"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sábado, 27 de agosto de 2016

DONALD TRUMP & NIGEL FARAGE: A FORÇA DA DIREITA CONTRA A ESQUERDA GLOBALISTA

'Mr. Brexit' Nigel Farage Speaks at Donald Trump Rally in Jackson, MS
https://www.youtube.com/watch?v=oj4K9fr_WgY
3 dias atrás - Vídeo enviado por Right Side Broadcasting
Wednesday, August 24, 2016: Former UKIP leader Nigel Farage, aka 'Mr.Brexit', spoke at the Donald .


O principal líder da autêntica direita conservadora britânica e um dos responsáveis pela vitória do Brexit no referendo que decidiu pela saída do Reino Unido da estrovenga globalista de esquerda chamada União Europeia, Nigel Farage, fez um pronunciamento contundente nessa quarta-feira no Mississipi, durante um comício da campanha de Donald Trump à presidência dos Estados Unidos. Anunciado pelo próprio Donald Trump, Nigel Farage enfatizou que a experiência da vitória do Brexit mostra que “tudo é possível quando as pessoas honestas e decentes resolvem dizer não à classe política e tomar as rédeas do próprio destino”.

Aplaudido o tempo todos pelas cerca de dez mil pessoas presentes ao comício, Nigel Farage lembrou que a vitória do Brexit foi uma vitória da vontade soberana do povo britânico, que decidiu ele próprio tomar para si o controle de seu país, de suas fronteiras e da própria soberania, em vez de continuar se submetendo a decisões autoritárias da burocracia não eleita que forma o governo da União Europeia. Ele lembrou também que a vitória da soberania do povo britânico contrariou todas as análises e pesquisas e até mesmo ameaças feitas por agentes da esquerda globalista como o FMI e as grandes corporações. Foi também uma vitória contra os líderes da classe política europeia e americana alinhados com a agenda esquerdista, como o próprio presidente Barack Obama, que ameaçou rebaixar o status da pareceria comercial americano-britânica se o Brexit saísse vencedor.

Nós já havíamos comentado nesse artigo a importância de haver líderes de direita com a contundência política exibida por Nigel Farage. Líderes que tenham a compreensão clara da necessidade de combater de frente a agenda ideológica de esquerda, sem fazer concessões ao politicamente correto. E que sejam capazes de dizer claramente ao povo que somente as políticas de direita e os valores conservadores podem oferecer um presente e um futuro melhores e mais dignos a um país. A presença de Nigel Farage ao lado de Donald Trump no mesmo palanque da campanha presidencial americana serviu como uma confirmação simbólica dessa afirmação, ao mostrar que ambos os líderes políticos de direita têm a mesma mensagem a oferecer a seus respectivos países. E guardadas as particularidades de cada país, trata-se da mesma mensagem que hoje no Brasil é oferecida por Jair Bolsonaro.

O lamento vergonhoso da imprensa esquerdista


A nota curiosa e lamentável fica por conta da reação da grande imprensa americana que, assim como aqui no Brasil, é completamente dominada pela agenda ideológica da esquerda. O jornal esquerdista The Huffington Post, que tem entre seus colunistas da versão em português um dos líderes libertários do movimento pelo impeachment, publicou uma chamada onde se lê Bannon’s Bigots. A chamada pode ser traduzida por Intolerantes de Bannon, em referência a Stephen Bannon, ex-editor de um jornal da direita americana que foi trabalhar na equipe de campanha de Donald Trump.

Mas a manchete não tem nada a ver com o ex-editor, tratando-se tão somente de um trocadilho em inglês com a expressão ban on, que também significa proibir. Portanto, o jornal esquerdista estaria sugerindo que tanto Nigel Farage quanto Donald Trump deveriam ser proibidos ou banidos, por serem supostamente intolerantes. Ao acusar, ainda que indiretamente, os dois líderes de intolerante, o jornal está apenas exibindo a intolerância típica da esquerda e colocando em prática uma das lições que Lenin ensinou aos comunistas: acusar os outros daquilo que os próprios comunistas são. Com conteúdo de Breitbart.



