"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sexta-feira, 12 de maio de 2017

EM 2006, PALOCCI ACERTAVA O CAIXA DOIS DE CAMPANHA DIRETAMENTE COM LULA


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Charge do Néo Correia (Arquivo Google)
No acordo de delação premiada, cujo sigilo foi levantado nesta quinta-feira pelo ministro Edson Fachin, do STF, o casal de marqueteiros João Santana e Mônica Moura conta que Antônio Palocci intermediou os pagamentos por fora para a campanha à reeleição de Lula, em 2006, logo após vir à tona o escândalo do mensalão. Segundo contou João Santana, Lula pediu a Antônio Palocci para contratar o marqueteiro em substituição a Duda Mendonça, envolvido no mensalão. Mônica Moura, na delação à Procuradoria-Geral da República, contou que a primeira negociação com Palocci foi feita no seu escritório particular do ex-ministro da Fazenda, em São Paulo, quando ele lhe teria afirmado que parte do dinheiro deveria paga em espécie e a outra parte pela Construtora Odebrecht, pedindo que ela entrasse em contato com Pedro Novis, executivo da empreiteira.
Mônica Moura diz que o ex-presidente Lula sabia da quantia não contabilizada destinada à sua campanha, porque Palocci lhe falou, reiteradas vezes que teria que consultá-lo e ter a sua autorização por causa do alto valor envolvido. A campanha, totalizou 24 milhões de reais, sendo que 13,7 milhões de reais oficialmente e cerca de 10,3 milhões através de caixa dois.
DINHEIRO VIVO – João Santana e Mônica afirmaram que o acertado era que metade dos 10,3 milhões de reais seriam pagos por Palocci em espécie, para impossibilitar o rastreamento dos pagamentos. A outra parte seria paga pela empreiteira por transferência para contas no exterior.
Mônica informou que, entre 2006 e 2007, viajou constantemente a São Paulo para recolher o dinheiro que era entregue em caixas de roupas e sapatos por Juscelino Dourado, ex-chefe de gabinete de Palocci na casa de chá Tea Gschwendner, do Shopping Iguatemi. Os outros 5 milhões de reais foram transferidos para a conta Shellbill, na Suíça, entre os anos 2006 e 2007.
Para homologar o acordo de delação premiada João Santana e Mônica Moura entregaram à Procuradoria o extrato da conta na Suíça e uma agenda de Mônica, onde estavam marcadas as viagens para a capital paulista, jantares com Antônio Palocci e as reuniões com o seu ex-assessor.

12 de maio de 2017
José Carlos Werneck

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