"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

domingo, 2 de outubro de 2016

NOTAS POLÍTICAS DO JORNALISTA CLAUDIO HUMBERTO

DEPUTADO GASTA À VONTADE E GANHA RESSARCIMENTO
A crise financeira afeta os brasileiros, mas não chega aos deputados federais. Entre janeiro e 15 de setembro, eles foram ressarcidos em R$ 136,65 milhões de quaisquer “despesas” que realizaram nesse período, de farras gastronômicas a mordomias em geral. Trata-se da Cota para o Exercício da Atividade Parlamentar, o “cotão”. Em 2015, R$ 203,57 milhões “ressarciram despesas” de suas excelências.

VERBA PRECIOSA
O dinheiro gasto pelos deputados federais no “cotão” seria suficiente para construir 2 mil casas populares, padrão “Minha Casa, Minha Vida”.

SACO SEM FUNDO
O saco sem fundo chamado cotão não inclui o salário de R$ 33,7 mil por mês de cada deputado federal, que em breve passará a R$ 39 mil.

CAMPEÕES DE GASTOS

Só o deputado Rocha (PSDB-AC) foi reembolsado em R$ 421 mil, Hiran Gonçalves (PP-RR) R$ 392 mil e Zeinaide Maia (PR-RN), R$ 385 mil.

NA OUTRA CASA
Exatos 81 senadores já consumiram dos contribuintes mais de R$ 12 milhões em “ressarcimento de despesas”, somente este ano.

DIPLOMATAS COMEMORAM O FIM DA BAIXARIA DO PT
Diplomatas brasileiros comemoram, mundo afora, o fim da baixaria que marcou as viagens internacionais dos governos do PT. As comitivas oficiais, de Lula ou de Dilma, tratavam os diplomatas como “criados”. E ainda deixavam para trás problemas para as embaixadas resolverem, como quando uma nora do ex-presidente Lula achou de meter na mala ricas toalhas e lençóis do hotel. Pagos, depois, pelo contribuinte, claro.

ELA NÃO GOSTA DELES
No exterior, a ex-presidente Dilma costumava humilhar diplomatas, referindo-se a eles com ironia até diante de próceres estrangeiros.

OVOS CAIPIRAS À MESA
Dilma usava diplomatas, como ocorreu em Londres e Oslo, ordenando até que lhe fritassem ovos “caipiras”, que sempre levava na bagagem.

LAMBUZANDO-SE NO MELADO

Em hotéis de luxo, era frequente membros das comitivas presidenciais implicarem até com a mobília, exigindo sua troca. Sempre aos gritos.

EX-TESTEMUNHA É PARA SEMPRE
Luciana, alagoana que vive na Itália, anunciou retorno ao Brasil só para armar o maior barraco contra o banqueiro Daniel Dantas. Ex-tradutora, ela foi testemunha contra a TIM, em tribunal arbitral em Paris, na ação em que ele exige da empresa italiana indenização de 1 bilhão de euros.

JESUS DÁ VOTOS

Defensor dos direitos LGBT e com parlamentares gay, o PSOL não resiste ao oportunismo: coligou-se em 695 candidaturas com PSDC, PSC e PRB, partidos ligados a igrejas que acusa de “homofóbicos”.

ESQUISITICE
Ex-chefe de gabinete de Antônio Palocci, Juscelino Dourado era tido como sujeito esquisito, no Ministério da Fazenda. Tinha o hábito de repreender quem o tratava de “Dr. Juscelino”, assim, como todo mundo fala. Ele exigia que se destacasse a primeira sílaba: “Jusssscelino”.

SAUDADE DAS REGALIAS
Os servidores da Câmara estão chateados com o reduzido número de sessões de plenário, em setembro. Com isso, o contracheque não será tão recheado sem as horas-extras.

BOCA LIVRE
O candidato Celso Russomanno (PRB) recebe R$ 33,7 mil como deputado, mas ao consumir R$ 38 por uma salada e R$ 49 por meia picanha, ele fez a Câmara pagar, na cota de “atividade parlamentar”.

TRABALHO VOLUNTÁRIO
Voluntárias, como mulheres de ministros do Superior Tribunal Militar, sonham apresentar a primeira-dama Marcela Temer o trabalho que realizam no Hospital Materno Infantil de Brasília (HMIB), confeccionando e doando kits de enxoval a mães e bebês pobres.

FANTASMA NO SENADO
O MPF denunciou uma ex-servidora, Teresa Nunes de Barros Mendes, por haver acumulado por 25 anos os cargos de analista do Senado e escrivã do Tribunal de Justiça do Piauí. Terá de devolver uma fortuna.

ALÍVIO
Deputados agradeceram aos ministros pelo governo Temer não ter enviado as propostas de reformas trabalhista e previdenciária. Dizem que seriam “alvo fácil” de petistas na eleição municipal deste domingo.

PENSANDO BEM...
...o PT poderia aproveitar seu time de ilustres desocupados, presos em Curitiba, para montar o “governo paralelo” anunciado por Lula.


02 de outubro de 2016

MUNDO DE SOMBRAS

O céu era o limite para Antonio Palocci Filho, mas, na versão do juiz Sérgio Moro, ele preferiu esgueirar-se por um “mundo de sombras que encobre sua atividade”, atirar-se no colo da empreiteira Odebrecht, fazer as maiores tramoias e reunir somas inimagináveis sob o pretexto da eternização do PT no poder. Palocci poderia ser tudo, mas acaba como um triste troféu de luxo entre os presos da Lava Jato.

Tivesse mantido a aura de médico sanitarista, prefeito bem-sucedido de Ribeirão Preto (SP) e ás do diálogo e da composição, Palocci teria todas as condições para disputar a sucessão de Lula em 2010. Tinha um patrimônio pessoal: sólidas relações em três mundos cada vez mais embolados, o político, o empresarial e o financeiro. E tinha um patrimônio herdado de Lula: o crescimento econômico de 7,5% naquele ano.

Seria imbatível dentro do governo, da base aliada e do próprio PT, já que José Dirceu tinha a máquina do partido, mas jamais foi próximo o suficiente de Lula para ser lançado por ele à Presidência e começou a balançar já no início da era petista, quando seu braço direito, Waldomiro Diniz, foi flagrado pedindo propina… a um bicheiro. Dirceu foi afundando até ser tragado pelo mensalão. Quanto mais ele submergia, mais Palocci emergia.

Dirceu caiu da Casa Civil de Lula em junho de 2005 e Palocci caiu da Fazenda menos de um ano depois, metido numa casa suspeita no bairro mais rico de Brasília e em figurinos bem diferentes do jaleco do médico do bem, cara bonachão, maridão exemplar, político acima de qualquer suspeita. Segundo o caseiro Francenildo Pereira, a tal casa era usada para orgias à noite e para acomodar pastas de dinheiro durante o dia.

O destino ainda deu uma segunda chance a Palocci. Por intermédio de Lula, virou o cérebro da campanha de Dilma Rousseff, caiu nas graças dela e voltou por cima a Brasília: do antigo Ministério da Fazenda, subiu para a chefia da Casa Civil, no Planalto. Mas ele desabou de novo, agora sob o peso de contas milionárias, empresas mal explicadas e negócios esquisitos que, tantos anos depois, continuam vagando como fantasmas – dele e do PT.

O “Italiano”, como Palocci é chamado nos e-mails da Odebrecht, deveria ser o guardião da economia nacional, mas cuidava era das contas milionárias do PT e era pau para toda obra da maior empreiteira do País. É suspeito de dar jeitinhos para ajustar regras de IPI numa medida provisória, favorecer a empresa no nebuloso negócio dos navios-sonda e mergulhar até no projeto de submarinos da Marinha, o Prosub. 
Como “é dando que se recebe”, Palocci é acusado pelos investigadores de dar uma força para a Odebrecht com uma das mãos e embolsar uma gorda porcentagem com a outra.
Lá atrás, com a queda de Dirceu e de Palocci em 2005 e 2006, Lula chegou a namorar a tese de um terceiro mandato, mas os amigos e o bom senso entraram em campo para dissuadi-lo dessa saída “bolivariana” e só restou para sua sucessão em 2010 o nome de Dilma, que não tinha a liderança política de Dirceu nem a habilidade pessoal e o trânsito de Palocci. Uma tragédia.

