"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quarta-feira, 21 de fevereiro de 2018

THE ROLLING STONES WITH JOHN LEE HOOKER AND ERIC CLAPTON



THE ROLLING STONES WITH JOHN LEE HOOKER AND ERIC CLAPTON

21 de feveeiro de 2018

PALESTRA ARIANO SUASSUNA NO IPEA



Palestra Ariano Suassuna no Ipea

Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada
21 de fevereiro de 2018

SEMPRE UM PAPO COM ARIANO SUASSUNA "MINAS - PERNAMBUCO"



Sempre Um Papo com Ariano Suassuna "Minas - Pernambuco"

21 de fevereiro de 2018

ARIANO :SUASSUNA - RAÍZES POPULARES DA CULTURA BRASILEIRA



ARIANO SUASSUNA ● RAÍZES POPULARES DA CULTURA BRASILEIRA

21 de fevereiro de 2018

LASIER MARTINS ACABA COM DISCURSO DE REQUIÃO


Lasier Martins acaba com discurso de Requião
21 de fevereiro de 2018

CAIADO E MALTA ACABAM COM A HIPOCRISIA DOS "ESQUERDOPATAS"

ROLLING STONES PLAYING THE BLUES



Rolling Stones Playing The Blues

21 de fevereiro de 2018

JOSÉ DIRCEU VIRA RÉU OUTRA VEZ NA LAVA JATO POR PROPINAS

IRMÃO DO EX-MINISTRO, GERSON ALMADA E WALMIR PINHEIRO TAMBÉM SÃO RÉUS

DIRCEU É ACUSADO DE REPASSES DA ENGEVIX E DA UTC ENGENHARIA POR MEIO DE CONTRATOS FICTÍCIOS (FOTO: ESTADÃO CONTEÚDO)

O juiz federal Sérgio Moro abriu nova ação penal contra o ex-ministro José Dirceu (PT) por supostas propinas de R$ 2,4 milhões das empreiteiras Engevix e UTC para o ex-ministro José Dirceu (Casa Civil – Governo Lula). O petista teria recebido os valores durante e depois do julgamento do Mensalão – ação penal em que foi condenado. Também voltaram ao banco dos réus o ex-Engevix Gerson de Melo Almada, o irmão de José Dirceu Luiz Eduardo de Oliveira e Silva e o diretor da UTC Walmir Pinheiro Santana.

O magistrado, no entanto, ponderou que todos os réus nesta ação já foram condenados na Lava Jato e decidiu suspender a ação por um ano. “Não vislumbro com facilidade interesse do MPF no prosseguimento de mais uma ação penal contra as mesmas pessoas, a fim de obter mais uma condenação”.

“O que é necessário é a efetivação das condenações já exaradas e não novas condenações”, afirmou.

José Dirceu foi sentenciado duas vezes pelo juiz da Lava Jato em primeira instância com penas de 11 anos e 3 meses e de 20 anos e 10 meses de prisão – esta última foi aumentada, em segunda instância para 30 anos e 9 meses.

Ao abrir a nova ação penal, Moro ressalta que ‘quanto aos pagamentos da UTC a JD Assessoria, há a prova documental e a inusitada realização de pagamentos mesmo quando José Dirceu de Oliveira e Silva já estava condenado criminalmente na Ação Penal 470’.

A acusação da força-tarefa da Lava Jato foi ajuizada em 2 de maio. Além do executivo e de Dirceu, são acusados Luiz Eduardo de Oliveira e Silva, irmão do ex-ministro; João Vaccari Neto, ex-tesoureiro do PT; e Walmir Pinheiro Santana, ex-executivo da UTC. O juiz da Lava Jato não recebeu a ação contra Vaccari.

Segundo a força-tarefa da Operação Lava Jato, ‘a Engevix, com a finalidade de ocultar e dissimular a origem criminosa de recursos desviados da Petrobras, encobriu pagamentos por serviços de assessoria de comunicação prestados no interesse do ex-ministro-chefe da Casa Civil’.

“As investigações ainda indicaram que José Dirceu recebeu valores da UTC Engenharia decorrentes de crimes praticados em detrimento da estatal petrolífera. Este repasse se deu por meio de aditivos contratuais fictícios da empreiteira com a JD Assessoria, empresa do ex-ministro”, afirma o Ministério Público Federal.

Em dezembro de 2017, o juiz federal Sérgio Moro levantou sigilo do empreiteiro Gerson Almada, que foi vice-presidente da Engevix. Ele compareceu espontaneamente à Polícia Federal no dia 4 de julho e admitiu que contratos no valor de R$ 900 mil entre a Engevix e a Entrelinhas Comunicação foram firmados de forma ‘simulada no intuito de justificar pagamentos sem causa lícita’.

