"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

terça-feira, 15 de novembro de 2016

INVESTIGADORES DOS EUA APURAM ELO ENTRE CARTOLAS BRASILEIROS E A ODEBRECHT


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Fotomontagem reproduzida do Arquivo Google












Investigadores norte-americanos apuram suspeitas de que os cartolas do futebol foram beneficiados por contratos obtidos pela Odebrecht – construtora investigada na Operação Lava Jato no Brasil. Tanto o escândalo da Fifa quanto o da empresa brasileira estão sendo analisados pelo Departamento de Justiça nos Estados Unidos.
O jornal O Estado de S.Paulo apurou que os investigadores têm cruzado informações, principalmente no que se referem à construção de estádios da Copa em 2014. O resultado do inquérito poderá alimentar o julgamento contra cartolas brasileiros e mesmo dirigentes europeus.
Desde 2015, dirigentes brasileiros passaram a ser indiciados pela Justiça norte-americana, entre eles Ricardo Teixeira e Marco Polo del Nero, atual presidente da CBF. José Maria Marin, que dirigiu a entidade, é o único que foi extraditado e cumpre prisão domiciliar em Nova York. Del Nero nunca mais deixou o Brasil. Os norte-americanos também investigam outros cartolas, entre eles o ex-secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke.
ARENA CORINTHIANS – Ao lado de Teixeira, Valcke teria fechado acordo para tirar do Morumbi a Copa e abrir caminho para a construção de um novo estádio, erguido pela Odebrecht em Itaquera – a Arena Corinthians. O francês foi banido do futebol por suspeitas de corrupção. Em 2006, ele ainda recebeu US$ 100 mil (R$ 343 mil, na cotação de ontem) da CBF para ajudar o Brasil a receber a competição mundial.
No fim de 2015, o Departamento de Justiça dos Estados Unidos solicitou à Suíça cooperação para investigar contas controladas por Teixeira em bancos do país. Os dados foram enviados aos procuradores norte-americanos.
Ao mesmo tempo, os investigadores passaram a fechar o cerco contra a Odebrecht, em processo paralelo e em cooperação com a Operação Lava Jato, no Brasil. Em 2015, a Polícia Federal apontou para suspeitas de fraude a licitação e superfaturamento de R$ 42,8 milhões na construção da Arena Pernambuco, de responsabilidade da Odebrecht. A suspeita é de que agentes públicos foram corrompidos para favorecer a construtora na licitação internacional para as obras e para viabilizar financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
DESVIANDO RECURSOS – Delações apontaram como o consórcio liderado pela Odebrecht na reforma do Maracanã para a Copa do Mundo serviu para desviar recursos para partidos políticos.
Os norte-americanos agora passaram a cruzar os dados entre os dois processos para avaliar indícios de que os dirigentes de futebol indiciados no caso da Fifa também receberam favores da construtora brasileira. Uma das dificuldades, porém, é que o Brasil não tem cooperado com os norte-americanos na investigação sobre os escândalos do futebol.
Isso por causa de uma decisão da Justiça Federal dos Estados Unidos e que está sendo alvo de recursos no STF. O julgamento dos cartolas nos EUA começa apenas no segundo semestre de 2017 e, até la, os procuradores esperam obter confirmações sobre as suspeitas investigadas.
O AMIGO LULA – Em e-mail que faz parte do relatório da Polícia Federal (PF), Marcelo Odebrecht cita a Fifa ao se referir aos planos para a construção do estádio do Corinthians e a necessidade de “recursos adicionais” para que a arena pudesse estar dentro dos padrões (da Fifa) para ser escolhida como local de abertura da Copa do Mundo de 2014.
Em seu relatório, a PF explica que Marcelo Odebrecht pede para que chegue “a seu pai (Emílio) a mensagem cujo tema, aparentemente, está voltado para a questão do financiamento de algum estádio”. “A necessidade de Marcelo para que seu pai tenha acesso à mensagem em questão se funda no caso de o ‘amigo’ de Emílio ligar para este”, disse a PF. O amigo, segundo a investigação, seria o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

15 de novembro de 2016
Deu em O Tempo
(Agência Estado)

A REPÚBLICA FOI PROCLAMADA SEM POVO... E A TRADIÇÃO CONTINUA MANTIDA.