A vida não é feita de “se”, mas impossível não derivar para uma reflexão quando Palocci é preso pela Lava Jato: se fosse realmente grande, como se imaginava, ele poderia ter sido o candidato do PT à Presidência em 2010 e toda a história poderia ter sido muito diferente. 
Mas Palocci, segundo o despacho de Moro, preferiu usar as campanhas e os mais altos cargos da República para achacar empresários, fazer negócios escusos e amealhar a bagatela de R$ 128 milhões (fora os R$ 70 milhões ainda em investigação) para o PT. Moral da história: ao tentar eternizar o partido no poder, ele se transformou no oposto – em agente decisivo para ameaçar o PT de extermínio.


02 de outubro de 2016
Eliane Cantanhêde - colunista do Estadão e comentarista do telejornal Globonews Em Pauta, da Rádio Estadão e da Rádio Metrópole da Bahia.

E PICHARAM O MONUMENTO AS BANDEIRAS...



E São Paulo acorda chocada, alguns debeis mentais, claro que com viés ideológico, resolveram pichar o monumento as bandeiras e de quebra a estátua do Borba Gato.
Já não é a primeira vez que dementes fazem o trabalho imundo de sujar monumentos históricos em SP e também no resto da Pocilga.

Só que desta vez a coisa foi mais "profissional", não foram apenas jovens emaconhados ou adolescentes abobalhados com latas de spray a pichar garranchos inteligíveis como forma de mostrar a outros tão idiotas quanto o poder e a "coragem" de sua tribo. Usaram um compressor para poderem espargir um maior volume de tinta em menor tempo. A tecnologia chegando aos imbecis.

Tribo me faz lembrar índios, e quando vejo comportamentos tais, percebo que muita gente ainda não conseguiu seguir a tal evolução humana, continuam rastejantes e abjetos bípedes carnívoros teleguiados e babacas.

As pichações são um atentado contra o patrimônio público e a história de São Paulo, mas o duro é ler em redes sociais e em alguns veículos de mídia que a pichação teve por objetivo protestar contra a escravidão de índios pelos Bandeirantes....E vejam que as Bandeiras começaram pelos meados da década de 1570 e a última que se tem notícia é de 1700.

Estudei sobre as "Entradas e Bandeiras" ainda no Grupo Escolar, matéria de ensino fundamental. E pouca coisa no ensino médio.

O que pega é que alguns filhosdaputa tarados e de péssimo comportamento social tentam justificar seus atos culpando o escravagismo promovido pelos Bandeirantes. Uma situação que ocorreu a pouco mais de 300 anos. Logo ali....

Essa baboseira começou quando o EX presidente Seboso resolveu determinar que os brasileiros tinham uma dívida histórica com os negros que foram escravos. 
O tal progressismo se pega em abominações históricas para justificar paternalismo eleitoral e agora vandalismo. E tem cretino que acredita.

A idiotia dessa turma ultrapassa todos os limites da loucura, são doentes mentais grau elevado.

E se a sociedade não reagir a altura contra essa cambada de "ZÉBUCETAS" em breve veremos movimentos contra os nomes de ruas e estradas, até cidades que levam ou fazem menção aos Bandeirantes. E não esqueçam que São Paulo era conhecido como estado Bandeirante. 

Os taradinhos da esquerda com a ajuda de outros dementes de variadas matizes ideológicas já conseguiram mudar nomes de escolas e próprios públicos que levavam nomes de generais entre outras patentes dos tempos dos governos militares. 

Muita gente em São Paulo nunca percebeu que a Capital Paulista não tem nenhum monumento ou rua com o nome do General Dutra por causa da revolução de 38. Apenas uma estrada no estado que foi construída pelo governo federal.
Não acredito nesse tipo de retaliação, contra o Dutra ou contra os Bandeirantes, o que precisamos é ter a história contada por gente que estuda com seriedade sem o viés ideológico para favorecer seus traumas partidários ou a obtusidade da própria mediocridade diante do mundo.
O mundo precisa de seriedade, estamos vivendo em um planeta chato pra caraleo onde o políticamente correto dá o tom e uma legião de descoladinhos metidos a espertos seguem a regra tornando a convivência em sociedade quase insuportável.

E na batida que vai, em breve teremos monumentos e estátuas com as imagens dos ditadores da esquerda que dizimaram milhões de pessoas ou mantiveram outros tantos milhões no regime do atraso e da falta de liberdade. Como eles gostariam de chegar a isso. 
 Não lembram que nazoropa, principalmente nos países que sofreram com o comunismo não tem nenhuma estátua dos ditadores em pé, e em alguns países o símbolo da foice e martelo é proibido. 
O comunismo foi banido e jogaram essa merda pra cima da macacada Sul Amerdicana atrasada e burra que vive de falar de bola.

Política no Brasil virou briga de torcida a história vai sendo desmontada e tudo serve como justificativa quando aparecem atos tão baixos quanto os que assistimos esta semana.
A prefeitura VERMELHA muito a contra gosto vai gastar uma bala em dinheiro público para limpar os monumentos vandalizados e alguns babacas ou sub celebridades dizendo que deveriam deixar como está. Afinal São Paulo amanheceu mais colorida. Colorido de cu é rola seu Caio Blat, sub celebridade do caraleo.

A que ponto chegou a idiotiozação dessa parcela da sociedade, são partidários do quanto pior melhor e acreditam que uma cidade emporcalhada por pichações é sinal de avanço social.

Estão apenas se comportando como os neandertais fazendo suas artes rupestres, não evoluíram uma vírgula, ainda são quase macacos, com a diferença que não moram mais em cavernas, moram nas universidades públicas. 
Ou em confortáveis apartamentos nos jardins só que precisam de uma revolução para chamar de sua.

E amanhã são bem capazes de cair de pau no novo prefeito só pq ele em vez de investir na saúde preferiu limpar o que foi vandalizado.
A que ponto chegamos.



02 de outubro de 2016
o mascate

E NÃO É QUE PARECE MESMO?

02 de outubro de 2016

AGUARDANDO O MESTRE...



02 DE OUTUBRO DE 2016

O HUMOR DO SPONHOLZ...



02 de outubro de 2016

SOBRE A PENA DE MORTE: A PROPÓSITO DO TEXTO DE FRANCISCO BENDL

UMA MENSAGEM AO AMIGO FRANCISCO BENDL SOBRE A PENA DE MORTE
Uma mensagem ao amigo Francisco Bendl sobre a pena de morte



Charge de Themis Alves (Arquivo Google)


Não, Bendl. Não, não e não. Mais uma vez, não. Bendl, como minha esposa e eu gostamos de você!. Quando conhecer você pessoalmente, primeiro vou me curvar. Depois beijá-lo. Beijá-lo muito. Vou chorar. Um dia enviei para você um livro sobre os malefícios do glúten para a saúde. Duas outras vezes liguei para tocar piano e você ouvir ao telefone. E agora mesmo estamos tratando de nossa ida até a cidade gaúcha de Santa Maria para eu tocar diante do túmulo do menino Bernardo Uglione Boldrini. De Bernardo, que lá do céu já opera milagres. E Bendl já se dispôs a tratar de tudo: hospedagem, transporte de Porto Alegre para Santa Maria, hospedagem na cidade de Rolante, onde você e sua querida família residem, aluguel do piano de cauda, afinação…

Espero repetir no cemitério municipal de Santa Maria o mesmo gesto da década de 80, quando toquei no Père Lachaise. De fraque e casaca e diante dos túmulos de Allan Kardec, Edith Piaff, Oscar Wilde, Chopin…toquei. Toquei muito e chorei. Chorei muito. Eles estavam presentes. Eles todos vivem e estão presentes. E sem você, Bendl, este meu propósito de homenagear Bernardo não seria possível. Imagine um ancião de 70 e esposa de 64, sozinhos, no Rio Grande do Sul. Sua companhia é indispensável. Uma companhia de amor. De um guardião. De um guia que tudo sabe e tudo conhece.

MISTÉRIO DA VIDA – Mas pena de morte, não, Bendl. É uma pena que a Humanidade já aboliu desde a Declaração dos Direitos Humanos e da Carta da ONU. 

