"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

domingo, 27 de novembro de 2016

CONSCIÊNCIA PLENA

Consciência plena | Monja Coen | TEDxPassoFundo - YouTube

https://www.youtube.com/watch?v=DfBHb9OWI9Y
25 de mai de 2016 - Vídeo enviado por TEDx Talks
Monja Coen no TEDxPassoFundo É uma das mais importantes figuras de divulgação da meditação e ...

27 de novembro de 2016
postado por m.americo

ARTE COMO INSTRUMENTO DE REVOLUÇÃO SOCIAL: MUNDANO

Resultados da pesquisa

Arte como instrumento de revolução social: Mundano at TEDxVer-o ...

https://www.youtube.com/watch?v=CXwstjBc2sw
29 de out de 2011 - Vídeo enviado por TEDx Talks
Arte como instrumento de revolução socialMundano at TEDxVer-o-Peso ... No TEDxVer-o-Peso, ele .

27 de novembro de 2016
postado por m.americo

CATADORES E A INVISIBILIDADE SOCIAL

GLOBONEWS: A MORTE DE FIDEL CASTRO - DETALHES, REPERCUSSÕES E ANÁLISES.

GloboNews: A Morte de Fidel Castro - Detalhes ... - YouTube

https://www.youtube.com/watch?v=bA8pJDHDoPc
1 dia atrás - Vídeo enviado por Pilha Usada
GloboNews: A Morte de Fidel Castro - Detalhes, Repercussões e Análises Sobre a Morte de Fidel .

27 de novembro de 2016
postado por m.americo

O QUE MUDA EM CUBA COM A MORTE DE FIDEL CASTRO?

O que muda em Cuba com a Morte de Fidel Castro? Nada! - YouTube

https://www.youtube.com/watch?v=WKI6us4Itts
1 dia atrás - Vídeo enviado por Antonio Roberto Vigne
morte do Ditador cubano Fidel Castro muda menos na política nacional e internacional de Cuba do ...

27 de novembro de 2016
postado por m.americo

JOICE HASSELMANN vs GLOBO LIXO

SEM ANISTIA, TEMER DIZ: "OUVI A VOZ DAS RUAS"

SEM ANISTIA. TEMER DIZ: "OUVI A VOZ DAS RUAS" - YouTube

https://www.youtube.com/watch?v=ZM0twD4i9Ls
7 horas atrás - Vídeo enviado por Joice Hasselmann
Presidente garantiu que anistia ao caixa 2 não passará! O anúncio foi feito ao lado dos presidentes da ...

27 de novembro de 2016
postado por m.americo

DITADURA AUMENTA POLICIAMENTO PARA EVITAR MANIFESTAÇÕES EM HAVANA

Jovens que estavam nas praças foram ordenados a ir para casa sem qualquer explicação. Dissidentes temem prisões



O ex-ditador cubano Fidel Castro, olha para a multidão durante manifestação em Córdoba, na Argentina, em julho de 2006 (Andres Stapff/Reuters)

O governo cubano enviou viaturas e policiais para as ruas de Havana perto da meia-noite de sexta-feira 25. O temor é o de que ocorra alguma manifestação em relação à morte do ditador Fidel Castro.

Jovens que estavam nas praças foram mandados para a casa sem qualquer explicação. “Vocês não podem ficar aí”, falaram os policiais.

Leia também:

Cubanos em Miami comemoram a morte de Fidel Castro

10 fatos sobre a vida do ex-ditador cubano

Entre os defensores dos direitos humanos na ilha cresce a certeza de que o governo escalará as prisões dos dissidentes, uma medida frequente para tentar conter qualquer manifestação popular.


27 de novembro de 2016
Duda Teixeira
Veja

A HIPOCRISIA DE MUITOS, A HONESTIDADE DE POUCOS E O PAPO FURADO DOS QUE NÃO DIZEM NADA

O QUE O SEU POLÍTICO DISSE SOBRE A MORTE DO DITADOR SANGUINÁRIO FIDEL CASTRO?


