"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quinta-feira, 22 de junho de 2017

DELAÇÃO BOMBA: LULINHA EMBOLSOU R$ 317 MILHÕES. VEJA O CAMINHO DA MINA

O BRASIL VAI EMERGIR DA ESCURIDÃO MUITO MELHOR

A multidão de gatunos engaiolados ou na mira dos investigadores comprova que a Era da Canalhice está ferida de morte

Presidente Dilma Rousseff conversa com o senador José Sarney (Cristiano Mariz/VEJA)

As descobertas da Lava Jato transformaram em casos de polícia o presidente Michel Temer e quatro dos cinco antecessores vivos. Só Fernando Henrique Cardoso ficou fora do pântano onde chapinham Lula, Dilma Rousseff, Fernando Collor e José Sarney, além de mais de 30 ministros ou ex-ministros de Estado, mais de dez governadores, quase 30 senadores, mais de 60 deputados federais e centenas de vigaristas coadjuvantes. Se o Supremo Tribunal Federal cumprir o seu dever com menos lentidão, a turma do foro privilegiado não demorará a engordar a população carcerária.

Já não são poucos os figurões da política transformados em vizinhos de cela de empresários especialistas em bandalheiras. Antonio Palocci, ex-ministro da Fazenda e ex-chefe da Casa Civil, tem tempo de sobra para trocar ideias com Marcelo Odebrecht, ex-presidente da usina de propinas milionárias, e João Vaccari, ex-tesoureiro nacional do PT. Perdeu recentemente a companhia de José Dirceu, libertado pela 2ª Turma do STF. Mas não demorará a rever o primeiro chefe da Casa Civil do governo Lula. Também seguem continuam encarcerados os ex-presidentes da Câmara Eduardo Cunha e Henrique Alves, o ex-governador do Rio Sérgio Cabral e vários destaques da Turma do Guardanapo.

Tantos números desoladores avisam que o Brasil vai ficar na UTI por muito tempo, certo? Errado: está cada vez mais saudável ─ graças à Lava Jato. A multidão de gatunos engaiolados ou na mira dos investigadores comprova que a Era da Canalhice está ferida de morte. Para que a nação devastada pelos poderosos patifes recuperasse a saúde, era preciso remover cirurgicamente o tumor da corrupção institucionalizada. O Código Penal agora vale para todos. São sempre escuras as horas que precedem a alvorada. O Brasil vai emergir da escuridão muito melhor.



22 de junho de 2017
Augusto Nunes, VEJA

A SOBERBA DE LULA

Ao se descortinar os fatos graves contra o ex-presidente, ficou demonstrado que o mito do herói petista serve melhor à literatura do que à política

(Reproduição/Agência o Globo)

O oportunismo que marcou a trajetória política do ex-presidente Lula da Silva, desde sua ascensão como líder sindical, foi tomado durante muito tempo como uma das virtudes capazes de levar um ex-metalúrgico a ocupar a Presidência da República. 
A realidade dos fatos, sobejamente documentada nos autos de um número constrangedor de processos judiciais a que responde, encarregou-se de demonstrar que o mito do herói serve melhor à literatura do que à política. 
Ao descortinar aos olhos dos cidadãos minimamente informados fatos graves que só a fé cega em um demiurgo é capaz de obliterar, as investigações sobre a conduta do ex-presidente revelaram que de virtuoso o oportunismo não tem nada.

Em evento de posse da nova direção do Partido dos Trabalhadores (PT) no sábado passado, na Assembleia Legislativa de São Paulo, Lula se apresentou como o único cidadão capaz de tirar o País da crise. 
Trata-se da imodéstia de quem se vê acima de qualquer responsabilidade que possa recair sobre seus atos, alguém ungido por um especial desígnio que justificaria qualquer desvario político. “Se o PT deixar, serei candidato para voltar a ver uma sociedade mais igual”, disse o ex-presidente. Poucas vezes uma afirmação de Lula soou tão embusteira. O PT é Lula, o rumo do partido é a expressão máxima de sua vontade. Portanto, o PT não tem qualquer ingerência sobre sua eventual candidatura à Presidência em 2018. 
Aliás, ainda que tivesse, esta prerrogativa, hoje, é exclusiva do Poder Judiciário, que pode torná-lo inelegível pela Lei da Ficha Limpa.

Durante o discurso, Lula mostrou que além de soberbo é incapaz de compreender a grandeza do cargo que ocupou e que sonha em voltar a ocupar. Afirmando que para voltar à Presidência “não precisa convencer os não convencíveis”, pois lhe bastariam “50% mais um” dos eleitores, Lula deixou clara a visão mesquinha que tem da Presidência da República, como se uma vez eleito estivesse comprometido apenas com o destino daqueles que o apoiam, e não com o de todos os brasileiros.

Ao arvorar-se em único capitão habilidoso o bastante para conduzir um navio à deriva, Lula esconde o papel determinante que teve na construção da pior crise política, econômica e moral da história recente, o mais eloquente atestado do desastre que o lulopetismo representou para o País. Em um misto de vaidade e desfaçatez, o ex-presidente afirmou em seu discurso na Assembleia Legislativa que “a melhor experiência de governança neste país foi do PT”. Para ele, a profunda recessão econômica e os 14 milhões de brasileiros desempregados são “fatos alternativos”.

Citado na delação superpremiada do empresário Joesley Batista como beneficiário de uma conta milionária abastecida com dinheiro de propina, Lula não se deu por constrangido e lançou mão de seu conhecido senso de humor rasteiro. “Estou quase fazendo delação para pegar os meus US$ 82 milhões”, ironizou. O problema seria encontrar um possível delatado, já que as investigações realizadas até agora colocam Lula no topo do esquema de corrupção engendrado para pilhar os recursos do Estado.