Almada ainda disse que mantinha uma ‘conta corrente’ com o lobista Pascowitch desde 2005 para pagar propinas a agentes públicos, políticos e partidos, dentre os quais, especificamente, José Dirceu. De acordo com o ex-vice-presidente da Engevix, o próprio lobista sugeriu que os pagamentos fossem feitos a Dirceu.

Por terem atingido o cumprimento máximo de pena em seus acordos de delação, parte dos acusados não responderá por este processo. “Justificada, por outro lado, a falta de oferecimento da denúncia contra outros envolvidos, como Ricardo Ribeiro Pessoa e Milton Pascowitch em virtude das previsões constantes nos acordos e o fato de já terem sido condenados, com trânsito em julgado, ao máximo das penas previstas no acordo”, anotou Moro. (AE)


21 de fevereiro de 2018
diário do poder

QUEDA DO PT PODE SUPERAR ATÉ O DECLÍNIO DO PFL

PFL ENCOLHEU 80% FORA DO GOVERNO, PT CAIU 25% AINDA NO PODER


PFL ENCOLHEU 80% AO DEIXAR GOVERNO. PT CAIU 25% ENQUANTO AINDA COMANDAVA O PAÍS

O PT tem tudo para seguir os passos do PFL (atual DEM). Após registrar o recorde de deputados federais eleitos (105 em 1998), o antigo pefelê elegeu 21 deputados em 2014, ou seja, encolheu 80% desde os tempos de poder. Há dois anos fora do governo, o PT segue a mesma trilha: dos 91 deputados em 2002, na eleição de Lula, caiu para 68 na reeleição de Dilma, e com Lula fora da disputa e talvez preso por corrupção, as perspectivas para 2018 são desanimadoras. .

A perspectiva do PT é sair da eleição de 2018 com no máximo 30 deputados, ficando do tamanho do PTB, com os atuais 25, e PDT, 20.


O PT perdeu 60% das 630 prefeituras obtidas em 2012, despencando para as atuais 256 desde 2016, menos que as 265 prefeituras do DEM.

Antes de Michel Temer escolher Rodrigo Maia candidato oficial a presidente da Câmara, o DEM era considerado “em vias de extinção”


21 de fevereiro de 2018
diário do poder.

BLUES-ROCK FAVORITES, COMPILATION OF 8 LIVE SONGS - PART 1



Blues-rock favorites, compilation of 8 live songs- Part 1

21 de fevereiro de 2018

BLUES-ROCK FAVORITES, COMPILATION OF 8 SONGS - PART 6



Blues-rock favorites, compilation of 8 songs- Part 6

21 de fevereiro de 2018

BLUES-ROCK FAVORITES, COMPILATION OF 8 MORE SONGS - PART 4



Blues-rock favorites, compilation of 8 more songs- Part 4

21 de fevereiro de 2018

BLUES-ROCK FAVORITES COMPILATION OF 8 MORE SONGS - PART 5




  1. Blues-rock favorites, compilation of 8 more songs- Part.5
  2. 21 de fevereiro de 2018


LOUISIANA BLUES - THE BEST LOUISIANA SOUNDS



Louisiana Blues - The Best Louisiana Sounds

Jazz and Blues Experience
21 de fevereiro de 2018

UM SHOW DE VIOLÃO...

o melhor violonista do mundo - YouTube

https://www.youtube.com/watch?v=4uNPRjDBdlA
1 de fev de 2016 - Vídeo enviado por marcos
o melhor violonista do mundo.

21 de fevereiro de 2018
m.americo

23 NOTAS SOBRE JAIR BOLSONARO



1- Objetivamente, o Jair Bolsonaro é o único político de direita que tem chance de eleger-se presidente em 2018. Boicotá-lo, sob qualquer pretexto que seja, não é ‘dividir’ a direita: é matá-la no berço.

2- Só pessoas totalmente lesadas das faculdades mentais não entendem que a segurança vem antes da economia. Isso inclui toda a classe política brasileira, com exceção do Bolsonaro. Eis por que vou votar nele e aos outros não darei sequer um minuto de atenção.

3- Mostrem-me UM político — de direita ou de esquerda — que em todas as cidades seja recebido com o entusiasmo e o carinho que cercam o Jair Bolsonaro, e admitirei que estou errado.

