"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

terça-feira, 25 de outubro de 2016

PROCURADORIA DIZ QUE CACHOEIRA "ALUGOU" MANDATO DE EX-DEPUTADO TUCANO

MP ACUSA CONTRAVENTOR DE PAGAR 'MENSALINHO' A CARLOS ALBERTO LERÉIA


EM NOVA DENÚNCIA À JUSTIÇA, DESDOBRAMENTO DA OPERAÇÃO MONTE CARLO, MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL ACUSA CARLOS CARCHOEIRA DE PAGAR PROPINA A CARLOS ALBERTO LERÉIA (PSDB/GO)


O Ministério Público Federal em Goiás, pelo Núcleo de Combate à Corrupção, denunciou à Justiça o contraventor Carlos Augusto de Almeida Ramos, o ‘Carlinhos Cachoeira’, e o ex-deputado federal Carlos Alberto Leréia da Silva (PSDB/GO-2003/2015).

Cachoeira é acusado de corrupção ativa e Leréia de corrupção passiva, ‘praticados de forma reiterada’.

As informações foram divulgadas no site da Procuradoria da República em Goiás.

O caso é um desdobramento da Operação Monte Carlo e estava sob apreciação do Supremo Tribunal Federal (STF), mas retornou à primeira instância depois que Leréia perdeu o foro privilegiado com o fim do seu mandato.

A deflagração da Monte Carlo ocorreu no fim de fevereiro de 2012.

De acordo com a denúncia, ao longo do ano de 2011, Cachoeira pagou, quase que mensalmente, valores entre R$ 20 mil e R$ 25 mil ao então deputado tucano.

Os pagamentos foram realizados para que Leréia ‘usasse seu mandato para atender aos interesses da organização criminosa comandada por Cachoeira ou praticar outros atos ilícitos de seu interesse’, segundo a acusação do Ministério Público Federal.

A Procuradoria sustenta que Cachoeira pagou a Leréia uma espécie de ‘mensalinho’. Em troca, o parlamentar usou seu poder político em benefício do contraventor.

Segundo a denúncia, na prática, Cachoeira ‘alugou o mandato parlamentar do amigo Leréia, mediante propina’.

Os pagamentos foram realizados por ‘pessoas de confiança de Cachoeira, a mando deste, o qual periodicamente se certificava, por meio de conversas telefônicas, se o dinheiro havia sido entregue’.

Além desses pagamentos, Cachoeira chegou a emprestar seu cartão de crédito ‘para que Leréia pudesse gastar dinheiro, inclusive com o fornecimento de senha e código de segurança’.

O Ministério Público Federal afirma, ainda, que Leréia, em ao menos cinco oportunidades distintas, usou seu mandato para favorecer aos interesses de Cachoeira.

“Entre esses interesses, Leréia conseguiu a nomeação ou a manutenção em cargos públicos no Governo de Goiás de pessoas indicadas por Cachoeira”, diz a Procuradoria.
Ainda segundo a denúncia, quando exerceu o cargo de presidente da Comissão Permanente de Relações Exteriores e Defesa Nacional, o então deputado do PSDB ‘agilizou procedimentos de retirada de vistos para os Estados Unidos a pessoas ligadas a Cachoeira’.

Por solicitação de Cachoeira, Leréia ‘parou de levantar publicamente suspeitas e questionar a licitude da licitação realizada pelo DNIT para duplicação da rodovia BR-060 (trecho Goiânia/GO–Jataí/GO), aparentemente objeto de fraude à licitação, de que participou a construtora Delta, da qual Cachoeira era sócio oculto em contratos ilicitamente obtidos junto ao Governo de Goiás. Leréia atendeu à solicitação, omitindo-se no dever de fiscalizar contratos do Poder Executivo (prerrogativa e dever parlamentar), para não prejudicar os interesses econômicos ilícitos de Cachoeira’.

A Procuradoria estima que o grupo de Cachoeira agia há mais de dez anos em Goiás. A influência do contraventor ‘se alastrou no escopo do próprio Estado’.

“A corrupção e a troca de favores serviam para acobertar a jogatina, atividade que alimentava financeiramente a organização criminosa”, afirma a Procuradoria. “Com duas principais frentes de atuação – no entorno de Brasília e em Goiânia – e com o recrutamento de setores do braço armado estatal, o grupo movimentou cifras milionárias.”

“Sem concorrência, policiais e delegados cooptados facilitavam o monopólio do mercado ilícito, e com o domínio dos pontos de exploração, o grupo criminoso ganhou contornos empresariais, passando, inclusive, a ter controle financeiro e contábil operado via web”, destaca o Ministério Público Federal.

Em caso de condenação, as penas previstas para o crime de corrupção ativa e passiva variam de reclusão de 2 a 12 anos e multa, podendo ser aumentadas em razão das circunstâncias.

