"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sábado, 26 de agosto de 2017

A PROPÓSITO DE JAIR BOLSONARO...

http://www.boatos.org/politica/7-boatos-jair-bolsonaro.html30 abr. 2017 ... Jair Bolsonaro (PSC-RJ) é, atualmente, uma das figuras mais famosas no meio político. Reeleito como o deputado federal mais votado no Rio ...
26 de agosto de 2017postado por m.americo

A PROPÓSITO DA REVISTA INGLESA QUE CITA LULA COMO O PRESIDENTE MAIS CORRUPTO DO MUNDO (BOATO!!)

http://www.boatos.org/politica/7-boatos-que-circulam-sobre-lula-na-internet.html13 ago. 2015 ... Número de boatos sobre Lula na internet caiu, mas ex-presidente ainda é um dos campeões em se tratando de hoax. Separamos sete para .


26 de agosto de 2017
postado por m.americo

GENERAL DIZ QUE ESTÁ NA HORA DE RETIRAR TODOS OS POLÍTICOS CORRUPTOS!

VIDA: A MARAVILHOSA DITADURA DO ABSURDO

ALEXANDRE GARCIA NÃO PERDOA E IRONIZA PROFESSORA AGREDIDA QUE APOIOU AGRESSÃO EM DÓRIA E BOLSONARO

TEMER CRITICA JANOT E DIZ QUE DELAÇÃO DE FUNARO NÃO O ATINGIRÁ

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Denúncia de Janot não deveria ser fatiada, diz Temer
Em entrevista ao “SBT Brasil”, o presidente Michel Temer criticou nesta quinta-feira (dia 24) a conduta do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, e disse que não está preocupado com a delação premiada do doleiro e corretor de valores Lúcio Funaro. Sem citar o nome do atual responsável pela Procuradoria-Geral da República, o peemedebista disse que a decisão de fatiar uma acusação para prejudicar o denunciado “não é tipicamente uma função para a estatura de um chefe do Ministério Público Federal”. A expectativa é de que o procurador-geral apresente no início de setembro nova denúncia contra o presidente, desta vez utilizando elementos apresentados pelo doleiro contra o comando nacional do PMDB.
“Há procuradores-gerais que entram numa disputa para ver quem ganha. Qual foi a primeira ideia? Vamos fatiar a denúncia. Para que fatiar a denúncia se o inquérito é um só e os fatos estão ali elencados? Foi para dizer: se ele ganhar a primeira, eu venho com a segunda. Se ele ganhar a segunda, eu venho com a terceira. Isso não é tipicamente uma função para a estatura de um chefe do Ministério Público Federal”, disse.
SEM MEDO DE FUNARO – O peemedebista disse ainda que não conhece Lúcio Funaro e que não tem nenhuma relação com ele. “Não tenho temor nenhum. Eu nem o conheço. Se eu o conheço, conheço daquele jeito, de cumprimento, mas não tenho nenhuma relação”, afirmou.
Na entrevista, o presidente refutou ainda a possibilidade de deixar o mandato antes do fim para se candidatar a deputado federal, mantendo assim direito a foro privilegiado.
“Essa questão de prerrogativa de foro não me preocupa e não deve preocupar a ninguém. Não tenho nenhuma intenção de me candidatar a nada”, disse.
FORA DA AGENDA – O peemedebista atacou ainda a crítica feita a ele sobre encontros fora da agenda oficial e em horários fora do expediente administrativo, como o realizado com a futura procuradora-geral da República, Raquel Dodge.
Ele disse que essa cobrança deve acabar porque conversa “com quem quiser”, a hora que achar “mais oportuna” e “onde quiser”. Segundo ele, quem fala que 22h é tarde, “deve ser porque trabalha até as 18h e acha que depois ninguém pode trabalhar”.
“O presidente trabalha permanentemente e ele não tem local de trabalho.Eu converso com quem eu quiser, a hora que eu achar mais oportuna e onde eu quiser”, disse.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Na entrevista tipo vôlei, o presidente negou que seu governo exerça um “presidencialismo de cooptação”, tentando responder ao programa do PSDB, que usou uma sugestão de FHC. Quanto à delação de Funaro, é certo que Temer fez de tudo para evitá-la, através do então ministro Geddel Vieira, que agora está segurando o rojão, vive chorando e logo irá delatar Temer, para complicar ainda mais a situação. (C.N.)