4- A recepção entusiástica dada ao deputado Jair Bolsonaro por onde quer que ele passe mostra que, se a presente geração tem uma missão histórica, é a de realizar, sem extinguir uma só instituição democrática, o que os militares de 1964, extinguindo várias, não fizeram: extirpar o comunismo da vida política nacional, integralmente e para sempre.

5- Podem dizer o que queiram do Bolsonaro, mas alguém duvida de que, para os trabalhadores, ele seria um presidente melhor do que FHC, Lula e Dilma?

6- Se o Olavo de Carvalho chegou, num certo momento, a condensar simbolicamente o espírito da revolta popular, é natural e compreensível que os interessados em abortar esta última e transformá-la em outra coisa se assanhem em destruir esse símbolo tanto quanto a encarnação propriamente política do movimento, isto é, a candidatura Jair Bolsonaro.

7- Até que o deputado Bolsonaro tome a iniciativa de me decepcionar em alguma coisa, o que ele não fez e espero que não faça, continuarei a vê-lo como o ÚNICO líder popular que representa as aspirações dos memoráveis protestos de Março de 2015.

8- Nenhum problema dura para sempre, mas alguns duram mais que a gente. Se um lado está dispostos a votar, é o outro a matar ou morrer, adivinhem quem vence. Por isso, antes de votar no Bolsonaro, avalie o quanto está disposto a arriscar para mantê-lo no cargo.

9- Já avisei e repito: Declaro-me eleitor do Bolsonaro enquanto estiver seguro de que ele não tem rabo preso com nenhum esquema globalista. Se descobrir que tem algum, voto em branco.

10- Vou votar no Bolsonaro porque acho que essa é a minha obrigação, não porque acredite que isso vá mudar alguma coisa. Toda política eleitoral, nas presentes condições, segue o lema do Montherlant: “Service inutile.”

11- Nenhuma direita será possível no Brasil sem derrubar o mito da “luta contra a ditadura”. Antes bolsonarette do que arruinaldette.

12- Nunca fui cabo eleitoral do Bolsonaro, mas, depois da entrevista dele com o Marco Antonio Vil, aceito, a título de merecida reparação moral, até serviço de homem-sanduíche, espremido entre duas placas: VOTE EM BOLSONARO.

13- Mesmo considerando que o Bolsonaro é incomparavalmente mais culto do que o Lula (ninguém chega a capitão sem ter cursado escola militar), admitamos a premissa vulgar de que ele não tem cultura. Segue-se inevitavelmente a pergunta: Se a esquerda tem o direito de elegar um presidente inculto e ainda considerar isso um mérito, por que a direita não pode fazer o mesmo? Negá-lo é submeter-se à guerra assimétrica.

14- Desistam, fofoqueiros e intrigantes. Não só vou votar no Bolsonaro, como vou trazer para ele mais votos do que vocês, sem fazer um só minuto de propaganda e sem pedir nem aceitar nenhum carguinho em troca.

15- Quantas vezes preciso avisar que o meu voto vai para o Bolsonaro?

16- Aviso, para os devidos fins, que pretendo votar em Jair Bolsonaro para a Presidência da Pepública e acho que todos os brasileiros deveriam fazer o mesmo, mas isso não é motivo para eu adotar uma retórica de cabo eleitoral e, a pretexto de eleger um presidente, contribuir para estragar a língua portuguesa mais um pouco.

17- O que mais admiro no Bolsonaro é a humildade com que ele busca o aprendizado. Com um por cento disso o Lula não teria sido o bosta que foi.

18- “Unidade da direita” é apoiar o Jair Bolsonaro. O resto é carreirismo porco.

19- Repito: “Unidade da direita” é apoiar o Jair Bolsonaro. O resto é carreirismo porco.

20- O Bolsonaro é o único político brasileiro que não apenas não roubou nada, mas não tem sequer amigo ladrão.

21- Nossos liberais são tão idiotas que bastou o deputado Bolsonaro falar em “Estado cristão” — aliás num sentido vago e não como proposta política formal — para que alguns deles já saíssem gritando “Fascismo!”. Como se fosse concebível um Estado fascista que aceitasse uma autoridade acima dele próprio.

22- Pensem o que bem desejem do Jair Bolsonaro, mas contestem, se puderam, as seguintes afirmações;

1 – Ele é um dos RARÍSSIMOS políticos que jamais se envolveram em qualquer esquema de corrupção.
2 – Ele é o ÚNICO presidenciável que dá mais ênfase à segurança pública do que à economia, isto é, o único que tem senso das proporções no julgamento das urgências nacionais.
3 – Ele é o ÚNICO presidenciável que jamais cortejou a elite esquerdista hegemônica, muito menos a mídia.
4 – Ele é o ÚNICO presidenciável que não modera o seu discurso pelos cânones da etiqueta esquerdista.
Provem que algum outro candidato tem essas qualidades, e talvez eu o considere um concorrente à altura do Bolsonaro.