27 de agosto de 2016
crítica nacional

ESCOLA SEM PARTIDO: O CALCANHAR DE AQUILES DA ESQUERDA

O projeto de lei inspirado na iniciativa Escola Sem Partido tem sido o Calcanhar de Aquiles da esquerda brasileira, acostumada há anos a exercer livre e impunemente sua doutrinação ideológica nas escolas sem ser contestada por isso. O projeto propõe garantir aos estudantes que sejam informados que a legislação já existente lhes assegura o direito de não serem doutrinados com uma visão monolítica dos conteúdos abordados em sala de aula, de modo que o ambiente escolar se torne de fato um espaço de aprendizado formal e não de doutrinação.

A esquerda, que há décadas ocupa de maneira monopolista todas as instituições de ensino do país e transformou as escolas em centros de doutrinação ideológica, jamais esperava que a sociedade civil viesse a tomar uma iniciativa no sentido de contestar a hegemonia de pensamento e de práticas doutrinadoras que essa mesma esquerda exerce livremente no sistema educacional da nação. Por essa razão, a reação da esquerda ante ao Projeto de Lei da Escola Sem Partido tem sido pautada pelas suas práticas usuais de mentira e dissimulação: os oponentes do projeto o acusam de cercear a liberdade de expressão e de exercer a censura, quando na verdade o projeto visa exatamente assegurar a liberdade de expressão de todas as correntes de pensamento em sala de aula, para dessa forma pôr um fim à censura existente de facto hoje a qualquer linha de pensamento que não esteja alinhada com hegemonia exercida pela esquerda no ambiente escolar.

Surpresa e perplexidade

A esquerda foi tomada de surpresa pela iniciativa da Escola Sem Partido. A cada evento associado ao projeto ela é surpreendida pela presença de pais, estudantes e cidadãos e cidadãs comuns que se opõem à doutrinação ideológica nas escolas e não aceitam as mentiras que a esquerda vem afirmando em relação ao projeto. E foi exatamente isso que ocorreu essa semana na capital paulista: uma audiência pública foi convocada pelo deputado Carlos Giannazi do PSOL para se manifestar contra a Escola Sem Partido e favor da doutrinação ideológica nas escolas.

O deputado não permitiu que pessoas favoráveis ao projeto se manifestassem na audiência, exercendo assim a censura em um evento que deveria ser público, pois estava sendo realizada nas dependências da Assembleia Legislativa. Ao perceberem o caráter unilateral da audiência, que deveria ser pública e plural, o público presente se indignou e começou a se manifestar por meio de apitos e vaias. Surpreendido pela reação do público, o deputado socialista apoiador da doutrinação se limitou a xingar os manifestantes e encerrou a audiência.

O episódio serviu para mostrar que a bandeira da Escola Sem Partido é uma das mais importantes, se não a mais importante, na luta dos cidadãos e cidadãs de bem contra as ambições hegemonistas da esquerda. Serviu para mostrar também que a esquerda não está preparada para ser contestada em um dos itens mais caros de sua agenda ideológica. E justamente por essa particularidade que o Projeto de Lei da Escola Sem Partido merece e deve ter o apoio incondicional dos que querem que a escola deixe de ser um aparelho de doutrinação esquerdista para ser uma instituição, pública ou privada, destinada de fato ao ensino.


27 de agosto de 2016
paulo eneas

NÃO É JARDIM DE INFÂNCIA NEM BANCADA DA CHUPETA: É PURO CINISMO ESQUERDISTA

O blog O Antagonista inaugurou a prática de chamar a bancada petista e seus aliados de esquerda no Senado de bancada da chupeta ou turminha do jardim de infância. Essa prática se disseminou em vários blogs e até mesmo nas publicações de alguns grupos, como o MBL. 
Ainda que a intenção tenha sido a de ridicularizar o comportamento da esquerda no Senado, essa denominação aparentemente jocosa na verdade serve mais para ocultar do que para expor. Afinal, o sentido quase lúdico destas expressões não permite que se associe às pessoas retratadas por elas nada de muito negativo ou ruim, restando no máximo uma imagem caricatural quase inofensiva.

