"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sábado, 21 de maio de 2016

NOTAS POLÍTICAS DO JORNALISTA JORGE SERRÃO

Passando a régua no $talinácio




O noticiário econômico se concentra no rombo orçamentário recorde de R$ 170,5 bilhões anunciado ontem pelo ministro Henrique Meirelles - um dos homens públicos mais admirados por Luiz Inácio Lula da Silva. O noticiário político traz um consolo ao cidadão-eleitor-contribuinte que fica pt da vida por sempre pagar o pato: a cada nova decisão judicial aumenta a impagável dívida político-jurídica-moral de Lula.
A tese de que o chefão $talinácio mantinha relação estreita com o banqueiro André Esteves é a nova linha de investigação da Lava Jato que mais apavora a petelândia. O ministro Teori Zavascki, relator da Lava-Jato no Supremo Tribunal Federal mandou incluir mais provas no inquérito do ex-presidente por suspeita de participar da tentativa de comprar o silêncio do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró. Os novos elementos surgiram a partir da delação premiada do ex-senador petista Delcídio Amaral.

Além de ser alvo de inquérito no STF, Esteves será investigado também na primeira instância. Teori enviou para o juiz Sérgio Moro indícios de irregularidades relacionadas ao embandeiramento dos postos BR do grupo empresarial de Carlos Santiago e André Esteves. O banqueiro também se enrola em outro ponto da delação de Delcídio do Amaral. Na versão do senador cassado, Esteves e o presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), mantêm negócios escusos envolvendo a apresentação de emendas parlamentares nos textos de medidas provisórias.
O advogado Antônio Carlos de Almeida Castro, o famoso Kakay que defende André Esteves e outros ilustres milionários enrolados na Lava Jato, reclama da decisão judicial: "O André Esteves nem pode ser investigado em relação a isso, porque a relação dele com o Instituto Lula é absolutamente formal, no mesmo parâmetro que se relaciona com outros institutos, inclusive o do Fernando Henrique. Ninguém pode ser investigado porque doou R$ 1 milhão, sendo que doou para outras instituições da mesma forma. Acredito que há um excesso na investigação, que expõe desnecessariamente uma pessoa correta e um grupo correto. Estamos vivendo uma certa irracionalidade no país".
Mesmo raciocínio dos advogados que defendem Lula, Roberto Teixeira e Cristiano Zanin Martins: “Lula não cometeu nenhum crime e as autoridades, mesmo após já terem promovido verdadeira devassa, além de medidas invasivas arbitrárias — em relação a ele, seus familiares, colaboradores e até mesmo advogados — não dispõem de qualquer elemento que possa colocar qualquer de suas condutas em situação real de suspeição”.

Os defensores de Lula não perdoam o ex-senador delator: “Delcídio trocou sua saída da prisão e o abrandamento de suas penas, além de uma redução substancial dos valores a serem devolvidos à União e à Petrobras, por acusações mentirosas contra Lula”.
O cerco se fecha em torno de Lula na Lava Jato. Cresce a convicção de que ele, cedo ou tarde, vai pagar a conta de todas as besteiras cometidas pela petelândia. Passa régua e fecha a conta - que Lula vai pagar pelo prejuízo que causou.

É Forgetable







Recado dado pelos militares da ativa

O Comando da Aeronáutica encaminhou mensagem, ao Presidente do Clube de Aeronáutica, para divulgação aos seus associados, nos seguintes termos:
"O Comando da Aeronáutica considera totalmente infundados os comentários relativos à formação e à promoção de militares contidos no documento do Diretório Nacional do PT, divulgado no dia 17 de maio de 2016 e intitulado "Resolução sobre Conjuntura".
O atual currículo das escolas militares da Aeronáutica enfatiza aspectos de disciplina, ética, caráter moral e profissional, valores fundamentais para o exercício de uma carreira de Estado. Além disso, o currículo praticado garante plenamente a formação militar, acadêmica, técnico-operacional e cidadã do nosso efetivo, haja vista que a Força Aérea Brasileira está constantemente sintonizada com as aspirações da sociedade. Já os critérios de promoção de oficiais são baseados na meritocracia verificada ao longo da carreira em rigoroso processo de avaliação, que buscam destacar aspectos profissionais, intelectuais e morais.
Por fim, como pertencemos a um Estado Democrático de Direito, não há dúvidas de que nossos militares possuem real compromisso com a democracia e com a Nação Brasileira."
CENTRO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL DA AERONÁUTICA