Não se trata de puritanismo, e sim do que é metafísico, que vai além da limitada compreensão humana, do que é mistério, do que é sobrenatural. E assim é a Vida.

Não será porque o Poder Público é ineficaz na ressocialização daqueles que contribuíram para o desequilíbrio social que se haverá de instituir a pena capital. 

Eu briguei pela iraniana Sakineh. Ela ia ser morta por apedrejamento. Mandei um pedido de clemência ao Ayatolá supremo do Irã e a mulher foi poupada. 
Hoje, 5 anos depois, voltou à casa para perto dos filhos. Eu tentei evitar que aqueles dois brasileiros condenados à morte na Indonésia fossem mortos, mas não consegui. 
Mas continuarei empenhado da defesa intransigente da Vida.

PENA INJUSTA – A pena de morte chega a ser injusta, porque o culpado não paga pelo crime que cometeu. Simplesmente morre. Isso sem falar no erro judiciário. O que seria dos irmãos Naves, se contra ambos tivesse sido aplicada a pena de morte? Foram condenados pela morte de um homem em Araguari. Um morreu no cárcere. Outro, do cárcere sobreviveu. Depois, o “morto” apareceu, belo, formoso e rico, na mesma Araguari.

Bendl, você é um cristão. É um ex-aluno de Dom Bosco. Por muitos anos estudou no Colégio Salesiano de Brasilia, cidade sonhada e profetizada por Dom Bosco. 

Bendl, apesar de toda a sua santa ira, sua revolta, que é sua e de todos nós, recuse a pena de morte. Viver já é morrer. 
Não é esta vida um “vale de lágrimas” como diz a Oração Salve Rainha? Eis um trecho: “a vós bradamos os degredados filhos de Eva, a vós suspiramos gemendo e chorando neste vale de lágrimas..”.

Bendl, saúdo o Espírito Infinito que habita dentro de você.



02 de outubro de 2016
Jorge Béja

NO ESQUEMA DE PALOCCI,O MARQUETEIRO JOÃO SANTANA RECEBEU US$ 16,6 MILHÕES


Resultado de imagem para palocci charges
Charge do Sponholz (sponholz.arq.br)
Os investigadores da Operação Lava Jato que atuam no caso das propinas destinadas ao ex-ministro Antonio Palocci, via Setor de Operações Estruturadas da Odebrecht, identificaram que um dos destinatários finais do dinheiro seria o marqueteiro do PT João Santana, responsável pelas campanhas eleitorais de Dilma Rousseff (2014 e 2010) e Luiz Inácio Lula da Silva (2006).
A força-tarefa ainda não sabe quanto dos R$ 128 milhões da conta “Italiano” eram responsabilidade de cada subsidiária da Odebrecht. Para os investigadores, todas as unidades do Grupo Odebrecht, incluindo a petroquímica Braskem, associada à Petrobras, colocavam recursos no caixa para custear as propinas e pagamentos de campanhas eleitorais e doações a partidos – legais e de caixa-2.
Entre 2004 e 2014, a Polícia Federal estima que foram pagos R$ 1 bilhão em propinas somente referente aos contratos com a Petrobrás – R$ 35 bilhões, ao todo, em dez anos. O cálculo, não inclui valores da Braskem, que agora é foca das apurações, nem contratos em outras estatais e governos. Só João Santana, recebeu US$ 16,6 milhões na rubrica “Feira”.
Os dois principais episódios destacadas pela Lava Jato de suposta atuação de Palocci em favor da Braskem, que justificariam os pagamentos de propinas, são dos períodos em que Palocci era deputado federal, entre 2006 e 2010 (segundo mandato de Lula), e como consultor, em 2013, após ele ter que deixar o cargo de ministro da Casa Civil do primeiro governo Dilma.
DUAS INICIATIVAS – O primeiro episódio envolve a tentativa de adequação do texto da medida provisória (MP) 460, de 2009, e o segundo sobre o Regime Especial da Indústria Química (Reiq), implementado pela Lei nº 12.859, em 2013. Em anotações, Odebrecht relacionou o tema “como um dos ‘créditos’ a serem utilizados para pagamentos ilícitos”, conforme destaca o MPF no pedido de prisão de Palocci.
O caso da medida provisória foi usado no pedido de prisão como “exemplo claro” da atuação de Palocci, revelada nos contatos mantidos entre executivos da Odebrecht, de que ele teria feito “uso de seu poder político e de sua influência sobre as altas autoridades federais”. O objetivo era favorecer a Braskem “mediante concessão de créditos prêmios de IPI na Medida Provisória nº460/2009”.
MEDIDA PROVISÓRIA – Como deputado federal e ex-ministro, Palocci teria atuado para a medida que fosse aprovada no Congresso e depois sancionada pela Presidência com item que previa o reconhecimento do benefício de crédito-prêmio do IPI (Imposto sobre Produto Industrializado) até o ano de 2002. “Caso aprovada a medida provisória com o reconhecimento do direito à fruição do crédito prêmio do IPI, os exportadores (dentre os quais se enquadram as empresas do grupo Odebrecht) obteriam vantagem econômica equivalente a bilhões de reais”, afirma a procuradora da República Laura Tessler.
Um e-mail usado como prova, é de junho de 2009. Odebrecht avisa executivos do grupo que teria um encontro com Palocci. “Italiano pediu para estar comigo 2ª as 11hs. Imagino que se por termos acordado que antes da reta final nos alinhariamos qt a contrapartida”.
Para a Lava Jato, o empreiteiro tinha ciência que Palocci, “agente umbilicalmente ligado ao governo federal da época, solicitaria contrapartida financeira indevida”. “Em razão da atuação do agente nas questões que objetivam a aprovação de medidas tributárias favoráveis à empresa.” A reunião teria ocorrido na “reta final” da decisão sobre a MP 460/2009.
E-MAIL REVELADOR – Um documento anexado aos autos que reforçaria as suspeita de atuação de Palocci em favor da Braskem. É um e-mail enviado por executivo da Braskem para Odebrecht. “Os documentos encaminhados a Marcelo Odebrecht e que ele desejava que fosse entregues a Antonio Palocci. Tratam-se de minutas do projeto de lei de conversão da MP 460/09 modificados por Gustavo Sampaia Valverde, executivo da Braskem”, escreve a força-tarefa.
A atuação de Palocci, considerada prática ilícita pela Lava Jato, não resultou na conversão da medida provisória em lei da forma que Odebrecht e os executivos da Braskem esperavam. Em e-mails trocados por Odebrecht e executivos da Braskem no dia 13 de agosto, eles mostram descontentamento quando teriam verificado que a “versão da Medida Provisória aprovada pelo Congresso não asseguraria ao Grupo Odebrecht a vantagem econômica ilícita esperada e previamente pactuada com Antonio Palocci”.
FAVORECIMENTO – Para o MPF, a “menção à sigla BK, em referência à Braskem, como fonte de receita para pagamentos ilícitos, encontra correspondência no fato de que a empresa petroquímica do grupo Odebrecht foi favorecida indevidamente na questão de contrato de fornecimento de nafta da Petrobrás para a petroquímica – fato este que já resultou em condenação”, registra a Procuradoria.
O presidente afastado da Odebrecht, Marcelo Odebrecht, e executivos do grupo já foram condenados pelo juiz federal Sérgio Moro em um processo em que foi considerado o pagamento de propina ao ex-diretor da Petrobrás Paulo Roberto Costa – primeiro delator da Lava Jato. Ele, que foi membro do Conselho de Administração da Brasken, confessou que recebeu valores por benefícios obtidos pela empresa nas negociações de compra de nafta – matéria prima derivada do petróleo – adquirida da Petrobrás.

02 de outubro de 2016
Ricardo Brandt, Fausto Macedo, Julia Affonso e Mateus Coutinho
Estadão

O DILEMA DA SAÚDE

SÃO PAULO - Existem situações em que o administrador público sempre perde. O caso clássico é o do bebê doente que precisa de um remédio de alto custo não coberto pelo sistema de saúde. Se o gestor segue as regras e nega o tratamento, será visto como um monstro insensível à dor da família. Se, por outro lado, ele autoriza a compra do fármaco, será censurado por ter agido de forma antirrepublicana, passando por cima dos interesses de um número muito maior de pacientes que não padecem de moléstias midiáticas.

