"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sábado, 12 de novembro de 2016

MPF: 870 MIL SÃO SUSPEITOS DE RECEBER BOLSA FAMÍLIA DE FORMA IRREGULAR

MPF RECOMENDOU QUE PREFEITURAS REALIZEM VISITAS DOMICILIARES

MPF RECOMENDOU QUE PREFEITURAS REALIZEM VISITAS DOMICILIARES A MAIS DE 870 MIL BENEFICIÁRIOS


O Ministério Público Federal expediu recomendações a 4703 prefeituras para que realizem visitas domiciliares a mais de 870 mil beneficiários do programa Bolsa Família suspeitos de não cumprir os requisitos econômicos estabelecidos pelo governo federal para recebimento do benefício.

Segundo o Raio-X Bolsa Família, projeto de iniciativa do Ministério Público Federal, de 2013 a maio de 2016, os pagamentos a ‘perfis suspeitos’ de irregularidades totalizam mais de R$ 3,3 bilhões. As informações foram divulgadas pela Secretaria de Comunicação Social da Procuradoria-Geral da República.

O Raio-X Bolsa Família é uma ação nacional coordenada pelas Câmaras Criminal e de Combate à Corrupção do MPF.

O diagnóstico sobre o maior programa de transferência de renda do governo federal, assim como as ações propostas e os resultados alcançados estão disponíveis no site www.raioxbolsafamilia.mpf.mp.br, divulgado nesta sexta-feira, 11.

Nele, será possível acessar a versão interativa da ferramenta de inteligência desenvolvida pelo Ministério Público Federal e filtrar os dados selecionando unidades da federação e municípios.

As recomendações foram expedidas em todo o País no período de julho a setembro deste ano, com prazo de 60 a 120 dias para que os gestores municipais informassem o número de irregularidades confirmadas e de benefícios cancelados.

As respostas às recomendações ainda estão sendo recebidas e processadas pelo Ministério Público Federal.

Os casos suspeitos foram identificados por meio de ferramenta* de inteligência desenvolvida pelo Ministério Público Federal a partir do cruzamento de dados públicos fornecidos pelo próprio Governo Federal, pelo Tribunal Superior Eleitoral, pela Receita e pelos Tribunais de Contas estaduais e municipais.

Dados


O diagnóstico apontou grupos de beneficiários com indicativos de renda incompatíveis com o perfil de pobreza ou extrema pobreza exigido pelas normas do programa.

Os perfis suspeitos foram classificados em cinco grupos: 
1) falecidos; 
2) servidores públicos com clã familiar de até quatro pessoas; 3) empresários; 
4) doadores de campanha; e 
5) servidores doadores de campanha (independentemente do número de membros da família).

O projeto do MPF analisou todos os valores pagos pelo Bolsa Família no período de 2013 a maio de 2016. 
Nesse ciclo, o programa pagou aos 21,4 milhões de beneficiários R$ 86,1 bilhões. Desse total de beneficiários, 874.115 foram considerados suspeitos.

O valor pago a perfis suspeitos foi de R$ 3,3 bilhões, sendo R$ 2,03 bilhões pagos a empresários; R$ 1,23 bilhões a servidores públicos com clã familiar de até quatro pessoas; R$ 25,97 milhões pagos a beneficiários falecidos; R$ 11,89 milhões a doadores de campanhas que doaram valores superiores ao benefício recebido; R$ 11,48 milhões a servidores públicos doadores de campanha (independentemente do valor da doação).

O Ministério Público Federal classificou Estados e o Distrito Federal de acordo com o porcentual de recursos pagos a perfis suspeitos, considerando o valor total recebido por aquela unidade.

O Estado com maior incidência porcentual de perfis suspeitos foi Roraima, com 8,89% de recursos do programa pagos. 
Já o Pará apresentou o menor porcentual de perfis suspeitos com relação ao total de recursos pagos pelo programa (1,62%).