Verdades sobre mentiras do PT

Mentiras do PT - YouTube

https://www.youtube.com/watch?v=QUsBGGKGgQ8
9 horas atrás - Vídeo enviado por Jhack Balboa
Up next. As verdades sobre as mentiras do PT - Cap1 - Duration: 2:56. Tenho Vergonha 101 views .


Babaquice em Cannes




Quebrado




De férias





Reles grampeador





Vida que segue... Ave atque Vale! Fiquem com Deus. Nekan Adonai!



21 de maio de 2016
Jorge Serrão é Jornalista, Radialista, Publicitário e Professor.

DIAS DE PEQUENEZ

Dilma fracassou em tudo o que tentou. Queria aparecer como uma mulher de "coração valente"; conseguiu ser apenas incompreensível 

Derrotas políticas nunca são boas, por mais esforço que haja nas tentativas de encontrar palavras de consolo ─ é comum ouvir que o personagem derrotado “caiu de pé”, por exemplo, ou que saiu “engrandecido”, ou que a sua derrota teve “sabor de vitória”, como se diz em jogos de futebol. Mas sempre é possível, no momento do fracasso, tornar as coisas ainda piores do que já são naturalmente. É o que está acontecendo com a presidente Dilma Rousseff, colocada na reta final da sua deposição pelas últimas decisões do Senado Federal no julgamento do impeachment. Depois de passar um ano inteiro, pelo menos, fazendo tudo o que podia para perder o cargo, ela faz agora tudo o que pode para liquidar qualquer possibilidade de simpatia em seu favor. Pôs para si própria o objetivo de apresentar-se como vítima; só consegue na prática, e cada vez mais, aparecer como uma perdedora mal-humorada, agressiva e carregada de rancor, despeito e soberba. Num dos momentos mais extraordinários na história moderna do país, transformou sua desgraça pública em espetáculo de pequenez.

Tudo de que Dilma precisa para manter-se na presidência da República é conseguir, nestes próximos 180 dias de suspensão do seu mandato, que 28 senadores não votem por sua condenação nos crimes de fraude contábil dos quais é acusada. São apenas 28 votos num total de 81, meta que até algum tempo atrás parecia coisa bem fácil ─ será que não arruma nem isso? Mas, por mais que a aritmética comum esteja do seu lado, ela agiu com tanta tenacidade pela própria destruição que o punhado de votos necessários à sua salvação se tornou uma soma imensa, que exige portentos de natureza desconhecida para ser alcançada hoje. A ópera não acaba até a senhora gorda cantar, diz a expressão coloquial criada nos tempos em que era permitida a presença nos palcos de sopranos com excesso de peso. O impeachment também não; só acabará na hora em que o plenário do Senado fizer a votação final. Mas ninguém é capaz nem sequer de imaginar que tipo de governo seria possível com Dilma de volta ao Palácio do Planalto ─ não numa situação em que a presidente da República tem contra si algo como 75% do Congresso, para não falar da população, o presidente da Câmara foi cassado da função, seu sucessor legal é uma nulidade encurralada pela Justiça penal e o presidente do Senado tem contra si uma cordilheira de doze inquéritos.

Seja como for, a derrota já contratada para o futuro próximo vai virando, pela atuação direta de Dilma, um drama de circo com qualidade cada dia mais baixa. Dilma culpa o impeachment pelo desemprego de 11 milhões de brasileiros arruinados pela recessão que o seu governo criou de 2014 para cá. Inventa acusações desligadas de qualquer fato real ─ como a de que o seu sucessor vai “cortar” o Bolsa Família de “36 milhões” de pessoas. Na última avaliação internacional do Brasil antes de ser afastada da presidência, foi humilhada com mais um rebaixamento de nota. A poucas horas da suspensão do seu mandato, ainda tentava armar chicanas para segurar o cargo ─ incluindo uma prodigiosa tentativa de anular a votação de 367 deputados que autorizou o Senado a julgar o impeachment. Fracassou, frequentemente sob um coro de risos, piadas e vaias, em tudo o que tentou. Queria aparecer como uma mulher de “coração valente”; conseguiu ser apenas incompreensível, e todo o seu esforço para aparentar resistência acabou reduzido a uma exibição miúda de neurastenia, insignificância e irresponsabilidade teimosa. Onde teria ido parar a gravidade dramática que pode dar, às vezes, um verniz de fato histórico sério a derrotas como essa? Não apareceu. Não vai aparecer.