Fidel Castro foi um ditador sanguinário, mas por professar o socialismo contava com a simpatia da mídia e do beautiful people.
Nao existe aqui questão de opinião: Fidel Castro mandou executar homossexuais, mandou para o paredão presos políticos, e instalou uma ditadura socialista em Cuba que é a mais longeva ditadura de nosso continente.
O cidadão cubano é proibido de sair de seu país e falar mal do governo pode leva-lo para a cadeia, não existe liberdade de imprensa, e existe apenas um único partido político. 
Depois de quase 60 anos de ditadura socialista Cuba é um país pobre e sem liberdade. A ditadura socialista dos irmãos Castro resultou em miséria econômica e perda da liberdade para o povo cubano. Isso são fatos, não opiniões.

Abaixo veja o que cada político ou celebridade disse sobre a morte desse facínora. Creio que essas frases refletem muito do caráter de quem as pronunciou.


- Obama: "Sabemos que esse momento enche os cubanos - em Cuba e nos Estados Unidos - de emoções poderosas, lembrando as inúmeras maneiras pelas quais Fidel Castro alterou o curso das vidas individuais, das famílias e da nação cubana. A história registrará e julgará o enorme impacto dessa figura singular no povo e no mundo ao seu redor".

- Donald Trump:
"o legado de Fidel Castro é [marcado] por pelotões de fuzilamento, roubo, sofrimento inimaginável, pobreza e a negação dos direitos humanos fundamentais (...) Cuba continua a ser uma ilha totalitária (...) Espero que hoje marque um afastamento dos horrores duradouros, e [abra um caminho] para um futuro em que o maravilhoso povo cubano finalmente viva na liberdade que tão ricamente merece (...) [O governo americano] fará tudo o que puder para garantir que o povo cubano possa finalmente iniciar seu caminho rumo à prosperidade e à liberdade".

- Lula: "Seu espírito combativo e solidário animou sonhos de liberdade, soberania e igualdade. Nos piores momentos, quando ditaduras dominavam as principais nações de nossa região, a bravura de Fidel Castro e o exemplo da revolução cubana inspiravam os que resistiam à tirania. (...) Sinto sua morte como a perda de um irmão mais velho, de um companheiro insubstituível, do qual jamais me esquecerei. Será eterno seu legado de dignidade e compromisso por um mundo mais justo".

- FHC:
"A morte de Fidel faz recordar, especialmente à minha geração, o papel que ele e a revolução cubana tiveram na difusão do sentimento latino-americano e na importância para os países da região de se sentirem capazes de afirmar seus interesses. A luta simbolizada por Fidel dos "pequenos" contra os poderosos teve uma função dinamizadora na vida política no Continente. (...) Estive varias vezes com Fidel, no Brasil, no Chile, em Portugal, na Argentina, em Costa Rica e etc. O Fidel que eu conheci, dos anos noventa em diante, era um homem pessoalmente gentil, convicto de suas ideias, curioso e bom interlocutor".

- Temer: "Fidel Castro foi um líder de convicções. Marcou a segunda metade do século XX com a defesa firme das ideias em que acreditava".

- Aécio Neves:
"O presidente Fidel Castro foi sem dúvida um dos grandes líderes do nosso tempo. Tive oportunidade de estar algumas vezes com ele quando do reatamento das relações diplomáticas do Brasil com a ilha de Cuba. Afável no trato e eloquente com qualquer interlocutor, deixa o legado do sonho por uma sociedade igualitária, mas na prática não permitiu avanços na direção das liberdades e da democracia e, infelizmente, deixa um país e um povo ainda extremamente pobres e dependentes". (No facebook Aécio Neves posta uma foto ao lado do ditador cubano).

- Jair Bolsonaro: "Fidel Castro, um grande exterminador de liberdade e promotor da miséria no mundo todo certamente terá uma estadia eterna nas profundezas do inferno”.


- Renan Calheiros:
"Em nome do Congresso Nacional, lamento a morte de Fidel Castro que, a despeito de suas convicções e ideologias políticas, foi um homem que marcou a história mundial. Em momentos como este, devemos nos lembrar que posições políticas diferentes, desde que respeitados valores democráticos, contribuem para enriquecer nossa história".

- Rodrigo Maia:
"(...) independentemente de crenças políticas, é preciso reconhecer sua importância para o povo de Cuba".