Ainda de acordo com a análise do MPF, apenas 31 cidades não apresentaram indícios de pagamento suspeito. O Rio Grande do Sul é o estado com maior número de municípios para os quais não foram detectados indícios de irregularidade (com 20 municípios na lista), seguido de Santa Catarina (com seis), São Paulo (com três) e Minas (com dois).

Providências

Em 23 de maio, o MPF enviou comunicado à Secretaria Nacional de Renda e Cidadania (Senarc) no qual dava prazo de 30 dias para que órgão informasse as providências adotadas diante de inconsistências identificadas em pagamentos e perfis dos beneficiários do Programa Bolsa Família.

Após o comunicado, procuradores da República participaram, em 2 de junho, de reunião no Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário para discutir os problemas.

Na ocasião, foram recebidos pelo ministro Osmar Terra, pelo secretário executivo Alberto Beltrame e pela equipe responsável pelo Bolsa Família.

Por meio de portaria publicada em 22 de junho, foi instituído Grupo de Trabalho formado por várias instituições, com a finalidade de sugerir o aperfeiçoamento de rotinas de verificação de inconsistências e a qualificação das bases de dados do Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário.

A convite do Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário, a Procuradoria da República não só expôs a metodologia de investigação utilizada no projeto Raio-X Bolsa Família, como também colheu sugestões para a melhoria de atuação futura.

“O aprimoramento dos mecanismos de controle do programa implementado pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário resultou, segundo anunciado pelo próprio governo federal, no cancelamento de 469 mil benefícios e no bloqueio de outros 654 mil”, informa a Procuradoria.

Em todos os casos, foi constatado que a renda das famílias era superior à exigida para ingresso e permanência no programa.

Perfis de beneficiários considerados suspeitos pelo MPF

FALECIDOS


Estão nesse grupo os titulares (recebedores) de benefícios do programa Bolsa Família cujos CPF (Cadastro de Pessoa Física) ou NIS (Número de Inscrição Social) utilizados no cadastro foram identificados como pertencentes a cidadãos falecidos. A recomendação do MPF nesses casos é para que a prefeitura verifique, inclusive com visita local às famílias feita pelas prefeituras, se houve algum equívoco no momento do cadastro e se o recebedor do benefício de fato está vivo.

SERVIDORES PÚBLICOS COM CLÃ FAMILIAR DE ATÉ QUATRO PESSOAS


Integram esse grupo tanto os titulares do benefício, quanto aqueles que integram seu clã familiar, que são servidores públicos federais, estaduais ou municipais.

A condição de servidor, por si só, não impede que o cidadão se enquadre no perfil econômico exigido pelo programa para a concessão do benefício. Contudo, como a Administração Pública não pode pagar a qualquer servidor vencimento inferior ao salário mínimo, tendo o beneficiário declarado ter família com menos de quatro pessoas, conforme já apurado também pela ferramenta, o MPF entende que esses cadastros merecem ser revisados, com visitas prévia às famílias.

DOADORES DE CAMPANHA ELEITORAL (DOAÇÃO MAIOR QUE BENEFÍCIO)

Estão agrupados nesta categoria tanto os titulares do benefício, quanto aqueles que integram seu clã familiar, que aparecem, segundo dados do TSE, como doadores de campanha no mesmo exercício em que receberam o benefício do Governo Federal.

Assim como no caso dos beneficiários servidores, o fato de ser um doador não significa, por si só, que o beneficiário está em situação irregular ou não cumpre os requisitos de capacidade econômica exigidos para o recebimento do benefício. No entanto, quando o valor doado supera o valor recebido a título de Bolsa Família, é possível inferir que o beneficiário não precisa do dinheiro para sua subsistência. Daí a necessidade de revisão dos cadastros de beneficiários nessa condição, precedida de visita pela prefeitura.

EMPRESÁRIOS

Foram incluídos nesse grupo tanto os titulares do benefício, quanto aqueles que integram seu clã familiar, cujos CPF (Cadastro de Pessoa Física) ou NIS (Número de Inscrição Social) utilizados no cadastro do programa estão vinculados a um ou mais CNPJs (Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica), indicando que são pessoas proprietárias ou responsáveis por empresas.

