"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quarta-feira, 26 de abril de 2017

TRIBUNAL DECIDE HOJE SE ADRIANA ANCELMO VOLTA PARA A CADEIA E SÓ FALTA UM VOTO...


Relator quer mandar Adriana de volta a Bangu 8
O Ministério Público Federal (MPF) pediu à Justiça que determine o retorno de Adriana Ancelmo, ex-primeira-dama do Rio de Janeiro, para a prisão. O MP sustenta que ela deve cumprir a prisão preventiva. O caso vai ser julgado nesta quarta-feira pelo Tribunal Regional Federal da 2ª Região. Atualmente, Adriana cumpre prisão domiciliar em seu apartamento no Leblon, na Zona Sul do Rio, desde que deixou o Complexo Penitenciário de Gericinó, no dia 29 de março.
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CORRUPÇÃO E LAVAGEM – A ex-primeira-dama, que é investigada na Operação Calicute, foi denunciada por corrupção e lavagem de dinheiro na organização criminosa liderada por seu marido, o ex-governador Sérgio Cabral. A prisão domiciliar foi concedida pela 7ª Vara Federal Criminal, sob a alegação de que a acusada tem filhos menores de 12 anos.
O parecer da Procuradoria Regional da República da 2ª Região (PRR2) destaca que as causas de sua prisão ganharam robustez com o prosseguimento das investigações, não havendo razões para conversão em prisão domiciliar.
“Registros mostram que a Organização Criminosa descrita, na qual há fortes evidências da participação de Adriana Ancelmo e seu marido Sérgio Cabral, até pelo longo período de sua atuação no Estado do Rio de Janeiro, conta com o apoio de várias outras pessoas, inclusive parentes, com possibilidade de serem acionadas para atrapalhar o curso das várias investigações em curso. Não custa lembrar que, dada a importância das funções públicas ocupadas até há pouco pelos investigados, é muito provável que contem com outros agentes públicos, cúmplices ou simpatizantes, dispostos destruir e falsear registos e documentos e vazar informações, como aliás ficou demonstrado nas transcrições acima”, argumentou a 7ª Vara Federal Criminal nos autos da ação penal.
DESTRUIR PROVAS – A decisão ainda cita indícios de situações nas quais pessoas próximas a Adriana Ancelmo estariam atuando para esconder ou destruir documentos que podem ser úteis à instrução criminal e a possibilidade de que esteja “em curso movimentação para ocultar bens ilicitamente adquiridos.”
Em março deste ano, o MP já havia entrado com um recurso para que a Justiça determinasse a revogação da prisão domiciliar. Para a Procuradoria Regional da República da 2ª Região (PRR2), a prisão preventiva é essencial para encerrar a prática de lavagem de dinheiro, crime usualmente cometido com o uso de telefone e acesso à internet.
“Apesar das medidas de precaução determinadas, vedando o acesso a meios de comunicação, a difícil fiscalização do cumprimento torna evidente o risco de ela acessar e movimentar o patrimônio oculto por Cabral”, sustenta a procuradora regional da República Mônica de Ré.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – O advogado de Adriana Ancelmo, Luis Guilherme Vieira, não quis se pronunciar. A situação está feita para o lado deles. A 1ª Turma, especializada em Direito Penal, Previdenciário e da Propriedade Industrial, têm três integrantes e o julgamento começa com o voto do relator, Abel Gomes, favorável à volta de Adriana Ancelmo à cadeia. Faltam os votos dos desembargadores Antonio Ivan Athié e Paulo Espirito Santo. Se um deles acompanhar o voto do relator, fim de papo. Dizem que há forte pressão em favor de Adriana Ancelmo, por parte do Tribunal da Justiça estadual. É o que dizem. Vamos aguardar. (C.N.)

26 de abril de 2017
Rayanderson Guerra
O Globo

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