A reportagem não localizou os defensores de Carlinhos Cachoeira e do ex-deputado Leréia. O PSDB de Goiás informou que não comenta o assunto. A reportagem tentou contato com a assessoria do governo de Goiás, mas como é feriado local não havia ninguém para atender as solicitações.

O espaço está aberto para a manifestação dos denunciados pela Procuradoria. (AE)



25 de outubro de 2016
diário do poder

TRF MANTÉM BLOQUEIO DE BENS E DINHEIRO DE EDUARDO CUNHA

RELATOR DISSE HAVER ELEMENTOS SUFICIENTES PARA MANTER A DECISÃO

RELATOR DISSE HAVER ELEMENTOS SUFICIENTES PARA MANTER BLOQUEIO. FOTO: MARCOS OLIVEIRA/SENADO


O Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) manteve a indisponibilidade dos bens (todos imóveis, automóveis e ativos financeiros) do ex-deputado Eduardo Cunha. A 3ª Turma julgou hoje (25/10) o mérito do agravo impetrado pela defesa de Cunha na ação de improbidade administrativa movida pelo Ministério Público Federal (MPF). A decisão, unânime, confirmou liminar proferida em agosto pelo relator, desembargador federal Ricardo Teixeira do Valle Pereira. O processo, de caráter cível, tramita paralelamente às ações penais da Operação Lava Jato.

A defesa de Cunha ajuizou recurso no tribunal buscando suspender a liminar proferida em 14 de junho pela 6ª Vara Federal de Curitiba e mantida pela corte. Os advogados alegam que não existem elementos concretos que indiquem enriquecimento ilícito por parte do deputado em decorrência do exercício do mandato, nem indícios de vinculação com o esquema de corrupção da Petrobras ou provas de que a origem dos valores retidos seja ilícita.

Segundo o relator do processo, desembargador federal Ricardo Teixeira do Valle Pereira, foram apresentados elementos suficientes para demonstrar a suposta prática de atos de improbidade, havendo fortes indícios do recebimento de vantagens indevidas decorrentes de contratações realizadas no âmbito da Diretoria Internacional da Petrobras, com movimentação de valores expressivos e direcionamento de quantias em favor de Eduardo Cunha.

Em sua decisão, Pereira listou diversas transações bancárias com transferência de valores provenientes da exploração da plataforma da Petrobras de Benin/África para o trust (fusão de empresas que administram recursos de terceiros) Triumph, que tem Cunha por instituidor e beneficiário. O desembargador apontou que, em maio de 2007, a conta da Triunph tinha 3,5 milhões de dólares de origem desconhecida.

“Tenho por evidenciados os requisitos para a decretação da medida acautelatória, pelo que deve ser mantida a indisponibilidade dos bens, independentemente de já ter sido determinado o bloqueio de valores no exterior, por meio de cooperação internacional”, decidiu o desembargador.

Também são réus na mesma ação e seguem com os ativos indisponibilizados a esposa de Cunha, Cláudia Cordeiro Cruz, e os investigados na Operação Lava Jato Jorge Luiz Zelada, João Augusto Rezende Henriques e Idalécio de Castro Rodrigues de Oliveira.

A defesa ainda poderá recorrer: ao tribunal, com embargos de declaração, e ao Superior Tribunal de Justiça, com Recurso Especial.

25 de outubro de 2016
diário do poder

TRUMP DIZ QUE PLANO DE HILLARY PARA A SÍRIA LEVARIA O MUNDO A 3a. GUERRA

REPUBLICANO AFIRMA QUE ADVERSÁRIA TEM POSIÇÃO MUITO AGRESSIVA

CANDIDATO REPUBLICANO QUESTIONOU COMO SERIAM AS RELAÇÕES ENTRE EUA E RÚSSIA SOB A PRESIDÊNCIA DE HILLARY DEPOIS DE ELA TER “DEMONIZADO” O PRESIDENTE RUSSO (FOTO: MICHAEL VADON/WIKIMEDIA COMMUNS)

O candidato republicano à Casa Branca, Donald Trump, afirmou nesta terça-feira, 25, que o plano da democrata Hillary Clinton para a Síria poderia “levar o mundo à 3.ª Guerra”, em razão do potencial para conflito com as forças militares da Rússia, uma potência nuclear.

Em uma entrevista sobre política externa, Trump disse que combater o Estado Islâmico é uma prioridade maior do que tentar remover o presidente sírio, Bashar Assad, do poder, diminuindo a importância de um objetivo buscado pela política americana há muito tempo.

Na mesma entrevista, concedida à agência Reuters, ele questionou como seriam as relações entre EUA e Rússia sob a presidência de Hillary depois de ela ter “demonizado” o presidente russo, Vladimir Putin; culpou o presidente Barack Obama pelo péssimo momento nas relações com as Filipinas com o presidente Rodrigo Duterte; e lamentou a falta de unidade republicana em torno de sua candidatura.

Ainda com relação à guerra civil síria, Trump disse que Hillary poderia arrastar os EUA para uma guerra mundial com sua posição agressiva para resolução de conflito.