Mas não foi só a soberba, a imodéstia e a desfaçatez que marcaram o discurso de Lula na posse da nova direção de seu partido. O cinismo também deu as caras quando o ex-presidente afirmou que “o País nunca precisou tanto do PT como agora”. Prometendo resgatar o “Lulinha Paz e Amor”, o ex-presidente disse que “o PT é o único capaz de devolver a alegria ao povo brasileiro”. 
Lula é o grande artífice da grave crise por que passa o Brasil e por meio de seu discurso agressivo e excludente disseminou a cizânia e implodiu todas as pontes para uma reconciliação nacional em torno de um projeto de retomada do crescimento econômico, do desenvolvimento social e do debate de ideias próprio da democracia em um ambiente menos anuviado.

Se em meio à crise paira a incerteza sobre qual caminho o País deverá seguir em 2018, o lulopetismo já apresentou razões mais do que suficientes para a Nação saber qual deve ser evitado.


22 de junho de 2017
Editorial O Estadão

STF VALIDA DELAÇÃO DE JBS E MANTÉM FACHIN NA RELATORIA DO CASO

MAIORIA DO STF MANTÉM FACHIN RELATOR E VALIDA DELAÇÕES DA JBS
SESSÃO DISCUTE SOBRE VALIDADE DO ACORDO DE DELAÇÃO DA JBS ALÉM DA PERMANÊNCIA DE FACHIN NA RELATORIA DO CASO (FOTO: TV JUSTIÇA/ REPRODUÇÃO)


O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu nesta quinta-feira (22) manter o ministro Edson Fachin na relatoria do caso JBS e validou o acordo de delação premiada da JBS. Ontem, no primeiro dia de sessão, dois ministros votaram pela permanência de Fachin à frente das investigações: o próprio Fachin e Alexandre de Moraes. Ambos também votaram contra a revisão dos benefícios concedidos aos executivos da JBS com a delação.

Fachin defendeu, na sessão de ontem, a homologação das delações de forma monocrática. Defendeu ainda que os benefícios só possam ser revistos pela Justiça ao final do processo e ainda que seja mantido na relatoria do caso.

Na sessão de hoje, outros dois ministros, Luís Roberto Barroso e Rosa Weber, também votaram por manter Edson Fachin como relator dos casos. Barroso disse que o "instituto da delação premiada" não pode ser desmoralizado. Ao acompanhar o voto de Fachin, Rosa lembrou que o ex-ministro Teori Zavascki foi um "desbravador" do tema. Para a ministra, cabe ao relator, por decisão "monocrática" a homologação dos acordos.

Os ministros Luiz Fux e Dias Toffoli também acompanharam o voto do relator. Ainda restam cinco votos, dos ministros Ricardo Loewandowski, Gilmar Mendes, Marco Aurélio Mello, Celso de Mello e da presidente da Corte, ministra Cármen Lúcia.

Para o ministro Luiz Fux o colegiado não pode rever as termos da delação se os compromissos foram cumpridos.

Dias Toffoli afirmou que a delação premiada é um meio de obtenção de provas. E que a delação não se confunde com os depoimentos, pois o contrato de colaboração é um meio de obtenção de prova e o depoimento é a prova propriamente dita, embora não possa, por si só, levar à condenação.



22 de junho de 2017
diário do poder

DESEMBARGADOR LAERCIO LAURELLI PEDE DEPOSIÇÃO DE TEMER E FECHAMENTO DO CONGRESSO

GILMAR MENDES É ANIQUILADO PELO JURISTA MODESTO CARVALHOSA, UM DOS MAIS RESPEITADOS DO PAÍS

ALTA TRAIÇÃO - LULA, JOESLEY, FAQUIN, JANOT FORJARAM A DELAÇÃO DE JOESLEY

BARROSO DÁ NO MEIO DE GILMAR MENDES, QUE DESEJA ANULAR A DELAÇÃO DE JBS

PREFÁCIO DO LIVRO "BANDIDOLATRIA E DEMOCÍDIO"



Prefácio de Percival Puggina e comentário de Olavo de Carvalho.


Quando foi lançado o livro ‘Bandidolatria e Democídio – Ensaios sobre garantismo penal e a criminalidade no Brasil’, eu estava em viagem de férias e não pude comparecer, como tanto gostaria e como seria meu dever, distinguido que fora pelos autores com o privilégio de prefaciá-lo. Registro, então, o fato e o ato, publicando o texto que escrevi sobre minha leitura desta corajosa e importante obra. Bandidolatria e Democídio é uma co-produção das editoras Armada e Resistência Cultural e teve sessão de autógrafos na Livraria Cultura do Bourbon Shopping Country em Porto Alegre, dia 7 deste mês de junho.


A obra que você tem em mãos, antes de ser um livro, é um acontecimento. Entendida assim, deveria ser manuseada como se o leitor participasse de um evento, desses que o acaso nos permite testemunhar e as compulsões da vida moderna fazem surgir o desejo de capturar em forma de imagem. Clic! Este livro, saiba, está na categoria dos atos heróicos. Há nele muito do destemor exigido para um salto ao fosso das ariranhas. Seus autores são membros do Ministério Público Estadual do Rio Grande do Sul, o que torna ainda mais relevante a corajosa determinação de, juntos, o produzirem.

O promotor de Justiça Diego Pessi, atua na comarca de Erechim e o promotor Leonardo Giardin de Souza exerce suas atividades em Taquara. Os dois trazem às páginas de Bandidolatria e Democídio – Ensaios sobre garantismo penal e a criminalidade no Brasil – vigorosas experiências de quem, no exercício de sua função institucional, conhece e atribui justíssimo valor às expectativas da sociedade em relação ao aparelho judicial. E sofre, com a sociedade, as dores de suas perdas ante a terrível expansão da criminalidade em nosso Estado e em nosso país. Dessa angústia nasce cada página desta obra, da qual me foi dado o privilégio da leitura prévia e o convite para prefaciá-la.

