"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sexta-feira, 12 de maio de 2017

LULA TINHA BOM HUMOR AO FALAR DO CAIXA 2 E DILMA QUERIA SABER SE ERA SEGURO


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Charge do Alpino (Yahoo)
O marqueteiro João Santana disse que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva encarava de forma bem humorada os atrasos nos pagamentos feitos por meio de caixa dois. “E aí, os alemães têm lhe tratado bem?”, era a frase usada por Lula, segundo o delator, numa referência à Odebrecht. Ao longo da delação, Santana disse ter reclamado diversas vezes dos frequentes atrasos para receber recursos devidos por políticos que tiveram suas campanhas feitas por ele. O caixa dois, segundo escrito pela defesa num dos anexos da delação, era uma prática comum em 99,99% das campanhas no Brasil.
Nesse anexo, Santana relatou episódios em que tratou diretamente de caixa dois com Lula e Dilma. Segundo ele, isso ocorreu, por exemplo, em 2009, quando conversou com o ex-presidente sobre a campanha presidencial de El Salvador. Com Dilma, Santana diz ter conversado sobre isso pelo menos duas vezes em 2014. De acordo com ele, foi sua mulher, Mônica Moura, quem tratou do assunto com Dilma no intervalo de uma gravação no Palácio do Alvorada. Mônica também firmou acordo de delação.
DILMA PERGUNTOU – “O tema caixa 2 e depósitos no exterior foram abordados ainda mais diretamente em setembro de 2014, quando a presidenta perguntou se os depósitos no exterior, feitos pela Odebrecht, foram de forma segura. Na época, João a tranquilizou porque não sabia do emaranhado das contas da Odebrecht”, diz trecho do anexo da delação.
Os relatos de desconhecimento de propina por trás do pagamento de caixa dois são comuns na delação de Santana. Ele disse saber que havia recursos não contabilizados, e tinha “a óbvia suspeita de que os governos, governantes e partidos que se beneficiavam desse tipo de ‘ajuda’ eram compensados com algum tipo de vantagens seja por benefícios indiretos ou propinas”. Mas também disse não ter “conhecimento específico de qual obra, setor ou programa se originaram estes benefícios”.
As coligações são outro exemplo de desconhecimento citado por Santana. Ele disse que uma aliança montada por vários partidos a fim de ampliar o tempo de TV de um candidato era “um verdadeiro leilão oculto nas campanhas eleitorais em todo o Brasil”. Mas disse que nunca participou de nenhuma negociação financeira do tipo nem soube estipular os valores envolvidos.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Desse jeito, a situação fica cada vez mais complicada para Lula e Dilma. Como dizer que não sabiam de nada, sem concorrer à Piada do Ano. (C.N.)

12 de maio de 2017
André de Souza
O Globo

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