"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quinta-feira, 15 de março de 2018

RESPOSTA DE MINISTRO AO DEPUTADO DE TEMER (CARLOS MARUN): "LIBERDADE DE EXPRESSÃO FAZ PARTE DA VIDA".



RESPOSTA DE MINISTRO AO DEPUTADO DE TEMER (CARLOS MARUN): ‘Liberdade De Expressão Faz Parte Da Vida'
15 de março de 2018

CÁRMEN LÚCIA EM FALA GRAVÍSSIMA (ONTEM) LEVA ASSOMBRO AOS PETISTAS



CARMEN LUCIA EM FALA GRAVÍSSIMA ( ontem) LEVA ASSOMBRO AOS PETISTAS
15 de março de 2018

COMEÇOU A CAÇA AOS POLÍTICOS SE PREPAREM "GILMAR, TEMER, MARUN, JUCÁ, RENAN, LULA, GLEISI ETC



COMEÇOU A CAÇA AOS POLÍTICOS se PREPAREM “Gilmar, Temer, Marun, Jucá, Renan, Lula, Gleisi, etc.”
15 de março de 2018

ESQUERDA NÃO RESPEITA VEREADORA DO PSOL E A USA COMO BANDEIRA POLÍTICA



Esquerda não respeita vereadora do PSOL e a usa como bandeira política
15 de março de 2018

ABSURDO! SEM ESCRÚPULOS, ESQUERDA TRANSFORMA CASO DE VEREADORA DO RJ EM PALANQUE POLÍTICO


ABSURDO! Sem escrúpulos, esquerda transforma caso de vereadora do RJ em palanque político
15 de março de 2018

A EXECUÇÃO DA VEREADORA MARIELLE FRANCO



A execução da vereadora Marielle Franco

15 de março de 2018

GILMAR MENDES E TSE VÃO PROVAR A IRA DO POVO EM CASO DE NOVA FRAUDE



BOMBA! Gilmar Mendes e TSE vão provar a ira do povo em caso de nova fraude
15 de março de 2018

PROFESSOR DA UNB ALERTA O TSE ENTREGOU OS CÓDIGOS DE SEGURANÇA DAS URNAS PARA A VENEZUELA



Professor da UNB alerta o TSE entregou os códigos de segurança das urnas para a Venezuela

