"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

terça-feira, 17 de abril de 2018

RIR OU GRITAR?

Melhor forma de retratar o horror extremo é a hilaridade extrema: só o absurdo faz jus ao absurdo
Minha oposição ao autoritarismo começa por ser estética. Sempre foi. Teria uns 13 ou 14 anos quando despertei para o mundo sórdido da política. E as minhas perguntas eram recorrentemente as mesmas: como é possível que um povo inteiro possa aplaudir e admirar palhaços torpes como Hitler ou Mussolini? Como levar a sério os seus gestos, as suas poses? Será que as pessoas não veem o ridículo que existe nesses líderes, antes mesmo de escutarmos as suas ideias?

Charles Chaplin tratou do assunto em "O Grande Ditador", filmando o nosso Adolf e o nosso Benito em competição fálica. O filme, mais que uma sátira fantasiosa, era profundamente realista aos meus olhos.

Como seria realista uma sátira igual sobre o pequeno Kim da Coreia do Norte ou até sobre o Maduro venezuelano. Antes de serem antidemocratas, todos eles são personagens grotescos que divertem e horrorizam em partes iguais.

Moral da história: há diretores que procuram retratar a psicopatia política recriando esse estado de medo e desumanidade por artifício artístico. Nunca assisto a esses filmes "sérios" porque existe algo de ofensivo neles: qualquer tentativa de aproximação à verdade é sempre uma confissão de impossibilidade. O "kitsch" é o destino mais comum.

Só aguento filmes sobre a natureza do totalitarismo em tom pícaro. Primeiro, porque a melhor forma de retratar o horror extremo é pela hilaridade extrema: só o absurdo faz justiça ao absurdo. Segundo, porque uma sátira é sempre mais eficaz como denúncia desse horror do que qualquer sermão solene.

"A Morte de Stálin", disponível em DVD pela Amazon britânica, é o melhor exemplo dessa eficácia. Como o título indica, o filme escrito e dirigido pelo impagável Armando Iannucci (o criador de "The Thick of It" e "Veep") apresenta-nos a morte do "Pai dos Povos" e a luta pela sua sucessão.

Corria 1953. O grande camarada tombava, inanimado, nos seus aposentos reais. O comité central reúne-se de emergência e, a medo, sugere que alguém chame um médico. Só existe um problema: os melhores médicos do país foram fuzilados ou estão no gulag. Que fazer?

Arranjam-se clínicos de segunda categoria que atestam o derrame cerebral e, dias depois, a morte de Stálin. O comitê chora (de alegria, obviamente). E começa a luta pela sucessão. Quem será o próximo timoneiro? Beria? Nikita Khrushchov? Malenkov?

A ambição reina, incontrolável. E, com a ambição, vêm novos complôs: para afastar Beria e Malenkov —e para colocar no trono Khrushchov.

Armando Iannucci começa por acertar no respeito pelos fatos: não existe boa sátira sem um contato firme com a realidade.

Em "A Morte de Stálin", é possível assistir ao vaudeville e encontrar um país devastado pelo medo; pelo terror arbitrário; por filhos que denunciam os próprios pais; por uma população que chora voluntariamente a morte de Stálin, mesmo que Stálin seja o responsável último por haver membros da família fuzilados ou enviados para o Gulag.

A grande diferença é que Iannucci filma tudo isso sem nunca "embelezar" esteticamente os fatos com pretensão pedagógica.

Pelo contrário: como qualquer grande satirista, ele limita-se a deixar o absurdo respirar, levando o caos da situação até aos limites mais cômicos e insuportáveis.

O mesmo acontece com os personagens centrais: Stálin, na sua vulgaridade de delinquente georgiano; Beria, o afamado torturador e pedófilo que chefiava a polícia política; Malenkov, figura patética e covarde, que reinou brevemente depois da morte de Stálin; e, claro, Khrushchov, um pragmatista e conspirador grosseiro. Todos eles são simultaneamente assustadores e hilariantes porque assustadora e hilariante era a realidade paralela em que viviam.

Como o próprio diretor explicou à revista "Prospect", só temos duas soluções perante o regime comunista: rir ou gritar.

Ou, então, censurar: na Rússia de Putin, o filme foi proibido pelo governo depois de vários artistas terem pedido intervenção do ministério da Cultura. A obra, nas palavras da "intelligentsia", ofende a história da Mãe Rússia e alguns dos seus "heróis". O ministério agiu em conformidade.

Confere. Anos atrás, Vladimir Putin declarou que o fim da União Soviética foi a maior tragédia do século 20. Para que essa mentira e esse mito sobrevivam, é preciso não ter sentido do ridículo.


