"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sexta-feira, 19 de maio de 2017

FEDERAIS FIZERAM OPERAÇÃO TAMBÉM NA CASA DO CÚMPLICE DE EDUARDO CUNHA



Equipe da PF pediu a um vizinho para abrir a porta
A Polícia Federal fez na manhã desta quinta-feira uma operação no apartamento de Altair Alves Pinto, homem de confiança do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Os agentes cumprem mandado de busca e apreensão na Rua Conselheiro Olegário, número 20, no Maracanã. Na casa de Altair, os policiais chegaram pouco antes das 6h em um carro, acompanhados do Ministério Público Federal (MPF). Eles tocaram no apartamento, localizado no quinto andar, mas ninguém atendeu. Foi preciso um vizinho abrir a porta do prédio.
Seria Altair quem receberia o dinheiro de propina entregue a Cunha, segundo o dono da JBS, Joesley Batista. O “senhor Altair”, como era conhecido, já foi apontado por Fernando Baiano como o responsável pelo transporte das propinas pagas ao peemedebista.
TEMER DEU AVAL – Em seu depoimento aos procuradores federais, Joesley afirmou que não foi Michel Temer quem determinou que a mesada ao ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha fosse paga em troca de silêncio. Mas que o presidente tinha pleno conhecimento da operação cala-boca. E deu aval. No caso de Cunha, o dinheiro era entregue a Altair.
Como se recorda, o lobista Fernando Baiano, que atuava para o PMDB, disse ter entregue no escritório de Cunha, no Centro do Rio, entre R$ 1 milhão e R$ 1,5 milhão em espécie. A quantia teria sido recebida em outubro de 2011 por um homem chamado Altair. Começava aí a ser desvendada a identidade do amigo de Cunha, que vivia rotina prosaica e deixou emprego na Assembleia Legislativa do Rio.
O vínculo entre Cunha e seu amigo veio em uma das primeiras funções públicas do peemedebista. Cunha presidiu a Companhia de Habitação do Rio (Cehab) entre 1999 e 2000, quando saiu após ser vinculado a denúncias. Altair, já casado e pai de duas filhas, estava lotado no órgão durante esse período.

19 de maio de 2017
Juliana Castro
O Globo

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