"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

VAGABUNDAGEM, PICARETAGEM E ROUBALHEIRA: AS MARCAS INTERNACIONAIS DO PT


Finalmente o mundo começa a reconhecer o trade mark oficial do partido da bandidagem, o PT. Seus militantes infiltrados em cargos públicos são caracterizados pela vagabundagem, picaretagem e roubalheira, confiram o que o Wall Street Journal (WSJ)noticiou sobre o gazeteiro Benzine: Presidente da Petrobras só vai à sede de terça a quinta, diz WSJ
06 de janeiro de 2016
in selva brasilis

MAIORIA DA OPOSIÇÃO ANTICOMUNISTA AGORA COMANDA A ASSEMBLÉIA NACIONAL DA VENEZUELA.

JORNALISMO A SOLDO DO FORO DE SÃO PAULO TENTA RELATIVIZAR O FATO.



Este blog, como sabem os leitores mais antigos, foi um dos únicos veículos de mídia do Brasil que deu cobertura especial à Venezuela quando o finado caudilho comunista Hugo Chávez decidiu dar um chute na democracia e implementar o plano comunista do Foro de São Paulo. Destaque especial que rendeu a este blog milhares de acessos da própria Venezuela e de todas as partes do mundo foi o acompanhamento da crise que se estabeleceu naquele país quando Chávez foi acometido de câncer. O caudilho acabou morrendo vitimado pela moléstia mas de forma misteriosa e pouco clara até hoje. Morreu em Cuba, afirma-se. Até hoje não se sabe exatamente onde seus restos mortais foram sepultados. Sabe-se que Chávez pronunciou-se numa noite em que anunciou que iria para Cuba e disse que na sua falta Nicolás Maduro deveria sucede-lo.

Se com Chávez a Venezuela já tinha mergulhado numa crise econômica e política de grandes proporções, com Nicolás Maduro, transformou-se num inferno. Um inferno que ficou escancarado ao mundo depois que os venezuelanos começaram a enfrentar a escassez de alimentos e até mesmo de papel higiênico. Os comunistas conseguiram destruir um país que já foi próspero e desenvolvido. A Venezuela detém atualmente as maiores jazidas de petróleo do planeta. Entretanto, a situação ficou de tal forma caótica que até mesmo os ex-simpatizantes do chavismo tornaram-se opositores do regime e o epílogo dessa história macabra expressou-se na eleição para renovação da Assembléia Nacional no final de 2015. A Oposição fez barba, cabelo e bigode, elegendo 112 deputados dos 160 que compõem essa Assembléia unicameral, já que Chávez fechou o Senado. Lembrem-se que impedir o impeachment da Dilma significa que o próximo passo do PT será fechar também o Senado do Brasil.

JORNALISTAS, OS SABUJOS DOS DITADORES ASSASSINOS.
Um dos mais fortes esteios do regime tirânico da Venezuela está na grande imprensa nacional e internacional. Como tenho enfatizado aqui no blog a maioria dos jornalistas - e falo como jornalista com mais de 40 anos de profissão - em sua esmagadora maioria chafurda na idiotia esquerdista. Esse "jornalismo companheiro" e, por isso mesmo completamente idiota e ignorante, é useiro e vezeiro em dourar a pílula em favor de qualquer regime comunista.

Aproveito esta notícia da posse da histórica cerimônia de posse da Assembléia venezuelana, para mostrar aos leitores como as informações são maquiadas. E não escapa nem mesmo o site da revista Veja que recentemente enfiou o pé na jaca depois que o Grupo Abril fraquejou ante o efeito da internet que está operando a maior mudança em termos de meios de comunicação da história da imprensa.

O vídeo que está aí acima é de reportagem da rede internacional de televisão colombiana NTN24, que pode ser vista também de graça pelo Youtube. Graças à NTN24 os venezuelanos conseguem furar o bloqueio censório chavista que monopoliza todas as emissoras de televisão da Venezuela. Neste aspecto a diferença do Brasil em relação à Venezuela é que aqui nem precisa intervenção estatal já que os mega empresários da comunicão, como os Marinho da Rede Globo, são apoiadores do deletério lulopetismo.

A seguir transcrevo duas matérias: a primeira é do site da revista Veja, onde a bandalha comunista, ecochata, politicamente correta e idiota está em alta, principalmente no que concerne ao noticiário internacional que é um verdadeiro desastre. Notem como o editor dessa matéria ridícula copidescada de agência de notícia internacional tenta relativizar o evento histórico que foi a posse do novo presidente da Assembléia Nacional da Venezuela, agora sob o controle absoluto da Oposição. Quem lê a matéria tem a impressão que a Venezuela está dividida em duas partes iguais: chavistas e oposição. O pleito legislativo mostrou que a maioria dos venezuelanos deplora o regime chavista. Insinuar essa divisão política é uma mentira odiosa. Mas é assim é que os comunistas vagabundos fazem nas redações. Esses psicopatas são os principais responsáveis por todas as iniquidade que campeiam mundo a fora.

Eles manipulam a informação em proveito do movimento comunista internacional que hoje concentra suas baterias na engenharia social por meio dos ditames do pensamento dito "politicamente correto". Pelo menos 99,9% dos jornalistas são os principais operadores desse esquema que solapa a democracia de forma velada por meio da "desinformação", ou seja, a informação maquiada, distorcida e mentirosa de forma a levar leitores e telespectadores a fazer uma leitura dos fatos de acordo com o que pretende o movimento comunista do século XXI. A isso se denomina de lavagem cerebral em massa.

Para que os leitores possam cotejar, transcrevo a seguir reportagem do site de Veja e na sequência o texto do jornal norte-americano El Nuevo Herald, do Grupo Herald de Miami, Estados Unidos. Comparem os conteúdos das duas matérias.

