"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sábado, 13 de maio de 2017

PALOCCI RETOMA CONVERSA COM OS ADVOGADOS ESPECIALISTAS EM DELAÇÃO PREMIADA


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Charge do Baptistão (Portal UOL)
O ex-ministro Antonio Palocci voltou a conversar com advogados sobre delação premiada. Ele retomou o diálogo com o escritório de Adriano Bretas, que tinha dispensado há alguns dias. Palocci está na mesma cela que Renato Duque, ex-diretor da Petrobras que é cliente de Bretas e já está fazendo delação.
O petista vive um drama com a possibilidade de delatar, dizem interlocutores que o visitam na cadeia. Em alguns momentos, se mostra confiante na possibilidade de passar pouco tempo na prisão e animado com a ascensão de Lula nas pesquisas eleitorais. Em outros, revela desânimo e convicção de que, sem colaborar e atirar no ex-presidente, poderá amargar décadas no cárcere.
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“TEM CONTA FORA?”, PERGUNTOU PALOCCI
Deu na Folha
No seu acordo de delação premiada na Operação Lava Jato, o marqueteiro João Santana afirmou que o ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci pediu que ele providenciasse uma conta no exterior para receber recursos atrasados da campanha presidencial de Luiz Inácio Lula da Silva de 2006.
“Tem conta fora?”, teria indagado Palocci, segundo o delator.
Conforme Santana, a resposta foi afirmativa porque ele havia aberto uma conta, em 1999, para depósitos de campanha na Argentina.
“Antonio Palocci disse, então, que ‘para segurança de todos’ os depósitos seriam feitos, nesta conta, pela empresa Odebrecht, pois além do porte e seriedade, a empresa tinha ‘o respaldo do chefe'”, afirma Santana no anexo à delação. “Chefe” era, segundo Santana, uma referência a Lula.
CONTA CORRENTE – A partir daí, segundo a versão do delator Santana, “foi aberta uma espécie de ‘conta corrente’ informal, entre o PT e a Polis”, sua empresa de marketing. “O partido ia rolando dívidas acumuladas, ao longo de diversas campanhas, exclusivamente relacionadas a serviços efetivamente prestados.”
Segundo João Santana, a “administração destas dívidas era feita por Palocci, [por] coordenadores financeiros das campanhas e [por] tesoureiros do PT, com plena ciência dos candidatos e principais lideres do partido (Lula e depois Dilma). Os repasses no exterior foram feitos, exclusivamente, pela empresa Odebrecht”.

13 de maio de 2017
Mônica Bergamo
Folha

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