- Dilma Roussef:
“Fidel foi um dos mais importantes políticos contemporâneos e um visionário que acreditou na construção de uma sociedade fraterna e justa, sem fome nem exploração, numa América Latina unida e forte. Um homem que soube unir ação e pensamento, mobilizando forças populares contra a exploração de seu povo. Foi também um ícone para milhões de jovens em todo o mundo”.

- Marina Silva:
"A Rede Sustentabilidade compreende a história como um processo permanente de lutas e aprendizado. Consideramos que a democracia é um valor universal, uma exigência das lutas de nosso tempo e nenhuma ditadura, seja do proletariado, seja do patronato, respondem os anseios da humanidade e ajudam na construção de alternativa sustentável à crise civilizatória pela qual passa o mundo. Nesse momento de perda para o povo cubano, manifestamos pesar pela morte do presidente Fidel Castro. Reafirmamos também nossa esperança de que as conquistas sociais de Cuba não sejam desfeitas, que consiga derrubar o vergonhoso embargo econômico norte-americano sem perder sua autodeterminação. E que os cubanos consigam dar o passo seguinte da revolução: a luta pelas liberdades democráticas".

- Rodrigo Rollemberg: "Meus sentimentos a família de Fidel Castro e ao povo Cubano. Fidel foi uma das figuras históricas do século XX".

- Maria do Rosário:
"Os braços abertos de Mandela a Fidel são símbolo de que a revolução, a resistência e o humanismo devem estar juntos".

- Adolfo Sachsida:
"Fidel Castro mandou executar presos sem julgamento prévio, foi o responsável pelo assassinato e perseguição a homossexuais e adversários políticos, censurou a imprensa, criou campos de concentração, e implantou uma ditadura sangrenta que custou a vida de milhares de cubanos. É admirado por um único motivo: tornou real o sonho dos socialistas de todo o mundo".



27 de novembro de 2016
adolfo sachsida


NOTA AO PÉ DO TEXTO

É impressionante o que essa turma é capaz de escamotear com a hipocrisia de sempre. E são esses que conduzem os destinos do Brasil, ou conduziram. 
O esforço para construir a imagem de um bandoleiro fere a dignidade do povo cubano. Entrará para a História, sim, mas não com essa farsa que tentam impor e formar a opinião pública. Entrará pela porta dos fundos, como os grandes sanguinários do tipo Stalin, Hitler, Mussolini e tantas outras figuras sinistras que deixaram um rastro de desgraça e sangue.
O que falta a essa gente é a falta de convicção para falar a verdade. Submissos ao 'politicamente correto' tentam engrandecer quem deve ser diminuído perante a História.
m.americo

MAIA GARANTE QUE EMENDAS POLÊMICAS SERÃO VOTADAS NOMINALMENTE

RODRIGO MAIA DIZ QUE NÃO ADMITIRÁ VOTAÇÃO SIMBÓLICA DA ANISTIA
MAIA DISSE DESCONHECER O RELATÓRIO FINAL DAS MEDIDAS ANTICORRUPÇÃO FOTO: ANDRÉ BORGES/ AGÊNCIA CÂMARA


O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), reafirmou hoje que qualquer emenda polêmica que for apresentada durante a votação do pacote das medidas de combate à corrução será submetida à votação nominal. Ele rechaçou a possibilidade de votação simbólica. "É isso que a sociedade exige e com razão" declarou.

Após entrevista coletiva ao lado do presidente Michel Temer, Maia disse desconhecer o relatório final das medidas anticorrupção e que não poderia falar sob hipótese em relação às emendas que venham a ser protocoladas. Ele reiterou que a proposta de anistia a crimes correlatos de caixa 2 "não existe e não vai existir", embora qualquer um dos 512 parlamentares tenham direito a apresentar o que desejarem. "O direito do parlamentar de legislar é legítimo", respondeu.

Maia voltou a criticar a repercussão sobre a articulação em curso para aprovar uma anistia a qualquer tipo de contabilidade paralela a campanhas eleitorais, insistiu que "falam demais de coisas que não existem". "Não havia essa emenda, essa emenda não foi assinada por ninguém", enfatizou. O texto chegou a circular pelas bancadas, mas não foi protocolado oficialmente. Para o parlamentar não há possibilidade da proposta avançar. "Ela não prosperaria e se alguém apresentar, votação nominal", completou.


27 de novembro de 2016
diário do poder

O HUMOR DO DUKE...