Há, aqui, alguns relatos sobre criminalidade, a guisa de ilustração, tomados ao acaso no farto provimento disponibilizado pelo cotidiano nacional. Na dose certa, eles servem como motivação para o que lhe é essencial: constatar e demonstrar que os avanços da criminalidade contam com inegável favorecimento proporcionado pelas elites políticas, pelas instituições do Estado brasileiro, por amplos segmentos do mundo acadêmico, por doutrinas em voga e moda no mundo jurídico, pela ideologia que imanta os adeptos da Teologia da Libertação e pela maior parte dos nossos formadores de opinião. Não por acaso, listei, quase à exaustão, a parcela da elite nacional de quem a sociedade espera a fração de bem comum que não seja de produção própria.

Os autores, com diferentes estilos e focos, vão desmontando as falácias que fornecem inspiração à maior parte dos textos que chegam ao grande público sobre o tema da sua própria insegurança. Eles demonstram que essas abordagens são desfocadas, ou erradas, ou mal-intencionadas, como bem evidenciam suas consequências na vida social.

O grande inimigo aqui combatido é, ao mesmo tempo, o grande amigo da criminalidade e causa eficiente do descontrole a que chegou entre nós. Leonardo Giardin de Souza, informa seu nome e sobrenome: é o “Garantismo Penal, filho bastardo do Marxismo Cultural, gestado no ventre de aluguel do Positivismo Jurídico”.
Vai-se a obra, então, atrás dessas raízes, mostrando a perversidade da seiva que por elas flui, a envenenar, desde dentro, a árvore institucional brasileira, robustecendo todos os níveis do mundo do crime e debilitando a sociedade. Eis a esteira doutrinária pela qual se chega à “bandidolatria”, prática corrente no ambiente jurídico e penal brasileiro, que transforma o criminoso em vítima de quem não se poderia exigir conduta distinta e a vítima em imperdoável beneficiário e coautor da desigualdade social que levaria ao crime. Sem a dolosa conduta de todas as vítimas – disso querem nos convencer os bandidólatras – viveríamos num mundo de amor, segurança e paz. Os autores sustentam diferentemente e, ao fazê-lo, confrontam poderes e poderosos. Não miram para o rés do chão, mas para as Torres de Marfim das elucubrações e para a insensível arrogância de tantos gabinetes.

Com fundamento em bons autores e em estudiosos da criminologia como ciência, afirmam que o criminoso é um agente consciente de seu poder, buscando realizar desejos, informado sobre o quanto lhe estão franqueados os meios de ação pela falta de reação e investido de autorização tácita expedida pela “intelectualidade” nacional. Sendo infinitamente maior o número de necessitados do que o número de criminosos e havendo tantos criminosos materialmente abastados, resulta óbvia a conclusão de Diego Pessi: não é a necessidade que leva ao crime, mas a submissão ao conjunto de paixões e pulsões, na ausência da alteridade. A inteligência do criminoso calcula riscos, avalia ganhos e benefícios, e toma decisões como qualquer empreendedor em relação a seus objetivos.

Há neste livro, que percebo como um acontecimento, absoluta honestidade intelectual e compromisso com o bem da sociedade. Citam-se sentenças judiciais que escandalizam consciências bem formadas. Inclusive sentenças colegiadas, de segundo grau, que, feliz e oportunamente, receberam severas revisões. Constituem exemplos clássicos do que os autores reputam importante combater. São expressão vultosa do inimigo doutrinário, cultural, ideológico e político a desmascarar e superar.

Sem necessidade de formação jurídica, a sociedade brasileira já deu claros sinais de haver entendido a quem servem aqueles que reservam à atividade policial apenas palavras de censura, advertência e condenação. Cumprem tarefa antissocial minuciosamente caracterizada nestas páginas. Seguem à risca a prescrição que determina marcar sua atuação como em defesa dos direitos humanos. São onipresentes para apontar o dedo acusador a alguma ação excessiva, mas desaparecem envoltos no próprio silêncio e omissão quando policiais morrem defendendo a sociedade. É importante a reflexão dos autores, com apuro técnico e verdadeiro humanismo, a respeito dos encargos que recaem sobre a categoria funcional dos policiais. No elevadíssimo nível de violência incidente em nosso país, os criminosos, protegidos pela bandidolatria, ampliam sem cessar seus confrontos com a sociedade e, especialmente, com a polícia. Esta constitui, portanto, a parcela mais exposta, mais confrontada de modo violento e é nela que, proporcionalmente, se contabiliza o maior número de vítimas de homicídio.

Fracassará irremediavelmente toda política de segurança pública que não incluir a ampliação dos contingentes policiais e a construção de estabelecimentos prisionais em números suficientes para atender a demanda. O mero controle de território e a simples pressão sobre tal ou qual atividade criminosa apenas fazem com que os agentes do crime migrem para outro local ou para outro ramo. Será infrutífera toda legislação que desconhecer o fato de que a cadeia é o lugar onde os bandidos devem estar. Carência absoluta de penitenciárias é o sonho sonhado por todo criminoso. A bandidolatria aposta no caos da segurança pública como berçário de sua utopia. Por isso, não hesita em reprimir a atividade policial, em ser a favor do desarmamento da população, contra a construção de novos presídios e hospitais psiquiátricos, contra a pena de prisão e contra a redução da maioridade penal, contra a prisão após condenação de segunda instância e tem verdadeira devoção pelo sistema recursal do nosso processo penal (CPP).

Não se chega a um nível de criminalidade geral em que meio milhão de veículos são roubados anualmente e o número de homicídios bate nos 60 mil anuais (caracteriza o que este livro denomina democídio), sem que os valores capazes de inspirar condutas retas tenham passado pelo moedor do relativismo moral. É a infeliz vingança do Adão pós-moderno. Ele expulsa Deus do seu peculiar “paraíso humanista”, cuja primeira perda é a do fundamento conceitual da própria dignidade. Eis a gênese da displicência moral que se expande sem poupar a parte mais saudável da sociedade brasileira. Afinal, o que seria pecado, ao sul do Equador? Assim, enquanto, por um lado, as fanfarras do relativismo fazem evanescer as noções de certo e errado, bem e mal, verdade e mentira, por outro chega-se a tempos ainda mais assustadores, soturnos. A soleira da porta é local de perigo, espaço aberto aos predadores.