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O sol não tinha nascido quando um grupo de jovens oficiais do Exército, rebelados contra o primeiro-ministro, Visconde de Ouro Preto, bateram na porta de uma casa modesta, próxima do Campo de Santana. Vinham pedir ao morador que os liderasse, pois faltava um general de desenvoltura política que, à frente das tropas  insubordinadas, depusesse o ministério. Sem dormir por toda a madrugada, o marechal  Deodoro da Fonseca sofria de dispnéia, respirando mal e até, conforme seus vizinhos, talvez não passasse do dia 15, que nascia. Os boatos eram sobre a dissolução do  Exército, substituindo-o pela Guarda Nacional. Também se falava da iminente prisão de Deodoro.
Com muito esforço, e acreditando na boataria, o marechal fardou-se e tentou montar no cavalo baio a ele oferecido. Não conseguiu, ocupando então uma charrete. Tomou o rumo de São Cristóvão, onde se localizavam regimentos dispostos a aderir à rebelião. No meio do caminho, às margens do Mangue, um pequeno riacho, confraternizaram a comitiva do marechal e dois batalhões que deixavam os quartéis,  marchando para a sede do ministério da Guerra, onde se encontrava reunido o ministério. Da janela do segundo andar, o primeiro-ministro dava ordens ao ajudante-geral do Exército, marechal Floriano Peixoto, para acionar as tropas legalistas e tomar de assalto os poucos canhões apontados contra o governo. Referiu-se à superioridade dos soldados fiéis, lembrando que na recém encerrada Guerra do Paraguai, em condições muito mais adversas, peças inimigas tinham sido tomadas à baioneta. Floriano, sem posição definida na rebelião, justificou a inação: “é, senhor ministro, mas no Paraguai lutávamos contra paraguaios”.
Deodoro chegou, mandou abrir os portões e agora a cavalo, irrompeu pelo pátio interno, com a tropa entusiasmada gritando “viva Deodoro! Viva Deodoro!” Como gesto peculiar adquirido na guerra, ele saudou a tropa tirando e colocando o quepe por diversas vezes. E gritando “viva o Imperador! Viva o Imperador!”
Naquela hora, já haviam chegado ao prédio do ministério partidários da proclamação da República, como Benjamin Constant, Quintino Bocaiuva, Aristides Lobo e outros, que subiram com Deodoro as escadarias para o salão onde o ministério estava reunido. Ouro Preto não se levantou e ouviu as queixas do marechal, falando na humilhação porque passava o Exército. Ardendo de febre, Deodoro repetiu diversas vezes que o Exército se sacrificara nos pântanos do Paraguai e não merecia o desprezo do governo. Em dado momento, replicou o primeiro-ministro: “Olha aqui, marechal, sacrifício muito maior estou  fazendo agora ouvindo as baboseiras de Vossa Excelência!”
Dali para Deodoro anunciar que Ouro Preto estava deposto e preso foi um minuto. Aproximaram-se os republicanos e os militares, quando Benjamin Constant aproveitou para sugerir a Deodoro que melhor oportunidade não havia para proclamar a república, naquela hora.  O marechal refugou, lembrou que o Imperador era seu amigo, mas ouviu que se a República fosse proclamada, o país seria governado por um ditador. Ele mesmo.
Quando todos se retiravam, Ouro Preto para a  cadeia, Deodoro montou o cavalo baio e saudou de novo a tropa, agora gritando “viva a República! Viva a República!”
Decidiram os militares   empreender a “marcha da vitória”, com a tropa desfilando pelas ruas do centro do Rio, com banda de música e a população ainda sem saber porque, já que a República fora proclamada sem povo, quase de madrugada. Foi preciso que à tarde, José do Patrocinio, republicano e vereador na Câmara Municipal, realizasse uma sessão solene participando aos presentes que o Brasil era uma república. A sequência do acontecido fica para outro dia.

15 de novembro de 2016
Carlos Chagas

É POR ELES QUE OS SINOS DOBRAM...



A civilização moderna, voltada para o culto ao corpo, carregada de superstições da saúde perfeita, inebriada pela superficialidade despreocupada, não gosta de refletir sobre o sofrimento e a morte.

A Igreja, Mãe sábia e mestra da Verdade, pelo contrário, dedica um dos dias do ano à recordação daqueles que já partiram. 
Ela nos convida a rezar pelos que adormeceram na paz do Senhor; e nos ensina a encarar a morte com serenidade, com grandeza, mesmo no que ela tem de aflitivo e catastrófico.

A Revolução, toda voltada para a construção da Cidade do Homem, de que falava Santo Agostinho, não gosta daquilo que recorde ao homem seu destino eterno. 
Por isso, aos poucos, vai abolindo os cerimoniais e os símbolos do luto, como se abolindo, por exemplo, os tecidos escuros, conseguisse afastar dos homens o sofrimento e a morte. Até mesmo entre os católicos, de tendências progressistas, há um anseio de tudo tornar festivo e fazer esquecer, na liturgia, aquilo que recorde o luto.

No Dia de Finados, Francisco José Viegas, no seu blog do jornal português Correio da Manhã, escreveu uma reflexão, breve e contundente, que tenho o gosto de compartilhar aqui:



“Num mundo que glorifica o corpo e o seu culto narcísico (e a sua paranoia alimentar), que despreza os velhos e endeusa a juventude, a ideia de visitar os mortos – os nossos mortos – é absurda. Mas não devia.

Os sinos dobram por eles e por nós. O Dia de Finados pertence à categoria das velharias que a civilização da frivolidade dispensa como um incómodo; para os neurónios (por assim dizer) dos especialistas em “autoajuda” e “bem-estar” devemos ignorar a morte e declarar os mortos como coisa inexistente.

A verdade é que a morte (que nos levou os mais próximos, que nos desafia permanentemente) é essa fronteira que coloca a nossa pobre existência diante do desconhecido; é um tabu que pretendemos ignorar em vão, tal como a experiência religiosa ou o contacto com a melancolia e o silêncio.

Uma civilização arrapazada e fedelha que não relembra os mortos talvez não mereça um futuro promissor. 
Este dia merece uma paragem: para que contemplemos o invisível e relembremos os que partiram e viveram conosco. 
É por eles que os sinos dobram. Um dia será por nós“.


15 de novembro de 2016
Jose Carlos Sepulveda da Fonseca
in blog do navarro

A HISTÓRIA E A VERDADE

Desde que estou nas redes sociais, tenho aprendido muito com a crítica.
Mas há dias uma certa Associação Nacional de História postou o seguinte:

Lembrando Alexandre Garcia foi porta-voz do ditador João Figueiredo (1974-1978) e acha que “estão ensinando história errada nas escolas”.

Respondi:

Obrigado por comprovar minha tese de História errada: o presidente 1974-1978 era Geisel.
Não precisaria dizer mais nada. Envergonhados, apagaram o post.
Poderia continuar, perguntando a eles quem era o porta-voz de Figueiredo.
Se levassem História a sério veriam que se chamava Said Farhat, que foi demitido, entrando em seu lugar o embaixador Carlos Átila.

Durante 18 meses fui literalmente o sub do sub, porque abaixo de Farhat, Ministro e porta-voz, havia um secretário de imprensa e eu era subsecretário para a imprensa nacional.
A raiva deles deve vir do seguinte: na edição de domingo, 17 de agosto de 1980, eu dei entrevista ao Correio do Povo, que era o jornal mais importante do Rio Grande do Sul, revelando que a sucessão de Figueiredo seria civil.
O título da entrevista, com chamada na primeira página, foi O Sucessor de Figueiredo será Civil. 
A revelação repercutiu no dia seguinte em todos os grandes jornais do país.