23- Perguntam-me o que penso do deputado Jair Bolsonaro.
Quando eu era pequeno, meu pai fazia comigo a seguinte gozação:

— Pai, em quem você vai votar para presidente?
— Adhemar de Barros.
— E para governador?
— Adhemar de Barros.
— E para deputado?
— Adhemar de Barros.

E assim por diante.
Pois eu, sem gozação nenhuma, digo que votaria em Jair Bolsonaro para todos os cargos. Há muitos homens valentes neste país, mas ele é o mais valente de todos. 
Posso discordar dele num ou noutro ponto, mas tenho a certeza de que é um homem honrado e nunca decepcionará seus eleitores.

21 de fevereiro de 2018
(Selecionadas e organizadas por Pedro Henrique Medeiros.)
olavo de carvalho

A AFIRMAÇÃO MAIS IMBECIL QUE LI EM 70 ANOS DE VIDA

Charge de Ricardo Almeida.


“Cristo representou avanços no humanismo, mas alguns cristãos transformaram certos valores em dogmas” é, com certeza, a afirmação mais imbecil que já li em setenta anos de vida. Supera, na brevidade de uma linha, todos os feitos lingüísticos da Dilma Rousseff, a qual tinha ao menos o atenuante de proferi-los sem outra autoridade intelectual que não a de um diplominha falso, ao passo que o autor dessa belezura, segundo o seu currículo Lattes, é doutor em Ciências Sociais pela Universidade de Bruxelas (1984), mestre em Planejamento Econômico e Economia Internacional pelo Colégio dos Países em Desenvolvimento da Universidade de Estado de Antuérpia (1976) e professor em não sei quantas universidades.

Um dogma é, por definição, uma verdade definitiva revelada pelo próprio Deus, ou, em sentido pejorativo, uma afirmação meramente humana, arbitrária, desprovida de evidência ou prova, que pretende, de maneira explícita ou implícita, ter a autoridade de uma proclamação divina.

Quem proclamou os dogmas do cristianismo foi o próprio Jesus Cristo, e não “alguns cristãos”. Foi Ele, e não algum Papa ou teólogo depois d’Ele, quem disse: “O céu e terra passarão, mas as minhas palavras não passarão” e condenou às penas do inferno quem alterasse a forma ou o sentido delas.

Portanto, das duas uma: ou essas palavras são dogmas em sentido estrito, ou são apenas opiniões humanas investidas da pretensão abusiva de passar por verdades divinas. Jesus é Deus ou é um farsante que tenta passar por Deus. “Tertium non datur.”



Ao dizer que Jesus se limitou a defender “valores” ou preferências, sem a autoridade dogmática que lhes teria sido conferida “a posteriori”, Paulo Roberto de Almeida (foto) opta resolutamente pela segunda alternativa, apenas desculpando o farsante por meio da alegação de que teria contribuído para “avanços no humanismo”.

O humanismo, por sua vez, não tem nada a ver com humanitarismo e amor aos coitadinhos. Se Paulo Roberto de Almeida lhe dá implicitamente essa acepção, é para melhor ludibriar os leitores após ter-se ludibriado a si mesmo. O humanismo é um movimento com muitos séculos de história, que começou com um esforço para dar à literatura humana o mesmo valor e importância das Sagradas Escrituras, subiu de tom no “ottocento” com Feuerbach, Stirner, Strauss e Marx reduzindo Deus a uma invenção dos homens e culminou no século seguinte com Antonio Gramsci instituindo a “terrestrialização absoluta do pensamento”, a proibição total e definitiva de qualquer interesse que transcenda a esfera dos assuntos econômico-sociais. Coerentemente, o “Manifesto Humanista” assinado por algumas centenas de celebridades em 1933 já propunha explicitamente a substituição do capitalismo pelo socialismo, e sua segunda versão, de 1973, a dos governos nacionais por uma autoridade supranacional – a essência da ideologia globalista que, segundo Paulo Roberto de Almeida, não existe nem age.

Ao contribuir para esses “avanços”, o grande feito de Nosso Senhor Jesus Cristo teria consistido, segundo a lógica de Paulo Roberto de Almeida, em sumir discretamente do cenário e ceder lugar à Assembléia Geral da ONU.