É bem esse o dilema dos ministros do STF que julgam a chamada judicialização da saúde. Serão criticados por qualquer decisão que tomem. Ou estarão privando alguns doentes com nome, rosto e história do direito à saúde, ou estarão agindo de forma fiscalmente irresponsável, o que, ao fim e ao cabo, também resulta em subtrair direitos vitais a um um conjunto anônimo de pacientes.

O fato de não haver como o tomador da decisão ficar bem na foto não significa que não exista uma decisão certa. Por mais difícil que seja fazê-lo, agentes que atuam em nome do Estado precisam despir-se de todas as emoções e preferências e pautar suas escolhas pelo princípio utilitarista do "maior bem para o maior número de pessoas", permanecendo deliberadamente cegos para a identidade dos indivíduos envolvidos.

Na prática, penso que os ministros precisam, sim, limitar a possibilidade de pacientes conseguirem na Justiça acesso a tratamentos não previstos no SUS, que deve permanecer universal, isto é, prestando os atendimentos a todos, sejam eles ricos ou pobres. O que os magistrados poderiam cobrar do Ministério da Saúde é que desenvolva um mecanismo para avaliar rapidamente a incorporação de novos medicamentos e terapias ao SUS, segundo critérios transparentes de custo e benefício. Existe hoje toda uma família de ferramentas estatísticas, como Qaly, Daly e Haly, que ajudam nessas decisões.



02 de outubro de 2016
Hélio Schwartsman, Folha de SP

SUPERAR O PROVINCIANISMO

Se o governo for bem-sucedido nos aspectos centrais do plano, são grandes as chances de superar o provincianismo terceiro-mundista que tanto marcou as relações externas do Brasil na última década

Na abertura da reunião do Conselho da Câmara de Comércio Exterior (Camex), o presidente Michel Temer delineou as diretrizes da política que pretende implantar para, em suas palavras, “restaurar a centralidade do comércio e dos investimentos no conjunto das políticas de desenvolvimento do País”. Se o governo for bem-sucedido nos aspectos centrais do plano, são grandes as chances de superar o provincianismo terceiro-mundista que tanto marcou as relações externas do Brasil na última década.

O que de mais importante se ouviu do presidente foi a intenção de restabelecer o pragmatismo no comércio exterior, retirando-o do atoleiro ideológico ao qual o lulopetismo o condenou. Em lugar de privilegiar acordos e negócios com países que pouco têm a oferecer ao Brasil além de duvidosas afinidades, o novo modelo obrigará o País a buscar as melhores oportunidades onde quer que elas estejam. O objetivo é fazer do comércio exterior um dos pilares da retomada do crescimento econômico e da geração de empregos. Como disse Temer, “essa é a demanda número um da sociedade brasileira”, e não o atendimento de interesses político-partidários, como se verificou durante os governos lulopetistas.

Embora se esteja apenas no terreno dos simbolismos e das boas intenções, os primeiros gestos do novo governo denotam real intenção de conferir substância aos anunciados objetivos. Em primeiro lugar, o próprio Michel Temer assumiu a presidência da Camex, um modo institucional de demonstrar que o estabelecimento de políticas de comércio exterior será decisão de Estado em seu mais alto nível.

O mesmo se deu com a gestão da Agência de Promoção de Exportações (Apex-Brasil), entregue ao ministro das Relações Exteriores, José Serra, conhecido por defender enfaticamente uma mudança drástica de rumos no comércio exterior e que recentemente se disse guiado “pelo pragmatismo e pela busca de resultados palpáveis”. Conforme o decreto que modificou as funções da Apex, a agência deixará de ser mera fomentadora de “atividades de exportação que favoreçam empresas de pequeno porte e geração de empregos” e passará a enfatizar “ações estratégicas que promovam a inserção competitiva das empresas brasileiras nas cadeias globais de valor, a atração de investimentos e a geração de empregos”, além de “apoiar as empresas de pequeno porte”. Trata-se de um objetivo muito mais ambicioso, condizente com o tamanho e o potencial da economia brasileira e alinhado com as exigências atuais do comércio internacional.

O caminho, contudo, é muito longo. Tanto Temer como Serra, em discursos recentes, lembraram que o Brasil, hoje, é apenas o 25.º exportador mundial. Não se chega a essa posição por acaso. Foram necessários anos de negligência, políticas erráticas e visão estreita para que o País ficasse tão para trás no comércio global. Temer não deixou de citar essa herança desastrosa: “Precisamos romper o relativo isolamento externo dos últimos anos. Negociamos poucos acordos, insuficientes em número e em impacto efetivo sobre nosso intercâmbio com o resto do mundo”. O presidente prometeu acelerar negociações entre o Mercosul e a União Europeia, “aprofundar conversas com outros parceiros” e recolocar o Mercosul “no caminho da normalidade”.

É um desafio e tanto. Para que o País seja bem-sucedido nessa seara, porém, não bastam medidas comerciais pontuais ou mesmo uma estratégia proativa nas relações exteriores. É preciso reduzir urgentemente o “custo Brasil” – somatório de deficiências estruturais que resulta no encarecimento dos produtos brasileiros no exterior. E isso passa necessariamente pela retomada da estabilidade fiscal e a consequente recuperação da capacidade de investimento, em especial em infraestrutura. Tudo isso torna mais urgentes as medidas de restauração das finanças públicas e da responsabilidade administrativa, sem as quais o Brasil não reunirá condições para sair do patamar internacional medíocre em que o lulopetismo o deixou.



02 de outubro de 2016
Editorial Estadão

SANEAR PROJETOS E GESTÃO

Assim como ocorre com a má qualidade do ensino público no Brasil, é consensual o imperativo de eliminar o intolerável atraso do país no saneamento básico. Do consenso à consequência subsiste um largo caminho, entretanto, que o Estado tem enorme dificuldade em transpor.

A radiografia do fracasso vai delineada com clareza no último relatório "De Olho no PAC" (2009-2015), que o Instituto Trata Brasil vem de publicar. Sob a mira do levantamento estavam 340 obras listadas nas duas fase do Programa de Aceleração do Crescimento, PAC-1 (2007-2010) e PAC-2 (2011-2015).

O destaque conferido ao saneamento básico (redes de água e coleta e tratamento de esgotos) no PAC despertou a expectativa de que os governos federal, estaduais e municipais se dedicariam a zerar o atraso. Segundo o Trata Brasil, ainda temos 35 milhões de pessoas sem acesso à rede de água, mais de 100 milhões sem coleta de esgotos e meros 40% dos dejetos tratados.

A expectativa se ancorava, em grande medida, em vultoso montante de recursos. As 340 obras representam investimento total de R$ 22 bilhões. A maior parte disso viria de financiamentos da Caixa Econômica Federal (55%), cabendo o restante à União (25%) e ao BNDES (20%).

O levantamento revela, porém, que apenas 36% das obras estavam concluídas em 2015. Outros 39% ainda se encontravam em andamento (não raro com atraso). Pior: 11% nem mesmo haviam sido iniciadas e 14% se achavam paralisadas. Recursos ociosos, que naquela altura somavam R$ 5,7 bilhões.

Quase metade (45%) do planejado ainda no PAC-1 se achava paralisado ou em execução. Na região Norte, que exibe os piores índices de saneamento, 38% das obras de água nem sequer estavam em andamento em 2015, mesma situação de 25% daquelas relativas a esgotos.

De qualquer ângulo que se considere, ao desastre sanitário se sobrepõe o administrativo. Em contato com os tomadores dos recursos, os autores do estudo pediram que se indicassem os motivos do atraso, e as falhas de gestão emergem em meio à turbidez geral.

Entre as razões alegadas se destacam demora na liberação de recursos pelo Ministério das Cidades, inadequação de projetos, tropeços no licenciamento ambiental, renegociação e rescisão de contratos.

O de sempre, em resumo. Para tirar o Brasil dessa insalubridade ao estilo do século 19, será preciso depurar a burocracia estagnada e sanear os projetos de engenharia.