Powell. Apesar das críticas do magnata sobre a política externa de Hillary, a democrata conseguiu hoje um importante apoio nesse setor de alguém do próprio partido de Trump. O ex-secretário de Estado Colin Powell afirmou que votará em Hillary e não para Trump. O republicano e general quatro estrelas aposentado do Exército fez seu anúncio hoje, se tornando o último de uma série de funcionários da administração Bush a rejeitar a indicação do Partido Republicano. (AE)



25 de outubro de 2016
diário do poder

DÍVIDA PÚBLICA FEDERAL ULTRAPASSA R$ 3 TRILHÕES PELA PRIMEIRA VEZ

ESTIMATIVA PARA O FINAL DO ANO É DE DPF PRÓXIMA A R$ 3,3 TRILHÕES

ESTIMATIVA PARA O FINAL DO ANO É DE DPF PRÓXIMA A R$ 3,3 TRILHÕES

A Dívida Pública Federal (DPF), que inclui o endividamento interno e externo, teve aumento de 3,1%, em termos nominais, passando de R$ 2,955 trilhões em agosto para R$ 3,047 trilhões em setembro. Os dados foram divulgados hoje (25) pelo Tesouro Nacional.

A variação do endividamento do Tesouro pode ocorrer por meio da oferta de títulos públicos em leilões, pela internet (Tesouro Direto) ou pela emissão direta. A variação pode ocorrer também pela assinatura de contratos de empréstimo. Nesse caso, o Tesouro toma empréstimo de uma instituição financeira ou de um banco de fomento, destinado a financiar o desenvolvimento de uma determinada região. Já a redução do endividamento se dá, por exemplo, pelo resgate de títulos.

A Dívida Pública Mobiliária Federal interna (DPMFi), em circulação no mercado nacional, teve seu estoque ampliado em 3,21%, ao passar de R$ 2,830 trilhões para R$ 2,920 trilhões devido ao resgate líquido, no valor de R$ 62,12 bilhões, compensado parcialmente pela apropriação positiva de juros, no valor de R$ 28,59 bilhões.

Com relação ao estoque da Dívida Pública Federal externa (DPFe), houve aumento de 0,81% sobre o estoque apurado em agosto, encerrando setembro em R$ 126 bilhões (US$ 38,82 bilhões), sendo R$ 115,5 bilhões (US$ 35,59 bilhões) referentes à dívida mobiliária (títulos) e R$ 10,5 bilhões (US$ 3,24 bilhões) à dívida contratual.

De acordo com o Plano Anual de Financiamento (PAF), o governo estima que a DPF, em 2016, fique entre R$ 3,1 trilhões e R$ 3,3 trilhões.


25 de outubro de 2016
diário do poder

STF ANULA PROVAS CONTRA DEMÓSTENES NA OPERAÇÃO MONTE CARLO

CASO PROVOCOU PERDA DE MANDATO DO EX-SENADOR DEMÓSTENES

DEMÓSTENES TORRES FOI CASSADO EM 2012 POR QUEBRA DE DECORO PARLAMENTAR. (FOTO: EBC)


A Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) anulou nesta terça-feira (25), por unanimidade, as provas contra o ex-senador Demóstenes Torres, por entender que elas foram colhidas de forma ilegal, no âmbito da Operação Monte Carlo, da Polícia Federal. Os ministros entenderam que a ordem judicial seria da alçada do próprio STF e não do Superior Tribunal de Justiça, que autorizou a coleta de informações contra o ex-parlamentar.

O entendimento dos ministros é que as gravações das ligações ocorreram sem autorização, havendo então “usurpação de competência”.

O ministro Antonio Dias Toffoli ressaltou que a Justiça de Goiás e o Ministério Público estadual investigaram o ex-senador irregularmente. “Todas as interceptações foram feitas por autoridade incompetente para investigar Senador da República. Todas elas”.

O ex-senador Demóstenes Torres foi cassado em 2012 por quebra de decoro parlamentar, acusado de se utilizar do mandato para favorecer o bicheiro Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira.



25 de outubro de 2016
diário do poder

AJUSTE DE FATO

CÂMARA APROVA PEC DOS GASTOS NO 2º TURNO COM 359 VOTOS
COM 359 VOTOS, DEPUTADOS APROVAM, EM 2º TURNO, LIMITE À GASTANÇA


COM 359 VOTOS, DEPUTADOS APROVAM, EM 2º TURNO, LIMITE À GASTANÇA. FOTO: LUÍS MACEDO/CÂMARA


A Câmara dos Deputados aprovou em segundo turno, com 359 votos, o texto-base da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 241, criando um limite para o aumento nos gastos públicos pelos próximos 20 anos. A medida de maior austeridade em mais de uma década é a principal aposta do governo do presidente Michel Temer para equilibrar as contas públicas.

O projeto passou por seu segundo teste no plenário da Câmara nesta terça-feira, 25, e agora será analisado pelo Senado, também em dois turnos.