OS MENTIROSOS DA EDITORIA INTERNACIONAL DE 'VEJA'
Em seu primeiro discurso como presidente da Assembleia Nacional, o deputado Henry Ramos Allup confirmou nesta terça-feira que a oposição ao governo de Nicolás Maduro, maioria na Casa, buscará aprovar uma lei de anistia para exilados e presos políticos e antecipar o fim do mandato do presidente por uma "saída constitucional, democrática, pacífica e eleitoral". São "compromissos inegociáveis", disse Allup.
As forças opositoras ao governo anunciaram que seus dirigentes pactuaram no ano passado um prazo de seis meses a partir de hoje para decidir "a via constitucional" para uma saída antecipada do poder de Maduro, que foi eleito em 2013 para um período que termina em 2019. As opções, lembrou Ramos Allup, são o referendo revogatório do mandato presidencial - que pode ser ativado a partir de julho, quando Maduro completar metade de sua gestão -, emenda constitucional, o estabelecimento de uma Assembleia Constituinte ou mesmo a renúncia do presidente.
Ramos Allup confirmou que "nos próximos dias" deve receber Maduro no plenário e o fará "com dignidade e respeito". "Nos próximos dias virá aqui o presidente da República para fazer sua mensagem anual, ele e seus ministros. Vamos recebê-lo com dignidade e respeito, não por prestar culto a ninguém, mas porque essa é nossa condição cívica", disse. Ramos Allup também disse que será pedido a Maduro para dialogar publicamente com a oposição, porque "os venezuelanos querem diálogo". "As sociedades civilizadas ou dialogam ou se matam. Diálogo não representa entrega nem transação, nem claudicação nem covardia. Representa simplesmente troca de opiniões para negociações", destacou.
Tensão - Allup e os demais deputados eleitos em 6 de dezembro foram empossados nesta terça-feira em sessão tumultuada que pôs fim a quase 17 anos de domínio chavista. O clima de tensão era claro desde cedo, em meio a gritos e acusações mútuas dentro do Congresso, e com marchas de seguidores de ambos os lados do lado do lado de fora da Casa. Nas ruas e praças de Caracas, multidões se reuniram para apoiar chavistas ou opositores. O Palácio Legislativo foi cercado por um forte esquema de segurança.
Posse - Dos 167 deputados eleitos (112 opositores e 55 governistas), 163 foram empossados. Os quatro parlamentares impedidos não receberam suas credenciais de deputados, pois o Superior Tribunal da Venezuela suspendeu os resultados das eleições em seções eleitorais no Estado do Amazonas. Com isso, três deputados opositores e um deputado indígena ligado ao governo, apesar de presentes na Assembleia, não puderam assumir suas cadeiras. A oposição está recorrendo da decisão do Superior Tribunal.
Chavistas - Em minoria, chavistas protestaram contra a oposição eabandonaram a sessão. Diosdado Cabello, o antigo presidente da Casa e número dois do chavismo, acusou Allup de violar o regimento ao abrir a sessão para debates. Allup reagiu. "Deploro que os colegas da bancada do Partido Socialista da Venezuela tenham abandonado o recinto em um momento tão importante e solene como este", disse o parlamentar. "Terão que se acostumar porque nestes próximos cinco anos haverá liberdade de opinião e todos vão respeitar as opiniões discrepantes e divergentes." Do site da revista Veja
A REPORTAGEM DE 'EL NUEVO HERALD'
Segue matéria do site do jornal El Nuevo Herald, de Miami (EUA) assinada pelo jornalista Antonio Maria Delgado:
Con la promesa de buscar un mecanismo constitucional para poner fin al régimen de Nicolás Maduro, la oposición venezolana asumió el martes el control de la Asamblea Nacional, en una histórica ceremonia que dio nuevo impulso a los vientos de cambio en el país tras 17 años de revolución bolivariana.
La ceremonia, realizada pese las burdas maniobras del chavismo para sabotearla, constituye la primera vez que la oposición toma control de la asamblea unicameral desde que el fallecido Hugo Chávez llegó al poder en 1999 y augura un período de enfrentamientos entre el legislativo y los demás poderes aún controlados por el chavismo.
En su primer discurso como presidente de la Asamblea Nacional, el opositor Henry Ramos Allup advirtió que una de las primeras prioridades del cuerpo legislativo será buscar un mecanismo constitucional para salir del régimen bolivariano.
“El cambio que estamos proponiendo es constitucional, pacífico y democrático, ofrecimos que en un lapso de seis meses ofreceríamos un método para cambiar el gobierno por vía constitucional y lo cumpliremos”, manifestó Ramos Allup.
La nueva directiva de la asamblea fue nombrada con los votos de 109 diputados de la oposición, tres menos de los 112 que fueron electos el 6 de diciembre y quienes no pudieron juramentarse por un dictamen del Tribunal Supremo de Justicia (TSJ) controlado por el régimen bolivariano.
Fuentes cercanas a la oposición, sin embargo, dijeron que la Asamblea Nacional probablemente juramentará esta semana a los diputados suspendidos , tras considerar que el pronunciamiento del TSJ como ilegal.
Con 112 de los 167 diputados de la asamblea unicameral, la oposición contaría con una super mayoría de dos tercios que brinda amplios poderes para iniciar el proceso de desmontar las graves distorsiones políticas y económicas generadas por el chavismo en Venezuela. Una mayoría de 109 escaños otorga una menor capacidad de acción.
Ramos Allup, quien remplazó al poderoso pero impopular Diosdado Cabello a la cabeza del cuerpo legislativo, dijo durante la ceremonia que la nueva asamblea tendrá como prioridad rescatar su autonomía, luego de servir por años como un órgano subalterno del poder ejecutivo y de colocar los interés del proyecto político iniciado por Chávez por encima de los intereses de la nación.
El nuevo presidente de la asamblea también le advirtió a Maduro que muy pronto dejará de emitir leyes por decreto a través de las denominada Ley Habilitante, instrumento legal que le cedió la Asamblea Nacional anterior.
“Las leyes que aquí se aprueben serán leyes muy bien pensadas, pensando en Venezuela y no en el oportunismo […] Vamos a trabajar con un reglamento que nosotros no modificamos ni una sola vez ni vamos a modificar”, señaló. “Vamos a legislar, no vamos a delegar […] La nueva Asamblea no va a aprobar más leyes Habilitantes inútiles”.
Ramos Allup también dio a entender que la nueva asamblea pronto revisará la decisión del Tribunal Supremo de Justicia que congeló la juramentación de los tres diputados de la oposición escogidos en el selvático estado Amazonas.
“Vamos a revisar al TSJ, que no puede andar por la libre e instituido de forma írrita […], que no se ufane la Sala Constitucional del TSJ, de creerse un poder legislativo alterno”, expresó.
Previamente, la Mesa de la Unidad Democrática (MUD), organización que agrupa a los principales partidos de la oposición, había manifestado que ignoraría el pronunciamiento del TSJ al considerar que fue emitida por magistrados nombrados inconstitucionalmente por los diputados salientes.
Estados Unidos, por su parte, felicitó el martes a Venezuela por la instalación de la nueva asamblea, pero pidió resolver la disputa sobre los diputados impugnados y reiteró su llamado a la liberación de todos los presos políticos.
“Continuamos preocupados por la controversia alrededor de los escaños de algunos representantes electos y pedimos que resuelva esta disputa de una manera que sea transparente y que refleje las preferencias de los votantes venezolanos”, indicó en un comunicado el portavoz del Departamento de Estado, John Kirby.
La ceremonia de inauguración se realizó en medio de constantes intentos del chavismo por obstaculizarla, incluyendo un llamado previo de organizaciones paramilitares armadas vinculadas al régimen de salir a los alrededores del edificio sede de la asamblea para evitar el acceso de los diputados.
Al final, un dispositivo de seguridad de la Guardia Nacional evitó que los legisladores de la oposición fuesen agredidos, pero no protegió a representantes de la prensa. Dos fotógrafos, uno independiente y otro representante del sitio de noticias La Patilla, fueron brutalmente golpeados por seguidores del chavismo.
Entre los diputados juramentados el martes, se encontraba 54 pertenecientes a la bancada oficialista, que se retiraron del recinto alegando que la oposición violó el reglamento interior y de debates.
“Yo deploro que los colegas de la bancada del [oficialista] Partido Socialista de Venezuela hubieran abandonado el hemiciclo en un momento tan importante y tan solemne como éste”, dijo Ramos Allup en su discurso de instalación.
“Tendrán que acostumbrarse porque en estos próximos cinco años va a haber libertad de opinar y todos vamos a respetar las opiniones discrepantes y divergentes”, añadió.
Analistas consultados dijeron que la conformación de la nueva asamblea constituye un duro golpe a un chavismo altamente impopular que es visto por la mayoría de los venezolanos como el principal responsable de la crisis económica.
Y las expectativas de gran parte de la población ahora recaen sobre el poder legislativo ante la incapacidad de Maduro de adoptar los correctivos necesarios.
“Maduro está a la deriva y está llevando al país hacia un desastre nunca visto”, dijo el columnista y analista David Morán. “Este país está a dos y tres meses de sufrir una crisis humanitaria, por falta de alimentos y con muertes por falta de medicinas y atención médica, y por muertes por una criminalidad que está fuera de control”.
La gente esperaba que el resultado de la elección llevara a Maduro a reevaluar lo que está haciendo y a entender que el pueblo venezolano realmente quiere un cambio.
“Pero Maduro más bien ha desarrollado un discurso de barricada, atrincherándose y desaprovechando cualquier disposición que podría tener la nueva asamblea de unir a las distintas fuerzas del país para buscar soluciones”, dijo. Do site do jornal El Nuevo Herald