15 de março de 2018

VEREADORA MARIELE FRANCO É A MÁRTIR QUE O PT PROCURAVA



Vereadora Mariele Franco é a MÁRTIR que o PT procurava
15 de março de 2018

PAULO MARTINS COMENTA O ASSASSINATO DE MARIELLE FRANCO



Paulo Martins comenta o assassinato de Marielle Franco
15 de março de 2018

MEDEIROS COMENTA ASSASSINATO DA VEREADORA MARIELLE FRANCO

PARTIDOS QUE APOIAM RODRIGO MAIA QUEREM RECRIAR O IMPOSTO SINDICAL OBRIGATÓRIO

Charge do Adolar (Folha)
Nada vai mudar. Partidos que animaram o lançamento da candidatura presidencial de Rodrigo Maia (DEM-RJ) há uma semana se uniram para fazer de um ex-sindicalista relator da comissão criada para rever algumas das mudanças aprovadas na legislação trabalhista no ano passado. O movimento dos aliados do presidente da Câmara provocou contrariedade na base governista, que teme ver desfigurada a reforma patrocinada por Michel Temer (MDB). O mais provável é que tudo fique como está.
O objetivo da comissão é analisar medida provisória editada por Temer com ajustes na legislação. O presidente do Senado, Eunício Oliveira (MDB-CE), levou quatro meses para instalar a comissão. Se ela não concluir seu trabalho até maio, a medida perderá a validade.
CAUSA PRÓPRIA – Solidariedade e PP indicaram como relator o deputado Bebeto (PSB-BA), ligado ao sindicato dos trabalhadores da construção pesada na Bahia. Ele defende a criação de uma contribuição para substituir o extinto imposto sindical, entre outras mudanças.
Defensores da reforma ameaçam esvaziar a comissão, deixando a medida provisória caducar. Líder do governo no Senado, Romero Jucá (MDB-RR) disse a empresários do setor de construção nesta quarta-feira (dia 14) que não há a menor chance de o imposto sindical ser ressuscitado.
EM CATOLÉ – À moda da casa, Maia irá a Catolé do Rocha (PB), cidade natal de seu pai, para estrear no papel de presidenciável. Subirá no palanque prometendo que não mexerá no Bolsa Família: “Só para melhorar, para aprimorar. O que estiver falho, conserta. O que estiver bom, melhora”.
Aliados dizem que Maia buscará o mesmo efeito alcançado pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) em 1994, quando se lançou candidato pela primeira vez. FHC provou buchada de bode e andou de jegue em sua viagem pelo Nordeste.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – Uma retificação: a família Maia é oriunda de Catolé do Rocha, na Paraíba, e parte dela migrou para o Rio Grande do Norte. Mas Cesar Maia não nasceu em Catolé – ele é carioca, mesmo. E Rodrigo nasceu no Chile, onde o pai se exilou e conheceu a mulher Mariangeles Ibarra(C.N.)

15 de março de 2018
Daniela LimaFolha (Painel)

APOIO A CIRO GOMES NA ELEIÇÃO PARA A PRESIDÊNCIA ESTÁ GANHANDO FORÇA NO PT

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Possibilidade de ganhar apoio anima Ciro Gomes
A possibilidade de apoio a um candidato de outro partido, caso o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva seja impedido de concorrer ao Palácio do Planalto, começa a ganhar espaço no PT. O caminho nesse caso seria o partido optar por uma aliança com Ciro Gomes, pré-candidato do PDT. O governador da Bahia, Rui Costa, tornou público, em entrevista publicada nesta quarta-feira pelo portal UOL, um tema que já vinha sendo tratado nos bastidores. “Não podemos ficar nessa marra de que, se não há um nome natural do PT e se o Lula não puder ser (candidato), por que não pode ser de outro partido? Acho que pode e acho que essa discussão, se ocorrer, no momento exato, nós vamos fazer esse debate”, disse Costa, que na noite desta quarta-feira recebeu Lula para um jantar no Palácio de Ondina, residência oficial do governo da Bahia.
Reservadamente, outras lideranças petistas defendem que o apoio a um nome de outro partido deve ser considerado como alternativa. Argumentam que o mais importante na eleição deste ano é impedir o triunfo de um adversário do outro campo político.
MODERAÇÃO – Ciro Gomes, inclusive, já foi orientado que, se quiser ter chance de se aliar com o PT, precisa moderar as críticas ao partido e a Lula. Nos últimos dias, o pedetista tem amenizado a sua fala com relação aos petistas.
Com receio de que a discussão sobre uma alternativa a Lula enfraqueça a posição do ex-presidente, que hoje lidera as pesquisas, dirigentes do partido rechaçaram imediatamente a declaração do governador da Bahia.
— Nós vamos registrar o Lula no dia 15 de agosto. Se eles forem tentar impedir o Lula, vai ser um processo extremamente traumático. Por isso, erra o governador (Rui Costa) ao naturalizar, ao dar como certo isso. Nós não temos plano B — disse o líder do PT no Senado, Lindbergh Farias (RJ).
ATÉ O FIM? – A presidente do PT, senadora Gleisi Hoffmann, disse que admitir um outro caminho para o PT que não seja a candidatura de Lula é fazer o jogo do adversário. “Vamos com Lula até o fim porque ele é inocente e tem o direito de ser candidato. E o povo tem o direito de votar em Lula. O que nossos adversários querem é outro candidato para afastar Lula da eleição e convalidar a tese de que ele é culpado e inelegível. Não vamos cair nessa armadilha”, escreveu Gleisi, no Twitter.
Além de se aliar a um candidato de outro partido, o PT também discute indicar um nome da legenda para substituir Lula na cabeça da chapa presidencial. Nessa caso, os mais cotados são Jaques Wagner e o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad.