Dilma Rousseff não é ajudada pelo fato de que não precisou, em nenhum momento desses episódios, praticar algum ato de coragem. Não é uma versão de Salvador Allende, de capacete, colete à prova de balas e metralhadora na mão, resistindo no Palácio de La Moneda, em Santiago do Chile ─ não há ninguém atirando nela do lado de fora. Não precisou, como Perón na Argentina, refugiar-se numa canhoneira paraguaia para escapar à prisão ─ não há nenhuma tropa armada atrás de Dilma. Vai para os confortos do Palácio da Alvorada, onde viverá o futuro próximo com sustento garantido pelo Erário, cercada de advogados e livre para ir aonde bem entender. O futuro de presidentes em via de deposição, na América Latina de hoje, positivamente não é mais o que costumava ser. Melhor para ela e para todos, é claro.



21 de maio de 2016
J. R. Guzzo, Veja

APRENDER COM O IMPONDERÁVEL

INTELIGÊNCIA ESPIRITUAL

A NOVA POLÍTICA EXTERNA

Os aplausos dos diplomatas durante o discurso de posse de José Serra no Ministério das Relações Exteriores dão bem a dimensão do alívio sentido no Itamaraty pelo fim da ingerência lulopetista. A promessa de retomada da diplomacia profissional – isto é, assentada nos interesses nacionais, e não nos objetivos de um partido político – devolve ânimo a um setor crucial para o desenvolvimento do País, que a companheirada havia reduzido a um mero puxadinho do PT.

Nos 15 minutos em que delineou as novas diretrizes da política externa, Serra deixou claro o que estava ficando para trás. “A diplomacia voltará a refletir de modo transparente e intransigente os legítimos valores da sociedade brasileira e os interesses de sua economia, a serviço do Brasil como um todo e não mais das conveniências e preferências ideológicas de um partido e de seus aliados no exterior”, disse o chanceler. Foi uma clara referência à opção preferencial dos governos petistas de se alinhar a parceiros da esquerda terceiro-mundista latino-americana, sem que isso representasse nenhum ganho efetivo.

Ao contrário, o Brasil perdeu oportunidades de fazer bons negócios na última década porque se viu preso a compromissos ideológicos que manietaram sua diplomacia.

A nova etapa inaugurada agora prevê, segundo Serra, o abandono da obsessiva visão multilateralista das relações comerciais, privilegiando os acordos bilaterais. “O multilateralismo que não aconteceu prejudicou o bilateralismo que aconteceu em todo o mundo. Quase todo mundo investiu nessa multiplicação, menos nós. Precisamos e vamos vencer esse atraso e recuperar oportunidades perdidas”, destacou Serra, para quem o comércio exterior estará no centro das preocupações do Itamaraty, em sintonia com a política econômica.

Essa nova abordagem, disse o chanceler, prioriza a relação com a Argentina, principal parceiro comercial do Brasil na América Latina. Não se trata de ignorar o Mercosul – cujas travas, muitas delas de caráter ideológico, representaram intolerável atraso comercial para o Brasil –, mas sim de aproveitar o fato de que a Argentina está sob nova direção, muito mais aberta a negociações comerciais.

Quanto ao Mercosul, Serra disse que é preciso “fortalecê-lo” e “construir pontes, em vez de aprofundar diferenças, em relação à Aliança do Pacífico”, bloco formado por Chile, Peru e Colômbia, muito mais dinâmico do que o Mercosul.

