"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

segunda-feira, 1 de maio de 2017

BOATO...

O SITE BOATOS.ORG DIVULGA QUE SE TRATA DE BOATO A NOTÍCIA DE QUE A CUT PEDE A PRISÃO DE LULA DURANTE MANIFESTAÇÃO NA PAULISTA.
LEIAM A NOTÍCIA DIRETAMENTE NO BLOG.

01 de maio de 2017
m.americo

ALEXANDRE GARCIA DESTROÇA DELATADOS DO PMDB E PSDB. R$ 15 MILHÕES PARA AÉCIO NEVES, O MINEIRINHO

A MUDANÇA ATRAVÉS DE AÇÕES SIMPLES

INTELIGÊNCIA EMOCIONAL




01 DE MAIO DE 2017
POSTADO POR M.AMERICO

QUAL O REAL VALOR DAS COISAS?

O HUMOR DO SPONHOLZ...

01 DE MAIO DE 2017

TRAIDOR DO PEÃO

LULA FOI CHAMADO DE LADRÃO EM ATO DE TRABALHADORES, EM SÃO PAULO
TRABALHADORES CONVOCADOS PELA CUT EM SP PEDIRAM PRISÃO DE LULA


RÉU NA LAVA JATO, LULA FOI HOSTILIZADO JUNTO AO PÚBLICO QUE COSTUMAVA DEFENDÊ-LO DE ACUSAÇÕES (FOTO: LULA MARQUES)


Mesmo convocados por centrais sindicais e movimentos sociais simpáticos ao Partido dos Trabalhadores (PT) e à Central Única dos Trabalhadores (CUT), os protestos contra as reformas trabalhista e previdenciária, em São Paulo-SP, hostilizaram o ex-presidente Lula, na última sexta-feira (28), após o discurso de um manifestante que estimulou o público a exigir, em coro, a prisão do petista que é réu da Operação Lava Jato.


De cima do trio elétrico, um homem que discursava defendeu que traidor de peão, não merece perdão. E o público que representava a classe trabalhadora reagiu às críticas contra Lula, dizendo que o lugar do petista seria na prisão: ‘Lula, ladrão! Seu lugar é na prisão!’, foram as palavras de ordem.

“Gostaríamos de dizer, aqui, em alto e bom som, claramente, que nós não temos um bandido burguês de estimação. [...] Nós não escolhemos um bandido burguês bonzinho da nossa preferência. Lula virou o cacheiro viajante da Odebrecht. Virou o menininho de recados da Odebrecht e se vendeu à burguesia. Temos que dizer claramente: ‘Traidor do peão não merece perdão’. É prisão para o lula e para todos os corruptos!”, discursou o manifestante.

Lula ainda foi comparado ao presidente Michel Temer e ao senador Aécio Neves, também citados em delações premiadas no âmbito da Operação lava Jato.

Assista:


Lula é chamado de ladrão em protesto contra reformas em SP ...

https://www.youtube.com/watch?v=7W89VRuwgaQ
5 horas atrás - Vídeo enviado por Davi Soares
Após discurso criticando o envolvimento de Lula com a Odebrecht e os escândalos da Lava Jato, ex ...