Charge O Tempo 26/11/2016

27 de novembro de 2016

FIDEL TRAIU MARX E ENGELS, QUE JAMAIS DEFENDERAM A TAL "DITADURA DO PROLETARIADO"

Lenin inventou a Ditadura do Proletariado e atribuiu a Marx


A morte de Fidel Castro é uma boa ocasião para reflexões ideológicas, porque o comunismo está aparentemente superado e fora de moda. O fato concreto é que, nas últimas décadas, a inovadora doutrina criada por Karl Marx e Friedrich Engels deixou de ser discutida em relação à época em que foi idealizada, em meados do século XIX, início da revolução industrial. E o marxismo passou a ser fraudulentamente considerado como sinônimo de ditadura e barbárie, vejam a que ponto as distorções intelectuais e políticas podem chegar.

Não adianta querer atribuir a esses dois grandes humanistas as perseguições, as chacinas e os massacres promovidos por ditadores supostamente tidos como comunistas, como Josef Stalin, Fidel Castro, Pol Pot etc. Nenhum deles era verdadeiramente comunista e seguia as lições de Marx e Engels.

Também não adianta vir aqui defender Vladimir Lenin, alegando que ele era o mocinho e Stalin teria se tornado o bandido, porque na realidade os dois foram parceiros na criminosa manipulação da doutrina marxista para implantação da sangrenta ditadura na Rússia.

DITADURA DO PROLETARIADO? – O maior exemplo das absurdas distorções do pensamento de Marx e Engels é a famosa “Ditadura do Proletariado”. Essa expressão, que passou a ser usada como sinônimo de marxismo ou comunismo, na verdade não existe na extensa obra filosófica, econômica, política e social desses dois pensadores prussianos.

Um dos maiores estudiosos do marxismo foi Karl Johann Kautsky, um filósofo, jornalista, historiador e economista tcheco-austríaco que se tornaria um dos fundadores da ideologia social-democrata. Kautsky nasceu em 1854, justamente quando se discutia na Europa o Manifesto Comunista, lançado em 1848. Sua obra é extraordinária. Fez estudos profundos e lançou livros sobre o Cristianismo, a Utopia de Thomas More, a Ética e o Materialismo, as Doutrinas Econômicas, a Mais Valia etc.

Foi o maior pensador de seu tempo, deixou uma obra portentosa. E ninguém estudou o marxismo como Kautsky. O mais interessante foi a polêmica travada com Stalin e Lenin. Com total conhecimento de causa, Kautsky destruiu a farsa da “Ditadura do Proletariado”, expressão jamais usada por Marx e Engels em suas obras. Na verdade, Marx não a mencionou nem mesmo na célebre carta escrita ao médico alemão Ludwig Kugelmann em 1871, que é citada como prova de que ele defendia a “Ditadura do Proletariado”.

TRANSFORMAÇÃO PACÍFICA – Ao contrário do que se apregoa hoje com a maior irresponsabilidade, Marx e Engels jamais defenderam nenhuma ditadura, eram humanista, democratas e lutavam pela liberdade de imprensa. O que eles defendiam era a possibilidade da transformação pacífica da democracia burguesa em democracia proletária.

«Atualmente, em 1917, na época da primeira grande guerra imperialista, esta ressalva feita por Marx perdeu a razão de ser”, escreveu Lênin em “O Estado e a Revolução”, livro lançado um mês antes da revolução comunista na Rússia. E acrescentou: “A ditadura do proletariado é o Poder do proletariado sobre a burguesia, Poder não limitado por lei e baseado na violência e que goza da simpatia e do apoio das massas trabalhadoras e exploradas“.

Quando Lenin inventou a “Ditadura do Proletariado” baseada na violência, Marx já estava enterrado em Londres há 34 anos. Portanto, Marx e Engels não têm nada a ver com as atrocidades cometidas pelos ditadores pseudo-comunistas.

RELIGIÃO & COMUNISMO – Toda religião que se preza defende a igualdade, a fraternidade e a liberdade. Não foram os revolucionários franceses de 1789 que inventaram esse lema, apenas copiaram o que aprenderam na Igreja. Não incluíram caridade, dignidade, honestidade e humildade, porque assim o lema ficariam muito extenso e perderia o impacto.