O garantismo jurídico que empolga teóricos da inação e da passividade togada é irmão gêmeo do desarmamento e das carpideiras de bandidos, olhos secos ao genocídio das pessoas de bem. São os mesmos que afirmam e reafirmam, para concluir que “prender não resolve”, a falácia segundo a qual já temos presos em excesso. E são os mesmos, também, que veem nas páginas policiais relatos de guerrilha social, newsletters cotidianas de uma Sierra Maestra revolucionária, infinitamente mais violenta e menos sutil do que a original. São os mesmos, por fim, que fornecem aos malfeitores a porção de “ternura” – para não olvidar Che Guevara – em forma desse falso e desumano humanismo que resguarda o malfeitor e se desapieda de suas vítimas.

É nesse tempo e para esse tempo que escrevem Diego Pessi e Leonardo Giardin de Souza. Há em suas páginas angústia, sangue e dor, mas, também, valentia e esperança. E um suave perfume que me permito definir como amor ao Direito, à Justiça e ao bem da sociedade a que se comprometeram a servir no desempenho de sua missão institucional.


22 de junho de 2017
Percival Puggina

Comentário de Olavo de Carvalho:

Agradeço a Diego Pessi e Leonardo Giardin da Fonseca a remessa do seu livro “Bandidolatria e Democídio. Ensaios sobre Garantismo Penal e a Criminalidade no Brasil” (São Luís, MA, Resistência Cultural, 2017). Pela primeira vez, aí, a chamada “política nacional de segurança pública” é descrita em sua verdadeira dimensão, que é a do genocídio puro e simples — ou, para usar a expressão mais exata do Prof. R. J. Rummel, “democídio”: a liquidação sistemática de um povo pelo seu próprio governo.

Não há, no Brasil, assunto mais importante e urgente. A proteção judicial aos criminosos, mal camuflada sob mil eufemismos abjetos, resulta no assassinato de aproximadamentesetenta mil brasileiros por ano, sob o olhar complacente — e na verdade cúmplice — da classe governante inteira.
O “direito à vida”, neste país, simplesmente cessou de existir — não para os nascituros, mas para os já nascidos.

Permanecer vivo ou ser abatido a tiros ou facadas por um assassino coberto de proteção legal e afagos da mídia é apenas uma questão de sorte ou azar. Presidentes da República, ministros, juízes de qualquer instância, jornalistas e donos dos meios de comunicação não estão NEM UM POUCO preocupados com isso. São todos criminosos, todos assassinos, todos genocidas ou democidas. A casta governante do Brasil não merece nenhuma deferência, nenhum respeito, muito menos obediência. A ruptura entre governo e povo é total e irreversível. Um dos dois morrerá. Até agora, tem sido o povo.

Parabéns aos autores deste livro por terem furado a camada de desconversas e dado aos fatos os seus verdadeiros nomes.
(9/05/2017)

O QUE HÁ DE ERRADO COM AS UNIVERSIDADES DE HOJE? HÁ SOLUÇÃO?




As faculdades e universidades de hoje tornaram-se centros de doutrinação política de alto custo. Trata-se de um sistema único na histórica do homem, em que aqueles que são doutrinados e mal treinados para o mundo real têm de pagar a seus doutrinadores, seja gastando as economias de suas famílias, seja obtendo empréstimos subsidiados pelo governo. Para assegurar que a doutrinação não desvie muito da linha do politicamente correto, professores e administradores erigiram um sistema de controle, a fim de garantir que somente aqueles que aceitam o “pensamento de grupo” a respeito de injustiças raciais, étnicas, ambientais e econômicas sejam autorizados a ensinar.

Esse sistema de controle começa com quem logra ser admitido na graduação, quais temas de dissertação são aprovados, quem é contratado para o professorado, quem se titulariza e, mais tarde, para alguns poucos escolhidos, quem consegue tornar-se administradores de alta remuneração. Então, apenas para se certificar de que não há falhas no sistema, os professores organizam programas de estudos de gênero e estudos étnicos, para que possam mobilizar os ativistas do campus a atacar quaisquer desertores em suas fileiras. Como outro resguardo para esta gaiola de ferro, burocratas federais impõem e interpretam uma série de regulamentos sobre faculdades e universidades. O Título IX provou ser uma ferramenta eficaz para rachar a dominação masculina sobre os esportes nas universidades e até mesmo um instrumento melhor para forçar o pensamento de grupo no campus.

A “Novilíngua” do Big Brother de George Orwell parece rústica em comparação com a atual compreensão do que seja “liberdade acadêmica”, “comunidade de estudiosos”, “justiça social” e “zonas de liberdade de expressão”.

A “Liberdade Acadêmica” Orwelliana

Por toda a América, as universidades e faculdades estão criando “zonas de liberdade de expressão” e restringindo a liberdade de expressão. Costumava haver uma “zona de liberdade de expressão” chamada América, mas não mais nos campi universitários. Em vez de permitir que professores e alunos manifestem-se livremente na sala de aula ou no campus, os administradores universitários têm adotado políticas para restringir a liberdade de expressão. Evidentemente, o “discurso de ódio” é restringido. A zona pode permitir que um pregador evangélico fale sobre pecado e a Bíblia (cercado por estudantes zombeteiros, na maioria dos casos), mas o discurso que possa ofender estudantes pertencentes a minorias, estudantes muçulmanos, mulheres ou outros grupos favorecidos é realmente proibido. Na sala de aula, o corpo docente fala continuamente sobre política de identidade, sobre como homens brancos e privilegiados oprimem as minorias raciais, sobre como cometeram genocídio contra os nativos americanos, escravizam os africanos, mantiveram as mulheres em suas casas e criaram, sistemas políticos, como a democracia americana, para manter o privilégio branco. Esse tipo de discurso é aceitável e, de fato, encorajado.

