LULA À DIREÇÃO, O DESÂNIMO CRESCE


Michel Temer despacha todos os dias no escritório do impeachment. No momento, a prioridade é ter maioria no PMDB, uns dois terços, por aí, equivalente à quantidade de votos bastante para abrir o processo de deposição de Dilma Rousseff na Câmara. Dado o exemplo dentro de casa, fica mais fácil conquistar partidos amigos da onça do governo, essa coisa que Brasília chama pelo nome cafona de “base aliada” (coalizão).
Esse é o plano lento, gradual e seguro do fechamento do cerco à presidente, dizem um peemedebista graduado e dois líderes parlamentares da oposição que conversam com Temer, um diálogo agora sistemático. O fato de o governo tentar comprar peemedebistas irrita ainda mais um PMDB cada vez mais na oposição aberta.
No PT, pelo menos nos comandos paulistas, do Instituto Lula à direção, o desânimo cresce, apesar da vitória parcial no Supremo. Alguns petistas dizem não entender tamanha desmobilização, pois o país ainda está dividido – há pelo que combater ainda. No entanto, Lula está quase quieto. Nem o PT paulista nem a direção nacional organizaram um plano de defesa de Dilma Rousseff, muito pelo contrário. Rui Falcão e Lula vivem a criticar a política econômica de Dilma.
DESINTEGRAÇÃO
Parece agora um tanto disparatado tratar de política econômica, até porque propriamente não existe mais tal coisa no governo de Dilma. Mesmo assim, a presidente, mais que de costume tardia e alienada da realidade, no final do ano resolveu dizer que ainda estava indecisa a respeito de seu plano de fantasia para o ano que vem. Quando Dilma se definiu pela meta 0,5% do PIB, os ministros da economia ainda disputavam a decisão. No que resta de material nesse debate, os ministros digladiavam-se mais pelo sinal que seria dado ao “mercado” do que pelo realismo da meta, na qual ninguém acredita desde já (as previsões são de rombo feio em 2016).
SAÍDA DE LEVY
Ainda assim, nessa luta restante, o ministro da Fazenda deu o fora e há no governo desde gente que defende uma “virada responsável à esquerda” até aqueles para quem Levy é agora apenas irrealista. É mais desgoverno, desorientação.
Por que descrédito ainda maior em metas fiscais? Com o fim do ano na esquina, mal se conhece o tamanho do rombo de 2015, menos ainda a dimensão da desgraça político-econômica que vai se abater de novo sobre o PIB e a receita de impostos. Menos ainda se dá crédito a um governo de Dilma Rousseff, que fraudou a contabilidade pública e gastou o que não tinha ou, legalmente, não podia, em parte por incompetência grossa, em parte a fim de mentir para o público e vencer a eleição.
Sabe-se muito pouco do que vai ser de PIB e impostos em 2016, verdade. O que interessa aqui é a firme impressão, digamos, de que não dá para confiar nas promessas ou no discernimento da presidente e de que o governo se desintegra.

02 de janeiro de 2016
Vinicius Torres Freire
Folha

GOVERNO CONTINUA SEM CUMPRIR A LEI DE ACESSO À INFORMAÇÃO

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Levantamento da Folha indica que pelo menos 11 ministérios e órgãos do governo federal inflaram os balanços divulgados anualmente sobre a Lei de Acesso à Informação. Documentos que deveriam ter sido tornados públicos, na prática, continuam sob sigilo. Pela lei, a autoridade máxima de cada órgão deve publicar todo ano na internet, até o dia 1º de junho, a lista das informações outrora sigilosas que o órgão decidiu tornar públicas nos 12 meses anteriores, uma iniciativa chamada de “desclassificação”.
Teriam sido desclassificados pelo governo 196 mil documentos de junho de 2013 a agosto de 2015. O Comando do Exército foi o campeão, com 69,5 mil documentos desclassificados, ou 35% do total liberado no período, seguido pelo Comando da Marinha, com 52 mil papéis.
As planilhas não descrevem o conteúdo dos documentos e os identificam apenas por números. Os balanços anuais constam das páginas de cada órgão na internet e são consolidados pela CGU (Controladoria-Geral da União) para serem apresentados como uma das conquistas da Lei de Acesso à Informação, promulgada por Dilma Rousseff em 2012.
RECUSA SISTEMÁTICA
Uma olhada mais detalhada sobre os documentos desclassificados, entretanto, expõe uma outra realidade. De 12 órgãos consultados, 11 se recusaram a fornecer os papéis solicitados, no todo ou em parte. As alegações para isso foram inúmeras.
As mais frequentes foram que, embora oficialmente desclassificado, o documento deve continuar sigiloso por outros motivos, como suposta falha no pedido de acesso e incidência de outros tipos de segredo, como industrial e comercial.
Ao Comando do Exército, a Folha fez dois pedidos para ter acesso a 13 documentos desclassificados entre 2014 e 2015. Em uma das respostas, o órgão reconheceu que dois papéis requisitados eram “desclassificados, porém devem ser mantidos sob restrição de acesso”, alegando que continham dados pessoais e criptográficos.
Sobre o segundo pedido, o Exército alegou que era “genérico”, embora a reportagem houvesse indicado o número de cada um dos documentos.
NO PLANALTO
Em outro caso, quando acionado pela Folha para fornecer 12 documentos em tese liberados, o GSI (Gabinete de Segurança Institucional) do Palácio do Planalto também rechaçou o pedido, alegando que o pedido “não caracterizou, de forma clara, a natureza do assunto solicitado”.
O GSI disse ainda que os documentos desclassificados em 2014 eram apenas “encaminhamentos de anexos que, por força da legislação em vigor, continuam sob grau de sigilo”.
Ou seja, o GSI liberou a consulta apenas aos “ofícios de encaminhamento” –uma ação simples da burocracia estatal, que representa apenas a transmissão do papel de um setor para outro–, mas não o teor do documento em si, que permaneceu em segredo.
OUTROS CASOS
Consultado sobre dois documentos em tese desclassificados, o BNB (Banco Nacional do Nordeste) recusou-se a fornecê-los. Em três casos –a Infraero, a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) e a própria CGU–, os órgãos alegaram falhas na divulgação dos balanços que teriam incluído indevidamente documentos ainda não liberados.
Outra inflação de dados ocorreu no balanço da Valec, empresa pública vinculada ao Ministério dos Transportes. No seu resumo de 2014, o órgão afirmou ter desclassificado 189 documentos.
Quando a Folha quis ter acesso aos papéis, porém, a Valec explicou que já divulga pela internet “todos os documentos não cadastrados como sigilosos e de interesse público” e que “não possui documentos cadastrados como sigilosos”. Portanto, diz a resposta, “registramos como desclassificados” documentos que estavam na internet.
Exemplo positivo entre os órgãos consultados, o Comando da Marinha respondeu e forneceu Cópia de 29 dos 30 documentos solicitados. (texto enviado pelo comentarista Wilson Baptista Jr.)

02 de janeiro de 2016
Rubens Valente

Folha