Mas uma imagem lúdica e inofensiva nesse caso, ainda que em tom jocoso, serve apenas para ocultar a real natureza da esquerda, que nada tem lúdica e muito menos inofensiva. O comportamento da bancada esquerdista no Senado, especialmente a petista, resume em si todas as praticas mais cínicas e mentirosas que a esquerda sempre esteve disposta a empregar para alcançar seus objetivos de poder totalitário.

E é essa característica típica da esquerda, a facilidade com que emprega a mentira e o cinismo como instrumento de guerra política, que deveria ser ressaltada na cobertura jornalística dos embates políticos no Senado. Em vez disso, uma parte da imprensa optou por ser engraçadinha e foi imitada por alguns blogs. E o resultado desse gracejo sem graça acaba por se traduzir em pura desinformação.


27 de agosto de 2016
crítica nacional

CASTRO CONVOCA LUTA EM DEFESA DE DILMA

CAIADO DETONA GLEISI QUE TEM CHILIQUE AO VIVO

DR. JULIO MARCELO E DRA. JANAÍNA PASCHOAL HUMILHA CARDOZO E SENADORES PETISTAS

PF INDICIA LULA E MARISA. CADEIA EM FAMÍLIA.

TRIPLEX DE LULA CAIU. E AGORA?

JANAÍNA SE AGIGANTA E DESTROI DEFESA DE DILMA

AO USAR A INDIGNIDADE DO TERMO "HOSPÍCIO", RENAN QUEBROU O DECORO PARLAMENTAR



Renan ofendeu senadores e pacientes das clínicas psiquiátrica













O senador Renan Calheiros, ao chamar o Senado de “hospício”, deste modo demonstrando seu saudosismo dos tempos da Ditadura Militar, desmereceu os senadores, não só por taxá-los como alienados e loucos, como desmereceu a Casa que dirige, comparando-a aos grandes galpões de tortura do passado, como o de Barbacena, galpões que a Ditadura Militar também utilizou para internar e torturar seus presos políticos.
Penso que o senador Renan Calheiros, ao ofender tão duramente seus pares do Senado Federal ao chamá-los de “loucos” e ao Senado de “hospício”, cometeu grave falta de decoro parlamentar, além do crime de calúnia. Num clima tenso, que é o julgamento de impeachment de uma presidente da República que tem ferrenhos adeptos, não era de se esperar que os senadores se comportassem como numa Igreja assistindo uma missa.
Além do mais, ofende aos pacientes psiquiátricos, que não são baderneiros e se tratam em consultórios e casas de saúde dignas, com tratamento multidisciplinar, que não podem ser confundidas com a estrutura dos gulags da Rússia stalinista, aqui chamados de hospício.
Ofende também aos profissionais de saúde mental que hoje trabalham em equipe multidisciplinar nos CAPS do SUS , com dedicação, apesar dos baixos salários, e as modernas clínicas privadas que cuidam desta clientela, de forma personalizada e que em vez de tratar uma “doença”, tratam de pessoas acometidas de conflitos biopsicossociais. Merece, o senador Renan Calheiros uma ação por quebra de decoro parlamentar e ofensa a milhões de brasileiros.
“O ALIENISTA” -Sempre que algum aluno me pergunta o que deve ler para começar a compreender a questão da luta antimanicomial e da reforma psiquiátrica, indico sem pestanejar “O alienista”, de Machado de Assis, conto publicado sob forma de folhetim entre 1881 e 1882.  Machado foi, sem sombra de dúvida, o pioneiro na crítica ao saber e às instituições psiquiátricas no Brasil (e talvez no mundo – “Enfermaria no 6”, de Anton Tchekhov, é de 1892).
Nesse conto clássico, Machado antecipou todas as críticas ao paradigma psiquiátrico que anos depois seriam aprofundadas por autores como Michel Foucault, Franco Basaglia, Erving Goffman, Ronald Laing, David Cooper, entre outros.
É realmente impressionante a sagacidade do autor, a forma como ele apreende o processo de constituição da psiquiatria e como identifica e destaca seus pontos mais frágeis e seus dispositivos de poder.
DEMANDA EXTERNA – Primeiro, quando o escritor se refere à necessidade de criação do hospício como uma demanda externa, artificial, vinda de um cientista recém-chegado da Europa: “A vereança de Itaguaí, entre outros pecados de que é arguida pelos cronistas, tinha o de não fazer caso dos dementes”, diz Simão Bacamarte, protagonista da história.
Depois, quando evoca o princípio universal de internar todos os loucos em um único espaço, pois só aí seria possível pesquisar e identificar todos os tipos de loucura. Sem falar na idéia segundo a qual a loucura seria a ausência da razão: “Suponho o espírito humano uma vasta concha, o meu fim, Sr. Soares, é ver se posso extrair a pérola, que é a razão; por outros termos, demarquemos definitivamente os limites da razão e da loucura. A razão é o perfeito equilíbrio de todas as faculdades; fora daí insânia, insânia e só insânia”.
HISTÓRIA REAL – Em “O alienista” tudo nos aproxima da história real de Philippe Pinel e de seu trabalho na construção do alienismo no final do século XVIII. Suspeito, aliás, que Machado de Assis tenha acompanhado bem de perto a trajetória de João Carlos Teixeira Brandão, conhecido como o “Pinel Brasileiro”.