02 de outubro de 2016
Editorial Folha de SP

TESOURO NÃO AGUENTA PESO DE PENSÕES E OUTROS BENEFÍCIOS

A reforma da Previdência e o teto dos gastos monopolizam as atenções, mas há muito também a ser feito numa regulação sensata de diversos gastos ditos sociais

O foco das discussões sobre o ajuste das contas públicas está muito centrado no teto dos gastos — fundamental para conter a tendência suicida de as despesas crescerem à frente do PIB e da inflação — e na reforma da Previdência, devido aos déficits galopantes, e também por interessar de forma muito direta à população. São mesmo dois pilares na rearrumação estrutural da economia brasileira, mas não esgotam o trabalho a ser feito neste campo dos gastos ditos sociais. Como O GLOBO mostrou ontem, há outras rubricas de despesas sob este amplo e generoso guarda-chuva, em que também o descontrole é gritante e, por isso, não podem deixar de ser revistas.

Uma das causas das despesas crescentes nesse bloco de gastos é o Benefício de Prestação Continuada, incluído na Lei Orgânica de Assistência Social (Loas). Em 2014, última estatística disponível, o Tesouro gastou, com este programa, R$ 35 bilhões, mais que o conhecido Bolsa Família.

É uma pensão a que tem direito toda pessoa com mais de 65 anos que se autodeclare de baixa renda. Passa a receber um salário mínimo mensal. Sem ter feito qualquer contribuição para tal, é claro. Em dez anos, de 2004 a 2014, o gasto foi multiplicado por mais de três. E a quantidade de beneficiários passou de dois milhões para quatro milhões. Dobrou.

Outro saco sem fundo é a aposentadoria rural. Qualquer suposto agricultor que for ao INSS com a declaração de algum sindicato rural, atestando que ele de fato labutou no campo, ganha a aposentadoria. Tenha ou não contribuído para ela.

Há ainda as pensões, responsáveis por um gasto de R$ 104 bilhões no ano passado. E não para de crescer, como todas essas despesas ditas sociais. Quando Joaquim Levy foi ministro da Fazenda de Dilma Rousseff, ele tentou no Congresso, sem maior êxito, moralizar a concessão dessas pensões.

Havia, como em outros casos, “jabuticabas”, algo genuinamente brasileiro, nesses benefícios. Por exemplo, pensões integrais independentemente da idade da viúva e do número de dependentes. Sabe-se que no Nordeste homens idosos, segurados do INSS, passaram a ser cortejados por mulheres jovens — candidatas a viúvas pensionistas.

Há, portanto, muito espaço para avançar em reformas mais do que sensatas nesses incontáveis programas sociais. Uma das frentes a atacar — sabe o próprio governo — é acabar com a indexação de vários desses benefícios pelo salário mínimo. O ideal seria acabar em todos.

No pano de fundo desta farra cujo desfecho é a atual crise fiscal, está o grande equívoco cometido com a Constituição de 88, sustentada na visão míope de que cabe exclusivamente ao Estado patrocinar programas que erradiquem a pobreza. Esqueceram-se do custo, e de como financiá-lo. Hoje, está claro que ele é insustentável. E que sem que houvesse um ambiente econômico estimulador dos negócios não haveria renda capaz de financiar esse projeto, na verdade, em si, inviável. É certo que a miséria precisa de ações públicas para ser mitigada. Porém, o melhor caminho para debelação da pobreza é pela educação e pelo emprego.

A crise fiscal, portanto, é também fruto da falência da visão social e estatista da Carta de 88, um marco muito positivo no restabelecimento dos direitos políticos, mas desastroso no campo dos benefícios sociais.



02 de outubro de 2016
Editorial O Globo

PIOR DO QUE ESTÁ NÃO FICA

Mesmo com as levas de réus da Lava Jato, as prisões de figurões, a crise econômica e as eleições municipais, que estão bem aí, não se pode passar batido por um debate que não diz respeito (só) ao presente, mas projeta o futuro: a reforma do ensino médio. Essa é uma antiga reivindicação consensual dos educadores e está calcada na flexibilização e atratividade dos currículos escolares. Que, convenhamos, já vêm tarde.

O que importa é manter longe da contaminação partidária uma discussão que parte de duas premissas: o prestígio ao professor e o estímulo ao aluno. Aliás, o Plano Nacional de Educação (PNE) foi debatido entre 2010 e 2014 por entidades, municípios, Estados e fóruns do PT e foi aprovado pela então presidente Dilma Rousseff, que, inclusive, defendeu a flexibilização na campanha eleitoral, como comprovam vídeos na internet. Logo, a reforma não é do DEM do ministro Mendonça Filho nem do PSDB da secretária executiva Maria Helena Guimarães de Castro, como não era do PT de Dilma. É uma necessidade.

O que diz o PNE, na sua meta 3.1? Defende “currículos escolares que organizem, de maneira flexível e diversificada, conteúdos obrigatórios e eletivos articulados em dimensões como ciência, trabalho, linguagens, tecnologia, cultura e esporte...”. Ou seja, evoluir de currículos engessados para uma flexibilidade e diversificação que motivem professores e alunos. Em 2015, eram cerca de 13 milhões de alunos no primeiro ano do ensino médio, 1,75 milhão no segundo e 1,5 milhão no terceiro. Entre os motivos da evasão, o desencanto, a dificuldade. Imagine um jovem saído de um ensino básico precário e obrigado a estudar química e biologia, quando ele quer a área de humanas. É melhor criar condições para esse jovem traçar seu projeto de vida, inclusive no ensino profissionalizante. Ele sai com um diploma que lhe abre as portas para uma carreira e/ou a universidade.

Pelo Ideb, só 11% dos alunos têm desempenho adequado em matemática e só 27% em português, as duas disciplinas obrigatórias em currículos e na vida. “Foi tristíssimo”, diz Maria Helena, explicando que a prioridade original era mexer no ensino básico, mas, diante desse resultado, o MEC decidiu apressar a reforma do ensino médio – e por medida provisória, que também exige debate e consensos, mas tramita mais rápido, sem ficar tão a reboque de teto fiscal, reforma da Previdência...

Como sempre, o governo deu munição aos adversários ao deixar a impressão inicial de querer acabar com artes e educação física, quando se tratava de um detalhe técnico, jurídico, na redação da MP. Curiosidade: um filho de Maria Helena, Aluizio, hoje na área de marketing de um grupo de ensino, foi campeão brasileiro de triatlo e é formado em... Educação Física. Ai dela se ousasse acabar com a disciplina.

Segundo a secretária, o objetivo é “combater a fragmentação e superficialidade que fazem com que os alunos saiam do ensino médio sem saber nada de nada, porque o que a escola oferece é um picadinho, um pot-pourri de conteúdos que não se conectam entre si, não fazem sentido nem despertam o interesse do aluno”. Quem discorda?

O Cenpec, importante na área, é a favor da flexibilização curricular, mas teme que a reforma possa “acirrar as desigualdades escolares”, pois as escolhas dos jovens dependem de “sua condição social, das oportunidades que tiveram ao longo da vida”. É uma advertência válida, mas a secretária rebate: “É impossível aumentar mais a desigualdade que já existe. Não vai aumentar a desigualdade e sim as oportunidades”. O mais importante é acompanhar, compreender, prestigiar o professor e defender o estudante, para avançar. Como diria o “filósofo” Tiririca, “pior do que está não fica”. Que se debata o bom debate!



02 de outubro de 2016
Eliane Cantanhede, Estadão

A DECADÊNCIA QUE DILMA LEGOU

Os relatórios dos últimos cinco anos sobre a competitividade global preparados pelo Fórum Econômico Mundial (WEF, na sigla em inglês) mostram de maneira evidente a rápida decadência do Brasil no cenário internacional. São, por isso, um retrato em números da desgraça que, de maneira sistemática e eficaz, a gestão Dilma Rousseff impôs à economia brasileira com suas irresponsáveis políticas fiscais e supostamente desenvolvimentistas. Embora tradicionalmente pouco competitivo em razão de problemas estruturais há muito conhecidos, o Brasil vinha recuperando posições na classificação mundial até o primeiro ano do governo Dilma. Desde então, porém, vem despencando. Perdeu 33 posições entre 2012 e 2016, ano em que ficou em 81.º lugar entre 138 países. É o pior desempenho do País desde 2007, quando a pesquisa foi iniciada.