A raiva deles é que isso derruba no chão a tese de que foram eles que acabaram com o governo militar, por meio do movimento “diretas já”. 
Ora, esse movimento só apareceu quase três anos depois do meu anúncio de que a sucessão seria civil e dentro dos partidos políticos.

Portanto, já estava tudo decidido. Não foi a pressão das ruas, mas a vontade do próprio regime. 
Depois de Figueiredo, foi eleito Tancredo Neves, aliás da mesma forma com que foram eleitos todos os presidente militares.

Geisel ganhou de Ulysses, lembram? Figueiredo ganhou de Euler Bentes, do candidato do MDB.

Disseram que lutaram pela democracia. Com bombas, sequestros, assaltos, execuções. Fui assaltado no Banco do Brasil em Viamão, pela Vanguarda Armada Revolucionária, quando era estudante de jornalismo. 

Na luta armada, que durou menos de dez anos, morreram 364 ativistas, segundo o livro Dos Filhos Deste Solo, do Ministro de Direitos Humanos de Lula, Nilmário Miranda, ele próprio um dos que lutaram contra o governo. 

Somando-se aos que foram mortos pela esquerda armada, chega-se a um total inferior a 500 vítimas em 20 anos. 
Isso equivale a três dias de assassinatos no Brasil de hoje. Pelo que contam alguns professores, a verdade está anos-luz à frente da versão ideológica.

São dados para fazer voltar a realidade da História recente. Que os jovens talvez desconheçam, porque receberam informações mirabolantes de alguns professores. 
Os tais da postagem me chamaram de lambe-botas dos militares. Isso é impossível, porque eu teria que lamber meus próprios coturnos, pois felizmente cumpri o serviço militar obrigatório e tenho a honra de ser reservista do Exército Brasileiro, onde aprendi a aprofundar minha formação de casa, de amor à Pátria, honradez, disciplina, respeito aos outros, às leis e à ordem.

Fonte:
Jornal Inconfidência - Ed nº 232

15 de novembro de 2016
Alexandre Garcia

UM ESPETÁCULO: CIDADÃO NEGRO DÁ LIÇÃO DE POLÍTICA E DETONA JORNALISTA DA CNN





O que vai aparecendo nas redes sociais é algo incrível. Os jornalistas estão tão preocupados em espinafrar o mega vencedor da eleição presidencial americana, Mr. Donald Trump, que se esquecem que bem pertinho sempre há alguém com um telefone celular na mão filmando tudo.

Esse foca(*) da CNN queria fazer uma reportagem que combinasse com a narrativa esquerdista e pegou o bonde errado. Esse homem negro, além de ter razão em tudo o que afirmou, revelou que está muito bem informado sobre política. E, por isso mesmo, votou em Mr. Donald Trump. De quebra desmoralizou o moleque serviçal da Clinton News, como passou a ser conhecida essa emissora bundalelê na Terra de Tio Sam.

Os vagabundos esquerdistas são assim mesmo. Dizem que defendem os negros, mas na verdade os utilizam para lograr seus objetivos. Ocorre que cada vez mais a comunidade negra dos Estados Unidos está completamente integrada na sociedade norte-americana. 

No ano passado estive nos Estados Unidos. Num final de semana, no hotel em que me hospedei em Miami Beach, havia dezenas de cidadãos e cidadãs negros hospedados, passando o final de semana numa das praias mais famosas dos States. Outro fato importante: Nos Estados Unidos a população negra é enorme em todos os estratos sociais.

Sim, entre os eleitores apoiadores de Donald Trump se incluem milhares de cidadãos negros. Inclusive o Dr. Ben Carson (Benjamin Solomon Carson) que é um famoso neurocirurgião pediátrico, psicólogo, escritor, professor e filantropo. Pertence aos altos quadros do Partido Republicano e concorreu com Trump pela indicação a candidato presidencial. Embora tenha perdido, apoiou Donald Trump que durante seu discurso da vitória, logo após a apuração da eleição, destacou e agradeceu a presença de Carson.

Seja como for, o fato é que a vitória de Trump tem sido uma bênção por servir para escancarar ao mundo inteiro como a grande mídia e seus jornalistas amestrados e comedores de caraminguás sabe-se lá de onde, mentem desabusadamente e se transformaram em servos da vagabundagem esquerdista, transformada agora em ponta de lança dos globalistas.

No vídeo que está acima tudo fica muito claro e evidente: a CNN pautou o repórter para entrevistar cidadãos negros que falassem mal de Dornald Trump. Pegaram o bonde errado, como fica escancarado nessa cena que nos faz sentir a tal vergonha alheia.

(*) Foca no jargão jornalístico quer dizer jornalista novato em começo de carreira

15 de novembro de 2016
in aluizio amorim

COMO DESTRUIR UM ESTADO: RECEITAS DE CABRAL, LULA & DILMA





José Nêumanne comenta a destruição do Rio de Janeiro, fruto de incompetência, ganância e safadeza de autoridades que merecem cadeia:

“Se não mexer na Previdência, viramos a Grécia”. O título merece a atenção do leitor para a entrevista que ocupou uma página no caderno de Economia do Estadão de domingo 13 de novembro. O protagonista, ouvido pelos repórteres Mônica Ciareli, Wilson Tosta e Vinicius Neder, é Luiz Fernando Pezão, do PMDB de Sérgio Cabral, por sua vez subPT de Lula e Dilma.

As notícias que ele dá têm o impacto de uma bomba nuclear e merecem atenção. “Temos 100 coronéis (da Policia Militar) na ativa e 600 aposentados ganhando R$ 23 mil (por mês). Se aposentaram com 48 anos, 49 anos. Você acha que essa conta vai fechar?”, perguntou aos repórteres (e ao leitor), em tom de cobrança. Se o ET, de repente, pousasse no Porto Maravilha (obra da Olimpíada), poderia perguntar: “Ei, moço, a culpa é do jornal ou do bispo de Garanhuns?”.