06 de janeiro de 2016
in aluizio amorim

O ÚLTIMO STALINISTA DO MUNDO

No meio da foto, o tampinha que usa saltos altos.

A tirania da Coreia do Norte, exercida por uma família cruel, rivaliza com outra família maldita, a dos irmãos Castro, "burgueses" que exploram Cuba. Enquanto houver gente assim, não considero nenhum louvor viver entre o que chamam de "raça" humana - aliás, apenas uma espécie entre outras, ainda bem:
O mais jovem dos chefes de Estado e provavelmente um dos mais erráticos ditadores no poder, Kim Jong-un, o Grande Sucessor, lidera a Coreia do Norte apenas desde abril de 2012, mas não perdeu tempo a arranjar inimigos e conflitos.

Pouco se sabe deste excêntrico ditador. Terá nascido no final de 1983 ou no início de 1984. O seu aniversário oficialmente será na sexta-feira, 8 de janeiro, será o terceiro filho do Querido Líder, Kim Jong-il, e é o terceiro líder da Coreia do Norte.

O primeiro foi Kim Il sung, o Grande líder e Eterno Presidente, que governou a República Popular Democrática da Coreia, mais conhecida como Coreia do Norte, desde a independência do Japão, em 1948. 
Foram 46 anos na liderança, com mão de ferro, criando um regime comunista à volta do culto do líder. Assim, sob ordens do seu líder supremo, a Coreia do Norte invadiu a do Sul em 1950, perdendo a guerra devido ao apoio das Nações Unidas, em especial dos Estados Unidos, aos sulcoreanos.

Mas as boas relações que tinha com a União Soviética permitiram à Coreia do Norte viver durante décadas com um nível de vida relativamente elevado, e certamente mais alto que o da Coreia do Sul. 
As condições econômicas permitiram assim ao líder supremo consolidar um dos regimes mais opacos e isolados do mundo e criar as condições para deixar ao seu filho a sucessão.
O Grande Líder conseguiu a nomeação de Kim Jong-il, seu filho, em 1980, e passou-lhe o comando militar do país no inicio da década de 90, vindo a falecer apenas em 1994. 
Os 46 anos que esteve no poder criaram mais que um Estado, criaram todo o mito à volta do líder supremo que muito tem ajudado a sobreviver o regime. 
O Eterno Presidente tem mais de 500 estátuas em todo o país.

Kim Jong-il, o Querido Líder e pai do atual líder da Coreia do Norte, chegou ao poder já numa altura de declínio. A queda da União Soviética veio mudar tudo para a economia norte-coreana. 
A influência política decaiu com a perda de apoio da superpotência, mas a má gestão económica do segundo Kim fez com que o seu reinado fosse bastante diferente: milhares morreram à fome, a Coreia do Norte isolou-se ainda mais, os direitos humanos passaram a ser coisa de conto de fadas.
Para além do terrorismo interno, da caça aos desertores e dissidentes, a Coreia do Norte esteve na lista dos países que financiavam movimentos e atividades terroristas até 2008, altura em que entrou em negociações com os Estados Unidos de George W. Bush sobre o seu programa nuclear. 
Mas o regime é ainda hoje acusado de financiar atividades terroristas de grupos como o Hezbollah, através do seu apoio ao Irão, que envolve, entre outras coisas, a venda de armas.