26 de agosto de 2017
Gustavo Uribe
Folha

PROCURADORIA INFORMA QUE A ODEBRECHT ENFIM ENTREGOU CÓPIA DO SISTEMA DE PROPINA


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Marcelo Odebrecht vinha escondendo a lista há anos
O Ministério Público Federal (MPF) informou ao juiz federal Sérgio Moro – responsável pelos processos da Operação Lava Jato na primeira instância – que recebeu da Odebrecht uma cópia com todos os dados do “My Web Day”, o sistema de informática usado pela empreiteira para registrar o pagamento de propina. O MPF relatou ter recebido cinco discos rígidos da empresa no dia 8 de agosto e enfatizou “que a presente ação penal não foi instruída com nenhum elemento extraído diretamente pelo Ministério Público Federal do referido sistema ‘My Web Day'”.
O documento informando a entrega foi protocolado pelo MPF no processo eletrônico da Justiça Federal do Paraná na quarta-feira (23), porém, o conteúdo dos discos não foi disponibilizado.
LULA QUER ACESSO – A defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) havia pedido a Sergio Moro acesso integral e cópia do “My Web Day”.
O pedido foi feito na ação penal que apura se o ex-presidente recebeu como propina um terreno onde seria construída a nova sede do Instituto Lula e um imóvel vizinho ao apartamento do petista, em São Bernardo do Campo (SP). Neste processo, Lula responde por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Outras sete pessoas também são rés.
O “My Web Day” foi mencionado durante o depoimento de Hilberto Mascarenhas, que era o responsável pelo setor de propinas da empreiteira, prestado em 7 de junho. Segundo Mascarenhas, o sistema foi adaptado para fazer o controle de tesouraria e, atualmente, não é mais utilizado. O “My Web Day” funcionava como um manual da propina e foi substituído posteriormente pelo “drousys”, um controle mais sofisticado e que ficava na Suíça.
TODOS OS REGISTROS – Ainda conforme o depoimento, o programa continha todos os registros dos pagamentos efetuados e a quem foram efetuados, por codinome.
“Não por nome, e a data que foi efetuado. Esse sistema existe, está no mesmo lugar onde sempre esteve, só que bloqueado. E lá tem essas informações de quais pagamentos foram feitos. E se quiser saber pra quem, tem que pegar pelo codinome, olhar que obra era e perguntar ao responsável, pela obra, quem era a pessoa. Eu não sei dizer”, relatou o ex-executivo da Odebrecht.
Questionado pela defesa de Lula, Mascarenhas disse desconhecer os contratos da Odebrecht com a Petrobras que constam na denúncia, pois não eram da área dele.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – Todos os delatores, sem exceção, sempre tentam sonegar informações, só revelam o mínimo necessário para serem beneficiados. No caso da Odebrecht, a embromação com esta lista de nomes e codinomes é um mistério que já dura anos. Justamente por isso, Marcelo Odebrecht continua engaiolado. (C.N.)