E tudo isso vem desde Krishna na Índia (3 mil anos antes de Cristo); Lao Tse na China (1300 a.C.); Moisés no Egito e Oriente Médio (1291 a.C); Buda na região do Nepal/Himalaia (600 anos a.C.); Confúcio no Nordeste da China (550 anos a.C.); Sócrates na Grécia (469 a.C.); Jesus Cristo na Palestina, com a abertura da atual nova Era; e Maomé (570 depois de Cristo).

Não foi à toa que Karl Kautsky estudou tanto as origens do cristianismo, os evangelhos, as relações de Jesus com os essênios, seita judaica socialmente evoluída.

CRISTO, O REVOLUCIONÁRIO – Assim como outros grandes historiadores, Kautsky dizia que Pôncio Pilatos, governador da Judeia, no julgamento de Jesus Cristo, não o considerou um simples pregador religioso, mas como um líder revolucionário que lutava para desestabilizar o Império Romano na Palestina. Por isso, condenou-o à crucificação, castigo reservado aos rebeldes e outros inimigos da sociedade, como os ladrões.

Naquela época, os rebeldes eram chamados de “zelotes”, expressão que agora entrou em moda aqui no Brasil, na caça aos corruptos. Mas isso já é outro assunto, e depois a gente volta a ele, na Graça de Deus, porque sou comunista mas não deixei de ser religioso.



27 de novembro de 2016
Carlos Newton

A CRISE APENAS COMEÇOU. FALTA PROCLAMAR A REPÚBLICA.

Adicionar legenda


Artigo do historiador Marco Villa, publicado na Istoé, analisa o prosseguimento da crise brasileira, herdada do lulopetismo. Tem razão em ressaltar que as forças parlamentares não podem, ignorando a sociedade, formar um novo arco de poder com os mesmos vícios. Que venha, em definitivo, a proclamação da República:

É inegável que vivemos o momento mais tenso dos últimos cinquenta anos da história do Brasil. A aprovação do processo de impeachment de Dilma Rousseff não encerrou a crise política. Muito pelo contrário. Apenas abriu o longo período que poderá levar à proclamação da República no Brasil – aquela que foi apenas anunciada a 15 de novembro de 1889 pelo marechal Deodoro da Fonseca.

A possibilidade de construir um novo arco de poder com as forças parlamentares que conduziram o impeachment, encerrando a participação da sociedade civil organizada, está fadada ao fracasso. Não é mais possível transformar a política em um espetáculo com poucos atores, onde o povo assiste passivamente o desenrolar dos acontecimentos. Isso acabou. Nos últimos anos – e as redes sociais jogaram um importante papel – o protagonismo da sociedade civil e o interesse pelos destinos da República estão conduzindo o Brasil a um novo patamar, único na nossa história.

Hoje, a política foi introduzida nas conversas cotidianas junto com o futebol e outras amenidades. O STF virou tema de botequim. E seus membros são motivos de acesas polêmicas. Quando isso ocorreu? Nunca. Hoje Ricardo Lewandowski é tão falado como Neymar ou uma novela das nove da Rede Globo.

Estamos em meio ao processo de reconhecimento de que a participação popular é indispensável para a construção da democracia. E nada indica que isso deva ser interrompido. A questão que se coloca é sobre a qualidade dessa ação. Há, por exemplo, um grande interesse pelo conhecimento e estudo da História do Brasil. Contudo, o que é oferecido para o público leitor – ou em vídeos, pela internet – é de qualidade sofrível. Em parte, tal fato deve ser atribuído às universidades que viraram as costas para a sociedade e não socializam a produção do conhecimento.

Os sucessivos escândalos de corrupção, ao invés de levar a um desinteresse pela política, produziram efeito inverso: estimularam a discussão sobre os rumos do País e a necessidade de produzir um arcabouço legal que dificulte o assalto à coisa pública.

As medidas de combate à corrupção patrocinadas pelo Ministério Público Federal – e que contam com amplo apoio popular – têm importância decisiva nesse processo. E dessa aliança poderá surgir um novo Brasil.