Ao desastre que a gestão dilmista foi para a economia brasileira e para as finanças públicas somou-se, nos últimos anos, a revelação do imenso esquema de pilhagem de recursos que o governo do PT instalou na Petrobrás e em outras empresas controladas pelo Estado, para financiar o projeto do partido de manter-se indefinidamente no poder. O bilionário desvio de dinheiro beneficiou o principal partido do governo e seus aliados, além de dirigentes partidários, funcionários públicos e empresas que prestaram serviços ao governo federal.

Desse modo, aos problemas tradicionalmente enfrentados pelos investidores para atuar na economia brasileira a gestão lulopetista, sobretudo durante o governo Dilma, acrescentou outros, citados com destaque no relatório de competitividade de 2016 entre os fatores negativos que fizeram cair a classificação do Brasil, como a deterioração da qualidade da administração do setor público. Obviamente, quanto mais corrupto o governo, menos confiança ele inspira nas pessoas que precisam tomar decisões sobre projetos de longo prazo. Assim, no quesito instituições, um dos utilizados na pesquisa do WEF, o Brasil ocupa apenas a 120.ª posição entre os países relacionados.

O fracasso da política econômica do governo Dilma, expresso de maneira óbvia na longa e intensa recessão em que o País continua mergulhado, igualmente afetou, e muito, a classificação brasileira no ranking mundial de competitividade. A retração dos mercados de trabalho (com o desemprego atingindo atualmente mais de 11 milhões de trabalhadores), de bens e serviços e financeiro tornou pior a avaliação do Brasil em vários itens utilizados pelo WEF. Quanto ao ambiente de negócios, um dos principais itens para se avaliar a competitividade de uma economia, o Brasil é apenas o 128.º colocado. Em eficiência do mercado de trabalho, ocupa o 117.º lugar. Esta última classificação é mais um fator a demonstrar a urgência da reforma da legislação trabalhista, para torná-la mais adequada às profundas transformações por que passou e vem passando o mercado de trabalho em todo o mundo.

Problemas antigos, como excesso de burocracia, precariedade da infraestrutura, altos encargos trabalhistas, estrutura tributária complexa e baixa capacidade de inovação, também tiveram alguma influência na péssima classificação do Brasil no ranking de competitividade. Agora, o País é o pior entre os Brics (grupo que inclui Rússia, Índia, China e África do Sul). Na América Latina, o Brasil está à frente apenas da Argentina (104.º colocado) e da Venezuela (130.º).

Se há um lado positivo no relatório de 2016 do WEF é o fato de que os recentes e poderosos fatores que fizeram despencar a classificação do Brasil tendem a perder força com o afastamento definitivo do PT do poder e a posse de Michel Temer na Presidência da República. Eliminou-se de imediato um forte elemento de instabilidade institucional e criou-se a expectativa de que, com a nova gestão, os graves erros do passado recente serão corrigidos e mudanças para melhorar o ambiente para a atividade econômica serão feitas.



02 de outubro de 2016
Editorial Estadão

O EX-FUTURO PRESIDENTE IDEAL

Palocci trocou, duas vezes, por dinheiro e por mulheres, a chance de mudar a História do Brasil

Do início do governo Lula até o mensalão, me tornei um grande admirador de Antonio Palocci, imaginava que ele poderia suceder Lula em 2006, estava disposto não só a votar como a fazer campanha para ele. Em contraste com a grossura e a bravataria de Lula, ele era sóbrio e eficiente, de uma discreta simpatia interiorana, habilíssimo em negociações políticas e na condução da economia, um moderado moderno, inteligente e competente, com prestígio politico, experiência administrativa e credibilidade com o empresariado e com todos os partidos. O presidente ideal, que muita gente, até quem não gostava do PT, sonhava. Uma espécie de síntese dialética de Lula e FHC.

Palocci falava, e pensava, com clareza e precisão desconhecidas por Dilma, apesar da língua presa, que não impediu Lula de ser presidente e Cazuza um popstar. É melhor que língua solta e rabo preso.

Como leitor de romances, fiquei fascinado com o escândalo da “casa dos prazeres” da turma de Ribeirão Preto, regado a garotas bonitas e bons negócios, mas, como eleitor, fiquei arrasado quando Palocci caiu. Não porque estava roubando, fraudando licitações ou arrecadando dinheiro para o partido, pensava-se, caiu por medo da mulher, do que teria que dizer em casa, “pela família”. E perdeu a chance de ser candidato a presidente, com apoio até de parte da oposição.

Para piorar, foi vítima da delação de seu aliado Rogério Buratti, a quem havia recomendado entusiasticamente uma das garotas da casa. Buratti gostou tanto que se apaixonou e rompeu um casamento de 20 anos para se casar com ela. E ficou com ódio eterno de Palocci ...rsrs.

Estava liquidado. Mas não, ele foi decisivo para a eleição de Dilma, ganhou poder e autoridade, e era uma esperança de competência e sensatez na Casa Civil. Poderia ter minimizado os desatinos de Dilma e talvez impedido a grande gastança e a contabilidade criativa. E se credenciado para sucedê-la.

Mas não, preferiu faturar 20 milhões de reais com consultorias duvidosas. Trocou, duas vezes, por dinheiro e por mulheres, a chance de mudar a História do Brasil. E acabou preso. Que história !



02 de outubro de 2016
Nelson Motta, O Globo

O PADRÃO POLÍTICO DO PT

Um fenômeno relevante nos 36 anos de existência do PT ajuda a entender os desvios da trajetória político-programática estabelecida na fundação do partido

A decisão unânime da 2.ª Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) de aceitar a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) e seu marido, o ex-ministro dos governos petistas Paulo Bernardo, por corrupção e lavagem de dinheiro, reflete uma realidade que se enquadra no “contexto de corrupção sistêmica dentro da Petrobrás”, de acordo com entendimento do ministro-relator Teori Zavascki. Essa realidade, que o acúmulo de evidências torna irrefutável, na verdade extrapola o âmbito da Petrobrás e se estende a todo o aparato governamental da era lulopetista. Reflete o método político pelo qual Lula e seu PT optaram, na desastrada tentativa de consolidar um projeto de poder populista.

Chamado a prestar contas à Justiça, o casal de militantes petistas – ela senadora, com passagem pela chefia da Casa Civil de Dilma; ele quadro partidário de primeira linha do lulopetismo, ministro do Planejamento (2005 a 2011) e das Comunicações (2011 a 2015) – surge como símbolo da impostura de um partido político que chegou ao poder prometendo impor padrões morais rígidos à gestão da coisa pública e de ser um defensor intransigente das classes menos favorecidas, provedor infalível e generoso de suas necessidades materiais.

Um fenômeno relevante nos 36 anos de existência do PT ajuda a entender os desvios da trajetória político-programática estabelecida na fundação do partido. Numa primeira etapa, intelectuais e líderes religiosos que haviam ajudado a fundar o partido e a consolidar suas primeiras conquistas foram praticamente expulsos de suas fileiras pela ala sindical, mais rude e direta. Em seguida, após se ter transformado em partido eleitoralmente competitivo e depois de ter conquistado o Planalto, o PT passou a sofrer defecções importantes no seu quadro de lideranças, motivadas pela decepção com os novos caminhos que estavam sendo trilhados sob o comando de Lula e José Dirceu. A liderança remanescente acomodou-se sem maiores problemas em conveniente tolerância à adesão de Lula às práticas políticas de seus novos aliados, que no passado condenara com veemência. Essa gente sempre soube que corrupção é crime. Apenas passou a admitir que é impossível governar sem concessões a ela.

Os resultados da “luta em benefício das causas populares” foram a gastança descontrolada dos recursos públicos, a “nova matriz econômica” que resultou na recessão econômica, no estouro da inflação – que afeta principalmente os mais pobres – e nos mais de 12 milhões de desempregados em todo o País.