26 de agosto de 2017
Fernando Castro e Thais Kaniak
RPC Curitiba e G1 PR

LAVA JATO PRENDE MAIS DOIS DO ESQUEMA DOS CORRUPTOS LIBERTADOS POR GILMAR



Polícia Federal mantém o cerco à quadrilha de Barata
A força-tarefa da Operação Lava Jato, no Rio, voltou às ruas após o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, soltar a cúpula do Transporte do Rio. A Polícia Federal prendeu dois por obstrução de Justiça e cumpriu mandados de busca e apreensão expedidos pelo juiz federal Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal do Rio, na Operação Ponto Final – desdobramento da Lava Jato que mira o esquema de corrupção no setor de transportes do Estado.
Em uma semana, Gilmar soltou nove investigados da Ponto Final. Um deles é o empresário Jacob Barata Filho, o ‘rei do ônibus’. O ministro do STF foi padrinho de casamento de Beatriz Barata, filha de Jacob, em 2013. Bia Barata se casou com Francisco Feitosa Filho, sobrinho de Guiomar Mendes, mulher de Gilmar. O Ministério Público Federal apontou ainda que Jacob Barata Filho integra os quadros da sociedade Autoviação Metropolitana Ltda, ao lado, entre outros sócios, da FF Agropecuária e Empreendimentos S/A, administrada por Francisco Feitosa de Albuquerque Lima, irmão de Guiomar.
BUSCA E APREENSÃO – A Lava Jato vasculhou endereços da Federação das Empresas de Transportes de Passageiros do Estado do Rio de Janeiro (Fetranspor) e da Riocard TI, empresa que controla a bilhetagem eletrônica no estado. Durante o cumprimento dos mandados, duas pessoas foram presas em flagrante por obstrução de Justiça.
Em nota, o Ministério Público Federal afirmou que ‘a partir de fatos revelados nas investigações da Operação Ponto Final, a força-tarefa da Lava Jato no Rio de Janeiro considerou necessário analisar os dados sobre repasses feitos pela Fetranspor às empresas de ônibus em virtude do ressarcimento de vale-transporte e do uso do bilhete eletrônico Riocard’.
Os procuradores da República que integram a força-tarefa consideram que há indícios de que o sistema de bilhetagem eletrônica e as ordens de ressarcimento de valores às empresas que participavam da arrecadação para a “caixinha” da propina da Fetranspor possam ter sido manipulados pelos denunciados.
SEM PRESTAR CONTAS – “Chama atenção dos investigadores o fato de a Fetranspor se recusar a prestar contas ao Tribunal de Contas do Estado dos valores recebidos do governo em função dos subsídios ao Bilhete Único, o que, à época, foi objeto de ação judicial do estado para a obtenção dos dados. Para os procuradores, tal recusa demonstra a falta de transparência na gestão dos recursos públicos”, diz a nota da Procuradoria da República, no Rio.
Segundo a força-tarefa, depoimento dos investigados apontam que a média diária do ressarcimento do vale-transporte é de R$ 18 milhões, que a Riocard movimenta cerca de R$ 6 bilhões por ano e que a arrecadação anual da Fetranspor com taxas de administração é de R$ 180 milhões.
CABRAL E ONOFRE – A Ponto Final afirma que o ex-governador Sérgio Cabral (PMDB) recebeu do setor de transportes R$ 144,7 milhões entre os anos de 2010 e 2016. No mesmo período, o então presidente do Departamento de Transportes Rodoviários do Estado do Rio de Janeiro (Detro), Rogério Onofre, recebeu R$ 43,4 milhões. A propina era paga com recursos de um caixa dois formado pela Fetranspor a partir da arrecadação junto a 26 empresas de ônibus, que somou R$ 250 milhões entre 2013 e 2016.
“Os repasses de propina à organização criminosa tinham como contraprestação a prática de atos de ofício pelos gestores do Estado do Rio de Janeiro, porquanto o conjunto de funções exercidas pelos agentes públicos que integram o núcleo administrativo e político da organização está relacionado com os interesses privados dos empresários como exploradores do transporte público urbano. Dessa forma, os empresários denunciados garantiam a sua hegemonia no setor de transportes públicos, além de benefícios na política tarifária e de gestão desse serviço público de natureza essencial”, explicam os procuradores.
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nota da redação do blog
 – Ao libertar nove integrantes da quadrilha dos transportes, inclusive dois líderes do esquema, Gilmar Mendes agiu de forma infantil e ditatorial.  Em breve, todos eles serão recolhidos novamente ao xadrez. Gilmar então vai espernear e estrebuchar, porque verá que o rabo também pode balançar a cachorrada(C.N.)