Serra sinalizou ainda que reavaliará as chamadas relações Sul-Sul, talvez a principal marca da estratégia diplomática do lulopetismo, cujo objetivo era demonstrar que as economias em desenvolvimento poderiam, se unidas, romper a hegemonia comercial e geopolítica do “Norte”, isto é, dos Estados Unidos e da Europa. Serra anunciou a ampliação dos negócios com os americanos e os europeus, “parceiros tradicionais”, disse que é “prioritária” a relação com a China e garantiu a continuidade do intercâmbio com a África, mas com investimentos concretos, e não apenas como obrigação derivada de laços culturais e históricos. “Essa é a estratégia Sul-Sul correta, não a que chegou a ser praticada com finalidades publicitárias, escassos benefícios econômicos e grandes investimentos diplomáticos”, afirmou Serra.

O novo chanceler também foi muito aplaudido ao dizer que trabalhará pela recuperação das finanças do Itamaraty. A megalomaníaca passagem do lulopetismo por lá, com a abertura indiscriminada de embaixadas mundo afora, especialmente em lugares com escasso interesse comercial para o Brasil, resultou não na almejada vaga no Conselho de Segurança da ONU, mas em um brutal esgotamento dos recursos disponíveis e em crescente desmoralização. O País não apenas passou a atrasar o pagamento de suas contribuições para organismos internacionais, como deixou de quitar até mesmo as contas de luz de embaixadas.

Espera-se que agora, apesar das dificuldades, o Itamaraty tenha condições objetivas para recuperar sua excelência e, como prometeu Serra, exercer plenamente sua capacidade de ação, tão necessária ao País.



21 de maio de 2016
Editorial O Estadão

DESEJOS RECÔNDITOS

Nota do Diretório do PT revela planos de controle do Estado. Nada como uma derrota para revelar as verdades escondidas do poder que predominou nos últimos 13 anos. Além dos imensos buracos na contabilidade pública que serão denunciados pelo próprio presidente Temer, temos agora revelados em nota oficial alguns objetivos prioritários do partido.

Aproveitando-se da democracia, o partido sempre tentou avançar em decisões autoritárias para controlar setores fundamentais do Estado. Quando denunciado, recuava e negava segundas intenções, como nas inúmeras vezes em que tentou aprovar projetos de controle dos meios de comunicação, com diversos nomes e variadas desculpas.

Agora, afinal, o próprio Diretório Nacional do PT solta uma nota oficial, à guisa de autocrítica, que revela os planos mais recônditos. Esses comentários irritaram setores das Forças Armadas, por exemplo, e confirmam que o partido sempre pensou em controlar o Ministério Público e a Polícia Federal, além de reafirmar o objetivo de controlar os meios de comunicação através da manipulação das verbas publicitárias.

Diz a certa altura o documento do PT: “Fomos igualmente descuidados com a necessidade de reformar o Estado, o que implicaria impedir a sabotagem conservadora nas estruturas de mando da PF e do MPF; modificar os currículos das academias militares; promover oficiais com compromisso democrático e nacionalista; fortalecer a ala mais avançada do Itamaraty e redimensionar sensivelmente a distribuição de verbas publicitárias para os monopólios da informação”.

O comandante do Exército, general Eduardo Villas Boas, segundo a jornalista Eliane Cantanhêde, do “Estado de S. Paulo”, reagiu com irritação à Resolução do Diretório Nacional do PT sobre Conjuntura. “Com esse tipo de coisa, estão plantando um forte antipetismo no Exército”, disse o comandante, considerando que os termos da resolução petista de maneira geral “remetem para as décadas de 1960 e de 1970” e têm um tom “bolivariano”, ou seja, semelhante ao usado pelos regimes de Hugo Chávez e agora de Nicolás Maduro na Venezuela, e também por outros países da América do Sul, como Bolívia e Equador.

Segundo Cantanhêde, o general Villas Boas disse que as Forças Armadas “atravessaram todo este momento de crises cumprindo estritamente seu papel constitucional e profissional, sem se manifestar e muito menos tentar interferir na vida política do país” e esperam, no mínimo, reciprocidade.

Já o general Rego Barros, do Centro de Comunicação Social do Exército, enviou-me mensagem em que diz que “a recente resolução sobre conjuntura do PT apresenta percepções equivocadas e ideologizadas sobre as Forças Armadas e a destinação das instituições que servem de esteio ao Estado”.