A votação, cujo placar foi de 359 votos a 116, se estendeu por mais de 8 horas devido às tentativas da oposição de obstruir a votação. Manifestações contra a aprovação da PEC também fizeram com que a sessão fosse interrompida pelo Presidente da Câmara, Rodrigo Maia, primeiro para pedir silêncio aos participantes, depois para pedir sua expulsão.

O governo comemorou o resultado, que, apesar da ausência de mais de 20 deputados, perdeu apenas 7 votos em relação so 366 obtidos na votação da semana passada. A votação de destaques como a retirada de Saúde e Educação da conta segue no plenário e deve varar a madrugada.



25 de outubro de 2016
postado por m.americo

ANUNNAKI / NEPHILIM - EXPLICAÇÃO DO PROFESSOR HÉLIO COUTO

AKHENATON. PROFESSOR HELIO COUTO

DELATOR DIZ QUE VARREDURA ANTIGRAMPO FOI FEITA PARA PROTEGER LOBÃO

SEGUNDO POLICIAL, PEDIDO FOI FEITO APÓS PRISÃO DE PAULO ROBERTO COSTA

EM ENTREVISTA A JORNAL, PAULO IGOR BOSCO DISSE QUE SEMPRE QUE O NOME DE UM SENADOR ERA CITADO NA LAVA JATO, ERA FEITA UMA VARREDURA (FOTO: EBC)


O policial legislativo Paulo Igor Bosco Silva, delator da Operação Métis, afirmou que a primeira varredura da Polícia do Senado fora das dependências da Casa teve motivação declarada de proteger o então ministro de Minas e Energia, Edison Lobão (PMDB-MA), das investigações da Lava Jato.

Em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, Silva afirma que o chefe da Polícia Legislativa, Pedro Carvalho, que está preso temporariamente desde sexta-feira, reuniu seus subordinados para explicar as razões da missão no Maranhão.

Segundo a reportagem, o pedido formal para a varredura foi feito pelo gabinete do suplente do ministro de Dilma Rousseff, seu filho, Lobão Filho, logo após a segunda prisão de Paulo Roberto Costa, ex-diretor da Petrobras e delator de Lava Jato, em junho de 2014. O trabalho nas casas e escritórios da família de Lobão ocorreu cinco dias depois.

O servidor do Senado ainda diz que as conversas sobre a Lava Jato eram tratadas de maneira aberta, mas que nunca era conversado se as operações de vasculhamento rendiam material objetivo. “Era conversado abertamente. Porque, sempre que aparecia o nome de um senador, vinha a varredura”, disse o policial à Folha.

O advogado de Lobão e seu filho, Antonio Carlos de Almeida Castro, defendeu as varreduras e afirmou que esporadicamente havia esse tipo de pedido. 

“É um dever e uma obrigação da polícia legislativa cumprir essas missões. Não há nada de ilegal e nada tem a ver com a Lava Jato. Quem faz esse tipo de acusação é porque descumpriu o dever. O equipamento só retirava grampo ilegal, portanto, seria impossível obstruir investigação”, disse.


25 de outubro de 2016
diário do poder

PANOS QUENTES... ENQUANTO SOB OS DITOS, ELE TRAMA CALAR A LAVA JATO...

APÓS TROCA DE FARPAS
PARA EVITAR CRISE, TEMER TENTARÁ REUNIR RENAN, MORAES E CÁRMEN LÚCIA
ELES PROTAGONIZARAM, NOS ÚLTIMOS DIAS, TROCAS DE FARPAS PÚBLICAS


OS TRÊS PROTAGONIZARAM, NOS ÚLTIMOS DIAS, TROCAS DE FARPAS PÚBLICAS APÓS A OPERAÇÃO DA PF NO SENADO (FOTO: MONTAGEM/ AG SENADO, ABR E STF)

Para tentar quebrar o clima de tensão instaurado nos últimos dias nos Três Poderes, o presidente Michel Temer costura nos bastidores a ideia de unir, num mesmo evento, o presidente do Senado Renan Calheiros (PMDB-AL), o ministro da Justiça Alexandre de Moraes e a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Cármen Lúcia. Os três protagonizaram, nos últimos dias, trocas de farpas públicas após a operação da Polícia Federal nas dependências do Senado na última sexta-feira, 21, que prendeu o diretor da Polícia Legislativa do Senado e outros três servidores.

Temer pretende colocar os três lado a lado no evento de lançamento do Pacto Nacional pela Segurança Pública, previsto para esta sexta-feira, 28. A defesa das propostas englobadas pelo pacto, na avaliação de integrantes do Palácio, exige a participação de todos e deve unir o discurso.

O temor do presidente neste momento é de que os desdobramentos da Operação Métis atrapalhem o andamento da votação da Proposta de Emenda à Constituição que estabelece limite de gastos. A PEC 241 deve ser votada em segundo turno nesta terça-feira, 25, no plenário da Câmara e em seguida vai para discussão no Senado.