O casal Gleisi e Paulo Bernardo simboliza quase à perfeição o substrato do lulopetismo, que tem como uma de suas características mais marcantes a hipocrisia. A senadora, que como dirigente da cúpula partidária e ex-chefe da Casa Civil convivia necessariamente com a corrupção generalizada no governo, teve a ousadia de proclamar, no plenário do Senado, que ali ninguém tinha “autoridade moral” para julgar Dilma Rousseff. E, ao saber que se tornara ré no STF, afirmar que, finalmente, poderia contar a seu favor com o “benefício da dúvida” que lhe teria sido negado na fase de investigação da Lava Jato.

O ex-ministro do Planejamento, por sua vez, fez mais. Estava à frente da pasta quando o “governo popular” implantou a cobrança de uma taxa debitada compulsoriamente na conta de todos os aposentados beneficiários de crédito consignado. Um golpe que possibilitou a arrecadação de R$ 100 milhões que teriam sido destinados aos cofres do PT, descontada a milionária comissão que teria sido embolsada. A investigação relativa a esse golpe, por conta do qual Paulo Bernardo passou alguns dias encarcerado em junho último, não é a mesma que agora leva o STF a transformá-lo em réu. Essa é relativa à acusação de que ele teria recebido dinheiro do esquema do petrolão para abastecer a candidatura de sua cara metade ao Senado, em 2010.

Em seu relatório a favor do recebimento da denúncia, o ministro Zavascki destacou que se sentia à vontade para acolher o pedido da PGR porque evidências contidas no processo vão “muito além das declarações prestadas em colaboração premiada”. Poderia ter dito, em outras palavras, que o jeito petista de fazer política é reconhecível à primeira vista.


02 de outubro de 2016
Editorial Estadão

O BRASIL PRECISA DE GOVERNANTES QUE APENAS SAIBAM O QUE É CERTO OU ERRADO

Frase de Chico Xavier, reproduzida do Goo

Imerso em meus pensamentos, antes de decidir em quem votar para prefeito e vereador no ainda belíssimo e mal administrado Rio de Janeiro, já tendo atingido a idade média de longevidade do homo sapiens tropicalista (daqui para frente, tudo é lucro…), prestes a completar 50 anos de jornalismo de política, fico a constatar nas contradições da vida moderna, que são mais ainda gritantes numa estranha nação como o Brasil, o quinto maior em território e número de habitantes, a oitava economia, o país que reúne as melhores condições de desenvolvimento no planeta, em função de suas riquezas naturais, mas não consegue deslanchar, devido à mediocridade de seus governantes.

A lista de candidatos é desalentadora. Com toda certeza, os melhores e mais capacitados cidadãos não estão relacionados. Muito pelo contrário, a grande maioria é formada de pessoas sem a devida qualificação, que se apresentam como candidatos por mero oportunismo, sem falar nos políticos profissionais, os modernos coronéis do asfalto, que fingem representar o povo, além dos milicianos, que desempenham idêntico papel, vejam a que ponto chegamos.

EXISTE MERITOCRACIA? – O fato concreto é que nossos políticos insistem em tentar manter a convivência da riqueza total com a miséria absoluta, é claro que se trata de uma mistura explosiva, qualquer idiota percebe que isso não pode dar certo. Como uma pessoa rica pode ser feliz como sua consciência, vivendo em meio a uma população que abriga miseráveis em cada esquina? Como podem classificar essa situação de meritocracia?

Pessoalmente, estou livre desse tipo de angústia. Minha mãe diz que desde pequeno eu sempre fui comunista, preocupado com as injustiças do mundo e o bem estar dos menos favorecidos. E continuo assim. Mas sei que não existe um partido comunista de verdade no Brasil, como nunca existiu uma experiência verdadeira de comunismo no mundo, e hoje já me contento com oportunidades iguais de ensino, assistência médica universal, uma moradia sólida para todas as famílias, assistência social aos mais carentes, para que não há crianças nem adultos morando nas ruas. Apenas isso.

TRIBUTO A MARX E ENGELS – Meu comunismo pragmático hoje não me pede muita coisa, porque aceito todos os pontos positivos do capitalismo, acredito que Marx e Engels hoje procederiam assim e continuariam a lutar pela liberdade de imprensa, como sempre fizeram. Injustamente, são acusados de totalitarismo, embora os dois geniais pensadores sempre tenham sido libertários. Se estivessem vivos e morassem na União Soviética no regime stalinista, não há dúvida de que teriam sido confinados na Sibéria.

Minha filha se surpreendeu outro dia ao saber que sou comunista. Jamais tentei doutriná-la. Cada um deve seguir suas convicções. Ao mesmo tempo, sou religioso, respeito todas as religiões e sigo a linha doutrinária de Lao Tsé, Buda, Sócrates e Cristo, os quatro maiores pensadores sociais da História da Humanidade, cujos ensinamentos Marx e Engels tentaram seguir, não existe a menor dúvida sobre isso.

MENSAGEM DE CHICO XAVIER – Para fortalecer minhas convicções, recebi por e-mail a mensagem “As Três Escolhas”, extraída da obra “O Essencial”, de Emmanuel, psicografada por Chico Xavier, Por favor, leiam e tirem suas conclusões:

O discípulo apresentou-se ao orientador cristão e indagou: “Instrutor, em sua opinião, qual é a lei que englobaria em si todas as Leis de Deus?”

O interpelado respondeu: “A Lei do Bem”.

“Entretanto”, ressalvou o aprendiz, “quem diz ‘lei’ refere-se a clima de ação que todos devemos observar”.

“Isto mesmo”, foi a resposta. E o discípulo insistiu: “Nesse caso, onde ficaria o livre-arbítrio?”

O orientador fez uma pausa e explicou: “O livre-arbítrio é concedido a todas as criaturas conscientes, porquanto, ‘a cada espírito será dado o que lhe cabe receber, conforme as próprias obras’. O Criador, porém, não é autor de violência. Por isso, até mesmo ante a Lei do Bem, a pessoa humana dispõe de três opções distintas. Poderemos segui-la, parar na senda evolutiva, de modo a não segui-la, ou afastarmo-nos dela pelos despenhadeiros do mal”.

“Instrutor amigo, esclareça, por obséquio, a que resultados nos levam as três escolhas referidas?”, insistiu o aluno.

O mentor aclarou, com serenidade: “Os que observam a Lei do Bem se encaminham para as esferas superiores; os que preferem descansar em caminho, por vezes se demoram muito tempo na inércia, retornando a marcha com muitas dificuldades para a readaptação às tarefas da jornada; e os que se distanciam voluntariamente, nos resvaladouros do desequilíbrio, muitas vezes, gastam séculos, presos nos princípios de causa e efeito, até que, um dia, deliberem aceitar a própria renovação… Compreendeu?”

O aprendiz fez leve movimento afirmativo e começou a pensar sobre o livre-arbítrio.


02 de outubro de 2016
Carlos Newton

QUE VERGONHA! A GUERRILHEIRA CAVIAR SABE CUIDAR BEM DA PRÓPRIA VIDA! MAS A DOS BRASILEIROS, Ó!

DILMA TAMBÉM DEVE SER DENUNCIADA NO ESQUEMA DA SUA APOSENTADORIA
GABAS 'MEXEU OS PAUZINHOS' PARA APOSENTAR DILMA EM UM DIA



GABAS, EX-MINISTRO, E DILMA: APOSENTADORIA QUE LEVA NO MÍNIMO 115 DIAS, PARA ELA SAIU EM UM DIA. (FOTO: ROBERTO STUCKERT FILHO)

Procuradores do Ministério Público Federal avaliam a inclusão da ex-presidente Dilma Rousseff entre os acusados de vários crimes, incluindo improbidade administrativa, em razão do esquema montado para beneficiá-la como uma aposentadoria concedida a jato, tipo vapt-vupt, , um dia depois do impeachment, em 1º de setembro. 


O Ministério do Desenvolvimento Social ordenou o afastamento de servidores do INSS que participaram do esquema. Dilma não precisou fazer agendamento nos sistemas da Previdência Social, que em Brasília implica em espera media de 115 dias.

A presidência do INSS vai abrir sindicância e procedimento administrativo disciplinar para apurar as responsabilidades dos funcionários do órgão, por determinação do secretário-executivo do Ministério do Desenvolvimento Social , Alberto Beltrame. 
Órgãos de controle serão acionados para verificar eventual ilegalidade nas alterações cadastrais da ex-presidente.