01 de maio de 2017
davi soares
diário do poder

PAULINHO DA FORÇA AVISA A TEMER QUE OS PROTESTOS ESTÃO SÓ COMEÇANDO


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Ato da Força Sindical “bombou” em São Paulo
A greve geral de sexta-feira (28), “a maior paralisação da história do Brasil”, segundo o deputado Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força (SD-SP), pode ter sido só o começo. “Se o governo não entendeu, vai ter mais”, afirmou o parlamentar nesta segunda-feira (dia 1), na festa da Força Sindical para o Dia do Trabalho.
Presidente da Força, uma das maiores centrais sindicais do país, Paulinho integra a base governista e foi um apoiador de primeira hora do impeachment de Dilma Rousseff (PT) – na votação da Câmara, fez uma paródia de “Para Não Dizer que Não Falei de Flores”, de Geraldo Vandré (“Dilma, vai embora que o Brasil não quer você/Leve o Lula junto e os vagabundos do PT”).
CENTRAIS UNIDAS – Agora, a Força Sindical junta-se a outras centrais historicamente alinhadas ao Partido dos Trabalhadores, como a CUT, no repúdio às reformas trabalhista e previdenciária defendidas pelo presidente Michel Temer.
Faria tudo de novo, disse. “Não me arrependo [de apoiar a saída de Dilma]. A crise é muito profunda, comeu 8,5% de R$ 6 trilhões de PIB nos últimos anos.”
Ele defende uma “reforma civilizada”. O problema, segundo o deputado, é que “a crise deveria ser dividida”, mas, do jeito que as reformas foram colocadas, “são os trabalhadores que pagam”. E pergunta: “Cadê a participação dos banqueiros? Sexta foi só o pontapé.”
CONTRA A MARÉ – As propostas de Paulinho vão contra a maré governista. Ele sugere, por exemplo, que a idade mínima para se aposentar seja de 58 anos para mulheres e 60 para homens. A equipe econômica de Temer defende piso de 65 anos para todos.
O próprio Paulinho está na lista de investigados pelo Supremo Tribunal Federal. Entre as suspeitas que pairam sobre ele: segundo delação de ex-executivos, a Odebrecht bancou eventos do Dia do Trabalho organizados pela Força. Em troca de pagamentos, o sindicalista também teria ajudado a empreiteira a desmobilizar greves nas regiões Norte e Nordeste.
“Nenhum problema. Foi um patrocínio como o de qualquer outra empresa”, afirmou Paulinho sobre o suporte financeiro da Odebrecht.