15 de março de 2018
Sérgio RoxoO Globo

"NÃO SOU COXINHA, NEM MORTADELA" - DIZ CIRO GOMES SOBRE ALIANÇA DA ESQUERDA


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Ciro disse também que não vai interferir no câmbio
O ex-governador do Ceará Ciro Gomes (PDT) refutou nesta quarta-feira os estereótipos de que pertença à direita, os “coxinhas”, ou à esquerda, os “mortadelas”. Durante evento na Câmara Americana de Comércio (Amcham), em São Paulo, o pré-candidato à Presidência disse que há muita “intriga” sobre a relação que ele mantém com o ex-presidente Lula, a quem chamou de “velho amigo”. Para ele, essas intrigas são causadas pelo receio de que as candidaturas de esquerda se juntem nas eleições, diante da possibilidade de que o petista não possa concorrer.
— Começou a luta. E a luta no Brasil e no mundo não é racional, nem honesta. Então, a ideia é satanizar porque é recente a frustração de todos nós com o que aconteceu com o governo Dilma (Rousseff). Então, agora é assim: qualquer um que não seja coxinha, tem que ser mortadela. E eu vou resistir, não sou coxinha, nem mortadela — disse Ciro.
DESENVOLVIMENTISTA – A declaração do ex-governador cearense foi uma reação a uma fala de seu coordenador de campanha, o professor Nelson Marconi, sobre ser desenvolvimentista “sem medo de ser feliz”, segundo disse em entrevista recente ao jornal “Folha de S.Paulo”. O desenvolvimentismo é uma corrente econômica que prevê uma participação ativa do Estado na promoção do desenvolvimento.
Ciro ficou com olhos marejados ao comentar sobre o ex-presidente Lula, e os elogios que fez a Ciro em livro que irá lançar na sexta-feira. O ex-ministro disse que tem muita intriga nessa área (da relação dele com Lula) e que está com o coração muito doído com o que está acontecendo.
Reforçou que o ex-presidente não é um mito, ou uma figura distante, mas um “velho amigo de muitos anos”, e que as intrigas podem ser motivas pelo medo de que haja uma união entre a esquerda nas eleições.
GRAVATA VERMELHA – Questionado se o objetivo de sua gravata, de cor vermelha, era conquistar o PT, ele negou. Disse que era a cor de seu partido, junto com o azul, de sua camisa.
Na coletiva de imprensa após o evento, Ciro comentou que está em constante diálogo com “todas as lideranças” do PSB, incluindo Márcio França (PSB-SP), para montar uma chapa para a Presidência, com um possível vice da legenda, mas que “ainda não é uma hora madura para alianças”. Ele também elogiou a presidenciável Marina Silva (Rede), a quem definiu como “honrada, querida”, mas maior do que ele para ocupar o cargo de ser vice.
Durante a menção ao desenvolvimentismo, Ciro foi questionado sobre a diferença entre ele e a ex-presidente Dilma Rousseff, também ligada a essa corrente. O presidenciável respondeu que a diferença entre os dois é como a existente entre a água e o vinho. Ele acrescentou que é crítico do governo da petista “do primeiro dia ao último.”
MONTAR EQUIPE – O ex-ministro reforçou que o professor Marconi (“brilhante”, em suas palavras) não é seu coordenador de programa econômico, mas de plano de governo. E revelou que o secretário da Fazenda do Ceará, o economista Mauro Benevides Filho, e o ex-ministro Roberto Mangabeira Unger, serão seus principais assessores na área econômica.
— Vou montar uma equipe. E essa equipe é livre para pensar e dizer o que quiser porque, por enquanto, estou completamente aberto. Trago ao debate minhas convicções, ideias e experiência. Mas só sustento uma ideia até que uma ideia melhor se presente — afirmou.
AOS EMPRESÁRIOS – A uma plateia de empresários, Ciro também reforçou que o setor privado, sozinho, não consegue promover o desenvolvimento. Nesse sentindo, ele defende um diálogo entre um “Estado empoderado, sadio e socialmente controlado” e que seja parceiro da iniciativa privada, “indispensável ao progresso humano.”
— Temos que achar um caminho que se dê o devido valor à iniciativa privada, que já mostrou sua essencialidade no progresso humano. Mas que não acredite no Laissez-faire (liberalismo econômico) como ferramenta de promoção do desenvolvimento. Nunca aconteceu isso. Não há esse precedente.
REFORMA ECONÔMICA – Ciro também defendeu a urgência da implementação de reformas econômicas, sobretudo as da Previdência e tributária, para que o país não siga dependendo de ciclos de aumento de preços de commodities para crescer. Na segunda frente, ele reforçou a importância de uma taxação de lucros e dividendos, que só não acontece no Brasil e na Estônia, e um aumento do imposto sobre heranças e doações. Ciro ainda disse que, em um eventual mandato, não haverá Refis [programa de refinanciamento de dívidas tributárias], mas um endurecimento de penas para quem sonegar impostos
Na área de política externa, reforçou a sua convicção de que o momento pode ser oportuno ao Brasil para estreitar relações com os Estados Unidos. Ele lembrou que Trump nunca citou o país em suas afirmações, “por ignorância ou irrelevância”, o que não é necessariamente ruim, pois significa que não há um preconceito ou uma memória ruim.
— Se o Brasil souber para onde quer ir, e é isso que precisamos fazer, eu acho que está fecunda a possibilidade de celebrar uma relação nova e muito produtiva com os norte-americanos.