Fundador da psiquiatria brasileira, Brandão fez severas críticas ao primeiro hospício no país, o D. Pedro II, no Rio de Janeiro, do qual foi nomeado diretor médico em 1890. Nesse mesmo ano, assumiu também a direção da Assistência Médico-Legal aos Alienados, o primeiro órgão nacional de normatização e coordenação da assistência psiquiátrica.
Com Machado de Assis podemos questionar: por que um saber tão frágil e inconsistente acumula tanto poder? Essa foi a pergunta de Foucault, muito tempo depois de Simão Bacamarte já havê-la respondido. Aliás, se Machado tivesse escrito “O alienista” um século depois, poderíamos concluir que Foucault, Basaglia e todos os outros aos quais me referi acima estavam entre suas leituras.
A FORÇA DO TRABALHO – Uma das mais importantes aplicações do tratamento moral estava no trabalho. Daí a origem de inúmeras instituições psiquiátricas, denominadas “colônias de alienados”, espalhadas por todo o mundo, particularmente no Brasil, onde foram responsáveis por parte considerável de nossos quase 100 mil leitos psiquiátricos no final da década de 1980.
A ide
ia era levar os alienados para os hospitais-colônia, onde pudessem trabalhar, principalmente na lavoura, pois o trabalho os recuperaria. A expressão “colônia” é muito curiosa e provém da noção de um aglomerado de pessoas de uma mesma origem que se estabelecem em terra estranha, voltadas para um mesmo objetivo.
Com essa concepção foram criadas, em 1890, meses após a proclamação da República, as primeiras colônias de alienados do Brasil, na Ilha do Governador, estado do Rio de Janeiro. Lá trabalhou o pai do escritor Lima Barreto que, assim como o filho, foi mais tarde internado num hospício.
LIMA BARRETO – Isso resultou, pelas mãos do filho, em algumas das mais importantes obras da literatura brasileira, todas elas muito críticas ao modelo e às instituições psiquiátricas: “Diário do hospício”, “Cemitério dos vivos” e “Como o homem chegou”. Não considero equivocado incluir, no aspecto da crítica à ciência e ao positivismo de Estado, o “Triste fim de Policarpo Quaresma” – outra obra-prima.
Em 1978, eu e mais dois colegas plantonistas do Centro Psiquiátrico Pedro II, no Engenho de Dentro, decidimos denunciar uma série de violações aos direitos humanos das pessoas lá internadas. Como se tratou de uma denúncia escrita, registrada em documento oficial, a resposta foi imediata e violenta, como era comum naqueles tempos.
Além de nós três, foram demitidos mais 263 profissionais que ousaram nos defender ou que confirmaram nossas denúncias. Nasceu aí o movimento de trabalhadores da saúde mental que, dez anos mais tarde, transformou-se no movimento de luta antimanicomial, ainda hoje o mais importante movimento social pela reforma psiquiátrica e pela extinção dos manicômios.
PRESOS POLÍTICOS – Não denunciamos apenas os maus-tratos aos “pacientes psiquiátricos”, mas também a presos políticos que, a exemplo dos gulags da Rússia stalinista, eram internados pela Ditadura Militar e torturados nessas instituições.
Descobri que a situação do Rio de Janeiro era a mesma de outros Estados e, para minha tristeza, constatei mais tarde, que o modelo era quase universal, predominantemente asilar e manicomial, com milhares de pessoas abandonadas em macroinstituições financiadas pelo poder público, fossem elas públicas ou privadas.
Na época os leitos privados já eram mais de 70 mil, todos pagos pelo setor público.
SORTE GRANDE – Para nós a vinda de Basaglia ao Brasil naquele ano de 1978 foi considerada a “sorte grande”. E ele retornou ao país no ano seguinte, quando fez uma visita ao Hospital Colônia de Barbacena, Minas Gerais, um dos mais cruéis manicômios brasileiros.
Suas visitas seguidas acabaram produzindo uma forte e decisiva influência na trajetória de nossa reforma psiquiátrica.
Em Barbacena, Basaglia comparou a colônia de alienados a um campo de concentração, reforçando nossas denúncias de maus-tratos e violência. Sua presença aqui recebeu tratamento e atenção especiais da imprensa, além de dar origem ao clássico documentário de Helvécio Ratton, “Em nome da razão”, de 1980, um marco da luta antimanicomial brasileira, ao lado de uma premiada série de reportagens de Hiran Firmino, publicadas inicialmente no jornal Estado de Minas e posteriormente pela Editora Codecri sob o título “Nos porões da loucura”, de 1982.
INSTITUIÇÃO ARCAICA – O hospício, ou manicômio, caminha inevitavelmente para o fim devido a seu caráter arcaico de instituição fundada há mais de 300 anos para responder a outras demandas sociais.
Sua persistência está muito mais relacionada ao fator econômico do que ao valor terapêutico ou social. Os hospícios, como já nos ensinou Simão Bacamarte, devem ser fechados. Esse deve ser o destino de todas as Casas Verdes, mesmo das que se escondem atrás de discursos progressistas. Quem nos garante que o alienado não é o alienista?
A frase de Caetano Veloso “de perto ninguém é normal” tem sido pretexto para questionarmos o conceito de normalidade, tão caro no campo da saúde mental.
Curiosamente, a mesma frase foi utilizada em um congresso de psiquiatria em São Paulo para demonstrar como toda a sociedade é, no fundo, carente de algum tipo de terapêutica.