O MPF não descarta a possibilidade de haver pequenos empresários que atendam aos requisitos de hipossuficiência (pobreza ou extrema pobreza) exigidos pelo programa para a concessão do benefício, mas entende que, em tese, esses seriam poucos casos. A revisão cuidadosa do cadastro desses beneficiários, com visitas prévia pela prefeitura, torna-se necessária para um melhor controle do programa.

SERVIDORES DOADORES DE CAMPANHA


Compõem este grupo tanto os titulares do benefício quanto aqueles que integram o clã familiar informado que são, simultaneamente, servidores públicos (federais, estaduais ou municipais) e doadores de campanhas eleitorais, independentemente do valor doado.

*A versão interativa da ferramenta soma os perfis suspeitos que aparecem cadastrados em mais de um estado, em mais de um município ou em mais de uma categoria. Portanto, a soma dos números de beneficiários pode variar. No total, são 909.672 benefícios suspeitos sendo pagos a 874.115 pessoas (beneficiários com Número de Inscrição Social – NIS). (AE)



12 de novembro de 2016
diário do poder

'TEM DE SER QUEBRADA'

JANOT DIZ QUE LAVA JATO 'ENVERGOU A VARA' DA CORRUPÇÃO ENDÊMICA NO PAÍS
PARA JANOT, LAVA JATO TEM POTENCIAL PARA ACABAR COM A CORRUPÇÃO ENDÊMICA


PARA JANOT, LAVA JATO TEM POTENCIAL PARA ACABAR COM A CORRUPÇÃO ENDÊMICA (FOTO: LULA MARQUES - AGPT)


O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, disse nesta manhã que a Lava Jato tem potencial para acabar com a corrupção endêmica no País. “Ninguém tem a ilusão de que essa investigação vá acabar com a corrupção no País. O que a gente tem é que controlar a corrupção endêmica. Não tem herói, santo, que num passe de magica vai dizer que o Brasil virou um paraíso”, disse Janot, em conversa com jornalistas.

Para falar sobre o combate à corrupção, Janot recorreu a uma figura de linguagem e disse que a investigação “envergou uma vara” no País. “Nós chegamos a esse ponto da investigação. Nós envergamos uma vara. Se agora isto não prossegue e essa vara solta, ela volta e volta chicoteando todo mundo. Nós dobramos a vara e essa vara tem que ser quebrada”, afirmou Janot.

Ele fez um paralelo à Itália ao falar sobre reações de "autopreservação" dos centros de poder, diante do avanço do combate à corrupção. O procurador-geral da República comparou medidas como a tentativa de anistia a caixa dois e lei de abuso de autoridade ao que ocorreu na Itália, na Operação Mãos Limpas. No país europeu, o congresso avançou em medidas que atrapalham as investigações diante do aprofundamento do combate à corrupção.

“A vara está envergada, estamos em um nível que estamos por vencer o limite dessa corrupção endêmica. Temos que cruzar essa linha e dizer: agora vencemos a corrupção endêmica. A corrupção episódica existe no mundo inteiro e vai continuar existindo. A vara está envergada e eu espero que seja sim a Lava Jato que vá quebrar essa vara no sentido de quebrar a corrupção endêmica e sistemática”, afirmou.

Ele também defendeu a redução da quantidade de autoridades que tem direito a foro privilegiado. Segundo ele, há hoje aproximadamente 22 mil autoridades com prerrogativa de foro no País, que não são julgados pela justiça em primeiro grau, mas por tribunais. “O foro privilegiado é um problema e o sistema recursal também é um problema”, disse Janot, em conversa com jornalistas, na sede da Procuradoria-Geral da República.