15 de março de 2018
Luís Lima
O Globo

EXCLUSIVO: PF CONCLUI NOVO INQUÉRITO DE GLEISI HOFMANN

O Antagonista apurou que a Polícia Federal concluiu o inquérito que apura crimes de corrupção e lavagem de dinheiro cometidos pela senadora Gleisi Hoffmann e seu marido Paulo Bernardo no chamado ‘esquema Consist’.

A empresa, que tinha contratos com o Ministério do Planejamento, usava empresas de fachada e escritórios de advocacia para repassar propina ao casal. 
Até despesas pessoais eram bancadas pela Consist.

O relatório final foi enviado ao ministro Dias Toffoli.

15 de março de 2018
o antagonista

ASSOCIAÇÃO DE ADVOGADOS QUER LIBERTAR TODOS OS CONDENADOS EM 2a.INSTÂNCIA

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Marco Aurélio e Gilmar estão unidos pela impunidade
Ao menos dois ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), Marco Aurelio Mello e Gilmar Mendes, concederam na semana passada habeas corpus a condenados em segunda instância, permitindo que eles recorram em liberdade. Com base nisso, um grupo de advogados cearenses já pediu à corte que a decisão de Marco Aurélio seja estendida a todos os condenados na mesma condição.
Em 2016, por seis votos a cinco, o STF autorizou a prisão após segunda instância, mas permitiu que, dependendo do caso, seja possível recorrer em liberdade. Por outro lado, também abriu a possibilidade de execução da pena já após condenação em primeira instância, embora essa não seja a regra, mas a exceção.
TRÂNSITO EM JULGADO – Agora há duas ações relatadas por Marco Aurélio, já liberadas para julgamento no plenário do STF, que rediscutem o tema. A marcação da data é atribuição da presidente do STF, ministra Cármen Lúcia, que resiste em fazê-lo. Caso isso ocorra, poderá ser restituído o entendimento anterior da corte, de que só é possível prender alguém apenas após trânsito em julgado, ou seja, após análise de todos os recursos.
De olho na determinação de Marco Aurélio, a Associação dos Advogados do Estado do Ceará (AACE) apresentou um habeas corpus no STF na última terça-feira para estender a decisão do ministro a “todos réus que se encontram presos, e os que estão na iminência de o serem, decorrente simplesmente de condenação confirmada em segundo grau”. O grupo, porém, teve o azar de o caso ter sido sorteado para a relatoria do ministro Luís Roberto Barroso, que é favorável à prisão após condenação em segunda instância.
EM NOME DA LEI? – “Ao tomar posse neste Tribunal, há 27 anos, jurei cumprir a Constituição Federal, observar as leis do País, e não a me curvar a pronunciamento que, diga-se, não tem efeito vinculante. De qualquer forma, está-se no Supremo, última trincheira da Cidadania, se é que continua sendo”, destacou Marco Aurélio na decisão tomada em 8 de março. Com isso, ele beneficiou um condenado pelo Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) a sete anos e 11 meses pelos crimes de concussão (que é exigir vantagem direta ou indireta em razão da função que ocupa ou pode vir a ocupar) e falsidade ideológica.