O regime do Querido Líder foi de tal ordem repressivo que a Amnistia Internacional o considerou como um dos mais repressivos do mundo. Nessa altura, a Coreia do Norte chegou a ter mais de 200 mil presos políticos, não tendo liberdade de imprensa, de religião, de oposição política ou de direito à educação. Tudo era, e é, controlado pelo regime.

O pior da governação de Kim Jong-il terá acontecido durante os seus quatro primeiros anos de liderança. 
A crise económica resultante da desintegração da União Soviética, a que se juntou a má gestão e algumas catástrofes naturais, como uma sucessão de cheias e secas, levou a que uma grande parte da população morresse à fome. 

As estimativas mais conservadoras apontam para que 330 mil pessoas tenham morrido entre 1994 e 1997. As mais pessimistas dizem que terão sido à volta de 3,5 milhões.

Kim Jong-il governou a Coreia do Norte durante 17 anos e estava a preparar o seu terceiro filho, Kim Jong-un, para lhe suceder quando morreu inesperadamente aos 69 ou 70 anos (os registos soviéticos têm uma data de nascimento diferente da biografia oficial da Coreia do Norte).

O GRANDE SUCESSOR

Pouco teve de esperar depois da morte do seu pai para tomar as rédeas do poder. Ao fim de alguns dias, Kim Jong-un já mandava no país. Três meses depois tomava posse oficialmente como o novo presidente da República que se diz democrática e popular e que só assume a existência de uma Coreia.

Do pouco que se conhece do seu trajeto, sabe-se que Kim Jong-un foi educado na Suíça, tal como os seus dois irmãos mais velhos, e era filho da terceira mulher de Kim Jong-il, e a sua favorita.
A deportação do Japão do seu meio-irmão e a alegada falta de masculinidade do seu irmão do meio, Kim Jong-chol, empurrou-o para a linha da frente da sucessão, mesmo com os analistas focados nos seus irmãos.

Com cerca de 30 anos, o Grande Sucessor assumiu a liderança. Tinha pouca experiência política e militar (o seu pai começou por nomeá-lo para vários altos cargos políticos e militares), e especulava-se que era apontado líder por ser tão parecido com o seu avô, Kim Il Sung, o primeiro e o maior dos Kim, até que teria feito operações plásticas para ser mais parecido com ele. Os rumores são mais que muitos e só demonstram o quão fechado é o regime.

Kim Jong-un tem, contudo, um perfil diferente. A sua mulher aparece várias vezes consigo em cerimónias públicas. Será uma antiga cantora, a “camarada Ri Sol-ju”, como lhe chamam os canais oficiais do regime.
A mais polémica relaç
ão do Grande Sucessor, não tanto para si, é a do ex-jogador da NBA Dennis Rodman. O famoso basquetebolista, tanto pelas proezas em campo como pelas polémicas fora dele, visitou a Coreia do Norte várias vezes. Primeiro, ainda com o pai do atual líder a mandar nos destinos do país. Kim Jong-il era um grande fã de basquetebol e até criou um Dream Team na Coreia do Norte.

Mais tarde, Dennis Rodman voltou com os Harlem Globetrotters e sozinho por várias vezes. O ex-jogador tece rasgados elogios ao líder da Coreia do Norte, diz que este governa para o povo, que é um amigo para a vida, “um tipo espetacular” e que o seu pai e o seu avô foram “grandes líderes”.

A ESTRATÉGIA: PROCURAR O CONFLITO

No seu primeiro discurso, prometeu que o tempo em que o seu país era ameaçado tinha “acabado para sempre”. “A superioridade em tecnologia militar já não é monopólio dos imperialistas. (…) Temos de fazer um esforço para reforçar as forças armadas do povo”, terá dito. Estava traçado o caminho e dada a garantia, a política do poder militar seria a principal característica do regime e a política de confronto com as maiores potenciais mundiais começada pelo seu pai teria um digno sucessor.

Os seus atos públicos de maior destaque foram dois testes nucleares: o de hoje, com uma alegada bomba de hidrogénio, e a execução do seu tio, Chang Song-thaek, que foi acusado de planear um golpe de Estado, em dezembro de 2013. 
Logo nos primeiros meses da sua liderança, a Coreia do Norte lançou um foguetão, alegadamente, com a intenção de colocar um satélite no espaço. 

O intuito terá falhado, apesar de muitos suspeitarem que se tratava de um teste encoberto de um míssil balístico, algo que o país estava proibido de fazer. Passados oito meses, a Coreia do Norte conseguiu mesmo colocar um satélite no espaço.

Dois meses após o lançamento do satélite, de que também era proibido, em fevereiro de 2013 a Coreia do Norte faz o seu terceiro teste nuclear, alegadamente com o dobro da potência do realizado em 2009. 
O resultado? Mais sanções das Nações Unidas, maior tensão na península e até a retirada dos trabalhadores do parque industrial de Kaesong, que partilha a gestão com a Coreia do Sul.

Agora, Kim Jong-un, que recentemente tinha reivindicado a capacidade para desenvolver uma bomba de hidrogénio, alega ter conseguido detonar com sucesso este tipo de bomba termonuclear, com um potencial de destruição milhares de vezes superior ao das bombas atómicas usadas pelos Estados Unidos para destruir Hiroshima e Nagasaki no final da Segunda Guerra Mundial, em 1945.

Se se trata ou não de uma bomba deste tipo, ainda está por confirmar. Ente o ceticismo de muitos investigadores e líderes mundiais, o Grande Sucessor conseguiu pelo menos um grande feito para já: unir os líderes dos maiores países do mundo, que tanto têm discordado sobre a matéria nuclear, especialmente nos últimos anos com os sucessivos problemas no Médio Oriente. Mesmo os aliados da Coreia do Norte, como a China e a Rússia. (Observador).

06 de janeiro de 2016
in orlando tambosi

A CORÉIA DO NORTE É UM SUCESSO


Coreia do Norte: o país não é um fracasso, mas um sucesso do marxismo. Estado onipresente, ditador maluco, liberdades individuais inexistentes, sociedade militarizada, povo famélico -- e, para completar, a vontade de explodir com bombas de hidrogênio o capitalismo, por amor à humanidade.