E ainda: “Tenho mais professor inativo do que ativo, em um momento em que a população está demandando mais serviços, porque ninguém tem mais dinheiro para pagar plano de saúde e colégio particular”. Ou seja: será a culpa do fluminense que perdeu o emprego, a renda e os luxos a que estava acostumado? De Carlos Lacerda, que foi governador da Guanabara e deu a seus sucessores o péssimo exemplo de governar bem? Ou podemos imaginar que o desafio tenha sido feito numa mesa branca a Marcelo Alencar, outro governador medíocre? Que nada! O entrevistado é o atual governador do Estado do Rio de Janeiro. Na História será lembrado como um Zé das Couves que ocupou um lugar para o qual não estava preparado e terminou entrando na História por ter reduzido a ex-Cidade Maravilhosa a cenário de um filme B de terror.

O leitor do Estadão foi contemplado com um trabalho de edição exemplar, no qual a ruína é dissecada, pedra a pedra, picareta por picareta. Ao lado da entrevista cínica, foi editado um quadro completo do atoleiro fiscal. Nele 11 pontos mostram como governos corruptos, irresponsáveis e incompetentes destruíram o Estado do Rio e deixaram o legado assustador de uma dívida de R$ 17,5 bilhões.

A desventura começou com uma notícia excepcional. No litoral de Campos de Goitacazes repousa a maior reserva de petróleo do País. Ali, após pesquisa de anos, a Petrobrás concluiu que havia uma jazida enorme de óleo cru nas profundezas, sob a camada do pré-sal. A desassombrada capacidade de mentir do ex-governador Sérgio Cabral e dos ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff – PT e PMDB de mãos dadas e sujas de graxa – os tornou parceiros na ventura de um enorme potencial de riqueza fácil: o ouro negro a ser extraído do fundo mais profundo do mar. Em 2014, ano em que Dilma foi reeleita, entraram nos cofres estaduais fluminenses R$ 10 bilhões, reduzidos a R$ 5,6 bilhões em 2015 e R$ 3,48 bilhões pingados este ano (menos 60% em dois anos). A previdência estava ancorada nessa miríada de mil e uma noites. E afundou.

O segundo ponto foi a crise da Petrobrás. Padim Lula convocou o mundo para aplaudi-lo na Bolsa de Valores de São Paulo, ao festejar a maior capitalização da história do capitalismo: o exponencial crescimento da Petrobrás, com sede no Rio. Mas a Operação Lava Jato desvendou nos seus porões o maior escândalo de corrupção da História da humanidade. A maior estatal brasileira deve R$ 332,4 bilhões, sofreu com a queda do valor do barril no exterior e com o congelamento do preço do combustível nos postos para mascarar a inflação. Aí, a cadeia de óleo e gás naufragou.

O propinoduto de grandes empreiteiras, como Odebrecht e Andrade Gutiérrez, paralisou sua atividade e as tornou componentes da recessão que fechou empresas e desemprega 12 milhões de brasileiros. A queda de sua participação na receita do Estado foi de R$ 61,5 bilhões para R$ 44,8 bilhões (menos 20% em termos reais). Em dez anos, o Rio informa ter perdido R$ 9 bilhões em investimentos, por causa da guerra fiscal entre os Estados da Federação.

Em 2014, o governo fluminense reajustou o salário de servidores de 41 categorias e isso onerou a folha de pagamento em R$ 2,7 bilhões. Do déficit projetado de R$ 17,5 bilhões, R$ 12 bilhões são destinados a aposentados e pensionistas. De 2010 a 2015, a dívida pública aumentou 81,6%, ou seja, quase dobrou: de R$ 59,2 bilhões para R$ 107,5 bilhões.

O oitavo ponto é o gasto com a Olimpíada. Sérgio Cabral, o patrono de Pezão, participou da festança de 2009, em Copenhague, ao lado de seu inspirador, Lula da Silva, quando o Rio venceu Chicago, sob os auspícios de Michelle e Barak Obama, Madri e Tóquio, e se tornou sede da Olimpíada de 2016. Tudo a ser financiado pela iniciativa privada, conforme juraram o ex-presidente, sua sucessora, o então governador e o prefeito da cidade-sede, Eduardo Paes, da mesma patota. Pois sim: findos os jogos, feita a conta, coube ao Estado bancar a bagatela de dez projetos, que custaram a ninharia de R$ 9,7 bilhões.

Em 2015, para pagar suas dívidas, o fundo de previdência captou nos EUA US$ 3,5 bilhões (R$ 12 bilhões) em títulos com lastro em royalties de petróleo. O preço do produto desabou e a Rioprevidência não conseguiu pagar o débito. Coube ao Tesouro honrá-lo. Ou seja, o contribuinte paga a conta que Cabral e Pezão gastaram. De 2007 a 2014, foram dados em benefícios a empresas R$ 185 bilhões, com renúncia efetiva de R$ 47 bilhões.

O Legislativo e o Judiciário também fizeram festa paga pelo bolso de todos os fluminenses. De janeiro de 2007 a dezembro de 2015, as despesas da Assembleia Legislativa cresceram 90%. As da Justiça, 145%. E as do Ministério Público, 181%. Junto ao 11º ponto, o Estadão informou que no período a inflação medida pelo IPCA/IBGE foi de 71,82%

Na última resposta da entrevista Pezão não se fez de rogado. Disse que o problema não é só do Rio, mas do Brasil todo. O pior é que ele tem razão. Seus padroeiros deram as de Vila Diogo e imitaram João sem braço. Sérgio Cabral é tido como desaparecido. Lula da Silva, falando para 300 gatos pingados na Casa de Portugal, culpou Temer, que foi vice de Dilma e hoje governa, pelo desemprego e pela queda de renda dos trabalhadores, que estão pagando a conta e não participaram da farra fiscal que está levando o Rio e o País à matroca.