Para Rego Barros, “a nossa postura, sempre equilibrada, mostra por que é essencial continuarmos balizando nossas ações com base nos três pilares defendidos pelo comandante: estabilidade — legalidade — legitimidade”.

A questão mais sensível do ponto de vista das Forças Armadas é a interferência nos currículos das escolas militares, tema que já deu problemas anteriormente. Dilma assinou decreto em setembro de 2015 transferindo para o Ministério da Defesa poderes dos comandantes militares, aparentemente apenas burocráticos, mas que dariam margem justamente à interferência nos currículos das escolas militares.

Quem levou o decreto a Dilma foi a secretária-geral do ministério, a petista Eva Maria Chiavon, sem consultar o ministro interino, o comandante da Marinha, almirante Eduardo Bacellar Leal Ferreira, que apareceu no Diário Oficial como tendo assinado o decreto, mas garantiu que nunca o fez.

Eva é casada com Francisco Dalchiavon, principal executivo do MST, nº 2 de João Pedro Stédile, encarregado de negociar a produção das cooperativas. O art. 4º do decreto revoga o decreto 62.104 de 1968, que delegava “competência aos ministros de Estado da Marinha, do Exército e da Aeronáutica para aprovar, em caráter final, os regulamentos das escolas e centros de formação e aperfeiçoamento respectivamente da Marinha de Guerra, do Exército e da Aeronáutica militar”.

Ao revogar o decreto de 1968, essa função passaria automaticamente para o Ministério da Defesa. Ao identificar que o ensino e a formação dos militares poderiam ser enfeixados nas mãos do ministro da Defesa, começou a paranoia de que a esquerda petista estaria tentando avançar sobre a formação de oficiais. O decreto foi neutralizado por outro, mas a nota do Diretório Nacional do PT mostra que realmente o partido tinha entre suas prioridades o aparelhamento do ensino nas escolas e centros de formação militares.



21 de maio de 2016
Merval Pereira, O Globo

PIADA DO ANO: PIMENTEL ACHA QUE A ASSEMBLÉIA EVITARÁ O AFASTAMENTO DELE





Sem chance no STJ, Pimentel agora apela para a Assembleia




















A defesa do governador petista Fernando Pimentel no Superior Tribunal de Justiça (STJ), onde é investigado por atos de corrupção, está se escorando na tese de que a Assembleia Legislativa de Minas Gerais deve ser consultada em todas as etapas do processo, até mesmo sobre eventual abertura de ação penal. Com tal linha de argumentação, o governador espera jogar a decisão sobre seu futuro para a Assembleia, certo de contar com o apoio da base aliada, do PMDB e do presidente da ALMG, deputado Adalclever Lopes.
A estratégia de blindagem na ALMG também indica uma grande confiança do governador no seu vice Antônio Andrade, presidente do PMDB mineiro e seu substituto legal, embora Andrade tenha articulado o apoio dos peemedebistas mineiros ao impeachment da presidente Dilma Rousseff.
Mas até agora a ruptura entre PMDB e PT em Brasília não teria abalado as relações entre os dois. Na quinta-feira, uma fonte palaciana voltou a dizer que Pimentel tem “convicção” da lealdade do seu vice.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – Esta matéria necessita de tradução simultânea. Como todos sabem, sonhar ainda não é proibido. Mas o caso é de um pesadelo horrível. Pimentel, sua mulher Carolina Oliveira e o empresário envolvido na corrupção, Benedito Oliveira, o Bené, estão incriminados e há abundância de provas. A Constituição de Minas manda afastar o governador em caso de se tornar réu de ação penal. A Assembleia não tem nada a ver com isso. O afastamento é automático. O vice Antônio Andrade, em quem Pimentel diz confiar, já mandou fazer o terno da posse. O PMDB mineiro abandonou Pimentel e o PT faz tempo.(C.N.)