“A preocupação do presidente é baixar a temperatura da crise. O maior temor do Palácio neste momento é que esse problema institucional atrapalhe a pauta de votação no Congresso. A PEC do teto tem um calendário apertado”, ressaltou um assessor palaciano.

Renan, Moraes e Cármen Lúcia estão no centro do tensionamento instaurado nos últimos dias. Em entrevista concedida na segunda-feira, 24, Renan chamou Moraes de “chefete de polícia” após o ministro afirmar que os agentes da polícia legislativa “extrapolaram” a competência. O senador também disparou contra o juiz Vallisney de Souza Oliveira, da 10ª Vara Federal de Brasília e que autorizou a operação no Senado, a quem chamou de “juizeco”.

As declarações de Renan contra o juiz levaram a ministra Cármen Lúcia a também reagir nesta terça-feira. “Onde um juiz for destratado, eu também sou”, disse Cármen. A ministra declarou ainda que o Judiciário exige respeito dos demais Poderes da República.

A operação da Polícia Federal visou desarticular um grupo, liderado pelo Diretor da Polícia do Senado Pedro Carvalho que, segundo as investigações, ‘tinha a finalidade de criar embaraços às ações investigativas dos federais em face de senadores e ex-senadores, utilizando-se de equipamentos de inteligência’. (AE)



25 de outubro de 2016
diário do poder

"JUIZECO" E "CHEFETE" - DA UM DESCONTO NAS DECLARAÇÕES DE RENAN? COMO ASSIM?? UM PRESIDENTE DO SENADO DA REPÚBLICA SEM NOÇÃO???

PARA JUCÁ, É PRECISO DAR UM 'DESCONTO' NAS DECLARAÇÕES DE RENAN
RENAN CHAMOU O MINISTRO DE 'CHEFETE DE POLÍCIA' E O JUIZ DE 'JUIZECO'


"TEM QUE DAR UM DESCONTO PARA A COLOCAÇÃO DO RENAN, PORQUE HOUVE UM DESRESPEITO COM O SENADO", DISSE (FOTO:ANDRÉ DUSEK/ ESTADÃO)

O presidente do PMDB, senador Romero Jucá (RR), afirmou na manhã desta terça-feira, 25, que é preciso dar um "desconto" nas declarações do aliado e presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). 


O peemedebista acusou na segunda-feira, 24, a Polícia Federal de ter se valido de "métodos fascistas" na ação que levou à prisão na sexta-feira, 21, quatro policiais legislativos da Casa, chamou o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, de "chefete de polícia" e ainda classificou o juiz Vallisney de Souza Oliveira, responsável pela operação contra o Senado, de "juizeco".

Jucá preferiu não comentar a fala desta manhã da presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Cármen Lúcia, que, sem citar nominalmente Renan, rebateu o posicionamento dele sobre o juiz responsável pela operação no Senado. "Onde juiz for destratado, eu também sou", declarou Cármen, durante sessão do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

O presidente do PMDB adotou o discurso dos panos quentes. "Tem que dar um desconto para a colocação do Renan, porque houve um desrespeito com o Senado. Num momento de afirmação, a colocação (de Renan) foi agressiva, como foi agressiva a medida que foi tomada", disse Jucá.

Para Jucá, o fato já "passou" e é preciso olhar para a frente a fim de se construir um equilíbrio institucional. 
"Não adianta estar revendo situações para tentar criar desacertos, tem de criar harmonia. O momento é de dificuldade no Brasil e tem de criar harmonia e tranquilidade", insistiu. (AE)


25 de outubro de 2016
diário do poder


NOTA AO PÉ DO TEXTO

Mas isso não é engraçado? "Já passou", "é preciso olhar para a frente", "tem de criar harmonia e tranquilidade"... Concluo que devemos todos posar os traseiros para o devido ponta-pé, ou seja, o popular pé na bunda.
E cabe ainda aos demais se preocupar com essa tal de "harmonia", já que o presidente do Senado da República, sobe nos tamancos, ofende a nação, ofende as instituições, ofende os seus representantes, e vem seu parceiro, que na falta do que falar para justificar o destempero do chefe, joga sobre as demais instituições o cuidado e a   responsabilidade da harmonia.
Já estamos diante de uma enorme 'jabuticaba', pois onde já se viu um senador que responde a 12 processos continuar com o seu mandato e, como se não bastasse, presidente do Senado.
Já vem de uma renúncia que evitou a sua cassação em tempos idos; novamente está com o pé na lama; deixou o país boquiaberto na cassação da presidente Dilma, ao atropelar a Constituição, na manutenção dos seus direitos políticos... Meu Deus! Quantas jabuticabas!!!
No sofá de um psicanalista, possivelmente estaria elencando seus desejos ocultos, que o faz sonhar com um país só seu, onde reinasse soberano sobre as demais cabeças, sem temores que o ameacem de prisão ajuizada por qualquer "juizeco". 
Imagino o seu desencanto quando a sociedade reage ao seu 'papagaiar', quando a AJUFE reage às suas invectivas, quando a Suprema Corte, pela voz de sua Presidência, demonstra pouca cortesia pelas palavras grosseiras que jamais poderiam partir de um presidente do Senado, desrespeitando a independência dos Poderes. 
No país das jabuticabas e saúvas, coisas incríveis acontecem...
Mas os brasileiros honestos estamos com o Juiz Sérgio Moro, com o Ministério Público, com os Juízes envolvidos nessa batalha, com a Polícia Federal...
Somos todos contra jabuticabas e saúvas...
m.americo