26 de agosto de 2017
Julia Affonso
Estadão

RABO ABANA O CACHORRO E O JUIZ PRENDE DE NOVO O CORRUPTO QUE GILMAR LIBERTOU


Charge do Mariano (Charge Online)
O juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal do Rio e responsável por julgar os casos da Lava-Jato no Rio, mandou prender novamente nesta sexta-feira o ex-presidente do Detro Rogério Onofre, que havia sido beneficiado por uma decisão do ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF). A informação é da GloboNews. Gilmar havia substituído a prisão preventiva de Onofre pelo recolhimento domiciliar, retenção de passaporte e proibição de contato com outros investigados na ação.
O Ministério Público Federal (MPF) havia pedido a nova prisão de Onofre, afirmando que ele ameaçou dois empresários também investigados na Operação Ponto Final. Bretas disse que as ameaças são “gravíssimas”, mas que deixou de apreciar o requerimento para que Gilmar tenha ciência dos fatos. O ex-presidente do Detro foi preso na Operação Ponto Final, em julho, e virou réu, acusado de receber R$ 43,4 milhões entre 2010 e 2016.
No entanto, em novo ofício, o ministro do STF decidiu que a responsabilidade sobre a nova prisão de Onofre era do juiz Bretas, que, então, expediu a ordem de captura.
AMEAÇAS DE MORTE – As ameaças do ex-presidente do Detro, segundo a investigação, foram feitas contra os empresários Guilherme Vialle e Nuno Coelho, detidos em um desdobramento da operação. O MPF teve acesso a um áudio enviado por Onofre a Vialle, antes de ser preso. Na gravação, Onofre afirma que Vialle e Coelho “ainda não morreram” em função de supostas dívidas que os empresários teriam com ele. A defesa de Onofre negou que ele tenha feito ameaças aos empresários.
“Vocês não estão tendo noção do que eu estou passando, nem do que vocês me devem. Eu não sei o que está havendo com vocês. Vocês não estão acreditando, rapaz, na sorte. Vocês ainda não foram… morreram ainda porque eu quero receber, mermão. Agora eu tô percebendo que vocês não vão pagar mesmo, aí então… nós vamos resolver isso…”, disse Onofre.
PRESSÃO A GILMAR – Na quinta-feira, procuradores e juízes presentes a umM ato de apoio a Bretas cobraram que a presidente do STF, ministra Cármen Lúcia, se manifeste sobre os atos recentes de Gilmar. O presidente da Associação dos Juízes Federais (Ajufe), Roberto Velloso, reivindicou que a ministra saia em defesa do juiz da Lava-Jato do Rio, que foi criticado recentemente por Gilmar.
Após o magistrado determinar novamente a prisão de Jacob Barata Filho, que havia sido solto por uma decisão do ministro do STF, Gilmar classificou o fato como “atípico” e afirmou que “em geral, é o cachorro que abana o rabo, não o rabo que abana o cachorro”. A procuradora Maria Cristina Cordeiro, representante da Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR), foi mais incisiva e cobrou que Cármen leve ao plenário a análise do pedido de suspeição de Gilmar apresentado pela Procuradoria-Geral da República (PGR).
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG –
 E o novo Rei Sol dos Trópicos “(L’État c”est moi”), debaixo de sua toga, vai ficando cada vez mais desgastado. Como o juiz do Porsche de Eike, também parece ser um magistrado à beira de um ataque de nervos(C.N.)