Pô, eu queria ser o Kim Jong-un...


06 de dezembro de 2016
oantagonista

POLÍCIA FEDERAL INVESTIGA NEGÓCIOS DE LOBÃO FILHO COM O GRUPO BERTIN

FOCO É EM PAGAMENTOS FEITOS PELO GRUPO BERTIN, PARCEIRO DE BUMLAI

A FORÇA-TAREFA DA OPERAÇÃO LAVA JATO APREENDEU NUM DOS ESCRITÓRIOS DA BERTIN DOCUMENTO DE COBRANÇA - FOTO: DIVULGAÇÃO


A Polícia Federal investiga pagamentos feitos pelo Grupo Bertin - envolvido no suposto esquema de financiamento ilegal do PT executado pelo pecuarista José Carlos Bumlai - para o ex-senador Edison Lobão Filho (PMDB-MA), filho do ex-ministro de Minas e Energia peemedebista Edison Lobão.

A força-tarefa da Operação Lava Jato apreendeu num dos escritórios da Bertin documento de cobrança, liberação de pagamento e oito notas promissórias de R$ 1 milhão cada, com vencimentos entre agosto de 2014 e maio deste ano.

"Documentos apreendidos mencionam pagamentos a Edison Lobão Filho, ex-senador da República. Trata-se de análise preliminar e que demanda maior apuração acerca de indícios de possíveis ilicitudes", registrou o delegado Filipe Hille Pace, da equipe da Lava Jato, em seu despacho de indiciamento do amigo do ex-presidente Lula preso desde o dia 24, alvo central da 21ª fase das operações, batizada de Passe Livre - referência ao acesso liberado que ele tinha no Planalto.

Defesas

O ex-senador Lobão Filho não foi localizado para comentar as investigações. O Grupo Dias informou que se pronunciaria, mas isso não ocorreu até o fechamento desta reportagem.

O criminalista Roberto Podval, que representa o Grupo Bertin, informou que "existiu de fato" uma sociedade com o ex-senador Lobão Filho em uma Pequena Central Hidrelétrica. Segundo Podval, o negócio "foi devidamente registrado e formalizado", mas acabou desfeito.

"Houve uma discussão arbitral quando da separação da sociedade. A discussão acabou provocando a separação da sociedade em uma pequena central hidrelétrica. O distrato ocorreu por causa dessa discussão em torno de valores", afirma o advogado. Podval observou, ainda, que todos os esclarecimentos serão apresentados em juízo.



06 de janeiro de 2016
diário do poder

TOCANDO EM FRENTE...

DIA De SANTOS REIS

DIA DE SANTO REIS - (LIVE) - TIM MAIA - (1971) - YouTube

https://www.youtube.com/watch?v=MyTCLMRlpR4
14 de dez de 2010 - Vídeo enviado por Ivan Vasconcelos
DIA DE SANTO REIS - COMPOSITOR - Márcio Leonardo Tim Maia (Portuguese pronunciation: [tʃĩ ...


Adicionar legenda

A Folia de Reis faz parte do Natal no folclore brasileiro, a festa popular se inicia na noite de 24 de dezembro e se estende até 6 de janeiro, com a Festa de Reis. A letra desta folia pertence ao folclore da cidade de Urucaia, MG.

06 de janeiro de 2016



RESPOSTA DO SITE VETOR ÀS INDAGAÇÕES DE CARLOS NEWTON



O Vetor (Vetormil), ao contrário do afirmado por Carlos Newton não usa o anonimato, tanto que é uma empresa constituída no Brasil em parceria com outro ex-jornalista do UOL, Globo e Gazeta do Povo da empresa Politika, não utilizamos offshore para receber verbas de origem estranha, o site tem seu domínio no Brasil apesar de usar apenas “.com”, mesmo com empresas distintas e dessa distinção estão seus sócios como responsáveis em seus editoriais.
Ao contrário do afirmado não precisamos de 15 minutos de fama, já compartilhamos em outro momento o que toda a imprensa escondia, o Inquérito da Monte Carlo do chamado Caso Cachoeira na integra, porém por meio de um blog (blogspot). A imprensa vinha fazendo um desserviço destruindo a oposição por mais de 40 dias, escondendo o envolvimento do PT no caso, é bom lembrar que algum tempo antes Lula aparecera no programa do Ratinho avisando que iria destruir a oposição no Brasil e o PT iria se perpetuar por 50 anos.
RESOLVEMOS VOLTAR
Ao verificarmos que nossas informações (fontes) usadas por tanto tempo pela imprensa estavam sendo represadas pela imprensa, resolvemos voltar, porém voltar de forma já estruturada, e deste serviço que estamos desenvolvendo somente são publicadas matérias com documentos. Diferente do jornalismo de aluguel que estamos assistindo no Brasil, que mesmo criticando no seu editorial estão recebendo por outros meios para beneficiar o governo, seja ele de que partido for.
O site não defende nenhum partido, muito menos algum futuro candidato, compartilha somente do ideal de fortalecimento das instituições.
A imprensa é o quarto poder, gostem alguns ou não, e devemos preservá-la como instituição.
Sobre o anonimato não existe, lembro do tão conhecido Editorial, que se formos chamar de anonimato, acabaríamos com os meios de comunicação. Lembrando que os donos das empresas assumem a responsabilidade das informações.
Ainda sobre o caso Barroso, não finalizamos a série de reportagens, não fizemos juízo da legalidade ou ilegalidade dos atos do Ministro do STF, trouxemos a informação devidamente documentada.
Nossa opinião não foi colocada, até porque não utilizamos de meios ilegais e obter os documentos que embasaram a matéria informativa. Quando do final da série se acharmos necessário, encaminharemos ao Ministério Publico, CNJ ou a que interessar para que se investigue se existem ilegalidades nos atos do Ministro. Ao contrário do afirmado até agora e momento algum se viu ilegalidade do ministro. Imoralidade muitos julgam que existe, porém somente com a quebra de sigilos fiscais e bancários seria possível afirmar que o Ministro cometeu algum crime. Existem indícios de que as empresas que ele aparece como presidente entram em conflito com o regimento da lei do servidor público. E bom lembrar do caso do genro do Ministro Ayres Britto o qual o próprio STF solicitou ao MPF que investigasse o caso, de um lado o genro alegava estar sendo chantageado, de outro lado o Roriz alegava estar sendo achacado, e o ministro solicitou ao presidente do STF que solicitasse investigação sobre o caso que envolvia o Ficha Limpa, diga-se de passagem quem defendeu o genro do ministro foi o próprio Luis Roberto Barroso, seria natural que ele tomasse a mesma decisão e solicitasse que o MPF investigasse, porém nas próximas matérias vocês entenderão o porquê de ainda não ter sido solicitado.
MATÉRIAS INFORMATIVAS REFERENCIADAS
  • Governo Dilma renovou dia 29/12 contrato com empresa de pai do Ministro Barroso do STF 12 dias após decisão sobre o Impeachment
  • Esposa do Ministro Barroso compartilha vídeo para a sociedade se mobilizar pelo Impeachment de Dilma
  • Esposa do Ministro do STF Luis Roberto Barroso abre Offshore com nome de solteira
Colocamo-nos a disposição de Carlos Newton e da Tribuna e de quem se achar no direito que disponibilize seu email para enviarmos os documentos das empresas e certidões de seus sócios.
Porém, já antecipamos que não temos financiamento público.
Atenciosamente,
Vetor