POR QUE LULA E RENAN CALHEIROS AINDA NÃO FORAM PRESOS? CARLA ZAMBELLI DETALHA ESTRATÉGIA DE MORO

EDUARDO CUNHA CAGOETA RENAN CALHEIROS E O RESULTADO É CADEIA!

A PRISÃO DE RENAN CALHEIROS! - PARTE 1

MARCO ANTONIO VILLA - POLÍCIA LEGISLATIVA É INSTRUMENTO DE UM CORONEL CORRUPTO RENAN CALHEIROS

DENÚNCIA CONTRA FERNANDO COLLOR DE MELLO NA LAVA JATO

OPERAÇÃO MÉTIS GERA TROCA DE FARPAS ENTRE O MINISTRO DA JUSTIÇA E RENAN CALHEIROS

'JUIZECO' DE 1A. INSTÂNCIA, DIZ O 'SENADORECO' RENAN SOBRE JUIZ DA AÇÃO DA PF NO SENADO

A TUA HORA VAI CHEGAR, RENAN!

"FORA RENAN" - MANIFESTAÇÃO NA AVENIDA PAULISTA

DESESPERADO, RENAN SURTA, OFENDE JUIZ, ATACA A PF, A JUSTIÇA, A LAVA JATO E MAIS HOUVERA, MAS ATACARIA...

LULINHA TEVE RENDIMENTOS DE R$ 5.2 MILHÕES EM DEZ ANOS

LAUDOS APONTAM FONTE DE RECEITAS DE EMPRESAS DE LULINHA E DE DONOS DE SÍTIO

PF DIZ QUE EVOLUÇÃO PATRIMONIAL DE FÁBIO LUÍS É COMPATÍVEL COM SUAS FINANÇAS, MAS DESTACA A DISTRIBUIÇÃO DE LUCROS ATÍPICA DA EMPRESA G4 ENTRETENIMENTO (FOTO: ESTADÃO CONTEÚDO)


Laudo pericial da Polícia Federal aponta que o filho mais velho do ex-presidente Lula, Fábio Luís Lula da Silva, o Lulinha, teve um rendimento bruto de R$ 5,2 milhões entre 2004 e 2014. 
Os documentos foram anexados ao inquérito da Operação Lava Jato que apura a corrupção e lavagem de dinheiro no sítio de Atibaia (SP), que a força-tarefa diz ser do petista.

A PF investigou as movimentações financeiras entre os filhos de Lula, a família Bittar e o empresário Jonas Suassuna, do Grupo Gol. Suassuna e Fernando Bittar são os donos “oficiais” do sítio Santa Bárbara.

Segundo o levantamento, Lulinha recebeu aproximadamente R$ 3,8 milhões oriundos da distribuição de lucros da empresa G4 Entretenimento Tecnologia Ltda. A empresa pertence a ele (50%) e aos irmãos Fernando Bittar e Kalil Bittar (25% cada), filhos do ex-prefeito de Campinas (SP) Jacó Bittar – amigo de Lula desde a fundação da PT. 
Esse valor corresponde a 73% dos valores recebido por Lulinha.

De acordo com o a PF, a evolução patrimonial de Fábio Luís é compatível com suas finanças, mas destaca a distribuição de lucros atípica da empresa G4 (acionista majoritária da BR4 Participações – que tem como sócio a Gol Mídia Participações, de Suassuna. A BR4 detém 65% da participação da Gamercorp, empresa associada à Telemar Internet Ltda).

“Chama atenção fato da distribuição de lucros da G4 não observar, em alguns anos, composição societária da empresa. Nesse sentido, não obstante possuísse 50% das quotas da G4, no ano de 2012, sr Fábio recebeu 100% da distribuição de lucros, no valor de R$ 750 mil”, diz o laudo da PF subscrito pelo perito criminal federal Marcio Schiavo.

Segundo o relatório, em 2013, o filho de Lula recebeu aproximadamente 96%, no valor de R$ 1,12 milhão e, em 2014, distribuição a seu favor foi no porcentual aproximado de 62% (R$ 1.041.655,00).