01 de maio de 2017
Anna Virginia BalloussierFolha

NO MEIO DA RUA, DORIA ATIROU NO CHÃO AS FLORES QUE RECEBEU DE UMA CICLISTA ANCIÃ

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Dória cometeu um terrível erro político e social
A questão das ciclovias e de tudo quanto lhe diz respeito é da competência e atribuição das prefeituras. Neste sábado, João Doria (PSDB), prefeito de São Paulo, teve um encontro, casual ou fortuito, talvez, com ciclistas e moradores da cidade que o elegeram prefeito.  Como mostrou a televisão, o encontro foi na via pública, quando Doria deixava o local onde houve uma solenidade no Japan House, centro cultural japonês, que contou com a presença do presidente Michel Temer. Ao encontro de Doria foram muitos ciclistas com flores em buquês. As flores eram em “homenagem aos mortos nas marginais”.
Noticia-se que desde 25 de janeiro último, quando a prefeitura de São Paulo autorizou maior limite de velocidade para os veículos, sete pessoas já morreram em acidentes nas marginais.
Em dado momento do encontro de Doria com os ciclistas, quando o prefeito estava perto de entrar no carro para ir embora, uma ciclista, Giulia Grillo, ofereceu a Doria um ramalhete de flores amarelas. Eram girassóis. Doria recusou. Então, dona Giulia, que não nenhuma criança, mas uma bela senhora, delicadamente colocou o buquê de flores no painel do veículo em que o prefeito embarcou e que estava com o vidro da porta direita todo arriado. E Doria imediatamente pegou o buquê de flores do painel do carro e o jogou no chão da rua e seu motorista partiu, sem mais. Depois, a prefeitura distribuiu nota justificando que a atitude de dona Giulia foi “gesto invasivo e desnecessário”.
SEM FINO TRATO – Este fato tem muitos significados. É certo que João Doria não teria agido assim, quando ainda candidato em busca de votos. Mas depois de eleito….
O gesto da educada ciclista também nada teve de “invasivo e desnecessário”. A privacidade do prefeito não foi invadida. Entregar flores a alguém não invade a privacidade de ninguém. Pelo contrário, é gesto nobre, gesto de admiração e carinho. É delicadeza pura.  Mormente quando a pessoa é o prefeito de toda a imensa comunidade de munícipes paulistanos. Mais ainda quando se trata de um novato na política e que foi eleito já no primeiro turno. Quanto mais liderança um prefeito desfruta, muito maior deve ser o fino trato com o povo.
GIRASSOL NUNCA MACHUCA – Quanto à “desnecessidade”, aí a questão é de foro íntimo. É preciso ter habilidades, sutilezas, refinamentos e muita sensibilidade para o convívio humano. E muito mais se exige do governante com seus governados, que são a razão de o governante existir. As flores de dona Giulia eram girassóis. Quando o Pequeno Príncipe viu as rosas no deserto do Saara, ele as achou belas. Mas as temeu, “porque elas têm espinhos que machucam”.
Mas os “girassóis” que Doria recusou e depois as atirou no chão da rua, não têm espinhos. É uma flor especial, porque está sempre voltada para o Sol, que não cansa de buscar e girar até encontrar o astro-rei para mostrar a sua beleza por inteiro.
PELA CULATRA – O prefeito João Doria não deveria ter agido como agiu. Sua grosseria é que passou a ser notícia. Que desastre! O tiro saiu pela culatra. Por que o prefeito não recebeu o buquê de girassóis das mãos da cidadã, contribuinte, eleitora e dama Giulia Grillo? Por que não a ouviu e não a abraçou?. Se a beijasse, aí, então, é que teria externado o máximo carinho, o reconhecimento e total preparo para o cargo que ocupa e para o qual foi levado pelo voto da maioria dos eleitores paulistanos. E certamente pelo voto de dona Giulia, por que não?
Sim, porque os que estavam naquele local eram todos ciclistas, vestidos com roupa e equipamentos de ciclistas, todos com suas bicicletas e flores, muitas flores. Não eram adversários políticos. Não eram “black blocs”. Não promoviam protestos nem baderna. Foi um belo e expressivo encontro que o novel João Doria não entendeu e jogou no lixo. Ou melhor, no chão da rua.
PEDIR DESCULPAS – Outra consequência do gesto insensato do prefeito é de ordem metafísica e transcendental. As flores eram “em homenagem aos mortos nas marginais”, disseram os ciclistas. É sempre perigoso quando somos materialistas, insensíveis, irreverentes, ingratos e autoritários em relação aos que nos precederam nesta passagem pela Terra.
Todos somos iguais. Nossas vidas são eternas. E a eternidade está no Espírito e não na carne, que tem começo e fim. Infeliz aquele que não soube aceitar e repartir com a Espiritualidade os cânticos, as solenidades, as homenagens, as reverências…flores e girassóis que os que transitam neste vale de lágrimas lhes prestam, lhes dedicam, lhes oferecem. Respeitemos a chamada Lei do Carma (ou Karma): aqui se planta, aqui se colhe. Prefeito João Doria, vá ao encontro de dona Giulia Grillo e lhe peça desculpas que o senhor será desculpado. Aqui e no Além.