O procurador criticou a proposta de lei de abuso de autoridade que tramita hoje, classificando o texto como “muito ruim”. “Todo nós – ou cidadão ou agente politico – queremos uma lei que puna o abuso de autoridade (...) A proposta que tramita no senado hoje é muito ruim”, afirmou. Ele afirmou que a proposta não pode deixar os “tipos de abuso” em aberto, nem criminalizar a “hermenêutica” – a interpretação dos juízes, por exemplo. “Hoje o ato mais visível do abuso de autoridade é a ‘famosa carteirada’. E essa lei não se refere a isso”, afirmou.

Ele defendeu o sigilo de investigações em curso e afirmou que o vazamento de informações de delação premiada é prejudicial “A mobilização da opinião pública tem que ocorrer no caso das modificações legislativas. O vazamento é mais prejudicial à investigação do que ajuda a investigação. O clamor popular não interfere na investigação. O sucesso dessas investigações está no sigilo”, disse Janot.

Economia


O procurador-geral da República rebateu críticas de que a investigação possa ser prejudicial à economia e afirmou que o modelo descoberto pela Lava Jato não é o modelo que se quer “resguardar”, porque baseado em práticas de cartel e suborno. “Qual era o quadro da economia por trás dessas empresas? Era uma economia assentada em cima de cartelização, de um capitalismo tupiniquim de acerto, pagamento de suborno. Quem chega a um ponto desse por esse meio espúrio não tem nenhum compromisso com competição, nenhum compromisso com desenvolvimento tecnológico. Não é essa a economia que se pretende resguardar e, se for, vamos alterar a constituição e dizer que o modelo nosso não é capitalista e não é modelo de competição”, disse Janot.

Ele negou qualquer viés político nas investigações. “Os números não revelam isso. Não revelam que estejamos privilegiando nenhum grupo partidário. Todos aqueles são igualmente investigados, de A a Z, e o enfrentamento desse modo de fazer política não criminaliza a política. Estamos enfrentando um modo de atuar criminalmente”, afirmou. (AE)



12 de novembro de 2016
diário do poder

ENQUANTO BRASÍLIA ENROLA...

O Brasil perdeu posições na mais recente avaliação “Doing Business 2017” do Banco Mundial. Aparece no 123.º lugar entre 190 países, duas posições abaixo da classificação anterior
pontos negativos:
  • facilidade para a abertura de negócios, 175º (- 1 x 2015)
  • obtenção de alvarás de construção 172º lugar (- 2)
  • tempo gasto para abrir uma empresa 79,5 dias (média dos 190 países pesquisados, 21 dias; Nova Zelândia, o campeão, 1 dia)
  • obtenção de eletricidade 47º lugar (- 8)
  • proteção a investidores 32º (- 2)
  • resolução de insolvências 67º (- 2)
  • obtenção de crédito 97º (- 4)
  • pagamento de impostos 181º (melhor apenas do que 8 países entre 190)
  • tempo médio para o pagamento de impostos 343 horas/ano x 251 na média global
pontos positivos:
  • implementação do sistema eletrônico para a importação de bens (facilitando a burocracia)
  • novos procedimentos de mediação nos conflitos do novo Código de Processo Civil
No resto do mundo o Banco Mundial identificou 283 reformas em 137 países, 3/4 deles em desenvolvimento, que facilitaram a abertura e a atividade das pequenas e médias empresas, um número inédito.
(Dados do editorial “Perdendo a corrida mundial” do Estadão de 2 de novembro).

12 de novembro de 2016
in vespeiro

"NINGUÉM MAIS ASSALTOU O ESTADO QUE O LULA" - DIZ CAIADO

PARA CAIADO, DELAÇÃO DE MARCELO ODEBRECHT MOSTRA QUEM É LULA

“FICA CLARO QUE SEU OBJETIVO PARA ATINGIR O PODER TINHA MAIS A VER EM PROMOVER O SEU ENRIQUECIMENTO", DISSE. (FOTO: ASCOM/DEM)


O líder do DEM no Senado, Ronaldo Caiado (GO), afirmou na manhã desta sexta-feira (11) que as revelações da delação premiada de Marcelo Odebrecht mostram que o ex-presidente Lula nunca teve as condições mínimas necessárias para ocupar a função de chefe de Estado. “Agora, comprova-se que ninguém mais assaltou o Estado brasileiro e se beneficiou de cargo público que o Lula”, disse ao comentar reportagem da revista Isto É sobre o recebimento de dinheiro vivo pelo petista como pagamento de propina pela empreiteira.

