"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quinta-feira, 11 de maio de 2017

TINHA ATÉ CORRETORA

BUMLAI AFIRMA QUE MARISA PEDIU "AJUDA" PARA NOVO TERRENO DO INSTITUTO LULA

PECUARISTA DEPÔS COMO TESTEMUNHA DE ACUSAÇÃO ARROLADA PELO MPF


PECUARISTA DEPÔS COMO TESTEMUNHA DE ACUSAÇÃO ARROLADA PELO MPF

O pecuarista José Carlos Bumlai declarou nesta terça-feira, 9, ao juiz federal Sérgio Moro que a ex-primeira dama Marisa Letícia o procurou e pediu sua "ajuda" para comprar um terreno que iria abrigar a sede do Instituto Lula. Bumlai depôs como testemunha arrolada pelo Ministério Público Federal em ação penal contra o ex-presidente.

Em seu depoimento, o pecuarista contou que Marisa lhe disse que o objetivo era localizar um terreno para instalação do Instituto. Ali seriam acolhidos bens de propriedade do ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva, que exercitaria atividades culturais no espaço, a exemplo do Instituto Fernando Henrique Cardoso.

Bumlai disse que o primeiro empresário que procurou foi o então presidente do Grupo Odebrecht, Marcelo Bahia Odebrecht - preso na Lava Jato desde junho de 2015. Odebrecht teria ajudado a fazer contato com outros empresários.

O amigo de Lula afirmou a Moro que não se interessou pela compra do imóvel por impossibilidade financeira. Por isso, afastou-se da procura. Contou, ainda, que uma corretora de imóveis chegou a ser indicada a ele e foi visitar um terreno, mas não se interessou porque não podia comprar.

Nesta denúncia contra Lula, a força-tarefa da Lava Jato sustenta que parte de valor de propinas que teriam sido pagas pela Odebrecht "foi lavada mediante a aquisição, em benefício do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do imóvel localizado na Rua Dr. Haberbeck Brandão, nº 178, em São Paulo (SP), em setembro de 2010, que seria usado para a instalação do Instituto Lula", o que acabou não se concretizando.

Outro lado

De acordo com o advogado Cristiano Zanin Martins, defensor de Lula, os depoimentos colhidos nesta terça pelo Juízo da 13ª Vara Federal Criminal de Curitiba mostram que a ideia de construção de um memorial para abrigar o acervo presidencial do ex-Presidente Luiz Inácio Lula da Silva "não guarda qualquer relação com os 8 contratos firmados entre a Odebrecht e a Petrobras, como diz a acusação do Ministério Público Federal".

"Ao depor, o empresário José Carlos Bumlai deixou claro que Lula jamais solicitou qualquer intervenção sua objetivando a aquisição do imóvel da Rua Haberbeck Brandão 178, em São Paulo. Mais ainda, Bumlai informou que lhe foi pedido que não comentasse esse assunto com Lula", destacou a defesa do ex-presidente da República. "O empresário reafirmou o que já havia declarado em depoimento anterior - que o projeto em questão pretendia reproduzir espaço similar ao que já abrigava o acervo do ex-Presidente Fernando Henrique Cardoso."

Segundo a defesa de Lula, o arquiteto Marcelo Carvalho Ferraz, outro depoente, esteve na Rua Haberbeck com a diretoria do Instituto Lula, que lhe pediu a avaliação do local - entre outros que estavam sob análise - para abrigar o Memorial da Democracia. "O imóvel não preenchia as condições necessárias, tanto assim que o arquiteto reconheceu ter feito um projeto para sediar o museu em um imóvel no centro de São Paulo, que era objeto de um processo de concessão pela prefeitura, após a aprovação, pela Câmara, de um projeto de lei do então prefeito Gilberto Kassab."

Conforme a defesa do ex-presidente, Mateus Cláudio Baldassari, proprietário do imóvel da Haberbeck, disse "não conhecer Lula e que o processo de compra e venda em questão não tem qualquer vinculação com a denúncia do MPF e que a transação não apresentou qualquer especificidade que pudesse lhe despertar a atenção - foi tão somente uma transação imobiliária". (AE)


11 de maio de 2017
diário do poder

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