*
Além de chamar antiglobalismo de globalismo, para confundir-se a si mesmo e a seus ouvintes, Paulo Roberto de Almeida ainda reduz essa idéia à crença vulgar de que uma cabala de bilionários dirige secretamente a História do mundo — e acredita, ou finge acreditar, que, contestando essa lenda urbana, demoliu os meus argumentos. Puro teatro. Na verdade, eu mesmo refutei em termos categóricos a teoria (se chega a ser uma) da cabala onipotente, no mínimo pela razão de que, como apontei no debate com o prof. Duguin, há três globalismos em disputa, cada um limitando a esfera de ação dos outros. Mas para quê um debatedor há de respeitar a inteligência do adversário? Mais fácil é reduzi-lo às dimensões da sua própria microcefalia e esmurrar no banheiro um anãozinho de papelão para não correr o risco de subir a um ringue de verdade.

*
Pela primeira vez na vida me senti ofendido pelas palavras de um oponente. Não pelo tom injustamente pejorativo com que ele se referia a mim — isso é o de menos –, mas pela sua cara de pau de demolir num instante o respeito que eu tinha pela sua pessoa e substitui-lo pela dose mais alta de vergonha alheia que já tive de engolir. Eu não queria ter visto isso. Se pudesse, fingiria que não vi.


21 de fevereiro de 2018
Olavo de Carvalho

POR QUE O PT DENUNCIA GOLPISMO NOS PROCESSOS CRIMINAIS CONTRA LULA



Réu em sete ações penais, já condenado numa delas, e é tudo golpe? Na ponta da língua de todo cidadão há diversas respostas à pergunta que dá título a este artigo.

• O PT é um partido que não aceita ser contrariado, que não sabe perder e que quando eleitoralmente derrotado dá início imediato à campanha “fora fulano”, seja lá quem ou o quê tal fulano seja (prefeito, governador, presidente).
• O partido se vale de sua tentacular inserção nos circuitos formadores de opinião para converter os fatos mais comprometedores em arrevesadas e favoráveis versões.
• A visão que a legenda tem da realidade é comandada pelo objetivo final, ao qual tudo mais se submete, mantendo, com a verdade e com os fatos, em vista disso, uma relação libertina, alcoviteira.
• A politização do julgamento transformando Lula em vítima é uma estratégia que se não serve à defesa jurídica, serve à defesa política.
• O PT integra uma rede internacional de solidariedade comunista e/ou revolucionária esquerdista (o Foro de São Paulo é apenas parte dela) já habituada a dar vazão às posições aqui proclamadas pelo partido que, no passo seguinte, repercute, nacionalmente, o noticiário internacional.

Por isso se instalou a impressão de que, no exterior, a opinião pública julga ter havido golpe no impeachment de Dilma, malgrado o longo processo parlamentar dirigido, passo-a-passo, pelo STF. Também por isso o PT aposta em que, aconteça com Lula o que acontecer, sua imagem esteja sendo preventivamente enxaguada.

Há uma causa maior, porém. Para entendê-la é necessário ir a documentos partidários disponíveis na Fundação Perseu Abramo e nos arquivos do Centro Sérgio Buarque de Holanda. Muito especialmente, recomendo a leitura do documento O PT e a Constituinte (1985-1988). Ali, à página 181, no subtítulo “A posição final”, se lê coisas assim:

“O PT, como partido que almeja o socialismo, é por natureza um partido contrário à ordem burguesa, sustentáculo do capitalismo. Disso decorre que o PT rejeita a Constituição burguesa que vier a ser promulgada (…); por extensão, o PT rejeita a imensa maioria das leis que constituem a institucionalidade que emana da ordem burguesa capitalista, ordem que o partido justamente procura destruir e, no seu lugar, construir uma sociedade socialista”.

Por fim (pag. 184):

“O NÃO DO PT À CONSTITUIÇÃO – ‘O PT, por entender que a democracia é uma coisa importante – que foi conquistada nas ruas, nas lutas travadas pela sociedade brasileira –, vem aqui dizer que vai votar contra este texto, exatamente porque entende que, mesmo havendo avanços na Constituinte, a essência do poder, a essência da propriedade privada, a essência do poder dos militares continua intacta nesta Constituição’. Com esta declaração síntese de seu pronunciamento no Congresso Constituinte, o líder do PT, Luiz Inácio Lula da Silva, encaminhou o voto não do partido à Constituição que será promulgada no dia 5 de outubro”.