26 de agosto de 2017
Deu em O Globo

JANOT DENUNCIA JUCÁ, SARNEY, RENAN, MACHADO, GARIBALDI, RAUPP E TRÊS CÚMPLICES

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Charge do Ronaldo (Charge Online)
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, apresentou nesta sexta-feira denúncia ao Supremo Tribunal Federal (STF) contra os senadores Renan Calheiros (PMDB-AL), Romero Jucá (PMDB-RR), Valdir Raupp (PMDB-RO) e Garibaldi Alves (PMDB-RN). Também são alvo da denúncia o ex-senador José Sarney (PMDB-AP), o ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado, os empresários Luiz Fernando Maramaldo e Nelson Maramaldo, além do ex-executivo da Odebrecht Fernando Reis.
O grupo é investigado em um inquérito por suspeita desvios de recursos de contratos com a Transpetro para o pagamento de propina.
AÇÃO PENAL – A denúncia foi encaminhada para o gabinete do relator da Lava-Jato, ministro Edson Fachin. Ele deverá levar um voto para a apreciação da Segunda Turma, em data ainda não definida.
Se a denúncia de Fachin for aceita pela Segunda Turma, eles serão transformados em réus e o inquérito, em ação penal.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – A fila está andando.  O mais interessante neste caso é a situação de José Sarney. O ex-presidente abandonou a carreira política, mas se manteve atuante na quadrilha do PMDB. É uma sinalização de que corrupto age em dedicação exclusiva e jamais se aposenta, uma intrigante questão a ser examinada no âmbito da Psicologia Social. (C.N.)


26 de agosto de 2017
CAROLINA BRÍGIDO
O Globo

OAB PEDE AO MINISTRO FUX QUE ABRA SIGILO DA "DELAÇÃO MONSTRUOSA" DE SILVAL


Prefeito enfia nos bolsos o dinheiro da propina
A Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Mato Grosso (OAB-MT) protocola nesta sexta-feira, dia 25, pedido ao Supremo Tribunal Federal (STF)  para levantamento do sigilo da delação premiada firmada pelo ex-governador Silval Barbosa (PMDB). As negociações foram feitas com a Procuradoria Geral da República e o termo foi homologado no último dia 9 pelo ministro Luiz Fux, que chamou as revelações do ex-governador de ‘delação monstruosa’.
Nesta quinta-feira, dia 24, o Jornal Nacional, da TV Globo, divulgou imagens da farra da propina. Os vídeos foram cedidos por Silval à Procuradoria-Geral da República mostrando a entrega de dinheiro vivo em uma sala no Palácio do Governo de Mato Grosso. Deputados e o atual prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (PMDB), encheram os bolsos, mochilas e maletas de propina.
DINHEIRO NO CHÃO – As gravações foram feitas pelo então chefe de gabinete de Silval no governo (2010/2014), Silvio César. Nelas, o prefeito Emanuel aparece enfiando os maços de notas nos bolsos do paletó. Uma parte foi ao chão e ele, lépido, agacha-se para juntar as cédulas espalhadas.
O vídeo revela, ainda, o deputado federal Ezequiel Fonseca (PP), o da caixa de papelão, o então deputado estadual Hermínio Barreto (PR) enfiando os maços na mala, a atual prefeita de Juara (MT), Luciane Bezerra (PSB) estufando a bolsa, e o ex-deputado estadual Alexandre César (PT), que saiu com a mochila pesada.
A OAB argumenta que, desde meados de abril, quando tiveram início as especulações sobre a possível delação de Silval, ‘uma série de informações publicadas pelo noticiário regional e nacional assola a sociedade mato-grossense de dúvidas’.
MATURIDADE – “O momento exige maturidade e serenidade. Todas as vezes que o Brasil precisou, a Ordem não se furtou e agora não será diferente, vamos continuar agindo em defesa da sociedade. Vivemos um deprimente momento de degradação moral”, declarou o presidente da OAB-MT, Leonardo Campos.
No pedido, a OAB-MT visa ‘resguardar o interesse público diante da quantidade de citações mencionando políticos das mais diversas esferas, conselheiros do Tribunal de Contas do Estado e empresários, conforme o que já foi divulgado pelos veículos de comunicação’.
Segundo Campos, a medida ‘atende à premissa da Ordem de observância intransigente da princípio da ampla defesa e contraditório’. “O levantamento do sigilo também evita vazamentos seletivos do conteúdo”, assinala.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – O presidente da OAB estadual gosta de aparecer. Já pediu também o levantamento do sigilo da delação de Joesley Batista, que já vazou totalmente, nada há a esconder. (C.N.)