O que eles não podem falar, sem ser extraordinariamente cuidadosos, é qualquer coisa que pareça culpar a vítima. Isto significa que os professores têm de caminhar cuidadosamente sobre assuntos relativos a questões raciais, de gênero ou religiosas. Se esses tópicos são levantados em uma “zona de liberdade de expressão” ou na sala de aula, tanto os professores quanto os alunos têm de prefaciar suas observações com uma miríade de qualificações, mostrando que compreendem a complexidade destas questões.

No entanto, a restrição sobre o discurso vai além de apenas pensar duas vezes sobre o que poderia ser dito. A palavra-chave hoje é “micro-agressão”. A fala, a linguagem corporal ou o tom podem ser tomados como “micro-agressão” se um aluno sensível a vê como tal. A presidente do sistema da Universidade da Califórnia, Janet Napolitano, de fato publicou exemplos em seu site do que pode ser considerado comportamento “micro-agressivo” (http://www. thecollegefix.com/post/22839/). Incluídos nos exemplos de linguagem agressiva estão expressões como “Terra de Oportunidade” ou “Ação Afirmativa é racista”. Outros comentários proibidos são: “Todos podem ter sucesso nesta sociedade, se trabalharem duro o suficiente”; “De onde você é?” ou “Onde você nasceu?”; e “Quando eu olho para você, eu não vejo cor.”

Cometer uma “micro-agressão” é racismo subconsciente, sexismo, privilégio masculino branco, xenofobia e homofobia. As diretrizes supõem que o comportamento “micro-agressivo” pode ser bem-intencionado. Dizer a estudantes do sexo feminino ou negros que, se eles trabalharem duro, podem ter sucesso, sugere que as mulheres e negros que não lograram sucesso carecem de ambição ou são preguiçosos. A lição deve ser que as mulheres que não quebraram o “teto de vidro” ou negros que vivem na pobreza devem culpar as profundas complexidades do racismo, sexismo, hegemonia cultural e privilégio masculino branco, historicamente e hoje.

Para garantir que o corpo docente tenha entendido a mensagem, o sistema da Universidade da Califórnia (UC) organizou sistemas de treinamento de líderes dos docentes ao longo do ano acadêmico de 2014-15 em todos os nove campi da UC. As sessões foram destinadas a ensinar professores sobre como evitar ofender estudantes e colegas, e dedicaram tempo a explicar como contratar um professorado mais diversificado. A suposição é de que discentes de cor e mulheres serão mais sensíveis, porque têm experimentado formas ostensivas e sutis de opressão.

Em seu romance “1984”, o “Big Brother” de George Orwell usa o medo da tortura para quebrantar os pensamentos subversivos de Winston Smith. A “Big Sister” de 2015 não usa tortura física para impor conformidade acadêmica, embora se suspeite que essas sessões de treinamento sobre “micro-agressão” devam ter sido torturantes demais para aguentar. Não se viu nenhuma preocupação quanto à imposição macro-agressiva da administração de uma Universidade custeada com recursos públicos restringindo manifestações comuns de membros do corpo docente.

Devorando os seus?

Laura Kipnis, feminista docente da Northwestern University, em Illinois, chamou a atenção da mídia nacional (americana) quando foi atacada por estudantes de sua universidade por um ensaio que escreveu para a Crônica da Educação Superior, em fevereiro de 2015. Seu ensaio, “A Paranoia Sexual Atinge a Academia” (Sexual Paranoia Strikes Academe), de linguagem extravagante destinada a despertar emoção, defendia professores que namoram estudantes de graduação e pós-graduação. Ela declarou que, quando era estudante, “O abismo entre estudantes e professores não era um fosso cheio de tubarões; um passo em falso não era fatal. Fazíamos festa juntos, bebíamos e ficávamos embriagados juntos, dormíamos juntos. Os professores podiam ser mais velhos e mais realizados, mas você não sentia que poderiam tirar proveito de você por causa disso. Como fariam isso?” Ela objetou que a “paranoia sexual” estava perseguindo a vida universitária, e que abominava isso.

Códigos severos de conduta entre professor e alunos, ela argumentou, têm penetrado todos os aspectos da vida do campus — língua, currículo, discussão acadêmica e vida social. Espera-se que os professores alertem os alunos de que o que venham a ler ou ouvir numa palestra ou discussão em sala de aula pode ser perturbador. Para proteger a sensibilidade dos alunos, os professores são obrigados pelos administradores da universidade a emitir “trigger warnings” — ou “alertas” — sobre materiais dessa natureza. Estudantes aos quais se tenha atribuído a leitura do poeta latino Ovídio, por exemplo, precisam ser alertados de que leriam sobre romanos estuprando mulheres sabinas.

Kipnis mirou, particularmente, a utilização do Título IX para impor esses códigos de conduta. Pouco depois de a administração da Northwestern University emitir seu código de conduta de estudante e professor, o comitê de coordenação Título IX da universidade emitiu uma nova linguagem para esclarecer o código. “Todos recebemos um longo e-mail da comissão”, lembrou Kipnis. “O comitê estava respondendo a uma petição de estudante e governo que exigia que os ‘sobreviventes’ fossem informados sobre os resultados das investigações de assédio sexual”. Ela ressentiu-se particularmente com o uso repetido da palavra “sobrevivente”. “Não seria ‘acusador’ o termo apropriado? Como alguém pode ser acoimado de ‘sobrevivente’ antes do julgamento sobre a acusação — isto é, supondo-se que não queremos predeterminar a culpa do acusado.”