“Fica claro que seu objetivo para atingir o poder tinha mais a ver em promover o seu enriquecimento e de seus familiares do que realmente ser um presidente que se preocupasse com a melhoria da qualidade do povo. Sempre dissemos isso e éramos duramente rebatidos”, opinou o parlamentar goiano.

Para o senador, as informações da delação de Marcelo Odebrecht mostram que o ex-presidente do PT convivia com toda prática de corrupção agora exposta pela Operação Lava-Jato. “A figura de Lula passou a ser desprezível diante de tantos crimes acumulados no período em que teve o poder em suas mãos. Os mineiros têm um ditado que diz: quando na política se deparam com pessoas tão desqualificadas quanto o ex-presidente Lula classificam: isso é homem de ‘nigocinho’, de atitude baixa, rasteira”, acrescentou.

Dilma

Sobre as afirmações de Marcelo Odebrecht de que a ex-presidente Dilma teria negociado diretamente caixa dois para sua campanha, Caiado disse que o PT implantou a cultura do pagamento do pedágio no governo. “Nenhuma decisão do governo do PT acontecia sem o pagamento de pedágio. A delação de Marcelo Odebrecht comprova que Dilma negociava o repasse de dinheiro para sua campanha eleitoral estava atrelada a autorização de recursos para a construção do porto de Mariel (Cuba) por exemplo”.



12 de novembro de 2016
in vespeiro

STF PRISÃO APÓS 2ª. INSTÂNCIA VALE PARA TODOS OS CASOS

CORTE DEFINE QUE PRISÃO APÓS CONDENAÇÃO VALE EM TODOS OS CASOS

CRIMINALISTAS RECLAMAM QUE A DECISÃO DO STF FERE O PRINCÍPIO DA PRESUNÇÃO DE INOCÊNCIA FOTO: NELSON JR./SCO/STF

Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiram que vale para todos os casos do País a decisão da Corte tomada no mês passado, sobre a possibilidade de execução de penas - como a prisão - após a condenação pela Justiça de segundo grau.

O entendimento do STF foi formado em votação concluída na noite desta quinta-feira, 10, no plenário virtual da Corte, que é uma espécie de plataforma online onde os ministros se posicionam, entre outras coisas, sobre a aplicação da repercussão geral em certos casos.

Em outubro, dos 11 ministros que compõem a Corte, seis votaram pela possibilidade de cumprimento da pena antes do esgotamento de todos os recursos. Outros cinco se posicionaram contra a execução da pena antes do chamado trânsito em julgado - fim do processo penal.

Na época, o ministro Marco Aurélio Mello destacou que a Corte estava decidindo sobre a cautelar, não sobre o mérito das ações.

O ministro Teori Zavascki abriu uma votação online para que os ministros se pronunciassem sobre a repercussão geral e a reafirmação da jurisprudência da Corte de permitir a prisão após condenação em segunda instância. Na prática, com a confirmação da decisão do STF, as instâncias inferiores devem seguir o entendimento da Corte.

Na votação realizada no plenário virtual do STF, votaram a favor da reafirmação da jurisprudência do STF os ministros Teori Zavascki, Edson Fachin, Luiz Fux, Gilmar Mendes, Luís Roberto Barroso e a presidente do STF, ministra Cármen Lúcia. Todos eles já haviam votado a favor da execução antecipada da pena no julgamento realizado em outubro.

À época, os ministros alegaram que a prisão depois do julgamento na segunda instância era importante para combater a morosidade da Justiça, a sensação de impunidade e de impedir que um volume grande de recursos seja utilizado para protelar o início do cumprimento da pena.