21 de maio de 2016
Raquel Faria
O Tempo

MARCO AURÉLIO GARCIA IRONIZA ATUAÇÃO DE SERRA E CRITICA O "GOLPE DO TIPO NOVO"





Garcia defende a política externa dos governos do PT

















Marco Aurélio Garcia, ex-assessor especial para assuntos internacionais nos governos de Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, rebateu o discurso de posse do ministro José Serra (Relações Exteriores), no qual o tucano afirmou que a diplomacia brasileira atenderá aos interesses de toda a sociedade, e não de um governo ou de um partido. Segundo o petista, as declarações de Serra contêm “imprecisões” e estão vinculadas ao que chamou de “aspirações” do ministro de ser candidato à Presidência, em 2018.
“Para defender o interesse nacional, é preciso saber o que é. Não é o que está na cabeça de pessoas iluminadas, mas é algo que decorre da vontade popular”, disse Garcia. Para ele, as urnas em 2014 deram a vitória ao projeto do PT, que seria representado somente por Dilma.
AMÉRICA LATINA E ÁFRICA
Garcia disse ter visto o discurso de Serra como uma “ameaça” a um preceito da política externa das gestões petistas: uma ênfase à América Latina. “Não vimos nenhuma manifestação entusiasmada com o golpe de tipo novo que teve no Brasil.”
Garcia apontou como exemplo de “imprecisões” do novo governo a decisão de dar prioridade aos acordos bilaterais e, ao mesmo tempo, ressaltar a importância do acordo entre o Mercosul e a União Europeia, que é multilateral.
Sobre as críticas à ênfase dada a países africanos, Garcia disse que “papel aguenta qualquer coisa”. Ele afirmou que, nas gestões do PT, o comércio com a África quintuplicou. “Isso não é só compaixão.”

21 de maio de 2016
Lu Aiko Otta
Estadão

MUITOS FORAM PARA A CULTURA SEM TEREM PASSADO PELA EDUCAÇÃO





Charge do Tacho, reprodução do Jornal NH



















Nunca se falou e se escreveu tanto sobre cultura em nosso país. Até parece que saímos de um recital de canto para um concerto e daí para o teatro. Afinal, o governo Temer decidiu fundir num único MEC os ministérios até agora existentes para cuidar dessas duas áreas de ação governamental. O motivo da gritaria não é propriamente a fusão, mas o receio de que a Cultura, perdendo status de ministério, perca, também, parte da grana que paga o caviar dos companheiros do meio artístico, sempre prontos para assinar manifestos e notas de apoio ao PT.
Contra a fusão das duas pastas, ergueu-se multidão de artistas, gerando protestos políticos de repercussão. Entende-se: muitos foram para a Cultura sem terem passado pela Educação.
CRISE MASTODÔNTICA
Não deveria ser necessária uma crise fiscal mastodôntica como esta a que fomos conduzidos pela irresponsabilidade do governo afastado para que os gestores públicos fossem parcimoniosos, zelosos e criteriosos na concessão de incentivos fiscais.
Incentivos fiscais são recursos provenientes de impostos que todos pagamos e que, sob certos parâmetros legais, são fatiados do bolo para atender demandas específicas. Entre elas, as originárias no mundo da cultura. É aí que as manipulações políticas começam a produzir seus inevitáveis absurdos.
Há poucos dias, o Coral das Meninas de Petrópolis encerrou suas atividades após 40 anos, por falta de patrocínio.
OS APANIGUADOS
Mas na outra ponta da elite “cultural” brasileira, Luan Santana levou R$ 4 milhões para “democratizar a cultura” numa turnê em diversas cidades do país, Claudia Leite pegou um troco de R$ 1,2 milhão para o mesmo fim, Maria Bethânia coletou R$ 1,3 milhão para um blog de poesia, uma turnê da peça Shrek foi autorizada a captar quase 18 milhões. E por aí vai a lista. E por aí vão nossos milhões que poderiam estar destinados a atividades de maior interesse público, nas funções essenciais do Estado.
Sim, é verdade que a arte precisa de mecenas. Mas essa afirmação envolve a combinação de dois elementos: o mecenas com seu dinheiro e o artista com sua arte. Falo de mecenas que o sejam com recursos próprios e de arte que mereça o nome.
UTILIDADE DUVIDOSA
No entanto, o que temos no Brasil é um mecenato com recursos do erário, subsidiando projetos de qualidade e utilidade mais do que duvidosa, repassando vultosas quantias a quem não precisa. Não estou propondo a extinção das leis de incentivo à cultura. Estou dizendo que a urgência é outra.
Precisamos criar no Brasil um ambiente que valorize o bem e o belo, o saber e a verdade, mas tudo isso parece muito improvável com a atual distribuição dos recursos para a produção cultural e artística e com as hegemonias que, há muito, se instalaram no mundo da Educação e da Política.