Ao sugerir intervenção federal, Pezão cobra pesado resgate pelo sequestro do Estado, como se chefiasse uma milícia de subúrbio. Mas Temer garante que não aceitará a chantagem, sabendo que, se intervier no Estado do Rio, terá de adiar seus projetos no Congresso para reformar a Constituição e içar o Brasil do pré-sal da recessão. Vai saber…


15 de novembro de 2016
in orlando tambosi

"JUDICIÁRIO E MINISTÉRIO PÚBLICO FORMAM NOBREZA DA REPÚBLICA"

Em artigo na Folha, Kim Kataguiri afirma: "Vale lembrar que todos esses supersalários são pagos com dinheiro de impostos e quem mais paga imposto no Brasil são os mais pobres"

Leiam trecho:

15 de novembro. Proclamamos a República. Ainda assim, os brasileiros são obrigados a sustentar os luxos da nobreza composta pelo Judiciário e pelo Ministério Público.

Apesar dos mais de 11 milhões de desempregados e da dificuldade para pagar o salário de servidores públicos de Estados como o Rio Grande do Sul e o Rio de Janeiro, há magistrados inativos por aí que chegam a receber mais de R$ 200 mil de remuneração líquida em um mês, valor absurdamente maior do que o teto de R$ 33,7 mil. Somado a isso, temos um ex-presidente do STF, Ricardo Lewandowski, pregando em discursos dignos de verdadeiros líderes sindicais que juízes não devem ter vergonha de pedir aumento.

O pior é que os supersalários são regra, não exceção. Levantamento recente feito pelo portal “Gazeta Online” sobre os salários do Ministério Público do Espírito Santo mostrou que 99% – isso mesmo, 99% – dos procuradores de Justiça, promotores e promotores substitutos do órgão receberam salários acima do teto entre os meses de janeiro e setembro.

Por mais estarrecedor que isso seja, juízes e membros do MP argumentam que esses pagamentos extras não são ilegais por se trataram de “indenizações” e, portanto, não incidirem sobre o teto. A questão é que a Constituição –que está acima de todas as leis–, no artigo 37, incisivo XI, é clara ao dizer que a remuneração e o subsídio de servidores públicos “incluídas as vantagens pessoais ou de qualquer outra natureza (…) não poderão exceder o subsídio mensal, em espécie, dos ministros do Supremo Tribunal Federal”.

Esse tipo de privilégio tem de acabar, especialmente em tempos de teto de gastos. Vale lembrar que todos esses supersalários são pagos com dinheiro de impostos e quem mais paga imposto no Brasil são os mais pobres. Trata-se da institucionalização da desigualdade social.
(…)
Íntegra aqui

15 de novembro de 2016
Reinaldo Azevedo

REPÚBLICA???



Feriado para quê? Para comemorar o permanente abuso da coisa pública, praticado pela casta política?
Data vênia, nós, o povo brasileiro, nada temos o que comemorar.
Deodoro proclamou a República, no 1889, mas ela continua sem ser implantada, desde então.
A partir do 1964, os governos militares tiveram tudo para implantar a república, mas não o fizeram.
Pior, devolveram o poder que lhes fora outorgado pela marcha da família para os criminosos da "Nova República".

O resultado, como visto, foi o genocídio do povo brasileiro, a traição do BRASIL e a DITADURA do controle social, para roubar.

Resta uma saída para corrigir o erro histórico: RESGATAR o BRASIL da casta do crime, implantar o regime democrático e o sistema republicano, através da imediata INTERVENÇÃO CONSTITUCIONAL!!!


15 de novembro de 2016
Antônio José Ribas Paiva, Jurista, é Presidente do Nacional Club.

LULA "ACOMPANHAVA TUDO DE PERTO NA PETROBRAS" - DIZ DELCÍDIO EM ENTREVISTA À RÁDIO

Luiz Inácio Lula da Silva acompanhava de perto tudo o que acontecia na estatal

CHAVE: A delação do ex-senador Delcídio do Amaral implica Lula na trama (Crédito: Ana Paula Paiva/Valor)

O senador cassado Delcídio do Amaral (PT-MS), que cumpre prisão domiciliar por envolvimento com o esquema de corrupção montado na Petrobras, disse, em entrevista à Rádio JovemPan de São Paulo, divulgada nesta segunda-feira (14), que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva acompanhava de perto tudo o que acontecia na estatal. “A Petrobras sempre teve influencia política. (…) agora, no caso do governo Lula, a Petrobras teve uma participação muito mais ampla no governo, era uma política de Estado. A Petrobras como uma alavancadora de desenvolvimento, uma alavancadora do crescimento do país, então isso naturalmente exigia um posicionamento claro e um acompanhamento muito mais próximo do presidente da República.”



Delcídio disse ainda que a ex-presidente Dilma Rousseff também tinha conhecimento do que acontecia na Petrobras e que chegou a aconselhá-la diversas vezes. “Por muitas vezes eu conversei com ela sobre isso [Petrobras] e alertando que isso ia acabar batendo nela. Mas ela tinha alguns conselheiros palacianos que tinham uma tese contrária, uma tese de gente que não tem visão de estado, não tem visão política. Isso foi um equivoco fatal. E a vida é implacável pra quem dorme”, contou Delcídio.

O senador cassado disse que vai continuar colaborando com as investigações da Lava Jato e que resolveu delatar quando foi preso e que não precisou ser, e nem foi, pressionado para isso. “Praticamente tomei a decisão sobre a colaboração na primeira semana, no primeiro dia talvez. Quando eu entendi o porquê que tinha ocorrido a minha prisão, eu já reconheci o erro que cometi. Quando eu vi aquele processo todo eu pensei ‘se eu tô atrapalhando vou desatrapalhar (sic)’.”