27 de agosto de 2016
Ednei Freitas

OBJETIVO SERÁ TRANSFORMAR MADAME EM VÍTIMA, E A MODA PODE PEGAR

Foi um triste espetáculo, a transformação do Senado num hospício. Melhor, porém, que tenha sido na segunda sessão do capítulo final da batalha do impeachment, não no final. Mesmo assim, não há certeza. Pelo menos, quando Dilma Rousseff for depor, segunda-feira, o grupo das galinhas cacarejantes e do galinho maluco não encontrará pretexto para tumultuar os trabalhos. Para Gleisi, Vanessa, Fátima e Lindbergh, entre outros, o objetivo será  transformar Madame em vítima, ainda que Caiado, Renan, Magno e seus pimpolhos estejam preparados para inverter a equação.

O desempenho dos senadores na manhã de ontem, porém, foi uma fraude. Demonstrou que, se algum deus da baderna viesse a suprimir o Congresso de nossas instituições, o país inteiro aplaudiria. Com as exceções de sempre, o Senado suplantou a Câmara na encenação de uma das maiores pantomimas já verificada entre nós.
Será cobrada dos que maiores vexames ofereceram no funcionamento do Legislativo a punição da perda do mandato por qualquer Conselho de Ética. Não merecem representar o eleitorado e a federação.
Salvo inusitados, a tragédia aproxima-se do final. Dilma deve ser punida por permitir a ação da   quadrilha  que evoluiu  a  favor e contra ela.
Há quem imagine a possibilidade de Michel Temer não conseguir cumprir o anseio nacional de recuperação econômica, política e social. Tem gente preparada para apresentar em poucos dias seu pedido de afastamento. A moda pode pegar.
O ministro Ricardo Lewandowski obrigou-se a usar o Poder de Polícia na direção dos trabalhos, mas ficou na promessa. Bem que poderia ter determinado à Polícia Legislativa que conduzisse uns tantos senadores às celas certamente encontradas nos porões do palácio transformado em estabelecimento imoral.