17 de abril de 2018
João Pereira Coutinho, Folha de SP
É escritor português e doutor em ciência política.

A PRUDÊNCIA EMPÍRICA

A maestria de Lula sobre a cancha eleitoral é consequência de um raro olhar para vida pública brasileira e do mais sofisticado entendimento do que seja o establishment político

O Datafolha divulgou nova pesquisa de intenção de voto a presidente, lançada à rua logo após a prisão de Lula. Li de tudo a respeito, inclusive que os números extraídos do levantamento seriam negativos a ele, condenado e preso, e ainda assim com o dobro do segundo colocado e vencedor em todas as hipóteses de segundo turno. Se é mesmo impossível aprofundar comparações com os cenários da pesquisa de janeiro, uma vez que nenhum deles se repetiu em abril, uma coisa é certa: Lula — um presidiário — lidera, com 30%, apesar da percepção dos eleitores, objetiva, de que não poderá disputar, ao que se seguem as constatações, casadas, de que sua capacidade de transmitir votos não apenas se manteve, mas ainda avançou, e de que a rejeição à sua candidatura diminuiu.

O resultado é confirmação de meu artigo anterior, cuja tese posso atualizar assim: graças ao palanque com hora marcada inventado por Moro, em seguida transformado em rave pela Polícia Federal, Lula foi o maior beneficiário eleitoral da própria prisão. Fato ante o qual só se surpreende quem ignora as consequências de tratar como exceção aquele que estofou para si, com método, o trono de vítima, segundo a própria narrativa, de um processo de... exceção.

Lula é o pauteiro-mor do debate público relativo às eleições — e nesse lugar tem estado desde que o justiçamento da Lava-Jato, sobretudo com o jacobinismo de Janot e a obra ficção em que consistiu a delação dos donos da JBS, anulou gradações criminosas para dar às práticas de caixa 2 e propina a mesma natureza do assalto autoritário ao Estado, um projeto com lastro ideológico, por meio do qual um partido pretendeu, de modo sem precedente, financiar a própria permanência no poder.

Desde então, Lula é o senhor do tabuleiro eleitoral, condição em que permaneceu mesmo depois de condenado em segunda instância — resiliência jogadora a respeito de cuja queda, concretizada a prisão, a história recente sugere menos confiança e torcida, e mais prudência: preso, tudo indica que leva o xadrez para o xadrez, desde onde continuará a mexer as peças, ditar o ritmo da corrida e a pista em que terá lugar.

Questão fundamental: a lógica de quem escolheu para si — como programa de defesa — politizar radicalmente todos os processos judiciais é dinâmica, móvel, e não distingue, para efeito persuasivo, a prisão virtual em que se propagandeava, a partir da condição autoatribuída de perseguido político, da detenção finalmente cumprida, donde nasce, claro, o preso político.

Narrador, Lula controla o jogo, de quase todos, ao mesmo tempo em que fala consciente e estritamente aos 20%, talvez mesmo aos 30% captados pela pesquisa, que o mantêm competitivo — e que bastariam para alçar o candidato petista (sendo ou não ele, ele será) ao segundo turno. Não se precisará de mais, porque vitória já seria. Ou não nos deveria colapsar moralmente a reafirmação disfuncional de que um homem preso, condenado em segunda instância, lidera, com sobras e estabilidade, todas as pesquisas? Ou não nos deveria implodir moralmente a revalidação da perspectiva anômala segundo a qual esse homem poderia, livre para disputá-la, vencer a eleição?

O que isso quererá dizer, senão que parcela significativa do eleitorado não acredita no sistema judicial e se dispõe a reprová-lo por meio do voto, em simbiose, pois, com a narrativa lulista? O que isso quererá dizer, para além de lançar luz sobre a minha tese de que a disputa presidencial de 2018 terá um componente plebiscitário por meio do qual volume representativo de cidadãos votará sobre se o ex-presidente é ou não um injustiçado?

A maestria de Lula sobre a cancha eleitoral é consequência de um raro olhar pragmático para a vida pública brasileira e do mais sofisticado entendimento do que seja o establishment político nacional. Não foi por acaso que concebeu e aplica, com sucesso, estratégia que condiciona, ao menos em parte, o futuro do sistema a seu futuro, e que tem enredado quase todo o status quo, armadilha a que, de Marco Aurélio Mello a Michel Temer, passando por Geraldo Alckmin e Rodrigo Maia, todos aderiram, uns como expressão de incultura política, outros como cálculo de sobrevivência — e que se pode resumir na sentença segundo a qual, também desprezando a Justiça, seria melhor que Lula fosse julgado pelas urnas.