“Tempos estranhos os vivenciados nesta sofrida República! Que cada qual faça a sua parte, com desassombro, com pureza d’alma, segundo ciência e consciência possuídas, presente a busca da segurança jurídica. Esta pressupõe a supremacia não de maioria eventual – segundo a composição do Tribunal –, mas da Constituição Federal, que a todos, indistintamente, submete, inclusive o Supremo, seu guarda maior. Em época de crise, impõe-se observar princípios, impõe-se a resistência democrática, a resistência republicana. De todo modo, há sinalização de a matéria vir a ser julgada, com a possibilidade, conforme noticiado pela imprensa, de um dos que formaram na corrente majoritária – e o escore foi de 6 a 5 – vir a evoluir”, completou Marco Aurélio.
GILMAR LIBERTA – A citação a um ministro que pode evoluir de posição é uma referência a Gilmar Mendes. Em 2016, ele foi um dos seis favoráveis à prisão após segunda instância. Mas agora ele acha melhor esperar uma decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que, na prática funcionaria como terceira instância.
Já a decisão de Gilmar tomada na semana passada beneficiou quatro pessoas condenadas pelo Tribunal Regional Federal da 5ª Região (TRF5), com sede no Recife, pelos crimes de quadrilha, corrupção ativa e falsificação de documentos públicos. Antes disso, os advogados chegaram a recorrer ao STJ, mas não tiveram êxito. O STJ, porém, não terminou de analisar o pedido da defesa, o que foi destacado por Gilmar.
“Assim, no legítimo exercício da competência de índole constitucional atribuída ao Superior Tribunal de Justiça, nos termos do art. 105, III, e incisos, da Constituição Federal, é de se admitir, em tese, a possibilidade do afastamento dessa execução provisória em decorrência do eventual processamento e julgamento do recurso especial”, escreveu o ministro em decisão de 5 de março.
QUEM VOTOU – Em 2016, votaram pela prisão em segunda instância seis ministros: Edson Fachin, Luís Roberto Barroso, Teori Zavascki, Luiz Fux, Gilmar Mendes e Cármen Lúcia. Teori morreu em 2017 e foi substituído por Alexandre de Moraes, que já se posicionou da mesma forma. Há dois anos, cinco ministros foram derrotados: Rosa Weber, Dias Toffoli, Ricardo Lewandowski, Marco Aurélio Mello e Celso de Mello.
O lado que perdeu pode sair vencedor em novo julgamento, não necessariamente para restabelecer a regra anterior, mas ao menos para chegar ao meio termo do STJ.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG –
 Enquanto os políticos presos eram do PT e do PP, Gilmar Mendes era a favor. Quando a Lava Jato passou a ameaçar políticos do PSDB e do PMDB, o ministro mudou de opinião. Mas deve ser apenas mera coincidência, como se dizia antigamente sobre os roteiros dos filmes. Marco Aurélio Mello e Gilmar Mendes são inimigos e não se falam há anos, mas agora se uniram em defesa da impunidade dos políticos corruptos.  (C.N.) 
  