27 de agosto de 2016
Carlos Chagas

MEMÓRIA: DOCUMENTO RASURADO FOI PROVA CABAL DE QUE O TRIPLEX SERIA MESMO DE LULA E MARISA

A tese de que o apartamento não seria deles fez água definitivamente após a ex-primeira dama pedir restituição do valor pago.

Mencionamos mais cedo a lorota de que o triplex não seria do Lula e de Marisa Letícia pois “a dona teria sido indiciada”. Como é sabido, e a esta altura já por todos, não há apenas um apartamento do tipo no Edifício Mar Cantábrico (Guarujá/SP). De fato, houve indiciamento dos proprietários de uma das unidades (ligados ao escândalo Panama Leaks); e, hoje, o indiciamento do líder máximo do petismo e de sua esposa.

Desse modo, é fundamental rememorar o grande fato que ensejou esse indiciamento: dona Marisa assinou uma proposta que JÁ CONTINUA O NÚMERO DO APARTAMENTO, porém o papel foi rasurado e passaram a infantilmente dizer que se tratava de outra unidade. Sim, um troço primário e bem mocorongo.

Vejam, a seguir, o documento na íntegra:


Agora, o detalhe da rasura:


Pois bem, não há o que dizer, não é mesmo? Meteram esse “141” por cima do “174” (atualmente, a unidade é “164”, pois todo o edifício passou a ter um andar a menos). Curiosamente, a sobreposição acabou formando também um “171” (o 7 antigo com o 1 sobreposto).

Ficou provado, portanto, que houve SIM a adesão à unidade imobiliária por meio da Bancoop (Cooperativa dos Bancários) e, também sim, tratava-se daquela que hoje é um triplex (174). Em razão disso, as investigações se intensificaram e mais e tantas outras evidências foram surgindo.

E os petistas deveriam ter tomado um pouco mais de cuidado antes do alvoroço patético da semana passada. Afinal, a própria Marisa Lula pediu na justiça o ressarcimento dos valores pagos pelo triplex. Ora, quem é que pede de volta um dinheiro que não gastou? Pois é.


Agora, que aguentem.
27 de agosto de 2016
implicante

NÃO EXISTE PASSEATA GRÁTIS: FALTA DE GRANA, CUT NÃO LEVARÁ MILITANTES A BRASÍLIA PARA APOIAR DILMA. OU ALGUÉM AQUI ACHAVA QUE IAM POR IDEOLOGIA?

Não existe passeata grátis: por falta de grana, CUT não levará militantes a Brasília para apoiar Dilma. Ou alguém aqui achava que iam por ideologia?

Já expusemos aqui a lorota do “país dividido”, com base na presença em passeatas e manifestações. Enquanto alguns gatos pingadoscompareciam aos atos pró-PT, verdadeiras multidões apareciam naqueles contra o partido.
Perderam as ruas, portanto.

E agora um novo fato torna patente essa realidade: a CUT (Central Única dos Trabalhadores) já avisou ao PT que não terá como encher de gente o ato pró-Dilma Rousseff (e contra o impeachment) em Brasília. Motivo: não há dinheiro.

Pois é, não existe passeata grátis. O provável é que alguém doe essa grana; de repente, podem fazer mesmo uma vaquinha.

Mas o dado curioso é que enfim a crise enfim chegou a esse setor, pois enquanto a economia despencava e o desemprego explodia, os protestos “a favor” bombavam de gente, material, carros de som, ônibus etc. Até eles foram atingidos pelo descalabro econômico, afinal.

