"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

domingo, 25 de junho de 2017

JOAQUIM BARBOSA: O PRESIDENTE "NÃO SOU PETISTA, MAS..."

Joaquim Barbosa: O presidente “não sou petista, mas…”

O ex-presidente do STF Joaquim Barbosa está em uma encruzilhada: só é admirado por anti-petistas, sendo mais petista do que o próprio PT.

Em entrevista a Mônica Bergamo, o ex-presidente do STF, Joaquim Barbosa, lembrando qual a cor da sua própria pele, disparou: “O Brasil está preparado para ter um presidente negro?”, embora ainda continue na litania de que é mais propenso para não ser candidato, o que é isso, que conversa é essa, onde já se viu etc.




Ao contrário do que pensa o ex-presidente do STF, o Brasil já teve um presidente negro: Nilo Peçanha, como bem lembrou nosso amigo Marlos Apyus no Politicas.Info. Todavia, exatamente ao contrário de sua eterna “não-candidatura”, não há outro motivo para alguém falar em Joaquim Barbosa sem ser questionando se tentará uma vaga no vácuo de poder absoluto que virá com o pós-PT em 2018.

Sua linha “Tendo a não concorrer à presidência” piora quando descobrimos o que Joaquim Barbosa anda fazendo com seu tempo livre. Relata a Veja:

Apesar da hesitação, a jornalista informa que Joaquim Barbosa se reuniu recentemente com um grupo de artistas, entre eles os cantores Marisa Monte e Caetano Veloso, os atores Lázaro Ramos e Thiago Lacerda, a apresentadora Fernanda Lima e a atriz Fernanda Torres, além de políticos, como o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) e o deputado Alessandro Molon (Rede-RJ). 
Segundo a coluna, até o PT, partido que teve políticos importantes condenados por Barbosa no STF, sondou o juiz aposentado.

Se alguém se encontra com Marisa Monte e Caetano Veloso, a última possibilidade de assunto será suas músicas, e a primeira até a 9842398342624.ª será o PT. No caso de Lázaro Ramos, além de nunca se falar em atuar, o assunto será cor de pele, e aí o PT, para mais cor de pele, e PT (volte à manobra número 1). 
E que tal os queridinhos da Globo Randolfe Rodrigues e Alessandro Molon, que estão tentando ser vendidos como a “esquerda honesta”, a esquerda jovem, a esquerda que ainda não teve tempo de roubar, coibir liberdades e matar milhões? 
O que alguém faz com tais criaturas, senão aventar o poder?

Tendo seus futuros ministros já arbitrados, Joaquim Barbosa deixa entrever que não tem financiamento, soltando uma frase que parece um letreiro neon em vermelho piscante numa das colunas mais lidas da grande e velha mídia gritando: “Preciso de financiamento!!!” Nós tentamos ser mais sutis (clique aqui ou aqui e nos financie).

Entretanto, chega-se ao momento crítico: a futura campanha. Sendo sondado mais fortemente pela Rede (aquele partido particular de Marina Silva) e pelo próprio PT, no qual Joaquim Barbosa sempre votou, como será sua apresentação ao público?

Joaquim Barbosa galgou o cume da fama no Brasil, como homem salvador da pátria, no julgamento do mensalão. Seu grande heroísmo? Admitir que o mensalão existiu. Só. Only this, and nothing more.

Como o Brasil é um povo leitor de manchete, tirando imensas conclusões complexas e aprofundadas tão somente da leitura mal ajambrada de manchetes de jornal, Joaquim Barbosa passou alguns meses na mídia, sobretudo antes de ser alçado à presidência do STF, como um “anti-petista”, tão somente por seu voto no mensalão. 

Para os petistas, virou “capitão do mato”, além de outras descrições esquerdistas e cheias de igualdade e direitos humanos, como “negro vadio que só está lá por causa do Lula”.


25 de junho de 2017
flavio morgenstern
senso incomum

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