Delcídio fez questão de ressaltar que não é político de carreira, mas sim engenheiro e que chegou a cargo de executivo: “Tudo o que eu consegui eu consegui suando a camisa”. E que sua delação terá um foco específico, e que, ao contrário do que é dito, ele ‘não vai atirar para todos os lados’. “Como o nível de informação que eu tinha era nível das pessoas grandes, que comandavam, claro, eu era líder do governo e sempre tive uma articulação forte com oposição, com a base, então eu tenho um foco muito claro na minha colaboração. O processo no entorno da ex-presidente Dilma, do presidente Lula, de algumas lideranças políticas como um todo e de alguns partidos políticos de oposição. Eu me restringi a esse universo”, declarou ele ao jornalista Claudio Tognolli, que fez a entrevista na residência do ex-senador.

Durante a entrevista, Delcídio recebeu a notícia de que o ex-presidente Lula entrou com um processo de danos morais contra ele. “Estratégia dos advogados de bater na tese da vitimização e tentando desqualificar, mas nós já esperávamos esse tipo de atitude, não é nenhuma novidade. Só que as investigações já estão muito avançadas em função da colaboração que eu prestei. Portanto [o processo] não alterou absolutamente nada”, avaliou ele.

A JovemPan informa em seu site que a defesa de Lula enviou nota informando que o ex-senador Delcídio do Amaral mentiu sobre a compra do silêncio de Nestor Cerveró e está sendo processado por este motivo. Confira a nota na íntegra:

“O ex-senador Delcídio do Amaral está sendo processado porque mentiu em relação a Lula. A ação proposta no último dia 10/11 diz respeito apenas à mentira sobre a compra do silêncio de Nestor Cerveró. As demais mentiras serão objeto de novas ações. Tal como ele, todos aqueles que forjarem acusação para obter benefícios da Justiça serão processados”.


15 de novembro de 2016
Da Redação
IstoÉ
in resistência democrática

CUMPRINDO O SEU PAPEL...

Levantamento mostra que, em 10 anos, nada menos do que 96,5% dos políticos se safaram no STF



O foro privilegiado tem que acabar


Entre janeiro de 2007 e outubro de 2016, o STF analisou 180 ações penais contra políticos com foro privilegiados. 
Deste total, 67 foram encerradas pela perda da regalia. 
Das outras 113, apenas 4 findaram em algum tipo de punição para o réu. 
Ou seja… Pode-se concluir que a chance de uma autoridade com prerrogativa de foro se safar vem sendo de 96,5%.

Não à toa, dez em dez políticos corruptos preferem que seus casos sejam avaliados pela Suprema Corte, o que vai totalmente contra a lógica. 
De tribunal mais temido, converte-se no mais benevolente. Enquanto isso, a corrupção explode e inutiliza todo um país.
O foro privilegiado tem que acabar.



15 de novembro de 2016
Proclamação da República
implicante

EX-CONSELHEIRO DO CARF TEM PATRIMÔNIO AVALIADO EM R$ 50 MILHÕES

EX-CONSELHEIRO DO CARF TEM PATRIMÔNIO AVALIADO EM R$ 50 MILHÕES
LEONARDO OLIVEIRA É INVESTIGADO PELO MPF E PF NA ZELOTES

O EX-CONSELHEIRO DO CARF LEVA VIDA DE LUXO INVESTIGADA PELO MPF E PF. (FOTO LEONARDO ARRUDA)

Uma cobertura de alto padrão na quadra 300 do Sudoeste, avaliada em quase R$ 3,5 milhões, uma Porsche Cayenne ao custo de R$ 750 mil, Mercedes de R$ 500 mil, apartamentos na Asa Norte e em João Pessoa (PB). Esses são apenas alguns dos muitos bens de patrimônio do ex-conselheiro do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf) Leonardo Henrique Magalhães Oliveira, investigado na Operação Zelotes.

Documentos obtidos pelo Diário do Poder reforçam a tese do Ministério Público Federal e da Polícia Federal, que investigam conselheiros, empresas, escritórios de advocacia e bancos privados por manipulação de decisões no órgão ligado ao Ministério da Fazenda.

A vida luxuosa do ex-conselheiro chama a atenção dos investigadores. Carros, empresas, jet ski, viagens com frequência a Miami (EUA) e apartamentos. De acordo com as investigações, os bens adquiridos seriam incompatíveis com a remuneração de Leonardo. Ou, melhor: com a não-remuneração, pois conselheiros do Carf, até 2015, não tinham salários.


Em abril do ano passado, após ser deflagrada a Zelotes, o governo fixou remuneração para os integrantes do Carf que representam os contribuintes, que era o caso do advogado Leonardo Oliveira. Eles passam a receber gratificação por sessão de julgamento, num montante mensal que corresponda, no máximo, ao nível de gratificação do DAS-5, fixado em R$ 11.235,00.

Contra Oliveira recai também a suspeita de manipulação dos casos julgados na 2ª Turma do Carf, a qual o advogado fazia parte. Uma delas, por exemplo, de 21 de outubro de 2011, quando o Santander ganhou a queda-de-braço com o fisco no caso da compra do Banespa. A decisão unânime do Carf derrubou uma cobrança de R$ 4 bilhões contra os espanhois. O fisco apontava planejamento tributário irregular pelo aproveitamento de ágio como despesa para abater IRPJ e CSLL. O ágio, de R$ 7,5 bilhões, seria o da compra do Banco do Estado de São Paulo, em 2000, por valor maior que o do patrimônio líquido à época, de R$ 2,11 bilhões.

Algumas ações populares que tramitam na 1ª instância da Justiça Federal do Rio de Janeiro contestam essa decisão do Carf, entre outras da mesma turma, que livrou empresas de pagarem mais de R$ 8,3 bilhões em tributos.

Na planilha da operação Zelotes, há a lista de patrimônio do ex-conselheiro Leonardo Oliveira. Dos aproximados R$ 50 milhões em bens declarados ao imposto de renda, constam a cobertura no Sudoeste, carros, empresas, prédios comerciais, viagens e mais viagens. Oliveira ficou no Carf de 2000 a 2012. Os investigadores também suspeitam de patrimônio no exterior.