Penso que esse conjunto de posições deixa claro que o partido do ex-presidente Lula opera dentro e fora dos limites da institucionalidade, aos quais, desde a origem, seus líderes não se submeteram e cujo valor não reconhecem. Opera dentro quando lhe convém e opera fora quando lhe convém. Contrariamente ao senso comum, o partido considera essa conduta virtuosa porque a situa, em quaisquer circunstâncias, com mensalão e Lava Jato ou sem mensalão e Lava Jato, na perspectiva de um ideal socialista revolucionário que a tudo purifica.

* * *

Conheça o pensamento dos defensores da impunidade e do desencarceramento

Para entender o que pensa a corrente ideológica que, em boa parte, responde pela leniência da legislação penal brasileira, pela frágil execução penal e pela explosão da criminalidade no Brasil, nada melhor do que ler o que escrevem seus adeptos. As opiniões abaixo foram colhidas das citações contidas em um único texto, da autoria do prof. Leonardo Issac Yarochewsky. O artigo completo pode ser lido aqui, e tem o arrogante título “A sanha punitivista e/ou a boçalidade do discurso da impunidade”. Imaginem o resto da biblioteca…

Ricardo Genelhú, Pós-doutor em Criminologia pela Universität Hamburg:

“o discurso contra a impunidade tem servido de motivo para uma suposta restauração da ‘segurança social’ quando na verdade, serve ela mesma, per se, é de desculpa para a perseguição ao “outro”(…)
“E o ‘discurso da impunidade’, com seu ensaio neurótico promovido por pessoas com onipotência de pensamento, tem poderosamente servido muito mais para ‘justificar’, ‘ratificar’ ou ‘manter’ a exclusão dos ‘invisíveis sociais’, tragicamente culpados e, por isso, incluídos por aproximação com os ‘inimigos’ (parecença), do que para demonstrar a falibilidade seletiva e estrutural do sistema penal antes e depois que um ‘crime’ é praticado, ou enquanto se mantiver uma reserva delacional publicizante, seja porque inafetadora do cotidiano privado, seja porque indespertadora da cobiça midiática.”(1)

Leonardo Issac Yarochewsky – Advogado Criminalista e Doutor em Ciências Penais pela UFMG:

“É certo que o discurso midiático – criminologia midiática – da impunidade, contribui sobremaneira para o avanço do Estado autoritário e para a cólera do punitivismo.Atingidos pela criminologia midiática e pelo discurso da impunidade, políticos tendem a apresentar projetos de leis com viés autoritário, conservador e reacionário.” (2)

“Não se pode olvidar que a prisão continua sendo há mais de dois séculos a principal forma de punição para os “perigosos”, “vulneráveis”, “estereotipados” e “etiquetados”, enfim, para os que são criminalizados (criminalização primária e secundária) em razão de um processo de estigmatização, segundo a ideologia e o sistema dominante.” (2)

Salo de Carvalho – Advogado e professor de Direito Penal:

“o sintoma contemporâneo vontade de punir, atinge os países ocidentais e que desestabiliza o sentido substancial de democracia, propicia a emergência das macropolíticas punitivistas (populismo punitivo), dos movimentos políticos-criminais encarceradores (lei e ordem e tolerância zero) e das teorias criminológicas neoconservadoras (atuarismo, gerencialismo e funcionalismo sistêmico)”(3)

Marildo Menegat – Pós-doutor em Filosofia pela USP:

“O melhor a fazer hoje é tornar público este debate, o que significa politizá-lo, pois é o único caminho para pôr termo, quem sabe aos martírios e sacrifícios desde sempre praticados por esta espécie que, por um milagre do acaso, fez-se uma forma de vida, ainda penso, inteligente. É hora de nos entregarmos à realização da liberdade, e, para isso, o fim das prisões torna-se imperativo”. (4)

Reitero: imaginem o resto da biblioteca e suas consequências nas salas de aula dos cursos de Direito.


__________________________________________

[1] GENELHÚ, Ricardo. Do discurso da impunidade à impunização: o sistema penal do capitalismo brasileiro e a destruição da democracia. Rio de Janeiro: Revan, 2015.

[2] YAROCHEWSKY, Leonardo Issac. Artigo “A sanha punitivista e/ou a boçalidade do discurso da impunidade”, http://emporiododireito.com.br/backup/a-sanha-punitivista-eou-a-bocalidade-do-discurso-da-impunidade-por-leonardo-isaac-yarochewsky/

[3] CARVALHO, Salo. O papel dos atores do sistema penal na era do punitivismo. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2010

[4] MENEGAT, Marildo. Prisões a céu aberto. In: Seminário depois do grande encarceramento. Organização Pedro Vieira Abramovay, Vera Malaguti Batista. Rio de Janeiro: Revan, 2010.