01 de maio de 2017
Jorge Béja

NA FESTA DO VESAK, BUDISTAS E CRISTÃOS UNIDOS NO CAMINHO DA NÃO VIOLÊNCIA

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Festejo do Vesak na Indonésia, em maio de 2016
No domingo, dia 14 de maio de 2017, Lua Cheia do mês de maio, comemora-se no Brasil a data magna do Budismo. Conhecida em todo o mundo como a Festa do Vesak (Lua Cheia de Maio), celebram-se o nascimento, a iluminação e a passagem (morte) de Buda. A então presidenta Dilma sancionou o segundo domingo de maio (coincidindo com o Dia das Mães) como Dia de Buda, já é assim em vários países, pois a Lua Cheia é uma data móvel. Na Índia, por exemplo, o Vesak será comemorado na quarta-feira da outra semana, dia 10.
Hoje, o Budismo e o Cristianismo caminham de mãos dadas, como fica demonstrado neste texto da Rádio Vaticano, que publicamos abaixo, com o link correspondente.
Feliz Vesak (Feliz Dia de Buda) para todos nós, que partilhamos a Tribuna da Internet, este espaço livre e que acolhe todas as tendências ideológicas, sociológicas e também religiosas.
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MENSAGEM DO VATICANO AOS BUDISTAS
Rádio Vaticano 
A cultura da paz e da não-violência é o tema da carta com a qual o Pontifício Conselho para o Diálogo Inter-religioso felicita os fiéis budistas pela festa do Vesakh. A data lembra o nascimento, a iluminação e a morte de Buda e é normalmente festejada no mês de maio.
De um lado, lê-se na mensagem, fiéis de várias religiões lutam para promover a paz; de outro, alguns exploram a religião para justificar seus atos de violência e de ódio. Não obstante os nobres ensinamentos de Jesus Cristo e de Buda, que promoveram a não-violência e foram construtores de paz, muitas das sociedades atuais devem fazer as contas com o impacto das feridas passadas e presentes causadas pela violência e pelos conflitos.
“Este fenômeno inclui a violência doméstica, além da violência econômica, social, cultural e psicológica, e a violência contra o meio ambiente”,  prossegue a carta, assinada pelo Presidente do Pontifício Conselho, Card. Jean-Louis Tauran.
COMPROMISSO COMUM – Ambas as religiões concordam com o fato de que a violência nasce no coração do homem e de que os males da pessoa desencadeiam males estruturais. “Por isso, somos chamados a um desafio comum: estudar as causas da violência; ensinar nossos respectivos fiéis como combater o mal em seus corações; libertar do mal seja as vítimas, seja aqueles que cometem a violência; ensinar que não há paz sem justiça, nem verdadeira justiça sem perdão.”
A mensagem, intitulada “Cristãos e budistas: percorramos juntos o caminho da não-violência”, se conclui com um encorajamento: “Queridos amigos, podemos nos dedicar ativamente a promover em nossas famílias e nas instituições sociais, políticas, civis e religiosas um novo estilo de vida em que a violência seja refutada e seja respeitada a pessoa humana. É neste espírito que lhes desejamos uma pacífica e alegre festa do Vesakh!”.

http://br.radiovaticana.va/news/2017/04/22/festa_do_vesakh_crist%C3%A3os,_budistas_e_a_n%C3%A3o-viol%C3%AAncia/1307342
01 de maio de 2017
Antonio Rocha