21 de maio de 2016
Percival Puggina

"JANUS", MAS PODE CHAMAR DE 'OPERAÇÃO LULA'

FOCO DA INVESTIGAÇÃO É TRÁFICO INTERNACIONAL DE INFLUÊNCIA


LULA JÁ FOI LEVADO PARA DEPOR À PF SOB VARA NA OPERAÇÃO LAVA JATO. FOTO: ESTADÃO

O noticiário sobre a Operação Janus, nesta sexta (20), da Polícia Federal, fez parecer que, apesar do envolvimento do sobrinho, o ex-presidente Lula não era investigado. Porém, é mais que isso: trata-se do principal investigado. Nota do Ministério Público Federal do DF deixou claro que o objetivo da “Janus” é apurar se Lula “praticou tráfico internacional de influência em favor da construtora Odebrecht”. A informação é do colunista Cláudio Humberto, do Diário do Poder.

A primeira fase da Janus, nesta sexta, teve a ver apenas com o financiamento do BNDES para uma obra da Odebrecht em Angola.

Lula e quem o ajudou a batalhar negócios para a Odebrecht no exterior podem esperar novas fases da Janus. Experimentarão fortes emoções.

Também são investigados os contratos do BNDES relativos a obras em Cuba, Venezuela, República Dominicana e Angola, entre muitos outros.

Três desassombrados procuradores pilotam a Operação Janus: Francisco Guilherme Bastos, Ivan Cláudio Marx e Luciana Loureiro.


21 de maio de 2016
diário do poder

PRESO HÁ SETE MESES, PIZZOLATO JÁ QUER CUMPRIR PENA EM REGIME SEMIABERTO





Charge do Son Salvador, reprodução de Charge Online


















Quase sete meses após ser extraditado para cumprir sua pena do mensalão no Brasil, o ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil Henrique Pizzolato pediu ao Supremo Tribunal Federal para passar do regime fechado para o semiaberto, em que pode deixar o presídio durante o dia e trabalhar.
O caso será analisado pelo ministro Luís Roberto Barroso, que é relator das execuções penais do mensalão. O ministro vai pedir uma manifestação da Procuradoria-Geral da República.
Na ação, os advogados argumentam que Pizzolato já cumpriu um sexto da pena, como exigido pela Lei de Execuções para a progressão de regime.
FUGIU PARA A ITÁLIA
A fuga dele para a Itália, no entanto, pode representar um impedimento para a concessão do benefício. Ele foi condenado a 12 anos e 7 meses de prisão pelos crimes de formação de quadrilha, peculato e lavagem de dinheiro
O ex-diretor fugiu para a Itália – país do qual também é cidadão – em novembro de 2013, logo após seus último recurso contra sua condenação ser rejeitado. Na fuga, via Argentina e Espanha, o condenado usou documentos de um irmão, já morto. E acabou sendo preso em fevereiro de 2014, na cidade de Maranello, no norte italiano.
Em setembro de 2015, a Itália autorizou a extradição do ex-diretor. Ele então recorreu à Corte Europeia de Direitos Humanos, que rejeitou seu recurso no dia 6 de outubro. Pizzolato ficou 17 meses na Itália.
SEM PRIVILÉGIOS
Ao Supremo, a juíza Leila Cury, da Vara de Execuções Penais do Distrito Federal, informou que rejeitou um pedido feito pela Embaixada da Itália, para que um médico indicado por eles acompanhasse as condições de saúde de Pizzolato e avaliasse sua alimentação.
Cury argumentou que a medida poderia representar um privilégio e que consultas às informações da unidade prisional indicam que o ex-diretor do Banco do Brasil já recebeu seis atendimentos médicos.

21 de maio de 2016
Márcio Falcão
Folha