Caminho do dinheiro

Outra empresa foco de apurações é a Coskin Assessoria e Consultoria, do filho de Jacó Bittar. A empresa movimentou de 2009 a 2016 um total de R$ 9,98 milhões. Dos R$ 4,99 milhões recebidos pela Coskin, no período, a maior parte foram recebidos da Editora Gol, de Suassuna (R$ 2,28 milhões). A Gamecorp é a segunda, com R$ 825 mil.

Já a G4 tem como principal fonte de recebimentos a Gamecorp, R$ 4,24 milhões. Sua segunda maior fonte pagadora é a Gol Mobile, de Suassuna, R$ 2,05 milhões. Foi registrado pagamento também da Editora Gol de R$ 680 mil.

O Instituto Lula repassou no período R$ 1,4 milhão para a G4. Há recebimentos ainda da Coskin da LILS Palestras e Eventos, empresa de palestras de Lula, e do Instituto Lula.

Fernando Bittar, que em 2010 comprou o sítio em Santa Bárbara junto com Suassuna, recebe da Gamecorp, da Coskin e da G4. Ele é sócio das duas últimas e foi diretor da primeira.

No caso da Coskin, Fernando Bittar é o principal recebedor dos recursos da empresa, R$ 2,2 milhões entre 2009 e 2016.

(Com Agência Estado)



25 de outubro de 2016
diário do poder

CARMEN LÚCIA SE SENTE ATINGIDA POR AGRESSÃO DE RENAN À JUSTIÇA

PRESIDENTE DO STF SE SOLIDARIZA A JUIZ, EM RESPOSTA A RENAN

A ministra Cármen Lúcia, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), exigiu respeito ao Judiciário por parte do Legislativo e Executivo, e afirmou que "todas as vezes que um juiz é agredido, eu e cada um de nós juízes é agredido”, na cerimônia de abertura do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), nesta terça-feira (25).

Ela também destacou que “não há a menor necessidade de, numa convivência democrática, livre e harmônica, haver qualquer tipo de questionamento que não seja nos estreitos limites da constitucionalidade e da legalidade".

A ministra disse que os poderes devem buscar a "harmonia" em benefício do cidadão.

As declarações da ministra ocorrem um dia após o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), que responde a uma dezena de processos no STF, ter chamado de “juizeco” o juiz federal Vallisney Souza Oliveira, que autorizou a prisão de quatro policiais legislativos na semana passada, na Operação Métis.

Ela lembrou que o Judiciário trata com respeito os demais poderes e que qualquer questionamento às decisões deve ser feito por meio de recursos aos próprios tribunais. "O que não é admissível aqui, fora dos autos, é que qualquer juiz seja diminuído ou desmoralizado. Porque, como eu disse, onde um juiz for destratado, eu também sou. Qualquer um de nós, juízes, é".

Cármen Lúcia também exigiu respeito aos juízes. Ela disse que os magistrados, nas diversas instâncias, podem cometer atos "questionáveis", mas que todos os órgãos do Judiciário buscam cumprir sua função "da melhor maneira".

"Espero que isso seja de compreensão geral, de respeito integral. O mesmo respeito que nós, Poder Judiciário, dedicamos a todos os órgãos da República. Afinal, somos, sim, independentes, e estamos buscando a harmonia em benefício do cidadão brasileiro. Espero que isso não seja esquecido por ninguém, porque nós juízes não temos nos esquecido disso", concluiu Cármen Lúcia.



25 de outubro de 2016
diário do poder

EXTRA! NA ESSÊNCIA DO PLANO DE GOVERNO DE DONALD TRUMP ESTÁ A SALVAÇÃO DA CIVILIZAÇÃO OCIDENTAL. ISTO NÃO É POUCO. É TUDO.


No vídeo acima o candidato republicano Donald Trump resume de forma clara, precisa e sucinta aquilo que está de fato em jogo nesta eleição presidencial dos Estados Unidos.

Para aqueles estimados leitores que acompanham o blog há algum tempo são testemunhas sobre o fato de ter alertado sobre todos esses fatos citados por Trump. Parece até que fiz um exercício de adivinhação.

Prestem bem a atenção mais uma vez sobre o que Donald Trump relata de forma objetiva e sucinta neste vídeo e reparem como esses os fatos são escamoteados pelo jornalismo chulé da grande mídia. 
Aliás, não há um artigo sequer em veículos de mídia, um mísero comentário, aludindo ao esquema dito 'globalista' que nesta eleição presidencial americana pretende dar o golpe fatal diluindo todos os pilares da civilização ocidental, desde que consiga derrotar Trump.

Por isso escrevi aqui no blog um artigo afirmando que Donald Trump se eleito passará a ser mais do que o Presidente dos Estados Unidos
Será ele, e apenas ele, o líder que estancará o plano macabro de liquidar a soberania das Nações sujeitando-as a um "governo global" que fará picadinho da liberdade individual, o principal esteio da civilização ocidental  como a conhecemos até agora.