Como funciona o Carf

A atual estrutura do Carf foi criada em 2008 pelo então presidente Lula por meio de Medida Provisória. No ano seguinte virou lei com aval do então ministro da Fazenda Guido Mantega (hoje, alvo da Lava Jato e Zelotes).

O Carf é a última instância da esfera administrativa tributária federal, antigo Conselho de Contribuintes da Receita, e é composto por 216 conselheiros, sendo 113 indicados pelo Ministério da Fazenda e 113 por confederações representativas de categorias econômicas de nível nacional e pelas centrais sindicais. O órgão é dividido em turmas, compostas por seis conselhos cada, divididos de forma paritária entre servidores públicos e representantes das empresas.


“O Carf é totalmente suscetível à corrupção. Esse modelo atualmente vigente propicia a corrupção. Para se ter uma ideia, o conselheiro do Carf não é remunerado. Seria um trabalho pro bono [voluntário]. Estamos falando de grandes advogados, experientes que, obviamente, não vão ficar três anos afastados sem remuneração. O próprio modelo de indicação pelo Sistema S permite direcionamentos”, disse o procurador Frederico Paiva em março do ano passado.

Fraude bilionária

Deflagrada pela PF, o MPF, a Receita Federal e Corregedoria do Ministério da Fazenda, a Operação Zelotes desarticulou uma organização que atuava manipulando o trâmite de processos e o resultado de julgamentos e que pode ter causado prejuízo aos cofres da União de R$ 19 bilhões.

De acordo com a PF, o grupo que atuava no Carf fazia um levantamento dos grandes processos em curso no órgão, procurava empresas com altos débitos no Fisco e oferecia facilidades, como a anulação de multas. Pelas investigações, iniciadas em 2013, mais de 70 processos tributários podem ter sido fraudados, acarretando prejuízo superior aos R$ 19 bilhões aos cofres públicos.

Sem comentários

Por telefone, o ex-conselheiro Leonardo Oliveira preferiu não comentar o caso. E sugeriu à reportagem: "faça seu trabalho".



15 de novembro de 2016
Elijonas Maia
diário do poder

AFINAL, EM QUE O GOVERNO DO ESTADO DO RIO CONSUMIU OS RECURSOS DO RIO PREVIDÊNCIA?


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Charge do Nani (nanihumor.com)













Os governos estaduais, tendo à frente o Rio de Janeiro, estão tentando obter cobertura do Palácio do Planalto para cobrir rombos que deixaram acontecer em seus sistemas previdenciários. Reportagem de Mariana Carneiro, Folha de São Paulo de domingo, focaliza o tema que, no caso do RJ, gerou uma verdadeira revolta popular contra Luiz Fernando Pezão por sua tentativa de elevar de 11% para 30% a contribuição de todos os funcionários públicos, incluindo os aposentados e pensionistas.
Pezão alega a existência de um déficit previdenciário, mas ainda não revelou para que setores da administração pública foram destinados recursos recolhidos especificamente para o Rioprevidência. O presidente Michel Temer terá que dar uma solução para o problema, pois a falência de um estado atinge diretamente o próprio governo federal. E o presidente da Alerj, Jorge Picciani, devolveu a mensagem absurda ao Palácio Guanabara. O governador Pezão teve de recuar. A crise do Rio de Janeiro s aprofundou. O reflexo nacional é inevitável.
O Rio de Janeiro faz parte do conjunto federativo. Michel Temer terá que encarregar o ministro Henrique Meirelles de equacionar – e mais que isso – solucionar o problema, cujas consequências tornaram-se dramáticas. Principalmente para os servidores e suas famílias.
AUDITORIA JÁ – Impõe-se um levantamento nas contas do estado. A começar pelas contas do próprio Rioprevidência. O sistema foi criado em 1999 pelo então governador Garotinho, sob a forma de um fundo único destinado a assegurar aposentadorias e pensões, substituindo o antigo IPERJ. Fundo único portanto, destinado a capitalizar recursos financeiros. Não se sabe até hoje por que, ao invés de capitalizar, sofreu exatamente o contrário, uma descapitalização.
As razões têm que ser encontradas e publicamente explicadas. O fundo arrecada sobre a folha global de vencimentos. Assim, se o número de funcionários aumentou, inclusive os cargos comissionados, e receita teria que seguir o mesmo caminho.
Porém, isso não aconteceu. Sucessivas administrações estaduais provavelmente mobilizaram recursos do fundo previdenciário para finalidades diversas, como, por exemplo, custeio de obras públicas e para compensar desonerações tributárias que não resultaram em retorno positivo. Pois, se houvesse retorno positivo das operações do fundo, o Estado do Rio de Janeiro não estaria na situação em que se encontra.
PEZÃO INFLEXÍVEL – O governador não cogita fazer as revisões e mudar especialmente os prazos de duração das medidas propostas. Parecem concessões por décadas sem fim. Mas esta é outra questão.
O problema essencial – sobretudo para corrigi-lo, digamos assim – é identificar que aplicações financeiras foram feitas com o dinheiro que deveria render para o próprio Rioprevidência. Porque este fundo trazia – e traz – a obrigação de garantir aposentadorias e pensões para todos os que para ele contribuem pela vida inteira. Não existe para custear obras públicas ou aplicações de alto risco.
Para atualização de seus valores reais, acima da inflação, sempre houve o caminho das Notas do Tesouro Nacional, que giram em torno de 14%a/a, 4 pontos acima do índice inflacionário de 2015.
Fica a pergunta, à espera de uma resposta lógica.