A exceção é Jair Bolsonaro. Não à toa, deveria ser o outro beneficiário maior da prisão do ex-presidente; colheita então favorecida pelo modo como se deu “a resistência” lulista. Assim, porém, não foi — daí por que talvez convenha aos apoiadores do deputado pensar sobre a ideia de teto. Mas isso será matéria para um próximo artigo, ao que se somará outro, sobre Joaquim Barbosa, cujo perfil autoritário, com boas condições de vender um outsider, ademais valorizado pela imagem de ator no combate à corrupção, compõe com o ambiente jacobino corrente e com o jeitão do que seria o candidato do partido do sistema judicial.


17 de abril de 2018
Carlos Andreazza é editor de livros
O Globo

CONSELHEIRO ACÁCIO: A NOVA ESQUERDA DEMOCRÁTICA E A "CONDENAÇÃO" DE AÉCIO NEVES

SEN. ANA AMÉLIA MANDA DIRETA PARA COLEGAS "NÃO É PARA VISITAR SÓ O LULA"

BRASIL CORRE PERIGO: "LÍDER DO MST PROMETE NOVAS INVASÕES" E DESAFIA JUIZ MORO "LULA LIVRE"

PAULO HENRIQUE AMORIM, NA ÂNSIA DE DEFENDER O CRIME, OFENDE CÁRMEN LÚCIA



O jornalista Paulo Henrique Amorim perdeu definitivamente a noção do ridículo.

Um bom jornalista, independente de suas relações pessoais, não pode criticar por criticar, ou criticar para justificar seus ganhos. Tem que primar pela coerência e não tentar impor as suas vontades.

Fica pior quando parte para a ofensa gratuita, despropositada e sem noção.

Torna-se desprezível quando é contra uma mulher da envergadura moral da ministra Cármen Lúcia.

Paulo Henrique Amorin, na ânsia de defender o crime e o meliante petista, tornou-se um fracasso retumbante.

Veja o vídeo:







da Redação
Jornal da Cidade
17 de abril de 2018

SÉRGIO MORO DÁ AULA PARA JORNALISTA EM ENTREVISTA!



Sérgio Moro Dá Aula para Jornalista em entrevista!!! Confira!!!

17 de abril de 2018

SEM LEI, SEM ORDEM, MST DECRETA INVASÕES DE PROPRIEDADES PRIVADAS, PRÓ LULA



SEM LEI , SEM ORDEM, MST DECRETA INVASÕES DE PROPRIEDADES PRIVADAS, PRO LULA
17 de abril de 2018

VEJA A CARTA QUE LULA ESCREVEU DE DENTRO DA PRISÃO!

POR QUE GLEISI E LINDBERGH SÃO OS PRIMEIROS A ABANDONAR LULA

GENERAL MANDA UM DURO RECADO PARA DIAS TOFFOLLI

TERRA SEM LEI: O PT DE GLEISI HOFFMANN CONSEGUIU TRANSFORMAR 'SEDE DA PF' EM ESCRITÓRIO POLÍTICO?

SÉRGIO MORO AGE RÁPIDO E TIRA PRIVILÉGIOS DE LULA DE RECEBER VISITAS. LIBERA FICHA CRIMINAL



Deu Ruim! Sérgio Moro age rapido tira privilégios de Lula de receber Visitas libera ficha criminal
17 de abril de 2018

DESESPERADO! ISOLADO! AÉCIO NEVES FAZ DISCURSO QUE NÃO CONVENCE NINGUÉM E PSDB LAVA AS MÃOS



Desesperado! Isolado! Aécio Neves faz discurso que não convence ninguém e PSDB lava as mãos
17 de abril de 2018

OS SIGILOSOS GASTOS COM CARTÕES CORPORATIVOS DE ROSEMARY NORONHA, 'AMIGA ÍNTIMA' DE LULA DA SILVA



Os Sigilosos gastos com Cartões Corporativos de Rosemary Noronha, ‘Amiga Íntima’ de Lula da Silva
17 de abril de 2018

IRMÃO GÊMEO DO LULA, LUIS INAÇIO DA SILVA


Irmão gémeo do lula ,Luis Inaçio da silva
17 de abril de 2018

O IRMÃO DO LULA



O irmao do Lula

17 de abril de 2018

PALOCCI DIZ QUE TÁ PRA NASCER AINDA NO MUNDO UM LADRÃO MAIOR QUE LULA



PALOCCI diz que tá pra nascer ainda no MUNDO um ladrão maior que Lula

17 de abril de 2018

VENEZUELA: A REVOLTA MILITAR É IMINENTE. NOVAS INFORMAÇÕES



URGENTE VENEZUELA: A Revolta militar é iminente. Novas informações

17 de abril de 2018