27 de novembro de 2016
in orlando tambosi

A LEI CONTRA O ABUSO DE AUTORIDADE É PURO CASUÍSMO

O Senado de Renan Calheiros aprovou ontem a urgência da tramitação de um projeto de Lei para tratar sobre abuso de autoridade. Existente desde 2009 e nascido de uma iniciativa promovida pelo ministro do STF Gilmar Mendes, com aval de Teori Zavascki (ele ainda não era ministro do STF naquela época) e sob autoria de Raul Jungmann, o projeto foi resgatado dos arquivos do Congresso recentemente. Membros da força-tarefa da Lava Jato, assim como o juiz Sérgio Moro, associações de magistrados e o Procurador Geral da República Rodrigo Janot se posicionaram radicalmente contra o projeto, vendo nele graves riscos para o andamento das investigações em andamento contra políticos. Do outro lado da balança, políticos e jornalistas ligados a partidos políticos dizem que a Lei é urgente e necessária, que representaria um enorme avanço institucional.

Quem quiser entrar em minúcias deve fazer um exercício: ler o Projeto de Lei endossado entusiasticamente por Renan Calheiros neste link e compará-lo com os artigos 3o e 4o da Lei 4898/1965, neste link. Porém, para quem não tiver tanto tempo, sugiro um raciocínio básico que vale para o debate desta Lei e de qualquer outra proposta, um mínimo que deixa de ser observado nessa urgência contemporânea que há de se opinar sobre tudo.

Leis não nascem do vácuo. Especialmente as que lidam com tipos penais, devem ser uma resposta da sociedade a algo que se condena, se quer proibir ou evitar. Como não cabe ao legislador e ao Estado criar em lei prêmios ao bom comportamento, resta-lhe coibir o que é prejudicial à vida em comunidade. E é assim que elas são criadas combinando um equilíbrio entre a filosofia por trás delas e a aplicação prática temporal. Como exemplo, não é correto a priori que um governo obrigue os cidadãos a se protegerem de determinados males mas, quando tais são tão recorrentes e há formas simples de coibi-los, abre-se exceção e a sociedade aceita de bom grado essa tutoria. São assim por exemplo as leis que tratam do consumo e comercialização de drogas, do abuso de álcool, do controle de determinados remédios, da comercialização de alguns componentes químicos e até mesmo a obrigatoriedade de se usar o cinto de segurança. Se algum dia os veículos automotores deixarem de ser usados, então todas as leis de condução e segurança deles se tornariam obsoletas, esquecidas. Este ajuste entre a filosofia por trás da lei, a situação temporal e a aplicabilidade não é fácil de equilibrar e é daqui que nascem as maiores polêmicas. Mas isto não é tudo.

Uma outra evidência sobre a temporalidade das leis e sua resposta aos problemas é que não as criamos para problemas que não existem e não se apresentam como possibilidades problemáticas. É óbvio, por exemplo, que leis que tipificam criminalmente certos comportamentos na internet só se tornaram urgentes quando a internet passou a ser algo comercial e acessível. Esta é a razão pela qual não temos legislação para tráfego aéreo individual em grandes cidades. Se um dia inventarem carros e motocicletas que se locomovem a poucos metros do solo será então necessário criar um novo Código de Trânsito, verificar também a ocupação do espaço aéreo por carros estacionados no ar ou coisas do tipo.

Se a filosofia em que se baseia a lei é boa e em determinado local e tempo há uma necessidade de se instituí-la para combater algo de ruim que acontece e que não é coberto pelas leis atuais, ela então é perfeita como resposta institucional.

Voltemos então ao caso desta lei para combater abusos de autoridades. A existência de algo assim só é justificável pelo fato de nossas autoridades não respeitarem outras leis e códigos de conduta. Logo, é muito claro que esta lei é inspirada num bom princípio, o de combater maus funcionários públicos. O que não se justifica na proposta acelerada por Renan Calheiros e pela classe política é a temporalidade dela. Afinal de contas, desde quando se passou a ter novas modalidades destes abusos que tenham criado tal urgência? Qual é o fator novo para acelerar um projeto de 2009 que estava esquecido? Quem se deu ao trabalho de ler a nova lei e compará-la com a atual verá que não há nada de novo objetivamente, apenas citações subjetivas que PODEM ser usadas contra juízes e promotores. Por exemplo, o artigo 9o tipifica a punição para quem “ordenar ou executar captura, detenção ou prisão fora das hipóteses legais ou sem suas formalidades”. Oras, há alguém sendo preso abruptamente nos últimos tempos fora das hipóteses legais? Aliás, do artigo 9 ao 38, que tratam das penas e sanções, só há casos aplicáveis a juízes e promotores.