15 de março de 2018
André de SouzaO Globo

PETISTAS AUMENTAM AS PRESSÕES NO STF PARA EVITAR A PRISÃO DE LULA EM ABRIL

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Pimenta entregou petição dos líderes de 13 partidos
Integrantes do Partido dos Trabalhadores continuam a exercer uma inconveniente e descabida pressão sobre os ministros do Supremo Tribunal Federal, para tentar impedir a prisão do ex-presidente Lula . Conscientes agora de que não têm nenhum espaço de negociação com a presidente do tribunal, ministra Cármen Lúcia, os petistas tentam desesperadamente pressionar o relator dos processos da Lava Jato, ministro Edson Fachin, a quem foi encaminhado mais um habeas corpus para tentar garantir a liberdade de Lula.
Nesta quarta-feira, pela manhã, o principal advogado de Lula e ex-presidente do STF, Sepúlveda Pertence, admitiu a mudança da estratégia após se encontrar com Cármen Lúcia. “Temos que trabalhar agora junto ao ministro Fachin”, declarou.
DEPUTADOS ATUAM – Um grupo estimado de 20 deputados do PT também se reuniu, no fim da tarde, com a presidente do Supremo. O líder do partido na Câmara, deputado Paulo Pimenta, entregou a ministra Cármen Lúcia um documento a favor de Lula e que, segundo ele, foi assinado por líderes de 13 partidos, totalizando um apoio de 306 deputados.
Nos encontros, a presidente do STF reiterou que não vai levar a julgamento nenhuma das ações que discutem a prisão após condenação em segunda instância e não sinalizou que pretende pautar o habeas corpus de Lula.
Nas duas audiências, afirmou que nada impede o relator de levar o pedido de liberdade a julgamento. Bastaria que Fachin, durante a sessão plenária, colocasse o habeas corpus “em mesa”, o que obrigaria a apreciação da medida pelo conjunto de ministros.
COM FACHIN – Os parlamentares petistas então solicitaram uma audiência com o ministro Edson Fachin para falar da situação do ex-presidente. “Habeas corpus é uma matéria prioritária. Há um gesto que depende do relator”, afirmou o deputado Paulo Pimenta, do Rio Grande do Sul, após a reunião com a presidente do STF.
Sepúlveda Pertence e o advogado Cristiano Zanin, que também integra a defesa de Lula, acompanharam a sessão do plenário do Supremo, e, ao final, conversaram com Fachin. “Agora é esperar o pronunciamento do ministro”, declarou Zanin.
NOVO PEDIDO – Além da pressão política, a defesa de Lula protocolou um novo pedido para que o ministro Fachin reconsidere a decisão liminar que negou o habeas corpus do ex-presidente, em fevereiro, e suspenda a ordem de prisão contra o petista, até que as ações que discutem o cumprimento de sentença após condenação em segunda instância sejam discutidas pelo Plenário. Se Fachin não atender a esses pedidos, a defesa, em pedido alternativo, solicita que o ministro leve o habeas corpus para análise de mérito da Segunda Turma do STF, e retire a responsabilidade do plenário.
Numa última hipótese, a defesa de Lula pede que Fachin coloque o habeas corpus em mesa, o que faria o plenário analisar o pedido sem que a presidente pautasse.
FACHIN NÃO MUDA – Não obstante aos insistentes e inconvenientes apelos dos petistas, o ministro Edson Fachin já foi claro ao afirmar que tomou a sua decisão ao negar o primeiro HC preventivo de Lula e que, desta forma, não há pendência de resposta do Supremo quanto ao caso do ex-presidente. O ministro também tem dado reiteradas declarações de que não vai rever a sua posição em relação à prisão após a condenação em Segunda Instância.
“O entendimento que tenho sobre essa matéria é um entendimento que deriva de uma convicção consolidada. O Supremo já se manifestou sobre esse tema três vezes, inclusive uma no âmbito de repercussão geral”, afirmou Fachin em entrevista na última segunda-feira, conforme noticiamos na “Tribuna da Internet”.
“A rediscussão fica a cargo da presidente do Supremo, e eu apoio à condução que a presidente fizer num ou outro sentido (pautar ou não). Mas não vejo razões teóricas nem práticas para alterar essa deliberação. Se vier a ser pautado, e reapreciado, meu entendimento seguirá inalterado” disse o ministro.
JURISPPRUDÊNCIA – Firmada no final de 2016, por 6 votos a 5, a atual jurisprudência do Supremo Tribunal Federal deixa claro que é cabível a prisão após a condenação em segunda instância. Mas os advogados de Lula, num casuísmo oportunista, querem a revisão desse entendimento, para que o líder petista fique livre da cadeia até o trânsito em julgado do processo em que foi condenado já em 2a. Instância.
Como o ministro Gilmar Mendes sinalizou que pode mudar de voto, os advogados esperam que um novo julgamento das ações que tratam da questão de forma mais ampla conceda o habeas corpus ao ex-presidente.
Entretanto, líderes do PT, mais conscientes já antevêem a possibilidade de Lula ser preso antes da Páscoa, em 1º de abril. O que se comenta em Brasília, usando um linguajar tão ao gosto do ex-presidente, é que “nunca, na História deste País, o Supremo Tribunal Federal foi alvo de tantas e tão indecentes pressões por parte de uma facção política”.