Seu ensaio foi destinado a ser inflamatório, e isso foi. Ela foi atacada em duas direções — protesto estudantil e queixa jurídica. Os manifestantes estudantis começaram a arrastar colchões em redor do campus, sugerindo que Kipnis queria transformar Northwestern em um bordel estudante-professor. O pior estava por vir, entretanto. A defesa de Kipnis de um professor de filosofia que tinha sido julgado não culpado de acusações de agressão sexual levou outros estudantes a apresentar uma queixa fulcrada no Título IX contra ela. Kipnis foi trazida perante um comitê universitário regido pelo Título IX. Não lhe foi permitido o patrocínio de advogado, o direito de chamar testemunhas em seu favor ou o direito de confrontar seus acusadores. As acusações foram descartadas, mas todo o processo cheirou a uma “star chamber”[1]. Até a progressista Michelle Goldberg, colunista cultural do “The Nation”, achou difícil defender as ações dos alunos. Goldberg concluiu: “A política de libertação ajusta-se incomodamente com a política de proteção”.

O que tornou o episódio tão doloroso para a esquerda foi que Kipnis era um deles. Ninguém duvidava de suas credenciais feministas. Em seu ensaio, ela pediu a castração química de estupradores e celebrou a revolução feminista no ensino superior. Sua defesa dos relacionamentos sexuais entre professores e alunos certamente não emanava de uma perspectiva moral conservadora.

Questões mais profundas: Custo, Qualidade

Enquanto alguns conservadores regozijavam-se com o fato de que a esquerda acadêmica devorava a si mesma, e progressistas preocupavam-se em apoiar ou não o professor feminista ou as ativistas feministas estudantes, as questões mais abrangentes com as quais os administradores e professores universitários deveriam se preocupar dizem respeito à qualidade da educação que as faculdades têm provido a um custo muito alto aos estudantes. O estudante universitário de hoje paga em média cerca de U$ 13.300 (treze mil e trezentos dólares) por ano em uma instituição pública que ofereça cursos de quatro anos. Isto é o dobro do que um estudante universitário pagava ($ 6.800 — seis mil e oitocentos dólares) em 1967. Os custos das faculdades privadas triplicaram durante o mesmo período. Este aumento levou a uma dívida estudantil de mais de U$ 1 trilhão (um trilhão de dólares), criando uma bolha que deveria causar preocupação nacional. O que os alunos estão alcançando, em virtude dessa educação, no mercado global? Não muito, parece.

Um estudo de 2015 realizado pelo Educational Testing Service — ETS (ou “Serviço de Avaliação Educacional”) sobre a “geração do milênio” nos EUA, Europa e Japão revela o fracasso de nosso sistema educacional em treinar os futuros trabalhadores para uma economia cada vez mais baseada no conhecimento (Educational Testing Service, America’s Skills Challenge: Millennials and the Future, 2015). Competência em leitura, aritmética e resolução de problemas é essencial para o sucesso em uma economia avançada e complexa.

O estudo do ETS mostra o quão terrivelmente deficientes nossos jovens estão no desenvolvimento dessas habilidades. Os números são surpreendentes:

• Leitura: os jovens da “geração do milênio” americanos classificam-se abaixo de 15 entre 22 países participantes.

• Aritmética: os jovens da “geração do milênio” americanos classificam em último lugar, junto com Espanha e Itália.

• Resolução de problemas: os jovens da “geração do milênio” americanos ocupam o último lugar, junto com a Eslováquia, a Irlanda e a Polônia.

Os detalhes deste relatório são ainda mais alarmantes. Os americanos da “geração do milênio” nos 90% de desempenho acadêmico obtiveram pontuações mais baixas que seus pares em 15 países, superando apenas a Espanha. Pior ainda, as pontuações dos americanos da geração do milênio com menores níveis de desempenho acadêmico (nos últimos 10%) foram menores do que as de seus homólogos em quase todos os outros países participantes. A faixa etária mais jovem desta geração (16 a 24 anos), aqueles que poderiam estar na força de trabalho até 2065, ficou em último lugar entre os seus pares em aritmética e estava no fim da lista também na resolução de problemas. Estamos formando mais estudantes na faculdade, e gastamos mais do que a maioria dos países europeus na educação pública, mas estamos falhando em treinar nossos filhos para uma economia globalizada e competitiva.

Os orçamentos universitários expandiram-se grandemente desde os anos 60. As demandas dos estudantes, professores e administradores têm contribuído para o custo do ensino superior. Os estudantes de hoje exigem mais do que um único dormitório com beliches. Eles esperam viver em apartamentos no campus. Já não serve uma xícara de café comum na lanchonete local; em vez disso, é preciso tomar café no Starbucks do campus. Eles demandam instalações recreativas sofisticadas, com máquinas de academia, esteiras e bicicletas. Salas de aula com um atril e um quadro-negro não são boas o suficiente. As salas de aula precisam ser inteligentes, com equipamentos que permitam aos professores fazer apresentações em PowerPoint para que os alunos possam aprender visualmente, mesmo enquanto olham para seus computadores ou iPhones em vez de tomarem notas. Tudo isso custa dinheiro.

Os salários dos professores aumentaram mais rapidamente do que os de qualquer outro grupo profissional, exceto os médicos. Um professor de tempo integral em uma instituição pública de cursos de doutorado de quatro anos recebe, em média, U$ 126.981,00 (cento e vinte e seis mil novecentos e oitenta e um dólares). Naturalmente, há grandes disparidades dentro das universidades e entre as universidades. Não obstante, salários mais altos para professores contribuem significativamente para o custo da educação. Professores exigem maiores salários embora ensinem a menos turmas. Enquanto isso, cada vez mais administradores universitários estão recebendo salários em nível corporativo. Somado a isso, estão os altos custos de treinadores e funcionários esportivos.

Os crescentes custos das universidades e da educação superior têm sido subsidiados pelo governo federal através de empréstimos estudantis e bolsas de pesquisa. Estes subsídios federais permitiram que faculdades e universidades aumentassem a taxa de matrícula dos estudantes. É um esquema de pirâmide. Os estudantes assumem dívidas para pagar uma educação universitária na esperança de um trabalho bem remunerado para pagar suas dívidas. Enquanto isso, bilhões de dólares de dívidas de estudantes não pagas constroem a pirâmide bamboleante.