06 de janeiro de 2016

FALTA UM ULYSSES PARA RESTAURAR A DIGNIDADE DO CONGRESSO



O que causa espanto e demonstra as más intenções do governo é a edição da MP 703 no dia 18 de dezembro de 2015, nas vésperas do recesso do Congresso, exatamente para que não houvesse discussões a respeito do tema polêmico – o acordo de leniência com as empreiteiras envolvidas na corrupção da Petrobras .
As Medidas Provisórias, um mostrengo ditatorial oriundo da carta de 1988, têm eficácia imediata, até que os parlamentares votem pela admissibilidade ou não, mas dificilmente as MPs são rejeitadas, no máximo sofrem emendas, sempre pelo lado negativo.
O fato é que, quando o Poder Legislativo se exime de suas funções parlamentares, abre espaço para os outros dois Poderes legislarem no vácuo do Congresso. Isso é péssimo para a democracia representativa. Não adianta suas excelências, os deputados e senadores, reclamarem das críticas, o Poder Legislativo se apequenou de tal maneira, que os outros dois poderes invadiram seu território, entrando pela janela como uma jamanta e tomando conta de tudo.
Recentemente o Supremo Tribunal Federal humilhou a Câmara, ao mudar o rito processual de um procedimento já finalizado e até mandou prender um senador.
Nota: nenhum ministro do STF foi eleito pelo povo. Todos foram indicados pelo chefe do Executivo e referendados pelos senadores sem nenhum óbice, simples pró-forma.
“PATROCINADORES”
Na raiz da perda de Poder do Legislativo está o financiamento privado das campanhas. O Poder Legislativo não está mais representando o povo, demonstra total vassalagem àqueles que irrigam suas campanhas políticas. Por esta simples razão, os outros dois Poderes não respeitam os parlamentares. É triste, mas trata-se da realidade fática.
Se o presidente da Câmara fosse um político como o ínclito deputado Ulysses Guimarães, duvido que tivesse acontecido algo semelhante às últimas ingerências no Congresso. Pagaria para ver um pronunciamento do senhor Diretas em rede nacional de televisão defendendo o Poder Legislativo. Os tribunais e os palácios do Executivo tremeriam de medo da força moral de Ulysses Guimarães, o homem que enfrentou com coragem desmedida os cães da Polícia Militar na Bahia, durante a ditadura.
Ulysses não está mais entre nós. Mas devemos sempre relembrar esse grande brasileiro.

06 de janeiro de 2016
Roberto Nascimento

A MÍDIA COMO AGENTE DA IGNORÂNCIA

Charge de Ivan Cabral (reprodução de Charge Online)

Não importa em que ponto do espectro político você se veja, em algum momento deste ano a frase “Isso a imprensa não mostra” chegou aos seus ouvidos. E você concordou. É natural: em tempos extremados, jornais são alvo de cobrança ainda mais intensa, e nem sempre respondem à altura. Mas, antes de repetir esse bordão como uma sentença, cabe reflexão.

A “Pesquisa Brasileira de Media” revela que apenas um em cada cinco brasileiros lê jornais, e menos de um em cada dez o faz diariamente. Isso não quer dizer que a população seja desinformada. No Brasil, metade dos lares está conectada à internet, e 81,5 milhões de pessoas navegam pelo celular – o segundo eletrônico mais comum nas casas do país, apenas atrás da TV. E, para 10% da população, segundo o Instituto Reuters para Estudo do Jornalismo, mídia social é a principal fonte de acesso a notícias (jornais respondem por 4%).

REDES SOCIAIS

Esse consumo nem sempre é intencional. O American Press Institute revela que dois terços dos jovens entre 18 e 34 anos diariamente acessam notícias online, que chegam a eles por meio de perfis de amigos nas redes sociais. É nesse ponto que as coisas se complicam.

No Facebook, por exemplo, os usuários têm acesso a 1.500 mensagens, em média, por dia, mas só têm tempo para ver 300. Para que essas poucas centenas sejam as mais interessantes, entram em cena algoritmos matemáticos que selecionam assuntos de acordo com perfil, histórico de navegação, presença de fotos ou vídeos e, mais recentemente, pela colaboração de pessoas pagas para usar o Facebook e oferecer um feedback da eficiência desses filtros.

Uma consequência é que os usuários ficam menos expostos a opiniões diferentes das suas. Um estudo publicado na revista “Science”, em maio de 2015, mostra que os entrevistados identificados como “progressistas” são expostos a 24% de conteúdo diverso de sua crença, enquanto, para os “conservadores”, o índice era de 35%.

ESCOLHAS INDIVIDUAIS

Não que a internet seja má ou uma “Matrix” que controle a que informações as pessoas poderão ter acesso. São as escolhas individuais que definem o conteúdo, não a partir da utilidade da informação, mas de quanto ela é agradável. Não confrontado por ideias diversas das suas, o usuário é livre para se aferrar a preconceitos e radicalismos. Num processo em que não faltam hedonismo e narcisismo, somos cada vez mais agentes de nossa própria ignorância.