A Lei está batizada como combate ao abuso de autoridade e diz na introdução ser voltada também a punir legisladores mas, a bem da verdade, não menciona um ato sequer de abuso que seja possível de praticado por deputados e senadores. Mas o exemplo mais estranho é o artigo, passível de múltiplas interpretações:

“Promover interceptação telefônica, de fluxo de comunicação informática e telemática, ou escuta ambiental, sem autorização judicial ou fora das demais condições, critérios e prazos fixados no mandado judicial, bem assim atingindo a situação de terceiros não incluídos no processo judicial ou inquérito”.

Oras, quer dizer que uma interceptação telefônica ou escuta ambiental só será válida se os dois que estiverem conversando forem alvos do mesmo inquérito? Neste caso, a nova lei proposta fala em prisão de um a quatro anos. O artigo 28 é outro criado perfeitamente sob encomenda para proteger políticos e autoridades:

Reproduzir ou inserir, nos autos de investigação ou processo criminal, diálogo do investigado com pessoa que, em razão de função, ministério, ofício ou profissão, deva guardar sigilo, ou qualquer outra forma de comunicação entre ambos, sobre fatos que constituam objeto da investigação:

A punição para este caso variaria de seis meses a dois anos de prisão.

Não há como mentir. A lei de abuso de autoridade tem todas as características de ação casuística para proteger bandidos, especialmente da delação da Odebrecht que deve arrastar para a lama toda a elite política to país e também muitos jornalistas. O pedido de urgência conduzido por alguém como Renan Calheiros só facilita o trabalho de reconhecer como pilantragem aquilo que tem cara de pilantragem, é conduzido por pilantras e defendido com argumentos pilantras. Quem não fala isso de pronto é porque está comprometido demais para falar.


Revisado por Maíra Pires
27 de novembro de 2016
in da cia

VAI UM INCENTIVO FISCAL NO RIO? SIM,FALE COM A DOUTORA, ESPOSA DO CABRAL

Clientes em comum do escritório de advogacia de Adriana Anselmo com empresas que recebem incentivo fiscal no Rio de Janeiro.



CLIQUE PARA AUMENTAR

27 de novembro de 2016
in blog do mario fortes

GAROTINHO PAGA FIANÇA DE R$ 88 MIL E ESTÁ LIVRE DA PRISÃO

ADVOGADO DIZ QUE ORDEM DE SOLTURA DO POLÍTICO FOI CUMPRIDA

O PAGAMENTO DA FIANÇA DE 100 SALÁRIOS MÍNIMOS FOI FEITO NESTA SEXTA FOTO: WILSON JÚNIOR/ ESTADÃO


Depois de ter tido a prisão revogada na última quinta (24) e pago a fiança de R$ 88 mil na sexta (25), o ex-governador do Rio de Janeiro Anthony Garotinho está livre da prisão, de acordo com informações de seu advogado Fernando Fernades neste sábado (26).

O pagamento da fiança de 100 salários mínimos, imposta pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), foi feito por meio de depósito em uma conta aberta para esta finalidade, pelo juiz da 100ª Zona Eleitoral de Campos do Goyatacazes.

Assessoria do advogado afirmou que Garotinho já assinou o documento onde se compromete a cumprir as seguintes medidas cautelares: até o final do processo não retornar para Campos de Goytacazes, não entrar em contato com testemunhas do processo, não se ausentar da residência por mais de três dias sem avisar o juiz e não mudar de endereço.

Anthony Garotinho foi preso no dia 16 de novembro, durante a Operação Chequinho. Segundo as investigações, Garotinho teria comandado um esquema de compra de votos. Como secretário municipal, ele teria ampliado o programa social Cheque Cidadão, em Campos de Goytacazes, onde sua esposa, Rosinha Garotinho é prefeita.