15 de novembro de 2016
Pedro do Coutto

AO ASSUMIR, TRUMP DEPORTARÁ 3 MILHÕES DE IMIGRANTES ILEGAIS QUE TÊM FICHA POLICIAL


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Trump deu ao programa “60 Minutes” sua primeira entrevista 













Donald Trump cumprirá com sua promessa de deportar milhões de imigrantes sem documentos dos Estados Unidos, afirmou o presidente eleito em uma entrevista que será transmitida neste domingo (13) no programa “60 Minutes” da rede “CBS”. Segundo Trump, até 3 milhões de pessoas serão deportadas depois que ele assumir o cargo.
Em outro trecho da entrevista, Trump falou de sua proposta de construir um muro na fronteira com o México. Ele afirmou que algumas áreas da prometida divisão poderão ser erguidas usando cercas.Durante a campanha à presidência dos EUA, Trump prometeu banir os muçulmanos e expulsar todos os imigrantes ilegais que já estão nos EUA, cerca de 11 milhões de pessoas, afirmando que aqueles que comprovarem ser “boas pessoas” serão aceitos de volta de forma legal.
IMIGRANTES FICHADOS – “O que iremos fazer é pegar essa gente que é criminosa e tem fichas criminais, membros de gangues, traficantes, que totalizam 2, talvez 3 milhões. E vamos tirá-los do país ou fazer com que sejam presos”, declarou Trump em um trecho veiculado da entrevista à “CBS”.
O presidente eleito dos EUA também afirmou que “depois que a fronteira estiver segura”, oficiais da imigração irão fazer uma determinação sobre as pessoas que são “fantásticas”.
– Outra proposta polêmica de Trump foi a defesa da construção de um muro na fronteira com o México para impedir a entrada de imigrantes nos EUA. No dia em que apresentou sua candidatura, ele disse:
MURO NA FRONTEIRA “Quando o México manda gente para os EUA, eles não estão mandando os melhores… Eles estão mandando pessoas que têm muitos problemas e estão trazendo esses problemas para nós. Eles estão trazendo drogas, estão trazendo crime, estão trazendo estupradores, e, alguns, presumo, são boas pessoas”.
Na entrevista à “CBS”, Trump comentou que aceitaria usar cercas ao invés de muro “em algumas áreas”, mas que em outras “um muro é mais apropriado. Sou muito bom nisso. Chama-se construção. Pode haver algumas cercas”.
Outras propostas feitas pelo republicano foram o fim do “Obamacare” (programa de saúde criado por Obama), o aumento dos impostos de empresas que deixarem o país e a ampliação dos poderes dos donos de armas que querem se defender.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Qual o americano que será contra Trump mandar deportar imigrantes ilegais que cometeram crimes e estão fichados pela polícia? Trata-se de medida profilática, demonstrando que ele não tem nada de bobo. E ainda abriu mão do salário de presidente, enquanto Michel Temer recebe de três fontes – como procurador aposentado de São Paulo, como aposentado da Câmara e como presidente da República. No total, quase R$ 90 mil. Nada mal. (C.N.)

15 de novembro de 2016

Deu no G1

MISTÉRIO SOBRE O CHEQUE DE R$ 1 MILHÃO A TEMER TERMINA NESTA QUINTA-FEIRA


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TSE vai ouvir novamente o empreiteiro Otávio Azevedo











O presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Claudio Lamachia, defendeu que haja esclarecimentos a respeito do repasse de R$ 1 milhão da empreiteira Andrade Gutierrez para a conta da campanha de Michel Temer nas eleições de 2014, quando o peemedebista concorreu a vice na chapa encabeçada por Dilma Rousseff.
A defesa de Dilma Rousseff apresentou ao TSE uma série de documentos que apontam que Temer foi o beneficiário de uma doação de R$ 1 milhão feita pela Andrade Gutierrez, uma das empreiteiras que estão na mira da Operação Lava Jato.
A defesa de Dilma alega que os documentos contradizem a versão do executivo Otávio Azevedo, ex-presidente da Andrade Gutierrez, que afirmou em depoimento que a campanha eleitoral de Dilma recebeu do Diretório Nacional do PT o valor de R$ 1 milhão, tendo a empreiteira como doadora originária. O dinheiro teria origem ilícita, oriundo de desvios em contratos firmados entre a empresa e o governo federal.
DILMA DENUNCIA – Em petição protocolada no TSE, os advogados de Dilma sustentam que, ao contrário do afirmado por Azevedo, o dinheiro não foi transferido do diretório nacional do PT à campanha de Dilma e sim do diretório nacional do PMDB para a conta da campanha de Michel Temer.
“A sociedade precisa saber se esses recursos são legítimos ou fruto de propina. Outro ponto que precisa ser esclarecido é sobre qual conta foi usada para receber o dinheiro”, disse Lamachia, em nota.
“A OAB acompanha com atenção os desdobramentos desse fato para cumprir com rigor sua função de defender os interesses da sociedade e o cumprimento da Constituição. Se necessário, a OAB usará de suas prerrogativas constitucionais para fazer valer os interesses da cidadania”, concluiu o presidente da OAB.
CANCELAMENTO – Relator do processo que pode levar à cassação da chapa Dilma/Temer, o ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Herman Benjamin decidiu nesta quinta-feira (10) cancelar a acareação marcada para o dia 17 de novembro entre Otávio Azevedo e o ex-tesoureiro da campanha de Dilma Edinho Silva (PT).
A acareação havia sido marcada para ocorrer na quinta-feira da próxima semana (17), às 18h, na sede do TSE, em Brasília. Em vez de realizar a acareação entre Edinho e Azevedo, o ministro decidiu ouvir novamente apenas Otávio Azevedo, no mesmo local e horário.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – O mistério do cheque, portanto, termina na quinta-feira. O empreiteiro Otávio Azevedo vai esclarecer se errou no depoimento anterior ou se houve duas doações –  a propina de R$ 1 milhão ao PT, em março, conforme ele declarara, e depois outra doação oficial, em julho, através do cheque em nome de Temer, que consta da prestação de contas da chapa ao TSE. Até agora, a única coisa de que se tem certeza é de que os advogados de Dilma estão realmente dispostos a destruir Temer. Quinta-feira, saberemos a verdade(C.N.)

15 de novembro de 2016
Rafael Moraes Moura
Estadão