Os administradores respondem à crise

Sob pressão para fazer frente aos crescentes custos, os administradores universitários passaram a expandir sua base de estudantes por meio da educação on-line, enquanto reduzem seus custos trabalhistas. Poucas pessoas na educação superior realmente acreditam que a educação on-line é tão boa, em termos de qualidade, quanto cursos presenciais. A promessa é que a educação on-line vai melhorar. Provavelmente sim, mas há uma grande diferença entre ter uma discussão em sala de aula com alunos reais e uma sala de bate-papo on-line. Conversas individuais com os professores após a aula ou durante as suas horas de trabalho sobre o curso que um aluno esteja fazendo ou sobre planos de carreira são difíceis de replicar em um curso virtual. Conversar on-line não permite tanto em termos de experiência pessoal.

Enquanto expandem a sua base de clientes, as faculdades e universidades estão cortando seus custos trabalhistas através da contratação de professores adjuntos. A titularização é um status declinante na maioria das universidades. Hoje, apenas cerca de 20% de todas as classes são ensinadas por professores titulares. Entrementes, os professores adjuntos têm um incentivo para dar notas mais altas. Alunos com notas mais altas dão avaliações de curso mais favoráveis, aumentando a probabilidade de que o professor adjunto seja recontratado no ano seguinte.

O que pode ser feito?

As faculdades do século XIX eram principalmente privadas e confessionais, protestantes ou católicas. Seu objetivo era treinar seus alunos em caráter moral e liderança. Era comum em faculdades protestantes o presidente da universidade lecionar sobre moral nos seminários que culinam o fim da graduação. O texto primário era “Elementos de Ciência Moral”, de Francis Wayland (1835). Esse livro tem suas raízes na Escola do Realismo de Senso Comum escocesa, no Cristianismo e “laissez-faire” econômico. O objetivo das faculdades era treinar cidadãos virtuosos.

Não podemos retornar ao passado. A faculdade tal como era no Século XIX está morta, exceto por algumas pequenas faculdades ainda preocupadas com conceitos como virtude, honra e valores mais elevados. Faculdades públicas e privadas, com poucas exceções, estão sob estresse financeiro, especialmente porque os governos têm-lhes cortado o financiamento. Este é um momento perfeito para que os doadores, os ex-alunos e o público insistam para que as universidades se preocupem com a alfabetização cívica e com as contribuições da cultura ocidental (mesmo dentro de um contexto global). Ex-alunos, doadores e fundações podem atrair administradores e professores para dotar centros e professores que ofereçam cursos tradicionais e introduzam estudantes a Aristóteles, Platão, aos Artigos Federalistas, Abraham Lincoln e autores de grande literatura.

Como Winston Churchill disse certa vez, nunca desperdice uma boa crise. Nessa tempestade perfeita dentro das universidades, foi criado o ambiente para uma real mudança de clima.


Nota:
[1] N.T.: Trata-se de expressão pejorativa que se refere a tribunais ou corpos e comitês de julgadores que atuam de maneira inquisitorial, proferindo decisões arbitrárias mediante procedimentos secretos ou juridicamente questionáveis. A origem da expressão “Star Chamber” remonta a uma antiga Corte existente na Inglaterra, e abolida em 1614, que se reunia e proferia decisões sem a presença de júri, adotando métodos inquisitoriais.


22 de junho de 2017
Cardinal Mindszenty Foundation. “What’s Wrong with Today’s Universities? Can It Be Remedied?”.
Mindszenty Report, Julho de 2015.
Tradução: Helena Benício
Revisão: Rodrigo Carmo
http://tradutoresdedireita.org

POR OQUE OS RUSSOS INVENTARAM A FARSA DO AQUECIMENTO GLOBAL

A escritora e historiadora Natalie Grant Wraga, falecida em 2oo2.


Um dos meus deveres na Accuracy in Media (AIM) foi expor os esquerdistas nos meios de comunicação e no Congresso, que eram suaves em relação à antiga União Soviética e agora estão agindo como durões contra a Rússia de Vladimir Putin. É um tema fascinante que expõe a duplicidade da obsessão da esquerda com a Rússia.

Essas pessoas, que eram suaves com a União Soviética e agora difíceis com a Rússia, são os piores tipos de hipócritas. Sua hipocrisia é ainda demonstrada pela abundante evidência de que a teoria do aquecimento global ou da mudança climática, que eles agora abraçam, foi concebida pelos comunistas soviéticos como um meio através do qual destruir a base industrial nos Estados Unidos. Este tema da desinformação foi abraçado pelos liberais (esquerdistas) agora afirmando serem duros com a Rússia.

Não aceite apenas a minha palavra. Quando Natalie Grant Wraga (foto) morreu em 2002 aos 101 anos de idade, The Washington Post reconheceu sua experiência como especialista soviética, observando que ela “nasceu na Rússia czarista, viu uma grande revolta em sua terra natal e tornou-se uma especialista em desmascarar métodos soviéticos de dissimulação para o Departamento de Estado … “

Mas o Post não admitiria esse fato no clima político de hoje.

A revista Economist escreveu: “Ela era talvez a única pessoa viva no Ocidente que poderia reivindicar um conhecimento tão íntimo do pensamento político russo, desde os tempos tzaristas até o colapso da União Soviética”. Ela comentou: “Muitas pessoas estão estudando o passado, mas muito poucos estão estudando o presente. Mantenham seus olhos e ouvidos bem abertos.”

Este é um bom conselho. Uma das grandes dissimulações soviéticas/russas, escreveu Wraga, era a ideia de que os humanos estavam mudando o clima e que os humanos poderiam salvar a Terra através do socialismo. Ela disse: “… a proteção do meio ambiente tornou-se a principal ferramenta para o ataque contra o Ocidente”.