Portanto, vale a pena ver o vídeo acima legendado em espanhol. Em poucas palavras Trump resume os pontos mais importantes de seu plano de governo, ou seja, o seu Norte político. O resto é constituído de adereços burocráticos comuns em qualquer plano de governo de qualquer candidato. 


O que Donald Trump declina neste discurso é a essência de seu projeto que é a tábua de salvação do Ocidente. 
Por favor, acreditem. Isto é fundamental!

25 de outubro de 2016
postado por m.americo

PERDÃO PARA O OVO DA SERPENTE

O Brasil chocou o ovo da serpente (ou da jararaca) durante décadas. O filhote, enfim, nasceu forte e esfomeado e devorou a economia popular. Os brasileiros demoraram a admitir o estrago que seu monstrinho de estimação estava lhe causando, e, quando isso finalmente se tornou inevitável, veio a reação: o país encarou a cobra venenosa, disse “ai, ai, ai” e a colocou de castigo. Acredita que assim ela vai passar a se comportar direitinho.

A literatura antiofídica da Lava Jato indica que em 2005, exatamente quando Lula pedia perdão aos brasileiros pelo mensalão, o mesmo Lula tratava da compra escandalosa da refinaria de Pasadena. É compreensível. Gente boa só consegue se arrepender de um roubo de cada vez. E eis que 11 anos depois, preso e condenado pelo petrolão, José Dirceu é perdoado pelo mensalão. O Supremo Tribunal Federal (STF) foi firme em sua decisão contra o quadrilheiro petista: “Ai, ai, ai, não faça mais isso”.

Quadrilheiro, não. O mesmo ministro do Supremo que acaba de perdoar o companheiro Dirceu, Luís Roberto Barroso, fez sua estreia espetacular na Corte máxima decretando que a quadrilha do mensalão não era uma quadrilha. Ou seja: Dirceu, Delúbio, Valério e companhia, que agiram sistematicamente em conluio para fraudar os cofres públicos e enriquecer o PT, utilizando métodos, álibis e laranjas comuns por vários anos, não formavam uma quadrilha. Quadrilha é aquilo que baila em volta da fogueira nas festas juninas.

Foi também o mesmo companheiro Barroso quem operou o rito do impeachment da companheira presidenta, usando sua mira laser do Supremo para mostrar ao Congresso o que ele tinha de fazer. Assim prevaleceu a formação da comissão especial como o PT queria, o que infelizmente não adiantou nada, porque as instituições brasileiras começaram a ficar com vergonha de proteger governo bandido – e tanto o Legislativo quanto o Judiciário referendaram a legitimidade do impeachment.

Aí uma turma ficou gritando contra o golpe – os mesmos de sempre, que se escondem na mística progressista para viver de símbolos retrógrados. Perdoar a quadrilha é uma ótima forma de continuar chocando os ovos das serpentes simpáticas e revolucionárias.

Então, já que é para chocar, vamos chocar: enquanto era julgado pelo mensalão, Dirceu, o perdoado, cometia os crimes do petrolão; posteriormente, já tendo sido preso por esses novos crimes, as investigações da Lava Jato mostraram que as propinas do esquema engendrado por ele continuavam jorrando nas contas dos guerreiros do povo brasileiro. É mesmo de morrer de pena.

O perdão concedido pelo STF a José Dirceu está em perfeita consonância com a moral vigente no país, ou pelo menos com a moral dominante. O Brasil perdoou Lula quando ele pediu para ser perdoado, em 2005, e no ano seguinte lhe deu a reeleição – com as revelações do mensalão estalando nas manchetes. Comiseração é isso aí, o resto é brincadeira. Lula entendeu muito bem o recado da nação e pisou fundo. O Brasil é sócio do que se passou nos dez anos seguintes – e continua, na prática, perdoando Lula.

O ex-presidente acaba de se tornar réu pela terceira vez. Agora é por tráfico de influência internacional em favor da Odebrecht, usando o BNDES e irrigando a conta de um sobrinho. Quando esta mesma revista ÉPOCA revelou a referida investigação contra Lula, foi xingada por ele em praça pública. Ou seja: o filho do Brasil faz o que faz e continua livre para atacar gravemente a imprensa e subir em palanques para perpetuar seu grupo político no seio do Estado brasileiro. E o país ainda tolera o coro dos hipócritas que acusam os investigadores de fascismo. Essa tolerância é pior do que o pior dos crimes do PT.

É claro que os reis da mistificação vão dizer que a frase acima é uma pregação da intolerância, portanto do autoritarismo, portanto da força bruta contra os democratas, etc. etc. Eles são bons nisso. Quando milhões de pessoas saíram às ruas de verde e amarelo pelo impeachment, essa inteligência de João Santana espalhou que era um absurdo protestar contra a corrupção com a camisa da CBF... Um covarde é capaz de qualquer coisa.

E um país que confunde intolerância com impunidade é capaz de aceitar o perdão mais hediondo. À solta, a serpente agradece.


25 de outubro de 2016
Guilherme Fiuza, Revista Época