21 de fevereiro de 2018
Pervival Puggina

O TAL "LIBERAL-CONSERVADOR" E TRÊS TÍPICAS ACUSAÇÕES CONTRA JAIR BOLSONARO



Por que não sou um “liberal-conservador”

Você que é conservador — entusiasta do modelo da civilização ocidental (moral cristã, filosofia grega e direito romano) e de um mercado regido por esses itens — não precisa mais pagar pedágio para liberal dizendo que é um ‘liberal-conservador’, do tipo que é ‘liberal na economia e conservador nos costumes’ (SIC), independente de que seja cristão, budista, ateu, etc., só por medo de parecer um esquisitão controlador, intervencionista, que flerta com o socialismo, ou um saudosista da ditadura militar…

Por que digo isso? Porque os conservadores sempre foram a favor de uma economia descentralizada/livre em detrimento de uma economia centralizada/planificada. Até mesmo os católicos mais familiarizados com a Doutrina Social da Igreja e que possuem sanidade mental preferem um modelo econômico mais parecido com o modelo americano do que com o cubano; preferem o modelo econômico do Vaticano ao modelo da Venezuela — eles sabem que o grau de influência do Estado em questões como a assistência aos mais pobres vai variar de acordo com o tipo de governo instalado no país em que vivem, mas também sabem que o ato da caridade também é um dever moral de todos os indivíduos que vivem nesta sociedade.

Nas palavras de Edmund Burke, os conservadores conservam aquilo que resistiu aos testes do tempo. E o modelo econômico que sobreviveu aos testes do tempo é o modelo econômico que privilegia as trocas voluntárias regidas por uma cultura moralmente elevada. Resistiu em detrimento de um modelo econômico em que o Estado proíbe totalmente o comércio (comunismo) e um modelo econômico de trocas imorais, dissociadas de um arcabouço culturalmente elevado (liberalismo/libertarianismo. Este último nunca existiu de tão utópico que é).

A Escola de Salamanca, nas figuras de Francisco de Vitoria, Domingo de Soto, Francisco Suárez e Tomás de Mercado, já alertava sobre a importância do mercado estar atrelado a valores morais desde o século XVI, antes mesmo de Adam Smith sonhar em nascer. O que liberais e libertários fizeram a seguir foi remover essa necessidade intrínseca entre mercado e moralidade e a coisa foi piorando com o passar do tempo. A Igreja, então, desenvolveu a sua Doutrina Social, que não pode ser chamada de terceira via, mas que traz certa luz ao problema, embora muitos religiosos, economistas e filósofos (como o professor Olavo) ainda se envolvam em discussões sobre o status quæstionis do tema.

A Escola de Salamanca, composta por monges católicos jesuítas, já sabia da eficácia do mercado décadas antes do surgimento dos liberais e de sua cria: os libertários. Por óbvia questão cronológica, a Escola de Salamanca é anterior à Escola Austríaca, à Escola de Chicago e aos Libertários adeptos dos delírios de Rothbard. Um católico que adere à ideologia liberal incorre em heresia.

Os monges jesuítas da Escola de Salamanca fizeram observações acertadas sobre a questão da Teoria do Valor já em 1.555 d.C.:

“O valor de uma coisa não depende da sua natureza objetiva, mas antes da estimação subjetiva dos homens, mesmo que tal estimação seja insensata” – Bispo Diego de Covarrubias, (Veterum collatio numismatum, 1555).

Não caiam em chantagem emocional e nem em pressão de grupos liberais em que vocês precisem se assumir liberais na economia a todo momento, porque um sujeito que é liberal na economia é um sujeito que também é um liberal social e cultural, a favor do comércio de drogas, de armas químicas, de explosivos, de órgãos humanos, de pessoas e até mesmo de bebês — em casos extremos de insanidade mental do liberal. Não preciso dizer que um conservador sabe que esse tipo de comércio prejudica a sociedade e que um conservador é cético e prudente quanto a isso, né?

Vejam o governo de Donald Trump. Ele fez o maior corte de impostos da história dos EUA e continua sendo um presidente conservador, defendendo os valores morais da cultura Ocidental, sem precisar se definir como ‘conservador nos costumes e liberal na economia’.

Dito isso, se a pessoa insistir nessa pataquada, saiba que está diante de um canalha do tipo isentão, que gosta de jogar nos dois lados e ser amigo de todo mundo, que é só mais um covarde que não assume uma posição.