Curiosamente, bem quando o PT deixou de ser governo. Quem diria…


27 de agosto de 2016
implicante

NA VISÃO DELIRANTE DE DILMA ROUSSEFF, SÓ VALE A VERSÃO, NÃO OS FATOS



Dilma se encaminha à encenação final do papel de vítima













No derradeiro ato da saga de destruição deixada por Dilma o País ainda terá de assistir ao seu repisar de delírios. Nesta segunda, 29, ela vai ao Parlamento para dar, de novo, sua versão colorizada dos fatos. A mandatária afastada fala em golpe, mas estará na tribuna do Senado para discursar livremente, sem coações ou perseguições, em sessão dirigida pelo presidente do Supremo Tribunal, compondo lado a lado com os demais chefes dos três poderes – após esgotadas inúmeras fases de apelações e arguições de seus defensores. Tudo dentro dos ritos da lei e do estado democrático de direito.
Um contrassenso bizarro que nessas circunstâncias ela cogite levantar a bandeira de golpe. Mas para Dilma não importa. Vale a versão, não os fatos.
A detentora de um dos maiores índices de rejeição de que se tem notícia na história vai reclamar que 81 parlamentares daquela casa congressual não têm o direito de lhe tirar do cargo outorgado por 54 milhões de eleitores em um colégio de 110 milhões de brasileiros.
VIROU PÓ – Deixará de lado, propositalmente, a evidência de que esse apoio virou pó. Foi dilapidado por ela logo após assumir, através de um estelionato eleitoral escancarado. Mas para Dilma não importa. Vale a versão, não os fatos. A ex-chefe da Nação vai dizer que não cometeu crime algum.
“Estão me condenando por algo fantástico, que é um não crime”, já reclamou a uma plateia de militantes e deve voltar a repetir na plenária, como se a prática das pedaladas, pelas quais é julgada, não estivessem tipificadas na Constituição como crimes de responsabilidade fiscal. Mas para Dilma não importa. Vale a versão, não os fatos.
A presidente que já foi retirada há mais de 100 dias do poder irá propor um plebiscito por eleições antecipadas, mesmo sabendo que não existe tempo hábil para isso antes do escrutínio de 2018 e que, no seu íntimo, guarde a convicção de que não levará adiante a ideia, até porque seu próprio partido PT rechaçou a possibilidade. Mas para Dilma não importa. Vale a versão, não os fatos.
MEROS CAPACHOS – A comandante do Executivo que tratava os subordinados como meros capachos, tiranizando a relação – independente das alianças políticas estratégicas que eles representavam na base de seu governo –, agora tenta intimidá-los, insinuando a pecha de traidores a muitos deles. É que vários desses antigos colaboradores, como oito ex-ministros, estarão na votação final, na condição de juízes do processo que deve condená-la, e já se mostraram favoráveis ao seu afastamento.
Mais do que ninguém, sabem o que ocorreu de errado intramuros do Planalto. Foram eles os traídos por um projeto de poder esquizofrênico, e não o contrário. Mas para Dilma não importa. Vale a versão, não os fatos.
USURPADOR GOLPISTA – Ao antigo vice e companheiro de chapa, Michel Temer, ela reserva a pecha de “usurpador golpista”, muito embora seja dele, por direito, a atribuição de substituí-la, de acordo com os preceitos legais. Mas para Dilma não importa. Vale a versão, não os fatos.
Independente de suas fanfarrices, o impeachment deve se materializar. Pela esmagadora vontade dos cidadãos, que escolhe seus representantes, e diante das evidências de malfeitos em profusão, os senhores senadores estão no dever de depô-la, encerrando uma tenebrosa etapa de 13 anos de desmandos petistas que arruinaram com a economia e a hombridade nacionais.
Afinal, a permanecer na toada de esbórnia administrativa sem limites que Dilma, Lula & Cia. vinham impondo à sociedade e ao aparato público em especial – na qual as manipulações contábeis eram apenas um detalhe –, o Brasil logo estaria devastado, sem chances de salvação.
ENCENAÇÃO DE VÍTIMA – Na exposição de justificativas, nessa segunda, 29, Dilma pode (como almeja) construir uma narrativa de saída, colocando-se no papel de vítima. As imprecações que vai cometer, como é de seu feitio, precisam ser analisadas à luz desse contexto.
Tal encenação, no entanto, não pode lhe livrar do ostracismo ou até mesmo da cadeia mais adiante, dentro de um desfecho tão esperado como inevitável. Seria o epílogo ideal, sem ressalvas, do mais irresponsável e aflitivo mandato presidencial de nossa história, cujo legado todos querem esquecer.

27 de agosto de 2016
Deu na IstoÉ