Em seu artigo de 1998, “Green Cross: Gorbachev and Enviro-Communism“, Wraga, que deixou seu sobrenome e escreveu como Natalie Grant, explica em detalhes como a campanha de dissimulação soviética, usando o clima como ferramenta organizadora, foi desenvolvida.

Foi lançado após o chamado colapso do estado soviético, quando Mikhail Gorbachev, o último presidente soviético, embarcou em uma cruzada ambiental, usando as Nações Unidas e outras organizações internacionais.

O veterano jornalista Wes Vernon escreveu sobre a pesquisa de Grant nesta área, em um artigo intitulado “The Marxist Roots of the Global Warming Scare“.

O grande evento, como o chamou Grant, foi uma conferência em Moscou em janeiro de 1990. Como a revista Time descreveu: “Numa reunião do Fórum Global em Moscou, em 1990, quando ainda era presidente soviético, Gorbachev propôs uma organização bastante análoga à Cruz Vermelha Internacional para lidar com problemas ambientais que atravessam as fronteiras nacionais. “Entre os convidados e oradores estava o então Senador e futuro vice-presidente dos EUA Al Gore”.

Falar sobre “conluio” com os russos! Onde estava a investigação do FBI?

O conluio ocorreu através do Fórum Global e várias conferências das Nações Unidas, incluindo a Cúpula da Terra de 1992, dando origem ao conceito de “desenvolvimento sustentável”, outra maneira de descrever o socialismo.

Grant escreveu: “A proteção do meio ambiente pode ser usada como pretexto para adotar uma série de medidas destinadas a prejudicar a base industrial das nações desenvolvidas. Também pode servir para introduzir mal-estar nas pessoas, que aceitarão reduzir seu padrão de vida, e implantando valores comunistas”. Grant previu como esta campanha seria realizada, usando “imagens pesadelo” de inundações, terra arrasada, doença e morte, a menos que ações drásticas fossem tomadas no nível internacional para reduzir a atividade industrial no ocidente capitalista.

Ela disse que a campanha seria conduzida por simpatizantes ou idiotas úteis de Moscou na “ciência”, na “academia”, e na mídia servilmente obediente ao Establishment, “todos com o propósito de forçar os Estados Unidos e outros países ocidentais” a aceitar medidas e regulamentos nocivos para a mundo ocidental.”

Em suma, para que o comunismo tenha sucesso, o capitalismo deveria ser retratado como baseado na exploração, mas não do homem, como era a antiga teoria marxista. Em vez disso, o capitalismo agora estava explorando a Terra! O objetivo deste dogma foi inibir o capitalismo global, o único sistema que se mostrou capaz de atender às crescentes necessidades da expansão das populações. Mas desta vez a afirmação era de que o progresso econômico humano ameaçava o meio ambiente devido ao modelo capitalista em que se baseava.

Por isso, o acordo de mudança climática do presidente Obama em Paris foi projetado para reduzir a expansão industrial dos EUA ao mesmo tempo em que este enviava ajuda externa para o resto do mundo. Era um plano marxista que beneficiava a Rússia, um importante produtor de petróleo e gás.

No dia 1º de junho, quando anunciou a retirada do acordo de mudança climática, o presidente Donald Trump colocou o dedo na ferida, que foi deliberadamente parte do plano. Ele atacou “os dramáticos encargos financeiros e econômicos que o acordo impõe ao nosso país”, criando um chamado Fundo Verde para o Clima que custaria aos Estados Unidos uma grande fortuna a ser enviada para as outras nações do mundo. Em outras palavras, a retirada de Trump do acordo funciona CONTRA os interesses russos e os dos socialistas globais.

No entanto, a campanha de propaganda continua. Em julho, a Netflix lançará o filme “Chasing Coral”, que tenta responsabilizar o homem pela “mudança radical” e a perda de recifes de coral nos oceanos mundiais em uma escala global. Com as emissões de carbono “aquecendo os mares”, o público será informado sobre a “catástrofe” que está “ocorrendo silenciosamente debaixo dágua”, a menos que as pessoas acordem e restrinjam drasticamente nosso estilo de vida.

Enquanto isso, a Universidade Estadual de Ohio lançou um “estudo” no Journal of Peace Research, sugerindo que a mudança climática poderia levar a “violência alimentar”. Um dos autores é citado em um comunicado de imprensa da Universidade Estadual de Ohio, dizendo: “O auxílio ao desenvolvimento é importante agora e é provável que seja ainda mais importante no futuro à medida que procuramos formas de aumentar a resiliência climática”. Em outras palavras, os Estados Unidos devem pagar mais às outras nações do mundo. Este é o socialismo global.

Parece que os cenários “pesadelos” previstos por Natalie Grant ainda não terminaram. Mas quando os liberais se levantarão? Resposta: nunca.

Como James Hodgkinson (*), um verdadeiro crente na teoria do aquecimento global, eles querem “taxar os ricos” em seu próprio país e atirarão para matar aqueles que se atravessarem o caminho desse esquema de redistribuição global.

(*) Atirador que feriu vários representantes republicanos num jogo de beisebol na Virginia. Também foi voluntário na campanha do comunista Bernie Sanders.

22 de junho de 2017
Cliff Kincaid
Publicado no AIM.org.
Tradução e divulgação: Papéis Avulsos – http://heitordepaola.com

GENERAL DO EXÉRCITO VAI AO SENADO NA COMISSÃO DE RELAÇÕES EXTERIORES

GILMAR MENDES BATE BOCA COM FUX E BARROSO NO STF

Gilmar Mendes bate boca com Fux e Barroso no STF 22/06/2017


22 de junho de 2017
postado por m.americo

CHEGARAM AO JUIZ MORO OS AUTOS DO PROCESSO. PRISÃO DE LULA PODE VIR A QUALQUER MOMENTO