CELSO DE MELLO DEFENDE QUE TEMER TAMBÉM SEJA INVESTIGADO PELA LAVA JATO


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Celso de Mello não concorda com a tese de Janot
O ministro Celso de Mello, decano do Supremo Tribunal Federal (STF), disse que a eventual investigação do presidente Michel Temer em inquérito da operação Lava Jato não desrespeita a Constituição. É o contrário do que entende o procurador geral da República, Rodrigo Janot, que não incluiu Temer da lista de possíveis investigados enviada em março ao Supremo.
“O Supremo Tribunal Federal, em dois precedentes, entendeu que a imunidade constitucional dada ao presidente da República não há de impedir a instauração de investigação criminal”, disse o decano, completando: “É preciso fazê-la, porque as provas se dissipam, as testemunhas morrem e os documentos desaparecem”.
DE SAÍDA DO STF – O ministro Celso de Mello está começando a sair do Supremo, onde é juiz há quase 28 anos. É o mais antigo dos onze ministros – o decano, como se diz. “Pode ser que este seja o meu último ano aqui”, disse ele ao Estadão.
Se for, significa que o presidente Michel Temer, mantido no cargo, poderá indicar seu segundo ministro em 2018. “De todo modo, se não for neste ano, eu certamente não pretendo ficar até os 75”, afirmou o ministro. É a idade limite para o cargo, que, aos 71 anos, só atingirá em 2021.
“Já vou caminhando para 48 anos de serviço público (os outros 20 foram no Ministério Público de São Paulo) e está na hora de parar um pouco”, complementou, na única mesa vazia de seu amplo gabinete no terceiro andar do anexo 2. As outras duas mesas estavam tomadas por processos em andamento. O acervo do decano registrava, naquela terça-feira, 3.298 processos, quarto lugar no ranking dos onze ministros (o primeiro é Ricardo Lewandowski, com 3.020; o último, para não variar, Marco Aurélio Mello, com 7 639).
DE BENGALA – O ministro tem um visível e crônico problema no quadril, com o desgaste do osso do fêmur, que o obriga a andar de bengala, se a distância é curta, ou de cadeira de rodas, se é maior, como tem feito em shoppings de São Paulo, que frequenta eventualmente com as duas filhas, ambas publicitárias.
“Estou com a mobilidade cada vez mais reduzida, e é uma dor 24 horas, todo dia”, contou o paulista de Tatuí. “Não posso tomar anti-inflamatórios, que me fazem subir a pressão. Então tenho que tomar analgésicos comuns, que já não fazem mais efeito. Vou ter que fazer uma cirurgia, para colocar uma prótese de quadril. Já fiz uma série de exames, só falta marcar a data. Mas eu preciso fazer, ainda neste ano, porque está ficando a cada dia mais difícil.”
E por que já não marcou? “A minha família me pressiona, mas eu me preocupo com o volume de serviço que tem aqui. Talvez tenha que ficar dois meses de licença. E isso vai onerar os outros ministros.” Não se aborreceu, data vênia, com o comentário “é melhor parar por bem do que parar por mal”. Sopesou, olhou para a bengala encostada na parede próxima, e disse: “É. Eu vou marcar”.
HORAS EXTRAS – Depois das sessões – sejam as da Turma, sejam as de plenário, nas quartas e quintas – o decano continua a trabalhar no gabinete, madrugada afora. Houve época em que saía às cinco, seis da manhã seguinte. “Agora, com o quadril atrapalhando, eu saio mais cedo, ali pelas duas”, disse ao Estado, já perto da meia-noite.
O expediente noturno é o que mais o agrada. Os assessores são chamados quando ele precisa de livros ou pesquisas, o garçom de plantão aparece volta e meia com água e café, ou coca-cola; o motorista do plantão, ou o que o serve, já sabem que é sempre o último a sair – e esperam na garagem, onde ele chega pelo elevador privativo.

01 de maio de 2017
Deu no Estadão

JOÃO SANTANA COMPLICA A SITUAÇÃO DE DILMA E DIZ QUE ELA SOFRE DE "AMNÉSIA MORAL"

Santana repete que Dilma sabia do caixa 2

O uso de caixa 2 na campanha eleitoral de Dilma Rousseff (PT) em 2014 reforçou a percepção de que os políticos brasileiros sofrem de “amnésia moral”, disse em depoimento sigiloso à Justiça Eleitoral o marqueteiro João Santana, responsável pelas campanhas do PT à Presidência da República em 2006, 2010 e 2014. Segundo o publicitário, Dilma “infelizmente” sabia do uso de recursos não contabilizados em sua campanha e se sentia “chantageada” pelo empreiteiro Marcelo Odebrecht.

De acordo com Santana, a petista teria sido uma “Rainha da Inglaterra” em se tratando das finanças de sua campanha, não sabendo de todos os detalhes dos pagamentos efetuados.

SABIA DE TUDO – No entanto, indagado se a presidente cassada tinha conhecimento de que parte das despesas era paga via caixa 2, o marqueteiro foi categórico: “Infelizmente, sabia. Infelizmente porque, ao me dar confiança de tratar esse assunto, isso reforçou uma espécie de amnésia moral, que envolve todos os políticos brasileiros. Isso aumentou um sentimento de impunidade”.

O Estado apurou mais detalhes do depoimento de Santana, prestado na última segunda-feira no Tribunal Regional Eleitoral da Bahia (TRE-BA). Na ocasião, o ex-marqueteiro de Dilma lembrou o papel do atual governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT), como “porta-voz” de recados de Marcelo Odebrecht.