O ex-ministro e servidor de carreira da Previdência Carlos Gabas, amigo de Dilma, foi a uma agência do INSS em Brasília, um dia depois do impeachment, entrou pela porta dos fundos até chegar a uma sala reservada com um gerente e acertou a aposentadoria da ex-presidente.

Em dezembro, quando Dilma ainda era presidente, a ficha que registra os vínculos trabalhistas, usada para a contagem dos anos trabalhados, foi alterada 16 vezes por uma única servidora lotada em uma diretoria do INSS - também sem agendamento formal.


DILMA OBTEVE EM UM DIA O QUE SEU GOVERNO NEGOU AOS BRASILEIROS: APOSENTADORIA RÁPIDA.


02 de outubro de 2016
diário do poder

IBOPE: DORIA TEM 35%, RUSSOMANO 23%, MARTA 19%, HADDAD 15%

SEGUNDO PESQUISA, DISPUTA AO SEGUNDO TURNO ESTÁ INDEFINIDA

SEGUNDO O IBOPE, SE A ELEIÇÃO FOSSE HOJE, JOÃO DORIA, DO PSDB, IRIA PARA O SEGUNDO TURNO, MAS O SEU ADVERSÁRIO ESTÁ INDEFINIDO (FOTO: REPRODUÇÃO)


A última pesquisa Ibope/Estadão/TV Globo sobre a eleição para a Prefeitura de São Paulo indica 35% dos votos válidos para João Doria (PSDB), o que deve lhe garantir lugar no segundo turno. A segunda vaga, porém, segue aberta. Há empate técnico entre o candidato do PRB, Celso Russomanno (23%), e sua adversária do PMDB, Marta Suplicy (19%) - e entre ela e o candidato à reeleição pelo PT, Fernando Haddad (15%). A margem de erro é de três pontos porcentuais, para mais ou para menos.

Há empate técnico na disputa pelo segundo lugar porque, no limite, Russomanno poderia ter entre 20% e 26%, enquanto Marta poderia ter entre 16% e 22%. Do mesmo modo, Haddad poderia ter até 18%. As intersecções entre os limites de voto dos candidatos é que caracterizam o empate técnico.

Desde quarta-feira, segundo o Ibope, Doria oscilou de 32% para 35% dos votos válidos. Ao mesmo tempo, Russomanno manteve a tendência de queda e foi de 25% para 23%. Marta, que havia caído no começo da semana, oscilou positivamente de 18% para 19%. Haddad, que vinha em trajetória ascendente, continuou com 15%. Luiza Erundina (PSOL) foi de 6% para 5% dos votos válidos. A soma dos outros candidatos continua dando 3%.

Os resultados da pesquisa estão apresentados aqui em proporção dos votos válidos (aqueles dados exclusivamente aos candidatos) para facilitar a comparação com o que for apurado na urna, porque é assim que a Justiça Eleitoral apresenta os resultados.

Considerando-se a porcentagem sobre o total de votos (incluindo-se, portanto, os votos em branco e os nulos), as taxas dos primeiros colocados são menores: Doria (30%), Russomanno (20%), Marta (16%), Haddad (13%), Erundina (5%). Segundo o Ibope, ainda há 3% de eleitores indecisos ou que não quiseram responder e outros 10% que declararam intenção de votar em branco ou anular.

O Ibope ouviu 1.204 eleitores entre os dias 29 de setembro e 1º de outubro. O nível de confiança utilizado é de 95%. Isso quer dizer que há uma probabilidade de 95% de os resultados retratarem o atual momento eleitoral. O levantamento foi contratado por Globo Comunicação e Participações S/A e por S/A O Estado de S.Paulo. O registro no Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo foi feito sob o protocolo SP-00873/2016. (AE)



02 de outubro de 2016
diário do poder

"SÓ O POVO NÃO VIU ISSO!" - HUMOR NEGRO??

Conheça os artistas, cantores e escritores que fecham com Haddad.



02 de outubro de 2016
in lula.com.br

NOTA AO PÉ DO TEXTO


Imagem para o resultado de notícias
Foram divulgadas neste sábado (1º) as duas novas pesquisas de intenção de voto para a ...

E ACONTECEU DE NOVO: LULA FAZ UM POST "ENGRAÇADINHO" E A INTERNET REAGE SEM DÓ NEM PIEDADE


CLIQUE PARA AUMENTAR

Já virou uma tradição. 

Isso já aconteceu uma vez. E já se repetiu, também. Agora, uma terceira ocasião.

É preciso que Lula se conscientize do papel das redes sociais. A coisa não funciona como num palanque ou num debate repleto de aliados e bajuladores. Há críticas e elas ficam visíveis ao grande público, bastando clicar no link do post original.

O ex-presidente, vejam vocês, resolveu postar isso:

Ver imagem no Twitter
CLIQUE PARA AUMENTAR
Seguir
Lula pelo Brasil
✔@LulapeloBrasil

Esta imagem está circulando pela internet. Será que ficaria bem em uma apresentação de Power Point?

09: 01 - 30 set 2016

303303 Retweets
329329 favoritos

Sim, essa foi a história que ele contou. Ok, seu direito, mas o resultado não foi outro senão um monte de respostas exaltadas (e não colocamos aqui os links para as mais pesadas). Vejam algumas:

30 set

Lula pelo Brasil
✔@LulapeloBrasil

Esta imagem está circulando pela internet. Será que ficaria bem em uma apresentação de Power Point?pic.twitter.com/OWAZcmbuXA

Seguir

henrique @henriquedarknes

@LulapeloBrasil esqueceu de mencionar os documentos de compra rasurados que constam nos autos da denúncia ...

12: 50 - 30 set 2016

1 Retweet
22 favoritos

30 set

Lula pelo Brasil
✔@LulapeloBrasil

Esta imagem está circulando pela internet. Será que ficaria bem em uma apresentação de Power Point?pic.twitter.com/OWAZcmbuXA

Seguir

Lucas Zanella @lucasmzanella

@LulapeloBrasil aconteceu isso aí com o sítio, as palestras e as empresas dos seus filhos também?

Esta imagem está circulando pela internet. Será que ficaria bem em uma apresentação de Power Point?pic.twitter.com/OWAZcmbuXA

Seguir

Derisvaldo @Derisvaldo

@LulapeloBrasil Só sendo muito, mas muito, muito e inacreditavelmente muito idiota para aceitar uma explicação desta.

12: 35 - 30 set 2016

1 Retweet
66 favoritos

30 set

Lula pelo Brasil
✔@LulapeloBrasil

Esta imagem está circulando pela internet. Será que ficaria bem em uma apresentação de Power Point?pic.twitter.com/OWAZcmbuXA

Seguir

Lissandra Breternitz @LissandraCB

@LulapeloBrasil vai zombando mesmo!#lulaopovonaoétrouxa.

12: 32 - 30 set 2016

1 Retweet
55 favoritos

30 set

Lula pelo Brasil
✔@LulapeloBrasil

Esta imagem está circulando pela internet. Será que ficaria bem em uma apresentação de Power Point?pic.twitter.com/OWAZcmbuXA

Seguir

Diogo M Antunes @Diogomaxantunes

@LulapeloBrasil AH CONTA OUTRA.

09: 45 - 30 set 2016

11 Retweet
44 favoritos

30 set

Lula pelo Brasil
✔@LulapeloBrasil

Esta imagem está circulando pela internet. Será que ficaria bem em uma apresentação de Power Point?pic.twitter.com/OWAZcmbuXA

Seguir

Ma Nad @marcelo_naddeo

@LulapeloBrasil Vc acha que somos otários?

13: 18 - 30 set 2016

1 Retweet
22 favoritos

30 set

Lula pelo Brasil
✔@LulapeloBrasil

Esta imagem está circulando pela internet. Será que ficaria bem em uma apresentação de Power Point?pic.twitter.com/OWAZcmbuXA

Seguir

Matheus Lacerda ★★★★ @matheus1975

@LulapeloBrasil pic.twitter.com/eElUJGBwqg

12: 59 - 30 set 2016

 

1 Retweet
44 favoritos

Lula, os tempos são outros. E estes novos tempos demandam práticas menos arcaicas. Aceite esse conselho, pois não é mesmo de má-fé.

02 de outubro de 2016
implicante