26 de agosto de 2017
Luiz Vassallo, Julia Affonso e Fausto Macedo
Estadão

CASO BENDINE EXIBE O REAL OBJETIVO DAS DOAÇÕES FINANCEIRAS FEITAS PELA ODEBRECHT

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Além de corrupto, Bendine mostrou ser cara-de-pau
O juiz Sérgio Moro aceitou a denúncia do Ministério Público Federal e incluiu o ex-presidente do Banco do Brasil e da Petrobrás na relação dos réus por crimes de corrupção e lavagem de dinheiro dentro da operação Lava-Jato. Excelente reportagem de André Guilherme Vieira, no Valor desta sexta-feira, focaliza o assunto que, sem dúvida, torna-se uma chave para derrubada do mito das doações políticas, sejam para fins administrativos, sejam para campanhas eleitorais. Não existe doação espontânea por parte de quem as realizou, realiza, ou pretende ainda realizar.
Trata-se, isso sim de uma avenida de mão dupla. As doações na verdade são troca de ações visando o lucro. Vejam, por exemplo, o que Marcelo Odebrecht falou em sua delação premiada em relação a Aldemir Bendine. Ele era presidente do Banco do Brasil no governo Dilma Rousseff. Pediu 17 milhões de reais a Odebrecht. A empresa, não vendo como Bendine poderia beneficiá-la como presidente do Banco do Brasil, simplesmente negou.
E TUDO MUDOU…
– Mas quando o mesmo Bendine foi nomeado presidente da Petrobrás, a Odebrecht entregou-lhe logo três milhões de reais, segundo afirmou o próprio Marcelo. O lance, agora tornado público, representa uma chave para a plena compreensão de um processo que envolvia administradores, empresas, governadores, senadores e deputados. Fica claro dessa síntese que doações empresariais nunca existiram de fato. Porque elas sempre foram e serão acompanhadas por um comportamento recíproco que colide com as normas legais e morais, rompendo o limite entre a economia estatal e o interesse público.
A questão torna-se emblemática num momento em que parlamentares empenham-se em tentar aprovar doações empresariais para suas campanhas. Um absurdo. Os motivos são ocultos, melhor dizendo eram ocultos até as revelações de Marcelo Odebrecht. Doações foram feitas para encobrir assaltos a economia do país. Não há cabimento na sua volta, como também é descabido criar-se um fundo eleitoral, com dinheiro público para financiar candidaturas.
FUNDO PARTIDÁRIO – Como afirmou o deputado Rodrigo Maia, presidente da Câmara Federal, já existe na lei um fundo partidário de quase 900 milhões de reais para sustentar a busca do voto nas urnas.
Aliás, por falar em voto nas urnas, como é feita a divisão de tais recursos? É base da proporcionalidade numérica das bancadas no Congresso. Assim os deputados e senadores que possuem mandatos beneficiam-se muito mais nas campanhas do que aqueles que concorrem pela primeira vez.
E por falar em campanha, como na poesia de Vinícious de Moraes, por que motivo cada candidato não se utiliza dos seus próprios recursos ? Qual o motivo essencialmente democrático que confere aos políticos não meterem a mão no próprio bolso para custear sua aventura na estrada do eleitorado e da opinião pública?
CONTAS INDIVIDUAIS – Deveria ser como na vida de todas as pessoas que desembolsam seus recursos para obterem os bens e objetivos que desejam. O complexo das doações agride a lógica e o comportamento social de cada um de nós, seres humanos. É possível supor que muitos sonhos dos cidadãos comuns não possam ser realizados ou atingidos pela falta de dinheiro suficiente.
Mas neste caso, o que se pode fazer? Cada um tem que viver dentro dos limites que o destino impõe. Ninguém é obrigado a candidatar-se. Para alcançar tal meta deve agir como todos nós agimos pela vida afora. Pagando suas próprias despesas.

26 de agosto de 2017
Pedro do Coutto