Cabe-nos ser leitores críticos, seja nas mídias tradicionais ou nas digitais, buscar fontes de informação confiáveis e precisas, bem como nos abrirmos a argumentos que questionem nossas crenças antes de formarmos opinião e, principalmente, de agirmos. Mas isso, nosso individualismo não mostra.



06 de janeiro de 2016
Frederico Duboc
O Tempo

A ÚLTIMA TENTATIVA







Charge de Paulo Caruso (reprodução de brasileiros.com.br)


Tanto faz se vão chamar de diretrizes, matriz, programa, roteiro, plano ou que diabo for. Também importa menos se a origem situa-se no PT, na presidente Dilma, no ministro Nelson Barbosa, da Fazenda, ou no chefe da Casa Civil, Jaques Wagner. Ou no PMDB ou no ninho dos tucanos. As informações são de que no palácio do Planalto prepara-se alguma coisa destinada a mexer na política econômica. Um elenco de medidas destinadas a tirar o governo da pasmaceira e, se possível, retomar o crescimento através de estímulos à iniciativa privada. O passo inicial seria submeter esse conjunto a uma espécie de Conselho Econômico que tanto Lula quanto Dilma anunciaram recrutar na iniciativa privada, mas depois deixaram de reunir.

Fracassou o esforço para engajar os agentes econômicos na tentativa de recuperação nacional ou, pelo menos, de injetar otimismo numa economia posta em frangalhos. Surge agora a oportunidade final.

Não parece difícil interessar o empresariado nesse objetivo: basta divulgar que os estabelecimentos oficiais de crédito vão abrir linhas para as empresas que se proponham a atividades capazes de criar empregos. E gerar lucro. Não haverá quem resista, mesmo cabendo ao governo vigiar e fiscalizar a ação de quantos buscam levar vantagem em tudo, em especial diante da flácida e desmoralizada função do poder público.

Em paralelo, torna-se essencial a transparência, quer dizer, afastar a hipótese de conluio entre o Estado e a iniciativa privada para superfaturamentos, propinas e escamoteações de toda ordem. Que tal entregar a supervisão das medidas de recuperação econômica ao Ministério Público?

CRISE DO IMPEACHMENT


Entre fevereiro e março, prevê-se, estarão afastados os obstáculos decorrentes da crise do impeachment. Disporá o governo de mecanismos para dedicar-se prioritariamente à última tentativa. Sugestões tem aparecido como meteoros, desde o aumento das alíquotas de imposto de renda até a adoção da nova CPMF, sem esquecer taxações maiores ao lucro, às grandes fortunas e ao direito de herança. Junto com tais restrições, haverá que desbastar os empecilhos burocráticos ao livre desenvolvimento da economia.

Abre-se um fresta, mesmo pequena, frente ao caos e à desesperança, mas sem vontade política nada se fará. O derradeiro apelo dos detentores do poder precisará atingir as massas e a classe média, até penalizando as elites, mas jamais a ponto de transformá-las em vitimas.

Em suma, essa última tentativa de recomposição do país indica a convergência. Começando pela importância de cada segmento ceder o necessário, jamais acima disso. O governo, o empresariado, os trabalhadores, o Congresso e a intelectualidade precisarão dispor-se ao sacrifício dentro de seus limites possíveis.