Respondendo a algumas acusações contra Jair Bolsonaro

“Ainn, Bolsonaro é inculto”

Quando alguém chama Bolsonaro de inculto, geralmente é um libertário que acha que cultura é só Rothbard, Block e Hoppe; ou um liberal que acha que cultura é só Mises, Hayek e Friedman; ou um conservador estilo Alex Catharino que acha que cultura é só Kirk, Oakeshott e Burke (e que Jair tem que beber vinho importado).

As coisas são assim porque essas pessoas acreditam que cultura se resume ao material produzido exclusivamente pelos autores de suas ideologias preferidas, e só aquilo que confirma o pensamento deles constitui a verdade e a realidade. Até agora não vi leitores de Virgílio, Dante e Dostoievski cobrando cultura do Bolsonaro.

Interessante, não?

Jair Bolsonaro cursou a Escola Preparatória de Cadetes do Exército (EsPCEx). Em 1977, concluiu o curso de formação de oficiais da Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN), e o curso de paraquedismo militar na Brigada Praquedista do Rio de Janeiro. Em 1983, formou-se em educação física na Escola de Educação Física do Exército, e tornou-se mestre em saltos pela Brigada Paraquedista do Rio de Janeiro. Em 1987, cursou a Escola Superior de Aperfeiçoamento de Oficiais (EsAO).

Ele pode não ser culto, mas não dá para comparar esse currículo com o de Dilma e Lula.

A prova dos Agulhas Negras é mais concorrida e difícil que o vestibular da USP.

É melhor “Jair” se acostumando.

* * *

“Ainn, Bolsonaro é o Lula com sinal trocado…”

Verdade… se olharmos pela perspectiva correta.

Lula: corrupto, de esquerda, progressista, filhos investigados por enriquecimento ilícito, cachaceiro.

Bolsonaro: ficha limpa, de direita, defende valores conservadores, filhos formados, com patrimônio compatível e que foram eleitos democraticamente, bebe Dolly Guaraná.

Até ontem os liberais estavam querendo vender o Dória como anti-Lula. Capa da Istoé, quem lembra? Que seria o anti-Lula senão o inverso dele, o seu oposto?

Eu até comentei com amigos que era bobagem o Bolsonaro querer reivindicar o papel do anti-Lula, porque o passo seguinte seria descartarem o Dória, chamar o Bolsonaro de ‘outro lado da mesma moeda’ (SIC), de extrema-direita, empurrando o Jair para a ponta do espectro político. Daí depois os liberais acusariam o perigo dos extremismos e diriam que Lula era a TESE, Bolsonaro a ANTÍTESE e o Alckmin seria a SÍNTESE redentora e salvadora. É a tal Janela de Overton.

Dito e feito.

* * *

“Ainn, Bossonaru é populixxxta”

Sim, com certeza…

Um sujeito que é contra COTAS, que é contra o programa MAIS MÉDICOS, que critica o BOLSA FAMÍLIA, que critica o MINHA CASA, MINHA VIDA, que critica o FIES, que critica o ENEM, que é inimigo número um da MÍDIA, que nunca foi elogiado na REDE GLOBO, que é odiado pela CLASSE ARTÍSTICA e que critica os empréstimos do BNDES é um baita de um populista, né?

É o populista do Bolsonaro que passou a fazer propostas irrealizáveis nos 45 minutos do segundo tempo, que é amado pelos colegas parlamentares, que tem vários amigos no Senado, na Câmara, no STF, e que promete realizar um paraíso na Terra só para ganhar voto e militância, né?

Engraçado, eu pensava que ser popular era apenas escutar as demandas do povo, fazer propostas realistas dentro do campo da possibilidade, e dizer que irá tentar realizá-las se eleito, mas parece que o significado mudou e fazer essas coisas agora é populismo.

Popular mesmo é o Lula, o Amoedo, o Alckmin, o Meirelles, que são recebidos por milhares de pessoas em aeroportos e eventos por todo o Brasil, que as pessoas mandam fazer camisas com os seus rostos estampados, que as pessoas adesivam o carros com seus rostos, que as pessoas tiram dinheiro do próprio bolso para espalhar outdoors pelo Brasil, né?

(Se você não sabe a diferença entre popularidade e populismo, seu direito de opinar é zero.)


21 de fevereiro de 2018
Pedro Henrique Medeiros

RICHARD WAGNER: RIDE OF THE VALKYRIES (BERLINER PHILHARMONIKER, DANIEL BARENBOIM



Richard Wagner: Ride of the Valkyries (Berliner Philharmoniker, Daniel Barenboim)

21 de fevereiro de 2018

BEETHOVEN "SYMPHONY No. 6" KARAJAN



Beethoven "Symphony No 6" Karajan

21 de fevereiro de 2018