Contra a reafirmação da jurisprudência se posicionaram os ministros Dias Toffoli, Marco Aurélio Mello, Celso de Mello e Ricardo Lewandowski.

A ministra Rosa Weber, que havia se posicionado contra a prisão de réus com condenação em segunda instância, não se manifestou sobre a reafirmação da jurisprudência no plenário virtual da Corte.

Criminalistas reclamam que a decisão do STF fere o princípio da presunção de inocência. Por outro lado, investigadores apontam que caso o STF voltasse atrás no entendimento, operações como a Lava Jato poderiam ficar prejudicadas, já que isso desestimularia condenados que temem a prisão a colaborar com a Justiça.(AE)



12 de novembro de 2016
diário do poder

'MANGA' E 'ALFACE' ERAM CODINOMES DE PIMENTEL PARA RESGATAR PROPINAS, DIZ PGR

GOVERNADOR TAMBÉM ERA 'MANGA', NO SUBMUNDO DO PROPINODUTO

NOVA DENÚNCIA CONTRA GOVERNADOR DE MINAS ACUSA PETISTA DE RECEBER R$ 15 MILHÕES PARA LIBERAR RECURSOS DO BNDES PARA OBRAS DA ODEBRECHT NA ARGENTINA E EM MOÇAMBIQUE (FOTO: ED FERREIRA/ESTADÃO CONTEÚDO)

Segundo a nova denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o governador de Minas Fernando Pimentel (PT) na Operação Acrônimo, “manteiga”, “manga” e “alface”, entre outros alimentos, estavam entre os códigos secretos para destravar propina.

O suborno foi pago pela Odebrecht, em dinheiro vivo, para facilitar a liberação de financiamentos do BNDES para obras da empreiteira na Argentina e em Moçambique quando Pimentel era ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Em troca do apoio, a empreiteira teria oferecido propinas da ordem de R$ 15 milhões ao então ministro.

De acordo com a denúncia, a grana era resgatada por um emissário do governador e teria ocorrido em ao menos sete ocasiões. Para receber os repasses, cada um de pelo menos R$ 500 mil, o agente supostamente a serviço do petista precisava dizer uma senha, não raro hortifrutigranjeira, ao portador do dinheiro da empreiteira.

Detalhes do esquema foram dados pelo empresário Benedito Rodrigues de Oliveira, o Bené, apontado como “operador” do governador. Nos depoimentos, contou que, após conversas de Pimentel com Marcelo Odebrecht, passou a tratar dos pagamentos com o João Carlos Mariz Nogueira, então diretor de Crédito à Exportação da empreiteira.

A partir das declarações, a Polícia Federal buscou mais provas do envolvimento do petista no esquema. Numa troca de mensagens com o executivo em 17 de julho de 2013, um dia após a Camex aprovar a cobertura do financiamento na Argentina pelo seguro do crédito à exportação, Bené avisa ao executivo, supostamente referindo-se a Pimentel: “Deu certo, né!!! Nosso amigo acabou de me falar!!!”. Em seguida, emenda: “Você não pede, camarada! Vc manda! Falei que a nossa turma é comprometida!”.

Conforme a denúncia, que será analisada pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), Bené acionou um de seus funcionários, Pedro Augusto de Medeiros, para recolher a propina da Odebrecht em hotéis de São Paulo. Antes das entregas, Nogueira repassava por mensagem a senha a ser apresentada pelo emissário. O dinheiro era estocado em Brasília e, conforme a acusação, custeou despesas da campanha de Pimentel a governador, em 2014.

Além de “manteiga”, “manga” e “alface”, houve “algodão”, “escada” e “4-branco 5-pimenta”, conforme as perícias feitas pela PF.

Em nota, o advogado de Pimentel, Eugênio Pacelli, disse que a denúncia é ainda “mais frágil” que a anterior, por ter como base “exclusivamente” o depoimento de um colaborador, no caso Bené, “não se apoiando em nenhum meio de prova admitido pela Justiça”.