“Dilma se achava chantageada pelo Marcelo”, afirmou Santana à Justiça Eleitoral. De acordo com o relato do publicitário, o objetivo da chantagem seria intimidar a então presidente a ponto de fazê-la impedir o avanço das investigações da Lava Jato. Dilma nunca gostou do “Menino”, apelido que usava para se referir a Marcelo Odebrecht, disse o ex-marqueteiro do PT.

SEM BLINDAGEM – Conforme depoimento do ex-diretor de Crédito à Exportação da Odebrecht Engenharia e Construção João Nogueira à Procuradoria-Geral da República (PGR), o ex-presidente da Odebrecht enviou, por meio de Pimentel, documentos que demonstravam o uso de caixa 2 na campanha da petista. O objetivo era demonstrar que Dilma não estava blindada na crise de corrupção que se instalou no seu governo.

Dilma também teria sido avisada reiteradas vezes de que a sua situação poderia se complicar se ela não barrasse um acordo internacional entre autoridades do Ministério Público do Brasil e da Suíça, já que a conta da sua campanha estaria “contaminada”.

João Santana foi uma das últimas testemunhas ouvidas no âmbito da ação que apura se a chapa encabeçada por Dilma, de quem Michel Temer foi vice, cometeu abuso de poder político e econômico para se reeleger em 2014. O julgamento do processo deverá ser retomado na segunda quinzena de maio. A informação de que Dilma sabia do uso de caixa 2 foi considerada um fato novo pelo ministro Herman Benjamin.

‘COISA NEFASTA’ – O assunto “caixa 2” foi tratado por Dilma e por João Santana já em abril e maio de 2014, antes do início oficial da campanha eleitoral. De acordo com o marqueteiro, o pagamento “oficial” estava em dia, enquanto os repasses de recursos não contabilizados via Odebrecht sofriam atrasos.

Santana foi questionado no depoimento se esses atrasos não seriam genéricos, mas o próprio marqueteiro enfatizou que a demora nos pagamentos sempre envolve a parte não contabilizada. O publicitário afirmou que já estava acostumado a dar “alerta vermelho” sobre atrasos, desde a época em que trabalhou na campanha de Lula à Presidência, em 2006.

“Caixa 2 é uma coisa nefasta”, criticou Santana, que disse não haver campanha eleitoral sem a irrigação de recursos não contabilizados – mesma constatação que já havia sido feita por Marcelo Odebrecht em outro depoimento ao ministro Herman Benjamin.

LEILÕES DE PARTIDOS – Para o marqueteiro, a definição das coligações em torno de candidaturas são “leilões”, envolvendo uma série de interesses e negociações, como a distribuição de cargos. “Isso vai perdurar enquanto tiver empresário querendo corromper e político querendo ser corrompido”, disse. Mesmo considerando Dilma Rousseff uma política honesta, o marqueteiro reconheceu que a petista acabou “fatalmente nessa teia”.

“É um esquema maior que o ‘petrolão’. Essa promiscuidade de público e privado vem do Império, passou por todas as coisas da República”, resumiu Santana.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Santana é um relator muito seguro. Seus novos depoimentos complicam muito a situação de Dilma no processo do TSE e também na Lava Jato. Ela sabia, desde sempre, dos esquemas de corrupção do PT e deles se beneficiou eleitoralmente, para se tornar presidente da República. Se é que também não meteu a mão. Vamos aguardar. (C.N.)