27 de novembro de 2016
Francine Marquez
diário do poder

FIDEL,KENNEDY E KRUSCHEV DIVIDIRAM O MUNDO NA CRISE DOS MÍSSEIS, EM 1962


 Mensagem Viva ao Fidel escrito numa parede
Che Guevara e Fidel Castro, já no poder, em 61
No final da semana Fidel Castro deixou Havana, foi para a eternidade e a repercussão mundial de sua morte comprova a importância de sua figura na história dos séculos XX e XXI. Vitorioso na revolução em 1º de janeiro de 59, tornou-se ditador de Cuba mantendo-se no poder absoluto até 2008, quando passou o governo a seu irmão Raúl. Foram muitas as violações de direitos humanos cometidas, que provocaram repúdio em todo o mundo. Liberdade é um bem supremo. Mas recebeu também muitos apoios, especialmente do bloco comunista que desabou com o fim da União Soviética e o ingresso da China moderna no sistema “capitalista”.
A China, pelo seu crescimento econômico, tem o segundo produto do mundo, da ordem de 10 trilhões de dólares, só perdendo para os EUA, que atinge o dobro dessa marca. A veloz expansão chinesa tornou-se o caminho da globalização dos dias de hoje.
Mas no título destaquei os três principais personagens da divisão  do mundo, crise dos mísseis de 1962, que Otto Maria Carpeaux foi o primeiro a considerar o episódio como um novo Tratado de Tordesilhas, de 1494, estabelecido  pelo Papa Alexandre VI, César Borgia, espanhol que assegurou domínio da Espanha nas terras latinas que iriam surgir. O Tratado foi entre Espanha e Portugal.
ROMPIMENTO COM EUA – A importância de Fidel castro cresceu, a partir do momento em que rompeu com os Estados Unidos e recebeu apoio de Nikita Kruschev, primeiro-ministro da URSS. Kruschev sucedeu Stálin, que detonou a guerra fria com os EUA. Atingiu o clímax quando Moscou instalou mísseis atômicos em Cuba, voltados para a Flórida, portanto, a curta distância. John Kennedy dirigiu um ultimato a Kruschev. Era novembro e amanhecia a perspectiva de um destruidor confronto nuclear. A tensão e a insegurança tomaram conta do planeta. Um ultimato é sempre uma ameaça sem volta.
O alívio só veio quando a União Soviética retirou mísseis da costa cubana e os filmes mostraram na televisão e as fotos nos jornais na época o retorno dos navios russos levando para a Europa o arsenal atômico instalado. Porém, como todo lance político possui pelo menos duas faces, Kruschev, a meu ver, abandonou Havana, trocando-a por Berlim. Cuba no complicado jogo internacional de poder valia menos que a Alemanha Oriental.
MURO DE BERLIM – Mesmo assim o muro de Berlim somente cairia em 89, com Ronald Reagan e Gorbachev, 27 anos depois da retirada dramática dos mísseis. Esse momento, sem dúvida, foi o mais importante da controvertida ditadura imposta em cuba por Fidel Castro, incluindo pena de morte a quem negociasse dólares no mercado paralelo ao da taxa oficial: um peso cubano, moeda da época, por um dólar.
A repercussão de sua morte na imprensa mundial confirma a importância de sua figura de ditador e revolucionário ao mesmo tempo. A história me julgará, disse ele certa vez, repetindo talvez inconscientemente a frase de Adolf Hitler, no auge do nazismo: a história me absolverá. Veio a derrocada, a história não o absolveu. O que de Fidel ficará na história, no futuro?
CUBA LIBRE – Repórter do Correio da Manhã, conheci Fidel em 59, quando veio aqui e ofereceu um Cuba Libre (Rum, Coca-Cola e rodela de limão) servido na Embaixada, Rua Djalma Ulrich. Estava ao lado de Guevara e Camilo Cienfuegos. Este morreu nas sombras de um desastre aéreo. Ernesto Che Guevara, Fidel o enviou para articular uma revolução comunista na Bolívia. Os rangers americanos estavam instalados nas selvas do país. Foi capturado e morto. Castro ficou solitário e absoluto no poder. A revolução de 59 passou a ser descrita por um só autor.
Autor e grande personagem, inegavelmente, da história, que é tão eterna como o ser humano. Outras versões e revelações surgirão. Interpretar personagens e fatos é um processo multilateral.

27 de novembro de 2016
Pedro do Coutto