15 de março de 2018
José Carlos Werneck

FALAR DE CORRUPÇÃO PROVOCA "CHORO E RANGER DE DENTES" - DIZ BARROSO

Barroso ironiza as reações às suas posições no STF
O ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), disse que no Brasil há “choro e ranger de dentes” quando se fala em corrupção. As declarações foram dadas em palestra nesta quarta-feira, numa faculdade particular de Brasília onde o ministro leciona, que contou também com a participação da procuradora-geral da República, Raquel Dodge. Ao elogiar o tema da palestra, o direito à água, Barroso comentou que se trata de assunto menos controvertido do que outras pautas contemporâneas.
— Quando a gente fala sobre corrupção, vem choro e ranger de dentes. Quando eu falo sobre outros temas que me são caros, como, por exemplo, descriminalização da maconha e tratamento igualitário das uniões homoafetivas, também gera sempre muita confusão — disse o ministro.
TEMER INVESTIGADO – Barroso protagoniza uma tensão com o Palácio do Planalto nos últimos dias, após dar sinal verde para o avanço da investigação contra o presidente Michel Temer, autorizando a quebra de sigilo dele e de pessoas próximas ao mandatário. Temer é suspeito de ter favorecido empresas portuárias na edição de normas para o setor.
Na quarta-feira, o ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, subiu o tom das críticas contra o ministro do Supremo. Ele disse que pensa em se licenciar e retomar o mandato da Câmara apenas para pedir o impeachment de Barroso, por ter o ministro modificado o indulto de Natal editado por Temer que facilitava a condenados por crimes de colarinho branco a obtenção do perdão da pena.
TEMPO DE CALAR – O ministro do Supremo deixou o evento sem falar com a imprensa, mas ao encerrar a mesa de debates, quando observou que jornalistas poderiam ficar frustrados com o tema sobre água, fez menções indiretas à troca de farpas com o governo nos últimos dias. Disse que “elogio ou crítica não fazem diferença” quando se cumpre uma missão e citou livro da Bíblia:
— Está no Eclesiastes, há um tempo da falar e há um tempo de calar — afirmou, arrancando risos da plateia.

15 de março de 2018
Renata MarizO Globo