01 de maio de 2017
Deu em O Tempo
(Agência Estado)

DESEMPREGO CRESCE, REVELANDO QUE A POLÍTICA SOCIAL DE TEMER NÃO ESTÁ FUNCIONANDO


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Charge do Arionauro (arionaurocartuns.com.br)
Reportagem de Luciane Carneiro e Carla Almeida, O Globo de sábado, revela que o desemprego cresceu no país, passando a envolver 14 milhões e 200 mil trabalhadores, um crescimento de um milhão e duzentos mil no período de um ano do atual governo. Portanto, o rumo adotado pelo Planalto não está conduzindo a um resultado positivo. Se estivesse produzindo efeitos favoráveis, o contingente de desempregados teria recuado e não avançado. Acertos têm que ser feitos para que o plano de governo alcance resultados positivos.
Pelo contrário, o desemprego aumentou para 13,7% da mão de obra, agravando o mercado de compras e freando as perspectivas que seriam de se esperar com as ações do atual governo. Mas não.
INSATISFAÇÃO – Em 2016, o desemprego era de 12%. Cresceu para 13,7% este ano. A insatisfação é geral. Basta conferir os protestos que marcaram a greve do dia 28. Exageros à parte, como foi o caso da destruição de vários ônibus no Rio e outros atos de vandalismo em outras cidades, o movimento trouxe consigo o grau de insatisfação e insegurança que envolve o mercado de trabalho.
A reportagem de O Globo divide a evolução do desemprego por trimestre a partir de 2012. Vem subindo gradativamente e o percentual que era de 7,9% da mão de obra ativa saltou para 13,7%. Uma escalada negativa que aflige todos os trabalhadores do país, pressionados pela retração do consumo e ameaçados por uma reforma previdenciária que reduz o valor das aposentadorias e por uma reforma trabalhista que reduzirá salários.
PREVIDÊNCIA – No debate sobre a Previdência, tem-se sustentado que os funcionários públicos, em matéria de aposentadoria, têm direitos muito mais amplos do que os celetistas. Mas os que sustentam esta tese omitem um aspecto fundamental: os celetistas, quando se aposentam, levam consigo os saldos do FGTS. Os funcionários públicos não têm direito ao FGTS. Eis aí um aspecto a ser colocado na balança.
Mas não é só esta a questão. O problema é muito mais amplo atingindo tanto os empregados particulares quanto os servidores públicos. Neste caso encontra-se o fato dos salários do funcionalismo, serem reajustados abaixo da inflação oficial.
Tudo isso causa a reação popular contrária às ações do atual governo. Isso porque, perdendo para os índices oficiais de correção, todos os assalariados na realidade estão sofrendo redução em seus vencimentos.
EXAGEROS DEPLORÁVEIS – Há motivo suficiente para que reajam na prática cometendo (no caso dos ônibus) exageros deploráveis. Mas excessos à parte, há uma insatisfação coletiva ampliada por uma sensação de perspectiva negativa que expõe as massas trabalhadoras a reagir contrariamente ao governo.
Certamente, os acontecimentos desta sexta-feira sofreram influência de sindicatos politicamente atingidos pelo fim do imposto obrigatório. Porém, não houvesse um clima de insatisfação no panorama, os sindicatos não teriam a capacidade de mobilização que ocorreu no Rio e São Paulo, principalmente.
O governo precisa, essencialmente, mudar de rumo e ir ao encontro das reivindicações dos trabalhadores. Não realizando tal mudança de rumo, o fracasso vai se fazer sentir e criar no país novas legiões de desempregados.

01 de maio de 2017
Pedro do Coutto

REVISTA ÉPOCA MOSTRA QUE OS DOCUMENTOS DA ODEBRECHT TÊM CONSISTÊNCIA


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Aécio e Serra receberam em contas no exterior