A assessoria de imprensa da Odebrecht informou que nem a empresa nem a defesa do empresário iriam comentar o caso.


12 de novembro de 2016
diário do poder

FARRA PARTIDÁRIA

PARTIDOS FATURAM R$ 615 MILHÕES DO TESOURO
FUNDO PARTIDÁRIO JÁ DISTRIBUIU R$ 615 MILHÕES A PARTIDOS EM 2016


FUNDO PARTIDÁRIO JÁ DISTRIBUIU R$ 615 MILHÕES A PARTIDOS EM 2016


Enquanto o governo Michel Temer considera prioridade absoluta limitar os gastos públicos, os partidos políticos aproveitam a herança maldita do governo gastão da ex-presidente Dilma. De janeiro a outubro, os 35 partidos dividiram o butim de R$ 615 milhões, por meio do Fundo Partidário. O valor chegará a R$ 900 milhões até o fim do ano. Punido nas urnas, este ano, o PT foi o que mais faturou: R$ 81,73 milhões.

O PSDB rivaliza com o PMDB na partilha do Fundo partidário: R$67,36 milhões para os tucanos, R$65,67 milhões para os peemedebistas.

Como os políticos acham pouco, vão fazer o fundo partidário bater do bolso dos cidadãos cerca de R$1,5 bilhão em 2017, ano sem eleições.

Vem aí um fundo eleitoral, de R$3 bilhões, para tirar do bolso do eleitor o financiamento de campanhas de políticos como Renan, Cunha etc.



12 de novembro de 2016
diário do poder

SENADO TENTA BARRAR INVESTIGAÇÃO DA PF DESDE 2015

ÍNTEGRA DE LICITAÇÃO SÓ FOI COMPARTILHADA APÓS DERROTAS JUDICIAIS

ÍNTEGRA DE LICITAÇÃO SÓ FOI COMPARTILHADA APÓS DERROTAS JUDICIAIS

Em maio de 2015, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), entrou com mandado de segurança na Justiça Federal para tentar impedir a Polícia Federal de investigar o Senado e limitar investigação de casos criminais à “polícia” Legislativa. A Justiça rejeitou e o Senado recorreu ao TRF da 1ª Região. Perdeu mais uma vez e foi obrigado a compartilhar todas as informações solicitadas pela Polícia Federal.

A confusão teve início em novembro de 2014, após a PF pedir cópia da íntegra da licitação milionária do circuito fechado de televisão, de 2011.

A empresa vencedora do processo foi a goiana Multidata, que depois ainda seria contratada para planejar, instalar e manter o sistema.

A Multidata recebeu mais de R$ 5 milhões só em um dos contratos com o Senado. E ganhou seis suspeitíssimas prorrogações de contrato.

A prisão de “policiais” legislativos na Lava Jato reviveu o imbróglio, mas o STF já havia decidido: a PF pode, sim, investigar o Senado.


12 de novembro de 2016
diário do poder

MENSAGEM DE ADAMATIS DAS PLÊIADES > TRUMP!

Mensagem de ADAMATIS, das PLÊIADES - TRUMP! - YouTube

https://www.youtube.com/watch?v=28MGni69yrk
14 horas atrás - Vídeo enviado por PAULO AFONSO _PALMA
Canalizado por Adriano Pereira - 10/11/2016 Edição de Áudio/Vídeo: PALMA Link/Site de Origem da ...

12 de novembro de 2016
postado por m.americo

O QUE ACONTECERÁ COM O BRASIL

Mensaagem de ASHTAR SHERAN O que acontecerá com o Brasil ...

https://www.youtube.com/watch?v=v9rJsFk_U7M
10 de out de 2016 - Vídeo enviado por Mensageiros da Luz
Importante vídeo sobre ASHTAR SHERAN e JESUS! ... SHERAN O que acontecerá com o Brasil ...

12 de novembro de 2016
postado por m.americo