"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

segunda-feira, 17 de abril de 2017

CABRAL RECEBEU R$ 50,5 MILHÕES EM PROPINA PELAS OBRAS DA LINHA 4 DO METRÔ

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Lopes e Cabral superfaturaram o ‘legado olímpico’
Em depoimento ao Ministério Público Federal (MPF), o executivo da Odebrecht Benedicto Júnior revelou que o ex-governador Sérgio Cabral recebeu R$ 50,5 milhões em propina durante a execução do contrato da Linha 4 do metrô. O delator também citou o ex-secretário estadual de Transportes do Rio Julio Lopes, que teria recebido R$ 4 milhões. Antes, BJ, como é conhecido, já havia afirmado que a empreiteira gastou R$ 120 milhões com próprio Cabral e com o atual governador Luiz Fernando Pezão, entre caixa 2 para campanhas de ambos e propina para Cabral.
O delator contou que a Odebrecht pediu ajuda a Cabral para entrar no consórcio da Linha 4. O grupo era liderado pela construtora Queiroz Galvão, e a Odebrecht tinha interesse em adquirir a participação de uma das empresas minoritárias, a Constran.
PRIORIDADE – Pelas regras do contrato, a Queiroz Galvão teria prioridade na compra, por ser a sócia majoritária. BJ disse, no depoimento, que pediu que Sérgio Cabral intercedesse em favor da Odebrecht.
“Fiz um pedido ao governador Sérgio Cabral se ele poderia ter uma conversa com alguém da Queiroz Galvão para que ela não exercesse, e que eu entrasse no consórcio. Eu não perguntei, não sei se ele fez o pedido, mas a Queiroz permitiu que eu adquirisse a participação da Constran e, a partir desse momento, a Odebrecht passou a ser sócia da concessionária” — disse o delator.
O executivo revelou ainda que, no meio da execução da obra, as construtoras que participavam do consórcio — Odebrecht, Queiroz Galvão e Carioca Engenharia — foram chamadas pelo governador Sérgio Cabral, que pediu que fossem incluídas no grupo mais três empreiteiras: Andrade Gutierrez, OAS e Delta.
POR QUE A DELTA? – Benedicto Júnior afirmou que OAS e Andrade Gutierrez seriam bem-vindas, uma vez que a primeira era dona da concessionária Metrô Rio e a segunda é uma das empresas brasileiras com maior experiência em obras de metrô. No entanto, o consórcio resistiu à inclusão da Delta.
“Obviamente, restava um problema. Aceitar a entrada da Delta naquele momento era passar para a Delta uma capacitação de ser executora de metrô dali para a frente. (…) Criou-se um mal estar” — revelou BJ.
Depois de algumas conversas, segundo Benedicto Júnior, a entrada das três novas empreiteiras no consórcio acabou não se concretizando.
PROPINA A LOPES – Com relação a Júlio Lopes, o executivo informou que Marcos Vidigal, diretor de contrato responsável pela execução da obra, foi procurado por um executivo da Queiroz Galvão, com um pedido de pagamento de propina ao então secretário estadual de Transportes.
Segundo Benedicto Junior, o total pago irregularmente a Julio Lopes pela Odebrecht chegou a R$ 4 milhões, entre 2012 e 2014. Ele nega as acusações.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – Cabral, da classe média suburbana, e Lopes, da elite da Zona Sul, se uniram para desviar recursos públicos. Fica claro que, em matéria de corrupção, Cabral era mesmo insaciável. Não ia parar nunca, porque continuou chefiando a quadrilha após deixar o governo. O substituto Pezão nunca mandou nada. Seu apelido poderia ser Bobão, é um otário metido a esperto que ainda não foi preso por causa do foro privilegiado. (C.N.)

17 de abril de 2017
Carolina MorandO Globo

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