Em reportagem de Diego Escosteguy e Flávia Tavares, a revista Época afirma que os documentos já apresentados pela Odebrecht sustentam as principais acusações feitas pelos 78 delatores da empreiteira. Como se sabe, os dirigentes da empresa operavam a corrupção de duas maneiras – em dinheiro vivo, no Brasil, para não haver rastreamento bancário, e em contas no exterior.
No caso do dinheiro vivo, as provas quase sempre se resumem a registros na planilha do Setor de Operações Estruturadas, conhecido como “Departamento de Propina” e na outra planinha do programa Drousys de computador.
OUTRAS PROVAS – Além disso, há mensagens internas em e-mails e em celulares citando os políticos, as negociações e os pagamentos, além de notas fiscais, ligações telefônicas diretas, reservas de hotéis, aquisição de passagens aéreas e até contratos celebrados com empresas ligadas aos envolvidos no esquema de corrupção.
Para lastrear as denúncias dos 78 delatores, esses documentos já foram anexados pelos advogados da Odebrecht aos autos e complicam demais a situação dos políticos denunciados, especialmente os que receberam caixa 2 ou propinas em contas no exterior.
SERRA E PAES – Entre os que estão relacionados por terem recebido depósitos no exterior destacam-se o senador José Serra (PSDB-SP), com o equivalente a R$ 32 milhões (parte em dinheiro vivo), o ex-prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PMDB), com R$ 24,7 milhões, e o senador Aécio Neves (PSDB-MG), com R$ 30 milhões.
Outro caso de comprovação direta envolve o atual governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT), através de contrato assinado entre a Construtora Norberto Odebrecht S/A e a DM Desenvolvimento de Negócios Internacionais Ltda., quando o político petista era ministro do Desenvolvimento no governo Dilma Rousseff e mandava o BNDES liberar financiamentos à empreiteira.
A própria ex-presidente Dilma aparece citada nos e-mails internos da Odebrecht, relacionados à liberação de cerca de R$ 150 milhões em dinheiro vivo e em contas no exterior, em troca de apoio à empreiteira junto à Petrobras, BNDES e outros órgãos públicos.
EM E-MAILS – Também aparecem citados em e-mails internos da Odebrecht os atuais ministros Blairo Maggi, da Agricultura, e Marcos Pereira, do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.
Outros seis ministros aparecem recebendo caixa 2 ou propinas nas planilhas da empreiteira – Eliseu Padilha, Casa Civil; Moreira Franco, Secretaria de Governo; Gilberto Kassab, Ciência, Tecnologia e Comunicações; Aloysio Nunes, Relações Exteriores; Bruno Araújo, Cidades; e Helder Barbalho, Integração Nacional.
No caso do senador Aécio Neves, também há registros de R$ 7.3 milhões em dinheiro vivo, para caixa 2 do senador Antonio Anastasia (PSDB-MG) e existe, ainda, um contrato com a PVR Propaganda e Marketing Ltda.
LULA E OUTROS – Muitos outros políticos aparecem com registros nas planilhas da Odebrecht, como o ex-presidente Lula da Silva, cuja vultosa conta era operada pelo ex-ministro Antonio Palocci.
Também aparece nas planilhas o governador paulista Geraldo Alckmin (PSDB), com R$ 10,3 milhões em dinheiro vivo para campanhas eleitorais, assim como os senadores Renan Calheiros (PMDB-AL), Romero Jucá (PMDB-RR), Eunício Oliveira (PMDB-CE) e Edison Lobão (PMDB-MA).
Outros que estão nas planilhas são o ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB), com registros de ligações telefônicas diretas, o presidente da Assembléia estadual, Jorge Picciani (PMDB), e os ex-deputados Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN).
CRUZAR OS DADOS – O próximo passo das investigações é fazer o cruzamento desses dados. Políticos como Serra, Aécio e Paes, que caíram na armadilha de receber em contas no exterior, serão fatalmente incriminados. As maiores dificuldades serão encontradas para comprovar os pagamentos em dinheiro vivo, embora haja abundantes provas testemunhais. De toda forma, as imagens desses envolvidos já estão desgastadas pelas simples citações.
O mais importante é que a festa está apenas começando, porque vêm aí as delações de do ex-ministro Antonio Palocci, do empresário Léo Pinheiro, da OAS, e do engenheiro Renato Duque, ex-diretor da Petrobras, e haverá repescagem da Andrade Gutierrez, da Queiroz Galvão e da UTC, pelo menos. Não vai faltar assunto.

01 de maio de 2017
carlos newton