06 de janeiro de 2016
Carlos Chagas

BARROSO SE DEFENDE EM SEU BLOG, MAS NÃO CONSEGUE CONVENCER


Vídeo exibido por Barroso depõe contra ele





Um famoso advogado carioca me ligou para avisar que o ministro Luís Roberto Barroso mantém um blog na internet e usou o espaço para responder às denúncias sobre os erros cometidos no julgamento da ação movida pelo PCdoB, sobre o rito do impeachment. Imediatamente acessei o link www.luisrobertobarroso.com.br, para tomar conhecimento das declarações dele. O blog é simples, comecei pelo link intitulado “Edição fraudulenta do meu voto na internet”, que na verdade não contém nenhum vídeo e traz apenas um artigo de Barroso, sob o título “O Estado de Direito, o Golpismo e a Verdade”, antecipado com o seguinte texto:
As pessoas na vida têm direito à própria opinião, mas não aos próprios fatos. Há uma edição fraudulenta do meu voto correndo a internet, com cortes na intervenção inicial e final do Ministro Teori, o que muda inteiramente o sentido da minha manifestação. Eu não suprimi qualquer passagem de qualquer dispositivo. Limitei-me, ao responder a ele, a repetir o mesmo trecho do art. 188, III do Regimento da Câmara que ele havia lido. Há uma onda de maldade, má-fé e desinformação que procura contagiar a opinião das pessoas de bem. Abaixo, um breve texto meu explicando a situação e o vídeo, em 2 minutos corridos, sem os cortes manipuladores”, diz a chamada.
Vamos então ao artigo em que Barroso tenta se defender:
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O ESTADO DE DIREITO, O GOLPISMO E A VERDADE
Luís Roberto Barroso
Impeachment não é golpe. É uma forma constitucional de destituir um presidente da República que tenha cometido crime de responsabilidade. No entanto, impeachment precisa seguir as normas constitucionais, legais e regimentais. O Supremo Tribunal Federal, por maioria expressiva, acompanhando o meu voto, garantiu segurança jurídica ao processo.
A partir de agora, a presidente poderá ser mantida ou destituída do cargo, mas de acordo com regras claras e pré-existentes. Porém, e sem surpresa, o Tribunal e eu próprio despertamos a fúria descontrolada de quem preferia o caminho mais célere, independentemente das normas em vigor.
Circula na internet um vídeo editado maliciosamente, que procura desacreditar a posição majoritária do Tribunal. Cortaram a parte inicial e final do argumento que eu desenvolvia para, assim, criar o engano nos que o assistiram de boa-fé.
Aliás, uma das provas de que um argumento está correto é a necessidade de desconstruí-lo com uma falsidade. O vídeo truncado procura fazer crer que no meu voto suprimi a leitura da parte final do art. 188, III do Regimento Interno da Câmara dos Deputados, que fazia menção a “escrutínio secreto” para as “demais eleições”. A seguir, a verdade dos fatos.
Em primeiro lugar, o meu voto não se baseava no art. 188, III do Regimento, por não ser ele aplicável à hipótese. O art. 58 da Constituição prevê que as comissões serão constituídas “na forma” do regimento da casa legislativa. E o Regimento da Câmara prevê expressamente (art. 33) que os membros da comissão serão indicados pelos líderes. Simplesmente não há eleição alguma.
O art. 188, III não tem qualquer pertinência. Por 7 votos a 4 o Tribunal chancelou esse ponto de vista. Porém, disse eu na sequência, ainda que houvesse necessidade de o plenário ratificar os nomes indicados pelos líderes – o que não é previsto no regimento nem parece fazer sentido –, a verdade é que no caso Collor esta ratificação foi feita por voto aberto. Isto é, sem aplicação do art. 188, III.
Voltando ao vídeo, deliberadamente truncado, cabe rememorar a passagem inteira, que não tem mais do que dois minutos. Quando eu estava votando, o Min. Teori pediu um aparte e leu uma passagem do art. 188, III. Ele supôs que teria aplicação ao caso a parte inicial do dispositivo e a leu, parando ANTES do final, onde se encontrava a locução “nas demais eleições”. Enquanto raciocinava para responder a ele, li de novo exatamente a mesma passagem que ele havia lido. Antes que eu concluísse o meu raciocínio, o Min. Teori fala: “V. Exa. tem razão”. Nessa hora, paro de responder a ele e volto para o meu voto. Simples assim. O que a edição do vídeo fez, seguindo o padrão ético que nós precisamos superar no Brasil, foi cortar a parte inicial e final do diálogo, criando o erro deliberado na percepção do ouvinte.
Ao determinar a aplicação das mesmíssimas regras do caso Collor ao procedimento de impeachment da presidente Dilma Rousseff, o STF preservou a segurança jurídica e o Estado democrático de direito. Se o pedido de impeachment for aprovado ou rejeitado no Congresso Nacional, não há mais que se falar em golpe. As regras estão claras.
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UMA BELA DEFESA, SEM SUSTENTAÇÃO
Carlos Newton
Ninguém vai querer ensinar um jurista como Barroso a se defender. Ele sabe como fazê-lo. Seus argumentos estão muito bem colocados, são convincentes, mas na verdade não correspondem aos fatos, como dizia o poeta Cazuza.
E o fato principal é que, depois deste texto, o blog de Barroso então exibe a maior prova material do ministro, o link Vídeo sem a edição truncada. Entrei imediatamente e me surpreendi. É exatamente o mesmo vídeo usado pelo Portal Vox para denunciar Barroso e que está reproduzido na coluna de Augusto Nunes na Veja.
A gravação não prova nada a favor de Barroso. Pelo contrário, comprova que ele realmente manipulou os fatos. Ele aparece dizendo, com ar blasé, que conferiu o Regimento da Câmara e nele não há nada que justifique o voto secreto. É então interrompido por Teori Zavascki, que pede licença e começa a ler o inciso III do art. 188. Quando vai chegando ao final da leitura, o texto muda de página e Zavascki se atrapalha, parece ter perdido a sequência das laudas e é interrompido por Barroso, que volta a ler o dispositivo do Regimento e nele não inclui a expressão final “e nas demais eleições”.
Na sequência, Barroso segue ironizando o voto secreto, diz que no Regimento não existe nada que o ampare, muito pelo contrário, e enfim solta aquela frase peremptória e ardilosa: “Considero, portanto, que o voto secreto foi instituído por uma deliberação unipessoal e discricionária do presidente da Câmara no meio do jogo. Um argumento mentiroso, pois o presidente da Câmara jamais tomou essa “deliberação unipessoal e discricionária”, pois trata-se de norma do Regimento aprovado em 1989, quando Eduardo Cunha nem sonhava em ser deputado nem Barroso imaginava que usaria toga.
MAIS UMA FALÁCIA
Além de não exibir a prometida Edição fraudulenta do meu voto na internet”, Barroso completa sua defesa no blog com a postagem Comissão no caso Collor teve votação aberta, antecedida pelo seguinte texto:
Como expliquei em post anterior, a escolha dos membros da comissão especial da Câmara dos Deputados que dará parecer sobre o impeachment tem os seus membros indicados pelos líderes, e não eleitos pelo plenário. É o que está no regimento interno. Não há eleição na hipótese. No impeachment do presidente Collor, os membros da comissão foram de fato indicados pelos líderes, mas houve uma (desnecessária) ratificação pelo plenário. Ao contrário do que divulgado por alguns colunistas, tal ratificação em plenário se deu por votação simbólica e ABERTA. Colo abaixo o Diário Oficial que documenta o fato. E, como gosto de dizer, as pessoas têm direito à própria opinião, mas não aos próprios fatos, repetiu, para em seguida indicar o link Diário Oficial – Votação aberta.
Foi mais um argumento falacioso do ministro. Apesar de sua grandiosa experiência como advogado, ele está encontrando uma intransponível dificuldade para defender seus atos. Conforme já assinalei aqui no blog da TI, em artigo publicado dia 28 de dezembro, não houve voto aberto no caso Collor.
O VOTO NO CASO COLLOR
Em entrevista que deu ao jornal Valor Econômico, Barroso abordara o importante assunto “en passant”.  “O voto para eleição da comissão especial tem que ser aberto, como foi no caso Collor, e indicação dos líderes [para integrar a comissão especial], como foi no caso Collor”, disse, acrescentando: “O voto do relator originário é que mudava muito o que foi feito no impeachment de Collor”.
Como se vê, para defender seu voto equivocado, Barroso não teve dúvida em criticar o ministro Edson Fachin, e o fez  de maneira aética, porque Fachin votou estritamente na forma da lei e não tentou mudar nada no Regimento da Câmara.
Além disso, também nesta questão Barroso falseou a verdade, porque a eleição da Comissão Especial que cassou Collor não ocorreu pelo voto aberto. Na ocasião, não houve interesse em formar chapa avulsa e nem houve eleição. A Comissão foi formada por aclamação. “Os Senhores Deputados que a aprovam, permaneçam como se encontram“, disse o presidente Ibsen Pinheiro, e isso não significa voto aberto. Nem aqui nem na China, como se dizia antigamente.

06 de janeiro de 2016
Carlos Newton